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ENEM Filosofia Antiga Aristóteles FIL0496 - (Enem) TEXTO I Olhamos o homem alheio às a�vidades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inú�l; nós, cidadão atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). TEXTO II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar jus�ça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB, 1985. Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) pres�gio social. b) acúmulo de riqueza. c) par�cipação polí�ca. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco. FIL0093 - (Enem) Enquanto o pensamento de Santo Agos�nho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compa�vel com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legi�mação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais mo�vos do interesse por Aristóteles nesse período. MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005. A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica a) valorizar a inves�gação cien�fica, contrariando certos dogmas religiosos. b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa. c) cri�car a Igreja Católica, ins�gando a criação de outras ins�tuições religiosas. d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cris�anismo. e) contribuir para o desenvolvimento de sen�mentos an�rreligiosos, seguindo sua teoria polí�ca. FIL0497 - (Enem) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são pra�cadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este obje�vo e visa ao mais importante de todos os bens. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB,1988. No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber: 1@professorferretto @prof_ferretto a) É�ca e polí�ca, pois conduzem à eudaimonia. b) Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora. c) Meta�sica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira. d) Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais. e) Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis. FIL0095 - (Enem PPL) Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Nova CuIturaI, 1973. Em Aristóteles, o conceito de virtude é�ca expressa a a) excelência de a�vidades pra�cadas em consonância com o bem comum. b) concre�zação u�litária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados. c) concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade. d) realização de ações que permitem a configuração da paz interior. e) manifestação de ações esté�cas, coroadas de adorno e beleza. FIL0699 - (Enem PPL) Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor e o prazer; também a encontramos nos animais em geral; sua natureza lhes permite somente sen�r a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é o caráter dis�n�vo do homem face a todos os outros animais: só ele percebe o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse comum desses valores que faz a família e a cidade. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado). Para o autor, a caracterís�ca que define o ser humano é o lógos, que consiste na: a) evolução espiritual da alma. b) apreensão gradual da verdade. c) segurança material do indivíduo. d) capacidade racional de discernir. e) possibilidade eventual de transcender. FIL0098 - (Enem) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer jus�ficá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra a�tude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e ques�onar tudo o mais a fim de descobrir seu sen�do úl�mo. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002. Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade. b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas. c) pretensão de a experiência legi�mar por si mesma a verdade. d) defesa de que a hones�dade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade. e) compreensão de que a verdade deve ser jus�ficada racionalmente. FIL0091 - (Enem) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades cons�tui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais pres�giosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a polí�ca mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades �das em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a polí�ca u�liza as demais ciências e, por outro lado, legisla 2@professorferretto @prof_ferretto sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991 (adaptado). Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da polis pressupõe que a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses. b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade. c) a polí�ca é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade. d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente. e) a democracia protege as a�vidades polí�cas necessárias para o bem comum. FIL0089 - (Enem) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos legí�mos são, em certo sen�do, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legí�mos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo sen�do,chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade polí�ca, a felicidade e os elementos que a compõem. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado). De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a a) moral e a vida privada. b) virtude e os interesses públicos. c) u�lidade e os critérios pragmá�cos. d) lógica e os princípios meta�sicos. e) razão e as verdades transcendentes. FIL0096 - (Enem) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes a�vidades, e entre essas a melhor, nós a iden�ficamos como felicidade. ARISTÓTELES. A Polí�ca. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a iden�fica como a) busca por bens materiais e �tulos de nobreza. b) plenitude espiritual a ascese pessoal. c) finalidade das ações e condutas humanas. d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. FIL0099 - (Enem) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis, como os fenômenos dos sols�cios e o nascer do sol, pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado). O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana. A par�r do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre a) coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza. b) ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas. c) fatos a�ngíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle. d) fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela. e) coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso. FIL0094 - (Enem) Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão. ARISTÓTELES. Polí�ca. Brasília: UnB, 1985. O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como 3@professorferretto @prof_ferretto a) indicador da imagem do homem no estado de natureza. b) condição necessária para a realização da virtude humana. c) a�vidade que exige força �sica e uso limitado da racionalidade. d) referencial que o homem deve seguir para viver uma vida a�va. e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência. FIL0092 - (Enem) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento cien�fico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prá�ca não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alterna�va de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem. ARISTÓTELES. É�ca a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980. Aristóteles considera a é�ca como pertencente ao campo do saber prá�co. Nesse sen�do, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como a) conduta definida pela capacidade racional de escolha. b) capacidade de escolher de acordo com padrões cien�ficos. c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem. d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações. e) polí�ca estabelecida de acordo com padrões democrá�cos de deliberação. FIL0090 - (Enem PPL) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento cien�fico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento cien�fico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento cien�fico cons�tui-se de maneira argumenta�va, não pode haver conhecimento cien�fico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento cien�fico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios. ARISTÓTELES. Segundos analí�cos. In: REALE, G. História da filosofia an�ga. São Paulo: Loyola, 1994. Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a) a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa. b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos. c) conhecimento cien�fico, pois admitem provas empíricas. d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento cien�fico. e) prá�ca de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade. FIL0097 - (Enem) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sen�do de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo. ARISTÓTELES. É�ca à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado). Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o a) compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade. b) bene�cio para o maior número possível de indivíduos. c) interesse para a classe social do agente da ação. d) fundamento na categoria de progresso histórico. e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido. FIL0583 - (Enem PPL) A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são cons�tuídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas con�nuando ela a mesma. ARISTÓTELES. Meta�sica. São Paulo: Abril Cultural, 1973. 4@professorferretto @prof_ferretto O texto aristotélico, ao recorrer à cosmologia dos pré- socrá�cos, salienta a preocupação desses filósofos com a a) mutação ontológica dos entes. b) alteração esté�ca das condutas. c) transformação progressiva da ascese. d) sistema�zação crí�ca do conhecimento. e) modificação imediata da espiritualidade. FIL0774 - (Enem PPL) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra. COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado). Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que a) a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica. b) os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real. c) o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo. d)as coisas impossíveis são enigmá�cas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa. e) a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso FIL0747 - (Enem PPL) Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor e o prazer; também a encontramos nos animais em geral; sua natureza lhes permite somente sen�r a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é o caráter dis�n�vo do homem face a todos os outros animais: só ele percebe o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse comum desses valores que faz a família e a cidade. ARISTÓTELES. A polí�ca. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado). Para o autor, a caracterís�ca que define o ser humano é o lógos, que consiste na a) evolução espiritual da alma. b) apreensão gradual da verdade. c) segurança material do indivíduo. d) capacidade racional de discernir. e) possibilidade eventual de transcender. 5@professorferretto @prof_ferretto