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UNIDADE 2
INTRODUÇÃO A LIBRAS
2.1 O ALFABETO MANUAL E A DATILOLOGIA
Antes de começarmos a estudar sobre o Alfabeto Manual da Libras, é importante nos atentarmos para a significação da palavra ALFABETO. Em poucas palavras, o alfabeto trata-se de um conjunto de sinais gráficos, que conhecemos como LETRAS, as quais devidamente ordenadas podem formar palavras. Esses sinais gráficos representam os sons (fonemas). Existem diversos tipos de alfabetos pelo mundo (latino, grego, georgiano...). Vale lembrar que nem todas as línguas utilizam o alfabeto, a exemplo da língua chinesa que usa um sistema de escrita logografia. Essa contextualização se faz necessária para introduzirmos os nossos estudos sobre o alfabeto manual da Libras. E para tal, apresentamos a seguir o alfabeto manual da Libras também conhecido como alfabeto digital ou datilológico, justamente por utilizar os dedos:
.É muito comum as pessoas que têm interesse pela Libras decorarem as configurações do alfabeto manual e dizerem que sabem um “pouquinho de Libras”. Afinal, será que o alfabeto manual é Libras? Em outras palavras, será que podemos dizer que sabemos Libras se aprendermos o alfabeto manual? A resposta é não! Neste sentido, é importante entendermos, como visto no capítulo anterior, que a Libras tem uma estrutura linguística própria, e, como veremos mais a f rente, não se forma um vocábulo (sinal) na Libras apenas utilizando a junção de configurações manuais que representam as letras do português (GESSER, 2009).Sendo assim, o alfabeto manual trata-se de um código de representação das letras do alfabeto de línguas orais alfabéticas. No caso do Brasil, o alfabeto manual da Libras representa as letras do alfabeto do português (GESSER, 2009). Considerado como parte da composição linguística da Libras, o alfabeto manual é, inclusive, entendido por muitos linguistas da Libras como um exemplo de empréstimo linguístico (FERREIRA, 2010).
Entretanto, se o alfabeto manual faz parte da Libras, em que situações ele é utilizado? Para além de sua utilidade prática em auxiliar os iniciantes na Libras com as configurações de mãos básicas, veja algumas situações em que utilizamos o alfabeto manual:
• Soletrar o nome de pessoas, em uma apresentação pessoal, por exemplo.
• Endereços (nome de rua, número da casa) ao convidar alguém para visitar sua casa, por exemplo.
• Nomes de marcas, termos técnicos e siglas que não tenham um sinal específico ou conhecido na Libras.
• Aprender um novo sinal quando se deseja saber o sinal de determinada coisa, poderá utilizar a datilologia da palavra desejada.Além das letras, é possível também usar configurações de mão para representar os números. Abaixo apresentamos os números cardinais (de zero a nove) e ordinais (de 1 a nove) em Libras.
Figura 4: Números cardinais em librasFonte: Adaptado de SEL-LIBRAS (online).
Como pode ser observado nas figuras anteriores, o que diferencia o número cardinal do ordinal, na Libras, é o balançar/ vibrar da mão. Vale lembrar que no caso dos ordinais, acima de 9 (nove) usa-se a composição dos números. Por exemplo, número 23. Primeiro sinaliza o número “2” e na sequência, o número “3”.
Na sequência, vamos entender que tanto o alfabeto manual quanto os números, fazem parte de um componente linguístico integrante dos Parâmetros da Libras.
2.2 OS PARÂMETROS DA LIBRAS
No capítulo anterior ressaltamos o Status Linguístico da Libras, ou seja, a Libras, assim como qualquer outra língua vocalizada ou sinalizada é composta também por seus níveis linguísticos que constituem a gramática da língua, são eles: o nível fonético-fonológico, o nível morfológico, o nível sintático (RODRIGUES; VALENTE; 2011).
Sim, a Libras também possui tais estruturas linguísticas comum a outras línguas. Essa descoberta se deu graças aos estudos de Willian C. Stokoe, um linguista americano que iniciou seus estudos com a Língua de Sinais Americana (ASL) na década de 1960. Com as pesquisas de Stokoe, foi possível perceber que assim como as línguas vocalizadas, as línguas de sinais também podiam se decompor em partes menores que, isoladas, não tem significação, os chamados fonemas, conhecidos também como quiremas (QUADROS; 2008).
