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<p>DESCRIÇÃO</p><p>Desenvolvimento do sistema de distribuição e suas principais funções, responsabilidades e instituições que</p><p>participam do processo regulatório e operativo.</p><p>PROPÓSITO</p><p>Compreender o funcionamento do sistema de distribuição, bem como suas funções é indispensável ao estudante</p><p>de engenharia elétrica, pois promoverá conhecimentos técnicos relacionados à operação e às legislações vigentes</p><p>nos dias que decorrem. Esse conhecimento se faz importante não somente ao aluno, uma vez que a energia</p><p>elétrica faz parte do cotidiano e cabe ao consumidor conhecer seus direitos e deveres.</p><p>PREPARAÇÃO</p><p>Antes de iniciar, tenha em mãos caneta e papel para tomar notas e solucionar os exercícios propostos.</p><p>OBJETIVOS</p><p>MÓDULO 1</p><p>Descrever a estrutura organizacional, as áreas de atuação e responsabilidades inerentes ao sistema de distribuição</p><p>de energia elétrica</p><p>MÓDULO 2</p><p>Reconhecer a legislação básica vigente</p><p>MÓDULO 3</p><p>Identificar quais os itens de controles e índices de qualidade e confiabilidade, bem como sua forma de cálculo</p><p>LEGISLAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO</p><p>DE ENERGIA ELÉTRICA</p><p>MÓDULO 1</p><p> Descrever a estrutura organizacional, as áreas de atuação e responsabilidades inerentes ao sistema de</p><p>distribuição de energia elétrica</p><p>ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, ÁREAS DE</p><p>ATUAÇÃO E RESPONSABILIDADES INERENTES</p><p>O SETOR ELÉTRICO: ESTRUTURA</p><p>ORGANIZACIONAL</p><p>O sistema elétrico mundial passou por diversas mudanças que influenciaram o surgimento de instituições, no Brasil,</p><p>com a finalidade de desempenhar funções específicas relacionadas a questões políticas e regulatórias.</p><p>Essas instituições acabaram contribuindo para a evolução do sistema elétrico; veja a seguir um resumo histórico</p><p>(dividido em três fases) com os principais acontecimentos dessas modificações em nosso país:</p><p>INÍCIO DO SÉCULO XX</p><p>INVESTIMENTO ESTATAL</p><p>REESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO</p><p>Marco inicial das atividades elétricas no Brasil: nesta fase, surgiram as primeiras usinas hidrelétricas e também as</p><p>primeiras empresas operando no setor. Também foram promulgadas as primeiras leis para operação do sistema.</p><p>Forte atuação do estado nas tarefas do setor elétrico: nesta fase, observam-se grandes investimentos por causa da</p><p>presença do estado que perdura até o fim do século XX. Surgem os primeiros órgãos do setor como o Ministério de</p><p>Minas e Energia. Entra em operação a primeira geração de Itaipu.</p><p>Participação da iniciativa privada: nesta fase, identifica-se a desestatização do setor, com a implementação de novo</p><p>modelo, e a presença de empresas privadas.</p><p>Na Figura 1, é apresentada uma linha do tempo que representa a evolução histórica das três fases acima citadas.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 1: Evolução histórica do Setor Elétrico Brasileiro</p><p>O surgimento do modelo do “novo setor elétrico”, implementado em 2004, promoveu a criação de diversos agentes</p><p>que juntos são responsáveis pelos processos institucionais relacionados às políticas que vão desde a geração até a</p><p>comercialização de energia no país.</p><p>As principais funções dos membros institucionais são regulamentar, fiscalizar, mediar conflitos e organizar leilões de</p><p>energia entre as concessionárias.</p><p>A Figura 2 ilustra o modelo institucional do setor elétrico, em que se destacam os membros integrantes e sua</p><p>relação entre si.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 2 – Modelo institucional do setor elétrico</p><p>Cada uma das instituições apresentadas possui um papel individual e indispensável dentro da organização do setor</p><p>elétrico. Conheça os detalhes:</p><p>CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA (CNPE)</p><p>Órgão político, com a função de formular as políticas e diretrizes que devem ser tomadas pelo governo; os</p><p>membros do conselho são responsáveis por propor planos de ações para garantir o atendimento da demanda de</p><p>carga em todo território brasileiro e por avaliar e propor o uso econômico dos recursos energéticos do país, entre</p><p>outras funções correlatas.</p><p>COMITÊ DE MONITORAMENTO DO SETOR ELÉTRICO (CMSE)</p><p>Coordenado diretamente pelo MME (Default tooltip) , tem a função de garantir a segurança do suprimento de</p><p>energia em todo o Brasil; são avaliados os desenvolvimentos dos setores de geração, transmissão, distribuição e</p><p>comercialização.</p><p>MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MME)</p><p>Criação e implementação de políticas para o setor energético. Segundo o próprio MME, entre as principais</p><p>responsabilidades estão a gestão do CNPE e o CMSE.</p><p>EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA</p><p>É uma empresa pública independente, cujas funções englobam o desenvolvimento de estudos e pesquisas no setor</p><p>energético e o incentivo financeiro a projetos voltados ao setor elétrico. Essa instituição presta serviços para o</p><p>MME.</p><p>OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO (ONS)</p><p>Responsável por operar e coordenar o sistema elétrico brasileiro; entre as tarefas do órgão estão o planejamento e</p><p>a operação dos sistemas e a administração de novas instalações.</p><p>AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA</p><p>Responsável por fiscalizar e regular a transmissão, distribuição e comercialização de energia, além de estabelecer</p><p>as tarifas para esse serviço. Essas ações podem ser definidas por meio de ações contratuais entre o órgão</p><p>regulador (Aneel) e as empresas prestadoras de serviço, distribuidoras, concessionárias e demais.</p><p>CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA</p><p>Opera o mercado de energia.</p><p>COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO</p><p>O sistema elétrico, apresentado na Figura 3 e operado pelo ONS, é composto por todos os equipamentos cuja</p><p>responsabilidade é gerar, transmitir e distribuir a energia. Essa divisão do sistema em três subgrupos só ocorreu,</p><p>porém, após a implementação do modelo de livre-mercado, segundo dados da CCEE, em que as atividades</p><p>passaram a ser desenvolvidas em seus respectivos setores.</p><p>O sistema elétrico tem a função principal de atender a carga, independentemente das condições em que ele se</p><p>encontre. Sendo assim, deve ser projetado de acordo com a demanda do consumidor, prevendo cenários de</p><p>aumento.</p><p>Fonte: Maila Facchini/Shutterstock.com</p><p>A energia (mecânica, térmica, química ou outra) é transformada em elétrica nas usinas e parte do sistema atribuída</p><p>por geração. Devido ao alto potencial hídrico brasileiro, a maioria das geradoras se situam em áreas distantes dos</p><p>centros de carga (consumidores), porque utilizam os recursos hidráulicos ofertados, o que requer uma vasta área</p><p>disponível para a instalação. Por essa razão, a eletricidade precisa percorrer longas distâncias, trafegando pelas</p><p>linhas de transmissão para que alcance o sistema de distribuição e, por meio dele, chegue até o ponto de consumo.