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2
NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL 
E OS PRNCÍPIOS DO COMER INTUITIVO
Acadêmicos
Ana Karolina Cruz da Silveira
 Larissa Giovana Coelho
Luiza Edir da Silva
Tutor Externo 
Franciel Barboza Sousa
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI – Curso (FLC21905NTR 2023-2)
RESUMO 
	
 A nutrição comportamental propõe mudanças no comportamento alimentar por meio de técnicas de automonitoramento e autocontrole. Dentre as estratégias dessa abordagem houve atenção plena ao comer intuitivo que valoriza e considera os aspectos emocionais e ambientais da alimentação. O presente trabalho teve por objetivo aprofundar o conhecimento acerca da intervenção no comportamento alimentar. Foi utilizada como método a pesquisa bibliográfica e fisiológica com fontes de autoconhecimento da nutrição através do Google Acadêmico e do livro Nutrição Comportamental, destacando as seguintes palavras-chaves: “Comer Intuitivo; comportamento alimentar; nutrição comportamental; saúde”. O objetivo geral deste estudo é discutir e analisar os conceitos de nutrição comportamental e comer intuitivo, elucidando sua importância para promover uma alimentação equilibrada e saudável. Dentre os objetivos específicos o principal deles é discutir a influência dos fatores psicológicos e emocionais e sua relação com a nutrição comportamental. Tendo como justificativa estudar a nutrição comportamental e o comer intuitivo proporcionando uma visão atualizada sobre alimentação e saúde, alinhada com as tendências atuais. A Nutrição Comportamental se trata de uma abordagem científica, onde inclui aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação, enquanto o Comer Intuitivo (CI) é um método que traz uma abordagem mais empática e de acolhimento, propondo ao paciente uma maior sintonia com a alimentação. Este estudo adotou uma abordagem majoritariamente qualitativa com o propósito de compreender em profundidade os fenômenos sociais e comportamentais relacionados à nutrição. Dentro do âmbito quantitativo levantamos dados de um estudo feito com meninas de 5 a 7 anos que apontou uma probabilidade de 4,6 vezes maior de excesso de peso para aquelas que comiam grandes quantidades de salgadinhos na ausência de fome. (Livro Nutrição Comportamental, 2015, p. 607). A pesquisa revelou que a fome, apetite e saciedade são sensações fundamentais na regulação do comportamento alimentar, orientando a decisão de começar e de parar de comer, promovendo assim, mudanças saudáveis no comportamento relativo à alimentação. A nutrição comportamental acredita que o comportamento alimentar da sociedade precisa de mudanças e que devemos considerar todos os aspectos que englobam o ato de comer, nossas escolhas alimentares, a nossa relação com os alimentos, e como isso nos afeta emocionalmente. Os resultados deste estudo demonstram que a técnica do comer intuitivo desempenha um papel significativo na melhoria do comportamento alimentar dos pacientes.
Palavras-chave
	Nutrição Comportamental. Comer Intuitivo. Comportamento Alimentar. Saúde. 
1. INTRODUÇÃO
	A nutrição comportamental é intitulada como uma abordagem científica que engloba novos olhares sociológicos sociais, culturais, e emocional do universo que é a alimentação, assim promove mudanças no relacionamento do nutricionista com o paciente. A literatura aponta que a nutrição comportamental para melhor cumprir seu papel trabalha alguns princípios, como ser incluída; ampliar o modo de atuação do nutricionista; acredita que todos os alimentos merecem espaço em uma alimentação saudável; e mantem a abordagem biopsicossocial (ALVARENGA et al., 2019). Sendo assim, dietas restritivas sem o acompanhamento de um profissional especializado desorganizam o padrão alimentar, o que pode ocasionar episódios de comer excessivos.
