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Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Enfermagem (EFM0819) – Prevenção de acidentes de trabalho na enfermagem 
 
PREVENÇÃO CONTRA ACIDENTES COM AGULHAS ENTRE 
PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM 
 
Adria Regina Lopes Alves1, Daniele Gomes Dias2, Elizabeth do socorro 
Borges Oliveira3, Ryan da Costa Silva4, Vera Lúcia Coutinho Salomão5, 
Camila Tahellem Da Silva6 
Tutor externo: Luciane Barra Viana2 
 
 
RESUMO 
 
Os acidentes com agulhas entre enfermeiros são frequentes e 
frequentemente resultam em contaminação por agentes patogênicos. A 
ausência de protocolos de segurança adequados, falta de treinamento contínuo 
e o não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aumentam a 
vulnerabilidade desses profissionais. Este estudo tem como objetivo analisar as 
práticas de prevenção contra esses acidentes, identificar fatores de risco e 
propor estratégias de mitigação eficazes, além de avaliar a eficácia dos 
programas de treinamento e a adesão ao uso de EPIs. A base teórica inclui 
estudos científicos sobre segurança ocupacional e a Teoria do Cuidado de 
Enfermagem de Jean Watson, que enfatiza a importância de um ambiente 
seguro e humano para o cuidado adequado. A pesquisa pretende analisar a 
implementação e eficácia das políticas de segurança, a formação contínua dos 
profissionais, a disponibilização e uso de dispositivos de segurança, e a cultura 
de segurança institucional, identificando lacunas e propondo melhorias 
baseadas em evidências científicas para promover um ambiente de trabalho 
mais seguro para os enfermeiros. 
 
Palavras-chave: Materiais perfurocortantes. Profissionais de enfermagem. 
Area da saúde. 
 
 
1 Acadêmico do Curso de Enfermagem em Uniasselvi; E-mail: 
adriareginalopesalves@gmail.com,danileo1224@gmail.com,elizabethborges747@yahoo.com.b
r, ryandacostasilva532@gmail.com, vl7774923@gmail.com, mila.tahellem@gmail.com 
mailto:adriareginalopesalves@gmail.com
mailto:danileo1224@gmail.com
mailto:elizabethborges747@yahoo.com.br
mailto:elizabethborges747@yahoo.com.br
mailto:ryandacostasilva532@gmail.com
 
 1 INTRODUÇÃO 
 
A prevenção de acidentes com agulhas é uma questão crucial na área 
da enfermagem, visto que profissionais da saúde estão constantemente 
expostos a riscos de perfurações e consequentes infecções. Tais acidentes 
não apenas colocam em risco a saúde dos profissionais, mas também a dos 
pacientes, podendo causar infecções graves, como HIV e hepatites B e C. 
A importância desse tema se justifica pela alta incidência de acidentes 
ocupacionais envolvendo perfurocortantes entre profissionais da enfermagem. 
Esses incidentes resultam em significativas implicações para a saúde dos 
trabalhadores e aumentam os custos operacionais das instituições de saúde. 
Além disso, a conscientização e a implementação de práticas de prevenção 
adequadas são essenciais para assegurar um ambiente de trabalho seguro e 
eficiente. 
A problemática centra-se na frequente ocorrência de acidentes com 
agulhas entre profissionais da enfermagem, que muitas vezes resultam em 
contaminação por agentes patogênicos. A ausência de protocolos adequados 
de segurança, a falta de treinamento contínuo e o não uso de equipamentos de 
proteção individual (EPIs) contribuem para a vulnerabilidade desses 
profissionais. 
O objetivo deste estudo é analisar as práticas de prevenção contra 
acidentes com agulhas entre profissionais da enfermagem, identificando fatores 
de risco e propondo estratégias eficazes de mitigação. Pretende-se também 
avaliar a eficácia dos programas de treinamento e a adesão ao uso de EPIs. 
A base teórica deste estudo inclui a análise de normas 
regulamentadoras da saúde ocupacional, como as diretrizes da Norma 
Regulamentadora NR-32 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além de 
estudos científicos que abordam a segurança ocupacional na área da saúde. 
Serão considerados os princípios da biossegurança e a Teoria do Cuidado de 
Enfermagem de Jean Watson, que enfatiza a importância do ambiente seguro 
e humano para o cuidado adequado. 
Pretende-se analisar a implementação e a eficácia das políticas de 
segurança no trabalho, a formação contínua dos profissionais em práticas 
seguras, a disponibilização e o uso de dispositivos de segurança, bem como a 
cultura de segurança institucional. O estudo busca identificar lacunas 
existentes e propor melhorias baseadas em evidências científicas, visando a 
promoção de um ambiente de trabalho mais seguro para os profissionais da 
enfermagem. 
 
