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Anestesiologia 
e 
Terapêutica 
Medicamentosa 
 
 
@ODONTOALIZANDO 
 
1 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
SUMÁRIO 
Introdução à Terapêutica Odontológica .......................... 3 
Terapêutica 
Terapêutica Medicamentosa 
Consulta Inicial 
Classificação do Paciente ................................................. 3 
Termos Básicos da Farmacologia ..................................... 4 
Fórmulas Farmacêuticas 
Formas Farmacêuticas 
Vias de Administração.................................................. 7 
Via Enteral 
Via Parenteral 
Farmacocinética...........................................................8 
Farmacodinâmica.........................................................9 
Fatores que Interferem nas Ações e nos Efeitos dos 
Fármacos 
Fisiologia da Dor..........................................................11 
Tipos de Dor 
Mediadores Inflamatórios 
Regimes Analgésicos .....................................................13 
Classes de Analgésicos Não Opióides...........................13 
Classes de Analgésicos Opióides..................................15 
Anti-Inflamatórios......................................................16 
Anti-Inflamatórios Não Esteroidais.............................17 
Não Seletivos 
Seletivos 
Anti-inflamatórios Esteroidais....................................20 
Antibacterianos..........................................................21 
Mecanismo de Ação 
Profilaxia Antibiótica 
Como escolher o antibiótico? 
Resistência Bacteriana 
Antifúngicos .............................................................27 
Utilização na Odontologia: doenças fúngicas 
Antivirais......................................................................31 
Sedação em Odontologia..............................................33 
Tipos de Medo 
Sedação Mínima 
Óxido Nitroso 
Sedação Moderada 
Sedação Profunda 
Enxaguatórios Bucais....................................................36 
Soluções Hemostáticas.................................................40 
Toxina Botulínica .........................................................40 
Normas de Prescrição ..................................................40 
Tipos de Receituários 
Orientações Para Prescrição 
Anestésicos Locais e Vasoconstritores...........................43 
Mecanismo de Ação 
Classificação 
Propriedades 
Cálculo da Dose Anestésica ..........................................48 
Complicações Sistêmicas Associadas aos Anestesicos 
Locais............................................................................50 
Armamentário em Anestesiologia.................................53 
Técnicas Anestésicas Maxilares.....................................57 
Injeção Supraperiosteal 
Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Posterior 
Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Médio 
Bloqueio do Nervo Alveolar Superior Anterior 
Bloqueio do Nervo Palatino Maior 
Bloqueio do Nervo Nasopalatino 
Infiltração Local no Palato 
Bloqueio do Nervo Maxilar 
Técnicas Anestésicas Complementares.........................65 
Injeção Intraóssea 
Injeção Intraligamentar 
 
2 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Injeção Intrasseptal 
Injeção Intrapulpar 
Injeção Submucosa 
Técnicas Anestésicas Mandibulares..............................68 
Bloqueio do Nervo Alveolar Inferior 
Bloqueio do Nervo Bucal 
Bloqueio do Nervo Mentoniano 
Bloqueio do Nervo Incisivo 
Bloqueio do Nervo Mandibular 
Técnicas Complementares............................................75 
Acidentes e Complicações Locais em Anestesiologia 
Oral.............................................................................75 
Referências.................................................................80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Introdução à Terapêutica 
Odontológica 
TERAPÊUTICA: 
- Ramo da medicina que se encarrega de 
administrar tratamentos para tratar 
problemas de saúde. 
- Finalidade de conseguir curar, tratar ou 
minimizar os sintomas. 
- Provisão de fármacos e a indicação de 
diversas ações (repouso, dieta adequada, 
exercícios físicos). 
 
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA 
 
Procedimentos Eletivos: Pré agendados, após 
estabelecer um plano inicial. Podem ser 
utilizados para controlar o estresse cirúrgico, dor 
e infecção pós-operatória. 
 
Urgências Odontológicas: Paciente procura 
atendimento com dor, requerendo pronto 
atendimento. 
 
CONSULTA INICIAL 
 
A anamnese é a base da consulta odontológica 
inicial, que tem por objetivo colher informações 
para formar uma ou mais hipóteses diagnósticas. 
Ao mesmo tempo, permite que o cirurgião-
dentista comece a delinear o perfil do paciente 
que será tratado sob sua responsabilidade 
profissional. 
 
➤Identificar alterações sistêmicas; 
➤Medicações de uso contínuo (antidepressivos, 
anticoagulantes, anticonvulsivantes); 
➤Exame Físico: Sinais vitais. 
Classificação do Paciente 
➤Critérios ASA-PS (Sociedade Americana de 
Anestesiologistas). 
 
Obs: Classificação utilizada para pacientes 
adultos. 
 
ASA I: Paciente saudável, de acordo com a 
história médica não possui nenhuma 
anormalidade, sem ansiedade. É capaz de tolerar 
o estresse ao tratamento dentário e possui risco 
mínimo de complicações. São excluídos 
pacientes muito jovens ou idosos. 
 
ASA II: Paciente portador de doença sistêmica 
moderada. Apresentar maior grau de ansiedade. 
Pode exigir certas modificações no plano de 
tratamento (p. ex., troca de informações com o 
médico, menor duração dos atendimentos 
cuidados no posicionamento na cadeira 
odontológica, protocolo de sedação mínima, 
menores volumes de soluções anestésicas, etc.). 
Apresenta risco mínimo de complicações durante 
o atendimento. 
ASA II 
• Paciente extremamente ansioso, com história de 
episódios de mal-estar ou desmaio na clínica 
odontológica. 
 • Paciente com > 65 anos. 
 • Obesidade moderada. 
• Primeiros dois trimestres da gestação. 
• Hipertensão arterial controlada com medicação. 
 
• Diabético tipo II, controlado com dieta e/ou 
medicamentos. 
• Portador de distúrbios convulsivos, controlados 
com medicação. 
• Asmático, que ocasionalmente usa 
broncodilatador em aerossol. (Geralmente em 
anestesias gerais) 
• Tabagista, sem doença pulmonar obstrutiva 
crônica (DPOC). 
 • Angina estável, assintomática, exceto em 
extremas condições de estresse. (Pressão no 
peito, pode gerar isquemia transitória. Caso tenha 
sintomas frequentes, deve-se passar para ASA 
III) 
• Paciente com história de infarto do miocárdio, 
ocorrido há mais de 6 meses, sem apresentar 
sintomas. 
A American Society of Anesthesiologists 
(Associação Americana de Anestesiologistas) 
adota um sistema de classificação de pacientes 
com base no estado físico (physical status), daí 
a sigla ASA-PS. 
 
4 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
ASA III: Paciente portador de doenças ou 
condição sistêmica severa, que limita suas 
atividades. Geralmente exige algumas 
modificações no plano de tratamento, sendo 
imprescindível a troca de informações com o 
médico. O tratamento odontológico eletivo não 
está contraindicado, embora este paciente 
apresente um maior risco durante o atendimento. 
 
Troca de informações com o médico: Expor a 
possível realização de um tratamento e 
conferir se há risco. Qual a condição com 
relação à doença? 
 
ASA III 
• Obesidade mórbida. 
 • Último trimestre da gestação. 
 • Diabético tipo I (que faz uso de insulina), com 
a doença controlada. 
 • Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 
9599 mmHg. (Não controlada) 
 • História de episódios frequentes de angina do 
peito, apresentando sintomas após exercícios 
leves. 
• Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço 
dos tornozelos. 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema 
ou bronquite crônica). 
• Episódios frequentes de convulsão ou crise 
asmática. 
• Paciente sob quimioterapia. 
 • Hemofilia. 
 • História de infarto do miocárdio,e sua meia-vida biológica é mais prolongada do 
que a de outros macrolídeos; 
• Mantém concentrações ativas por até 10 dias 
no local da infecção. 
• Aumento da resistência bacteriana. 
 
LINCOSAMINAS 
 
CLINDAMICINA 
• Bactericida, ou bacteriostática (dependendo da 
concentração), com boa difusão em tecido 
ósseo; 
• Ação contra bactérias aeróbias, anaeróbias 
facultativas gram-positivas e anaeróbias 
estritas; 
• Boa alternativa para pacientes alérgicos às 
penicilinas; 
• Uso restrito em crianças: não há apresentação 
em solução apenas cápsulas ou endovenoso. 
 
AGENTE NITROIMIDAZÓLICO 
 
 METRONIDAZOL 
• Eficaz contra bactérias anaeróbicas, 
especialmente as gram-negativas – não age 
contra bactérias aeróbias e microaerófilas. 
• Bem absorvido por via oral, atravessando 
barreiras teciduais rapidamente e em grandes 
concentrações, sendo distribuído na saliva e no 
fluído do sulco gengival – utilizado como 
complemento no tratamento de periodontite 
crônica. 
• Bactericida – o grupamento nitro é reduzido, 
levando a formação de radicais tóxicos que 
interrompem a síntese de DNA da célula 
bacteriana. 
• Efeitos adversos: Gosto metálico, dor 
estomacal, náuseas e vômitos. 
• Metronidazol + álcool = “efeito antabuse”, 
“efeito dissulfiram”. 
• Normalmente utilizado na Odontologia em 
conjunto com a Amoxicilina – a indicação é para 
infecções avançadas, presença de celulite, 
pericoronarites, ou periodontite agressiva 
(aggregactibacter actinomycetemcomitans) 
 
TETRACICLINAS 
 
 
26 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Bacteriostáticas, inibem a síntese de proteínas 
bacterianas. 
• Possuem um amplo espectro de ação que 
inclui bactérias grampositivas, gram-negativas, 
aeróbias, anaeróbias e espiroquetas – 
• Se sobrepõe às penicilinas e macrolídeos. 
• As tetraciclinas atingem níveis no fluido 
gengival maiores que os níveis sanguíneos. 
 
MINOCICLINA E DOXICICLINA 
• Muito eficaz no tratamento da periodontite 
agressiva. 
• Têm apresentado resistência bacteriana; 
• Reações adversas; queilite angular, faringite, 
anorexia, náusea, desconforto gastrointestinal, 
hepatotoxicidade, nefrotoxicidade. 
 
Manchamento dental: A deposição da droga 
possivelmente se deva à quelação, 
característica entre os nódulos de tetraciclina e 
o cálcio em deposição, formando o complexo 
ortofosfato tetraciclina-cálcio. 
• Contra-indicação: crianças e gestantes. 
 
ANTIBIÓTICOS – COMO ESCOLHER? 
 
Os fatores que influenciam a escolha dos 
antimicrobianos são: 
1. As características do paciente como: idade, 
função renal e hepática, estado imunológico, 
localização do processo infeccioso, terapia prévia 
com antimicrobianos, gravidez/lactação e 
sensibilidade do paciente; 
2. Os agentes etiológicos que envolvem a análise 
do antibiograma e os prováveis mecanismos de 
resistência; 
3. As propriedades dos antimicrobianos como a 
farmacocinética e a farmacodinâmica, 
mecanismo de ação, toxicidade, interação 
medicamentosa e custos. 
 
Como proceder quando houver mais de um 
antibiótico adequado? 
 
Dentre os possíveis antibióticos efetivos, 
deve-se sempre escolher com base em: 
 
 
 
RESISTÊNCIA BACTERIANA 
• Relação dose x resposta orgânica 
• Princípios de resistência bacteriana 
Pressão seletiva: Mudança das condições 
do ambiente forçam as bactérias a se 
adaptarem. As mais adaptadas 
sobrevivem gerando descendentes mais 
adaptados. O uso indiscriminado ou 
errôneo de ATB é o responsável. 
• Superbactérias – KPC – ambiente 
hospitalar 
 
 
Tipos de resistência bacteriana 
• Intrínseca: Herança genética do M.O. Ex: 
Micoplasma x penicilinas. 
• Adquirida: Quando ocorre em uma espécie 
bacteriana anteriormente sensível – Resultado de 
alterações bioquímicas/estruturais na célula 
bacteriana – Alteração genética. 
 
 
Mecanismos de resistência bacteriana 
1. Produção de enzimas inativadoras Ex: Beta-
lactamases promovem a hidrólise das 
penicilinas. 
2. Interferência na entrada e acúmulo de fármaco 
nas bactérias 
 
• Estreitamento ou fechamento de canais 
proteicos (gram-negativas), pelos quais os 
fármacos penetram e atingem seus receptores. 
• Bombeamento ativo para o meio extracelular – 
proteínas funcionam como bombas, excretando o 
ATB para fora. 
 
3. Alteração do receptor para a ação do fármaco 
Por mutação cromossômica ocorre alteração 
bioquímica do receptor, impedindo a ligação 
entre o fármaco e seu receptor na bactéria. 
 
Um novo antibiótico vai ser disponibilizado no 
Brasil para o tratamento de infecções causadas 
por algumas bactérias resistentes. Com o nome 
comercial de Zerbaxa, o medicamento foi 
aprovado pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) no começo do ano para o 
tratamento de infecções intra abdominais e 
infecções do trato urinário mais complicadas 
 
O antibiótico não está fazendo efeito? 
Se o antibiótico não está fazendo efeito, pode ser 
por alguma das seguintes razões: 
 
27 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• A doença não é aquela que se pensou e o 
paciente pode estar tomando o 
antibiótico errado; 
• A dose do antibiótico é insuficiente (baixa); 
• Não estão sendo obedecidos os horários de 
tomar o medicamento; 
• Pode haver perda de medicamento por vômito; 
• O paciente está tomando outros medicamentos 
ou ingerindo alimentos que interferem no efeito 
do antibiótico; 
• Resistência bacteriana. 
 
Beber álcool corta o efeito do antibiótico? 
• O álcool não corta diretamente o efeito do 
antibiótico, mas aumenta a eliminação de urina. 
Como consequência, o antibiótico é excretado 
mais rapidamente do organismo, diminuindo o 
seu efeito. 
• O álcool é uma substância muito irritante para a 
mucosa gastrointestinal. 
• Além disso, tanto o antibiótico como o álcool 
são processados pelo fígado, o que sobrecarrega 
o órgão. 
 
 
Uso racional de antibióticos 
• Bom senso! 
• Identificar pacientes de risco; 
• Analisar criteriosamente se os procedimentos 
de descontaminação local, por si só, não seriam 
suficientes. 
 
Dicas de prescrição: 
-Sem necessidade de antibiótico: 
Exodontia de dente decíduo, exodontia ‘’fácil’’ em 
paciente com doença periodontal crônica 
controlada, raspagem ou subgengival, 
periodontite crônica leve, pericementite, 
biopulpectomia, biópsia de tecido mole. 
 