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 3 – O sistema elétrico</p><p>Na Figura 4 está representado um fluxograma do processo de geração, transmissão e distribuição: o caminho</p><p>percorrido pela energia até o ponto de consumo. O percurso entre a geração e a carga exige cuidados quanto aos</p><p>níveis de tensão de cada trecho, por isso, na transação entre um subsistema e outro são inseridas subestações</p><p>abaixadoras ou ainda transformadores abaixadores ou elevadores. Tais alterações nos níveis de tensão da rede</p><p>também podem ser observadas por meio do fluxograma apresentado.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 4 – Processos do sistema elétrico</p><p>Fonte: Marko Kukic/Shutterstock.com</p><p>GERAÇÃO</p><p>Responsáveis pela conversão ou transformação de um tipo de energia em elétrica, em sua maioria, as usinas</p><p>geradoras brasileiras são de natureza hídrica; entretanto, tendo em vista a escassez de recursos naturais, a alta</p><p>emissão de gases poluentes, a preocupação com problemas socioambientais e o forte potencial para exploração de</p><p>recursos alternativos, o país vem apresentando uma grande diversidade na composição da matriz produtora.</p><p>Fonte: Bohbeh/Shutterstock.com</p><p>TRANSMISSÃO</p><p>Elo entre geração e distribuição, opera como via para que a eletricidade seja transportada de um subsistema para</p><p>outro. É composto de mais de 100km de linhas de transmissão que percorrem o país conectando geradoras e</p><p>distribuidoras e integrando os elementos da rede.</p><p>Fonte: Andrii Medvednikov/Shutterstock.com</p><p>DISTRIBUIÇÃO</p><p>Responsável por distribuir a energia recebida pelo sistema de transmissão para os pontos consumidores (a ser</p><p>apresentado a seguir).</p><p>SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO</p><p>Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), o sistema de distribuição pode ser</p><p>confundido com a topologia das cidades, onde existem ramificações que permitem a conexão física entre o sistema</p><p>elétrico e o consumidor.</p><p>SUA CONSTITUIÇÃO É DADA POR EQUIPAMENTOS</p><p>RESPONSÁVEIS POR TRANSPORTAR A ENERGIA DO SISTEMA DE</p><p>TRANSMISSÃO AOS CENTROS DE CONSUMO, COMO CABOS,</p><p>TRANSFORMADORES, MEDIDORES, DISPOSITIVOS</p><p>RESPONSÁVEIS PELA PROTEÇÃO E PELO CONTROLE.</p><p>Entre as linhas de transmissão e as de distribuição, são construídas unidades de subestação abaixadoras, que</p><p>recebem a eletricidade do sistema de transmissão e alteram o nível de tensão, deixando-a em níveis adequados</p><p>para ser distribuída, mas ainda superiores e não ideais para a maioria dos consumidores. Para critérios didáticos,</p><p>essa primeira parcela abaixadora, é conhecida por subtransmissão, contudo, é importante destacar que esta</p><p>parcela do sistema é regulada e fiscalizada por distribuição em alta tensão.</p><p>Fonte: Paolo Diani/Shutterstock.com</p><p>Os consumidores conectados ao sistema de distribuição podem ser caracterizados por:</p><p>Residenciais</p><p>Comerciais</p><p>Industriais</p><p>Rurais</p><p>Outros</p><p>Os dados do Gráfico 1 foram publicados pelo relatório anual da EPE, em que são apresentados os detalhes da</p><p>composição da produção do consumo do produto energético do país, tais como suas respectivas variações ao</p><p>longo dos anos, permitindo com que demais estudos sejam desenvolvidos. Em análise ao Gráfico 1, é possível</p><p>avaliar a composição do sistema de distribuição considerando as características dos consumidores agregados.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Gráfico 1 – Composição do sistema de Distribuição</p><p>COMPOSIÇÃO ESTRUTURAL DO SISTEMA DE</p><p>DISTRIBUIÇÃO E FUNÇÕES</p><p>SUBTRANSMISSÃO OU DISTRIBUIÇÃO EM ALTA TENSÃO</p><p>Nível de tensão entre 69kV e 230kV: recebe a energia em níveis de tensão da transmissão e transfere para as</p><p>subestações de distribuição por meio de linhas que operam em valores de 138kV ou 69kV. Podem haver</p><p>consumidores conectados diretamente na subtransmissão, sendo eles definidos por grandes instalações industriais.</p><p>SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO (SE)</p><p>Nível de tensão inferior a 69kV e superior a 1kV: recebem a energia em valores não ideais para a maioria dos</p><p>consumidores, assim, por meio de transformadores, alteram novamente o nível de tensão para valores</p><p>caracterizados por distribuição primária.</p><p>DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA: INFERIOR A 1KV</p><p>Atende aos consumidores primários, transformadores de distribuição e estações transformadoras que suprem a</p><p>rede secundária. Por consumidores primários podem ser identificadas as indústrias de médio porte, shoppings</p><p>(conjuntos comerciais) e iluminação pública. A energia pode ser distribuída em arranjos aéreos ou subterrâneos.</p><p>DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA</p><p>A distribuição primária alimenta as estações transformadoras; destas, a tensão sofre outra alteração de nível e,</p><p>assim, pode atender aos consumidores de baixa tensão, ou seja, residências, comércios, pequenas indústrias.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Os níveis de tensão são definidos por lei, pela agência reguladora, Aneel, juntamente com a distribuidora local,</p><p>podendo haver algumas variações quanto aos níveis de tensão final entregue na distribuição secundária.</p><p>FUNÇÕES ATRIBUÍDAS ÀS DISTRIBUIDORAS</p><p>O sistema elétrico brasileiro, segundo o relatório da EPE, supre atualmente uma carga de aproximadamente</p><p>482.225,904GWh, distribuída não uniformemente pelo país. Foram registradas nos últimos anos, 109 distribuidoras,</p><p>cuja função é operar o sistema elétrico e garantir que essa demanda seja alimentada.</p><p>Essas empresas são divididas em:</p><p>OPERAR O SISTEMA ELÉTRICO</p><p>A tarefa de operar o sistema ocorre sob ação contratual e inclui funções como:</p><p>Levantamento da carga conectada e previsão de aumento da carga dentro do horizonte de</p><p>planejamento;</p><p>Manutenção dos equipamentos e linhas do sistema de distribuição;</p><p>Segurança e qualidade do serviço prestado.</p><p>Concessionárias (53)</p><p>Permissionárias (43)</p><p>Autorizadas (13)</p><p>MERCADO DE ENERGIA</p><p>A eletricidade entregue aos consumidores é adquirida pelas distribuidoras por meio do mercado de energia. O Brasil</p><p>opera hoje com o chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), isso implica que toda energia produzida no país,</p><p>possa ser transportada por meio de interligações, como mostra a Figura 5, para qualquer região, permitindo que</p><p>javascript:void(0)</p><p>haja um intercâmbio de fornecimento entre as regiões de menores produções em estações onde a hidrologia é</p><p>desfavorável.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 5 – SIN</p><p>A distribuidora encarregada por cada região, com reponsabilidade adquirida por meio de concessões, tem a tarefa</p><p>de estudar a carga conectada e adquirir um montante de energia das unidades geradoras que seja suficiente para</p><p>supri-las e, então, repassá-la, por meio de contratos, ao consumidor.</p><p>Existem dois ambientes de contratação que podem ser ofertados ao consumidor final e que dependem das</p><p>características da carga e instalação do mesmo: ambiente regulado (ou cativo) e ambiente livre (Figura 6).</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 6 – Mercados de Energia</p><p>Vamos entender suas diferenças:</p><p>Ambiente de contratação regulada (ACR)</p><p>As distribuidoras contratam a energia por meio de leilões (conduzidos pela Aneel e CCEE) e repassam ao</p><p>consumidor regulado. Aos consumidores cativos, ou regulados, não têm a opção de contratar a energia, que é,</p><p>então, ofertada a eles pela distribuidora responsável pela região, conforme a Resolução Normativa 482 da Aneel.