1.2 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO 
 
Este documento está dividido em: 
 Capitulo 1: aborda a introdução através da apresentação do tema, 
justificativa, problemática, objetivos, referencial teórico e o que se 
pretende analisar; 
 Capitulo 2: apresenta a fundamentação teórica 
 Capitulo 3: análise e discussões 
 Capitulo 4: reflexões finais 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
2.1 HISTÓRIA DAS AGULHAS 
 
O uso de agulhas como instrumentos médicos essenciais remonta à 
antiguidade. Até então as agulhas eram feitas de ossos, espinhos de cactos e 
outros materiais naturais. No entanto, no século 19, ocorreu uma invenção da 
agulha hipodérmica, que transformou a medicina moderna. O inventor da 
agulha hipodérmica é frequentemente atribuído ao médico escocês Alexander 
Wood em 1853. Uma seringa de vidro com uma agulha fina foi desenvolvida 
por Ele para atualização atualizada diretamente na corrente sanguínea. 
 
Agulha hipodérmica, sua etimologia: “hipo” tem sentido de baixo, sob, 
redução, inferior. Vem do grego “ὑπο” (hupo) e dérmica que é relativo 
à pele; agulha hipodérmica é uma ferramenta usada com objetivo de 
perfurar a pele e assim ter acesso ao interior dos seres vivos, 
alcançando células, músculos, veias e artérias. (CAVASSANA, 2017, 
p16). 
 
As agulhas hipodérmicas passaram por várias melhorias tecnológicas 
nos séculos seguintes. Embora fossem eficazes, as agulhas de vidro e de 
metal primitivas eram frágeis e difíceis de esterilizar. A introdução do aço 
inoxidável no final do século XIX e início do século XX melhorou a resistência e 
a durabilidade das agulhas. A invenção da seringa de plástico reciclável por 
Arthur E. Em 1949, Smith marcou um ponto de virada, facilitando a 
administração de medicamentos e melhorando o controle de infecções. 
Nas últimas décadas, a segurança dos profissionais de saúde tornou-se 
uma preocupação crescente, levando ao desenvolvimento de agulhas com 
dispositivos de segurança. Um grande avanço na prevenção de acidentes 
perfurocortantes foi a introdução de agulhas retráteis e agulhas com capuzes 
de proteção. Estas inovações protegem os pacientes e os profissionais de 
saúde da exposição a patógenos transmitidos pelo sangue. 
 
2.2 ACIDENTES COM AGULHAS 
 
Uma das principais causas de exposição ocupacional a patógenos 
transmitidos pelo sangue são acidentes com agulhas, que são eventos 
críticos no ambiente de saúde. Os enfermeiros estão sempre manipulando 
agulhas para administrar medicamentos, coletar amostras de sangue e realizar 
outras tarefas clínicas importantes, por isso esses acidentes ocorrem 
principalmente com eles. Os acidentes com agulhas geralmente resultam em 
perfurações inesperadas da pele causadas por agulhas que não foram usadas 
ou descartadas corretamente. Estes incidentes podem ocorrer ao administrar 
injeções, coletar sangue, descartar agulhas e até mesmo limpar e manusear 
equipamentos. 
 
Os acidentes com agulhas constituem sério problema nas instituições 
hospitalares, uma vez que as exposições percutâneas são as maiores 
responsáveis pela transmissão ocupacional de infecções sanguíneas 
para os profissionais de saúde. (BREVIDELLI et al., 2002, p.781). 
 
