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<p>210</p><p>60. (CEBRASPE/CESPE – 2020) Ana, servidora do MP/CE, apro-</p><p>veitou-se do acesso que sua função pública lhe permitia</p><p>para se apropriar de valores do órgão. Durante o inquérito</p><p>policial, preocupada com eventual condenação, Ana ofere-</p><p>ceu vantagem pecuniária a uma amiga que não exerce fun-</p><p>ção pública, para prestar depoimento falso em seu favor, a</p><p>qual assim o fez.</p><p>Nessa situação hipotética, Ana deve ser responsabilizada</p><p>pelo crime de apropriação indébita, com aumento de pena</p><p>correspondente ao dano ao patrimônio público.</p><p>( ) CERTO ( ) ERRADO</p><p>61. (CEBRASPE/CESPE – 2019) Rafael, imputável, insatisfei-</p><p>to com o valor que pagava mensalmente pelo consumo de</p><p>energia elétrica em sua residência, utilizou-se de material</p><p>não permitido no medidor de energia para reduzir a quanti-</p><p>dade de energia elétrica consumida registrada no aparelho,</p><p>o que lhe permitiu obter vantagem ilícita.</p><p>Nessa situação hipotética, segundo a jurisprudência do STJ,</p><p>Rafael cometeu</p><p>a) Ilícito civil apenas, não sendo sua conduta penalmente</p><p>típica.</p><p>b) O delito de estelionato.</p><p>c) O delito de furto mediante fraude.</p><p>d) O delito de apropriação indébita.</p><p>e) O delito de furto privilegiado.</p><p>62. (CEBRASPE/CESPE – 2019) A respeito de crimes contra a</p><p>dignidade sexual, assinale a opção correta.</p><p>a) Para a configuração do crime de estupro de vulnerável, é</p><p>relevante, na avaliação da atipicidade da conduta, averiguar</p><p>a existência de relacionamento amoroso entre a vítima e o</p><p>agente.</p><p>b) O STJ pacificou o entendimento de que, com o advento do</p><p>Estatuto da Pessoa com Deficiência, eventual consentimen-</p><p>to da vítima afasta a tipicidade do estupro de vulnerável.</p><p>c) Em regra, o crime de importunação sexual pode ter como</p><p>agente passivo pessoa vulnerável, dados a especificidade da</p><p>conduta e seu caráter de crime não subsidiário.</p><p>d) Caracteriza o crime de assédio sexual a conduta de médico</p><p>ginecologista que, durante atendimento, pratica ato libidi-</p><p>noso contra paciente, aproveitando-se do consentimento</p><p>dado por ela para a realização de exame ginecológico.</p><p>e) Em se tratando de crime de estupro em que a vítima seja</p><p>maior de dezoito anos de idade e plenamente capaz, a ação</p><p>penal é pública incondicionada, ainda que não tenha ocor-</p><p>rido violência real na prática do crime.</p><p>63. (CEBRASPE/CESPE – 2019) Júnia, de quatorze anos de idade,</p><p>acusa Pierre, de dezoito anos de idade, de ter praticado cri-</p><p>me de natureza sexual consistente em conjunção carnal for-</p><p>çada no dia do último aniversário da jovem. Pierre, contudo,</p><p>alega que o ato sexual foi consentido.</p><p>A respeito dessa situação hipotética, julgue o item a seguir,</p><p>tendo como referência aspectos legais e jurisprudenciais a</p><p>ela relacionados.</p><p>No caso em questão, se comprovada a prática do crime, a ação</p><p>penal cabível será pública incondicionada, pois não há previsão</p><p>de ação pública condicionada à representação em crimes con-</p><p>tra a dignidade sexual.</p><p>( ) CERTO ( ) ERRADO</p><p>64. (CEBRASPE/CESPE – 2019) Julgue os itens a seguir, relativos</p><p>a delitos de natureza sexual.</p><p>I. Praticar, em local público, ato libidinoso contra alguém</p><p>e sem o seu consentimento caracteriza contravenção</p><p>penal tipificada como importunação ofensiva ao pudor.</p><p>II. Praticar conjunção carnal com o parceiro na presença</p><p>de menor de catorze anos de idade, a fim de satisfazer a</p><p>própria lascívia, configura, a princípio, o tipo penal espe-</p><p>cífico denominado satisfação de lascívia mediante pre-</p><p>sença de criança ou adolescente.</p><p>III. Praticar ato obsceno em praça pública, ainda que sem a</p><p>intenção de ultrajar alguém específico, configura crime</p><p>de importunação sexual, que, por equiparação, é consi-</p><p>derado hediondo.</p><p>IV. Divulgar na Internet fotografias de conteúdo pornográfi-</p><p>co envolvendo adolescente, como meio de vingança pelo</p><p>término de relacionamento, configura crime específico</p><p>previsto no ECA, o que afasta a incidência do novo tipo</p><p>penal previsto no art. 218-C do Código Penal.</p><p>Estão certos apenas os itens</p><p>a) I e III.</p><p>b) I e IV.</p><p>c) II e III.</p><p>d) II e IV.</p><p>65. (CEBRASPE/CESPE – 2019) No início de 2018, Ricardo, com</p><p>dezenove anos de idade, começou a namorar Joana, de doze</p><p>anos de idade. Com o consentimento dela, mantiveram con-</p><p>junção carnal no dia em que ela completou treze anos de</p><p>idade. Ricardo sabia que Joana completava treze anos de</p><p>idade na data em que mantiveram conjunção carnal. Ao des-</p><p>cobrirem o relacionamento, os pais de Joana comunicaram</p><p>os fatos ao Ministério Público, que ofereceu denúncia contra</p><p>Ricardo. Na instrução processual, demonstrou-se que Joana</p><p>já havia mantido conjunção carnal com outro homem, antes</p><p>de conhecer Ricardo.</p><p>Considerando essa situação hipotética, assinale a opção cor-</p><p>reta de acordo com a jurisprudência do ST1</p><p>a) Não houve crime contra a dignidade sexual, já que ficou</p><p>demonstrado que Joana possuía experiência sexual</p><p>anterior.</p><p>b) A presunção de violência sexual contra vítima menos de</p><p>quatorze anos de idade e relativa, assim, como Joana con-</p><p>sentiu com a conjunção carnal, não há que se falar em cri-</p><p>me contra a dignidade sexual.</p><p>c) Ricardo praticou o crime de corrupção de menor contra</p><p>Joana.</p><p>d) Ricardo praticou o crime de estupro de vulnerável contra</p><p>Joana.</p><p>e) O relacionamento amoroso entre Ricardo e Joana afasta a</p><p>incidência da tipicidade penal.</p><p>66. (CEBRASPE/CESPE – 2020) À luz da legislação penal brasileira,</p><p>julgue o item a seguir.</p><p>O agente que faz uso de selo falsificado destinado a controle</p><p>tributário, sabendo de sua falsificação, comete crime contra</p><p>a fé pública.</p><p>( ) CERTO ( ) ERRADO</p><p>67. (CEBRASPE/CESPE – 2019) De acordo com o Código Penal, o</p><p>agente que altera selo destinado a controle tributário comete</p><p>crime</p><p>a) de reprodução ou adulteração de selo ou peça filatélica.</p><p>b) de falsificação de selo ou sinal público.</p><p>c) de falsidade ideológica.</p><p>d) de falsificação de papéis públicos.</p><p>e) contra a ordem tributária.</p><p>https://www.instagram.com/zeusebooks/</p>