Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CADERNO LITERATURA 
ENEM 2009 a 2018 
 
24 novocadernoenem@gmail.com 
Os temas frequentes nas pinturas de Emmanuel 
Nassar são objetos banais, detalhes de artesa-
natos encontrados nas feiras da cidade de Be-
lém do Pará. O artista desloca elementos do 
campo da visualidade popular e suburbana para 
o campo da visualidade de suas pinturas. Ao 
traduzir esses elementos para as suas pinturas, 
o artista produz metáforas, onde essas imagens 
não se exaurem em si mesmas ou em conota-
ções socioculturais. Nassar valoriza a diversida-
de artística, seja ela popular ou erudita, por 
meio da inter-relação de elementos que se 
apresentam nas manifestações de vários grupos 
sociais. 
 
(MATTAR, Denise. Catálogo da Exposição: Emma-
nuel Nassar — A Poesia da Gambiarra. 
Rio de Janeiro: CCBB, 2003) 
 
Considerando-se as informações do texto e a 
pintura Arraial, do artista Emmanuel Nassar, 
percebe-se que: 
 
A) a figura contradiz a visão do texto quanto à 
utilização de elementos populares na pintura do 
artista. 
B) os elementos da visualidade popular são 
esquecidos pelo artista. 
C) o artista retrata em sua pintura o detalhe da 
fachada de um prédio histórico de Belém do 
Pará. 
D) tanto a pintura quanto o texto evidenciam 
que é irrelevante reconhecer o valor das mani-
festações populares. 
E) o artista retrata de maneira alegre os elemen-
tos presentes em um arraial, ressaltando o ar 
festivo de parque de diversões. 
 
 
Questão 59 (2009.3) 
 
Sou negro 
 
Solano Trindade 
 
Sou negro 
meus avós foram queimados 
pelo sol da África 
minh’alma recebeu o batismo dos tambores 
atabaques, gonguês e agogôs 
 
Contaram-me que meus avós 
vieram de Loanda 
como mercadoria de baixo preço 
plantaram cana pro senhor do engenho novo 
e fundaram o primeiro Maracatu 
 
Depois meu avô brigou como um danado 
nas terras de Zumbi 
Era valente como o quê 
Na capoeira ou na faca 
escreveu não leu 
o pau comeu 
Não foi um pai João 
humilde e manso 
 
Mesmo vovó 
não foi de brincadeira 
Na guerra dos Malês 
ela se destacou 
 
Na minh’alma ficou 
o samba 
o batuque 
o bamboleio 
e o desejo de libertação... 
 
(TRINDADE, Solano. Sou negro. In: Alda Beraldo. 
Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 90, v. 2) 
 
O poema resgata a memória de fatos históricos 
que fazem parte do patrimônio cultural do povo 
brasileiro e faz referência a diversos elementos, 
entre os quais, incluem-se: 
 
A) o trabalho dos escravos no engenho e a li-
bertação assinada pela coroa. 
B) o legado dos africanos no Brasil e a cerimô-
nia do batismo católico. 
C) a coragem e a valentia dos africanos e as 
suas brincadeiras. 
D) o espírito guerreiro, os sons e os ritmos afri-
canos. 
E) as batalhas vividas pelos africanos e o Car-
naval. 
 
 
Questão 60 (2009.3) 
 
 
Pintura Rupestre 
 
A arte é quase tão antiga quanto o ser humano. 
A função decisiva da arte nos seus primórdios 
foi a de conferir poder mágico: poder sobre a 
natureza, poder sobre os inimigos, poder sobre 
o parceiro de relações sexuais, poder sobre a 
realidade, poder exercido no sentido de um 
fortalecimento da coletividade humana. Nos 
alvores da humanidade, a arte pouco tinha a ver 
com a “beleza” e nada tinha a ver com a con-

Mais conteúdos dessa disciplina