</p><p></p><p>Ambiente de contratação livre (ACL)</p><p>É caracterizado por promover as negociações entre os consumidores que têm a liberdade em escolher o fornecedor</p><p>da sua eletricidade. A Lei n. 9.648 dividiu em dois grupos aqueles que se enquadravam no contexto de migração</p><p>entre o ambiente regulado e o livre; o primeiro grupo engloba os consumidores cuja demanda é superior a 3MW e o</p><p>segundo grupo inclui aqueles cujo consumo varia entre 500kW e 3MW. Estes últimos podem participar do ACL</p><p>desde que a compra seja feita a partir de fontes alternativas.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A DISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA AO CONSUMIDOR CATIVO SÓ É POSSÍVEL</p><p>APÓS A ENERGIA PASSAR POR:</p><p>A) Um transformador que transforma a corrente de CC em CA</p><p>B) Um transformador que transforma a corrente de CA em CC</p><p>C) Nada, o consumidor cativo consome a energia na forma CC direto do gerador</p><p>D) Nada, o consumidor cativo consome a energia na forma CA direto do gerador</p><p>E) Um poste de aterramento protetor</p><p>2. (TERMORIO, 2009) COM O ADVENTO DAS LEIS N. 10.847 E N. 10.848 DE 2004, DEU-SE</p><p>INÍCIO À IMPLANTAÇÃO DO NOVO MODELO INSTITUCIONAL DO SETOR ELÉTRICO. O</p><p>MERCADO ATACADISTA DE ENERGIA (MAE) FOI EXTINTO E NOVOS AGENTES</p><p>INSTITUCIONAIS FORAM CRIADOS, ALÉM DAS ATRIBUIÇÕES DE OUTROS AGENTES</p><p>EXISTENTES TEREM SIDO ALTERADAS. COM RELAÇÃO À COMERCIALIZAÇÃO DE</p><p>ENERGIA ELÉTRICA NO ATUAL MODELO INSTITUCIONAL, O ÓRGÃO SUCESSOR DO</p><p>MAE, QUE TEM POR FINALIDADE VIABILIZAR A COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA</p><p>ELÉTRICA NO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL, É A(O):</p><p>A) Aneel</p><p>B) EPE</p><p>C) CCEE</p><p>D) CMSE</p><p>E) CNPE</p><p>GABARITO</p><p>1. A distribuição da energia elétrica ao consumidor cativo só é possível após a energia passar por:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Como mostra a figura 6, para o cliente cativo, a energia passa do gerador pela torre de transmissão e chega ao</p><p>transformador de CC em CA, que despeja a energia nas linhas distribuídas por postes (em cidades) e estes postes</p><p>guiam as linhas até os consumidores cativos. Ponto de retorno: mercado de energia.</p><p>2. (Termorio, 2009) Com o advento das Leis n. 10.847 e n. 10.848 de 2004, deu-se início à implantação do</p><p>novo modelo institucional do setor elétrico. O Mercado Atacadista de Energia (MAE) foi extinto e novos</p><p>agentes institucionais foram criados, além das atribuições de outros agentes existentes terem sido</p><p>alteradas. Com relação à comercialização</p><p>de energia elétrica no atual modelo institucional, o órgão</p><p>sucessor do MAE, que tem por finalidade viabilizar a comercialização de energia elétrica no Sistema</p><p>Interligado Nacional, é a(o):</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>No âmbito do mercado regulado, é função da CCEE promover leilões de energia.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Reconhecer a legislação básica vigente</p><p>LEGISLAÇÃO BÁSICA VIGENTE</p><p>A distribuição de energia é um ramo do setor elétrico cuja responsabilidade é atender todos os consumidores, com</p><p>o suprimento de energia. Dentro desse contexto, cada região possui a companhia distribuidora responsável por</p><p>cumprir essa tarefa, delegada por meio de órgãos superiores por meio de concessões.</p><p>Após a implementação do novo setor elétrico, foi observado o surgimento de várias novas empresas</p><p>concessionárias, cooperativas e outras, que passaram a participar das licitações pelo direito de operar as redes,</p><p>abrindo espaço para um mercado competitivo. Por essa razão, foi desenvolvida a Aneel, com o objetivo de</p><p>regulamentar e padronizar a operação do sistema.</p><p>ANEEL</p><p>Criada em 1996, pela Lei n. 9.427, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é um órgão que tem como</p><p>função regulamentar e fiscalizar os setores da transmissão, distribuição e comercialização de energia.</p><p>CONCESSÕES</p><p>São períodos de tempo conferidos às distribuidoras – que podem ser públicas, privadas ou mistas –, nos</p><p>quais elas recebem o direito de operar o sistema de distribuição.</p><p>ISSO É FEITO POR MEIO DA PUBLICAÇÃO DE DECRETOS E</p><p>RESOLUÇÕES NORMATIVAS, QUE SÃO CONSTANTEMENTE</p><p>REVISADOS E ATUALIZADOS; POR MEIO DELES, SÃO</p><p>PUBLICADOS PROCEDIMENTOS OPERATIVOS QUE DEVEM SER</p><p>CUMPRIDOS PELOS RESPONSÁVEIS DE CADA SETOR.</p><p>javascript:void(0)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9427cons.htm#:~:text=L9427consol&text=LEI%20N%C2%BA%209.427%2C%20DE%2026%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201996.&text=Institui%20a%20Ag%C3%AAncia%20Nacional%20de,el%C3%A9trica%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias</p><p>Cabe ainda à Aneel, fixar tarifas pelo uso do sistema, e distribuí-las aos agentes, como, por exemplo, a tarifa pelo</p><p>uso da distribuição (TUSD), que pode ser facilmente identificada na conta de energia. Todos os processos, módulos</p><p>e procedimentos são abertos para consulta pública, cabendo ao consumidor conhecer os seus direitos diante do</p><p>serviço ofertado pela distribuidora. O não cumprimento da regulamentação resulta em punições dadas por meio de</p><p>multas impostas aos agentes operadores.</p><p>REGULAÇÃO DO SERVIÇO DE DISTRIBUIÇÃO</p><p>O sistema de distribuição é operado por cerca de 109 agentes fiscalizados pela Aneel. A regulação técnica que visa</p><p>padronizar a operação desses agentes é conduzida pela Superintendência de Regulação de Serviços de</p><p>Distribuição (SRD).</p><p>PRINCIPAIS ATIVIDADES</p><p>Estabelecimento do planejamento da expansão, acesso ao sistema de distribuição e operação desse</p><p>sistema, desenvolvimento de projetos voltados para automatização, ou redes inteligentes.</p><p>Definição dos chamados indicadores de qualidade do serviço e do produto, padronizando níveis de</p><p>qualidade de energia a ser entregue ao consumidor.</p><p>Regulação das condições de fornecimento do serviço.</p><p>Fomento a projetos de acesso à energia elétrica para a população (universalização);</p><p>Implementação de tarifas.</p><p>Entre as legislações apresentadas pela Aneel, destacam-se duas que afetam diretamente a operação do sistema de</p><p>distribuição:</p><p>Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – Prodist.</p><p>Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica – Resolução Normativa n. 414/2010.</p><p>PROCEDIMENTOS DA DISTRIBUIÇÃO – PRODIST</p><p>Os chamados Procedimentos da Distribuição são uma série de documentos, divididos em 11 módulos, que</p><p>foram desenvolvidos pela Aneel para normatizar e fiscalizar a operação do sistema de distribuição. Com isso,</p><p>busca-se conferir ao sistema condições de segurança e qualidade, tal como estabelecer os padrões para que o</p><p>serviço seja prestado e definir os procedimentos e as atividades que serão exercidos.</p><p>Fonte: Andrii Medvednikov/Shutterstock.com</p><p>A seguir são apresentados aspectos importantes de cada módulo, com o objetivo de apresentar e contextualizar</p><p>sobre as principais tarefas impostas pelo Prodist.