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Gestão Tributária 1
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GESTÃO TRIBUTÁRIA
Gestão Tributária 1
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Amorim, Keliton, 2020.
Gestão Tributária - Jupiter Press - São Paulo/SP
27 páginas;
Palavras-chave: 1.Gestão; 2. Tributos; 3. Controle.
Gestão Tributária 2
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s
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................4
1. GESTÃO TRIBUTÁRIA ...............................................................................................................................5
2. IMPOSTOS SOBRE PRODUÇÃO, MERCADORIAS E SERVIÇOS .................................8
2.1 IMPOSTOS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS 
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E 
INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO .........................................................................8
2.2 IMPOSTOS SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS.........................................10
2.3 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA ...........................................13
3. IMPOSTOS SOBRE FATURAMENTO ..............................................................................................17
4. IMPOSTOS SOBRE PATRIMÔNIO E TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS ..............19
4.1 IMPOSTOS SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS 
AUTOMOTORES – IPVA ...................................................................................................................19
4.2 IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL 
URBANA – IPTU ....................................................................................................................................20
4.3 IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – ITR ..................22
4.4 IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS - ITBI ............................24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................27
*
* A navegação deste e-book por meio de botões interativos pode variar de funcionalidade dependendo de cada leitor de PDF.
Gestão Tributária 3
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INTRODUÇÃO
A abordagem da Gestão Tributária no meio empresarial é de relevante 
importância para o sucesso das empresas. Através dessa gestão é possível que os 
administradores consigam tocar seus negócios interpretando as leis pertinentes 
às suas atividades, pagando de forma correta seus impostos e reduzindo a carga 
tributária de forma lícita.
De certa forma a gestão tributária tem o papel fundamental de controle 
e de forma correta suas entradas e saídas financeiras e de produtos, sempre 
acompanhando as variações nas legislações, tanto na esfera Federal, quanto na 
Estadual e Municipal, procurando adequar-se da melhor forma possível para 
atender os requisitos impostos pelas instituições regulamentadoras.
Neste Ebook serão abordados os seguintes temas sobre gestão tributária, e 
que terá como objetivo Compreender os aspectos introdutórios de tributação, e 
suas principais formas de tributação, dentro do Contexto Brasileiro; Impostos sobre 
Produção, Mercadorias e Serviços; Impostos Sobre Patrimônio e Transferências 
Patrimoniais; Impostos sobre Faturamento; Simples Nacional e Impostos Sociais 
e Encargos Trabalhistas. 
Gestão Tributária 4
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1. GESTÃO TRIBUTÁRIA
Mas afinal o que é gestão tributária? Segundo o “Art. 3º Tributo, é toda 
prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada.”
Em forma geral, são os impostos e taxas que pagamos de forma autorizada 
por lei.
“Art. 5 Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação principal tem por fato gerador 
uma situação independente de qualquer atividade estatal específica relativa ao 
contribuinte”
Art. 77 e 78 - As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de 
polícia ou a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível, 
prestado ou colocado a disposição do contribuinte.
“Art. 81 A contribuição de melhoria cobrada pela União, Estados, Distrito 
federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, 
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo 
de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Logo, a gestão tributária tem papel fundamental de analisar, qualificar, 
quantificar esses tributos para que possamos reduzir nossos gastos de formas 
legais. E como podemos enquadrar nossa empresa, reduzindo os custos 
operacionais destas, para sermos mais competitivos no mercado.
E por que pagamos tributos?
Para que o estado preste serviços aos cidadãos na área da Segurança, Saúde, 
Educação, Previdência Social e Justiça, através de contribuição dos consumidores. 
Tributo é a forma de arrecadação do governo federal, estadual e municipal.
Gestão Tributária 5
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A carga tributária em modo geral inibe a competitividade de muitas empresas, 
com uma carga tributária menor, é possível que os empresários possam ter os 
melhores preços em seus produtos, tornando-os mais competitivos, já a carga 
tributária elevada obriga os empresários elevarem seus preços e tornando-os 
menos competitivos. 
Planejamento tributário é o processo de escolha de ações e condutas, não 
simuladas, anterior à ocorrência do fato gerador, realizada pelo contribuinte 
visando o menor pagamento de tributos legalmente possível. Analisa as condições 
das empresas, receitas brutas anuais, condição societária (microempresa) e 
enquadramento societário. Melhores opções sobre tributos.
Planejar está relacionado economia pagamento, num maior prazo, dentro da 
legalidade (não se referindo à esquemas ilegais).