• Amoxicilina 1h antes e 500mg - 8/8h por 7 
dias. 
• Alérgicos - substituir por clindamicina. 
-Exodontia de dentes inclusos/impactados 
(procedimento longo) 
-Colocação de implantes 
-Enxerto ósseo ou gengival 
-Remoção de lesões intra-ósseas. 
 
 
• Amoxicilina 500mg - 8/8h por 7 dias. 
-Alveolite, abscesso periodontal 
 
 
• Amoxicilina 500 mg + Metronidazol 8/8h 
por 7 dias. 
-Periodontite crônica moderada à severa, 
periodontite agressiva, pericoronarite, gengivite 
ulcerativa necrosante. 
 
 
• Amoxicilina 500 mg + ácido clavulânico 
125 mg 8/8h por 7 dias. 
-Abscesso periapical agudo, abscesso fênix. 
 
Antifúngicos 
 
Fungos 
• Organismos unicelulares ou pluricelulares que 
se alimentam através da absorção direta de 
nutrientes. 
• Eucariontes – com parede celular rígida. 
 
Infecções fúngicas: 
 • Infecções por fungos são invasões dos tecidos 
por uma ou mais espécies de fungos. 
 • Variam de superficiais, da pele, até mais 
profundas, de órgãos e do sangue (septicemia) 
ou doenças sistêmicas. 
• Alguns fungos são oportunistas, afetam apenas 
pessoas imunodeprimidas, e outros são 
patogênicos, causam doença independente do 
estado do sistema imunológico. 
 
• Superficiais: 
Atingem a camada superficial da pele e mucosas; 
 
• Cutâneas: 
Atingem a pele, pelo e unhas; 
• Subcutâneas: 
Atingem camadas profundas da derme e tecido 
Subcutâneas subcutâneo; 
 
• Sistêmicas: 
Quando há disseminação da infecção pela 
corrente Sistêmicas sanguínea; 
 
• Oportunistas: 
Quando ocorre em virtude de imunossupressão. 
 
FUNGOS – CANDIDA ALBICANS 
• Fungo oportunista; 
• Presente na cavidade oral, trato digestivo 
e genital – 80% da população. 
 
 
 
 
28 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Patogenicidade: 
• Formaçãode hifas: Capacitam a célula 
para exercer força mecânica e penetrar 
nas superfícies epiteliais. 
• Produção de enzimas extracelulares 
hidrolíticas - degradam proteínas 
extracelulares e de membrana do 
hospedeiro. 
 
Infecções fúngicas: 
• Últimas 3 décadas - aumento. 
• Fungemia/Candidemia - choque séptico. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIFÚNGICOS: 
 
• Os polienos se ligam ao ergosterol, 
comprometendo a integridade da 
membrana. 
• Síntese de parede celular: Polioxinas 
inibem a síntese de quitina. 
• Azóis e alilaminas inibem a síntese do 
ergosterol. 
• Griseofulvina impede a agregação de 
microtúbulos durante a mitose. 
• Fluorocitosina é um análogo de 
nucleotídeo que inibe a síntese de ácidos 
nucleicos. 
 
UTILIZAÇÃO NA ODONTOLOGIA: 
 
CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA 
(SAPINHO): 
 
www.wikipedia.org/candidiase-oral 
 
 
 
 
Sintomas: 
Placas branco amareladas, cremosas, 
destacáveis, sensação de queimação, 
hálito fétido. 
Localizações: 
Mucosa Jugal, língua, palato. 
Fatores Associados: 
Antibioticoterapia, imunossupressão. 
 
 QUEILITE ANGULAR: 
 
 WWW. MULTIORAL.COM.BR 
 
 
 
 
 
 
Sintomas: 
Lesões vermelhas fissuradas, irritadas, 
sensação de ferimento. 
Localizações: 
Ângulos da boca. 
Fatores Associados: 
Imunossupressão, perda da dimensão vertical, 
hipersalivação. 
http://www.wikipedia.org/candidiase-oral
 
29 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
CANDIDÍASE ATRÓFICA AGUDA: 
 
 
grupo_de_estudo_cape_arquivos/imagens_arquivos 
 
GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA 
(ATROFIA PAPILAR CENTRAL): 
 
 
 
 
Sintomas: 
Áreas mucosas atróficas, vermelhas, 
assintomática. 
Localizações: 
Linha média, região posterior do dorso 
lingual. 
Fatores Associados: 
Idiopática, imunossupressão. 
 
 
CANDIDÍASE MULTIFOCAL CRÔNICA: 
 
www.scielo.org.ve 
 
Sintomas: 
Áreas vermelhas, placas brancas removíveis; 
sensação de queimação, assintomáticas. 
Localizações: 
Região posterior do palato, região posterior do 
dorso da língua, ângulos da boca. 
Fatores Associados: 
Imunossupressão. 
 
 
 
 
 
Sintomas: 
Manchas vermelhas, sensação de 
queimação. 
Localizações: 
Região posterior do palato duro, mucosa 
jugal, dorso da língua. 
Fatores Associados: 
Antibioticoterapia, imunossupressão, 
idiopática (causa desconhecida). 
http://www.scielo.org.ve/
 
30 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
ESTOMATITE PROTÉTICA (CANDIDÍASE 
ATRÓFICA CRÔNICA: 
 
Maziero et al, 2009 
 
Sintomas: 
Vermelhas, assintomáticas. 
Localizações: 
Limitada à superfície do palato que suporta a 
prótese. 
Fatores Associados: 
Trauma, higiene oral deficiente. 
TRATAMENTO DA CANDIDÍASE: 
• Conhecimento / Controle das condições 
sistêmicas. 
• Higiene oral / prótese. 
• Medicamentos. 
 
 
Desinfecção da prótese: 
• Limpeza Mecânica: Escova dura, sabão. 
• Limpeza Química 
 
O Antifúngico Ideal: 
• Toxicidade seletiva ↓ efeitos colaterais; 
• Amplo espectro de ação; 
• Não permita a seleção de fungos 
resistentes; 
• Não ser alérgeno; 
• Boa farmacocinética (Absorção, 
distribuição, metabolismo e excreção); 
• Baixo custo. 
 
Agente Poliênico: 
 
 
NISTATINA 
• 1º poliênico (1949); 
• Isolado de Streptomyces noursei; 
• Tratamento de infecções muco-cutâneas 
por Candida spp; 
• Uso somente tópico – suspensão, 
pastilhas, cremes; 
• Altamente tóxico por via IM ou EV; 
• Efeitos colaterais: Ardência, náuseas, 
vômito, diarreia em doses elevadas; 
• Mais utilizado na Odontologia. 
 
Suspensão oral 100.000UI/ml: Bochechar 1 
colher de chá, durante um 1 minuto, 5x ao dia por 
7 a 14 dias. 
 
Pastilhas 200.000UI/pastilha: Dissolver 1 pastilha 
na boca, lentamente, 5x ao dia. 
 
Creme vaginal 100.000UI/gr: Aplicar na superfície 
inferior da prótese e na área afetada 5x ao dia. 
 
*Alto teor de açúcar. 
 
Azois: 
• Amplo espectro de ação; 
• Boa disponibilidade por via oral; 
• Seguros e bem tolerados; 
• Efeitos adversos mínimos; 
• Não recomendados durante a gravidez e 
lactação. 
 
 
Imidazóis: 
 
CLOTRIMAZOL 
• Creme, 10mg: Aplicar na lesão 4x ao dia, 
por 14 dias. 
• Exclusivo para queilite angular. 
• Baixo espectro de ação – eficaz contra C. 
albicans. 
• Irritação local. 
• Toxicidade sistêmica. 
 
MICONAZOL 
• Gel, 20mg/g: Aplicar sobre a área afetada, 
4x ao dia, por 7 dias, ou até a completa 
resolução. 
• Baixo espectro de ação – eficaz contra C. 
albicans 
• Irritação local. 
 
CETOCONAZOL 
• Cetoconazol Comprimido, 200mg * 1 
comprimido por dia, durante 1 a 2 
semanas. 
 
31 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Cetoconazol + Dipropionato de 
Betametasona Creme. 20mg de 
cetoconazol + 0,5mg de dipropionato de 
betametasona: Aplicar sobre a lesão 
(queilite angular) 2x ao dia. 
• Menor espectro que os triazóis 
• Mais reações adversas- risco de 
toxicidade hepática. 
• Interfere na síntese de testosterona. 
• Uso tópico: Irritação, sensibilidade. 
• Resistência em pacientes com AIDS. 
 
Triazólicos 
 
 
FLUCONAZOL 
• Fluconazol Comprimido, 150mg Tomar 
dois comprimidos no dia 1 e, em seguida, 
um comprimido por dia, durante os 
próximos 13 
• dias. 
• Alta biodisponibilidade 
• Menos efeitos adversos que os outros 
azóis – melhor tolerância gastrintestinal 
• Eficaz em pacientes com AIDS 
• Contra-indicado em pacientes com 
disfunção hepática 
• Diminui concentração quando adm com 
Rifampicina, fenitoína, barbitúricos. 
 
ITRACONAZOL 
• Comprimidos, 100mg. 1 comprimido por 
dia, por 14 dias. 
• Amplo espectro de ação 
• Necessita meio ácido 
• Aumenta concentração das estatinas 
• Relatos de resistência de C. albicans 
 
 
Resistência aos antifúngicos – Como contornar? 
 
• Evitar o uso indiscriminado de antifúngicos; 
• Diagnóstico correto; 
• Tratamento adequado; 
• Utilizar dosagens adequadas e suficientes; 
• Mudar tão logo de antifúngico quando se 
observa que o fungo possui sinais 
de resistência. 
 
 
 
 
Antivirais 
Vírus: 
• Agentes infecciosos envolvidos numa 
grande variedade de doenças; 
• Estrutura simples; 
• Principais vias de transmissão: tratos 
respiratório, gastrointestinal e genital, 
pele, urina, sangue e placenta; 
• Necessita de uma célula viva para se 
reproduzir. 
 
 
 
Infecção Viral: 
• O vírus se adere, libera o seu conteúdo 
genético na célula e assume o 
controle; 
• Conflito entre os mecanismos de defesa do 
hospedeiro e a capacidade de agressão 
intrínseca do microrganismo. 
• Uma doença ocorre somente se o vírus se 
replica em número suficiente 
para danificar ou destruir diretamente células 
essenciais, causar a 
liberação de toxinas pelos tecidos infectados, 
danificar genes celulares ou 
danificar funções orgânicas indiretamente como 
resultado da resposta 
imune do hospedeiro à presença de antígenos 
virais. 
 
• Agudas: indica a produção rápida de vírus 
seguida da resolução e 
eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. 
Essas infecções podem ser 
localizadas quando se restringem aos tecidos e 
órgãos que inicialmente 
foram utilizados como porta de entrada pelo vírus 
ou sistêmicas quando se 
distribuem através do organismo e alcançam 
distintos tecidos e órgãos 
simultaneamente. 
 
 
32 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Persistentes: não são eliminadas rapidamente 
e as partículas virais ou 
produtos virais continuam a ser produzidos por 
longos períodos. As 
partículas infecciosas podem ser produzidas 
continua ou 
intermitentemente por meses ou anos. 
 
Períodos da infecção: 
 
Período de incubação 
• Início da infecção até o momento em que os 
primeiros sintomas se tornam aparentes. Na 
maioria das viroses, o período de incubação varia 
entre 2 e 15 dias. 
 
O período de incubação mantém uma relação de 
proporcionalidade com o período de 
transmissibilidade. 
 
Período prodrômico 
• Período da infecção em que o indivíduo 
apresenta sintomas clínicos generalizados e 
inespecíficos da doença (por exemplo febre, mal 
estar, dor de cabeça, náuseas e enjoos, mialgia) 
e que antecede os sintomas característicos da 
doença. 
 
Período de transmissão 
• Período duranteo qual o indivíduo infectado 
permanece transmitindo o vírus. 
 
INFECÇÃO POR HSV-1: HERPES LABIAL 
 
• Muito contagiosa - transmitida pelo contato 
direto com ulcerações ou, por 
vezes, com uma área afetada quando nenhuma 
ulceração estiver presente. 
 
• Causa bolhas ou ulcerações na boca ou nos 
órgãos genitais e, muitas vezes 
com a primeira infecção, uma febre e sensação 
geral de mal-estar. 
 
• Fica latente nos gânglios nervosos e é reativado 
várias vezes durante a vida; 
 
• Nenhum medicamento pode erradicar a 
infecção, mas medicamentos 
antivirais podem ajudar a aliviar os sintomas e 
abreviar o tempo de 
duração. 
 
 
O Antiviral ideal 
• Penetrar na célula; 
• Possuir um largo espectro; 
• Possuir potência suficiente para a inibição 
completa da replicação viral; 
• Não conduzir ao desenvolvimento de 
resistência; 
• Exibir uma toxicidade mínima para a célula 
hospedeira; 
• Não interferir com os mecanismos normais de 
defesa celular; 
• Não suprimir o processo normal de 
desenvolvimento da imunidade ativa do 
hospedeiro. 
 
Objetivos do tratamento 
 
Herpes Labial: 
• Diminuir o tempo de duração das lesões; 
• Diminuir a sintomatologia; 
• Diminuir a transmissão. 
Obs: Não perfurar as vesículas - infecção 
bacteriana. 
Não manipular a lesão – transmissão para 
outros sítios. 
 
ACICLOVIR 
• Agente derivado da guanina, com alta 
especificidade contra o vírus 
herpes-simples e varicela-zoster; 
• Convertido em monofosfato pela timidina 
quinase e apenas 
adequadamente ativada nas células infectadas; 
• O monofosfato é convertido em trifosfato, e 
este inibe a DNA 
polimerase viral. 
• Meia-vida intracelular: 1 hora (considerada 
como curta, o que 
justifica o menor intervalo posológico); 
 
• Comprimidos de 200mg Tomar 1 cp, 5x 
ao dia. 
• Creme (bisnaga de 10g) Aplicar o creme 
5x ao dia por 5 dias. 
 
 
Efeitos: 
• diminuição da eliminação viral 
• aceleração da resolução e antecipação da 
cicatrização das lesões 
• Interrupção do surgimento de lesões novas. 
 
Efeitos adversos mínimos 
• Mais frequentes: Dor de cabeça, tontura. 
 