Por exemplo, na língua portuguesa, vamos decompor a palavra PATA.PAT (radical) + A (desinência de gênero)
É possível mudar a significação e o gênero da palavra PATA, se alterarmos somente a vogal final, trocando A por O, conforme exemplo a seguir:
PAT (radical) + O (desinência de gênero)Analisando as unidades menores da palavra PATA, é possível perceber que a troca de apenas um fome pode modificar totalmente a palavra, transformando-a em outra de significado completamente diferente, como o caso a seguir, onde substituímos a letra T pela letra R: 
 PATA – PARA
Esses exemplos é apenas para mostrar que uma análise linguística é possível quando decompomos uma palavra em partes menores (pares mínimos) A mesma coisa pode ser feita na Libras.
Os estudos linguísticos da Libras apontam para 5 componentes que nos permitem estudas a língua através do estudo de unidades menores, partes essas essenciais e indispensáveis para a formação de um vocábulo (sinal). Esses cinco componentes são chamados de PARÂMETROS DA LIBRAS, são eles:
 1) Configuração de Mão;
2) Ponto de Articulação ou Locação;
3) Movimento;
4) Orientação;
5) Expressões não-manuais.
Um sinal (vocábulo) na língua de sinais não se cria do nada, não se trata apenas de gesticulações vazias e aleatórias, para a criação de um novo sinal todos esses elementos descritos anteriormente devem ser levados em consideração. 
No capítulo 3, examinaremos cada um desses parâmetros em detalhes e entenderemos como eles são importantíssimos para as análises linguísticas da Libras.Assim, vimos até o momento a importância do alfabeto manual e dos parâmetros quando falamos da Libras. Mas você sabia que a Libras possui também marcações de plural, singular, intensidade e dentre outros aspectos comuns a línguas vocalizadas? Esse campo de estudo na Libras é chamado de Classificadores, como veremos na seção a seguir.
2.3 OS CLASSIFICADORES
Presentes também em línguas vocalizadas como o português, inglês e espanhol, os Classificadores, segundo Ferreira Brito (1995) “são um tipo de morfema gramatical e lexical, afixado, que serve para mencionar a classe a que pertence e descrever formas, maneiras na ação verbal etc.” Trata-se de um fenômeno linguístico que permite marcar “quase que de forma transparente” e perceptível aspectos relacionados à número, gênero, quantidade, intensidade, textura, formas, dentre outros aspectos. 
Apesar das diferenças entre as línguas de sinais do mundo todo, é esse fenômeno, os classificadores, que por um momento traz similaridades nas sinalizações dada a sua possível iconicidade. É por isso que, às vezes, mesmo sem saber Libras, uma pessoa pode ver uma sinalização e compreender parte do que está sendo dito.
Por exemplo, caso uma pessoa esteja sinalizando uma notícia sobre uma tempestade, o uso do sinal CHUVA + VENTO concomitantemente utilizados com as devidas expressões faciais que denotam a intensidade da chuva e do vento, são considerados classificadores. Assim, fica claro que classificadores não são meros gestos ou pantomimas, na verdade ainda que haja a incorporação de gestos comuns, eles passam a ser gramaticalizados.
Os estudos linguísticos da Libras explicitam e categorizam de diversas formas os classificadores, (FERREIRA-BRITO, 1995; GRINEVALD, 2000; QUADROS; STUMPF; LEITE, 2013; SUPALA, 1986) baseados nessas pesquisas podemos destacar pelo menos cinco classificadores que funcionam como marcadores de concordância ou para explicitar manualmente imagens, sãoeles:
• Classificadores Descritivos 
• Classificadores Especificadores
• Classificadores de Número/ Plural
• Classificadores Instrumentais
• Classificadores de Corpo
Estudaremos cada um deles detalhadamente e com exemplos no capítulo 4. Assim, vimos até o momento a riqueza e complexidade da Libras partindo do uso do alfabeto manual até às possibilidades de análise linguísticas por meio dos parâmetros e dos classificadores.
FIXANDO O CONTEÚDO
1. (UFES – 2014) Sobre o alfabeto manual (ou datilologia), é CORRETO afirmar:
a) O alfabeto manual é a única forma pela qual o surdo se comunica.
b) Para escrever palavras por meio do alfabeto manual, é necessário o uso das duas mãos para a formação das sílabas de cada palavra.
c) O alfabeto manual é um empréstimo linguístico da língua portuguesa, que é utilizado para representar nomes próprios ou algo que não possui um sinal.
d) O alfabeto manual é padronizado mundialmente.
e) No alfabeto manual, todas as letras são representadas de maneira icônica com uma das mãos.
