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A luta antimanicomial é um movimento social e político que busca a transformação da abordagem e do tratamento dado às pessoas com transtornos mentais. Ela se originou no Brasil e tem como objetivo principal a superação do modelo manicomial, que era caracterizado pela internação em hospitais psiquiátricos, isolamento social, e frequentemente por práticas desumanas e violações dos direitos humanos. Aqui está um breve histórico e caracterização desse tema:
Histórico:
· Década de 1970: A luta antimanicomial teve suas raízes no Brasil durante o movimento de redemocratização do país, com influências do movimento psicanalítico e da contracultura da época. Nesse período, houve uma crescente crítica ao modelo psiquiátrico tradicional e à internação compulsória de pessoas com transtornos mentais.
· Década de 1980: O ano de 1987 marcou um marco importante com a realização do "I Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental", que reuniu profissionais, usuários e familiares para discutir a desinstitucionalização e a reforma psiquiátrica.
· Década de 1990: O movimento ganhou força com a promulgação da Lei 10.216, conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica, em 2001. Essa lei estabeleceu diretrizes para o tratamento de transtornos mentais, promovendo a desospitalização e a inclusão social de pessoas com sofrimento mental.
Caracterização:
· Desinstitucionalização: Um dos pilares da luta antimanicomial é a desinstitucionalização, que envolve o fechamento gradual de hospitais psiquiátricos e a substituição por serviços de saúde mental comunitários, visando a reintegração dos pacientes à sociedade.
· Valorização da autonomia: A luta antimanicomial preza pela autonomia e participação ativa das pessoas com transtornos mentais em seu tratamento e na tomada de decisões sobre sua vida.
· Redução do estigma: Busca reduzir o estigma associado às doenças mentais, combatendo a discriminação e promovendo uma compreensão mais ampla dos transtornos mentais como condições de saúde que podem afetar qualquer pessoa.
· Atenção integral à saúde mental: A abordagem antimanicomial defende uma visão ampla da saúde mental, não limitada ao uso de medicamentos, incluindo ações de promoção da saúde, prevenção, e tratamento psicossocial.
· Intersetorialidade: Reconhece a necessidade de parcerias entre diversos setores, como saúde, educação, trabalho, assistência social, para oferecer um suporte abrangente às pessoas com transtornos mentais.
· Inclusão social: A luta antimanicomial busca a inclusão das pessoas com transtornos mentais na sociedade, incentivando sua participação na comunidade, no trabalho, na cultura e em todas as esferas da vida.
Em resumo, a luta antimanicomial é um movimento que visa transformar a abordagem da saúde mental, promovendo uma sociedade mais inclusiva e consciente dos direitos das pessoas com transtornos mentais. Ela tem se expandido para além das fronteiras do Brasil e influenciado políticas de saúde mental em todo o mundo.
A luta antimanicomial está intrinsecamente ligada à ética, uma vez que busca promover uma abordagem mais humanizada e respeitosa para com as pessoas com transtornos mentais, defendendo seus direitos e dignidade. Abaixo, você encontrará um histórico e caracterização do tema da luta antimanicomial e sua relação com a ética:
Histórico:
· A luta antimanicomial teve origem no Brasil na década de 1970, durante o período de redemocratização do país. Nessa época, a crítica ao modelo manicomial, que envolvia a internação prolongada em hospitais psiquiátricos, frequentemente em condições desumanas, começou a ganhar força.
· Em 1987, foi realizado o "I Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental", que reuniu profissionais, usuários e familiares em torno da discussão da desinstitucionalização e da reforma psiquiátrica.
· A Lei 10.216, promulgada em 2001, conhecida como a Lei da Reforma Psiquiátrica, foi um marco importante, estabelecendo diretrizes para o tratamento dos transtornos mentais e promovendo a desospitalização, o tratamento comunitário e a inclusão social.
Caracterização:
· Respeito à Dignidade e Autonomia: A ética da luta antimanicomial enfatiza o respeito à dignidade das pessoas com transtornos mentais, reconhecendo sua autonomia e capacidade de participar das decisões sobre seu tratamento e vida.
· Redução do Estigma e Discriminação: A luta antimanicomial busca reduzir o estigma associado às doenças mentais, combatendo a discriminação e promovendo uma visão mais compreensiva das pessoas com transtornos mentais.
· Atenção Integral e Multidisciplinar: Uma abordagem ética na luta antimanicomial envolve a prestação de cuidados de saúde mental que são holísticos, incluindo aspectos psicológicos, sociais, culturais e econômicos. Isso demanda a colaboração de uma equipe multidisciplinar.
