Buscar

Aula 1-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Crimes contra a dignidade sexual
Aula 1 e 2
1. Introdução 
Crimes mais comuns:
a) Estupro;
b) Estupro de Vulnerável;
c) Violação Sexual mediante fraude;
d) Importunação Sexual;
e) Assédio Sexual
2. Bem Jurídico Tutelado
- Dignidade Sexual > Desdobramento da Dignidade da pessoa humana
3. Crimes em espécie:
3.1. Estupro
- Art. 213 do CP
Características:
a) Hediondo
Obs: Inovação da Lei 12.016/2009 (antes somente conjunção carnal, agora qualquer ato libidinoso)
Obs 2: Atentado Violento ao Pudor foi revogado em 2009
Obs 3: Não confundir Atentado Violento ao Pudor com ato obsceno – art. 233 do CP
b) Tipo Penal
- Constranger > Submeter, Subjugar, Obrigar
Perguntinha:
Se uma mulher segura outra para que um homem a penetre, essa primeira mulher comete também o crime de estupro?
- Mediante violência ou grave ameaça
Violência > Física
Grave Ameaça > Moral > Mal que seja injusto, sério e grave 
Perguntinha:
Imaginem que um chefe religioso diz a uma fiel que ela está com um demônio no corpo e que, para livrar-se disso, deve se submeter a um ato sexual com ele (homem santo). Esse chefe religioso, caso pratique o ato libidinoso, cometerá um estupro?
Perguntinha:
Imaginem que um chefe religioso diz a uma fiel que ela deve se submeter a um ato sexual com ele, senão, lançará um demônio sobre seu corpo. Esse chefe religioso, caso pratique o ato libidinoso, cometerá um estupro?
- “Sextorsão”
Obs: Violência sexual mediante fraude: Ludibriar a vítima mediante uma fraude, exemplo clássico: Um jovem se passa pelo irmão alheio
- Conjunção carnal ou ato libidinoso diverso
Conceito Jurídico Indeterminado
c) Sujeitos
- Sujeito Ativo: “qualquer pessoa” – crime comum
- Sujeito Passivo direto: alguém, desde que não seja vulnerável
Obs: até 2009, o sujeito passivo deveria necessariamente ser mulher
Pessoas Vulneráveis:
a) Menor de 14 anos;
b) Enfermidade mental (discernimento para a vida sexual);
c) Não podem oferecer resistência;
d) Elemento Subjetivo
- Dolo (não apresenta dolo específico)
- Não existe modalidade culposa
e) Consumação/Tentativa
Obs: STJ> Estupro de vulnerável > independe de contato físico entre autor e vítima
f) Ação Penal
Antes de 2009 > Ação Penal Privada, Exc: Súmula 608 do STF > Uso de Violência Real
Entre 2009 e 2018 > Ação Penal Pública condicionada à representação do ofendido, Exc: Vítima menor de 18 anos, vítima vulnerável
Após 2018 > Qualquer crime sexual > Ação Penal Pública Incondicionada
ATENÇÃO!
Irretroatividade maléfica e Retroatividade benéfica
g) Penas
Modalidade simples: 6 a 10 anos de reclusão
- Não cabe institutos despenalizadores e nem substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos
Vamos Praticar?
01. Alexandre nutre um desejo sexual arrebatador por Janaína. Após anos de convívio respeitoso e sem que qualquer pessoa soubesse de seus desejos, descobriu que Janaína trai seu marido Carlos constantemente. Após muito pensar, resolveu obrigar Janaína a com ele se relacionar, sob pena de contar tudo sobre as traições ao marido Carlos. Por essa razão, Janaina cedeu e se relacionou com Alexandre. Nessa hipótese, trata-se de
A) violação sexual mediante fraude.
B) importunação sexual.
C) assédio sexual.
D) crime algum.
E) estupro.
02. Maria convivia em união estável com Josué, o qual estuprava costumeiramente Giovana, filha menor do primeiro casamento de Maria. Além desta última, alguns vizinhos também sabiam do terrível crime que estava sendo cometido contra a adolescente, mas ninguém teve coragem de noticiá-lo para as autoridades competentes. Nesse caso, é possível afirmar que:
A) Todos devem responder pelo crime de estupro, inclusive os vizinhos.
B) Josué somente responderá pelo crime de estupro se Giovana for menor de 14 (catorze) anos.
C) Maria é legalmente considerada agente garantidora nessa situação, razão pela qual também responderá pelo crime praticado por Josué.
D) Enquanto Josué responderá pelo crime de estupro na forma comissiva, Maria e os vizinhos responderão na forma omissiva.
E) Apenas Josué deve ser responsabilizado pelo crime de estupro.
Aula 3 e 4
1. Estupro Qualificado
- Art. 213, §1º e §2º do CP
- 3 Qualificadoras: 
a) Lesão corporal grave;
b) Idade
Obs: apresenta um erro na redação do legislador!
c) Morte
Perguntinha:
Imaginem um homem, após cometer um estupro contra uma mulher, percebe que ela vai entrega-lo à polícia e, portanto, a assassina. Ele poderá ser enquadrado em estupro qualificado pela morte diante dessa situação?
2. Violação Sexual Mediante Fraude
- Art. 215 do CP
- Fraude > a pessoa é ludibriada, levada a erro
Ex: Médico, Irmão Gêmeo.
Perguntinha!
Qual a diferença primordial entre estupro e violação sexual mediante fraude?