33 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Menos frequentes: Náusea, vômito, diarreia, 
dores abdominais; 
 
VALACICLOVIR 
• O Cloridrato de Valaciclovir é o éster L-valina do 
aciclovir, um nucleosídeo 
análogo da guanina; 
• Conversão rápida e quase completa em 
aciclovir e valina, provavelmente, 
pela enzima Cloridrato de Valaciclovir hidrolase; 
• Maior biodisponibilidade que o Aciclovir; 
• Resistência é rara. 
 
• Comprimidos de 500mg Tomar 1cp de 
12/12 horas por 5 dias. 
• Maior comodidade posológica que o 
Aciclovir; 
• Eficácia semelhante; 
 
Efeitos adversos: Dor de cabeça, náuseas. 
 
FANCICLOVIR 
• Após administração oral, fanciclovir é absorvido 
e rapidamente convertido 
ao componente ativo, penciclovir. 
• Se dirige às células infectadas pelos vírus, onde 
é rápida e eficientemente 
convertido em trifosfato. 
• O trisfosfato de penciclovir permanece nas 
células infectadas por mais de 
12 horas, onde inibe a reprodução de DNA do 
vírus. 
• Comprimidos de 125mg Tomar 2 cp 
(250mg), 3x ao dia por 5 dias. 
• Meia-vida intracelular longa; 
• Menor frequência posológica que o 
aciclovir; 
• Efeitos adversos: Cefaleia e náuseas; 
• Não utilizar em crianças; 
• Contém lactose; 
• Alto custo. 
 
PENCICLOVIR: 
• Creme (1%) Aplicar o creme 8x ao dia por 
4 dias. 
• Atinge concentração intracelular superior 
ao aciclovir; 
• Efeitos adversos: ardência ou dor no 
local da aplicação. 
• •Não recomenda-se a utilização em 
menores de 12 anos. 
 
Resistência viral 
• Algumas pessoas não relatam redução de 
sintomas/ tempo de duração das 
lesões com o uso de antivirais; 
• Indício de resistência aos antivirais; 
• Poucos estudos na literatura; 
• Relevância é maior em pacientes 
imunocomprometidos – tratamento com 
drogas intravenosas podem ser mais efetivo. 
Sedação em Odontologia 
Medo de Dentista: 
• Cerca de 5 a 22% da população adulta mundial 
sofre de ansiedade dentária (Hu et al., 2007); 
• A maioria da população evita a consulta 
odontológica, recorrendo somente após o 
aparecimento de sintomas dolorosos (Jongh et 
al., 2008); 
• Perpetua a experiência traumática – e impacta 
na percepção dos filhos. 
 
TIPOS DE MEDO E ANSIEDADE 
ODONTOLÓGICA: 
• Medo de estímulos específicos: 
Injeções, o som do motor, o gosto de sangue e a 
sensação de qualquer instrumento tocando um 
dente. 
• Medo de catástrofes médicas: 
Sentimento de que pode acontecer uma 
emergência médica a qualquer momento – 
podem dizer estar sufocando durante uma 
moldagem. 
• Ansiedade odontológica generalizada: Não 
conseguem identificar exatamente o motivo da 
ansiedade. Descrevem a situação de 
atendimento como terrível ou assustadora. 
 
• Desconfiança em relação a equipe 
odontológica: 
 Expressam experiências negativas anteriores, 
questionamentos com relação aos 
procedimentos, podem usar sarcasmo e insultos. 
 
ANSIEDADE X DOR 
O limiar de dor de pacientes ansiosos e 
apreensivos é mais baixo se comparado ao de 
indivíduos não-ansiosos. 
 
Controle de Ansiedade não-farmacológico: 
• Relação profissional / paciente 
• Comunicação – Iatrosedação 
• Ambiente (cores, música, revistas, audiovisual). 
 
34 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
SEDAÇÃO MÍNIMA: 
• Estado obtido com o uso de técnicas de 
sedação em que o paciente responde ao 
comando verbal; 
• A função cognitiva e a coordenação podem 
estar comprometidas; 
• As funções cardiovascular e respiratória não 
apresentam comprometimento. 
 
Indicações: 
• Quando o quadro de ansiedade aguda não for 
controlável apenas por meio de métodos não 
farmacológicos. 
• Nas intervenções mais invasivas (drenagem de 
abscessos, exodontia de inclusos, cirurgias 
periodontais, colocação de implantes, etc.) 
• No atendimento de pacientes portadores de 
doença cardiovascular, asma brônquica ou com 
história de episódios convulsivos, com a doença 
controlada. 
• Logo após traumatismos dentários acidentais, 
em situações que requerem pronto atendimento. 
 
Critérios para a escolha da técnica de 
sedação: 
• Segura; 
• Bem aceita pelo paciente; 
• Não comprometer as vias áereas; 
• Não resultar em hipoventilação ou bradicardia. 
 
MEDICAMENTOS X ÓXIDO NITROSO 
 
Medicamentos: 
Benzodiazepínicos: 
• Classe de medicamentos mais usadas no 
mundo para o tratamento da ansiedade; 
• Efeito inibitório no SNC; 
• Seus efeitos farmacológicos são sedação, 
hipnose, redução de ansiedade, amnésia, 
relaxamento muscular e anticonvulsivante. 
 
• Mecanismo de Ação: Ligam-se a 
receptores do ácido gama-aminobutírico 
(Gaba) pós sinápticos e aumentam a 
permeabilidade a íons cloro, ocasionam 
hiperpolarização e estabilização da 
membrana neuronal. 
 
• Metabolização hepática e eliminação 
renal. 
 
• Deve ser eficaz em dosagem que altere o 
mínimo os sinais vitais, promova rápida 
recuperação e com baixa incidência de 
reações adversas. 
 
Diazepam: 
• Fármaco padrão – introduzido no 
mercado em 1963. 
• Início de ação: 60 minutos; 
• Meia-vida entre 20 a 50 horas – longa 
duração de ação; Atestado de 3 dias. 
• Efeitos clínicos desaparecerem em 2 a 3 
horas, porém a sonolência e o 
prejuízo na função psicomotora podem 
persistir por mais tempo (12-24 h); 
• Adultos: 5 a 10mg 1h antes – Idosos 
5mg 1h antes; 
• Crianças maiores de 4 anos: 0,2 a 
0,5mg/kg 1h antes; 
• Segurança clínica; 
• Efeito analgésico; 
• *Pacientes extremamente ansiosos: 1 
dose na noite anterior. 
 
Midazolam: 
• Sintetizado em 1975 – empregado como 
hipnótico (indução de sono). 
• Rapidamente absorvido • Início de ação: 
30 minutos. 
• Duração do efeito: 1 a 2 horas. 
• Adultos: 7,5 a 15mg 1h antes 
• Idosos: 7,5mg 1h antes 
• Crianças maiores de 4 anos: 0,3 a 
0,5mg/kg 1h antes 
• Apresentação intranasal 
• Amnésia anterógrada 
 
Lorazepam: 
• Início de ação entre 1 e 2 horas; 
• Duração do efeito: entre 2 e 3 horas; • 
Adultos: 1 a 2mg 1h antes; 
• Idosos: 1mg 1h antes; 
• Menos efeitos paradoxais; 
•Principal indicação para idosos; 
• Contra-indicado para crianças. 
• *Pacientes extremamente ansiosos: 1 dose na 
noite anterior. 
 
Alprazolam: 
• Início de ação: 60 minutos. 
• Duração do efeito: 1 a 2 horas. 
• Adultos: 0,5 a 1mg 1h antes 
• Idosos: 0,25 a 0,5mg 1h antes 
• Apresentação em comprimido sublingual – 
Frontal® 
• Contra-indicado para crianças 
• Alternativa ao Midazolam – menos efeitos 
paradoxais. 
 
35 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Efeitos colaterais: 
• Poucos quando empregados em dose única, ou 
por tempo restrito; 
• Mais comum: Sonolência; 
• Amnésia anterógrada - “esquecimento dos fatos 
que se seguiram a um evento tomado como 
ponto de referência.”; 
• Efeitos paradoxais – 1%; 
• Leve diminuição da PA, frequência cardíaca e 
respiratória. 
 
 
Monitoramento do Paciente: 
-Mov. Corporais. 
-Olhos. 
-Expressão Facial. 
-Consciência. 
 
• Oxigênio 
• PA 
 
Uso com Precaução: 
• Pacientes tratados concomitantemente com 
outros fármacos depressores do sistema nervoso 
central (anti-histamínicos, antitussígenos, 
barbitúricos, anticonvulsivantes, etc.), pelo risco 
de potencialização do efeito depressor; 
• Portadores de insuficiência respiratória de grau 
leve; 
• Portadores de doença hepática ou renal; 
• Portadores de insuficiência cardíaca congestiva 
(ICC); 
• Na gravidez (2º trimestre) e durante a lactação. 
 
Contra indicações de uso: 
• Portadores de insuficiência respiratória grave 
• Portadores de glaucoma de ângulo estreito • 
Portadores de miastenia grave 
• Gestantes (primeiro trimestre e ao final da 
gestação) 
• Crianças com comprometimento físico ou 
mental severo 
• História de hipersensibilidade aos 
benzodiazepínicos 
• Apneia do sono 
• Etilistas: além de potencializar o efeito 
depressor dos benzodiazepínicos sobre o SNC, o 
álcool etílico pode induzir maior metabolização 
hepática desses compostos. 
 
Interações Medicamentosas: 
• Álcool 
• Anti-psicóticos / Anti-epiléticos / 
Antidepressivos 
• Opióides (tramadol) • Eritromicina/Rifampicina 
(potencializa ação dos Bdz) 
• Anticoncepcional (potencializa ação dos Bdz) 
• Anti-fúngicos (diminui ação dos Bdz). 
 
Medicamentos utilizados como sedativos em 
crianças: 
 
Hidrato de Cloral: 
• Hidrato de cloral é produzido a partir do cloro e 
etanol em solução ácida; 
• “Boa noite cinderela” 
• Propriedades sedativas e hipnóticas; 
• Apesar de o seu exato mecanismo de ação 
ainda ser incerto, o HC é metabolizado em 
tricloroetanol, metabólito ativo responsável pelos 
efeitos hipnóticos; 
• Meia-vida de 8-12 horas. 
• Efeitos adversos: tosse, desconforto 
respiratório, vômito. 
• Não é vendido em farmácias, precisa ser 
manipulado 
 
Anti-histamínicos: 
• Medicamentos utilizados para controle de 
quadros alérgicos; 
• Inibem a histamina – Sonolência; 
• Efeitos adversos: Sedação (positivo) - 
Hipotensão, tontura (negativos); 
• Início de ação: 30 minutos; 
• 1ª geração: Fenergan, Polaramine; 
• A sedação não acontece em todos os 
pacientes; 
• Efeito paradoxal 
 
SEDAÇÃO MÍNIMA COM ÓXIDO NITROSO: 
 
Óxido Nitroso: 
• “Gás do riso”, “Gás hilariante”; 
• Gás incolor, não irritante e de baixa 
solubilidade; 
• Descoberto pelo químico inglês Joseph 
Priestley (1733-1804); 
• O Cirurgião-Dentista Horace Wells (1815-1848) 
descobriu em 1844 as suas propriedades 
anestésicas e aperfeiçoou sua técnica de uso; 
• Amplamente utilizado na Odontologia – adultos 
e crianças. 
• Tranquiliza o paciente de forma rápida e segura, 
diminuindo a sua sensibilidade à dor – não tem 
efeito analgésico 
 
Como é utilizado? 
• Por meio de uma máscara, o paciente inala uma 
mistura de óxido nitroso e oxigênio com no 
 
36 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
máximo 70% de óxido. Esses dois gases saem 
de cilindros e a proporção da mistura é 
controlada pelo dentista; 
• Após ser inalado, o gás alcança os pulmões. 
Como a substância tem grande capacidade de 
expansão, ela passa pelos alvéolos pulmonares e 
cai na corrente sanguínea; 
• Rapidamente o gás começa a circular pela 
corrente sanguínea em direção ao sistema 
nervoso central, onde o óxido nitroso passa a agir 
cerca de 5 minutos após ser inalado pela 
pessoa; 
• A ação do gás é no córtex cerebral, região 
relacionada aos sentimentos de medo, ansiedade 
e autocensura. 
 
Indicações: 
• Crianças 
• Pacientes ansiosos 
• Doenças cardiovasculares 
• Distúrbios convulsivos 
 
Limitações: 
 • Procedimentos em região anterior de maxila. 
 
Contra indicações: 
• Respiradores bucais 
• Obstrução nasal 
• DPOC 
• Infecções respiratórias agudas 
 
Vantagens em relação aos Benzodiazepínicos: 
• Tempo curto (5 min) para se atingir os níveis 
adequados de sedação e para a recuperação do 
paciente, que muitas vezes pode ser dispensado 
sem acompanhante. 
• A duração e a intensidade da sedação são 
controladas pelo profissional em qualquer 
momento do atendimento - doses 
individualizadas. 
 
 
Desvantagens 
• Investimento alto; 
• Curso de habilitação; 
 
Efeitos Colaterais: 
Muito raros 
• Tontura 
• Náuseas 
• Vômito 
• Dor de cabeça 
• Tremores 
 
Medicamentos alternativos para a Sedação 
Mínima: 
 
FITOTERÁPICOS 
• Valeriana Officinalis – propriedades ansiolíticas 
e hipnóticas; 
• Passiflora incarnata – reduz ansiedade sem 
produzir sedação; 500mg, 90min antes da 
cirurgia, como prémedicação anestésica. 
 
Estudo de Pinheiro (2004) avaliou 
cirurgias bilaterais de terceiros molares 
inclusos em 20 voluntários que utilizaram 
100mg de valeriana por via oral, 1h antes 
do procedimento, e concluíram que 70-
75% dos voluntários mostraram-se mais 
relaxados durante a intervenção. 
 
SEDAÇÃO MODERADA: 
• Estado de depressão da consciência, obtido 
com o uso de medicamentos, no qual o paciente 
responde ao estímulo verbal isolado ou 
acompanhado de estímulo tátil. 
• Não são necessárias intervenções para manter 
a via aérea permeável, a ventilação espontânea é 
suficiente e a função cardiovascular geralmente é 
mantida adequada. 
 