</p><p>MÓDULO 1</p><p>Introdução</p><p>São definidos os objetivos, a aplicabilidade e a divisão dos módulos dos procedimentos de distribuição (Prodist).</p><p>MÓDULO 2</p><p>Planejamento da Expansão da Distribuição</p><p>São definidas as normas e diretrizes necessárias para desenvolvimento de um projeto de expansão do sistema de</p><p>distribuição; nesse contexto, as concessionárias devem avaliar se é necessário expandir o sistema desenvolvendo</p><p>estudos de carga e previsão de crescimento da demanda por um determinado período. A carga é caracterizada</p><p>pela demanda ativa e reativa, e as perdas técnicas do sistema, Módulo 7, devem ser estimadas. O planejamento da</p><p>expansão, quando proposto, deve considerar aspectos econômicos, sociais, ambientais e de qualidade, visando</p><p>sempre à escolha de menor custo para o consumidor.</p><p>MÓDULO 3</p><p>Acesso ao Sistema de Distribuição</p><p>Apresenta as condições de acesso ao sistema de distribuição, manutenção, segurança e acesso à mini e à</p><p>microgeração distribuída.</p><p>MÓDULO 4</p><p>Procedimentos Operativos do Sistema de Distribuição</p><p>São definidas as condições operativas do sistema, orientando os agentes ao desenvolvimento de planos</p><p>operacionais, a fim de padronizar os procedimentos envolvendo os centros de operação de todos os agentes</p><p>regulados pelo órgão. Inclui-se, neste módulo, o que é descrito por Controle de Carga, em que constam</p><p>orientações e critérios para que os responsáveis saibam lidar com a carga em situações de contingência (falta ou</p><p>perda de componentes).</p><p>MÓDULO 5</p><p>Sistemas de Medição</p><p>A Aneel estabelece as regras impostas tanto para os usuários quanto para as distribuidoras, no que se refere às</p><p>condições de medição da energia. Fica sob responsabilidade da distribuidora o cuidado pelo sistema de medição,</p><p>desde que ele se encontre em áreas acessíveis a ela, conforme a Resolução n. 414. São apresentados os</p><p>procedimentos para leitura e faturamento da energia consumida, bem como os pontos locacionais para medição</p><p>das unidades. Instrui-se ao conjunto de consumidores pertencentes ao Grupo B, baixa tensão, a instalar os</p><p>medidores em locais livres e de fácil acesso nas proximidades de conexão com a rede; aos consumidores</p><p>conectados à média e alta tensão (Figura 7), a medição deve ser feita no lado de alta tensão do transformador. Por</p><p>fim, para os consumidores do Grupo A, cativos, a ligação pode também ser feita no lado de baixa do transformador,</p><p>como exemplo da Figura 8.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 7 – Diagrama de medição para consumidores de média e alta tensão</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 8 – Diagrama de medição lado de baixa para consumidores cativos</p><p>MÓDULO 6</p><p>Informações Requeridas e Obrigações</p><p>Definem-se as informações a serem trocadas entre os agentes e órgãos do setor elétrico para cada um dos</p><p>módulos do Prodist.</p><p>MÓDULO 7</p><p>Cálculo de Perdas na Distribuição</p><p>O sistema de distribuição, assim como todo sistema real, perde uma parcela de energia no transporte até o</p><p>consumidor final. É tarefa da distribuidora minimizar esses valores deixando-o mais eficiente. Neste capítulo do</p><p>Prodist, são estabelecidos métodos para cálculo das perdas na rede, tal como as formas de apuração e os valores</p><p>a serem cumpridos referentes a elas. A norma descreve o cálculo das perdas em transformadores de potência, as</p><p>perdas no fluxo de potência, nos medidores e os procedimentos de cálculo a serem seguidos para a aplicação das</p><p>equações apresentadas. Por fim, são tabelados os valores aceitos pelo regulador para os equipamentos utilizados</p><p>na distribuição.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 9 – Diagrama de perdas em um processo de distribuição de energia</p><p>MÓDULO 8</p><p>Qualidade da Energia Elétrica</p><p>Será detalhado no Módulo 3 deste estudo. Apresenta legislações que têm como objetivo regular a segurança e</p><p>qualidade do serviço prestado, garantindo assim que a energia chegue ao consumidor.</p><p>MÓDULO 9</p><p>Ressarcimento de Danos Elétricos</p><p>São estabelecidos nesse capítulo os procedimentos a serem observados pela distribuidora no processo de</p><p>ressarcimento de danos ao consumidor. Fica decretado que a distribuidora deve avaliar todo processo de</p><p>ressarcimento e avaliar segundo as normas da Aneel.</p><p>javascript:void(0)</p><p>MÓDULO 10</p><p>Sistema de Informação Geográfica Regulatório</p><p>Este módulo estabelece os dados geográficos da distribuidora, a fim de padronizar a base de dados da reguladora</p><p>para que esta possua um conjunto mínimo de informações para avaliar. Neste contexto, são estabelecidas ainda as</p><p>siglas a serem usadas, ou codificação, conforme o dicionário de dados da Aneel.</p><p>MÓDULO 11</p><p>Fatura de Energia Elétrica e Informações Suplementares</p><p>São apresentados, nesses capítulos, todos os procedimentos a serem cumpridos referentes à padronização da</p><p>emissão da fatura, como informações a serem fornecidas por meio dela ao consumidor e informações</p><p>suplementares referentes a faturas digitais.</p><p>É importante destacar que o consumidor deve estar atento às informações fornecidas pelo Módulo 11, a fim de</p><p>conhecer sua fatura e entender as cobranças emitidas pela distribuição.</p><p>CONSUMIDOR</p><p>Módulo 3</p><p>Acesso ao Sistema de Distribuição, apresenta as condições de acesso ao sistema de distribuição,</p><p>manutenção, segurança e ainda acesso à mini e à microgeração distribuída.</p><p>RESOLUÇÃO NORMATIVA N. 414/2010</p><p>A Resolução Normativa n. 414 publicada pela Aneel, tem por objetivo fornecer informações gerais de</p><p>regulamentação tanto aos consumidores quanto às distribuidoras, estabelecendo direitos e deveres de cada uma</p><p>das partes. A resolução, dividida em 13 capítulos, pode ser encontrada em três versões distintas: original,</p><p>atualizada e compacta, em que se abordam as condições contratuais, formas de medição e o faturamento (Módulos</p><p>5 e 11 do Prodist); as responsabilidades da distribuidora para com o consumidor; direitos e deveres do consumidor;</p><p>e os ressarcimentos de danos elétricos (Módulo 9).</p><p>Vejamos agora, alguns dos direitos e responsabilidades do consumidor.</p><p>DIREITOS</p><p>RESPONSABILIDADES</p><p>Alguns dos principais direitos do consumidor pontuados na norma podem ser vistos a seguir:</p><p>Receber a energia em sua unidade de consumo em conformidade com padrões de tensão estabelecidos e</p><p>com confiabilidade segundo estipulado no Módulo 8 do Prodist.</p><p>Receber orientações sobre o uso eficiente da energia, com o objetivo de reduzir os gastos desnecessários.</p><p>Ter o poder de escolha da data de vencimento da fatura e recebê-la com cinco dias de antecedência, pelo</p><p>menos.</p><p>Ter acesso a um serviço de atendimento gratuito disponível pela concessionária 24 horas por dia e ser</p><p>atendido em todas as solicitações.</p><p>Ser informado em caso de faturas não pagas e ser ressarcido por valores indevidamente cobrados.</p><p>A fatura deve informar ao consumidor sobre o reajuste tarifário.</p><p>Em caso de suspensão da energia, deve haver aviso prévio.</p><p>Em caso de interrupções, o tempo máximo para religamento é de 4 horas a partir do momento que a</p><p>distribuidora é ciente do problema. Em caso de suspensões indevidas, o cliente tem direito a crédito na fatura,</p><p>como está previsto no Módulo 8 do Prodist.