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34 d) o homem e o marciano não teriam chance de travar qual- quer tipo de interação. e) o encontro na rua foi casual, tendo o marciano se assustado com a aparência física do homem. 125. (CESGRANRIO – 2010) Os antigos e a memória Os antigos gregos consideravam a memória uma entida- de sobrenatural ou divina: era a deusa Mnemosyne, mãe das Musas, que protegem as artes e a história. A deusa Memória dava aos poetas e adivinhos o poder de voltar ao passado e de relembrá-lo para a coletividade. Tinha o poder de conferir imortalidade aos mortais, pois, quando o artista ou o historia- dor registram em suas obras a fisionomia, os gestos, os atos, os feitos e as palavras de um humano, este nunca será esque- cido e, por isso, tornando-se memorável, não morrerá jamais. Os historiadores antigos colocavam suas obras sob a pro- teção das Musas, escreviam para que não fossem perdidos os feitos memoráveis dos humanos e para que servissem de exemplo às gerações futuras. Dizia Cícero: “A história é mestra da vida”. A memória é, pois, inseparável do sentimento do tempo ou da percepção/experiência do tempo como algo que escoa ou passa. A importância da memória não se limitava à poesia e à história, mas também aparecia com muita força e clareza na medicina dos antigos. Um aforismo, atribuído a Hipócrates, o pai da medicina, dizia: A vida é breve, a arte é longa, a ocasião é fugidia, a experiência é traidora e o julgamento é difícil. O médico precisa estar sempre atento não só para fazer o que convém, mas também para conse- guir a cooperação do paciente. Qual a ajuda ou cooperação trazida pelo paciente ao médi- co? Sua memória. O médico antigo praticava com o paciente a anamnese, isto é, a reminiscência. Por meio de perguntas, fazia o paciente lembrar-se de todas as circunstâncias que antecede- ram o momento em que ficara doente e as circunstâncias em que adoecera, pois essas lembranças auxiliavam o médico a fazer o diagnóstico e a receitar remédios, cirurgias e dietas que correspondiam à necessidade específica da cura do paciente. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2008, p. 138-139. “...Mnemosyne, mãe das Musas,” e “...deusa Memória...” no texto referem-se a) a uma mesma entidade. b) a mais de uma entidade grega. c) à capacidade humana de lembrar e de esquecer. d) à arte e à técnica da reminiscência. e) às protetoras das artes e da história. 126. (CESGRANRIO – 2010) Texto I O profissional holístico Não nascemos profissionais, nos tornamos a partir de um processo de crescimento, amadurecimento, vivências e experiências com determinadas áreas e atividades. Cada vez mais o mercado exige de nós a capacidade de atuarmos em áreas que não são efetivamente de nossa preferência e pas- sa a exigir flexibilidade para entender que podemos adquirir novos conhecimentos, além de desenvolvermos habilidades e atitudes importantes, de modo a contribuir para o processo de conquista da posição em que pretendemos estar no futuro. O profissional holístico é composto de uma totalidade, em que o pensar, o sentir e o querer são as energias bási- cas para a realização. O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir. Essa esfera nos coloca em contato com a experi- mentação e consequentemente nos leva ao aprendizado. Cada atividade que realizamos faz parte de um quadro maior, onde as peças se completam e se somam ao alcance do objetivo final. São estágios nos quais se obtêm informações, novo olhar, e se desenvolvem capacidades na direção da área ou profissão escolhida. Neste contexto, é importante que se compreenda a ideia holística, o pensar sistemicamente, ou seja, entender que as ações, a existência e as demais ocorrências do dia a dia não são isoladas. Está conectado a outros acontecimentos ou à vida de outras pessoas e organizações. Pensar e agir sistemicamente não são privilégios, mas, sim, necessidades, e cabem a todos, estejam atuando onde estiverem. Encare qualquer emprego, tarefa, apresentação ou outra prática como uma licença para aprender. Faça muitas pergun- tas, pense como cliente, observe o processo total do qual faz parte e como ele pode ser melhorado. O importante é estar engajado psicologicamente nas tarefas e conexões, e estar aberto para aprender. Em outras palavras: o esforço faz a diferença. As qualidades mais importantes para a construção de uma carreira de sucesso não são atributos congênitos como, por exemplo, altura ou cor dos olhos, mas a flexibilidade, a tolerân- cia à incerteza, a capacidade de levantar-se depois da queda. É tornar-se um autoaprendiz, é encontrar o seu caminho com o coração, é usar o processo de autorreflexão e de uma revisão constante de importantes verdades a respeito de nós mesmos. Redescobrir a estrada que percorremos ao longo da vida, ain- da que você seja jovem. Certa vez, alguém perguntou a um velho se ele tinha cresci- do naquela cidade. A resposta dele foi: “ainda não”. O processo de crescimento é contínuo, essa é a mensagem que nos ensina a resposta do velho sábio. OLIVEIRA, Ângela. O profissional holístico. Disponível em: http://www. rh.com.br/Portal/Carreira/Artigo/6136o-profissional-holistico.html Acesso em: 15 dez 2009. (com adaptações) Em relação às ideias apresentadas no destacado parágrafo do Texto, é correto afirmar que a(o) a) experimentação é causa da ação. b) realização precede a ação. c) pensamento sucede a ação. d) sentimento antecede o pensamento. e) aprendizado é consequência da experimentação. Æ REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL (CASOS GERAIS) 127. (CESGRANRIO – 2012) Texto II Fábrica de sabores A maior parte dos sabores que sentimos ao provar alimen- tos industrializados não vêm de ingredientes de verdade. Gos- to de cogumelos, coco ou morango, nesse caso, é resultado de combinações de ácidos, cetonas, aldeídos. Além das substâncias químicas, extratos naturais também entram na equação para dar sabor e aroma aos alimentos produzidos nas fábricas. Há 3 formas de tudo isso ir parar em um produto. Quando você lê “aroma natural”, quer dizer que ele foi obtido por meio de processos físicos que usam maté- ria-prima, retiram sua essência e aplicam no alimento. Se está escrito “idêntico ao natural”, foi criado sinteticamente em labo- ratório para replicar essas moléculas encontradas na nature- za. Por último, “artificial” no rótulo significa que os aromistas criaram moléculas que não existem na natureza, a partir das substâncias de laboratório. As sintéticas são as mais usadas por serem mais baratas. Para se ter uma ideia, é necessário espremer uma tonelada de limões para obter cerca de 3 quilos do óleo essencial usado no “aroma natural”. O processo encarece o produto e, por isso, é menos comum nessa indústria. Ser artificial, porém, não signi- fica que o aroma faz mal à saúde. Antes de enviar as moléculas às fábricas de alimentos, elas passam por testes de toxicologia em instituições independentes. PONTES, Felipe; AFFARO, Victor. Revista Galileu. São Paulo: Globo, out. 2011, p. 74-77. Adaptado.