Os elementos fundamentais do tributo conforme art. 4º do código tributário 
nacional diz respeito à: 
Fato gerador é a descrição Hipotética que ao se tornar realidade, gera 
obrigação tributária; 
Base de Cálculo é a derivação quantificada do fato gerador, que serve de 
base para obtenção de valor a ser pago pelo contribuinte para quitar o tributo; e 
Alíquota é o Percentual Aplicado sobre a base de cálculo para estabelecer o 
valor do tributo.
As obrigações tributárias recaem sobre os contribuinte e responsáveis, como 
segue:
Contribuinte – Sujeito obrigado por lei a pagar devido a sua relação direta e 
pessoal com o fato gerador.
Responsável – é o terceiro escolhido por lei para responder pelo tributo, 
quando há dificuldades para alcançar o contribuinte (substituição tributária) 
Exemplo: desconto de imposto do trabalhador, porém repassado pelas 
empresas.
A Elisão fiscal ocorre através do planejamento tributário, onde os gestores 
analisam métodos e medidas que possam contribuir para a redução da carga 
tributária. É a postura lícita do contribuinte na economia de tributos.
Exemplo: Brechas da Lei para diminuição tributária, planejamento tributário.
Gestão Tributária 6
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Em seguida, a Evasão Fiscal é o ato praticado durante ou posterior a incidência 
tributária, que se dá através de atos ilícitos como fraude, sonegação e simulação, 
tendo o objetivo de se furtar ao pagamento de tributos.
Exemplo: Ato ilícito contrário à lei de omitir tributo – sonegação tributária
Quanto à Elusão fiscal são os meios artificiosos e atípicos adotados para 
não pagar tributos, é o ato ilícito de simular ou fingir negociações ou atos não 
praticados para encobrir o verdadeiro negócio.
Ex: Simular atos que os isentem de pagar impostos.
Gestão Tributária 7
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2. IMPOSTOS SOBRE PRODUÇÃO,MERCADORIAS E 
SERVIÇOS
2.1 IMPOSTOS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL 
E DE COMUNICAÇÃO
O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação 
de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 
foi instituído pela Constituição de 1988 sendo um tributo de competência dos 
Estados e do Distrito Federal.
Conforme o Art.  155.  Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir 
impostos sobre:
 II -  operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda 
que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Seu fato gerador é a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transportes 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
Tendo como agentes ativos o Estado, que tem o papel de regulamentar 
e cobrar o tributo e como agente passivo a pessoa obrigada ao pagamento do 
tributo.
 Segundo a Lei Kandir, Nº 87 de 1996 contribuinte é qualquer pessoa, física 
ou jurídica que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito 
comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, sendo que: Importe 
mercadorias do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; Destinatária de serviço 
prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior (dos sujeitos 
ao ICMS); Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de 
petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização (quando não exista a figura do distribuidor); 
Adquira em licitação mercadorias apreendidas ou abandonadas.
Gestão Tributária 8
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Quanto a Imunidade do ICMS conforme nos apresenta os art.155,X,a,b,c, 
CF/88 c/c art. 3º LC 87/96, o ICMS não incide sobre as operações interestaduais 
destinadas à industrialização ou à comercialização de energia elétrica, petróleo, 
inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados. Esta 
imunidade não se aplica às operações com gás natural, a exportação e operações 
com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.
Base de Cálculo do ICMS segundo Art.13 da LC 87/96 é a grandeza sobre a 
qual se aplica a alíquota, o valor que se toma como base para o cálculo do imposto 
devido. Normalmente é o valor da operação. 
Importação - a soma das seguintes parcelas: 
• O valor da mercadoria ou bem 
• Imposto de importação (II) 
• Imposto sobre produtos industrializados (IPI) 
• Imposto sobre operações de câmbio (IOF)
• Quaisquer despesas aduaneiras 
• PIS e COFINS (por dentro) 
• ICMS (por dentro) 
Em relação às alíquotas, Segundo Constituição Federal – 88 CF, Art. 155 
determina que:
Nas Operações Internas, os estados têm competência para determinar suas 
alíquotas, e nas operações interestaduais estabeleceu as alíquotas mínimas e 
máximas, de que quando a operação for efetuada para pessoas não contribuintes 
do ICMS a alíquota a ser aplicada, será a interna de origem, quando a operação for 
realizada entre contribuinte de outro estado, a Constituição Federal estabelece 
divisão de receita do ICMS. 
Haverá tributação na origem e no destino, a cobrança é efetuada através do 
diferencial de alíquota entre a operação interestadual e a interna, abaixo tabela 
que demonstra as alíquotas de origem e destino onde serão comercializados as 
mercadorias e serviços.