 
Os profissionais de enfermagem são expostos a uma variedade de 
patógenos durante os acidentes com agulhas. Os mais comuns e preocupantes 
são: 
 Hepatite B (HBV): Umdos patógenos mais infecciosos transmitidos pelo 
sangue. A vacinação pode prevenir a infecção, mas a exposição 
acidental ainda representa um risco significativo para aqueles não 
vacinados ou com imunidade insuficiente. 
 Hepatite C (HCV): Embora menos infecciosa que o HBV, a hepatite C 
não possui vacina, o que torna a prevenção de exposição ainda mais 
crucial. 
 Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): A exposição ao HIV através 
de acidentes com agulhas é um risco sério, apesar de menor em 
comparação com HBV e HCV em termos de probabilidade de 
transmissão. 
Administração de injeções, coleta de sangue e descarte de agulhas 
usadas são os momentos em que esses acidentes ocorrem mais 
frequentemente. Além dos riscos imediatos de infecção também podem causar 
problemas psicológicos para os profissionais, como estresse, ansiedade e, em 
casos graves, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). 
 
2.3 CAUSAS DO ACIDENTES COM AGULHAS 
O Ministério da Previdência Social define um acidente de trabalho como 
"aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou ainda, 
pelo exercício do trabalho dos seguros especiais, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que causa a morte, a perda ou redução da capacidade 
para o trabalho, permanente ou temporário" (1). Partindo disso, podemos 
pontuar que os acidentes com agulhas são uma ameaça significativa para os 
profissionais de saúde no local de trabalho, especialmente para os enfermeiros, 
que estão frequentemente expostos a esses instrumentos durante a atenção 
aos pacientes. 
Dentre os trabalhadores de saúde, o profissional de enfermagem tem 
se mostrado mais susceptível à vitimização por acidente 
perfurocortante devido ao grande número de tarefas que executam 
utilizando agulhas, cateteres e muitas vezes não utilizando 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (Silva et al., 2024). 
 
 
Para criar métodos para prevenir e mitigar os riscos associados a esses 
acidentes, é necessário compreender profundamente os elementos que são 
importantes para sua ocorrência. A compreensão desses aspectos permite a 
implementação de ações específicas que podem reduzir a frequência e a 
gravidade dos acidentes, criar um ambiente mais seguro e reduzir os efeitos 
negativos. 
 Complexidade do Ambiente Hospitalar: o ambiente hospitalar é 
altamente dinâmico e frequentemente caótico, exigindo que os 
enfermeiros gerenciem múltiplas tarefas simultaneamente, como 
administração de medicamentos, coleta de amostras, atendimento a 
emergências e cuidados diretos aos pacientes. 
 Turnos Longos e Exaustão: enfermeiros frequentemente trabalham 
turnos longos, muitas vezes estendendo-se por 12 horas ou mais. A 
exaustão resultante desses turnos prolongados reduz a capacidade de 
concentração e aumenta a probabilidade de erros. 
 Alta Demanda de Pacientes: em épocas de alta demanda, como surtos 
de doenças ou pandemias, os profissionais de enfermagem enfrentam 
uma carga de trabalho extraordinariamente alta. Isso pode levar à 
pressa na realização de procedimentos, aumentando o risco de 
acidentes com agulhas. 
 Treinamento Inadequado: a falta de treinamento adequado no uso 
seguro de agulhas e dispositivos médicos é um problema crítico. 
Profissionais de saúde sem formação suficiente podem desconhecer as 
melhores práticas de segurança e os protocolos para evitar acidentes. 
 Necessidade de Educação Continuada: tecnologia médica e os 
procedimentos de segurança evoluem constantemente. Sem programas 
de educação continuada, os profissionais de saúde podem ficar 
desatualizados em relação às novas práticas e dispositivos de 
segurança, aumentando o risco de acidentes. 
 Dispositivos sem Mecanismos de Segurança: uso de agulhas e seringas 
sem mecanismos de segurança, como agulhas retráteis ou com 
proteções, é uma causa significativa de acidentes. Esses dispositivos 
modernos são projetados para minimizar o risco de perfurações 
acidentais, mas muitas vezes não estão disponíveis ou são 
subutilizados. 
 Manutenção e Inspeção de Equipamentos: equipamentos médicos que 
não recebem manutenção adequada podem falhar em momentos 
críticos. Isso inclui seringas com defeitos ou recipientes de descarte que 
não são resistentes a perfurações. 
 Recipientes de Descarte Inacessíveis: a falta de recipientes de descarte 
adequados e acessíveis pode levar os profissionais de saúde a 
improvisarem no descarte de agulhas, aumentando o risco de 
perfurações acidentais. 
 Práticas de Descarte Inadequadas: mesmo com recipientes disponíveis, 
o uso inadequado ou a sobrecarga desses recipientes pode resultar em 
acidentes. Recipientes que não são esvaziados regularmente podem 
transbordar, expondo os profissionais ao risco de perfurações. 
 