2. (UFBA – 2014 - adaptada) Observe as seis afirmações seguintes, que se referem ao alfabeto manual da Libras:
I. É uma língua utilizada pela comunidade surda no Brasil.
II. É um código de representação gestual das letras alfabéticas.
III. Com o alfabeto datilológico é possível soletrar 27 diferentes letras (considerando também o “ç”). 
IV.É utilizado para soletrar nomes próprios de pessoas ou lugares, siglas ou palavras que ainda não possuem sinais correspondentes.
V. O alfabeto datilológico é o mesmo em todos os países onde se utiliza língua de sinais.
VI. Cada país tem seu próprio alfabeto manual, sendo que no Brasil, além do alfabeto datilológico comum, temos um alfabeto manual tátil para comunicação com interlocutores surdo-cegos.Quais dessas afirmações estão corretas?
a) I, III, IV e VI.
b) II, III, IV e VI.
c) I, II, III e V.
d I, II, III e IV.
e) I, III, IV e V.
3. (FURB – 2019) A Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais possuem diferenças, mas também semelhanças. Ao encontro desses aspectos, é correto afirmar:
a) A fala ou os sinais são expressões de línguas distintas. A língua é um sistema coletivo de uma comunidade linguística, tecida por meio de trocas sociais, culturais e políticas. 
b) A língua de sinais apresenta uma sintaxe espacial, incluindo os chamados classificadores. A língua portuguesa usa uma sintaxe linear utilizando a descrição para captar o uso de classificadores.
c) A língua de sinais utiliza a estrutura de foco através de repetições sistemáticas. Esse processo não é comum na língua portuguesa. relevante na língua portuguesa, apesar de poder ser substituído pela prosódia.
d) A língua de sinais atribui um valor gramatical às expressões faciais. Esse fator não é considerado como
e) A escrita da Língua de sinais não é alfabética.
4. Analise o excerto de Ferreira Brito (1995):“[...] um tipo de morfema gramatical e lexical, afixado, que serve para mencionar a classe a que pertence e descrever formas, maneiras na ação verbal etc.”De qual fenômeno linguístico da Libras o excerto trata? Assinale a alternativa correta.
a) Gestualização.
 b) Alfabeto Manual.
c) Parâmetros.
d) Classificadores.
e) Mímicas.
5. (ITAME -2019) De acordo com Brito (1993, p. 38), o sinal, na Língua de Sinais, [...] é formado a partir da combinação do movimento das mãos com um determinado formato em um determinado lugar, podendo este lugar ser uma parte do corpo ou um espaço em f rente ao corpo. Esses conceitos trabalhados pela autora dizem respeito:
 a) à Datilologia dos Sinais.
b) à Semântica das Línguas de Sinais.
c) aos Parâmetros das Línguas de Sinais
d) à Gramática dos Sinais.
e) aos Quiremas.
6. Sobre os parâmetros da Libras, assinale a alternativa correta.
a) São unidades mínimas distintivas que formam os sinais. São quatro parâmetros composto por configuração de mão, ponto de articulação e movimento.
b) São unidades mínimas distintivas que formam os sinais que servem para indicar unicamente a localização espacial onde é feita a sinalização e a configuração de mão.
c) São unidades mínimas distintivas que formam os sinais. Elas existem somente na língua de sinais brasileira.
d) São unidades mínimas distintivas que formam os sinais. Elas existem somente em língua de sinais americana.
e) São unidades mínimas distintivas que formam os sinais. São 5 parâmetros: configuração de mão, movimento, ponto de articulação, orientação de mão e expressão não-manual. 
7. (FUNDATEC - 2019) Os sinais, na Língua Brasileira de Sinais, são constituídos a partir da
a) percepção e criatividade de seus usuários, que não precisam seguir regras fixas.
b) inserção dos movimentos de negação, afirmação e elementos semânticos.
c) configuração de mãos associada ao conhecimento da língua portuguesa.
d) configuração de mãos, movimento, semântica e morfologia.
e) configuração de mãos, movimento, locação, expressão e ponto de articulação.
 8. (UFRN – 2017 – Adaptada) A Libras é uma língua que se articula nos níveis:
a) fonético, morfológico e sintático, mas, discursivamente, realiza-se de forma rudimentar, pertencendo, portanto, à classe das linguagens concretas.
b) fonético e morfológico, mas apresenta inconsistências sintáticas, o que a coloca no subgrupo das línguas semi-articuladas.
c) morfológico e sintático, mas é desprovida de unidades fonéticas, o que a situa na categoria das línguas afônicas.
d) fonético, morfológico e sintático, mas se manifesta espaço-visualmente, não pertencendo, portanto, ao rol das línguas orais-auditivas.
e) morfológico e sintático, pois não se pode falar em nível fonético em línguas de sinais.
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