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Propriedades do DNA • 3 componentes: (1) fosfato, (2) açucar – desorribose e (3) bases nitrogenadas – adenina, timina, guanina e citosina; • O açucar é chamado de desoxirribose pois contém açucares ribose que não possuem um átomo de oxigênio. Estrutura • DNA é composto por duas fitas que formam uma dupla hélice (descoberto por Jmaes Watson e Francis Crick); • Modelo de DNA foi construído com base em resultados de pesquisas anteriores, imagens de fibras de DNA produzidas por difração de raios X revelaram ao olho treinado que o DNA é uma hélice de dimensões precisas; • Dupla hélice composta por duas fitas de nucleotideos ligados por pontes de hirogênio que se enrolam uma na outra. A-T (duas pontes de hidrogênio) C-G (três pontes de hidrogênio); • Todas as células do corpo têm a mesma composição genética, a replicação precisa do material genético em cada divisão celular é crucial. Assim as caracteristicas estruturais do material genético devem permitir uma replicação precisa. • Caracteristicas estruturais do material genético devem possuir conteúdo informativo; • Como as mutações fornecem a matéria prima para a seleção evolutiva, o material genético deve ser capaz de mudar em ocasiões raras. No entanto as estruturas do material genético devem ser estáveis o suficiente para que um organismo usufrua de suas informações codificadas. • Adenina e Guanina tem estrutura de anel duplo – purinas • Citosina e Timina estrutura de anel único – pirimidinas AULA 1 - ESTRUTURA DO DNA Regras de Chargaff • A quantidade total de nucleotídeo de purina (A+G) é sempre igual a quantidade de pirimidina (T+C) • A quantidade de A sempre é igual de T e a quantidade de G sempre igual a de C. Ex 1: Se a Timina constitui 15% das bases em uma molécula específica de DNA, que porcentagem de bases será Citosina. R: Regra de Chargaff A – 15% T – 15% G – 35% C – 35% A e T – proporção iguais G – C dividem o restante das bases 100% - 30% = 70% 70%/2= 35% Ex 2: Se o conteúdo a molécula de DNA GC corresponde a 48%, quais as porcentagens das quatro bases (A, T, G, C) nesta molécula? R: Regra de Chargaff A – 26% T – 26% G – 24% C – 24% G + C = 48 (48%/2= 24) A e T = restante (100% - 48% = 52%/2 = 26%) • Dados de Chargaff indicam que A pareia apenas com T e C apenas com G; • Watson e Crick concluiram que cada par de bases consiste em uma base purina e uma bse pirimidina, pareadas de acordo com a seguinte regra: G pareia com C (G-C), e A pareia com T (A-T), chamadas de bases complementares. • As duas fitas são mantidas juntas por pontes de hidrogênio entre as bases de purina e pirimidina de cada fita, formando a estrutura de uma escada em espiral. • Uma ligação fosfodiéster conecta o átomo de carbono 5’ de uma desoxirribose ao átomo de carbono 3’ da desoxirribose adjacente. Assim, diz-se que cada estrutura de açucar-fosfato tem uma polaridade ou direção 5’ para 3’, no DNA de fita dupla, as duas estruturas estão em orientação oposta, ou antiparalela; uma é orientada de 5’ para 3’ e a outra é orientada de 3’ para 5’. • Os pares de bases G-C têm três ligações de hidrogênio, enquanto os pares de bases A-T têm apenas duas, assim os pares de bases G-C são mais estáveis. Replicação semiconservativa • Hipótese feita por Watson e Crick, a dupla-hélice é desenrolada e cada fita de DNA atua como um modelo para a montagem direta de bases complementares seguindo as regras de pareamento de bases, para assim criar duas hélices idênticas a original. • Leva esse nome pois cada uma das novas hélices conserva uma das fitas originais; • Na replicação conservativa a dupla hélice do DNA original é conservada e uma dupla – hélice filha é produzida, consistindo em duas fitas recém-sintetizadas. • Replicação dispersiva são produzidas duas duplas hélices novas de DNA, com cada cadeia contendo segmentos tanto do DNA parental quanto do DNA filho recém-sintetizada. • Cromossomo bacteriano é circular, além disso, descobriu-se que os cromossomos capturados no meio de um segundo ciclo de replicação formaram uma estrutura que se assemelhava a letra grega theta (θ), com um fino circulo de pontos consistindo em uma única fita radioativa e uma curva espessa de pontos cortando o interior do círculo de DNA consistindo em duas fitas radioativas. • Extremidades da curva espessa de pontos definiram os dois locais de replicação do DNA em andamento e são chamados de forquilhas de replicação. AULA 2 – REPLICAÇÃO DO DNA • O experimento de Cairns forneceu evidências adicionais para a replicação semiconservativa e também