- Chamado pela doutrina de estelionato sexual
Imaginem que um homem casado se passa de solteiro, e, por causa disso, começa a sair com uma mulher, a qual se dispõe a iniciar uma vida sexual com ele. Esse homem, poderá estar cometendo o crime de violação sexual mediante fraude?
- Não é crime hediondo
- Reclusão de 2 a 6 anos
3. Importunação sexual
- Incluído pela Lei 13.718/2018
- Art. 215-A do CP
- Antes existia: contravenção de Importunação ofensiva ao pudor
Atenção: Não existe verbo Constranger, e nem Violência, Grave Ameaça e Fraude
- É uma conduta direcionada a alguém, diferindo-se do crime de ato obsceno (art. 233 do CP)
Ex: Apalpar o corpo de outrem no ônibus
- Elemento subjetivo: satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro
Obs: no estupro não tem elemento subjetivo
- Crime comum
- Sujeito passivo: qualquer pessoa, menos as vulneráveis
- É possível tentativa
- Ação Penal Pública Incondicionada
- Caberá Suspensão Condicional do Processo 
Curiosidade: Frotteurismo
4. Assédio Sexual
- Art. 216-A do CP
Ex: Empregador, valendo-se da posição hierárquica, produz constrangimento, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual
- Relação Hierárquica bem importante
- É necessário ascendência
Questões:
Poderá existir assédio sexual entre professor e aluno? Líderes Religiosos e Fiéis?
STJ: professor e aluno = sim, líderes religiosos = não é pacífico
Imaginem um aluno que fica ameaçando a professora, afirmando que irá no diretor contar seu passado sórdido caso ela não realize relações sexuais com ele, será que esse aluno poderia estar cometendo o crime de assedio sexual? 
- Crime Bipróprio
Atenção: apesar do nome do tipo ser Assedio – conduta reiterada, o núcleo é contranger!
- Infração de menor potencial ofensivo
- Cabe suspensão condicional do processo
Vamos Praticar?
01. Soraya é policial civil vinculada à Delegacia da Mulher de Luziânia-GO e se depara com o seguinte Boletim de Ocorrência: a reclamante alega que estava dentro do ônibus-lotação, quando um homem passou por ela, ao se dirigir para a porta de saída, e, no percurso, apalpou seus seios de forma não consentida e empregou fuga logo em seguida. As câmeras do ônibus flagraram a cena, e o vídeo foi anexado ao procedimento. Nesse teor, Soraya deve classificar o fato como crime de
A) assédio sexual.
B) estupro simples.
C) violação sexual mediante fraude.
D) importunação sexual.
E) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
Sob o argumento da produção de cena de arte para um filme, Circe produz, dirige e filma, por meio de hand cam, a prática de ato sexual entre Hebe, então com 13 anos de idade, e Deimos, conhecido ator do ambiente pornográfico, com mais de 25 anos de carreira.
Sob o aspecto jurídico-penal, é correto afirmar que essa conduta:
A) não configura ilícito penal;
B) configura crime de estupro;
C) configura crime de estupro de vulnerável;
D) configura crime de estupro em concurso com o Art. 240 da Lei nº 8.069/1990;
E) configura crime de estupro de vulnerável em concurso com o Art. 240 da Lei nº 8.069/1990.
03. O médico dermatologista que, sem necessidade e aproveitando-se da confiança da paciente, apalpa a vítima em suas regiões íntimas, pratica
A) estupro.
B) assédio sexual.
C) estupro de vulnerável.
D) violação sexual mediante fraude.
E) importunação sexual.
Aula 5 e 6
1. Registro não autorizado da intimidade sexual- Capítulo I-A > Incluído pela Lei 13.772/2018
- Art. 216-B do CP
Obs: Apesar de apresentar o nome “intimidade sexual” o registro não precisa ser necessariamente de “ato sexual”
Perguntinha!
Raimundo, dono de um motel, resolveu colocar câmera em todos os quartos para gravar os atos sexuais. Ele comete esse crime em comento?
Obs2: Crime se refere ao REGISTRO não DIVULGAÇÃO (art. 218-C do CP)
- Crime Bicomum
- Núcleo: Produzir, Fotografar, Filmar e Registrar
- Elemento Subjetivo: Dolo
- Tentativa é possível
- Ação Penal Pública Incondicionada
- Infração de Menor Potencial Ofensivo > Cabe transação penal > Cabe suspensão condicional do processo
2. Estupro de Vulnerável
- Capítulo II
- Art. 217-A do CP
Atenção!! Mediante violência ou não, mediante fraude ou não, consensualmente ou não >> com menor de 14 anos
Atenção 2 – Pais Garantidores podem cometer estupro de vulnerável por omissão
- Ação Penal Pública Incondicionada, salvo uma exceção >> criada pelo STJ >> Vítima vulnerável por impossibilidade de oferecer resistência é preciso analisar se essa impossibilidade é momentânea ou permanente >> momentânea >> Ação Penal Pública condicionada à representação do ofendido
- Modalidade qualificadas >> da prática da conduta resulta consequências mais graves
Atenção!!
Vulnerabilidade absoluta > menor de 14 anos
Teoria do Romeu e Julieta
3. Corrupção de Menores
- Art. 218 do CP
Atenção!!
Esse crime de corrupção de menores é diferente do crime de corrupção de menores previsto no ECA (244-B) > não é crime sexual e é formal
- Verbo induzir: dar a ideia, criar a ideia > crime formal
- Crime comum
- Elemento subjetivo: dolo
- Elemento subjetivo específico > fazer com que o menor satisfaça a lascívia de outrem
- Ação Penal Pública Incondicionada
Atenção!!