vale ressaltar que, de acordo com Oliveira et al., 2013, p.36 a ocorrência 
dos acidentes também acontece como resultante da exposição ao risco 
ocupacional nas atividades laborais executadas pelos profissionais da saúde. 
Estes riscos se apresentam de forma multifatorial, abrangendo a todos os 
trabalhadores da saúde, inclusive aos da enfermagem. Sendo assim, é cabível 
pontuar que os acidentes com agulhas são uma preocupação séria de 
segurança ocupacional para os profissionais de saúde, especialmente para os 
enfermeiros já que eles estão na linha de frente da prestação de cuidados aos 
pacientes e frequentemente lidam com uma variedade de procedimentos que 
envolvem o uso de agulhas e outros dispositivos médicos afiados. 
 
Cabe sinalizar que esses trabalhadores se dedicam, muitas 
vezes, ao cuidado nas 24 horas do dia e realizam diversos tipos de 
procedimentos em pacientes agressivos, ansiosos, agitados e 
críticos; assim, podem encontrar dificuldades na execução segura de 
suas atividades laborais (Teles et al., 2016, p.65). 
 
Portanto, a combinação desses fatores - a complexidade do ambiente 
hospitalar, os turnos prolongados e a alta demanda de pacientes - torna os 
enfermeiros particularmente suscetíveis a acidentes com agulhas. É essencial 
que medidas de prevenção sejam implementadas para proteger a segurança e 
o bem-estar desses profissionais. 
 
2.4 FORMAS DE PREVENÇÃO 
 
De acordo com a autora Canalli et al um dos riscos do cotidiano da 
enfermagem, o risco de acidente com material biológico, vem recebendo 
grande atenção por parte dos pesquisadores devido às graves consequências 
que podem acarretar. Desse modo, na tentativa de reduzir a incidência de 
acidentes com agulhas, existem algumas formas de prevenção que são: 
 Técnicas de Manuseio Seguro: Ensinar métodos corretos de 
manipulação de agulhas, desde a preparação até a administração de 
injeções e coleta de sangue. 
 Descarte Adequado: Instruir sobre a importância do descarte imediato e 
correto das agulhas em recipientes apropriados. 
 Agulhas Retráteis: Essas agulhas retraem automaticamente após o uso, 
eliminando o risco de exposição a perfurações acidentais. 
 Agulhas com Capuzes de Proteção: Equipadas com capuzes que 
cobrem a agulha após o uso, essas seringas protegem contra 
perfurações acidentais. 
 Disponibilização de Recipientes de Descarte: Garantir que recipientes 
resistentes a perfurações estejam sempre acessíveis nos locais de 
trabalho. 
 Procedimentos Padronizados: Estabelecer e promover procedimentos 
padronizados para o manuseio e descarte seguro de agulhas. 
 Luvas Resistentes a Cortes: Luvas especialmente projetadas para 
prevenir perfurações e cortes, aumentando a segurança ao manusear 
agulhas. 
. Sendo assim, implementar essas estratégias de forma coordenada 
pode criar um ambiente de trabalho mais seguro para os profissionais de saúde 
reduzindo significativamente os riscos de acidentes perfurocortantes. Vale 
pontuar ainda que, reduzir os acidentes com agulhas é um esforço 
multifacetado que envolve tecnologia, educação, políticas institucionais, 
controles administrativos e usode EPIs 
 
Quanto às suas práticas, deve-se procurar minimizar os riscos o 
quanto for possível. Medidas simples, como a aderência às 
precauções padrão, realização dos procedimentos com segurança, 
utilização adequada dos EPIs e evitar a manipulação desnecessária 
de materiais perfurocortantes e material biológico, podem tornar as 
atividades diárias mais seguras. (Sassi et al., 2008, p.01). 
 
