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Liquigás Distribuidora S. A. – Profissional Jr. com formação em Ciências Econômicas 4 
 
 
5. Levando em consideração o texto como um todo e as 
orientações da gramática normativa tradicional, a respeito 
do seguinte período, o último do quarto parágrafo: “Nesse 
mesmo sentido, pode ser considerado também uma 
continuidade da adesão que, em outubro de 2003, a 
Petrobras fez com relação aos Princípios do Pacto Global 
da ONU.”, é correto afirmar que 
 
(A) a locução verbal “pode ser considerado” deveria ter 
sido flexionada, de acordo com a coerência do 
texto, da seguinte maneira: “pode ser considerada”. 
(B) a locução verbal “pode ser considerado” está 
flexionada de acordo com o antecedente “parâmetro 
para análise dos investidores sócio e 
ambientalmente responsáveis”, do período anterior. 
(C) a locução verbal “pode ser considerado”, que está 
na voz passiva analítica, pode ser flexionada, sem 
que ocorra erro gramatical, preservando-se o sentido 
do texto original, na voz passiva sintética: “pode 
considerar-se”. 
(D) a expressão “Nesse mesmo sentido” alude ao 
“desenvolvimento ambiental, social, cultural e ético 
das sociedades”, do primeiro período do quarto 
parágrafo. 
(E) o fragmento final “uma continuidade (...) Princípios 
do Pacto Global da ONU” pode ser reescrito, sem 
que ocorra erro gramatical, preservando-se o sentido 
do texto original, da seguinte maneira: “uma 
continuidade da adesão da Petrobras, em outubro 
de 2003, aos Princípios do Pacto Global da ONU”. 
 
 
6. Levando em consideração as afirmações do texto e as 
orientações da gramática normativa tradicional, é correto 
afirmar que 
 
(A) no trecho “Estou certo de que a apresentação 
pública deste Código de Ética”, do último parágrafo, 
a supressão da palavra destacada é recomendada 
pelos gramáticos, já que, sem essa preposição, não 
há mudança do sentido do texto. 
(B) no último parágrafo, a utilização da primeira pessoa 
do singular na primeira oração enfraquece a 
argumentação apresentada pelo autor, porque é 
proibido pela gramática o uso da primeira pessoa do 
singular em textos argumentativos. 
(C) no trecho “no Brasil e nos países onde o Sistema 
Petrobras atua”, o pronome relativo destacado pode 
ser trocado, sem que ocorra erro gramatical, 
preservando-se o sentido do texto original, por “em 
que”. 
(D) no trecho “Estou certo de que a apresentação 
pública deste Código de Ética e seu cumprimento” é 
possível, de acordo com a gramática normativa, 
incluir uma vírgula depois do termo destacado. 
(E) no trecho “Estou certo de que a apresentação 
pública deste Código de Ética e seu cumprimento 
contribuirão para fortalecer uma nova cultura” é 
possível, de acordo com a gramática normativa, 
incluir uma vírgula antes do termo destacado. 
 
 
 
 
Leia o texto abaixo, extraído do livro A cabeça do 
brasileiro, de Alberto Carlos Almeida, para responder às 
questões de 7 a 12. 
 
Existe destino e grande parte dele está nas mãos de 
Deus. Somente a família é confiável. Se o governo não faz 
a parte dele, então não há por que fazer a sua parte. 
Essas frases expressam fatalismo, uma visão familista e 
falta de espírito público. Características que já foram 
identificadas por cientistas sociais como atributos 
marcantes nas sociedades mediterrâneas e ibéricas. 
 No caso do Brasil, apesar da mistura de raças, o 
país é, com certeza, uma invenção portuguesa. E, como 
tal, herdou o fatalismo religioso de origem católica, a 
noção de importância da família nas relações sociais e a 
idéia de que o espaço público não é de ninguém. Essas 
concepções também povoam nossas interpretações sobre 
a sociedade. 
 Há grande contraste com a matriz social anglo-saxã 
de origem protestante. A predestinação calvinista fez com 
que povos como o norte-americano agissem no mundo 
por meio do trabalho. Nos países anglo-saxões, o 
indivíduo tudo pode, principalmente quando em 
associação com outros indivíduos. Sua extrema 
mobilidade geográfica só é possível porque os laços 
familiares, quando comparados a outras relações de 
confiança, não são demasiado fortes. Nesses países, a 
palavra community tem um significado bem diferente da 
nossa “comunidade”, muitas vezes eufemismo para favela 
ou área de moradias populares. Community, para os 
anglo-saxões, é um espaço sobre o qual todos têm 
responsabilidade. 
 Tais noções, que podem ser atribuídas ao molde 
religioso – católico versus protestante –, podem também 
ser associadas ao esforço educacional. Nesse sentido, os 
anglo-saxões empreenderam uma das maiores 
mobilizações sócio-religiosas de que se tem notícia. 
Segundo versões massificadas da teologia protestante, a 
ignorância é obra do demônio, é prima-irmã de Satanás. 
 Em sociedades pouco escolarizadas, ao contrário, é 
onde se encontram mais freqüentemente fatalistas 
avessos à noção republicana de espaço público. É o que 
acontece no Brasil, onde essa é a visão dominante entre a 
população: simplesmente 1/3 dos adultos acredita que 
Deus decide o destino dos homens, sem espaço para a 
mão humana. 
 Esse contingente, somado aos 28% que acham que, 
apesar do destino estar nas mãos de Deus, o homem tem 
uma pequena capacidade de modificá-lo, resulta que 60% 
da população acreditam que grande parte do que 
acontece com os homens está fora de seu controle. No 
extremo oposto, apenas 14% da população adulta 
brasileira acreditam que não há nenhum desígnio além da 
capacidade humana de definir sua própria vida. 
 
ALMEIDA, Alberto Carlos. A cabeça do brasileiro. Rio de Janeiro: 
Record, 2007.

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