Em caso de condenação, seria possível, a depender do caso, a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direito
Quando se pode aplicar tal substituição?
- Crimes dolosos sem violência ou grave ameaça
- Pena efetivamente aplicada não ultrapassa 4 anos
4. Satisfação de Lascívia mediante presença de criança ou adolescente
- Art. 218-A do CP
- Elemento subjetivo específico > satisfazer a lascívia própria ou de terceiro
Perguntinha!!
Maria e José dividem o quarto com o filho. Após seu filho dormir no quarto, eles mantêm relação sexual. O casal pratica o crime em comento?
Perguntinha 2!!
Maria e José dividem o quarto com o filho de 1 ano. Por acreditarem que o filho ainda é muito novo e não entenderia o que está acontecendo, praticam relações sexuais enquanto o filho brinca no canto. O casal pratica o crime em comento?
Vamos praticar?
01. Sobre os crimes contra a dignidade sexual:
A) A conduta de montar uma fotografia com o fim de incluir pessoa em cena de nudez não configura crime.
B) O crime de atentado violento ao pudor pressupõe representação da vítima, que pode ser suprida pelos responsáveis em caso de menoridade.
C) A violação sexual mediante fraude consiste em seduzir mulher virgem, menor de dezoito anos e maior de quatorze, e ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua inexperiência ou justificável confiança.
D) O crime de estupro, previsto no artigo 213, admite tentativa.
E) Configura crime de assédio sexual constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual mediante ameaça.
02. Juliana é mãe de Alice, que tem 13 anos. Certo dia, Juliana vê Alice praticar conjunção carnal com o vizinho, Aurélio, de 30 anos. Mesmo horrorizada com a cena, Juliana resolve não intervir para impedir a continuidade do ato, pois não queria criar nenhum aborrecimento com o vizinho. Considerando apenas os dados fornecidos e com base na lei, é correto afirmar que
A) Juliana poderá responder apenas por omissão de socorro, praticado via omissão própria.
B) a conduta de Juliana é atípica pela legislação, caso Alice tenha consentido com a relação sexual.
C) Aurélio e Juliana responderão por estupro de vulnerável praticado em concurso de pessoas; Aurélio via ação e Juliana via omissão.
D) a hipótese é de estupro simples e não estupro de vulnerável, sendo certo que apenas Aurélio responderá por estupro; Juliana responderá por omissão de socorro.
E) Juliana poderá responder por estupro de vulnerável, praticado vai omissão imprópria.
03. Em 10/1/2022, Fernando, com 38 anos de idade, adicionou à sua rede social Caio, com 13 anos de idade, dizendo-lhe ter a mesma faixa etária e manifestando interesse por jogos eletrônicos. A partir de então, passaram a manter conversas diárias, que, com a conquista da confiança de Caio, ganharam conotação pessoal acerca da vida íntima do adolescente, como sua relação familiar, ambiente escolar e círculo de amizade. Em dado momento, Fernando pediu a Caio que ligasse a webcam, e assim o menino o fez. Então, Fernando, também com sua câmera ligada, se despiu e começou a se masturbar, exibindo-se para Caio, como forma de satisfazer a própria lascívia. Em seguida, Fernando convidou Caio para ir até sua casa. Contudo, Caio ficou assustado e contou para os pais, que bloquearam o perfil de Fernando e se dirigiram à delegacia de polícia, para comunicarem a ocorrência.
Nessa situação hipotética, Fernando praticou
A) conduta atípica penalmente.
B) o crime de estupro de vulnerável, na forma tentada, previsto no art. 217-A do Código Penal.
C) o crime de corrupção de menores, previsto no art. 218 do Código Penal.
D) o crime de assediar e constranger criança via meio de comunicação, com o fim de com ela praticar ato libidinoso, previsto no art. 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente.
E) o crime de satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente, previsto no art. 218-A do Código Penal.
04. O crime de estupro de vulnerável, conforme o Superior Tribunal de Justiça,
A) impede a responsabilização do agente na qualidade de partícipe.
B) prescinde de contato físico direto do réu com a vítima.
C) não é considerado hediondo diante da legalidade estrita para tal configuração.
D) pode ser considerado atípico diante de eventual consentimento da vítima.
E) exige a fixação de regime inicial fechado em razão do quantum de pena previsto.
Aula 7 e 8
1. Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou vulnerável
- Crime Hediondo
- Art. 218-B do CP
Obs: São 3 crimes hediondos nos crimes contra a dignidade sexual
Obs 2: Prostituição em si de maior e não vulnerável > não é crime. O cliente também não pratica crime.
- Sujeito ativo: qualquer pessoa
- Sujeito passivo: menor de idade ou sexualmente vulnerável
- Verbos: Submeter, Induzir, Atrair, Facilitar, Impedir ou Dificultar > tipo misto alternativo
- Elemento subjetivo: Dolo 
Obs: Não tem elemento subjetivo específico
Perguntinha!
Maria de Fátima é estudante de direito, maior de idade, e para complementar sua renda mensal se prostitui. Essa pessoa possui uma vida confortável e acaba, involuntariamente, induzindo Maria das Dores, colega da faculdade, menor de idade a se prostituir, para levar um vida com melhores condições. Maria de Fátima comete crime?