Gestão Tributária 9
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Difal ou diferencial de alíquotas, é o resultado obtemos da diferença entre as 
alíquotas interna e interestadual de ICMS, cobradas nas vendas interestaduais de 
bens ou serviços destinados à consumidor final (contribuinte ou não do ICMS) 
que será recolhido aos cofres públicos. Este imposto, de competência estadual, 
deve ser calculado aplicando-se a seguinte fórmula:
ICMS de Origem = Base de Cálculo x Alíquota Interna
ICMS de Destino = (BC x Al. Interestadual) – ICMS de Origem
Quanto aos créditos de ICMS A compensação do ICMS pago nas aquisi-
ções com o que for devido nas saídas, desde que estas sejam tributadas. (Art. 155, 
Inciso II, § 2.º, I e II da CF/88). Como o ICMS é um imposto não cumulativo, a sis-
temática de funcionamento dá-se mediante a utilização do mecanismo dos dé-
bitos e créditos. Ressalte-se que a terminologia utilizada na explanação é a jurídi-
ca e não a contábil, visto que os bens e direitos em contabilidade são registrados 
como “débitos” e as obrigações como “créditos”, sentido exatamente contrário ao 
adotado no âmbito jurídico.
O contribuinte quando adquire um produto ou serviço que seja tributado 
pelo ICMS tomará como crédito o montante anteriormente cobrado. Em relação 
às vendas ou prestação de serviço serão tributadas pelo imposto gerará a forma-
ção de débito do imposto. Os débitos são obrigações dos contribuintes e estes 
deverão recolher os valores devido aos cofres públicos ou compensá-los com o 
montante de créditos obtidos das operações anteriores.
2.2 IMPOSTOS SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
O Imposto sobre Produtos Industrializados é de competência da União, é 
um Imposto federal que regulamenta a cobrança, administração, fiscalização e 
arrecadação sobre produtos industrializados, sendo cobrado pela RFB e admi-
nistrado pelo Tesouro Nacional e partilhado entre os Estados e Municípios. Sua 
previsão legal está no Artigo 153, IV da Constituição.
Gestão Tributária 10
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O IPI tem como características principais a Seletividade que é a diferença dos 
produtos que são mais essenciais e menos essenciais, quanto mais essencial o 
produto, menor deve ser a carga tributária de IPI a ele imposta. Outra característica 
importante é o sistema Não Cumulativo, que Permite-se a apropriação de crédito 
pelo adquirente do produto e o uso deste crédito (direito à compensação futura) e 
por fim ele é classificado como um imposto por dentro onde as alíquotas incidem 
sobre o preço dos produtos e em seguida adicionada ao valor deste produto.
O fato gerador e os contribuintes do IPI dão-se a partir das movimentações 
como o desembaraço aduaneiro do produto de procedência estrangeira 
(Importação/exportação) e a saída de produto do estabelecimento industrial 
ou equiparada a industrial (industrialização). Segundo o artigo 4º do Decreto 
nº 7.121/2010, Regulamento do IPI (“RIPI”), qualquer operação que modifique 
a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do 
produto, ou aperfeiçoamento para consumo, caracteriza-se como industrialização 
e, portanto, enseja a incidência do IPI.
Porém o processo de industrialização passa por várias etapas, dentre elas:
O processo de transformação que a atividade exercida sobre matérias-
primas ou produtos intermediários e resulte a obtenção de espécie nova;
Beneficiamento que é o ato que importe em modificar, aperfeiçoar ou, 
de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a 
aparência do produto;
Processo de montagem que consista na reunião de produtos, peças ou 
partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a 
mesma classificação fiscal, 
O acondicionamento ato de importe e alteração a apresentação do produto, 
pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo 
quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria; e
Renovação ou recondicionamento que é a atividade exercida sobre produto 
usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou 
restaure o produto para utilização.
Gestão Tributária 11
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Tendo a Não Cumulatividade como uma das características do IPI, 
é   atribuído ao contribuinte, do imposto relativo a produtos entrados no seu 
estabelecimento, paraser abatido do que for devido pelos produtos dele saídas, 
dentro do mesmo período. O direito ao crédito é atribuído para anular os débitos 
dos impostos referente aos produtos de saídas do estabelecimento e a este 
devolvidos ou retornados.
Segundo Rezende, 2014 a classificação dos Débitos e Créditos são:
 Débitos
 – Valor total da operação de que decorrerá a saída do estabelecimento 
industrial ou equiparado a industrial de produtos nacionais.
 – Produtos estrangeiros - o valor que servir ou que serviria de base para o 
cálculo dos tributos aduaneiros ou o valor total da operação de que decorrerá a 
saída do estabelecimento equiparado a industrial.