</p><p>Em caso de descumprimento dos padrões de qualidade, o cliente deve ser ressarcido.</p><p>O consumidor possui também responsabilidades diante do bom funcionamento do sistema, tais como:</p><p>Garantir a adequação técnica e segurança da instalação que deve ter acesso livre para leitura e inspeção dos</p><p>representantes da distribuidora.</p><p>Assegurar a integridade dos medidores, se estes estiverem dentro da propriedade do cosumidor.</p><p>Pagar a fatura antes do vencimento.</p><p>Manter as informações da distribuidora atualizadas como exemplo em caso de residentes que use</p><p>equipamentos indispensáveis à vida, troca de titularidade, mudanças de atividades exercidas na instalação.</p><p>GRUPOS CONTRATUAIS E ESTRUTURA TARIFÁRIA</p><p>Toda atividade exercida pela distribuidora para o consumidor acontece por base contratual, cujo modelo é</p><p>apresentado na Resolução Normativa n. 414. No Brasil, as unidades consumidoras conectadas ao sistema de</p><p>distribuição são classificadas por grupos tarifários, Grupo A e Grupo B.</p><p>GRUPO A – CONSUMO DE ENERGIA EM MÉDIA OU ALTA</p><p>TENSÃO</p><p>O Grupo A, conforme a Resolução Normativa n. 414 é composto de unidades consumidoras cujo fornecimento em</p><p>nível de tensão é superior a 2,3kV. Também são englobados, nesse conjunto, os consumidores cuja alimentação é</p><p>dada por meio de sistema subterrâneo.</p><p>Assim, observa-se que há uma subdivisão conforme a Tabela 1:</p><p>Subgrupo Tensão de Fornecimento</p><p>A1 Igual ou superior a 230kV</p><p>A2 De 88kV a 138kV</p><p>A3 69kV</p><p>A3a De 30kV a 44kV</p><p>A4 De 2,3kV a 25kV</p><p>AS Inferior a 2,3kV subterrâneo</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tabela 1- Subclassificação de consumidores do Grupo A</p><p>A estrutura tarifária do Grupo A, ou seja, a forma como o consumidor paga pela energia pode ser feita por uma</p><p>análise horária do consumo (horosazonal), em que a avaliação é dividida em ponta, três horas diárias</p><p>consecutivas (18h a 21h), não incluindo feriados, sábados e domingos e fora de ponta (restante do dia), aplicando</p><p>em sequência uma das modalidades tarifárias: azul ou verde.</p><p>Tarifa azul</p><p>É modelada por quatro fatores importantes: demanda e consumo no horário de ponta e o mesmo no horário fora de</p><p>ponta, o que pode ser visto no fluxograma da Figura 10. Essa modalidade é indicada para consumidores que</p><p>possuem alta demanda na ponta e tem a flexibilidade de deslocar o consumo para os demais horários.</p><p></p><p>Tarifa verde</p><p>É mais indicada para aqueles cuja demanda não é tão elevada nos horários críticos; essa modalidade fornece</p><p>valores distintos de acordo com o consumo, enquanto a tarifa por demanda é única, isso pode ser observado no</p><p>fluxograma da Figura 10.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 10 – Fluxograma de tarifas</p><p>GRUPO B – CONSUMO DE ENERGIA EM BAIXA TENSÃO</p><p>Nesse grupo, encontram-se distribuídos os pequenos consumidores cujo fornecimento em tensão é inferior a</p><p>2,3kV, como as residências, comércios, iluminação pública e indústrias de pequeno porte. Tal como o Grupo A, a</p><p>Aneel apresenta uma subclassificação desses consumidores, conforme as características da carga, o que pode ser</p><p>visto na Tabela 2.</p><p>Subgrupo Classificação</p><p>B1 Residencial</p><p>B2 Rural</p><p>B3 Demais classes</p><p>B4 Iluminação Pública</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tabela 2 – Subclassificação de consumidores do Grupo B</p><p>Esse grupo é caracterizado pela tarifa monômia, que é uma tarifa de fornecimento, aplicada unicamente ao</p><p>consumo de energia ativa de baixa tensão. Essa modalidade é independente das horas de utilização, ou seja, não</p><p>são computadas tarifas mais elevadas para consumo no horário de maior carregamento (ponta).</p><p> COMENTÁRIO</p><p>As unidades do grupo B, com exceção das redes de iluminação pública, podem optar pelo uso da tarifa branca, em</p><p>que há diferenciação do custo tarifário de acordo com o horário de consumo.</p><p>O reajuste tarifário tende a ser feito anualmente para compensar perdas econômicas (inflação) e recuperar custos</p><p>investidos em novas instalações. O valor depende da fonte geradora de eletricidade, por isso durante alguns</p><p>períodos do ano experimentam-se tarifas mais elevadas. Isso ocorre em períodos de seca (baixas precipitações)</p><p>que requerem a entrada de usinas termelétricas agregadas ao processo de geração. As térmicas carecem de</p><p>investimentos maiores quando comparadas às hidrelétricas, elevando o custo total de operação do sistema.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (PETROBRAS,2015) CONSIDERANDO-SE A ESTRUTURA INSTITUCIONAL ATUAL DO</p><p>SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO, O ÓRGÃO QUE, ENTRE OUTRAS FUNÇÕES, DEFINE AS</p><p>DIRETRIZES PARA OS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS E PROMOVER AS LICITAÇÕES</p><p>DESTINADAS À CONTRATAÇÃO DE CONCESSIONÁRIOS DE SERVIÇO PÚBLICO PARA</p><p>PRODUÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA É:</p><p>A) EPE</p><p>B) Aneel</p><p>C) CCEE</p><p>D) CNPE</p><p>E) CMSE</p><p>2. (COPEVE/UNIFAL,2011) A ESTRUTURA TARIFÁRIA, CONJUNTO</p><p>DE TARIFAS</p><p>APLICÁVEIS ÀS COMPONENTES DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E/OU DEMANDA</p><p>DE POTÊNCIA ATIVAS, DE ACORDO COM A MODALIDADE DE FORNECIMENTO, É</p><p>CARACTERIZADA PELA APLICAÇÃO DE TARIFAS DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA</p><p>E/OU DEMANDA DE POTÊNCIA INDEPENDENTEMENTE DAS HORAS DE UTILIZAÇÃO DO</p><p>DIA E DOS PERÍODOS DO ANO. NO MESMO SENTIDO, A ESTRUTURA TARIFÁRIA</p><p>HOROSAZONAL CARACTERIZA-SE PELA APLICAÇÃO DE TARIFAS DIFERENCIADAS DE</p><p>CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E DE DEMANDA DE POTÊNCIA, DE ACORDO COM AS</p><p>HORAS DE UTILIZAÇÃO DO DIA E DOS PERÍODOS DO ANO. ACERCA DISSO,</p><p>CONSIDERE AS SEGUINTES DEFINIÇÕES:</p><p>1. TARIFA VERDE: MODALIDADE ESTRUTURADA PARA APLICAÇÃO DE TARIFAS</p><p>DIFERENCIADAS DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA DE ACORDO COM AS HORAS</p><p>DE UTILIZAÇÃO DO DIA E OS PERÍODOS DO ANO, BEM COMO DE UMA ÚNICA TARIFA</p><p>DE DEMANDA DE POTÊNCIA.</p><p>2. HORÁRIO DE PONTA (P): PERÍODO DEFINIDO PELA CONCESSIONÁRIA E COMPOSTO</p><p>POR 3 (TRÊS) HORAS DIÁRIAS CONSECUTIVAS, EXCEÇÃO FEITA AOS SÁBADOS,</p><p>DOMINGOS, TERÇA-FEIRA DE CARNAVAL, SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO, CORPUS CHRISTI,</p><p>DIA DE FINADOS E OS DEMAIS FERIADOS DEFINIDOS POR LEI FEDERAL,</p><p>CONSIDERANDO AS CARACTERÍSTICAS DO SEU SISTEMA ELÉTRICO.</p><p>3. HORÁRIO FORA DE PONTA (F): PERÍODO COMPOSTO PELO CONJUNTO DAS HORAS</p><p>DIÁRIAS CONSECUTIVAS E COMPLEMENTARES ÀQUELAS DEFINIDAS NO HORÁRIO DE</p><p>PONTA.</p><p>FAZ(EM) PARTE DA ESTRUTURA TARIFÁRIA HOROSAZONAL, ENTRE OUTRAS, A(S)</p><p>TARIFA(S) APRESENTADA(S):</p><p>A) No item 1 apenas.</p><p>B) Nos itens 1 e 2 apenas.</p><p>C) Nos itens 1 e 3 apenas.</p><p>D) Nos itens 2 e 3 apenas.</p><p>E) Nos itens 1, 2 e 3.</p><p>GABARITO</p><p>1. (Petrobras,2015) Considerando-se a estrutura institucional atual do setor elétrico brasileiro, o órgão que,</p><p>entre outras funções, define as diretrizes para os procedimentos licitatórios e promover as licitações</p><p>destinadas à contratação de concessionários de serviço público para produção, transmissão e distribuição</p><p>de energia elétrica é:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A Aneel desempenha diversas atividades para garantir o bom funcionamento e desenvolvimento do setor elétrico.