Atenção Master Plus:
Esse crime se consuma não apenas em relação a prostituição, mas também outras formas de exploração sexual. Ex: Pessoas sexualmente escravizadas ou comercializadas.
- Ação Penal Pública Incondicionada
- Não cabe nenhum dos institutos despenalizadores
Atenção!
Inciso I > Se for menor de 14 > Estupro de vulnerável
2. Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou pornografia
- Art. 218-C
- Sujeito ativo: qualquer pessoa
- Sujeito passivo: qualquer pessoa
- Tipo misto alternativo
- Ação Penal Pública Incondicionada
- Não é infração de menor potencial ofensivo, mas cabe suspensão condicional do processo
- Aumento de pena > §1º 
- Exclusão de ilicitude > §2º
3. Disposições Gerais sobre os crimes contra a dignidade sexual
- Art. 225 do CP > Ação Penal Pública Incondicionada
- Art. 226 do CP > Causas de Aumento de Pena
Perguntinha!
O que seria “...ou qualquer outro título tiver autoridade sobre ela”?
4. Casa de Prostituição- Art. 229 do CP
- Crime habitual> manter
- Locuplementa financeiramente da prostituição alheia
5. Rufianismo
- Art. 230 do CP
6. Tráfico Internacional de Pessoas
- Revogado > art. 231 do CP	
- Foi criado o art. 149-A > dentro dos crimes contra a liberdade pessoal
- Pode se configurar agora com outras finalidades
Capítulo VI > Do ultraje público ao pudor
1. Ato Obsceno
- Art. 233 do CP
- Tipo aberto
2. Escrito ou Objeto obsceno 
- Art. 234 do CP
- Tipo misto alternativo
- Parágrafo único > tipos equiparados
Crimes contra a paz pública
-Título IX
- Todos os crimes desse título são de ação penal pública incondicionada e somente admitem dolo!
- São chamados de crimes-obstáculo, por que?
Vamos lembrar do inter criminis:
Cogitação (fase interna) ------ Atos preparatórios ---- Atos executórios ------ Consumação (fase externa)
Obs: A lei penal somente incidirá se estiver diante de atos executórios (via de regra), mas de forma excepcional poderá incidir sobre os atos preparatórios (como nos crimes-obstáculo)
- Outro ponto importante é a diferença entre crime de perigo concreto e crime de perigo abstrato
Perigo concreto ---- Efeito Risco
Perigo abstrato ---- Perigo Presumido
E os crimes contra a paz, são de perigo concreto ou abstrato?
- Crimes Vagos > Sujeito passivo indeterminado
- Crimes Formais 
1. Incitação ao Crime
- Art. 286 do CP
- Crime de menor potencial ofensivo
- Crime específico
- Incitação Pública > Pessoas Indeterminadas
Perguntinha!
E se for para incitação de um crime para pessoas determinadas?
- Admite tentativa > mesmo sendo um crime formal
Tipos específicos:
- Lei 7.716/89 (Lei de Racismo) – Art. 20
- Lei 2.289/56 (Lei do Genocídio) – Art. 3º
- Lei 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional) – Art. 23
- Código Penal Militar – Art. 155
Vamos Praticar?
01. Em relação ao tipo penal previsto no artigo 229 do Código Penal (Casa de prostituição) é correto afirmar:
A) Foi revogado, com base no princípio da adequação social, pela Lei 12.015/09.
B) Não se exige o intuito de lucro como elemento subjetivo do tipo.
C) A prostituta que exerce habitualmente tal atividade na sua casa realiza a conduta típica.
D) Os locais destinados a encontros libidinosos de namorados, como os motéis, podem, em princípio, ser considerados casas de prostituição.
02. Tício e Mévio são amigos, desde a infância. Enquanto Tício tem facilidade para se relacionar, Mévio é tímido, nunca tendo se relacionado. No aniversário de Mévio, Tício decide contratar uma profissional do sexo. Contudo, ele pede para a moça não contar nada ao amigo e, simula um encontro fortuito, dos dois, em um bar. O plano de Tício dá certo. Mévio e a moça contratada passam a noite juntos, no quarto de um flat, onde ela disse residir. Pela manhã, contudo, Mévio é acordado, por policiais, em uma operação de combate à exploração sexual de criança e adolescente, sendo acusado de manter relação sexual com menor de 18 anos, em situação de prostituição (art. 218, B, parágrafo 2o , inciso I, do CP), já que a moça conta com apenas 17 anos de idade. Diante da situação hipotética e considerando que Ticio também não sabia da menoridade da pessoa contratada, assinale a alternativa correta:
A) A conduta de Mévio é atípica, vez que o ato de manter relação sexual com pessoa em situação de prostituição, adulta ou menor, não é punível.
B) A conduta de Mévio é atípica, vez que o ato de manter relação sexual com pessoa em situação de prostituição somente é punível, se a vítima for menor de 14 anos.
C) A conduta de Mévio é atípica, vez que ele desconhecia a condição de prostituição e, sobretudo, menoridade da vítima.
D) A conduta de Mévio, embora típica, em razão do desconhecimento da condição de prostituição e menoridade, é punida a título de culpa.
E) A conduta de Mévio é atípica, vez desconhecer a condição de prostituição e menoridade da vítima, mas Tício, que a contratou, incorreu no crime do artigo 218-B, caput, do CP.
03. No crime de favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável,
A) punível quem praticar conjunção carnal com alguém menor de dezoito e maior de doze anos em situação de prostituição.
B) punível o proprietário do local em que se verifiquem as práticas, ainda que delas não tenha conhecimento.