Créditos 
– Imposto relativo a matérias-primas, produtos intermediários e material de 
embalagem, adquiridos para emprego na industrialização de produtos tributados; 
– Matérias - primas, produtos intermediários e material de embalagem, 
quando recebidos ou remetidos a terceiros para industrialização sob encomenda, 
sem transitar pelo estabelecimento adquirente 
– Desembaraço aduaneiro 
– Bens de produção recebidos por comerciantes equiparados a industrial
A Base de Cálculo do IPI variam de acordo com a incidência dos produtos, no 
caso dos produtos importados será o valor da mercadoria importada, acrescido 
do Imposto de Importação e demais taxas cobradas por ocasião da entrada do 
bem estrangeiro no País, no caso da industrialização será o valor atribuído pelo 
estabelecimento industrial na saída do produto.
Fotografia 12: Ilustração para retratar uma profissional docente.
Fonte: freepik.com
Gestão Tributária 12
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2.3 IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER 
NATUREZA
O ISSQN também chamado de ISS é um imposto de competência municipal 
constituído pelo artigo 156, III da Constituição Federal. Conforme redação:
O Inciso III do Art. 156 da CF/88 , abaixo transcrito, permite aos Municípios 
instituir imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no 
artigo 155,II, definidos em Lei Complementar. Por tratar-se de tributo municipal, 
cabe à lei ordinária de cada Município, ou do Distrito Federal, regular a matéria. 
Diferentemente do IPTU e ITBI, no âmbito do ISSQN há lei complementar 
dispondo sobre normas gerais pertinentes ao ISSQN , que é a Lei Complementar 
116/2003.
 “ Art.156. Compete aos Municípios instituir imposto sobre: 
(...)
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no artigo 155, II, 
definido em lei complementar. 
Parágrafo III Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo 
cabe à Lei Complementar: 
I - Fixar as suas alíquotas máximas e mínimas; 
II - Excluir sua incidência exportações de serviços para o exterior; 
III - Regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios 
fiscais que serão concedidos ou revogados.”
Obrigações Tributárias do ISS 
O Código Tributário Nacional divide a obrigação tributária em duas partes 
distintas: principal e acessória. 
A obrigação tributária é principal quando os atos praticados resultam no 
pagamento do tributo ou de penalidade pecuniária (artigo 113, parágrafo 1º do 
CTN). 
Gestão Tributária 13
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A obrigação é acessória quando implica no cumprimento das obrigações 
que constituam interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (artigo 
113, parágrafo 2º, do CTN). São exemplos: emissão de Notas Fiscais, entrega de 
guias etc.
Sujeitos Ativos e Passivos do ISS 
Sujeito Ativo - Municípios que são responsáveis e têm a obrigação de 
recolher e de prestar informações a respeito do tributo.
   Sujeito Passivo 
I) Contribuinte: nos casos em que tiver relação pessoal e direta com a 
situação que constitua o fato gerador. Contribuinte, portanto, é aquele que enseja 
a ocorrência do fato gerador, sendo no caso do ISSQN o prestador de serviço 
(artigo 121, I, do CTN); 
II) Responsável: aquele que, mesmo sem revestir a condição de contribuinte 
(não ensejando a ocorrência do fato gerador), veja-se obrigado ao recolhimento 
do tributo em decorrência de disposição legal (artigo 121, II, do CTN), sendo 
necessário observar quando deverá realizar a retenção na fonte do ISSQN.
Fato Gerador e Incidência 
Segundo ocorre o fato gerador do ISS na prestação dos serviços constantes 
na lista de serviços anexa à Lei Complementar n° 116 de 31 de julho de 2003, ainda 
que não constitua a atividade preponderante do prestador.
O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do País ou 
cuja prestação tenha se iniciado no exterior do País. 
O ISS incide sobre os serviços prestados mediante a utilização de bens e 
serviços públicos explorados economicamente mediante autorização, permissão 
ou concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do 
serviço.
Não Incidência 
  De acordo com o artigo 2º da LC 116/03, o imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do País;
II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores 
Gestão Tributária 14
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avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal 
de sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-
delegados; 
III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor 
dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a 
operações de crédito realizadas por instituições financeiras. 
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I os serviços 
desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento 
seja feito por residente no exterior.
Local de Prestação do Serviço conforme art. 3o  da Lcp 116/2003 - O serviço 
considera-se prestado, e o imposto, devido, no local do estabelecimento prestador 
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto nas 
hipóteses previstas nos incisos I a XXV, quando o imposto será devido no local.