 
A aplicação conjunta dessas estratégias não apenas protege os 
profissionais de saúde, mas também melhora o atendimento aos pacientes, 
criando um ambiente mais eficiente e seguro. 
 
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO 
 
Os acidentes com agulhas são um grande perigo para os profissionais 
de saúde no local de trabalho, especialmente para os enfermeiros. Estes 
funcionários estão sempre sujeitos a perfurações inesperadas, que podem 
causar infecções graves como HIV e hepatites B e C. Para criar estratégias de 
prevenção eficazes e reduzir os riscos associados, é necessário entender os 
elementos que causam esses acidentes. A principal preocupação é a 
frequência de acidentes com agulhas entre enfermeiros, que frequentemente 
resultam na contaminação por substâncias patogênicas. A vulnerabilidade 
desses profissionais pode ser aumentada por protocolos de segurança 
inadequados, treinamento contínuo inadequado e não uso de EPIs. Como 
resultado, a análise das técnicas de prevenção de acidentes com agulhas, a 
identificação de fatores de risco e o desenvolvimento de planos de mitigação 
eficazes são essenciais. 
Os enfermeiros precisam gerenciar várias tarefas em um ambiente 
hospitalar complexo e dinâmico. Uma das principais causas dos acidentes com 
agulhas é esta sobrecarga de trabalho. Os enfermeiros costumam trabalhar 
turnos prolongados, frequentemente estendendo-se por 12 horas ou mais, o 
que leva à exaustão, a exaustão reduz a concentração e aumenta a 
probabilidade de erros. A carga de trabalho aumenta durante períodos de alta 
demanda, como surtos de doenças ou pandemias, o que leva os enfermeiros a 
realizar procedimentos de forma apressada e aumenta o risco de acidentes, 
essa realização apressada de procedimentos médicos pode ser causada pela 
alta demanda de pacientes e pela necessidade de atender rapidamente a um 
grande número de pessoas 
Outro fator importante que contribui para os acidentes é a falta de 
treinamento adequado sobre o uso seguro de agulhas e dispositivos médicos. 
Os profissionais de saúde que não recebem treinamento adequado podem não 
saber sobre as melhores práticas de segurança e protocolos de prevenção de 
acidentes. Como a tecnologia médica e os procedimentos de segurança 
mudam continuamente, é evidente que os programas de educação continuada 
são necessários. Os profissionais de saúde podem não estar atualizados sobre 
os novos dispositivos de segurança e práticas, aumentando o risco de 
acidentes. Para garantir que os profissionais estejam atualizados com as 
últimas práticas de segurança e dispositivos médicos, é essencial que eles 
recebam educação regular e formação contínua. 
Outro sim, é o uso de agulhas e seringas sem mecanismos de 
segurança, como agulhas retráteis ou com proteção, é um dos principais 
fatores que contribuem para os acidentes. Esses dispositivos modernos 
frequentemente não estão disponíveis ou não são usados suficientemente, 
apesar do fato de que foram desenvolvidos para reduzir o risco de perfurações 
acidentais. Além disso, a manutenção e inspeção inadequadas de 
equipamentos médicos podem causar falhas graves no momento do uso. Isso 
inclui recipientes que não são resistentes a perfurações e seringas que 
apresentam defeitos. 
Dessa forma, as políticas institucionais e os controles administrativos 
são muito importantes para evitar acidentes com agulhas. Para reduzir os 
riscos no local de trabalho, são necessários protocolos claros de manuseio e 
descarte de agulhas e uma cultura de segurança. Um ambiente de trabalho 
seguro pode ser garantido por meio da aplicação rigorosa dessas políticas e do 
monitoramento contínuo da conformidade. Além disso, medidas administrativas 
importantes para proteger os profissionais de saúde incluem rotação de turnos 
para evitar fadiga excessiva e fornecimento de EPIs adequados. É essencial 
também que os recipientes resistentes a perfurações devem estar sempre 
disponíveis e usados corretamente. Claras instruções sobre o descarte correto 
e imediato das agulhas podem ajudar a reduzir os riscos. A fim de evitar 
transbordamentos e exposições imprevistas, é imperativo que os recipientes de 
descarte sejam trocados e esvaziados com regularidade. 
Temos também uma forma de intervenção pós acidente, que é a 
profilaxia pós-exposição (PEP). Após o acidente, o profissional de saúde 
exposto deve procurar atendimento médico imediatamente e notificar a 
ocorrência. A avaliação do risco de transmissão do patógeno é crucial, 
considerando fatores como a natureza e a fonte do material biológico, a carga 
viral do paciente-fonte (se conhecida) e a gravidade da exposição. Em seguida, 
são realizados exames sanguíneos do paciente-fonte e do profissional de 
saúde exposto para determinar o status sorológico do paciente-fonte e a 
presença de possíveis patógenos transmissíveis. Com base nesses resultados, 
é estabelecido um plano de tratamento individualizado. A terapia antirretroviral 
pode ser prescrita em casos de exposição ao HIV, enquanto a imunização ativa 
(vacinação) pode ser considerada em situações de exposição ao vírus da 
hepatite B, caso o profissional de saúde não esteja imunizado. O início precoce 
da profilaxia pós-exposição (PEP) é fundamental para maximizar sua eficácia, 
portanto, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível após o 
acidente. Além disso, é importante fornecer suporte psicológico e 
monitoramento contínuo da saúde física e emocional do profissional de saúde 
exposto durante e após o período de profilaxia. A adesão rigorosa ao regime 
prescrito e o acompanhamento médico são essenciais para garantir a eficácia 
da profilaxia pós-exposição. 
Em resumo, uma abordagem abrangente é necessária para prevenir 
acidentes com agulhas entre enfermeiros. Essa abordagem inclui educação, 
tecnologia, políticas institucionais, controles administrativos e uso de EPIs. O 
uso conjunto dessas estratégias pode melhorar a segurança no local de 
trabalho e reduzir significativamente o risco de acidentes perfurocortantes. 
Essas medidas não apenas protegem os profissionais de saúde, mas também 
melhoram a segurança e a eficiência do cuidado aos pacientes. Para reduzir os 
riscos associados aos acidentes com agulhas, é importante criar um ambiente 
de trabalho seguro e seguir práticas de segurança baseadas em evidências. 
 