C) o sujeito passivo só pode ser pessoa menor de dezoito anos.
D) a pena é aumentada de um terço, se praticado com o fim de obter vantagem econômica.
E) constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.
Crimes contra a paz pública ii
1. Apologia de Crime ou Criminoso
- Art. 287 do CP
Perguntinha!
Qual a diferença entre incitação e apologia?
Apologia = elogiar um fato criminoso ou autor do crime
- Fatos passados e Fatos futuros (doutrina)
- É possível tentativa
- “Marcha da Maconha” >> ADPF n. 187/DF >> Vamos ler?
2. Associação Criminosa
- Art. 288 do CP
- 3 ou mais pessoas > crime plurissubjetivo > concurso necessário
Perguntinha!!
Pedro com 18 anos de idade se associa, criminosamente, com outros dois adolescentes de 16 anos de idade. Nessa situação, é possível falar em associação criminosa?
 Perguntinha 2!!
Maurício rouba bancos, para isso combina sempre com José de averiguar a rotina dos bancos e combina com João para dirigir o transporte que leva os valores. José e João não se conhecem, nunca se viram, mas sabem da existência um do outro e seus papéis nos roubos. Eles cometem o crime de associação criminosa?
- Não é um crime de menor potencial ofensivo, mas será cabível suspensão condicional do processo
- Requisitos: estabilidade e permanência > não existe prazo certo
Perguntinha 3!
Alessandro, Bruno e Caio se juntam porque pretendem matar Douglas, Evio e Francisco. Os homicídios acontecem. Os três responderão por associação criminosa?
Perguntinha 4!
Alessandro, Bruno e Caio se associaram para cometer homicídios, porém logo no primeiro homicídio a polícia chegou e conseguiu interceptar os 3. Eles cometem associação criminosa?
OBS: Associação Criminosa homogênea e Associação Criminosa heterogênea
- Crime formal e permanente
Perguntinha 5!
É possível aplicar o benefício da desistência voluntária (art. 15 do CP) ao agente que abandona voluntariamente a associação criminosa?
Perguntinha 6!
É possível a participação no crime de associação criminosa?
Perguntinha 7!
Se a associação criminosa resultar a efetiva prática de crimes, como deverão ser responsabilizados seus integrantes?
Perguntinha 8!
Crimes que são majorados ou qualificados pelo concurso de pessoas. É possível o reconhecimento da majorante/qualificadora e a responsabilização dos agentes também pela associação criminosa?
STJ e STF > momento consumativo diferente
Atenção!
Lei 8072/92 (Lei de Crimes Hediondos) – art. 8º >> modalidade qualificada de associação criminosa
Obs: O tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins deve ser excluído quando houver associação criminosa com a finalidade de praticar tráfico de drogas Tem um crime específico previsto na Lei de Drogas (art. 35 da Lei 11.343)
Obs 2: Não confundir Associação Criminosa com Organização Criminosa
Associação >> 3 ou mais agentes
Organização >> 4 ou mais agentes >> estruturalmente organizada >> Hierarquia >> divisão de tarefas >> infrações penais com penas superiores a 4 anos ou que seja de caráter transnacional
Outras situações – princípio da especialidade:
1. Art. 3 da Lei 7716/89 (Lei de Terrorismo)
2. Art. 2 da Lei 2289/56 (Lei de Genocídio)
3. Constituição de Milícia Privada
- Art. 288-A do CP
- Crime Plurissubjetivo
- Não existe número de pessoas > Doutrina: 3 ou mais agentes
- O que é uma Organização Paramilitar? >> técnicas policias, militares e possui hierarquia
- O que é uma Milícia Privada? >> pretexto de levar segurança
Perguntinha 9!!
É possível a constituição de milícia privada para a prática de crime de tortura?
- Crime Formal
Perguntinha 10!!
Como distinguir associação criminosa da constituição de milícia privada?
Doutrina >> Lucro 
Vamos Praticar?
01. Sobre os crimes contra a paz pública previstos no Código Penal, assinalea alternativa correta.
A) Incitar, publicamente, a prática de crime ou contravenção penal constitui crime previsto no art. 286 do Código Penal, tratando-se de infração de menor potencial ofensivo.
B) A apologia de crime culposo não é punível, pois não pode haver instigação, direta ou indireta, à prática de ato involuntário.
C) Conforma entendimento dos Tribunais Superiores, a associação criminosa (art. 288 do Código Penal) constitui delito parasitário, de modo que sua configuração depende da efetiva prática de delitos pelo grupo.
D) O grupo de extermínio que promove assassinatos responde pelo crime do art. 121, §6º do Código Penal, restando absorvido o delito do art. 288-A do Código Penal (constituição de milícia privada), tendo em vista a natureza expressamente subsidiária deste.
E) O crime de apologia de crime ou criminoso (art. 287 do Código Penal) exige, além do dolo, um especial fim de agir no sentido de violar a paz pública.
02. Assinale a alternativa correta em relação aos crimes contra a paz pública.
A) A incitação ao crime, nos termos do artigo 286 do CP, destina-se ao estímulo de um número indeterminado de pessoas à prática de crime determinado e futuro, sendo que a apologia ao crime e ao criminoso, nos termos do artigo 287 do CP, diz respeito ao delito passado, haja vista que se faz publicamente elogio ou exaltação a fato criminoso ou a autor de crime.
B) A associação criminosa do artigo 288 do CP pune a associação de 04 ou mais pessoas, as quais se unem, com hierarquia e estabilidade, à prática de diversos crimes.