Exceções previstas nos incisos I a XXII do artigo 3° da LC 116/03:
I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço ou, na falta de 
estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na hipótese do § 1º do art. 1º desta 
Lei Complementar;
II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas, no 
caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da lista anexa; 
III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no subitem 7.02 e 
7.19 da lista anexa;
Contribuinte segundo o artigo 5 da LC 116/03, prevê que os contribuintes do 
ISSQN são os prestadores do serviço, podendo ser pessoa física ou jurídica.
Base de Cálculo de acordo com artigo 7º da LC 116/03, a base de cálculo 
do Imposto é o preço do serviço, como tal considerada a receita bruta a 
ele correspondente, sem nenhuma dedução, excetuados os descontos ou 
abatimentos concedidos independentemente de qualquer condição.
Gestão Tributária 15
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Não se incluem na base de cálculo do Imposto, Sobre Serviços de Qualquer 
Natureza: O valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos 
nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta LC 116/03.
Alíquota conforme o artigo 8 da LC 116/03, às alíquotas máximas aplicáveis 
são de 5% sobre o valor do serviço prestado.
A alíquota mínima fixada em 2% está prevista na Emenda Constitucional 
37/2002. 
Gestão Tributária 16
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3. IMPOSTOS SOBRE FATURAMENTO
A compreensão real do que significa PIS/COFINS é imprescindível para 
garantir e ordenar a situação tributária de uma entidade, especialmente perante 
ao FISCO. A previsão legal do PIS/COFINS conceitua-se em regime cumulativo 
e não cumulativo, conforme abaixo:
 PIS/COFINS no Regime Cumulativo segundo a Lei 9.718/98 
Art. 2°. As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas 
jurídicas de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, 
observadasa legislação vigente e as alterações introduzidas por esta Lei. 
Art. 3°. O faturamento a que se refere o art. 2º compreende a receita bruta de 
que trata o art. 12 do Decreto-Lei no 1.598.
Decreto-lei 1.598/1977,  Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 
II - o preço da prestação de serviços em geral; 
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; 
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não 
compreendidas nos incisos I a III.
PIS/COFIN Regime Não Cumulativo segundo a Lei 10.637/2002
Art. 1° A Contribuição para o PIS/Pasep, com a incidência não cumulativa, 
incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
Segundo a Lei 10.833/2003, o Art. 1° A Contribuição para o Financiamento 
da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não cumulativa, incide sobre 
o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de 
sua denominação ou classificação contábil.
Base de Cálculo e Fato Gerador 
O fato gerador relaciona-se à ocorrência de venda de mercadoria ou 
prestação de serviços, ou seja, o Faturamento e Receita Bruta da Pessoa Jurídica.
Gestão Tributária 17
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Alíquotas e Incidência PIS/COFINS 
Regime de Incidência Cumulativa as alíquotas são aplicadas ao valor da 
receita bruta, ajustada por algumas exclusões permitidas na legislação, em geral 
relacionadas a itens que não se configuram receitas (devoluções, abatimentos, 
reversões de provisões). 
Regime de Incidência Não Cumulativa as alíquotas são aplicadas à receita 
ajustada na mesma forma da base cumulativa, mas permite-se também que 
o contribuinte reduza o valor da contribuição devida no montante relativo à 
mesma alíquota aplicada aos valores de compras de bens para revenda, insumos 
utilizados na produção de produtos ou serviços, e as despesas e custos com 
energia elétrica, aluguéis, arrendamento, depreciação e amortização, dentro das 
condições estabelecidas na legislação. 
Regime Cumulativo 
PIS no Regime Cumulativo – 0,65%
COFINS no Regime Cumulativo – 3%
Pessoas jurídicas de direito privado, que apuram o IRPJ com base no Lucro 
Presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa.
 Regime Não Cumulativo 
PIS no Regime Cumulativo – 1,65%
COFINS no Regime Cumulativo – 7,60%
Pessoas jurídicas de direito privado, que apuram o IRPJ com base no Lucro 
Real estão sujeitas à incidência não cumulativa.
Gestão Tributária 18
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4. IMPOSTOS SOBRE PATRIMÔNIO E TRANSFERÊNCIAS 
PATRIMONIAIS
4.1 IMPOSTOS SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS 
AUTOMOTORES – IPVA
O IPVA é um imposto estadual constituído conforme se extrai do art. 155, III, 
CF/88, aos Estados e ao Distrito Federal foi atribuída competência para instituir o 
IPVA, o qual incide sobre a propriedade de veículos automotores.
O Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos 
sobre (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993):
III - Propriedade de Veículos Automotores. 
Propriedade: direito subjetivo de usar, gozar e dispor do bem e o direito de 
retomá-lo de quem injustamente o possua;
Veículo Automotor: aquele dotado de mecanismo de propulsão própria 
e que sirva para o transporte de pessoas ou coisas ou para a tração de veículos 
utilizados para o transporte de pessoas ou coisas.
