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398 - HISTÓRIA DA QUEDA DO IMPÉRIO 
têrmos que -não correspondiam, possivelmente, à natu­
reza da culpa, para acabar por mandar prendê-lo, prisão 
que, em vez de ser de algumas horas regulamentares, 
foi agravada para oito dias, por ter o ofidal publi­
cado uma notícia sôbre o caso, considerada ofensiva 
para o Ministro da Guerra, em nome do qual havia sido 
recolhido à prisão. 
Em princípio, não ·se podia dizer que o Presidente 
do Conselho não tivesse razão, muito embora mostrando 
trop de zele onde apenas cabiam umas simples palavras 
de repreensão. Mas tanto bastou para a imprensa oposi­
cionista se apropriar do incidente, como fizera com o 
outro do Arsenal de Marinha, explorando-o em prejuízo 
do Gabinete; e, como se aproximasse a volta à Côrte do 
Marecha,l Deodoro, apresentá-lo como uma prova de má 
vontade do Chefe do Govêrno para com o Exército e 
das d isposições em que estava de enxovalhá-lo e de 
diminuí-lo. 
Diminuí-lo porque o receava, o temia e não tinha 
confiança nêle, sobretudo em algumas das unidades da 
guarnição militar da Côrte. E como não as tivesse em 
confiança, pretendia, para defender-se delas, reduzir-lhes 
o mais possível os efetivos, com a transferência de vários 
corpos para Províncias distantes da Capital do Império, 
ao mesmo tempo que aumentava e reforçava a Guarda 
N aciona,}, tornando-a um corpo militar de sua inteira 
confiança, uma espécie de guarda política ou guarda 
pretoriana, solidamente armada e enquadrada, capaz de 
substituir as fôrças do Exército ou mesmo de enfrentá-las 
e aniquilá-las quando isso se fizesse necessário. "Quanto 
ao Exército, diz Cristiano Ottoni, teve Ouro-Prêto dois 
pensamentos: 1.0 dividi-lo, dis·tribuindo os batalhões pelas 
Províncias; 2.0 reorganizar a Guarda Nacional. Ambos 
os expedientes eram lógicos e lícitos, mas o segundo era 
essencialmente moroso, e fôra ingenuidade crer que a 
OURO-PRÊTO E O EXÉRCITO - 399 
tropa de linha, ameaçadora como se mostrara, esperasse 
a organização contra ela projetada. A dispersão das 
fôrças, começada a realizar-se, foi o que precipitou a 
explosão, logo transformada em revolução plítica"882• 
Pandiá Ca16geras acentua que Ouro-Prêto "nunca mas­
carou sua intenção: diante de um Exército profissional 
faccioso, em larga proporção nas mãos dos oficiais pelo 
serviço a longo prazo, alinhar uma milícia nacional, igual­
mente armada e treinada, na bas·e do serviço pessoal 
generalizado"883• 
Era essa, aliás, uma opinião corrente, e dela se 
ocuparia ,o Ministro da Bélgica quando, depois dos acon­
tecime~tos de 15 de Novembro, procuraria explicar ao 
seu Govêmo os motivos que haviam dado com a Mo­
narquia por terra, citando justamente êsse propósito de 
Ouro-Prêto, de pôr a Guarda Nacional contra o Exército. 
L'armée, diria êle, était hostile au Ministere, surtout 
depuis la création de la Garde Nationale, qui a été réor­
ganisée pour tenir tête à l'armée dont on se méfiait. 
Dans l'armée, on attribuait au comte d'Eu l'idée de 
l'établissement de cette Carde Nationale; de 1à le redou­
blement de haine contre ce Prince~84• Malhereusement 
le dernier Ministere n'a prt~ pon!~, os seus fins; 
mas pouco e pouco foi perdendo as suas caractedst,cas m1htares, sobretudo 
depois da reforma que sofreu em 1850, foram se reduzindo os seus 
qundros, à medida que O Exército se ori1aniznva e se fortal ecia, para 
acabar se tornando um corpo puramente ornamental e polltico, com os 
seus famosos Coroné/8 à frent,;,, em sua quase totalidade cabos eleitoraia 
do Interior, 
400 - fll~ÓBIA DA QUEDA 00 IMPÉRIO 