C) A constituição de milícia privada, crime do artigo 288-A do CP, é a mesma associação criminosa do artigo 288 do CP, diferenciando se apenas no número de integrantes.
D) Tanto a associação criminosa quanto a constituição de milícia privada exigem o número de dois integrantes apenas a sua configuração, sendo irrelevante se a prática de crimes condiz com os previstos no Código Penal ou em Leis Especiais Penais.
E) A associação criminosa encontra previsão legal na Lei de nº 12.850/2013, a qual definiu organização criminosa.
03. Rômulo, 35 anos, José, 28 anos e Guilherme, 15 anos, durante 3 (três) meses, reuniram-se, na casa da mãe do adolescente, para discutirem a prática de crimes considerados de menor potencial ofensivo.
Ao descobrir o objetivo das reuniões, a mãe de Guilherme informou os fatos à autoridade policial, que instaurou procedimento investigatório. Concluídas as investigações e confirmados os fatos, o Ministério Público ofereceu denúncia, em face de Rômulo e José, pelo crime de organização criminosa com causa de aumento pelo envolvimento do adolescente.
Considerando apenas as informações narradas, a defesa de Rômulo e José poderá pleitear, sob o ponto de vista técnico,
A) a desclassificação para o crime de associação criminosa, apesar de possível a aplicação da causa de aumento pelo envolvimento de adolescente.
B) o afastamento da causa de aumento pelo envolvimento de adolescente, apesar de possível a condenação pelo crime de constituição de organização criminosa.
C) a absolvição dos réus, já que, considerando a inimputabilidade de Guilherme, não poderiam responder nem pela constituição de organização criminosa nem pela associação criminosa.
D) a desclassificação para o crime de associação criminosa, não havendo previsão de causa de aumento pelo envolvimento de adolescente, mas tão só se houvesse emprego de arma de fogo.
04. Gerald, Harold, Arnold, Sid e Eugene se reúnem de forma permanente e estável, por alguns meses, planejando roubos a determinados bancos. Ultimada essa fase, deflagram a execução do roubo, com emprego de simulacros de armas de fogo, sendo certo que Harold, Arnold, Sid e Eugene ingressam no estabelecimento bancário, realizando a rendição das pessoas e a coleta do dinheiro em espécie, ao passo que Gerald permanece com um veículo de fuga ligado, na porta do banco. Quando da fuga, são cercados pela polícia, dentro do carro, no quarteirão imediatamente posterior, ainda em posse dos simulacros e do dinheiro arrecadado.
Diante desse cenário, é correto afirmar que os agentes responderão por:
A) associação criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, em concurso material;
B) associação criminosa e roubo simples, em concurso material;
C) associação criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, em concurso formal;
D) associação criminosa e roubo simples, em concurso formal;
E) roubo majorado pelo concurso de pessoas, ficando a associação criminosa consumida
Crimes contra a fé pública
1. Aspectos Gerais dos Crimes
- Conceito de Fé Pública
- Crimes de Falso
- Requisitos:
a) Dolo
b) Imitação da Verdade
c) Dano Potencial
- Podem ser de 3 espécies:
a) Material > incide materialmente sobre a coisa
Ex: Falsificação, criação de documento falso, inserção de palavra em um contrato, retirada de uma informação de um documento, fabricação de CHN em casa.
b) Ideológico > ocorre uma simulação
“Bonitinho mas Ordinário”
c) Pessoal > qualificação da pessoa física, à identidade civil
Ex: Pessoa que se apresenta com nome falso
Vamos aos crimes em espécie?
1. Moeda Falsa
- Art. 289 do CP
- É possível acordo de não persecução penal > art. 28-A do CPP
- Proteção ao sistema de emissão ou circulação de moeda
- Crime comum, salvo §3º
- Sujeito Passivo > coletividade > crime vago
Atenção! A falsificação deverá ser bem-feita, com aptidão para enganar. A falsificação grosseira poderá configurar estelionato conforme súmula 73 do STJ
- Não poderá ser aplicado princípio da insignificância
- Crime Formal > independe da circulação da moeda falsa
- Admite-se tentativa
- Crime transeunte > exige-se prova pericial > prova da materialidade delitiva
- §1º >> tipo misto alternativo >> formal e de perigo
- §2º >> É menos grave >> intenção não é lesar a fé pública, mas sim, evitar desfalque econômico
- §3º >> falsificação funcional >> crime próprio >> mais grave
- §4º >> autorizou apenas a emissão de moeda e não a falsificação
- Competência para julgar >> Justiça Federal
- Crime de ação penal pública incondicionada
2. Crimes assimilados ao de Moeda Falsa
- Art.290 do CP
- Fraudes para revalidação de moedas ou recolhidas para inutilização
- Crime comum, salvo P.U.
- Sujeito Passivo >> Coletividade
- Consumação >> no momento em que a cédula é formada ou no momento que é restituída a circulação
- Ação Penal Pública Incondicionada
- Competência: Justiça Federal
3. Petrechos para Falsificação de Moeda
- Art. 291 do CP
- Crime Comum
- Sujeito Passivo> Estado
- Tipo misto alternativo
- De acordo com STJ: basta ter a posse, é prescindível que aquele maquinário seja somente para produção de moeda falsificada
- Se a pessoa já fabricou a moeda com esses petrechos, esse crime será absorvido.