Incidência 
Segundo o Recurso Extraordinário do STF nº 525.382/2013, não incide 
o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) Aeronave e 
embarcações.
Obrigação Tributária 
SUJEITO ATIVO: Estado ou Distrito Federal em que estiver registrado o 
veículo automotor
SUJEITO PASSIVO: proprietário do veículo automotor
Segundo Carvalho, 2014, a tributação do IPVA pode recair, unicamente, sobre 
a pessoa que age como titular do domínio e da posse, na qualidade de elementos 
inerentes à propriedade.
  O IPVA foi criado em substituição à Taxa Rodoviária Única (TRU), Decreto-
Lei nº 999/69.
 A partição do IPVA está de acordo com Art. 158 CF/88 que diz que pertencem 
aos Municípios:
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado 
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sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
Período de Recolhimento segundo o Art. 142 lei nº 5.172/66. Compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar 
a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
O Recolhimento a partir do dia 1º de janeiro de cada exercício (veículos 
usados), Data de aquisição (veículos novos) e Desembaraço aduaneiro (veículos 
importados) 
Base de Cálculo e Alíquota é o Valor venal do Veículo Automotor e a tabela 
divulgada pelos estados, a partir da Marca, Modelo e Ano de Fabricação
As Alíquota Segundo Art. 155 § 6º CF/88:
I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização
Isenção segundo a Lei 13.296/08. Artigo 13 - É isenta do IPVA a propriedade:
III - de um único veículo adequado para ser conduzido por pessoa com 
deficiência física.
4.2 IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL 
URBANA – IPTU
O IPTU é um tributo de competência municipal, e está previsto no art. 156 da 
CF/1988 discorre da seguinte forma:
Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - Propriedade predial e territorial urbana.
Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em 
lei municipal conforme o art. 32 CTN § 1º:
I - Meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - Abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - Rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição 
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domiciliar; 
V - Escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado. 
Sendo o IPTU uma taxa cobrada sobre um imóvel ou terreno, cujo valor integra 
à uma das receitas municipais a obrigação tributária relaciona-se ao proprietário, 
domínio útil e posse.
Proprietário – aquele que consta no registro do imóvel ; 
Domínio útil – enfiteuta ou Direito de Superfície; disponibilidade econômica 
sobre o bem imóvel. 
Posse – qualquer pessoa que exerce de fato alguns poderes inerentes à 
propriedade. 
Os sujeitos Ativos e Passivos referente às obrigações tributárias do IPTU são 
definidos como:
Sujeito Ativo = município da localização do bem responsável por cobrar o 
tributo. 
Sujeito Passivo = é o proprietário, o titular do domínio útil e o possuidor a 
qualquer título – art. 34 CTN. O que pagará o tributo
Segundo o Art. 34 CTN. O contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, 
o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. 
O Fato Gerador de acordo com o Art. 32 CTN O imposto, de competência 
dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato 
gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza 
ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do 
Município. 
A Base de Cálculo de acordo com o Art. 33 CTN. A base do cálculo do imposto 
é o valor venal do imóvel. 
Segundo Bonifácio, 2017, “Valor Venal = Preço do imóvel em condições 
normais de venda. Hoje as prefeituras usam a PLANTA GENÉRICA para obter o 
valor do imóvel, pela localização, metragem, uso do imóvel, tempo de construção 
= valor do m2 do imóvel. Este método precisa ser regulado em lei, pois pode alteraro BC.”
Alíquota é um índice percentual que incide sobre a base de cálculo e 
determinará o quanto será pago para fins de imposto. As alíquotas do IPTU 
deverão ser fixadas pelo Município, cabendo apenas a lei municipal respeitar os 
princípios constitucionais tributários. 
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4.3 IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL – ITR
O ITR é previsto constitucionalmente, através do inciso VI do artigo 153 da 
Constituição Federal.
A Redação Compete à União instituir impostos sobre::
VI - Propriedade predial e territorial urbana.
O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, 
tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por 
natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada 
ano. Considera-se imóvel rural a área contínua, formada de uma ou mais parcelas 
de terras, localizada na zona rural do município.
O aspecto material do imposto territorial rural de acordo com a Lei nº 9.393/96 
é a propriedade, o domínio útil, ou a posse de imóvel rural por natureza. 
Propriedade - direito real, que dá a uma pessoa (denominada então 
“proprietário”) a posse de uma coisa, em todas as suas relações.