· Inclusão Social: A ética da luta antimanicomial promove a inclusão das pessoas com transtornos mentais na sociedade, estimulando sua participação nas comunidades, no trabalho e nas atividades culturais.
· Respeito aos Direitos Humanos: A luta antimanicomial está fundamentada na defesa dos direitos humanos, incluindo o direito à saúde, à liberdade e à igualdade.
· Transparência e Accountability: A ética também exige transparência e responsabilidade por parte dos profissionais de saúde mental e das instituições na prestação de cuidados.
A relação entre a luta antimanicomial e a ética está profundamente enraizada na busca por uma prática de saúde mental que trate as pessoas com dignidade, respeito e igualdade. Ela rejeita a ideia de que as pessoas com transtornos mentais devem ser excluídas ou segregadas da sociedade e defende a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.
Parte superior do formulário
A luta antimanicomial é um movimento social e político que busca transformar a abordagem ao tratamento de pessoas com transtornos mentais, promovendo a desinstitucionalização e a humanização dos cuidados. Ela está intrinsecamente ligada à ética, uma vez que visa respeitar os direitos humanos, a dignidade e a autonomia das pessoas com transtornos mentais. Abaixo, apresento um histórico e uma caracterização do tema, destacando sua relação com a ética:
Histórico:
· A luta antimanicomial teve origem no Brasil na década de 1970, durante o processo de redemocratização do país. Nessa época, houve uma crescente crítica ao modelo manicomial, que consistia na internação prolongada de pessoas com transtornos mentais em hospitais psiquiátricos, muitas vezes em condições desumanas e com violações dos direitos humanos.
· O movimento ganhou força com a realização do "I Congresso Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental" em 1987, reunindo profissionais da saúde mental, usuários e familiares para discutir a reforma psiquiátrica e a necessidade de desinstitucionalização.
· A promulgação da Lei 10.216, a Lei da Reforma Psiquiátrica, em 2001, foi um marco fundamental. Ela estabeleceu diretrizes para o tratamento de transtornos mentais, promovendo a desospitalização, o tratamento comunitário e a inclusão social.
Caracterização:
· Respeito à Dignidade e Autonomia: A ética na luta antimanicomial enfatiza o respeito à dignidade das pessoas com transtornos mentais e sua capacidade de participar ativamente das decisões sobre seu tratamento e vida.
· Redução do Estigma e Discriminação: A luta antimanicomial busca reduzir o estigma associado às doenças mentais, combatendo a discriminação e promovendo uma visão mais compreensiva das pessoas com transtornos mentais.
· Atenção Integral e Multidisciplinar: Uma abordagem ética na luta antimanicomial envolve a prestação de cuidados de saúde mental que são holísticos, abordando aspectos psicológicos, sociais, culturais e econômicos. Isso requer a colaboração de uma equipe multidisciplinar.
· Inclusão Social: A ética na luta antimanicomial promove a inclusão das pessoas com transtornos mentais na sociedade, incentivando sua participação nas comunidades, no trabalho e nas atividades culturais.
· Respeito aos Direitos Humanos:A luta antimanicomial está fundamentada na defesa dos direitos humanos, incluindo o direito à saúde, à liberdade e à igualdade.
· Transparência e Prestação de Contas: A ética exige transparência e responsabilidade por parte dos profissionais de saúde mental e das instituições na prestação de cuidados.
A relação entre a luta antimanicomial e a ética é evidente na busca por uma prática de saúde mental que trate as pessoas com respeito, dignidade e justiça. Ela rejeita a ideia de que as pessoas com transtornos mentais devem ser estigmatizadas, segregadas ou submetidas a tratamentos desumanos, promovendo, em vez disso, uma abordagem inclusiva e baseada nos direitos humanos.
A relação entre a luta antimanicomial e a ética é profundamente interligada, uma vez que a luta antimanicomial está enraizada em princípios éticos fundamentais que buscam promover o respeito aos direitos humanos, a dignidade, a autonomia e a justiça para pessoas com transtornos mentais. Aqui está uma análise mais detalhada dessa relação:
1. Respeito à Dignidade e Autonomia: A luta antimanicomial preconiza o respeito à dignidade intrínseca de cada indivíduo, independentemente de sua condição mental. Ela reconhece a capacidade das pessoas com transtornos mentais de tomar decisões sobre suas próprias vidas e tratamentos, respeitando sua autonomia. Isso é um princípio ético central que promove a autodeterminação e a liberdade de escolha.
2. Redução do Estigma e Discriminação: A ética na luta antimanicomial envolve a eliminação do estigma e da discriminação associados às doenças mentais. Isso não apenas respeita a igualdade e a justiça, mas também promove a empatia e a compreensão das experiências das pessoas com transtornos mentais.