SEDAÇÃO PROFUNDA: 
• Depressão da consciência induzida por 
medicamentos, e nela o paciente dificilmente é 
despertado por comandos verbais, mas responde 
a estímulos dolorosos; 
• A ventilação espontânea pode estar 
comprometida e ser insuficiente; 
• Pode ocorrer a necessidade de assistência para 
a manutenção da via aérea permeável; 
• A função cardiovascular geralmente é mantida. 
 
Enxaguatórios Bucais 
• São formulações líquidas, destituídas de 
abrasividade, que são utilizados como 
coadjuvantes profiláticos importantes no 
controle do biofilme dental. 
• Joseph Lister, foi pioneiro na ideia de 
utilizar desinfetantes nos hospitais e 
durante atos cirúrgicos - queda na 
mortalidade de pacientes, que ocorreu no 
século 19. 
• O desinfetante Listerine® (1879) pelos 
Drs. Joseph Lawrence e Jordan Wheat 
 
37 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Lambert como um antisséptico cirúrgico, 
para ser utilizado desde como 
desinfetante de pisos até para tratar 
DST´s. Era utilizado para limpar sítios 
cirúrgicos e irrigar feridas, reduzindo o 
risco de infecções perigosas após as 
cirurgias. 
• Listerine® foi o 1º antisséptico a ser 
utilizado no atendimento odontológico em 
1895; 
• Usado na Primeira Guerra Mundial pelos 
médicos, para limpar as feridas no campo 
de batalha; 
 
Indicações: 
• Prevenção da cárie dentária; 
• Reduzir a placa bacteriana; 
• Prevenir e tratar a gengivite; 
• Reduzir a velocidade com que o cálculo 
dentário se forma sobre os dentes; 
• Antissepsia pré-cirúrgica; 
• Adjuvantes na cicatrização da ferida 
cirúrgica; 
• Adjuvantes no clareamento dental; 
• Limitações temporárias da motricidade 
dos membros superiores; 
• Pacientes jovens e com boa higiene oral 
não precisam, nem devem, usar 
enxaguatório bucal rotineiramente. 
• Escovação com dentifrício fluoretado é o 
suficiente para manter a saúde bucal. 
• Uso rotineiro e prolongado está associado 
a: 
• Redução do paladar 
• Mancha nos dentes 
• Mau-hálito 
• Câncer bucal: O álcool torna as célulasda mucosa mais permeáveis. Pode ser 
considerado um ‘’promotor’’ do câncer. 
 
O mau hálito não deve ser tratado com 
enxaguatórios. A halitose deve ser diagnosticada 
e tratada com base na causa do problema. 
 
Causas de halitose: 
• Gengivites/Periodontites 
• Causas respiratórias 
• Causas digestivas 
• Causas metabólicas (Ex: diabetes) 
 
Composição: 
• Formulação líquida que combina água, 
álcool, agentes de limpeza (detergentes), 
enzimas, agentes de sabor 
(aromatizantes), emolientes, 
metilparabeno, benzoato de sódio 
(conservantes) e edulcorantes 
(dulcificantes). 
• Agentes antimicrobianos; 
• Flúor ; 
• Sais adstringentes ; 
• Neutralizadores de odores ; 
 
Enxaguatórios bucais: Óleos essenciais: 
LISTERINE 
 
• Timol, mentol, eucaliptol e salicilato de metila; 
• O mecanismo de ação do Listerine® consiste no 
rompimento da parede celular bacteriana, 
inibindo a síntese enzimática, diminuindo os 
lipopolissacarídeos e o conteúdo proteico da 
bactéria, podendo inclusive, extrair endotoxinas 
de patógenos gram-negativos, diminuindo a 
patogenicidade do biofilme dental; 
• Diversos estudos clínicos controlados 
apresentam uma eficácia dos óleos essenciais 
em retardar o desenvolvimento da placa 
bacteriana por até 45 a 56% e reduzir a placa 
existente em até 39 a 48%, sendo que o uso 
contínuo do produto consegue-se reduzir os 
escores de gengivite em até 59%. 
• Aprovado pela American Dental Association; 
 
Desvantagens: 
• Contém álcool - Sensação de queimação e 
gosto ardido; perda de paladar, erosões na 
mucosa, xerostomia. • Causa desequilíbrio na 
microbiota oral; 
• Baixa substantividade – 4h 
 
Cloreto de cetilpiridínio: CEPACOL 
 
• O mecanismo de ação está relacionado com o 
aumento da permeabilidade da parede celular, 
que favorece a lise, diminui o metabolismo 
celular, e a habilidade da bactéria em se aderir a 
superfície dentária; 
• Apresentam moderada atividade anti-placa; 
• Sua efetividade de ação é de apenas 3-5 horas 
devido à rápida desadsorção e, portanto, 
eliminação; Baixa substantividade; 
Não contém álcool na formulação; 
• Contém flúor; 
• Devem ser utilizados como bochechos pelo 
menos uma hora após a escovação dental, pois 
componentes dos dentifrícios podem neutralizar o 
CCP. 
• Uso prolongado dessa substância pode 
provocar sensação de queimação, pigmentação 
dos dentes, ulcerações recorrentes e aumento da 
formação de cálculo. 
 
38 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Triclosan: PLAX 
 
• Ação baseada na desorganização da 
membrana celular e inibição inespecífica de 
enzimas da membrana; amplo espectro 
antimicrobiano, com atividade contra bactérias 
Gram-positivas, Gram-negativas e fungos; 
• Apresenta baixa toxicidade, não promove 
desequilíbrio na microbiota, ausência de efeitos 
colaterais e é plenamente compatível com todos 
os componentes dos dentifrícios; 
• Em concentrações de 0,2% tem moderada ação 
inibitória da placa (menor que a clorexidina) e 
atividade antimicrobiana por 5 horas; 
• Baixa substantividade; 
• Não contém álcool na formulação. Contém 
flúor. 
• Possível agente cancerígeno – estudos em 
animais – controvérsias. 
 
Digluconato de Clorexidina: Periogard 
 
• Age provocando a lise da membrana 
citoplasmática bacteriana, sendo bactericida. 
• Possui grande substantividade, permanecendo 
aderida a ambos tecidos moles e duros bucais 
por até 12 horas. Utilizar de 12/12 horas; Não 
ultrapassar 15 dias. 
• Muito importante para a biossegurança no 
ambiente de trabalho (consultórios, clínicas, etc); 
• Não possui álcool na formulação; 
• Aprovado pela American Dental Association; 
• Antissepsia extrabucal pré-cirúrgica: 2%; 
• Antissepsia intrabucal pré-cirúrgica: 0,2%; 
• Tratamento de gengivites/periodontites: 0,12%; 
(boa eficácia e menores efeitos adversos). 
• Reduz em até 95% o número total de bactérias 
viáveis na cavidade oral; 
 • Até o momento, é o agente mais estudado e 
mais eficaz para a inibição e prevenção da 
gengivite; 
 
• Desvantagens: Manchamento dental e de 
restaurações de resina composta, sabor 
desagradável, alteração de paladar, descamação 
da mucosa. 
 
Benzidamina: FLOGORAL 
• Tratamento de processos inflamatórios e 
dolorosos da boca e garganta. Apresenta 
propriedades anti-inflamatória, analgésica e 
anestésica. Indicações: 
• Aftas (estomatites, mucosites e outras 
manifestações inflamatórias da mucosa bucal e 
da língua); 
• Na dor de dente; 
• Na dor e inflamação da garganta e nos 
sintomas do resfriado e da gripe (amigdalites, 
faringites e laringites); 
• Na dor pós-traumática (após procedimentos 
odontológicos, otorrinolaringológicos e 
bucomaxilofaciais como amigdalectomias, 
fraturas de mandíbula, cistos maxilares, 
calculoses salivares, extração dentária). 
• Não possui ação anti-séptica significativa; 
• Pode ser utilizado para bochecho várias vezes 
ao dia; 
• Efeitos adversos se restringem a 
hipersensibilidade aos componentes da fórmula. 
 
Malva sylvestris: MALVATRICIN 
 
• Malva sylvestris possui ação anti-inflamatória; 
• É utilizada para inflamações da pele, boca, 
garganta (laringite, faringite). 
• Tirotricina + Sulfato de Hidroxiquinolina é um 
medicamento com propriedades antissépticas, 
indicado para o alívio rápido e temporário das 
dores e inflamações da boca e da garganta; 
• Contém álcool. 
 
Pré-requisitos para um bom enxaguatório bucal: 
• Eficácia contra os microrganismos responsáveis 
pela inflamação gengival; 
• Substantividade; 
• Deve permanecer estável em temperatura 
ambiente por tempo considerável; 
• Possuir formulação segura para exposição em 
seres humanos com ausência ou o mínimo de 
efeitos colaterais nocivos. 
 
 
APLICAÇÃO TERAPÊUTICA 
 
Gengivites e Periodontites: 
• Em combinação com o tratamento mecânico, 
utilizar digluconato de clorexidina 0,12%, de 
12/12 horas por 14 dias. Periogard®, Noplak®. 
O anti-séptico disponível no mercado odontológico 
que melhor preenche os itens postulados e 
considerado o “padrão ouro” é a clorexidina na 
forma de digluconato de clorexidina a 0,12%, 
quando comparada com as demais substâncias 
desenvolvidas para atuar sobre a formação de 
placa e desenvolvimento de gengivite. 
 
39 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Alternativa: Listerine®, Cloreto de Cetilperidínio 
– 2x ao dia. 
 
Pós-operatório exodontia: 
A partir do 3º dia: Digluconato de clorexidina 
0,12%, de 12/12 horas, até remover a sutura. 
Alternativa: Malvatricin® - 2x ao dia. 
 
Aftas e Mucosites: 
• Benzidamina (Flogoral), 5x ao dia enquanto 
houver lesões. 
 
Controle de cárie durante o uso do aparelho 
ortodôntico: 
• Triclosan – 2x ao dia. Orientações gerais: 
• Bochechar por pelo menos 1 minuto; 
• Não ingerir alimentos ou líquidos por 30 minutos 
após o bochecho; 
• Não diluir 
 
Bochecho com Água oxigenada: quando utilizar? 
• Não recomendado em casos de: 
Carcinogênico, Irritação da mucosa ou 
Desmineralização dentária. 
• Eficaz contra bactérias gram-negativas. 
Peróxido de hidrogênio a 3% (10 vols.), 
diluído em igual parte de água limpa. 
Utilizar 3x ao dia, após a higienização 
bucal. 
FLUORETO DE SÓDIO: 
• 1950 – ADA recomenda a fluoretação da água 
no abastecimento público ; 
• (OMS, Ministério da Saúde) 
• Eficácia comprovada no controle da cárie 
dentária (diminuição de 20 a 40%); 
• A faixa de concentração de fluoretos usada na 
fluoretação de águas é de 700 a 1200 ppm, 
dependendo do clima da região; 
 
Mecanismo de Ação: 
• Confere resistência ao esmalte dentário ao 
longo de toda vida, nos processos de 
desmineralização/remineralização; 
• A queda de pH do biofilme decorrente da 
produção de ácidos a partir de carboidratos 
possibilita que o fluoreto se ligue ao esmalte 
dentário promovendo a remineralização; 
• A presença contínua de pequenas quantidades 
de flúor no meio bucal é indispensável para que o 
efeito preventivo se manifeste, com a formação 
de fluoreto de cálcio na etapa de 
remineralização; 
• Admite-se que essa nova superfície, contendo 
flúor, é muito menossolúvel em ácidos que a 
superfície de esmalte original 
 
Fontes de Fluoreto de sódio: 
• Água/alimentos; 
• Dentifrícios; 
• Enxaguatórios bucais; 
• Gel; 
• Verniz cavitário. 
 
Dentifrícios fluoretados 
• Devem conter pelo menos 1000 ppm de flúor; 
• Adultos e crianças; 
• Mantém constantes os níveis de flúor na 
cavidade bucal. 
 
Fluoretos de Sódio: Enxaguatórios Bucais: 
• Sensibilidade dental; 
• Alto índice de cáries; 
• Ausência de fluoretação da água, ou com 
baixos índices. 
• As soluções para bochechos contendo 225 ppm 
F (0,05% de NaF) são recomendadas para o uso 
diário e as que contêm 900 ppm F (0,2% de NaF) 
são recomendadas para uso semanal. 
• Produto manipulado; 
• Crianças acima de 6 anos. 
 
Géis Fluoretados: 
• Ausência de fluoretação; 
• Sensibilidade dental; 
• Populações com alto índice de cáries. 
Os géis fluoretados contêm de 0,9 a 1,23% de 
flúor (9.000 a 12.300 ppm F). – Método 
populacional. 
• Não beber água ou comer nos 30 minutos após 
a aplicação. 
 
Vernizes Fluoretados: 
• Tem como objetivo prolongar o tempo de 
contato entre o flúor e o esmalte do dente. Ele 
fica aderido à superfície por um longo período 
após a aplicação; 
• Nos vernizes são encontrados 22.600 ppm F. – 
aplicação no consultório. Indicações: 
• Tratamento dessensibilizante na cervical dos 
dentes; 
• Prevenção da cárie após restauração; 
• Prevenção da cárie em quem faz uso de 
aparelhos ortodônticos fixos; 
• Para superfícies dentárias descalcificadas e 
fissuras descoloradas 
-Nas 12 horas seguintes recomenda-se que os 
pacientes tenham uma alimentação leve e líquida 
e não escovem os dentes nesse período. 
 
Ingestão Frequente: Fluorose Dentária. 
 
 
40 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Ingestão Excessiva: TOXICIDADE AGUDA 
Gastrointestinais: Náuseas, vômitos, diarreia, dor 
abdominal. Neurológicos: 
• Parestesia, depressão do sistema nervoso 
central, coma. Sistema cardiovascular: 
• Pulso fraco, hipotensão, choque. 
 
SOLUÇÕES HEMOSTÁTICAS: 
 
Fios retráteis embebidos em solução 
adstringente. 
Indicações: 
• Preparos protéticos; 
• Moldagem com fins protéticos em localização 
subgengival; 
• Restaurações decorrentes de cárie cervical ou 
abrasões; 
• Fratura de coroa. 
• As soluções adstringentes apresentam efeito 
local e contém sais de alumínio ou ferro, que 
causam isquemia temporária contraindo o tecido 
gengival e controlando o fluído. 
• Manter no local de 3-5 minutos. Não ultrapassar 
10 minutos. 
 