demonstrou que a replicação em bactérias começa em um local do genoma e se espalha de forma bidirecional por meio de duas bifurcações de replicação. Como ocorre a replicação • Começa pelo reconhecimento de sequências específicas do genoma, que são feitos por proteínas iniciadoras; • A interação estabelece as origens de replicação determinando quando, onde e como a replicação do DNA é iniciada; • O início da síntese das fitas novas de DNA ocorre em sítios especificos no DNA chamados de origem de replicação, onde o DNA se abre para que a cópia das novas fitas possa começar. • As origens de replicação têm duas funções importantes na replicação do DNA: (1) garantir que o genoma seja replicado eficientemente e (2) determinar quando e onde a replicação deve ser iniciada. • As proteínas iniciadoras (ou proteinas que reconhecem a origem) possuem duas funções importantes: (1) Reconhecer e se associar a origem; (2) Guiar outras proteínas replicativas até essas origens para que a atividade de helicase inicie a separação das fitas de DNA. • DNA polimerase - primase é uma proteína composta por quatro subunidades bastante conservada entre eucariotos, e é a principal responsável pela síntese do iniciador de RNA. Se locomove pela fita molde de DNA na forquilha de replicação aberta até encontrar um sítio de reconhecimento, onde o iniciador deve ser posicionado Uma vez que essas regiões são identificadas, a primase começa a síntese do iniciador de RNA, adicionando ribonucleotídeos de acordo com a fita molde de DNA de fita simples. Fim da replicação • Em cromossomo circular: o sítio de determinação é definido pela presença de sequênciass específicas, que são sequências de terminação. • Garantem que independente da velocidade de replicação de cada uma das forquilhas, o local de terminação da replicação será sempre o mesmo. • Após a replicação de todo o cromossomo bacteriano, as forquilhas se encontram, mas as duas moléculas de DNA ficam entrelaçadas como dois anéis de uma corrente. • A liberação dessas moléculas ocorre pela ação de topoisomerase específicas de procariotos que cortam uma das moléculas de DNA, possibilitando sua liberação da outra molécula. • Cromossomos lineares – a maioria das células eucariotas utiliza outra estratégia para replicar as porções finais de seus cromossomos: os telômeros. Tratam de estruturas especializadas que “selam” as extremidades dos cromossomos lineares e previnem que sejam ligadas umas as outras. Portanto a maquinaria que atua nessa origem de replicação não é a mesma das origens de replicação no restante do genoma; Os telômeros recrutam DNA polimerase especializadas chamadas telomerase; Assim, a telomerase atua na extremidade 3’ do telômero e estende apenas uma das fitas do DNA, formando sequências teloméricas de fita simples. A fita descontínua é estendida pela maquinaria geral da replicação envolvendo RNA primase, fragmentos de Okazaki, DNA polimerase e DNA ligase. A transcrição gênica ocorre em um fluxo de informação unidirecional. O processo detranscrição consiste na conversão de uma sequência de nucleotídeos do DNA em uma cópia dessa sequência sintetizada agora em uma molécula de RNA. • Todas as moléculas de RNA da célula, ou seja, os RNAt (transportadores), os RNAr (ribossômicos), RNAm (mensageiro) e os RNA regulatórios e catalíticos são obtidos por meio desse processo. • 3 três RNA polimerases: 1. Polimerase I – transcreve o RNAr; 2. Polimerase II – transcreve o RNAm; 3. Polimerase III – transcreve o RNAt. • Cerca de 25% dos promotores contêm uma TATA, um elemento de sequência assim denominado porque a sequência de nucleotídeos TATA aparece na sequência consenso TATAAAA (TATA box). • Uma unidade de transcrição é delimitada por uma sequência no DNA chamada promotor, na qual se inicia a transcrição, e uma sequência chamada terminador, se encerra a transccrição. • Durante o alongamento, o CTD da RNA polimerase II é quimicamente modificado para servir como um local de ligação para outras proteínas envolvidas na transcrição e no processamento do RNA. • A terminação da transcrição pelas RNA polimera I, II e III ocorre por diferentes mecanismos. A terminação da transcrição do mRNA pela RNA polimerase II, pode ocorrer por mecanismos alostéricos ou torpedo que são análogos aos mecanismos independentes de fator e dependentes de Rho, respectivamente, em E. coli, e são direcionadas por sequências de formação da extremidade 39 no mRNA. AULA 3 – TRANSCRIÇÃO DO DNA • Poliadenização A terminação da transcrição pelas RNA polimera I, II e III ocorre por diferentes mecanismos. A terminação