3. Tratamento Humano e Integral: A abordagem ética na luta antimanicomial defende que as pessoas com transtornos mentais devem receber tratamento humano e integral. Isso inclui cuidados holísticos que abordam aspectos psicológicos, sociais, culturais e emocionais, em vez de simplesmente restringir o tratamento à administração de medicamentos ou à hospitalização.
4. Inclusão e Participação Social: A ética da luta antimanicomial promove a inclusão social das pessoas com transtornos mentais na sociedade. Isso significa que elas têm o direito de participar ativamente de suas comunidades, do mercado de trabalho, da cultura e de todas as esferas da vida, em conformidade com o princípio da justiça.
5. Direitos Humanos e Legalidade: A luta antimanicomial é fundamentada nos princípios dos direitos humanos, incluindo o direito à saúde, à liberdade e à igualdade. Ela enfatiza a legalidade das práticas de saúde mental, promovendo a transparência, a responsabilidade e a justiça.
6. Transparência e Prestação de Contas: A ética exige transparência e prestação de contas por parte dos profissionais de saúde mental e das instituições que prestam cuidados. Isso assegura que os direitos dos pacientes sejam respeitados e que qualquer violação seja devidamente corrigida.
Em resumo, a luta antimanicomial e a ética estão profundamente entrelaçadas, pois a primeira busca desafiar e superar práticas desumanas e discriminatórias em saúde mental, enquanto promove o respeito aos direitos e à dignidade das pessoas com transtornos mentais. Ela é uma expressão concreta dos princípios éticos fundamentais que norteiam a relação entre os indivíduos e o sistema de saúde, enfatizando a importância da justiça, da igualdade e do respeito pelos direitos humanos
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Histórico: A luta antimanicomial é um movimento que teve origem no Brasil na década de 1970 e está ligada à reforma psiquiátrica. Ela surgiu como uma resposta à situação desumana em hospitais psiquiátricos, onde pacientes com transtornos mentais frequentemente eram submetidos a tratamentos degradantes e isolados da sociedade. O movimento começou a ganhar força com a criação do "Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental" em São Paulo, que propôs a desinstitucionalização e a reintegração social das pessoas com transtornos mentais.
Caracterização: A luta antimanicomial é caracterizada por uma série de princípios éticos e práticas que visam à transformação do sistema de saúde mental. Isso inclui a desospitalização, ou seja, o fechamento gradual de hospitais psiquiátricos em favor de serviços de saúde mental comunitários, a promoção da autonomia e participação ativa das pessoas com transtornos mentais em seu tratamento, o combate ao estigma e à discriminação relacionados à saúde mental e a ênfase na inclusão social e na valorização dos direitos humanos.
Referências Bibliográficas:
1. Amarante, P. (1995). Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Editora Fiocruz.
2. Brasil. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LEIS_2001/L10216.htm
3. Ministério da Saúde. (2005). Saúde mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial. Brasília: Ministério da Saúde.
4. Basaglia, F. (1979). A instituição negada: Relato de um hospital psiquiátrico. Editora Francisco Alves.
5. Pitta, A. (1996). O conceito de Reforma Psiquiátrica. História, ideologia e instituições psiquiátricas. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 1(1), 13-29.
Essas referências podem servir como ponto de partida para uma pesquisa mais aprofundada sobre a luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica no Brasil e em outros lugares do mundo. Elas abordam aspectos históricos e conceituais do movimento, bem como suas implicações éticas e práticas na transformação do sistema de saúde mental.
20 anos da Reforma Psiquiátrica no Brasil: 18/5 – Dia Nacional da Luta Antimanicomial
A Reforma Psiquiátrica no Brasil teve como primeira fonte inspiradora as ideias e práticas do psiquiatra Franco Basaglia, que revolucionou, a partir da década de 1960, as abordagens e terapias no tratamento de pessoas com transtornos mentais nas cidades italianas de Trieste e Gorizia.
Especialmente em Trieste, onde dirigiu por anos um hospital psiquiátrico com mais de 1,2 mil pacientes internados, Basaglia teve ampla liberdade para aplicar sua nova abordagem libertária, rompendo muros culturais e físicos na forma como uma sociedade deve lidar com seus “loucos” para reintegrá-los à sociedade.
Crítico da psiquiatria tradicional e da forma como operavam os hospícios, Basaglia revolucionou o tratamento psiquiátrico, desenvolvendo uma abordagem de reinserção territorial e cultural do paciente na comunidade. Isso em vez de isolá-lo num manicômio à base de fortes medicações, vigilância ininterrupta, choques elétricos e camisas de força.