Dentro da prática clínica, o nutricionista que trabalha com a nutrição comportamental é denominado como terapeuta nutricional (TN), este profissional auxilia seus pacientes a gerenciarem suas emoções, um dos fatores que influenciam no comportamento e nas atitudes alimentares (ALVARENGA et al., 2019) 
Frente ao exposto, a abordagem do comer intuitivo desconsidera a prática de dietas que visam a redução de peso, tendo vantagem como a forma de se relacionar com a comunidade, possibilitando emagrecer de maneira saudável a longo prazo, acabando assim com a possibilidade do efeito sanfona. A técnica é uma abordagem mais acolhedora e empática propondo que o indivíduo tenha uma sintonia entre a comida, mente e corpo. 
Com isto, o presente estudo objetiva compreender como o a nutrição comportamental e a técnica do comer intuitivo atuam na qualidade de vida das pessoas, e para isso será levantado a pergunta que norteia as buscas de referenciais para embasamento teórico, sendo a seguinte: Como o comer intuitivo pretende atuar na mudança de comportamento alimentar das pessoas, e qual o impacto desta técnica quando método de aplicação em pacientes?
Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para uma compreensão mais ampla e aprofundada da nutrição comportamental e do comer intuitivo, destacando a importância dessas abordagens como alternativas saudáveis para o cuidado com a alimentação. 
1.1 OBJETIVOS
1.1.2 Objetivo Geral 
Discutir e analisar os conceitos de nutrição comportamental e comer intuitivo, elucidando sua importância para promover uma alimentação equilibrada e saudável. 
1.1.3 Objetivos Específicos 
· Apresentar e definir os conceitos relacionados à nutrição comportamental, bem como os princípios básicos do comer intuitivo;
· Discutir a influência dos fatores psicológicos e emocionais e sua relação com a nutrição comportamental
· Investigar os benefícios da abordagem da nutrição comportamento e do comer intuitivo;
· Analisar os desafios na adoção da nutrição comportamental, assim como as estratégias de superação.
1.2 JUSTIFICATIVA
A escolha desta temática se justifica pela crescente preocupação com a saúde pública e a evolução do paradigma da nutrição. Estudar a nutrição comportamental e o comer intuitivo proporciona uma visão atualizada sobre alimentação e saúde, alinhada com as tendências atuais. Além disso, essa área tem recebido crescente atenção na comunidade científica, oferecendo oportunidades para contribuir com novas ideias e perspectivas no campo da nutrição. Portanto, a escolha desse tema é motivada pela relevância, atualidade e potencial de avanço do conhecimento nesse domínio.
	
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1 NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL
A nutrição comportamental é uma abordagem científica recente dentro da área de Nutrição, onde incluiu aspectos fisiológicos, sociais e emocionais da alimentação, e possui como objetivo principal ampliar o trabalho do profissional, assim como quebrar ideias rígidas da atual visão do que é saudável ou não, a mesma adota técnicas e estratégias que proporciona mudança para com o comportamento alimentar responsável do paciente (ALMEIDA; FURTADO 2017).
Os idealizados da Nutrição comportamental são um grupo especializado em Nutrição, Transtornos Alimentares e Obesidade e o Equilíbrio, que trazem meios aplicados no tratamento de transtornos alimentares e obesidade, facilitando relações e criando um diálogo entre os profissionais da saúde e pacientes, favorecendo uma nutrição gentil, compreendendo a saúde como um bem-estar social e emocional, e não somente físico (CAVALCANTE, 2019).
A nutrição comportamental tem se destacado como um mecanismo eficaz no tratamento de transtornos alimentares. Pesquisas sugerem essa técnica como uma abordagem científica e inovadora que ajuda no controle do peso e da saúde psicológica do paciente. É uma abordagem que relaciona os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais com a alimentação, e induz, através da motivação, a mudanças no comportamento alimentar (PENTEADO, et al., 2022, p. 12). 