Esponjas Hemostáticas: 
• Meio de hemostasia local, principalmente 
utilizado em pacientes com plaquetopenia. 
• Tem a função de iniciar a agregação de 
plaquetas, permitindo a coagulação sanguínea; 
• Colocar dentro do alvéolo, preenchendo 
completamente. 
 
Avitene® (colágeno microfibrilar) é um material 
de origem bovina, sendo esponjoso, macio e 
poroso. Estimula a adesividade das plaquetas, 
produzindo uma maior aproximação entre elas. 
 
Hemospon® é uma esponja de gelatina liofilizada 
de origem porcina, tendo como indicação do 
fabricante o seu uso em cirurgia oral como 
agente hemostático e cicatrizante. 
 
Surgicel® é uma celulose oxidada e regenerada, 
tendo como elemento básico o ácido 
polianidroglucurônico. Apresenta o formato de 
uma malha com fios entrelaçados e, em contato 
com o sangue, torna-se umedecido e adere-se 
aos vasos sanguíneos, formando um coágulo 
artificial. 
 
TOXINA BOTULÍNICA: 
• A toxina botulínica é produzida naturalmente 
pelo Clostridium botulinum, uma bactéria 
anaeróbia, que produz oito tipos sorológicos de 
toxina, sendo a do tipo-A a mais potente e por 
isto utilizada clinicamente. 
• É um agente bloqueador neuromuscular - causa 
paralisia do músculo na qual é injetada porque 
impede a liberação de acetilcolina, 
neurotransmissor que transporta mensagens 
entre o cérebro e as fibras musculares. Sem a 
ação do nervo, ocorre uma redução temporária 
da atividade muscular. 
 
Indicações na Odontologia 
• Sorriso gengival 
• Bruxismo 
• Assimetria facial 
• Sialorréia 
• Dores na ATM 
 
Efeitos adversos 
• Dor no local de aplicação; 
• Eritema/edema; 
• Equimose; 
• Ptose palpebral; 
• Infecção no local; 
• Cefaleia. 
 
Contra-indicações: 
• Alergia a algum dos componentes da toxina 
(clara de ovo. 
• Infecção no sítio de aplicação, 
• Doenças neuromusculares, 
• Gestantes/Lactantes 
 
Normas de Prescrição de 
Medicamentos 
A lei 5.081/66 que regulamenta o exercício da 
Odontologia, estabelece que compete ao 
cirurgião-dentista prescrever e aplicar 
especialidades farmacêuticas de uso interno e 
externo, indicadas em Odontologia, além de ser 
permitida a prescrição e aplicação de 
medicamentos de urgência no caso de acidentes 
graves que comprometam a vida e a saúde do 
paciente. 
 
Prescrição de Medicamentos em odontologia: 
• Medicamentos isentos de prescrição: 
Venda Livre; 
• Medicamentos vendidos sob prescrição: 
Sem retenção de receita; 
 
41 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Medicamentos vendidos sob prescrição 
de receita - Sujeitos a controle especial: 
Com retenção de receita; 
 
MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO 
(MIP): 
• AAS, Dipirona, Paracetamol 
• Naproxeno, ibuprofeno, cetoprofeno 
• Nistatina, clotrimazol, miconazol (uso tópico) 
• Anti-sépticos bucais 
 
MEDICAMENTOS VENDIDOS SOB PRESCRIÇÃO: 
Quando houver tarja vermelha em que há o texto 
“Venda sob prescrição médica”, o medicamento 
pode ser vendido sem retenção de receita. 
 
• Nimesulida 
• Diclofenaco 
• Piroxicam 
• Dexametasona 
• Betametasona 
• Triancinolona 
• Antifúngicos (uso interno) 
• Antivirais (tópico e uso interno) 
 
MEDICAMENTOS VENDIDOS SOB PRESCRIÇÃO - 
SUJEITOS A CONTROLE ESPECIAL: 
No caso da tarja vermelha em que há o texto 
“Venda sob prescrição médica, só pode ser 
vendido com retenção da receita”, uma via da 
receita fica na farmácia. 
 
• Antibióticos 
• Analgésicos opióides 
• Anti-inflamatórios seletivos da COX-2 
 
No caso da tarja preta em que há o texto “Venda 
sob prescrição médica, o abuso deste 
medicamento pode causar dependência”, deve 
ser prescrito em receita específica. 
 
• Benzodiazepínicos 
TIPOS DE RECEITUÁRIOS: 
Receituário Simples: 
• 1 Via - MIP e medicamentos sob 
prescrição sem retenção de receita; 
• 2 Vias - Antibióticos; 
 
Deve conter: 
Nome do paciente, modo de uso da(s) 
medicação(ões) prescritas, o nome do 
profissional prescritor, acompanhado do 
endereço de consultório ou instituição onde se 
deu o atendimento, data, assinatura e número de 
inscrição no seu respectivo Conselho 
Profissional. 
 
*Quando prescrever antibióticos em receita 
simples, incluir: Idade,sexo. 
 
Receituário de controle especial: 
• 2 Vias: 
• É confeccionado pelo profissional; 
• Não precisa de autorização prévia 
das autoridades sanitárias; 
• Medicamentos da lista C1, C2 e 
C5; 
• Antibióticos (validade 10 dias), 
Analgésios opioides e Anti-
inflamatórios seletivos da COX-2 
(validade de 30 dias); 
• Validade em todo o território 
nacional; 
 
1. Identificação do Emitente: Deve ser 
impresso em formulário do profissional ou 
instituição, contendo nome e endereço do 
consultório ou da residência do 
profissional, número do CRO e no caso da 
instituição, nome e endereço. 
2. Nome e endereço do PACIENTE. 
3. Prescrição: nome do medicamento ou da 
substância prescrita sob forma de DCB, 
 
42 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
dosagem ou concentração, forma 
farmacêutica, quantidade e posologia. 
4. Identificação do comprador e do 
fornecedor: Campos de preenchimento 
exclusivo do farmacêutico. 
5. 1ª Via e 2ª Via são dizeres obrigatórios; 
 
https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2016/01/tipos
-de-receita-prescricao.html 
 
Receita Azul - B: 
• Os talonários de NRB ou NRB2 devem 
ser confeccionados em uma gráfica, a 
expensas do próprio prescritor, de acordo 
com o modelo disponibilizado na Portaria 
SVS/MS 344/98. 
• Requer autorização da Vigilância 
sanitária. 
• Notificação de receita tipo B1 - Cor azul. 
• Para medicamentos relacionadosnas 
listas B1 (Psicotrópicas) - 
BENZODIAZEPÍNICOS. 
• Validade após prescrição: 30 dias. 
Somente no estado emitente. 
• Quantidade máxima/receita: 60 dias de 
tratamento. 
• Limitado a 5 ampolas por medicamento 
injetável. 
 
https://www.slideshare.net/pharmakon
n/informe-tcnico-03-notificaes-de-
receita-b-e-b2 
Receita Amarela - A 
• Para medicamentos relacionados nas 
listas A1 e A2 (Entorpecentes) e A3 
(Psicotrópicos); 
• Validade após prescrição: 30 dias. Válida 
em todo o território nacional. 
• Quantidade máxima/receita: 30 dias; 
• Limitado a 5 ampolas por medicamento 
injetável; 
• Codeína e Tramadol: nas doses utilizadas 
em odontologia devem ser prescritos no 
receituário de controle especial (branco); 
 
ORIENTAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO: 
1. ser clara, legível e em linguagem compreensível; 
2. escrita sem rasura, por extenso e legível; 
3. não apresentar abreviaturas, códigos ou 
símbolos; 
4. informar nome, forma farmacêutica e concentração 
do medicamento prescrito; 
5. conter quantidade total de medicamento (número 
de comprimidos, drágeas, ampolas, envelopes), 
de acordo com a dose e a duração do 
tratamento; 
6. conter via de administração, o intervalo entre as 
doses, a dose máxima por dia e a duração do 
tratamento; 
7. conter nome, endereço e telefone do cirurgião-
dentista de forma a possibilitar contato em 
caso de dúvidas ou ocorrência de problemas 
relacionados ao uso de medicamentos 
prescritos; 
8. conter data da prescrição, assinatura e carimbo 
do prescritor; 
9. conter manifestação expressa se não desejar 
permitir a intercambialidade do medicamento 
de marca prescrito pelo genérico ou similar, 
conforme disposto na Lei nº 9.787/9. 
 
INTERCAMBIALIDADE DE MEDICAMENTOS: 
 
Exemplos: 
 
Genérico 
https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2016/01/tipos-de-receita-prescricao.html
https://cadernodefarmacia.blogspot.com/2016/01/tipos-de-receita-prescricao.html
https://www.slideshare.net/pharmakonn/informe-tcnico-03-notificaes-de-receita-b-e-b2
https://www.slideshare.net/pharmakonn/informe-tcnico-03-notificaes-de-receita-b-e-b2
https://www.slideshare.net/pharmakonn/informe-tcnico-03-notificaes-de-receita-b-e-b2
 
43 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Nimesulida 100mg -------------------------1 caixa 
Tomar 1 (um) comprimido, por via oral, a cada 12 
(doze) horas, por 3 (três) dias. 
 
Referência 
Nisulid® 100mg -----------------------------1 caixa 
Tomar 1 (um) comprimido, por via oral, a cada 12 
(doze) horas, por 3 (três) dias. 
 
Similar 
Cimelide® 100mg --------------------------1 caixa 
Tomar 1 (um) comprimido, por via oral, a cada 12 
(doze) horas, por 3 (três) dias. 
 
Farmácias Públicas: 
• Prescrever a Denominação Comum Brasileira 
(DCB) - nome genérico. 
• A dispensação respeitará a disponibilidade de 
produtos. 
• Nas farmácias privadas pode prescrever 
genérico ou marca comercial. 
 
Exemplos de Receitas: 
Uso externo: 
Digluconato de clorexidina 0,12% ------- 500 ml 
Bochechar 10 ml, durante 1 minuto, de 12 em 12 
horas por 14 dias. 
Obs: Não deglutir, e não ingerir líquidos ou 
sólidos por 30 minutos após o bochecho. 
 
Uso externo: 
Fluoreto de sódio 0,05% -----------------100 ml 
Bochechar 10 ml, durante 1 minuto, 1x ao dia por 
7 dias. 
Obs: Não deglutir, e não ingerir líquidos ou 
sólidos por 30 minutos após o bochecho. 
 
Receita de controle especial branca - 2 vias 
Uso interno: 
Amoxicilina 500mg --------------------------------------
----------------------25 comprimidos 
Tomar 4 (quatro) comprimidos, por via oral, 1 
hora antes da cirurgia, e no pós-operatório tomar 
1 comprimido, por via oral, a cada 8 horas, 
durante 7 (sete) dias. 
 
1 Caixa possui 21 comprimidos. O paciente 
terá que comprar 2 caixas. Sobrará 17 
comprimidos. Deve-se optar por oferecer a 
dose pré-operatória no consultório 
odontológico. 
 
Uso interno: 
Amoxicilina 500mg--------------------------1 caixa 
Tomar 1 (um) comprimido, por via oral, a cada 8 
horas, durante 7 (sete) dias. 
 
Anestésicos Locais e 
Vasoconstritores 
Anestesia Local: 
 
Perda da sensação em uma área circunscrita 
do corpo causada pela depressão da 
excitação nas terminações nervosas ou pela 
inibição do processo de condução nos nervos 
periféricos. 
 
• Perda de sensibilidade sem indução da 
perda de consciência; 
• As substâncias utilizadas devem induzir 
um estado transitório e totalmente 
reversível. 
• Anestésicos locais – injetados ou tópicos. 
 
HISTÓRICO 
• Nativos dos Andes: mastigavam folhas de 
coca (Erythoxylum coca) – Dormência na 
língua. 
• Carl Koller (1884) – Cocaína como 
anestésico tópico para cirurgias 
oftálmicas; 
• William Halstead popularizou a aplicação 
da cocaína para infiltração local; 
• Substituição da cocaína – toxicidade e 
propriedades estimulantes 
• Procaína – em substituição à cocaína em 
1905. 
• 1948 – Lidocaína – Era das amidas. 
MECANISMO DE AÇÃO 
 
Impedem a geração e a condução de um 
impulso nervoso. 
 
 
44 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Bloqueio da via química entre a origem do 
impulso e o cérebro. Portanto, o impulso 
abortado, impedido de chegar ao cérebro, 
não pode ser interpretado como dor pelo 
paciente. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA AÇÃO 
1. Tamanho molecular 
2. Solubilidade lipídica 
3. Tipo de fibra bloqueada 
4. pH do meio 
5. Concentração do anestésico 
6. Associação com vasoconstritores 
 
SEQUÊNCIA DE BLOQUEIO 
1. Dor 
2. Frio 
3. Calor 
4. Tato 
5. Função Motora 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS 
• Compostos por um grupo aromático (parte 
lipofílica), uma cadeia intermediária e um 
grupo terminal amina (parte hidrofílica). 
• Bases fracas, pouco solúveis. 
• Adição de ácido clorídrico, formando um 
sal = cloridrato, que aumenta a 
solubilidade e estabilidade do anestésico. 
 
Classificados conforme a estrutura 
química: 
1. Ésteres: 
• Metabolização Plasmática – hidrólise 
• Ácido para-aminobenzoico (PABA) - 
Potencial alergênico 
• Meia vida curta 
• Benzocaína 
 
2. Amidas: 
• Metabolização hepática (citocromo P450) 
• Mais estáveis 
• Meia vida mais prolongada 
• Lidocaína 
• Mepivacaína 
• Prilocaína 
• Bupivacaína 
• Articaína 
 
PROPRIEDADES DESEJÁVEIS DOS ANESTÉSICOS 
LOCAIS 
1. Não deve ser irritante para o tecido no qual é 
aplicado. 
2. Não deve causar qualquer alteração 
permanente na estrutura dos nervos. 
3. Sua toxicidade sistêmica deve ser baixa. 
4. Deve ser eficaz, independentemente de ser 
infiltrado no tecido ou aplicado localmente nas 
membranas mucosas. 
5. O tempo de início da anestesia deve ser o 
mais breve possível. 
6. A duração de ação deve ser longa o suficiente 
para possibilitar que se complete o procedimento, 
porém não tão longa que exija uma recuperação 
prolongada. 
 