Domínio útil - É titular do domínio útil aquele que adquiriu o imóvel rural;
Posse - É o possuidor a qualquer título, aquele que tem a posse plena do 
imóvel rural, sem subordinação (posse com animus domini), seja por direito 
real de fruição sobre coisa alheia, como ocorre no caso do usufrutuário, seja por 
ocupação, autorizada ou não pelo Poder Público.
Imunidade 
As regiões e os municípios a que faz jus ao gozo da imunidade estão 
relacionados no Anexo I a esta Instrução Normativa SRF nº 256/2002 Instituições 
de educação e de assistência social, sem fins lucrativos desde que:
• Não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a 
qualquer título;
• Aplicar integralmente, no País, seus recursos na manutenção e 
desenvolvimento dos seus objetivos institucionais;
• Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços 
prestados; 
As Isenções Segundo Instrução Normativa SRF nº 256/2002
O imóvel rural compreendido em programa oficial de reforma agrária, 
Gestão Tributária 22
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caracterizado pelas autoridades competentes como assentamento, que, 
cumulativamente, atenda aos seguintes requisitos:
• Seja explorado por associação ou cooperativa de produção;
• A fração ideal por família assentada não ultrapasse os limites da pequena 
gleba rural, fixados no § 1º do art. 2º da IN 256/02; e
• O assentado não possua outro imóvel; 
A Obrigação Tributária de acordo com o art. 119 do Código Tributário Na-
cional estabelece que o sujeito ativo da obrigação é o titular da competência para 
lançar e cobrar o tributo, aquele que detém a competência para exigir o adimple-
mento da obrigação.
Sujeito Ativo - Cobrança pelos Municípios que assim optarem, na forma da 
lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de re-
núncia fiscal.
Sujeito Passivo - O contribuinte do ITR é a pessoa física ou jurídica, inclusive 
condômino ou co-possuidor, proprietário do imóvel rural ou titular do domínio 
útil.
Fato Gerador do ITR Incide Segundo Lei n.º 8.629, de 25 de fevereiro de 
1993, artigo 4.º, inciso I).
❏ Sobre imóveis rurais.
Imóvel rural é uma área formada de uma ou mais matrículas de terras contí-
nuas, do mesmo detentor (seja ele proprietário ou posseiro), podendo ser locali-
zada tanto na zona rural quanto urbana do município. O que caracteriza o imóvel 
rural para a legislação agrária é a sua “destinação agrícola, pecuária, extrativa ve-
getal, florestal ou agroindustrial.”
De acordo com o artigo 32 do CTN O imposto, de competência dos Muni-
cípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a 
propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por aces-
são física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. 
Em relação a Base de Cálculo
Gestão Tributária 23
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• A base de cálculo do ITR é o Valor da Terra Nua Tributável (VTNt). 
• O valor do ITR a ser pago, é obtido mediante a multiplicação do VTNt pela 
alíquota correspondente, considerados a área total e o grau de utilização 
(GU) do imóvel rural. 
O Valor da Terra Nua (VTN) é o valor de mercado do imóvel rural, excluídos 
os valores de mercado relativos a:
I - construções, instalações e benfeitorias;
II - culturas permanentes e temporárias;
III - pastagens cultivadas e melhoradas;
IV - florestas plantadas.
Grau de utilização é a relação percentual entre a área efetivamente utilizada 
pela atividade rural e a área aproveitável do imóvel rural, constitui critério, junta-
mente com a área total do imóvel rural, para a determinação das alíquotas do ITR. 
4.4 IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS - ITBI
 O ITBI é um tributo de competência municipal que é pago quando ocor-
re uma transação imobiliária. A oficialização do processo de compra e venda só 
será efetivamente realizada após o seu acerto, sendo que, sem a confirmação de 
pagamento do tributo, o imóvel não pode ser transferido e a documentação é 
embargada.
De Acordo com Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
II - transmissão “intervivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, 
por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de ga-
rantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
Previsto na Constituição Federal, este imposto é cobrado apenas quando 
ocorre a transmissão de posse de um imóvel envolvendo pessoas vivas. Quando 
há sucessão por meio do falecimento ou doação, é cobrado o ITCMD (Imposto 
sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação).
Gestão Tributária 24
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Barreto 2015,a predefinição constitucional desse imposto, convém ressal-
tar, não é o só ato ou negócio jurídico apto à transmissão de propriedade, assim 
como não é o só ato jurídico da transcrição, mas o fato-efeito de transmissão imo-
biliária, resultante da conjugação desses dois fatos
Obrigação Tributária
Sujeito Ativo - A competência tributária para a instituição do ITBI pertence 
aos Municípios, por força do disposto no art. 156, lI, da Constituição vigente, que 
devem exercê-la nos limites fixados pelo respectivo texto legal e pelo que consta 
do Código Tributário Nacional, arts. 35 a 41, feitas as devidas adaptações em face 
da cisão entre o ITBI e o Imposto de Transmissão Causa Mortis, ambos previstos 
nos mesmos artigos citados.