Diante deste posicionamento citado, a nutrição comportamental visa não só apenas a modificação da alimentação, mas também a compreensão dos comportamentos e das emoções relacionados ao comer. Com isso, a nutrição comportamentaltem como finalidade uma abordagem mais ampla, e busca conhecer a fundo a história da pessoa, e a relação e sentimento que a mesma possui com o alimento, assim o tratamento se torna mais eficaz, sem impor dietas ou restrições absurdas, onde o peso corporal se torna uma consequência de hábitos saudáveis e não um objetivo. Com isso, há ferramentas, estratégias e modelo de mudanças no comportamento alimentarem, uma delas é o comer intuitivo, que será apresentado no tópico seguinte.
2.2 COMER INTUITIVO
Um filósofo francês, do século XX, caracterizou a intuição como um instinto capaz de permitir o conhecimento a parir do caráter do tempo como duração meramente espacial, onde o mesmo considera a intuição como uma apreensão imediata da realidade por coincidência com o objeto, ou seja, para o mesmo a intuição é algo pautado em sensações e não em pensamentos racionais. Abreu e Spengler (2022) pontuam que o conceito comer intuitivo foi criado por duas nutricionistas, Evelyn Tribole e Elyse Resch, onde o método evidencia que as pessoas se libertem de dietas crônicas e redescubram o prazer de comer. (PENTEADO, et al., 2022, p. 12).
O Comer Intuitivo (CI) traz uma abordagem mais empática e de acolhimento, propondo ao paciente uma sintonia com a alimentação, sendo assim segundo Alvarenga; Figueiredo (2019) apontam que o CI possui três pilares base que são os seguintes:
a) Permissão incondicional para comer o alimento desejado quando estiver com fome;
b) Comer por razões físicas e não emocionais;
c) Confiar nos sintomas internos de fome e saciedade para assim determinar o que e quanto comer;
De acordo com as referidas autoras, é necessário que o paciente possua consciência e saiba identificar as sensações que acontecem dentro do organismo, para isso é preciso responsabilidade interceptada, que é a maneira que o paciente responde e compreende essas percepções. Ainda no livro Comer Intuitivo, as autoras apontam 10 princípios que mostram diretrizes para auxiliar as pessoas dentro desta técnica tendo como base teórica cientifica Tribole e Resch (2012), sendo as seguintes:
a) Rejeitar a mentalidade de dieta: ou seja, as autoras apontam que dietas desregulam as funções de fome, apetite e saciedade e causam ganho e reganho de peso, aumentando a susceptibilidade aos exageros e a possíveis compulsões alimentares. As recomendações que permeiam este ponto é jogar fora e evitar livros, revistas e informações sobre dietas e calorias que oferecem uma falsa esperança em perder peso de maneira rápida e fácil. Assim como assumir uma nova maneira de pensar e de sentir a respeito da alimentação. 
b) Honrar a fome: neste contexto, é preciso ter horários padronizados e perceber os sinais de quando está com fome. Sendo importante evitar ficar faminto (Figura 1), haja vista que os sinais físicos neste momento são intensos e pode haver dificuldade em identificar o que ser comer ou quando está saciado.
 
Figura 1 – Escala da fome
Nesta figura observamos a Escala de Fome sendo uma ferramenta que avalia o nível de fome de uma pessoa, variando de "muito faminto" a "muito satisfeito," auxiliando na conscientização dos sinais de fome e saciedade. Fonte: Livro Nutrição Comportamental; pág. 605
c) Fazer as pazes com a comida: este é um dos pilares, haja vista que é preciso parar de enxergar os alimentos como ‘‘vilões’’, e ter permissão incondicional para comer o que quiser sem penitência. A privação de alimentos diante de dietas faz com que desperte um desejo incontrolável que pode levar a compulsão, por isso, em muitos casos, as pessoas que fazem dieta não conseguem manter por muito tempo, já que por não poderem comer um alimento, quando entram em contato com esse não conseguem parar, o que gera sentimento de frustração e culpa. 