</p><p>Assim, fiscaliza, regula e promove leilões de concessão para promover o serviço público de energia.</p><p>2. (COPEVE/UNIFAL,2011) A estrutura tarifária, conjunto de tarifas aplicáveis às componentes de consumo</p><p>de energia elétrica e/ou demanda de potência ativas, de acordo com a modalidade de fornecimento, é</p><p>caracterizada pela aplicação de tarifas de consumo de energia elétrica e/ou demanda de potência</p><p>independentemente das horas de utilização do dia e dos períodos do ano. No mesmo sentido, a estrutura</p><p>tarifária horosazonal caracteriza-se pela aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e</p><p>de demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano. Acerca disso,</p><p>considere as seguintes definições:</p><p>1. Tarifa Verde: modalidade estruturada para aplicação de tarifas diferenciadas de consumo de energia</p><p>elétrica de acordo com as horas de utilização do dia e os períodos do ano, bem como de uma única tarifa de</p><p>demanda de potência.</p><p>2. Horário de ponta (P): período definido pela concessionária e composto por 3 (três) horas diárias</p><p>consecutivas, exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus</p><p>Christi, dia de finados e os demais feriados definidos por lei federal, considerando as características do seu</p><p>sistema elétrico.</p><p>3. Horário fora de ponta (F): período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e</p><p>complementares àquelas definidas no horário de ponta.</p><p>Faz(em) parte da estrutura tarifária horosazonal, entre outras, a(s) tarifa(s) apresentada(s):</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Os itens corretos são 1 e 3. Do item 1, de acordo com a Aneel, a aplicação de tarifas diferenciadas (verde, amarela</p><p>e vermelha), varia de acordo com o consumo da energia elétrica, acerca das horas de utilização do dia e dos</p><p>períodos do ano. Do item 2, as regras se aplicam a feriados federais, pois são nesses quem em geral as grandes</p><p>indústrias param sua produção. Do item 3, a Aneel define como as 21 horas restantes do dia, que ficam fora do</p><p>horário de ponta, ou também conhecido como horário de pico.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Identificar os itens de controles e índices de qualidade e confiabilidade, bem como sua forma de cálculo</p><p>ITENS DE CONTROLE E ÍNDICES DE QUALIDADE E</p><p>CONFIABILIDADE</p><p>ITENS DE CONTROLE</p><p>Os itens de controle são medições numéricas, atribuídas ao controle de qualidade do processo de distribuição de</p><p>energia. Nesse contexto, são avaliados os seguintes aspectos:</p><p>Custo da distribuição</p><p>Qualidade do serviço prestado</p><p>Continuidade</p><p>Demais serviços</p><p>Para garantir que o sistema atenda aos critérios de qualidade, cada um dos itens acima deve ser medido e avaliado</p><p>isoladamente, com o objetivo de verificar seu efeito na distribuição de energia. Para que os itens de controle</p><p>apresentem bons resultados, implementam-se os itens de verificação que têm por objetivo verificar seu valor.</p><p>Esses últimos são representados pelos índices de qualidade e confiabilidade propostos pelo Módulo 8 do Prodist.</p><p>PRINCIPAIS ITENS A SEREM CONTROLADOS EM UM SISTEMA DE</p><p>DISTRIBUIÇÃO</p><p>Nível de tensão nas barras;</p><p>Distorções harmônicas;</p><p>Fator de potência;</p><p>Desequilíbrio e flutuação de tensão;</p><p>Variação da frequência do sistema;</p><p>Qualidade do Serviço.</p><p>MÓDULO 8 DO PRODIST – QUALIDADE DA ENERGIA</p><p>Conforme decretado pela Aneel, o objetivo do Módulo 8 é estabelecer procedimentos referentes à qualidade da</p><p>energia elétrica, tratando tópicos que abordam a qualidade do produto, do serviço prestado e, ainda, do tratamento</p><p>dado às reclamações dos consumidores.</p><p>Quanto à qualidade do produto, definem-se indicadores e os limites estabelecidos para que eles possam ser</p><p>mensurados. Define-se, ainda, o método utilizado para medições e estudos específicos voltados para a qualidade</p><p>de energia. Ao se tratar da qualidade do serviço, são definidos métodos de apuração dos índices de continuidade</p><p>que, por sua vez, são apresentados no módulo. Apresenta-se também a padronização desses métodos e a</p><p>responsabilidade da distribuidora mediante o cumprimento desses índices. Por fim, para mensurar a qualidade de</p><p>tratamento das reclamações, a norma estabelece um cálculo de indicador de qualidade comercial.</p><p>QUALIDADE DO PRODUTO</p><p>A Seção 8.1 do Módulo 8 é dedicada à avaliação da qualidade do produto, em que são verificados os itens de</p><p>controle atribuídos a qualidade em regime transitório e regime permanente, como segue:</p><p>CONTROLE DOS NÍVEIS DE TENSÃO</p><p>O estabelecimento da tensão busca definir os limites adequados para o estado do sistema em condições de regime</p><p>permanente.</p><p>REGIME TRANSITÓRIO</p><p>Variação de tensão de curta duração.</p><p>REGIME PERMANENTE</p><p>Tensão</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fator de potência</p><p>Harmônicos</p><p>Desequilíbrio de tensão</p><p>flutuação de tensão</p><p>Variação de frequência</p><p>ESSE VALOR DEVE SER MEDIDO EM TODA A REDE, CABENDO À</p><p>DISTRIBUIDORA APLICAR MEDIDAS E RECURSOS PARA</p><p>GARANTIR QUE ELES SE ENCONTREM DENTRO DO ESTIPULADO</p><p>PELA ANEEL.</p><p>Para fins de controle, a tensão medida é comparada à tensão estipulada, normatizada como tensão de referência</p><p>(TR) pelo Módulo 8. Os valores encontrados são classificados em precários, críticos ou adequados em função</p><p>dessa comparação, sendo ideal que se encontre entre 95% a 105% da tensão nominal, quando o sistema opere</p><p>superior a 1kV.</p><p>A Figura 11, adaptada do Módulo 8, representa as faixas ideais de tensão em torno da referência, TR, para o</p><p>sistema de distribuição.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 11 – Faixas de tensão em relação à referência</p><p>Quando identificadas variações nos níveis de tensão por meio de reclamações ou leitura, devem ser calculados</p><p>fatores capazes de mensurar essa variação em torno da tensão adequada.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>A norma propõe o cálculo de índices coletivos de duração relativa à transgressão para tensão precária e para a</p><p>crítica, DRP e DRC respectivamente.</p><p>Esses índices são computados mediante um conjunto de medições (1008), feitas em intervalos de 10 minutos:</p><p>Onde:</p><p>nlp e nlc se</p><p>referem ao maior valor computado entre as fases para a faixa precária e crítica, respectivamente. Os</p><p>índices DRP e DRC são associados a um mês civil, ou seja, 168 horas, e o valor final é dado pela média das</p><p>leituras computadas. O limite imposto pelo órgão para o DRP é de 3% e de 0,5% para o DRC.</p><p>O índice das unidades consumidoras com tensão crítica pode ainda ser calculado pela equação seguinte:</p><p>Os índices DRC e DRP podem ser calculados individualmente, ou seja, por unidade consumidora, sendo</p><p>representados pela duração relativa equivalente como mostra as equações que seguem:</p><p>Onde:</p><p>i varia com a unidade consumidora e NL o total de consumidores amostrados.</p><p>DRP = 100%</p><p>nlp</p><p>1008</p><p>DRC = 100%nlc</p><p>1008</p><p>DRPEquivalente =∑ [%]DRP i</p><p>NL</p><p>DRCEquivalente =∑ [%]DRCi</p><p>NL</p><p> ATENÇÃO</p><p>DRP e DRC tanto individuais ou coletivos, são índices de duração.