da transcrição do mRNA pela RNA polimerase II, pode ocorrer por mecanismos alostéricos ou torpedo que são análogos aos mecanismos independentes de fator e dependentes de Rho, respectivamente, em E. coli, e são direcionadas por sequências de formação da extremidade 39 no mRNA. Splicing - Descoberto por Philip Sharp e Richard Roberts, em 1977; - De forma indepedente esse processo de splicing, ou recomposição do mRNA, que remove segmentos de mRNA chamados íntrons e une os segmentos restantes chamados éxons. - O corte de íntrons e a junção de éxons são chamados de splicing porque se assemelha a maneira como uma película de filme é cortada e reunida para excluir um segmento específico. - A sequência de um Mrna nem sempre é idêntica a sua sequência gênica porque, conforme os pré-mRNA são transcritos, os íntrons são removidos e os éxons remanescentes são unidos pelo processo de splicing. - Após a descoberta dos éxons e dos íntrons, os pesquisadores voltam sua atenção para o mecanismo de splicing do mRNA. Como o splicing deve ocorrer com a precisão de um único nucleotídeo para manter a informações que direcionam a tradução, o precursor do mRNA contendo o íntron (pré-mRNA) deve conter as informações que indicam para a máquina de splicing, chamada spliceossomo, onde agir. - O splicing é uma reação em duas etapas. A primeira é a clivagem no sítio de splicing 59 e a segunda é a clivagem no sítio 39, o que resulta na remoção do íntron e na união dos éxons. Exportação de RNA do núcleo Os mRNA são exportados do núcleo para o citoplasma, onde são traduzidos em proteínas, e os snRNA envolvidos no splicing são produzidos no núcleo, exportados para o citoplasma para montagem com proteínas e, em seguida, devolvidas ao núcleo. • Composição e estrutura dos ribossomos • Constituído de 2 sbunidades (uma maior e outra menor) o Maior – centro peptidil-transferase, responsável pela ligação peptída o Menor – centro de decodificação, que se liga ao RNAm e faz a decodificação dos RNAt carregados. • Ribossomos bacterianos dispõem de 2 sítios para ligarem pelo menos 2 tRNA simultaneamente. o A – Sítio de ligação para o aminoacil-tRNA (ligado em sua extremidade 3’ a carboxila do aminoácido carregado) o P – Sítio de ligação para o peptidil-tRNA (ligado em sua extremidade 3’ na posição C-terminal da cadeia polipetidica crescente) o E – (exit/saída) que é o sítio de ligação do tRNA liberado após a transferência da cadeia polipeptidíca crescente para o aminoacil-tRNA. Inicío da tradução A tradução é realizada por ribossomos que se movem ao longo do mRNA na direção 5’ para 3’. Os tRNA trazem aminoácidos para o ribossomo e seu par de bases de anticódons para os códons do mRNA. • Um aminoácido de entrada se liga a extremidade amino da crescente cadeia polipeptídica no ribossomo. O processo de tradução pode ser dividido em 3 fases (1) iniciação, (2) alongamento, (3) término. Além do ribossomo, mRNA e tRNA, outras proteínas (fatores) são necessárias para cada fase. • Segundo o dogma central (Francis H. Crick – 1916 a 2004) essa informação genética flui do DNA para proteína por meio de uma molécula carreadora, o RNAm. • Principal tarefa é: colocar o primeiro aminoacil-tRNA no sítio P do ribossomo e, dessa forma, estabelecer o quadro de leitura correto do mRNA. Na maioria das bactérias e em todos os eucariotos, o primeiro aminoácido em qualquer polipeptídio recém-sintetizado é a metionina (met), especificada pelo códon de iniciação AUG. AULA 4 – TRADUÇÃO DO DNA • A iniciação da tradução começa quando um iniciador tRNA anticódon carregado e um códon de iniciação mRNA AUG se reúnem no sítio P de uma subunidade ribossômica pequena. • A proposta inicial foi de que a unidade de leitura (denominada códon) teria três nucleotídeos, de modo que sua combinação promoveria a existência de 64 códons, que seriam, portanto, redundantes. Alongamento da tradução • Durante o alongamento da tradução, o ribossomo funciona como uma fábrica, repetindo as mesmas etapas indefinidamente. • O mRNA atua como um modelo, especificando a entrega de tRNA, cada um levando como carga um aminoácido. • Cada aminoácido é adicionado a cadeia polipeptídica em crescimento, enquanto o tRNA desacilado é reciclado ao ser carregado com outro aminoácido. Término da tradução • O ciclo de alongamento continua até que o códon no sítio A seja um dos três códons de parada: UGA, UAA ou UAG. • A tradução é concluída quando ocorre a translocação do ribossomo, e o códon de terminação encontra-se em A. • Para o término da tradução, fatores de liberação (RF) fazem a coordenação.