étaient nommés, les cadres étaient vides ou sa11s armes. 
L'hostilité de r armée était donc connue, mais le vicomte 
d'Ouro Prêto, mal informé, ne voulait pas admettre que 
le danger fut aussi, meriaçant, ni une révolte imminente38:.. 
Ouro-Prê~o sempre se defendeu de tais acusações, 
e -era certo que no que se referia à transferência de 
corpos, .pelo menos, apenas um batalhão, o 22.0 de 
Infantaria, seria retirado da Côrte, decisão, aliás, que só 
seria tomada, ou melhor, executada, nas vésperas de 15 
de novembro. E com a circunstância de que a trans­
ferência dêsse batalhão para o Amazonas não partira de 
uma sugestão ou de uma decisão sua, mas do Ajudante­
General do Exército, Floriano Peixoto, o qual seria 
endeusado pelos republicanos depois da implantação do 
nôvo regime, mas que naquele momento, pelo menos, 
estava tão interessado quanto Ouro-Prêto em desfalcar 
a guarnição militar da Côrte dessa unidade, considerada 
suspeita, e portanto perigosa para o Ministério. 
Quanto à Guárda Nacional, Ouro-Prêto disse sempre 
que nunca partiu dêle qualquer idéia de transformá-la 
em guarda pretoriana, e que tudo que se estava fazendo 
com ela já tinha sido previsto no programa de reforma 
do Partido Liberal, há mais de 30 anos, isto é, no sentido 
de fazê-la um corpo auxiliar de Polícia, da confiança 
do Gabinete. Não negava que a estivesse reorganizando, 
ou mesmo reforçando-lhe os quadros; mas desmentia que 
fi:resse isso com a intenção de uti.Jizá-la contra o Exército, 
acusação tanto mais absurda, segundo êle, quanto ela 
vinha sendo comandada e instruída por oficiais dessa 
corporação, que não iriam querer, certamente, usá-la 
contra os seus próprios camaradas. 
Tudo isso podia estar certo, e Ouro-Prêto ter car­
radas de razões. Mas não era menos certo que êle 
( 385) Ofício de 28 de novembro de 1889. 
OURO-PRÊ'ro E O EXÉRCITO - 401 
-receava, de fato, não propriamente o Exército, mas uma 
parte dêle, sobretudo a sua nova geração de oficiais, 
que vinha ·sendo desvirtuada pela indisciplina e não podia 
assim inspirar confiança a nenhum Govêmo. E a verdade 
é que ao tomar conta do Poder, já encontrara uma parte, 
ao menos, d a mocidade militar contaminada de idéias 
dissolventes, insatisfeita e desassossegada, e num certo 
sentido mal-intencionada. Sobretudo muito pouco dis­
posta a obedecer, estragada que vinha sendo pela propa­
ganda das idéias republicanas de mistura com princípios 
de filosofia positivista mal digeridos, que só serviam paTa 
deteriorar todos os preceitos de ordem e de obediência 
militar. 
Deteriorar com 1:anto maior facilidade quanto já 
encontrava para isso um ambiente de antemão prepa­
rado com o relaxamento que reinava nos quadros do 
Exérdto; não de agora, mas de alguns anos para cá, e 
que à mercê da tolerância, do oomodismo, àa incom­
petência ou falta de iniciativa dos chefes militares, vinha 
cada vez mais aumentando. Quanto a isso quase todos 
estavam de acôrdo, civis e militares, políticos, autori­
dades públicas e até mesmo as mais altas patentes do 
Exército. 
A mmeçar pelo General Câmara ( Visoonde de 
Pelotas ), que embora acabasse por ser êle também um 
dos maiores responsáveis pelo alastramento d êsse estado 
d e indisciplina, com a atitude que tomou na chamada 
"questão militar", foi dos que mais criticaram o estado 
de insubordinação que reinava no Exército, num "impres­
sionante discurso", como diz R. Magalhães Júnior, que 
pronunciou no Senado em maio de 1886, oontra o que 
êle chamou a "incompetência das sucessivas adminis­
trações militares, a displicência dos ministros da Guerra, 
dos presidentesnecessidades do Exército". 
 