EFEITOS 
• Vasodilatação; 
• Aumento da perfusão sanguínea; 
• Aumenta a velocidade de absorção pelo 
SCV; 
• Diminuição do anestésico no local da 
aplicação; 
• Aumento dos níveis plasmáticos do 
anestésico local; 
• Risco de toxicidade; 
• Diminuição da duração do efeito 
anestésico; 
• Maior sangramento; 
 
Como controlar? 
• Utilização de Vasoconstritores. 
 
VASOCONSTRITORES 
 
Aminas Simpatomiméticas: 
• Epinefrina (adrenalina) 
• Norepinefrina (noradrenalina) 
• Levonordefrina 
• Fenilefrina 
 
Análoga da vasopressina: 
• Felipressina. 
 
Efeitos: 
1. Constrição dos vasos sanguíneos, diminuição 
do fluxo sanguíneo no local de administração. 
 
45 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
2. Absorção mais lenta, logo níveis de 
anestésicos mais baixos no sistema 
cardiovascular. 
3. Menor risco de toxicidade local. 
4. Duração de ação mais prolongada, devido a 
presença mais prolongada do anestésico na zona 
de aplicação. 
5. Diminuição do sangramento no local de ação, 
durante procedimentos cirúrgicos. 
 
Apresentações Comerciais: 
• Lidocaína com epinefrina 
• Lidocaína com norepinefrina 
• Lidocaína com fenilefrina 
• Mepivacaína com epinefrina 
• Mepivacaína com levonordefrina 
• Mepivacaína semvasoconstritor 
• Articaína com epinefrina 
• Prilocaína com felipressina 
• Bupivacaína com epinefrina 
 
BENZOCAÍNA 
• Éster – Uso tópico 
• Anestesia tópica prévia a anestesia 
infiltrativa. 
• Não deve ser empregada em indivíduos 
com história de hipersensibilidade aos 
ésteres. 
• Após aplicação por 2 min, promove 
anestesia da mucosa superficial 
(previamente seca), diminuindo ou 
eliminando a dor à punção da agulha, 
especialmente na região vestibular. 
 
LIDOCAÍNA 
• Mais utilizado na Odontologia; 
• Rápida difusão nos tecidos – rápido 
bloqueio. Início de ação entre 2-4 
minutos; 
• Duração da anestesia pulpar sem 
vasoconstritor é limitada a 5-10 min. 
• Com vasoconstritor, proporciona entre 40-
60 min de anestesia pulpar. 
• Em tecidos moles, sua ação anestésica 
pode permanecer em torno de 120-150 
min. 
• Concentração 1 e 2% - com ou sem 
vasoconstritor. 
• Concentração de 5% por via tópica 
(pomada) – Xylocaína. 
 
MEPIVACAÍNA 
• Potência anestésica similar à da 
lidocaína. 
• Início de ação entre 1,5-2 min. 
• Produz discreta ação vasodilatadora. Por 
isso, quando empregada na forma pura, 
sem vasoconstritor (na concentração de 
3%), promove anestesia pulpar mais 
duradoura do que a lidocaína (por até 20 
min na técnica infiltrativa e por 40 min na 
técnica de bloqueio regional). 
• Metabolização hepática mais lenta que a 
Lidocaína. 
• Toxicidade semelhante à da lidocaína. 
 
 
PRILOCAÍNA 
• Potência anestésica similar à da 
lidocaína. 
• Sua ação tem início entre 2-4 min. 
• É metabolizada mais rapidamente do que 
a lidocaína, no fígado e nos pulmões. 
• Apesar de ser menos tóxica do que a 
lidocaína e a mepivacaína, em casos de 
sobredosagem produz o aumento dos 
níveis de meta-hemoglobina no sangue. 
• Cuidado no uso deste anestésico em 
pacientes com deficiência de oxigenação 
(portadores de anemias, alterações 
respiratórias ou cardiovasculares). 
• Não recomendado para gestantes. 
 
 
ARTICAÍNA 
• Rápido início de ação, entre 1-2 min. 
• Potência 1,5 vezes maior do que a da 
lidocaína. 
• É metabolizada no fígado e no plasma 
sanguíneo. Como a biotransformação 
começa no plasma, sua meia-vida 
plasmática é mais curta do que a dos 
demais anestésicos (40 min), propiciando 
a eliminação mais rápida pelos rins. 
• Reúne as condições ideais de ser o 
anestésico de escolha para uso rotineiro 
em adultos, idosos e pacientes portadores 
de disfunção hepática e renal. 
• Indício de parestesia em bloqueios 
regionais; 
• Sua toxicidade é semelhante à da 
lidocaína. 
 
46 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
BUPIVACAÍNA 
• Sua potência anestésica é 4x maior do 
que a da lidocaína. 
• Por ser mais potente, sua cardiotoxicidade 
também é 4x maior em relação à 
lidocaína. Por isso, é utilizada na 
concentração de 0,5%. 
• Ação vasodilatadora maior em relação à 
lidocaína, mepivacaína e prilocaína. 
• Possui longa duração de ação. No 
bloqueio dos nervos alveolar inferior e 
lingual, produz anestesia pulpar por até 4 
h e em tecidos moles, por até 12 h. 
• Utilizada no controle da dor pós-operatória 
/ espera no atendimento 
• Não indicada para menores de 12 anos. 
 
DURAÇÃO DA ANESTESIA 
 
Início 
da 
ação 
Duração 
Polpa 
Duração 
Tecidos 
Moles 
Lidocaína 2% 2 a 4 
min 
40 a 60 
min 
2 a 3 h 
Lidocaína 2% 
sem vaso 
2 a 4 
min 
5 a 10 
min 
1 a 2 h 
Mepivacaína 
2% 
1,5 a 
2 min 
60 min 3,5 h 
Mepivacaína 
3% sem vaso 
1,5 a 
2 min 
20 a 40 
min 
2 h 
Articaína 4% 1 a 2 
min 
60 a 90 
min 
3 a 4 h 
Prilocaína 3% 2 a 4 
min 
60 a 90 
min 
3 a 4 h 
Bupivacaína 
0,5% 
6 a 10 
min 
2 a 3 
horas 
5 a 9 h 
 
Propriedades gerais dos vasoconstritores: 
• As aminas simpatomiméticas agem sobre 
os receptores adrenérgicos, encontrados 
na maioria dos tecidos do organismo. 
Esses receptores são de dois tipos: alfa 
(α), com os subtipos α1 e α2, ou beta (β), 
com os subtipos β1, e β2. 
Alfa 1 • Vasoconstrição; 
• ⇑ resistência periférica; 
• ⇑ pressão arterial; 
• midríase; 
• Estímulo da contração do esfíncter 
superior da bexiga. 
Alfa 2 • Inibição da liberação de noradrenalina; 
• Inibição da liberação de insulina; 
Beta 
1 
• Taquicardia; 
• ⇑ da lipólise; 
• ⇑ da contratilidade do miocárdio; 
Beta 
2 
• Vasodilatação; 
• ⇓ da rest. periférica; 
• Broncodilatação; 
• ⇑ da glicogenólise musc. e hep. 
• ⇑ liberação do glucagon. 
• Relaxamento da musc. uterina; 
 
• Prolonga a ação anestésica; 
• Diminui a toxicidade; 
• Diminui o sangramento; 
 
CONCENTRAÇÕES 
 
1:50.000 
Em 50.000 ml de solução anestésica há 1g 
(1000mg) do vasoconstritor. 
Em 1ml de solução anestésica há 0,02mg de 
vasoconstritor. 
1:100.000 
Em 100.000 ml de solução anestésica há 1g 
(1000mg) do vasoconstritor. 
Em 1ml de solução anestésica há 0,01mg de 
vasoconstritor. 
1:200.000 
Em 200.000 ml de solução anestésica há 1g 
(1000mg) do vasoconstritor. 
Em 1ml de solução anestésica há 0,005mg de 
vasoconstritor. 
 
EPINEFRINA - ADRENALINA 
• Mais utilizado em todo o mundo, devendo 
ser o agente de escolha para a quase 
totalidade dos procedimentos 
odontológicos em pacientes saudáveis, 
incluindo crianças, gestantes e idosos. 
 
47 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Após a infiltração na maxila ou o bloqueio 
mandibular, a epinefrina promove a 
constrição dos vasos das redes arteriolar 
e venosa da área injetada. 
• Está contida em soluções cujos sais 
anestésicos são a Lidocaína, 
Mepivacaína, Articaína e Bupivacaína. 
• Efeitos cardiovasculares (a depender da 
dose): Efeitos em α1, β1, β2. 
• AUMENTA a frequência cardíaca, a força 
de contração, a pressão arterial e o 
consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
 
Devo usar vasoconstritor em pacientes 
com doença cardiovascular? 
• Se o paciente apresentar dor durante o 
procedimento devido a um controle 
inadequado da duração e profundidade da 
anestesia, consequentemente será 
submetido a um estresse. 
 
Estresse = Liberação de catecolaminas 
endógenas para o sistema cardiovascular em 
nível aproximado de 40 vezes maior que em 
repouso, acarretando uma exacerbação de 
problemas cardiovasculares pré-existentes. 
 
Prudente conversar com o cardiologista 
nas seguintes situações: 
• Hipertensos (PA sistólica > 160 mmHg ou 
diastólica > 100 mmHg). 
• História de infarto agudo do miocárdio – 
recente. 
• Períodotransitórios de 
hipertensão arterial. 
• Através da estimulação α ela produz 
constrição dos vasos sanguíneos 
cutâneos - O grau e a duração da 
isquemia observada após a infiltração no 
palato podem levar à necrose dos tecidos 
moles. 
• Elevação da glicemia, porém, menor do 
que a epinefrina. 
• Encontra-se comercialmente associada a 
Lidocaína (pouco utilizada). 
 
 
48 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
LEVONORDEFRINA 
• Corbadrina 
• Atua por meio da estimulação direta dos 
receptores α (75%), com alguma atividade 
em β (25%). 
• Tem somente 15% da ação vasopressora 
da epinefrina, sem nenhuma vantagem 
em relação a esta. 
• Pouco eficaz para hemostasia. 
• Associada a Mepivacaína - Pouco 
utilizada; 
 
FENILEFRINA 
• É um α-estimulador por excelência (95%), 
pois exerce pequena ou nenhuma ação 
nos receptores β1. 
• Apesar de apresentar apenas 5% da 
potência vasoconstritora da epinefrina, na 
concentração empregada (1:2.500), pode 
promover vasoconstrição com duração 
mais prolongada. 
• Na sobredosagem de fenilefrina (relativa 
ou absoluta), os efeitos adversos também 
são mais duradouros, como o aumento da 
pressão arterial e cefaleia na região 
occipital. 
• Associada a lidocaína 2%. Estudos 
mostram aumento dos níveis sanguíneos 
do anestésico, em comparação com a 
adrenalina. 
• Hemostasia durante o procedimento não é 
tão eficaz. 
 
FELIPRESSINA 
• Análogo sintético da vasopressina 
(hormônio antidiurético), está contida em 
soluções cujo sal anestésico é a 
prilocaína. 
• A vasoconstrição é decorrente de sua 
ação sobre os receptores V1 da 
vasopressina, presentes no músculo liso 
da parede dos vasos sanguíneos, com 
ação muito mais acentuada na 
microcirculação venosa do que na 
arteriolar. 
• Pouco controle da hemostasia, o que 
explica o maior sangramento observado 
durante os procedimentos cirúrgicos. 
• Apresenta ações antidiuréticas e 
ocitócicas, as últimas contraindicando seu 
uso em gestantes. 
• Não tem efeitos diretos no miocárdio; 
utilizada quando há contra-indicação para 
epinefrina. 
• Pode ser administrada com segurança a 
pacientes com hipertireoidismo. 
 
SEM VASOCONSTRITOR 
• Mepivacaína 3% e Lidocaína 2% 
Indicações: 
• Hipertireoidismo sem controle 
• Hipertensão grave não-controlada 
• Doenças cardiovasculares isquêmicas 
• Crianças pequenas – mutilação 
 
Doses máximas de anestésicos: 
 
 
 Cálculo da dose 
1 tubete = 1,8ml 
 
PARÂMETROS 
• Concentração do anestésico na solução 
• Doses máximas recomendadas 
• Peso corporal do paciente 
 
 Passo 1: Calcular a quantidade de anestésico 
presente em cada tubete. 
Passo 2: Calcular a dose máx que o paciente 
pode receber, de acordo com seu peso. 
Passo 3: Calcular a dose máxima que o paciente 
pode receber em tubetes. 
 
Como calcular a quantidade de anestésico por 
tubete? 
Lidocaína 2%. 
20 mg de Lidocaína em 1ml de solução. 
20 mg -------------------------1ml 
x mg ---------------------------1,8 ml 
x = 36 mg 
 
Calcular ou conferir o seguinte: 
• 2% - 36mg por tubete 
• 3% - 54mg por tubete 
 
49 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• 4% - 72mg por tubete 
• 0,5%- 9mg por tubete 
• Independente do sal anestésico. 
 
Como calcular a Dose máxima de tubetes? 
1. Peso do paciente. 
2. Conferir a tabela de dose máxima. 
3. Conferir a quantidade de anestésico por 
tubete. 
4. PESO X DOSE MÁXIMA MG/KG = DOSE 
MÁX DO PACIENTE. 
5. DOSE MÁX DO PACIENTE : QNT DE 
ANESTÉSICO POR TUBETE = DOSE 
MÁXIMA DE TUBETES. 
6. Obs: A dose máx do paciente não pode 
ultrapassar o máximo absoluto. 
 