- Ação penal pública incondicionada
- Competência: Justiça Federal
4. Emissão de Título ao portador sem permissão legal
- Art. 292 do CP
- Infração de Menor Potencial Ofensivo
- Títulos ao portador: art. 887 do CC
- Norma Penal em branco homogênea
- Emitir: Colocar em circulação
- Crime é Formal
- Ação Penal Pública Incondicionada
5. Falsificação de Papéis Públicos
- Art. 293 do CP
- Falsidade material
- Inciso III foi revogado
- Falsificar: Reproduzir, Imitar ou Modificar >> Criar um papel público ou modificar um verdadeiro
- Crime comum
- Sujeito Passivo: Estado
- Falsificação Grosseira: Conduta Atípica
- Rol dos Papéis Públicos: Taxativo
- Crime Formal
-§ 1º >> Figura Equiparada 
Cuidado!!
Inciso I > Sujeito Passivo deverá ser diverso do falsário, pois se o falsário falsificar e usar, será post factum impunível
Inciso III > Fim especial de agir >> Crime Próprio
§2º >> Possui um Fim específico >> Tornar os papeis novamente utilizáveis >> Cabe suspensão condicional do processo
- Competência: Justiça Estadual, salvo se a emissão de papel incumbir à União, suas empresas públicas ou autarquias 
- Ação Penal Pública Incondicionada
6. Petrechos de Falsificação
- Art. 294 do CP
- Admite-se suspensão condicional do processo
- Se o sujeito tem os objetos e efetivamente falsifica: responderá peloart. 293 do CP > consunção
- Tipo incrimina atos preparatórios > crime obstáculo
- misto alternativo
- Crime Formal
- Modalidades “possuir” e “guardar” são delitos permanentes
- Deixa vestígios >> não transeuntes 
- Ação Penal Pública Incondicionada
7. Forma Majorada
- Art. 295 do CP
- Agente é Funcionário Público >> se valha das facilidades proporcionadas pelo cargo.
Vamos Praticar?
01. Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Penal.
A) Quem, por conta própria ou alheia, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa terá a pena reduzida até a metade, caso demonstrado sinal indicativo de inutilização do papel-moeda.
B) O tipo penal do delito de moeda pune o agente que falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal, exclusivamente dentro do país.
C) O agente que desvia e faz circular moeda verdadeira, cuja circulação não estava ainda autorizada, incorre nas mesmas penas do delito de moeda falsa.
D) O agente público que fabrica, emite ou permite a emissão de papel-moeda em quantidade superior à autorizada, não pratica o crime de moeda falsa.
E) No delito de moeda falsa, quem, tendo recebido moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, é punido como coautor do crime.
02. Jorge, falsário experiente e conhecido no submundo do crime, falsifica um cheque do famoso banco privado Prime Bank. Trata-se de uma falsidade material. Atento apenas ao que foi narrado acima, Jorge deverá responder pela pratica do seguinte crime:
A) moeda falsa.
B) estelionato.
C) falsidade ideológica.
D) falsificação de documento particular.
E) falsificação de documento público.
Crimes contra a fé pública: da falsidade documental
1. Falsificação do Selo ou sinal público
- Art. 296 do CP
- Selo Público: objetos para conferir autenticidade, origem ou legitimidade a um documento
- Crime comum
- Funcionário Público: pena será aumentada de um sexto 
- Não é necessária a ocorrência do dano > é um crime formal
- Ação Penal Pública Incondicionada
2. Falsificação de Documento Público
- Art. 297 do CP
- Falsidade material > aspecto exterior do documento é alterada, total ou parcialmente
- Conceito de documento: Escrito elaborado por pessoa determinada, representativo de uma declaração de vontade ou da existência de um fato, direito ou obrigação, dotado de relevância jurídica e com eficácia probatória.
- E o documento público? > criado por funcionário público (nacional ou estrangeiro) no desempenho de suas atividades, em conformidade com as formalidades previstas em lei
- Crime comum
- Agente Funcionário Público: §1º > aumento de pena
- §2º > rol de documentos públicos por equiparação
- Verbos do tipo: Falsificar e Alterar
Vamos entender cada um deles?
Falsificar: Fabricar um documento até então inexistente
Alterar: Modificar um documento já existente e verdadeiro
Perguntinha!
E a falsificação grosseira?
- Crime Formal
- Crime que deixa vestígios > exame documentoscópico >art. 158 do CPP
- Competência: Justiça Estadual, mas se for documento emitido por órgãos federais, ex: CNH, Carteira de Trabalho e Previdência > Justiça Federal, ex: passaporte
- §3º > ampliação do rol de documentos públicos por equiparação > apresenta hipóteses que envolvem a Previdência Social
ATENÇÃO!!
INSERIR e FAZER INSERIR > documento verdadeiro, mas a informação é falsa >>> falsidade ideológica
- Ação Penal Pública Incondicionada
3. Falsificação de Documento Particular
- Art. 298 do CP
- Admite Suspensão Condicional do Processo
- Conceito de documento particular > obtido por exclusão
4. Falsidade Ideológica
- Art. 299 do CP
- Documento > Formalmente verdadeiro, mas conteúdo divergente da realidade
- Objeto material: documento público ou particular
- Verbos do tipo: Omitir, Inserir e Fazer Inserir
Vamos entender cada um deles?
a) Omitir: um não fazer, omissivo próprio. Ex: deixar de mencionar um gravame em contrato de compra e venda de imóvel
b) Inserir: agente introduz, coloca, uma ideia ou uma informação falsa no documento
c) Fazer Inserir: Criar as condições para que terceiros introduzam as informações falsas
Perguntinha Chibata!!