Sujeito passivo – Segundo o art. 42 do CTN delega à lei ordinária a definição 
do contribuinte do imposto. 
a) os adquirentes dos bens ou direitos transmitidos
b) os cedentes, nas cessões de direitos decorrentes de compromissos de 
compra e venda. Neste imposto.
Fato Gerador é, genericamente, a transmissão, por ato oneroso, de bens 
imóveis, excluindo-se a sucessão (causa mortis), ou seja, sua indecência dá-se 
transmissão de propriedade de um bem imóvel de uma pessoa para outra, com-
preendidas como a compra e venda.
De acordo com o Direito Civil vigente, a propriedade imobiliária transmite-
-se com o respectivo registro no Cartório de Registro de Imóveis competente. 
Portanto, apenas nesta ocasião é que poderá ser exigido o tributo. 
Sendo o imposto da competência dos municípios, o local da ocorrência do fato 
gerador é o do município onde se localiza o imóvel objeto de transmissão, ou ao 
qual está ligada a cessão de direitos.
Gestão Tributária 25
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Base de Cálculo
A Base de cálculo do ITBI é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. (CTN, 
art. 38). Embora até possa parecer desnecessário, cabe ressaltar que, em caso de 
cessão de direitos relativos à aquisição de imóveis, a base de cálculo refere-seao 
valor venal (o valor de mercado) dos direitos cedidos, e não do imóvel envolvido 
na transação. O valor venal é possível consultar nos sites das prefeituras, além do 
valor leva-se em consideração os valores de negócio, valor negociado e o valor 
referencial o valor que é atribuído pelas prefeituras.
 
Alíquota do ITBI
A alíquota para calcular o valor do imposto a ser pago varia de cidade para 
cidade, podendo chegar até 3% sobre a base de cálculo das transações realizadas, 
podendo ser consultada no site das prefeituras.
Exemplos:
1 - Duas pessoas realizam a transação de compra e venda direta de um imóvel 
cujo valor venal é de R$ 350.000 e alíquota do ITBI é de 3%, qual seria o valor do 
ITBI a recolher aos cofres públicos sobre a transferência de um imóvel?
ITBI = R$ 350.000 x 3% = R$ 10.500,00
Logo o valor a ser recolhido de ITBI para transferir o imóvel será de R $10.500.
  2 - Vamos supor que o imóvel foi vendido por R$ 600 mil, mas tem valor venal 
de R$ 450 mil e valor de referência de R$ 700 mil. A prefeitura vai utilizar o maior 
valor para base de cálculo, ou seja, neste caso o valor de referência é R$ 700 mil.
Sobre os R$ 700 mil é aplicada a alíquota de 3%, que resultará em R$ 21 mil.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA JUNIOR, Armando Álvares. Tributação no comércio internacional.
2. ed. Lex/Aduaneiras, 2005.
CASSONE, Vittorio. Direito tributário: fundamentos constitucionais da
tributação, classificação dos tributos, interpretação da legislação tributária,
doutrina, prática e jurisprudência. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
HARADA, Kiyoshi. Direito financeiro e tributário. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MACHADO, Hugo de Brito. Curso de direito tributário. 31 ed. São Paulo:
Malheiros, 2010. Lei Complementar No 87, de 13 de Setembro de 1996. 
Disponível
em 
Lei Complementar No 116, de 31 de Julho de 2003. Disponível em: 
Lei No 9.718, de 27 de Novembro DE 1998. Disponível em: 
Lei No 10.833, de 29 de Dezembro de 2003. Disponível em: 
Lei No 5.172, de 25 de Outubro de 1966. Disponível em: 
Decreto No 7.212, DE 15 DE JUNHO DE 2010. Disponível em ,
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Desenho Instrucional: Veronica Ribeiro
Supervisão Pedagógica: Laryssa Campos
Revisão pedagógica: Camila Martins 
Design editorial/gráfico: Trayce Melo
2021
	Sumário
	Introdução
	Introdução
	1. Gestão Tributária
	2. Impostos sobre Produção, Mercadorias e Serviços
	2.1 Impostos à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação
	2.2 Impostos sobre Produtos Industrializados
	2.3 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
	3. Impostos sobre Faturamento
	4. Impostos sobre Patrimônio e Transferências Patrimoniais
	4.1 Impostos sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA
	4.2 Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU
	4.3 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR
	4.4 Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI
	Referências bibliográficas
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