d) Desafiar o policial alimentar: Neste princípio os autores pontuam a voz do subconsciente que aparecem quando as pessoas comem algum alimento que pode ser considerado ‘‘vilão’’, dizendo que não deveria ter ingerido aquele produto, e por isso a necessidade de aprender a dizer não aos pensamentos que apontam julgamentos desnecessários. 
e) Sentir Saciedade: este se refere a escutar quando o corpo disser que você ainda não está totalmente satisfeito, ou que já está. Parar no meio da refeição e se perguntar qual o sabor da comida e o nível de saciedade ajudam neste controle. 
f) Descobrir o fator de satisfação: é necessário descobrir a satisfação pois quando ela é considerada, come-se menos. Por isso é fundamental identificar o que realmente se quer comer, pontuando as sensações que a comida desperta. 
g) Respeitar seu corpo: este princípio aponta que é difícil rejeitar a mentalidade de dieta se você tem expectativas falsas e é excessivamente crítico à sua forma corpora (ALMEIDA; FURTADO, 2017). 
h) Exercitar-se sentindo a diferença: Para que isso seja possível, é necessário buscar atividades prazerosas, e a mesma de ser considerada uma prioridade não negociável. As seguintes autoras contribuem com a temática deste princípio da seguinte maneira: 
Se o seu foco estiver em como se sente durante a atividade, se sentirá entusiasmado. Isso pode fazer a diferença entre levantar-se da cama pela manhã para uma boa caminhada ou odiar o barulho do seu despertador. Se quando você acorda a sua única meta é perder peso, esta não costuma ser motivação suficiente naquele determinado momento (ALMEIDA, FURTADO, 2017, p. 6).
Com isso, o comer intuitivo propõe uma reconexão com os sinais internos do corpo, fome e saciedade e a valorização do prazer da alimentação. Outro aspecto importante do comer intuitivo é a promoção de uma relação saudável com o corpo, sendo o objetivo, não o alcance de um corpo perfeito, mas sim cuidar da saúde e do bem-estar de maneira integral. 
O CI trata-se de uma abordagem com foco na “não-dieta”, que estimula os indivíduos a confiarem no próprio corpo para comer e promove mudanças no comportamento, que acarretam perda de peso de forma indireta. Embora ainda recente e com poucos estudos publicados, a abordagem tem se mostrado uma ferramenta valiosa para a manutenção do peso em longo prazo, minimizando os danos causados à saúde mental (ex., manifestação do sentimento de culpa e frustração após não conseguirem manter o planejamento proposto) e melhorando a relação dos indivíduos com a comida. A abordagem não apresenta limitação de aplicabilidade, podendo ser utilizada em indivíduos com diferentes condições clínicas e de diversas faixas etárias, não sendo necessários grandes recursos para a aplicação. O CI não segue um padrão, podendo ser adaptado e levando em consideração a individualidade de cada um (KOLLER, 2019, p. 38).
Em um estudo com 192 meninas brancas não-hispânicas e seus pais, avaliadas quando as meninas tinham 5 e 7 anos de idade, encontrou-se que comer na ausência de fome pode representar um comportamento constante entre aquelas com obesidade. 
As meninas que comeram grandes quantidades de salgadinhos na ausência de fome aos 5 e 7 anos de idade tinham 4,6 vezes mais probabilidade de ter excesso de peso em ambas as idades. Os relatos dos pais sobre a restrição do acesso de suas filhas a alimentos aos 5 anos previram o comportamento alimentar das meninas na ausência de fome aos 7 anos, mesmo quando o status de peso e o comportamento alimentar na ausência de fome das meninas aos 5 anos foram controlados. (Livro Nutrição Comportamental, 2015, p. 607)
São diversos os estudos que demonstram os benefícios do comer intuitivo para saúde e bem-estar. Com isso, o próximo tópico aponta os benefícios do comer intuitivo. (KOLLER, 2019, p. 38) 
2.3 BENEFÍCIOS DO COMER INTUITIVO
Os estudos de Julie (2013) apontam que os principais benefícios de uma alimentação intuitiva é a melhora na saúde psicológica, onde os participantes dos estudos melhoraram sua autoestima, autoimagem e qualidade de vida, diminuindo a ansiedade e depressão. O comer intuitivamente também pode resultar em níveis mais baixos de estresse e menor cortisol, hormônio que está ligado ao ganho de peso, distúrbios de humor e problemaspara dormir. Comedores intuitivos apontam na pesquisa de Almeida e Furtado (2017), que costumam sentir-se mais animados, agradecidos e produtivos. 