</p><p>CONTROLE DO FATOR DE POTÊNCIA</p><p>O fator de potência do sistema é calculado partindo dos valores de potência ativa e reativa mensurados, conforme</p><p>estipulado pelo Módulo 8. Sabe-se que esse fator é capaz de mostrar a eficiência por meio da indicação do quanto</p><p>de energia está em uso, relacionando as grandezas ativa e aparente, como pode ser visto no triângulo de</p><p>potencias, na Figura ao lado.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 12 – Triângulo de potências</p><p>É desejável que consumidores e concessionárias ou distribuidoras mantenham o fator de potência (cosseno do</p><p>ângulo indicado na Figura 12) o mais próximo possível de 1, conferindo o melhor uso do sistema. A Aneel definiu</p><p>por 0,92 o fator de potência referência, conforme a Resolução Normativa n. 414.</p><p>Assim, define-se:</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>fp (fator de potência)= =P</p><p>√P 2+Q2</p><p>Energia Ativa</p><p>√ (Energia Ativa ) 2+(Energia Reativa ) 2</p><p>Para controlar o fator de potência, são feitas medições permanentes e obrigatórias tanto para unidades atendidas</p><p>em média quanto em alta tensão e ainda nas conexões entre as distribuidoras; já para unidades do Grupo B,</p><p>atendidas pela baixa tensão, as medições são individuais e facultativas, ou seja, não computadas.</p><p>Definem-se os seguintes critérios de medição:</p><p>Unidade consumidora ou ponto de conexão de tensão inferior a 230kV: fator de potência deve ser superior a</p><p>0.92 e inferior a 1 (indutivos ou capacitivos), o que dependerá da regulamentação.</p><p>Unidades consumidoras de acesso à rede básica (>230kV) devem seguir os procedimentos da rede.</p><p>Controle das distorções harmônicas</p><p>Segundo a Aneel, as distorções harmônicas são efeitos observados no perfil de onda das tensões e correntes do</p><p>sistema de distribuição, fazendo com que este seja alterado. Assim, estipula-se o limite de distorção em percentual,</p><p>segundo um valor de tensão nominal a ser observado no sistema, como pode ser visto pela Tabela 3.</p><p>Indicador</p><p>Tensão Nominal (Vn)</p><p>Vn 1kV 1kV Vn 69kV</p><p>DDT95% 10% 8,0%</p><p>DTTp95% 2,5% 2,0%</p><p>DTTi95% 7,5% 6,0%</p><p>DTT395% 6,5% 5,0%</p><p>Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Tabela 3 – Valores limite referentes aos indicadores harmônicos</p><p>Onde definem-se:</p><p>DTT</p><p>A distorção harmônica total.</p><p>DTTP</p><p>As distorções para as componentes pares não múltiplas de 3.</p><p>≤</p><p>da equipe de manutenção é fator</p><p>importante na avaliação do desempenho do serviço prestado pelas distribuidoras.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>O atendimento a uma chamada, bem como o desempenho da equipe, é mensurado por meio de indicadores que</p><p>têm por objetivo avaliar a eficiência da comunicação, o dimensionamento de equipes e o fluxo de informações.</p><p>Devem ser avaliados o tempo médio de deslocamento, considerando a localização geográfica do defeito e da</p><p>equipe, e também o tempo médio de execução do serviço requerido. Esses valores são calculados, conforme o</p><p>tópico 4.5.1 do Módulo 8 do Prodist, pelas seguintes equações:</p><p>TEMPO MÉDIO DE PREPARAÇÃO</p><p>TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO</p><p>TEMPO MÉDIO DE EXECUÇÃO</p><p>TEMPO MÉDIO DE ATENDIMENTO</p><p>OCORRÊNCIAS EMERGENCIAIS COM INTERRUPÇÃO DE ENERGIA</p><p>Onde:</p><p>n é o número de ocorrências emergenciais para o conjunto de unidades consumidoras avaliado. O tempo é</p><p>analisado em minutos.</p><p>TP, TD e TE atribuídos aos tempos de preparação, deslocamento e execução do serviço em situações de</p><p>emergência.</p><p>NIE por sua vez, é o número de ocorrências em que houve interrupção de energia.</p><p>O período de apuração desses indicadores é mensal, não sendo consideradas reclamações como: consumo</p><p>elevado, substituições programadas e serviços na rede de iluminação pública.</p><p>O controle das interrupções do serviço é uma prática de extrema importância para as distribuidoras; a divulgação e</p><p>computação desses dados permite que o órgão regulador, Aneel, avalie o serviço prestado ao consumidor. Os</p><p>indicadores podem ser individuais (por ponto consumidor) ou coletivos e apurados por mês, trimestre ou anual.</p><p>(TMP)=</p><p>∑n</p><p>i=1 TP(i)</p><p>n</p><p>(TMD)=</p><p>∑n</p><p>i=1 TD(i)</p><p>n</p><p>(TME)=</p><p>∑n</p><p>i=1 TE(i)</p><p>n</p><p>(TMAE)= TMP + TMD+ TME</p><p>(PNIE)= 100%NIE</p><p>n</p><p>UM BOM INDICADOR É FATOR POSITIVO PARA A DISTRIBUIDORA,</p><p>POIS CONTRIBUI PARA QUE ELA SE MANTENHA NO MERCADO</p><p>DE ENERGIA. DO PONTO DE VISTA DO CONSUMIDOR, ESSES</p><p>VALORES GARANTEM QUE O SUPRIMENTO DA CARGA</p><p>ACONTEÇA DE FORMA SEGURA E CONFIÁVEL.</p><p>Os principais índices de continuidade do serviço, por consumidor, podem ser calculados como mostram as</p><p>equações a seguir:</p><p>Onde:</p><p>DIC: Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de conexão: é computado em horas</p><p>e reflete o tempo t(i) que o consumidor ficou sem energia.</p><p>FIC: Frequência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora ou por Ponto de Conexão. Reflete quantas</p><p>falhas, n, ocorrem na unidade no período de apuração.</p><p>DMIC: Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora ou por Ponto de conexão. Reflete a</p><p>maior interrupção computada t(i)max.</p><p>Agora, vejamos dois exemplos para entender melhor.</p><p>EXEMPLO 1</p><p>Para a Figura 14, cuja análise de faltas foi apresentada, considere:</p><p>Tempo de duração da falta: 10 horas</p><p>Tempo para execução do chaveamento: 1 hora</p><p>Calcular os índices FIC e DIC para os pontos 1 e 2.</p><p>RESOLUÇÃO</p><p>FIC ponto 1 = 1 ocorrência</p><p>FIC ponto 2 = 1 ocorrência</p><p>DIC ponto 1= 10 horas</p><p>DIC =∑n</p><p>i t(i)</p><p>FIC = n</p><p>DMIC = t(i)max</p><p>DIC ponto 2= 1 hora</p><p>Os indicadores coletivos são calculados para o conjunto de unidades consumidoras e devem ser computados como</p><p>mostra as equações a seguir:</p><p>Onde:</p><p>DEC: Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, expresso em horas.</p><p>FEC: Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora, expresso em interrupções.</p><p>Cc: Número total de unidades pertencentes ao conjunto.</p><p>EXEMPLO 2</p><p>Para o mesmo sistema da Figura 14, considerando os índices calculados anteriormente, calcular DEC e FEC.</p><p>RESOLUÇÃO</p><p>Para apurar esses índices, deve-se atentar aos seguintes critérios definidos por norma:</p><p>Consideram-se apenas as interrupções com duração superior a três minutos.</p><p>Considera-se que há interrupção sempre que a tensão for inferior a 70% do valor nominal.</p><p>Todas as interrupções programadas devem ser comunicadas previamente.</p><p>Se excedidos os valores dos índices, a distribuidora é penalizada. Essa penalização é feita por meio de uma</p><p>compensação ao consumidor, atribuída posteriormente (em até 60 dias) na própria fatura sob forma de crédito,</p><p>calculada, por exemplo, pela seguinte equação:</p><p>Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal</p><p>DEC =</p><p>∑Cc</p><p>i=1DIC(i)</p><p>Cc</p><p>FEC =</p><p>∑Cc</p><p>i=1 FIC(i)</p><p>Cc</p><p>DEC = DIC1+DIC2</p><p>total de pontos</p><p>DEC = 10+1</p><p>2</p><p>FEC = FIC1+FIC2</p><p>total de pontos</p><p>FEC = 1+1</p><p>2</p><p>V alor =( − 1)(DICp) keiDICv</p><p>DICp</p><p>EUSDmedio</p><p>730</p><p>A equação acima pode ser aplicada para DIC, FIC e DMIC, sendo alterado o índice violado. DICv indica o valor</p><p>medido pela distribuidora e DICp, o padrão definido pela Aneel. A variável EUSDmedio implica encargos de uso do</p><p>sistema durante o período de análise, 730 é a representação das horas mensais e kei é um coeficiente que pode</p><p>ser fixado de acordo com o nível de tensão.