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Professor Wagner Damazio 
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c)Incorreto. Poderão haver outras fontes para custear o serviço público, nos termos do art. 11 Lei 
8.987/1995, in verbis: 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente 
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes 
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos 
associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, 
observado o disposto no art. 17 desta Lei. 
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas 
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato. (grifos não constantes do 
original) 
d)Incorreto. O corte por inadimplemento não é considerado como descontinuidade do serviço 
público 
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno 
atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo 
contrato. 
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação 
de emergência ou após prévio aviso, quando: 
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, 
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
A jurisprudência do STJ, em relação ao usuário comum, define que para ocorrer o corte no 
fornecimento de energia elétrica o débito deve ser atual. Caso a concessionária queira cobrar dividas 
pretéritas deverá se utilizar de outros meios. Vejamos como a jurisprudência do STJ trata do tema: 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE CORTE 
POR DÉBITOS PRETÉRITOS. SUSPENSÃO ILEGAL DO FORNECIMENTO. DANO IN RE IPSA. AGRAVO REGIMENTAL 
DESPROVIDO. 1. Esta Corte Superior pacificou o entendimento de que não é lícito à concessionária interromper 
o fornecimento do serviço em razão de débito pretérito; o corte de água ou energia pressupõe o inadimplemento 
de dívida atual, relativa ao mês do consumo, sendo inviável a suspensão do abastecimento em razão de débitos 
antigos. 2. A suspensão ilegal do fornecimento do serviço dispensa a comprovação de efetivo prejuízo, uma 
vez que o dano moral nesses casos opera-se in re ipsa, em decorrência da ilicitude do ato praticado. 3. Agravo 
Regimental da AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A desprovido. 
(STJ - AgRg no AREsp: 239749 RS 2012/0213074-5, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Data de 
Julgamento: 21/08/2014, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 01/09/2014) (grifos não constantes 
do original) 
Já para as pessoas jurídicas de direito público, a jurisprudência do STJ define que não pode ocorrer 
a interrupção no fornecimento de energia elétrica nos serviços essenciais. Vejamos abaixo um 
precedente importante do STJ sobre o tema: 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.290.034 - GO (2018/0107129-7) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL 
MARQUES AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE PIRANHAS ADVOGADOS : RUBENS FERNANDO MENDES DE CAMPOS E 
OUTRO (S) - GO008198 VALDENÍSIA MARQUES SILVA - GO022358 AGRAVADO : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG 
D ADVOGADOS : DIRCEU MARCELO HOFFMANN E OUTRO (S) - GO016538 FABIANO DOS REIS TAIANO - 
GO021179 PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N.

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