Diante disto, o comer intuitivo é uma abordagem que deve ser visto como um recurso no qual a ordem dos princípios não é fixa, mas deve ser sempre adaptada para cada indivíduo. 
3. METODOLOGIA
	Este estudo adotou uma abordagem qualitativa com o propósito de compreender em profundidade os fenômenos sociais e comportamentais relacionados à nutrição, especificamente focando nas práticas da nutrição comportamental e do comer intuitivo. 
As informações foram coletadas a partir da base de dados do livro Nutrição Comportamental e artigos científicos. Foram selecionados de forma criteriosa, compreendendo nutricionistas e terapeutas nutricionais experientes na aplicação dessas abordagens em suas práticas clínicas. 
Essa metodologia proporcionou uma base sólida e abrangente para a exploração das experiências e percepções dos profissionais de saúde que aplicam a nutrição comportamental e o comer intuitivo em suas práticas clínicas. Para estruturação do trabalho utilizamos de palavras chaves como Nutrição comportamental, comer intuitivo e saúde.
	 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
	Um estudo feito com meninas de 5 a 7 anos apontou que aquelas que comeram grandes quantidades de salgadinhos na ausência de fome aos 5 e 7 anos de idade tinham 4,6 vezes mais probabilidade de ter excesso de peso em ambas as idades.
Seguindo as diretrizes do Comer Intuitivo Tribole e Resch (2012) apontam que “É necessário descobrir a satisfação pois quando ela é considerada, come-se menos. Por isso é fundamental identificar o que realmente se quer comer, pontuando as sensações que a comida desperta.”
Os resultados deste estudo demonstram que a técnica do comer intuitivo desempenha um papel significativo na promoção de uma relação saudável com a alimentação e na melhoria do comportamento alimentar dos pacientes. Os profissionais de saúde destacaram que ao considerar os aspectos físicos, sociais e emocionais da alimentação, eles puderam compreender melhor as complexas relações que os pacientes têm com a comida. Isso não apenas ajudou a identificar as causas subjacentes de comportamentos alimentares inadequados, como também permitiu abordagens mais eficazes e personalizadas no tratamento. Essa compreensão aprofundada das necessidades e desafios individuais dos pacientes contribuiu para as mudanças positivas observadas nos hábitos alimentares.
Além disso, a técnica do comer intuitivo emergiu como uma estratégia valiosa para promover uma relação mais saudável com a comida. Os pacientes relataram maior satisfação com sua alimentação, menos ansiedade em relação aos alimentos e uma redução na tendência de comer emocionalmente. Esses resultados estão em conformidade com a literatura existente sobre o comer intuitivo, destacando seu potencial para melhorar o bem-estar emocional e psicológico dos indivíduos. Portanto, este estudo fornece evidências adicionais de que a combinação da nutrição comportamental com o comer intuitivo pode ser uma abordagem eficaz para promover uma alimentação equilibrada e saudável.
No entanto, é importante reconhecer as limitações deste estudo e considerar as considerações éticas e culturais para garantir que elas sejam aplicadas de maneira adequada e sensível à diversidade cultural. Portanto, futuras pesquisas devem abordar essas limitações e continuar a investigar os benefícios e desafios associados à nutrição comportamental e ao comer intuitivo, a fim de fornecer orientações mais sólidas para os profissionais de saúde e promover uma abordagem mais integral para a saúde alimentar.