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. (FAURGS,2012) ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA OS INDICADORES</p><p>INDIVIDUAIS DE CONTINUIDADE DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA QUE</p><p>AVALIAM A QUALIDADE DO FORNECIMENTO E SUBSIDIAM O CÁLCULO DA TARIFA DE</p><p>ENERGIA ELÉTRICA.</p><p>A) DIC, DMIC e FIC.</p><p>B) DIC, DEC e DMIC.</p><p>C) DIC, DEC e FEC.</p><p>D) DMIC, DEC e FEC.</p><p>E) DIC, DEC, DMIC, FIC e FEC.</p><p>2. (ADAPTADO DA ANEEL) CONSIDERE O DIAGRAMA ABAIXO E DEPOIS MARQUE A</p><p>ALTERNATIVA CORRETA.</p><p>FONTE: ENSINEME</p><p> FIGURA 16 – DIAGRAMA DE UM SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO</p><p>AS LINHAS 1, 2 E 3 POSSUEM REGISTROS ONDE FALHAM EM UMA RAZÃO DE 0.04</p><p>VEZES AO ANO. COMO NÃO HÁ ALIMENTAÇÃO SECUNDÁRIA, O DEFEITO, AINDA QUE</p><p>ISOLADO, PROMOVE O CORTE DE TODOS OS PONTOS. CALCULE OS INDICADORES DE</p><p>QUALIDADE INDIVIDUAIS E COLETIVOS PARA ESSE SISTEMA. ATRIBUI-SE A DURAÇÃO</p><p>DA FALTA DE 5 HORAS E 1 HORA PARA CHAVEAR E UM PERÍODO DE AVALIAÇÃO</p><p>ANUAL.</p><p>A) Ponto 1, 2 e 3 iguais sendo DIC=0.5 FIC=0,12 e FEC=0,14, DEC=0,5.</p><p>B) FIC=0,12 iguais para todos os pontos, FEC=0,04, DIC=0,18 para todos dos pontos, DEC=0,18.</p><p>C) FIC=0,12 iguais para todos os pontos, FEC=0,04, DIC1=0,84, DIC2=1,32, DIC3=1,8, DEC=1,32.</p><p>D) FIC1=0,12, FIC2=0,08, FIC3=0,04, FEC=0,12, DIC1=0,84, DIC2=1,32, DIC3=1,8, DEC=1,32.</p><p>E) FIC1=0,12, FIC2=0,08, FIC3=0,04, FEC=0,12, DIC=0,18 para todos dos pontos, DEC=0,18.</p><p>GABARITO</p><p>1. (FAURGS,2012) Assinale a alternativa que apresenta os indicadores individuais de continuidade de</p><p>fornecimento de energia elétrica que avaliam a qualidade do fornecimento e subsidiam o cálculo da tarifa de</p><p>energia elétrica.</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>Para mensurar a qualidade do fornecimento, a Aneel propõe os chamados índices de qualidade ou de</p><p>confiabilidade, que indicam a continuidade de energia ofertada pela concessionária ao consumidor, esses podem</p><p>ser calculados por conjunto ou por unidade consumidora (coletivos ou individuais).</p><p>2. (Adaptado da Aneel) Considere o diagrama abaixo e depois marque a alternativa correta.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Figura 16 – Diagrama de um sistema de distribuição</p><p>As linhas 1, 2 e 3 possuem registros onde falham em uma razão de 0.04 vezes ao ano. Como não há</p><p>alimentação secundária, o defeito, ainda que isolado, promove o corte de todos os pontos. Calcule os</p><p>indicadores de qualidade individuais e coletivos para esse sistema. Atribui-se a duração da falta de 5 horas</p><p>e 1 hora para chavear e um período de avaliação anual.</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Falha na linha 1: Abre o disjuntor e a seccionadora 1, todos os pontos aguardam o reparo.</p><p>Falha na linha 2: Abre o disjuntor, em seguida, pode-se isolar o defeito abrindo as seccionadoras 2 e 3 e</p><p>fechando novamente o disjuntor, que volta a alimentar o ponto 1; pontos 2 e 3 aguardam o reparo.</p><p>Falha na linha 3: Abre o disjuntor para cessar a alimentação, em seguida, a falha é isolada pela abertura da</p><p>FIC = soma das razões das falhas</p><p>FIC = 3*0,04 = 0,12 falhas ao ano</p><p>FEC = = = 0,04FIC1+FIC2+FIC2</p><p>consumidores</p><p>0,36</p><p>3</p><p>seccionadora 3 e do fusível do trecho 3. Podendo restaurar os pontos 1 e 2.</p><p>Os índices FIC são iguais, pois há interrupção em todos os pontos dado a abertura do disjuntor. Nota adicional: se</p><p>o tempo para chavear for rápido o suficiente para não ser computado em norma, isto é, inferior a 3 minutos,</p><p>não são</p><p>computadas falhas, o que não ocorre nesse exemplo.</p><p>anim.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>A abordagem trazida por este material teve por objetivo a apresentação estrutural e legislativa do sistema de</p><p>distribuição, pontuando as principais funções delegadas a ele, bem como os órgãos institucionais envolvidos no</p><p>processo de distribuição da energia elétrica.</p><p>Resumidamente, o módulo 1 é composto das características físicas do sistema, com uma apresentação do setor</p><p>elétrico em toda sua extensão. Em seguida, o módulo 2 complementa os dados apresentados, pontuando aspectos</p><p>regulatórios, em que é possível ver direitos e deveres tanto do consumidor quanto da distribuidora responsável pelo</p><p>trecho. Finalmente, apresentando uma análise de qualidade do produto (energia) e do sistema, o módulo 3 é</p><p>responsável por pontuar aspectos operacionais atribuídos pelo regulador.</p><p>Com isso, é possível observar que os módulos possuem relação em seus conteúdos apresentados, fazendo</p><p>indispensável que todos sejam devidamente estudados para melhor entendimento do seguinte.</p><p>DIC1 = 0,12*5 + 0,12*1 + 0,12*1 = 0,84 horas/ano</p><p>DIC2 = 0,12*5 + 0,12*5 + 0,12*1 = 1,32 horas/ano</p><p>DIC3 = 0,12*5 + 0,12*5 + 0,12*5 = 1,8 horas/ano</p><p>DEC = = = 1,32horas/anoDIC1+DIC2+DIC3</p><p>consumidores</p><p>3,96</p><p>3</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed. Porto Alegre: Amgh, 2013.</p><p>ANEEL. Resolução Normativa n. 414/2010. p. 205, 2010. Consultado em meio eletrônico em: 11 jan. 2021.</p><p>ANEEL. Os Procedimentos de Distribuição - PRODIST. Consultado em meio eletrônico em: 11 jan. 2021.</p><p>BOYLESTAD, R. L. Introdução a Análise de Circuitos Elétricos. 10. ed. Upper Saddle River: Prentice Hall/</p><p>Pearson, 2004.</p><p>BRASIL. Resenha Energética Brasileira: Oferta e Demanda de Energia; Instalações Energéticas; Energia no</p><p>Mundo. Brasília, DF. Consultado em meio eletrônico em: 14 dez. 2020.</p><p>ELETROBRÁS. Planejamento de Sistemas de Distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 1982.</p><p>EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. Anuário Estatístico de Energia Elétrica. Rio de Janeiro, 2020.</p><p>Consultado em meio eletrônico em: 14 dez. 2020.</p><p>KAGAN, N.; OLIVEIRA, C. C. B.; ROBBA, E. J. Introdução aos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica. 1.</p><p>ed. São Paulo: Blucher, 2005.</p><p>PIMENTA, A. P. A. Legislação Básica do Setor Elétrico. 2010. Consultado em meio eletrônico em: 14 dez. 2020.</p><p>EXPLORE+</p><p>Explore a estrutura tarifária aplicada aos consumidores de baixa tensão proposta pela Aneel no site do órgão.</p><p>Note como a distribuição de energia e a legislação do sistema vêm sofrendo alterações com a inclusão de fontes</p><p>renováveis, principalmente geração distribuída; para isso, a Aneel propõe a Resolução 687/2015.</p><p>Observe como a compensação e controle de fator de potência é feita por Charles K. Alexander e Matthew N. O.</p><p>Sadiku no livro Fundamentos de Circuitos Elétricos.</p><p>Pesquise sobre qualidade do serviço na página da Aneel, buscando pelo Módulo 8 do Prodist.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Isabela Oliveira Guimarães</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p>

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