Paciente de 60 kg 
Articaína 4% 
Dose máxima: 7 mg/kg 
60 x 7 = 420 
420mg / 72mg = 5,8 tubetes 
 
 
ESCOLHA DO ANESTÉSICO LOCAL 
Fatores que influenciam na escolha do 
Anestésico Local para um paciente: 
• Tempo necessário de controle da dor 
• Necessidade potencial de controle da dor 
após o tratamento 
• Possibilidade de automutilação no período 
pós-operatório 
• Necessidade de hemostasia 
• Presença de qualquer contraindicação 
(absoluta ou relativa) à solução 
anestésica local selecionada para 
administração 
 
Em pacientes saudáveis: 
Procedimentos de 
curta a média 
duração. Anestesia 
pulpar > 30 min 
Lidocaína 2% com 
epinefrina 1:100.000 ou 
1:200.000 
 
Mepivacaína 2% com 
epinefrina 1:100.000 
 
Articaína 4% com 
epinefrina 1:100.000 
 
Prilocaína 3% com 
felipressina 0,03 UI/ml 
Procedimentos 
invasivos ou de maior 
tempo de duração. 
Ex: Trat. 
endodôntico, 
exodontias de 
inclusos, cirurgias 
periodontais, 
implantes, enxertos. 
Maxila – Bloqueio 
regional: 
-Lidocaína 2% ou 
mepivacaína 2% com 
epinefrina 1:100.000 -
Técnica infiltrativa: 
Articaína 4% com 
epinefrina 1:100.000 ou 
1:200.000 
 
Mandíbula – Bloqueio 
regional: 
 
-Lidocaína 2% ou 
mepivacaína 2% com 
epinefrina 1:100.000 -
Bupivacaína 0,5% com 
epinefrina 1:200.000 
 
Situações Especiais: 
Disfunção renal ou hepática 
• Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 
• Máximo de 2 tubetes. 
• Evitar Mepivacaína. 
Paciente 60 Kg saudável está sendo 
submetida a um procedimento com 
Prilocaína 3%. Recebeu 2 tubetes e não 
houve sucesso na anestesia. Troca para 
lidocaína 2%. 
Qual a dose máxima de lidocaína que a 
paciente pode receber? 
 
Prilocaína 3% 
Dose por kg: 6mg/kg 
Máximo absoluto: 400mg 
54 mg (em 1 tubete) 
60kg x 6 = 360/ 54 = 6,6 tubetes. 
 
Lidocaína 2% 
Dose por kg: 4,4mg/kg 
Máximo absoluto: 300mg 
36mg (1 tubete) 
60 x 4,4 = 264 mg/36 = 7 tubetes 
Pode receber 5 tubetes. 
Me baseio pelo anestésico que tem a 
menor dose máxima absoluta. 
 
50 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Crianças 
• Mepivacaína 3% sem vaso 
• Lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000. 
 
 
Diabéticos 
• Evitar epinefrina. 
• Utilizar Prilocaína 3% com Felipressina 
0,03UI. 
 
Gestantes 
• Não utilizar Prilocaína com Felipressina. 
• Utilizar Lidocaína 2% 1:100.000 ou 
1:200.000. 
• Máximo de 2 tubetes. 
 
Hipertensos 
• Controlados: Lidocaína 2% com epinefrina 
1:200.000 Máximo de 2 tubetes 
• Não controlados: Prilocaína 3% com 
Felipressina 0,03UI – Máximo de 3 
tubetes. 
 
Complicações Sistêmicas 
Associadas aos 
Anestésicos Locais 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO DE 
FÁRMACOS: 
• Princípio 1: Nenhum fármaco exerce uma 
ação única. Todos os fármacos exercem 
várias ações, desejáveis e indesejáveis. 
• Princípio 2: Nenhum fármaco clinicamente 
útil é inteiramente destituído de 
toxicidade. 
• Princípio 3: A toxicidade potencial de um 
fármaco depende do paciente. 
 
REAÇÕES ADVERSAS: 
• Superdosagem: Sinais clínicos e sintomas 
que se manifestam como resultado de 
administração excessiva absoluta ou 
relativa de um fármaco, o que leva a 
níveis sanguíneos elevados do fármaco 
em seus órgãos-alvo – reação dose-
dependente. 
• Alergia: É um estado hipersensível 
adquirido após exposição a um alérgeno 
particular - substância capaz de induzir 
reatividade corporal alterada - resposta 
exagerada do sistema imune do paciente. 
 
SUPERDOSAGEM 
Para que uma reação por superdosagem ocorra, 
o fármaco deve primeiramente ganhar acesso ao 
sistema circulatório em quantidades suficientes 
para produzir efeitos adversos em vários tecidos 
corporais. 
 
CAUSAS: 
• A biotransformação da droga é muito 
lenta; 
• A droga é eliminada muito lentamente do 
corpo através dos rins; 
• É administrada uma dose total muito 
grande; 
• A absorção local da injeção é 
incomumente rápida; 
• Ocorre administração intravascular 
inadvertida. 
FATORES PREDISPONENTES: 
• Paciente: Idade, peso, outros fármacos, 
doenças pré-existentes, atitude mental. 
• Fármaco: Vasoatividade, concentração, 
dose, via de administração, velocidade de 
injeção, vascularização no local de 
injeção, presença de vasoconstritores. 
 
FATORES RELACIONADOS AO 
PACIENTE: 
 
Idade: 
• Extremos de idade. 
• As funções de absorção, metabolismo e 
excreção podem estar desenvolvidas de 
forma imperfeita em pessoas muito jovens 
e reduzidas em pessoas idosas. 
 
Peso:• Quanto maior o peso corporal, maior a 
dose do fármaco tolerada antes que 
ocorram reações por superdosagem. 
Indivíduos maiores têm maior volume 
 
51 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
sanguíneo e consequentemente um nível 
menor do fármaco por ml de sangue. 
 
Doença Pré-existente: 
• Tanto a disfunção renal quanto a hepática 
dificultam a capacidade de o corpo 
metabolizar e excretar o anestésico local, 
levando a níveis sanguíneos elevados, 
enquanto a insuficiência cardíaca reduz a 
perfusão hepática aumentando, assim, a 
meia-vida dos anestésicos locais do tipo 
amida e elevando o risco de 
superdosagem. 
 
Genética: 
• Uma deficiência na enzima 
pseudocolinesterase sérica. Essa enzima, 
produzida no fígado, circula no sangue e é 
responsável pela biotransformação dos 
anestésicos locais do tipo éster. Uma 
deficiência nessa enzima pode prolongar 
a meia-vida de um anestésico local do tipo 
éster, aumentando, assim, seu nível 
sanguíneo. 
 
 
Atitude Mental: 
• O paciente apreensivo que reage 
exageradamente à estimulação 
(padecendo de dor quando se aplica uma 
leve pressão) mais provavelmente 
receberá uma dose maior de anestésico 
local, o que aparentemente aumentaria o 
risco de superdosagem. 
 
Outros medicamentos: Interações 
Medicamentosas dos anestésicos locais. 
• Meperidina, fenitoína, quinidina (um 
antiarrítmico) ou desipramina (um 
antidepressivo tricíclico); 
• Administrados concomitantes ao 
anestésico local, podem apresentar níveis 
sanguíneos elevados do anestésico local 
e, portanto, resultar em ações tóxicas a 
doses menores, por causa da competição 
com a ligação a proteínas. 
• O bloqueador histamínico H2, cimetidina, 
retarda a biotransformação da lidocaína 
ao competir com o anestésico local pelas 
enzimas oxidativas hepáticas, o que leva 
a níveis sanguíneos de lidocaína 
relativamente elevados. 
 
FATORES RELACIONADOS AO 
FÁRMACO: 
 
Vasoatividade: 
• Anestésicos são vasodilatadores – 
causam aumento da perfusão na área de 
infiltração, provocando maior índice de 
absorção do fármaco para o sistema 
cardiovascular. 
 
Concentração: 
• Quanto maior a concentração do 
anestésico local, maior o número de 
miligramas por mililitro de solução e maior 
o volume sanguíneo circulante do fármaco 
no paciente. Por exemplo, 1,8 mL de uma 
solução a 4% representa 72 mg do 
fármaco, mas 1,8 mL de uma solução a 
2% representa apenas 36 mg. 
 
 
Dose: 
• Deve-se administrar a menor dose 
clinicamente eficaz do fármaco. 
 
Via de administração: 
• Os anestésicos locais, quando usados 
para controle da dor, exercem seus 
efeitos clínicos na área de deposição. 
Idealmente, então, um fármaco anestésico 
local não deve entrar no sistema 
cardiovascular – injeção intravascular 
inadvertida. 
 
Velocidade de injeção: 
• A administração IV rápida (15 segundos 
ou menos) de 36 mg de lidocaína produz 
níveis bastante elevados e virtualmente 
induz uma reação por superdosagem. A 
administração IV lenta (60 segundos ou 
mais) produz níveis significativamente 
menores no sangue com risco menor de 
desenvolvimento de reação grave por 
superdosagem. 
 
 
Vascularização no local de injeção: 
• Quanto maior a vascularização no local de 
injeção, mais rápida é a absorção do 
fármaco da área para a circulação. 
 
52 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
 Associação com vasoconstritor: 
• A adição de vasoconstritor a um 
anestésico local produz diminuição na 
perfusão de uma área e diminuição na 
velocidade de absorção sistêmica do 
fármaco. 
 
Obs: *Superdosagem de Prilocaína e menos 
frequentemente de Lidocaína pode induzir 
metemoglobinemia. 
 
PREVENÇÃO DA SUPERDOSAGEM DE 
AL: 
• Aspirar antes de injetar a solução 
anestésica; 
• Injeções lentas; 
• Monitorando FC, FR, P.A; 
• Conhecimento da técnica anestésica; 
• Conhecimento da anatomia; 
• Conhecimento das doses máximas. 
 
ALERGIAS 
• É um estado de hipersensibilidade, 
adquirido pela exposição a um alérgeno 
particular, independente da dose. 
• Largo espectro de manifestações 
clínicas; 
• Diminuiu muito com o advento das amidas 
(1948); 
• Febre 
• Angioedema 
• Urticária 
• Dermatite 
• Fotossensibilidade 
 
Éster - produção de ácido para-aminobenzóico 
(PABA). 
• Alergenicidade cruzada 
Amidas – alergia ao sal anestésico ou aos 
componentes da fórmula. 
• Não promove alergenicidade cruzada. 
 
ALERGIA AOS COMPONENTES DA 
FÓRMULA: 
 
Bissulfitos de Sódio 
• Adicionado as soluções que contêm 
vasoconstritores; 
• Os bissulfitos são antioxidantes. Evitam a 
oxidação do vasoconstritor pelo oxigênio, 
que poderia estar presente no tubete 
durante a fabricação ou se difundido 
através do diafragma semipermeável do 
tubete. - Aumenta a validade da solução 
anestésica. 
• Na presença de alergia documentada ao 
sulfito, sugere-se o uso de uma solução 
anestésica local sem vasoconstritor (p. 
ex., mepivacaína 3%). 
 
Metilparabenos 
• Agente bacteriostático: não há justificativa 
para incorporá-lo em soluções de uso 
único. 
• Utilizado em soluções anestésicas 
acondicionadas em tubetes plásticos. 
• Exceção – não está presente no tubete de 
plástico - Mepivalem AD 
• Exceção – presente no tubete de vidro: 
Prilocaína 3% com felipressina (Prilonest, 
Citanest) 
 
PREVENÇÃO DE ALERGIAS AOS AL 
• Anamnese detalhada 
• Confiar no paciente 
• Descobrir qual é a droga responsável pela 
reação alérgica 
• Teste de alergia 
• Se não for possível utilizar anestésicos 
locais: anti-histamínicos, hipnose, 
anestesia geral. 
• Ter a disposição – termômetro, máscara 
de oxigênio, adrenalina (0,3 ml/kg – 
1.100.000- IM ou SC). 
 
SUPERDOSAGEM DE VASOCONSTRITORES 
 
SINAIS: 
• Discreta elevação da pressão sanguínea. 
• Elevação da frequência cardíaca 
• Possibilidade de Disritmias cardíacas 
(contrações ventriculares prematuras, 
taquicardia ventricular, fibrilação 
ventricular). 
 
 
53 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
SINTOMAS: 
• Medo 
• Ansiedade 
• Tensão 
• Inquietação 
• Dor de cabeça latejante 
• Tremor 
• Sudorese 
• Fraqueza 
• Vertigem 
• Palidez 
• Dificuldade respiratória 
• Palpitações. 
 
INTERAÇÕES FARMACOLÓGICAS COM 
VASOCONSTRITORES: 
 
BETABLOQUEADORES NÃO 
SELETIVOS: 
• O medicamento bloqueia β1 e β2, 
portanto, a epinefrina age somente nos 
receptores α. Aumento da pressão 
arterial. 
• Ex: propranolol 
 *Epinefrina 
 
ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS: 
• Agem inibindo a recaptação de 
norepinefrina nas terminações nervosas, 
potencializando a ação do anestésico 
local. Promove aumento da pressão 
arterial. 
• Ex: amitriptilina. 
*Aminas Simpatomiméticas 
 
INIBIDORES DA MAO: 
• A monoaminoxidase faz a 
biotransformação das aminas 
simpatomiméticas. A inibição promove 
aumento destas e consequente elevação 
da pressão arterial. 
• Ex: moclobemida e befloxatona. 
 *Aminas Simpatomiméticas 
 
FENOTIAZINA: 
• Promovem bloqueio dos receptores alfa 
adrenérgicos. Assim, pode haver aumento 
da ação da epinefrina sobre os receptores 
βadrenérgicos, com consequente 
diminuição da pressão arterial e 
taquicardia. 
*Epinefrina 
 
COCAÍNA: 
• Estimula a liberação de norepinefrina e 
inibe a sua recaptação, causando 
acúmulo desse neurotransmissor, o que 
promove aumento da pressão arterial, 
taquicardia e aumento do consumo de O2 
pelo miocárdio. Pode causar infarto do 
miocárdio, arritmia e parada cardíaca. 
*Aminas Simpatomiméticas 
 
ANFETAMINAS: 
• Inibem a recaptação de norepinefrina, 
podendo promover taquicardia, 
hipertensão e aumento do trabalho 
cardíaco, infarto do miocárdio, arritmia e 
parada cardíaca. 
*Aminas Simpatomiméticas 
 
Armamentário em 
Anestesiologia 
SERINGAS 
 
Os critérios da American Dental Association 
para a aceitação de seringas para anestésicos 
locais incluem os seguintes: 
 
1. Elas devem ser duráveis e capazes de 
suportar a esterilização repetida sem danos. (Se 
for descartável, a unidade deve ser embalada 
num recipiente estéril.) 
2. Elasocorrido há 
mais de 6 meses, mas ainda com sintomas (p. 
ex., dor no peito ou falta de ar). 
 
ASA IV: Paciente com doença sistêmica severa, 
que está sob constante risco de morte. Quando 
possível, os procedimentos dentais eletivos 
devem ser postergados até que a condição 
médica do paciente permita enquadrá-lo na 
categoria ASA III. As urgências odontológicas, 
como dor e infecção, devem ser tratadas da 
maneira mais conservadora que a situação 
permita. Quando houver indicação inequívoca de 
pulpectomia ou exodontia, a intervenção deve ser 
efetuada em ambiente hospitalar, que dispõe de 
unidade de emergência e supervisão médica 
adequada. 
 