A declaração falsa de insuficiência de recursos feita em processo judicial para obtenção da gratuidade da justiça tipifica o crime?
- Petições em geral, em processos administrativos ou judiciais, não se amoldam ao conceito de documento público para fins penais.
Perguntinha Chibata 2!!
Se acontecer uma hipótese de papel assinado em branco e cujo conteúdo é preenchido por terceiro, contra a vontade de quem assinou? O terceiro pratica falsidade ideológica?
Forma legítima > falsidade ideológica
Forma ilícita (furto, roubo) > falsificação de documento
Ex: Cheque em branco
- Crime formal
- Delito não deixa vestígios materiais
- Ação penal pública incondicionada
5. Falso reconhecimento de firma ou letra
- Art. 300 do CP
- Tipo especial de falsidade ideológica > praticado no exercício da função pública de autenticação de documentos públicos e privados.
- Verbo do tipo > Reconhecer > afirmar que pertence a determinada pessoa a firma ou letra que, na verdade, não corresponde
- Crime próprio > tabeliões e agentes consulares
- Crime formal
Perguntinha!
E se aquele que falsifica também submete o documento à autenticação e o funcionário público tem conhecimento da falsidade?
Particular > art. 297 e 298 do CP
Funcionário Público > art. 300 do CP
- Ação Penal Pública Incondicionada
6. Certidão ou Atestado Ideologicamente Falso
- Art. 301 do CP
- Atestado: documento que traz em si o testemunho de um fato ou circunstância da qual o signatário tem conhecimento pessoal
- Certidão: o funcionário, no exercício de suas atribuições, afirma a verdade de um fato ou circunstância contida em um documento público
Ex: Emissão de certidão de antecedentes criminais negativa em favor de quem é reincidente
- Crime próprio
- Crime formal
- §1º > falsidade material do atestado ou certidão > delito comum 
- §2º > finalidade de lucro
- Ação Penal Pública Incondicionada
7. Falsidade de Atestado Médico
- Art. 302 do CP
- Verbo do tipo: Dar > Fornecer, Entregar, Produzir
Ex: Médico que atesta que alguém em perfeita saúde está doente
- Crime Próprio
Obs: Não abrange interpretação extensiva > no caso dos outros profissionais será enquadrado como falsidade ideológica
- O beneficiário do atestado que o utiliza, ciente da origem > comete art. 304 do CP (uso de documento falso)
- Delito Formal
Perguntinha Chibata!
Se, por um equívoco quanto ao diagnóstico, o médico atesta uma doença, ele responderá por esse crime?
- Ação Penal Pública Incondicionada
8. Uso de documento Falso
- Art. 304 do CP
- A pena do usuário é idêntica a pena do falsário
- Crime parasitário
- Crime comum e formal
- A posse ou o porte do documento falso não são criminalizados > revista pessoal e encontra um documento falso não configura o crime
- Competência em regra é da Justiça Estadual
Obs: A competência é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público > Súmula 546 do STJ
- Ação Penal Pública Incondicionada
9. Supressão de Documento
- Art. 305 do CP
- Não existe falsificação no tipo
- Tipo misto alternativo
Vamos ver cada um dos verbos do tipo?
Destruir > Eliminar
Suprimir > Fazer desaparecer – tornar ele ilegível
Ocultar > Esconder
- O documento deve ser verdadeiro, público ou particular
- Crime comum
- Deve prejudicar terceiro
Obs: A sonegação de papel ou objeto com valor probatório praticado por advogado ou procurador > art. 356 do CP
- Ação Penal Pública Incondicionada
Vamos praticar?
01. O agente que omitir, em documento público, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, pratica o crime de:
A) Falsidade ideológica, previsto no Art. 299 do Código Penal.
B) Uso de documento falso, previsto no Art. 304 do Código Penal.
C) Falsificação de documento público, previsto no Art. 297 doCódigo Penal.
D) Certidão ou atestado ideologicamente falso, previsto no Art. 301 do Código Penal.
E) Reprodução ou adulteração de peça filatélica, previsto no Art. 804 do Código Penal.
02. Tibério resolve adulterar sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, de modo a averbar que teria iniciado a trabalhar um ano antes no seu primeiro vínculo empregatício, com vistas a antecipar sua aposentadoria, quando for o caso.
A conduta de Tibério é considerada
A) crime de falsificação de documento particular.
B) crime de falsificação de documento público.
C) atípica porque ainda não pleiteou a aposentadoria junto ao INSS.
D) crime de falsidade ideológica, prevista no artigo 299 do Código Penal.
E) crime de uso de documento falso.
03. O agente que faz declaração falsa na inscrição definitiva da Ordem dos Advogados do Brasil, afirmando que não exercia qualquer atividade profissional
A) pratica falsidade material de documento público.
B) pratica falsidade material de documento particular.
C) pratica conduta atípica.
D) pratica falsidade ideológica de documento público.
E) pratica falsidade ideológica de documento particular.
04. Analise a hipótese e marque a assertiva correta. João Carlos, ao ser contratado por em empresa, apresentou uma carteira de trabalho de matriz verdadeira, mas com conteúdo falso.
Nesse caso, João Carlos cometeu o crime de
A) uso de documento falso com pena remetida ao crime de falsidade ideológica.
B) falsidade de documento público.
C) falsidade de documento particular.
D) estelionato.
E) carteira de trabalho falsificada.

Continue navegando