 
 
 
56 - (UFPR) 
“Temos a tendência de pressupor que todas as mudanças que decorreram de um movimento de 
independência foram para o melhor. Raramente, por exemplo, consideramos um movimento de 
independência como uma regressão, um triunfo do despotismo sobre a liberdade, de um regime 
imposto sobre um regime representativo. Apesar disso, no caso da independência do Brasil, essas 
acusações foram na época imputadas ao novo regime”. 
(Adaptado de MAXWELL, K. “Por que o Brasil foi diferente? 
O contexto da independência”. In: MOTTA, C. G. (org.). 
Viagem incompleta: a experiência brasileira. São Paulo: 
Editora Senac, 2000, p 181.) 
 
 
Qual dos eventos citados a seguir gerou as acusações mencionadas no texto? 
 
 
a) A outorga da Constituição de 1824, feita por D. Pedro I depois de dissolvida a Assembleia 
Constituinte que elaborava o texto constitucional. 
b) O tratado de comércio que estipulou vantagens econômicas para a Inglaterra. 
c) O incentivo à imigração europeia e a gradual emancipação dos escravos, resultado de políticas 
públicas realizadas no período monárquico com objetivo de promover a transição do trabalho 
escravo para o trabalho livre. 
d) A guerra empreendida contra o Paraguai na década de 1860. 
e) A decretação da maioridade de D. Pedro II que, em 1840, favoreceu as medidas de 
centralização do poder, chamadas à época de “regresso”. 
 
 
57 - (UPE) 
Dentre as revoltas políticas e sociais que abalaram o Império do Brasil, a Revolta Praieira se 
destaca. Para muitos historiadores, essa revolta ocorrida em Pernambuco, em 1848, foi a última 
atribulação política interna do império. Sendo assim, sobre a Praieira e seu contexto histórico, 
podemos assinalar que 
 
 
a) no Pernambuco da primeira metade do século XIX, a mão-de-obra escrava não era mais 
essencial para a produção do açúcar. 
b) não podemos enquadrar a Praieira no conjunto das revoltas liberais que abalaram o 
Pernambuco no oitocentos. 
c) não há como se analisar a Praieira, sem se considerar a atuação do partido liberal na província 
de Pernambuco. 
d) em essência, as propostas da Praieira divergiam dos movimentos de 1817 e 1824, por não 
compactuar dos ideais do liberalismo. 
e) a repressão estatal, empreendida por D. Pedro I, debelou rapidamente os insurgentes da 
Praieira. 
 
 
58 - (UEFS BA) 
I. 
O que é um conservador? 
É aquele para quem a História é uma carroça abandonada. Ele quer conservar a sociedade do jeito 
que a encontrou, evitando mudanças. Isso é lógico, a sociedade o favorece: 
— Se está boa para mim, deve estar para todo mundo — pensa o conservador. [...] 
Não se pense que os conservadores achavam o Brasil uma maravilha! Eles reconheciam os nossos 
problemas e julgavam saber os motivos: — O brasileiro é preguiçoso e atrasado. Uma raça ruim, 
resultado da mistura de negros e índios. Um povo mestiço, inferior. Ai do país se não fôssemos nós, 
a elite! 
 
 
II. 
O que é um liberal? 
Como o nome diz, é a pessoa que defende a liberdade. Na História da Europa, os liberais surgiram 
com a burguesia, lutando contra as imposições do tempo do feudalismo e do absolutismo. 
Os liberais brasileiros eram liberais-conservadores. Donos de fazendas de gado, de açúcar ou de 
café — como os conservadores — os liberais daqui não podiam agir da mesma maneira que os 
liberais europeus, que surgiram na História como revolucionários. Nem sempre a nossa aristocracia 
conseguiu imitar a velha Europa! (ALENCAR; RIBEIRO; CECCON, 1986, p.137). 
 
 
 
 
 
Na aristocrática, desigual e racista sociedade brasileira, até o início da década de 70 do século XIX, o 
exercício da plena cidadania era reservado aos 
 
 
a) donos de propriedade rural, patente militar, origem europeia. 
b) possuidores de renda mínima estabelecida por lei, nascimento livre e religião católica. 
c) habitantes das capitais das províncias, senhores de engenho, ex-escravos libertos. 
d) homens adultos independente de origem, alfabetizados, seguidores de qualquer religião cristã. 
e) homens e mulheres com direito de voto, soldados de qualquer patente, moradores das áreas 
urbanas. 
 
 
59 - (UFU MG) 
[...] devia ser um ponto capital para o historiador reflexivo mostrar como no desenvolvimento 
sucessivo do Brasil se acham estabelecidas as condições para o aperfeiçoamento de três raças 
humanas [...]. 
MARTIUS, Carl F. Ph. von. Como se deve escrever a História do Brasil. In: . 
O estado de direito entre os autóctones do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; 
São Paulo: EDUSP, 1982. p. 89. 
 
 
Considerando o texto, escrito por von Martius e publicado em 1845 pela Revista do Instituto 
Histórico e Geográfico Brasileiro, assinale a alternativa correta. 
 
 
a) O autor demonstra que o branco português não obteve participação tão significativa na 
formação histórica do Brasil quanto o africano ou o indígena. 
b) O autor procura, em uma perspectiva evolutiva da humanidade, demonstrar que a história do 
Brasil é o resultado do cruzamento gradativo entre brancos, indígenas e africanos.

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