O aprofundamento de sua metodologia e o retorno à vida social conseguido com milhares de ex-internos em Trieste levou a prefeitura local, com o passar dos anos, a fechar o hospital psiquiátrico, optando gradualmente pela abertura de novos centros terapêuticos territoriais, como os concebidos por Basaglia.
Devido aos resultados positivos que alcançou na Itália, a abordagem de Basaglia passou a ser recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a partir de 1973. A posição da OMS tornou o debate mundial e a discussão chegou ao Brasil.
Em 1978, na Divisão Nacional de Saúde Mental (Dinsam), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, profissionais denunciaram as condições de profunda degradação humana em que operava a maioria dos hospitais psiquiátricos no país. A crise, em pleno regime militar, levou à demissão da maioria dos denunciantes.
Em 1979, foi criado o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) e em 1987, o movimento antimanicomial, dando continuidade à luta pela nova psiquiatria.
O projeto de reforma psiquiátrica foi apresentado em 1989 pelo então deputado Paulo Delgado (MG). Após 12 anos, o texto foi aprovado e sancionado como Lei nº 10.216/2001, ficando conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, Lei Antimanicomial e Lei Paulo Delgado.
A Reforma teve como marca registrada o fechamento gradualde manicômios e hospícios que proliferavam país afora. A lei que promoveu a reforma, tem como diretriz principal a internação do paciente somente se o tratamento fora do hospital se mostrar ineficaz.
Em substituição aos hospitais psiquiátricos, o Ministério da Saúde determinou, em 2002, a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) em todo o país. Os CAPs são espaços para o acolhimento de pacientes com transtornos mentais, em tratamento não-hospitalar. Sua função é prestar assistência psicológica e médica, visando a reintegração dos doentes à sociedade.
Quadro atual do SUS
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do SUS organiza e estabelece os fluxos para atendimento de pessoas com problemas mentais, desde os transtornos mais graves até os menos complexos. O acolhimento desses pacientes e de seus familiares é fundamental para identificar as necessidades assistenciais, aliviar sofrimento e planejar intervenções medicamentosas e terapêuticas, conforme cada caso. Pessoas em situações de crise podem ser atendidas em qualquer serviço da Raps, formado por unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde.
Centros de Apoio Psicossocial (CAPs)
Segundo dados de 2020 do Ministério da Saúde, o SUS conta com 2661 CAPs espalhados por todo o país. Os centros, em suas diferentes modalidades, são pontos de atenção estratégicos da Raps: serviços de saúde de caráter aberto e comunitário, constituído por equipe multiprofissional e que atua sob a ótica interdisciplinar, realizando, prioritariamente, atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.
Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)
Atualmente, 686 SRT prestam atendimento no país. Os SRT, mais conhecidos como residências terapêuticas, são casas, locais de moradia, destinadas a pessoas com transtornos mentais, incluindo usuários de álcool e outras drogas, que tiveram alta de internações psiquiátricas, mas que ainda não têm suporte financeiro, social ou laços familiares que permitam a reinserção na comunidade. Os SRT também podem acolher pacientes com transtornos mentais que estejam em situação de vulnerabilidade social e pessoal, como moradores de rua.
Unidades de acolhimento (UA)
Ao todo, são 65 unidades de acolhimento no país, segundo o Ministério da Saúde. A estrutura oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24 horas por dia, em ambiente residencial, para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Atende pessoas que apresentam acentuada vulnerabilidade social ou familiar e que demandam acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório.
Leitos em Hospital Geral
São serviços destinados ao tratamento adequado e ao manejo de pacientes com quadros clínicos agudos, em ambiente protegido, com suporte e atendimento 24 horas por dia. Segundo os dados de 2020 do Ministério da Saúde, são ofertados 1.622 leitos em 305 hospitais gerais no país.
Equipes Multiprofissionais
Os dados de 2020 apontavam 29 equipes multiprofissionais em todo o país, pouco mais de uma por estado. Elas são formadas por médico psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, enfermeiro e outros profissionais, que atuam no tratamento de pacientes com transtornos mentais. Funcionam em ambulatórios gerais e especializados, policlínicas ou ambulatórios de hospitais, ampliando o acesso à assistência em saúde mental de gravidade moderada, como dependência química e transtornos de ansiedade, atendendo às necessidades de complexidade intermediária entre a atenção básica e os CAPs.
Organizado por diversos movimentos sociais, grupos, coletivos e entidades, o dia 18 de maio é de celebração e de luta, em espaços públicos, serviços de saúde mental e universidades. A data marca as mobilizações em torno do fechamento de manicômios, a formalização de novas legislações, a implantação da rede de saúde mental e atenção psicossocial e da instauração de novas práticas em um importante movimento de Reforma Psiquiátrica no Brasil.

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