5. CONCLUSÃO
	
 A nutrição comportamental acredita que o comportamento alimentar da sociedade precisa de mudanças e que devemos considerar todos os aspectos que englobam o ato de comer, nossas escolhas alimentares, a nossa relação com os alimentos, e como isso nos afeta emocionalmente. Nesse processo os nutricionistas têm como foco encorajar a relação saudável do paciente com a alimentação, considerando as emoções, a fisiologia e a vida sociocultural do paciente. O comer intuitivo é uma abordagem na qual cada pessoa deve permanecer fiel às suas sensações internas de fome e saciedade para avaliar quando comer, o que comer e quando parar de comer.
 
 Considerando os estudos que compõem a presente revisão, as experiências alimentares são únicas e possibilitam o desenvolvimento da autonomia e escolha consciente dos alimentos. Elas valorizam toda experiência envolvida no ato de comer, os efeitos da comida nas sensações físicas e emocionais antes, durante e após a alimentação, valorizando os sinais de fome e saciedade, bem como, o não julgamento em relação aos alimentos, minimizando episódios de comer emocional e comer excessivo. 
 Embora seja um assunto que está se fortalecendo no atual cenário científico do país, nota-se ainda ser pouco explorado. A compreensão desse campo do conhecimento pode favorecer as abordagens nutricionais, ampliando as discussões e reflexões acerca de novas e promissoras possibilidades na abordagem do sobrepeso, obesidade e transtornos alimentares, enquanto importante recurso para saúde e qualidade de vida. Portanto, há necessidade de mais estudos sobre essa temática, mostrando resultados mais específicos.
REFERÊNCIAS
ALVARENGA, Marle et al., Nutrição Comportamental. 2 ed. Barueri: Manole, 2019.
CAVALCANTI, Évelen Muniz. A importância da nutrição comportamental e atitudes saudáveis da família no tratamento da obesidade infantil. 2019. UniCEUB. Disponível em: https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/prefix/13464/1/21555074.pdf Acesso em: 30. ago. 2023
DE ALMEIDA, Camila Biller; DE CARVALHO FURTADO, Celine. Comer intuitivo. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 14, n. 37, p. 38-46, 2018. Disponível em: http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/925 Acesso em: 01. set. 2023. 
JULIE T. Schaefer A Review of Interventions that Promote Eating by Internal Cues.
Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 2013.
KOLLER, Olívia Garbin. Qual é a sua fome? Uma revisão narrativa sobre o “comer intuitivo” e seus efeitos na saúde. 2019. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/204128 Aceso em: 02. set.2023
PENTEADO, Aline Cristiane et al. Cirurgia bariátrica, transtornos alimentares e nutrição comportamental: associações possíveis. SEMEAR: Revista de Alimentação, Nutrição e Saúde, v. 4, n. 1, p. 1-16, 2022. Disponível em: http://seer.unirio.br/ralnuts/article/view/11998 Acesso em: 30. ago. 2023.
PIMENTEL, Dr. Juliano. Guia Rapido para alimentação intuitiva. 2017. Disponível em:
http://www.pimed.com.br/artigo/guia-rapido-para-alimentacao-intuitiva. Acesso em: 01. set. 2023. 
SPENGLER, Mariana Fachin; ABREU, Lara Alvarez de. Comer intuitivo e seus benefícios no tratamento de transtornos alimentares e obesidade. 2022. Disponível em: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/30641 Acesso em: 01. set. 2023
Fisher JO, Birch LL. Eating in the absence of hunger and overweight in girls from 5 to 7 y of age. Am J Clin Nutr. 2002; 6:226-31. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12081839/ Acesso em: 01. nov. 2023.
	
1 Nome dos acadêmicos: 
 Ana Karolina Cruz da Silveira;
 Larissa Giovana Coelho;
 Luiza Edir da Silva;
2 Nome do Professor tutor externo: Franciel Barboza de Sousa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso Nutrição (FLC21905NTR 2023-2) 
	
	
	
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