4 REFLEXÕES FINAIS 
 
Este estudo teve um impacto significativo para nossa formação 
acadêmica e profissional, fornecendo uma compreensão profunda sobre a 
importância da prevenção de acidentes com agulhas no ambiente de saúde. 
Através da análise detalhada das causas e das formas de prevenção, 
adquirimos conhecimentos essenciais sobre as práticas de segurança que são 
vitais para a proteção dos profissionais de enfermagem e dos pacientes. 
O objetivo principal do estudo foi analisar as práticas de prevenção 
contra acidentes com agulhas, identificar os fatores de risco e propor 
estratégias eficazes de mitigação. Além disso, buscou-se avaliar a eficácia dos 
programas de treinamento e a adesão ao uso de EPIs. Estes objetivos foram 
amplamente alcançados, conforme demonstrado pela identificação dos 
diversos fatores que contribuem para os acidentes, a análise das políticas 
institucionais e a proposição de medidas de prevenção baseadas em 
evidências. 
Para pesquisas futuras, seria útil obter informações mais detalhadas e 
abrangentes de várias instituições. Além disso, entrevistar profissionais de 
saúde para obter uma melhor compreensão de suas experiênciase problemas 
relacionados à segurança no trabalho seria também vantajoso. 
Os conhecimentos adquiridos serão de extrema importância para nossa 
prática profissional, permitindo-nos a adoção e promoção de práticas seguras 
no manuseio de agulhas e dispositivos médicos. Com a compreensão dos 
fatores de risco e das estratégias de prevenção, poderemos contribuir para a 
criação de um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente, reduzindo os 
riscos de acidentes perfurocortantes e protegendo tanto os profissionais de 
saúde quanto os pacientes. 
 
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