 
 
 
ASA IV 
• Pacientes com dor no peito ou falta de ar, 
enquanto sentados, sem atividade. 
• Incapazes de andar ou subir escadas. 
• Pacientes que acordam durante a noite com 
dor no peito ou falta de ar. 
• Pacientes com angina que estão piorando, 
mesmo com a medicação. 
• História de infarto do miocárdio ou de 
acidente vascular encefálico, no período dos 
últimos 6 meses, com pressão arterial > 
200/100 mmHg. 
• Pacientes que necessitam da administração 
suplementar de oxigênio, de forma contínua. 
 
ASA V: Paciente em fase terminal, quase sempre 
hospitalizado, cuja expectativa de vida não é 
maior do que 24 h, com ou sem cirurgia 
planejada. Nesta classe de pacientes, os 
procedimentos odontológicos eletivos estão 
contraindicados; as urgências odontológicas 
podem receber tratamento paliativo, para alívio 
da dor. 
 
 
ASA VI: Paciente com morte cerebral declarada, 
cujos órgãos serão removidos com propósito de 
doação. Não há indicação para tratamento 
odontológico de qualquer espécie. 
 
Termos básicos da 
Farmacologia 
 
Droga: Substância química capaz de interagir 
com o organismo vivo em algum nível, seja 
morfológico, fisiológico, bioquímico ou 
psicológico, e produzir algum efeito. 
 
Remédio: Pode ser uma droga ou um recurso. 
Tem como objetivo tratar ou prevenir doenças. 
 
ASA V 
• Pacientes com doença renal, 
hepática ou infecciosa em estágio final. 
• Pacientes com câncer terminal. 
 
5 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Medicamento: Produto farmacêutico obtido com 
finalidade profilática. 
 
Princípio Ativo: Substância que deve exercer o 
efeito farmacológico. Responsável pelo efeito 
terapêutico. 
Quando a formulação não apresenta nenhum 
princípio ativo, é denominada de placebo. 
 
Fármaco: Princípio ativo de um medicamento. 
 
Tóxico: Droga que resulta em um efeito danoso 
ao organismo. 
 
Ação do Fármaco: Interação do fármaco com o 
receptor. 
 
Efeito do Fármaco: Expressão visível no 
organismo decorrente da sua ação. 
 
Efeito ou Reação Adversa: Resposta prejudicial, 
não intencional, que ocorre em doses 
normalmente utilizadas para profilaxia, 
diagnóstico e tratamento de doenças. 
 
FÓRMULAS FARMACÊUTICAS 
 
Conjunto de substâncias que entram na 
constituição de um medicamento. 
 
 ➤Oficinal: 
Fórmulas fixas que constam em compêndios, 
formulários ou farmacopeias oficiais, 
reconhecidos pelo Ministério da Saúde. 
Exemplos: água oxigenada, solução de álcool 
iodado, etc. 
 
➤Magistral: 
Formulação preparada na farmácia atendendo a 
uma prescrição, que estabelece sua composição, 
forma farmacêutica, posologia e modo de usar. 
Exemplo: solução de fluoreto de sódio; solução 
de digluconato de clorexidina. 
 
➤Especialidade farmacêutica: 
Produto oriundo da indústria farmacêutica com 
registro na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária e disponível no mercado. 
 
Uma fórmula farmacêutica deve conter a base 
medicamentosa ou princípio ativo. Além disso, 
geralmente contém: 
 
➤Coadjuvante terapêutico: “auxilia” na ação do 
princípio ativo, por diferentes mecanismos. 
Exemplo: quando a Epinefrina é incluída na 
solução anestésica local, retarda a absorção do 
anestésico para a corrente sanguínea, 
diminuindo sua toxicidade e aumentando a 
duração da anestesia. 
 
➤ Coadjuvante farmacotécnico: Facilita a 
dissolução do princípio ativo no veículo ou 
excipiente, ou, ainda, funciona como agente 
suspensor ou emulsificante. 
 
➤Estabilizantes ou conservantes 
Evitam alterações de ordem física, química ou 
biológica e aumentam a estabilidade do produto. 
 
FORMAS FARMACÊUTICAS 
 
SÓLIDAS 
Via oral ou aplicação local. São à base de pós, 
sendo definidos como preparações oriundas de 
substâncias vegetais ou animais, ou ainda 
químicas, que são submetidas a um grau de 
divisão eficiente para garantir a homogeneidade 
e facilitar a administração. Podem assumir 
diferentes formas farmacêuticas. 
 
Comprimidos: São obtidos pela compressão de 
pós de substâncias medicamentosas secas, com 
ou sem excipiente inerte. Podem se dissolver em 
água, na própria cavidade bucal, no estômago ou 
intestinos. Podem ser comprimidos revestidos, 
recobertos por uma ou mais camadas de resinas, 
ceras, substâncias plastificantes, etc. 
 
Drágeas: São comprimidos que recebem um ou 
mais revestimentos externos, seguidos de 
polimento, com o objetivo de mascarar o sabor e 
o odor desagradável de certos princípios ativos 
ou minimizar os efeitos agressivos à mucosa 
gástrica. Não podem ser fracionados, seja por 
partição (divisão em partes iguais) ou trituração. 
 
Cápsulas: São receptáculos de forma e dimensão 
variadas, contendo em seu interior substâncias 
medicinais sólidas, líquidas ou mesmo pastosas. 
Podem ser: gelatinosas e gastrorresistentes, de 
consistência dura, destinadas a resistir ao ataque 
do suco gástrico, de modo que a libertação da 
substância ativa ocorra rapidamente no intestino 
delgado. Não podem ser fracionadas. 
 
 
6 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Granulados: São fórmulas constituídas de um 
aglomerado, contendo um ou mais princípios 
ativos, associados com excipiente sob a forma de 
grãos ou fragmentos cilíndricos. 
 
FORMA 
FARMACÊUTICA 
VANTAGENS 
Granulados ➤Ingestão mais agradável. 
➤Em geral, dissolvem-se 
rapidamente. 
Comprimidos ➤Precisão de dosagem e 
fácil administração. 
➤Podem ser fracionados. 
➤Podem ser conservados 
por maiores períodos. 
Comprimidos 
Revestidos 
➤Protegem da ação da 
luz. 
➤Facilitam a deglutição. 
➤Mascaram o sabor. 
➤Podem impedir a 
degradação no estômago. 
Drágeas ➤Facilitam a deglutição. 
➤Mascaram odor e sabor. 
➤Evitam alterações de 
certos princípios ativos. 
➤Resistem ao suco 
gástrico, só se expondo no 
intestino. 
Cápsulas ➤Permitem o revestimento 
resistente ao suco gástrico. 
➤Liberam mais 
rapidamente o princípio 
ativo do fármaco. 
 
 
 
Além da via oral, as formas farmacêuticas sólidas 
ou semissólidas podem ser empregadas por meio 
de aplicação local, sendo representadas pelos 
cremes, linimentos, unguentos, pastas e 
pomadas, as duas últimas de maior uso em 
odontologia. 
LÍQUIDAS 
Podem ser administradas por via oral ou 
parenteral (soluções injetáveis). 
 
Emulsões: Sistema químico heterogêneo 
constituído por dois líquidos imiscíveis, um dos 
quais está disperso no seio do outro sob a forma 
de gotículas esféricas. (p. ex., emulsão de óleo 
de fígado de bacalhau). Na prática, as emulsões 
não têm indicação em odontologia. 
 
Suspensões: Formas farmacêuticas líquidas, 
viscosas, constituindo-se em uma dispersão 
grosseira, em que a fase externa (maior) é um 
líquido e a fase interna (menor), um sólido 
insolúvel, que se constitui no princípio ativo do 
medicamento. Por ficar suspenso, exige uma 
agitação enérgica do frasco. 
 
Aerossóis: Formas complementares das 
suspensões, por serem um sistema coloidal 
constituído por partículas sólidas ou líquidas 
muito divididas, dispersas num gás. São 
empregados por meio de aparelhos 
nebulizadores, vaporizadores ou aerossol 
dosificador, acompanhado de bocal e 
aerocâmara. 
 
Soluções: São sempre líquidas e obtidas a partir 
da dissolução de um sólido ou líquido em outro 
líquido. São formadas por um solvente mais um 
soluto, o qual deve ser miscível no solvente. Os 
solventes mais utilizados nas soluções são água, 
álcool etílico, glicerina, propilenoglicol,devem ser capazes de aceitar uma 
grande variedade de tubetes e de agulhas de 
fabricantes diferentes e possibilitar o uso 
repetido. 
3. Elas devem ser econômicas, leves e de uso 
simples com uma das mãos. 
 
54 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
4. Elas devem proporcionar a aspiração efetiva e 
ser elaboradas de tal modo que o sangue possa 
ser observado facilmente no tubetes. 
CARPULE - SERINGA COM 
ASPIRAÇÃO, METÁLICA - SERINGA 
CARPULE COM AUTORREFLUXO. 
 
A pressão exercida no êmbolo da seringa força o 
disco de borracha do tubete contra o pino de 
pressão, aumentando sua pressão interna. O 
refluxo ocorre, automaticamente, ao cessar a 
pressão. O disco de borracha volta à posição 
normal, reduzindo a pressão interna do tubete, 
produzindo o efeito de aspiração. 
 
 
CARPULE - SERINGA COM 
ASPIRAÇÃO - METÁLICA DE CARGA 
LATERAL REFLUXO MANUAL 
 
Possuem argola e arpão (saca-rolhas), que trava 
no êmbolo de borracha. Seu apoio do polegar faz 
com que o profissional faça o refluxo, podendo 
puxar para trás e empurrar para frente. 
 
Partes: 
• Adaptador da agulha rosqueável 
• Êmbolo com arpão 
• Apoio para os dedos 
• Corpo da seringa 
• Anel do polegar 
 
 
https://files.passeidireto.com/03517862-cd46-4a5e-a963-
0e8aea1c1ed6/bg2.png 
Vantagens da Seringa Carpule: 
• Cartucho visível 
• Aspiração com uma das mãos 
• Autoclavável 
• Resistente à ferrugem 
• Duração longa com manutenção 
apropriada. 
Desvantagens: 
• Peso (mais pesada que a seringa 
plástica) 
• Pode ser grande demais para operadores 
pequenos 
• Possibilidade de infecção com cuidado 
inadequado. 
OUTROS TIPOS DE SERINGA 
 
Seringas de Pressão para anestesia 
Intraligamentar 
 
 
 
55 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Seringas Plásticas 
 
 
PROBLEMAS COM AS SERINGAS 
 
Vazamento Durante a Injeção 
• Ao recarregar uma seringa com um 
segundo tubete de anestésico local, deve-
se ter cuidado de assegurar que a agulha 
penetre o centro do diafragma de 
borracha. Uma perfuração fora do centro 
produz uma punção ovoide do diafragma, 
permitindo o vazamento da solução 
anestésica em torno da parte externa da 
agulha metálica e para a boca do 
paciente. 
 
Tubete Quebrado 
• Uma seringa muito desgastada pelo uso 
pode danificar o tubete, causando sua 
quebra. Isso também pode ocorrer em 
consequência de um arpão torto. Uma 
agulha que esteja torta em sua 
extremidade proximal pode não perfurar o 
diafragma no tubete. Uma pressão 
positiva sobre o anel do polegar aumenta 
a pressão dentro do tubete, o que pode 
fazer com que ele quebre. 
 
AGULHAS 
• É o veículo que permite que a solução 
anestésica local passe do tubete 
odontológico para os tecidos. 
• Produzidas em aço inoxidável, pré-
esterilizadas e descartáveis. 
• Agulhas gengivais. 
• Diferentes comprimentos e calibres. 
 
Componentes da agulha gengival 
 
 
 
CALIBRE: 
• As agulhas de calibre maior (p. ex., 
calibre 25, calibre 27) devem ser usadas 
em casos em que é maior o risco de 
aspiração positiva, como durante 
bloqueio do nervo alveolar inferior, 
alveolar superior posterior, mentoniano ou 
incisivo, ou quando há maior risco de 
deflexão. 
• As agulhas mais comumente utilizadas 
em odontologia são as de calibre 30 curta 
e a de calibre 27 longa. 
 
COMPRIMENTO: 
• Longas: 30 a 35mm - bloqueios do nervo 
alveolar inferior, mandibular de Gow-
Gates, mandibular de Vazirani Akinosi, 
infraorbital. 
• Curtas: 20 a 25mm – quando não haja 
necessidade da penetração em uma 
profundidade significativa de tecidos 
moles – anestesia infiltrativa. 
• Extra-curtas: 10 a 12mm - injeções 
intraligamentares, intra-ósseas, 
intrapulpares e injeções no palato. 
 
CUIDADO E MANEJO DAS AGULHAS 
1. As agulhas nunca devem ser usadas em mais 
de um paciente. 
2. As agulhas devem ser trocadas depois de 
várias (três ou quatro) penetrações teciduais no 
mesmo paciente. 
3. As agulhas devem ser cobertas com uma 
bainha protetora quando não estiverem sendo 
usadas, para evitar a picada acidental por uma 
agulha contaminada. 
 
56 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
4. Deve-se dar atenção sempre à posição da 
ponta da agulha não coberta, quer dentro ou fora 
da boca do paciente. Isso diminui muito o risco 
potencial de lesão ao paciente e ao 
administrador. 
5. Remover a agulha com pinça hemostática. 6. 
As agulhas devem ser descartadas de maneira 
apropriada após o uso para evitar uma possível 
lesão ou nova utilização por indivíduos não 
autorizados 
PROBLEMAS COM AS AGULHAS 
Dor à Inserção 
• O uso de uma agulha de ponta romba 
pode ocasionar dor à penetração inicial da 
mucosa. Essa dor pode ser evitada 
usando-se agulhas descartáveis novas 
bem pontiagudas e aplicando um 
anestésico tópico no local de penetração. 
Lesão ao Paciente ou ao Administrador 
• A penetração de áreas do corpo pela 
agulha, com a lesão daí resultante, pode 
ocorrer de maneira não intencional. Uma 
causa importante é a falta de atenção por 
parte do administrador, embora um 
movimento súbito e inesperado do 
paciente também seja uma causa 
frequente. 
Fratura da agulha 
• Não é necessário entortar a agulha para a 
maioria das técnicas utilizadas em 
Odontologia. 
• Exceções: Raiz distal de um segundo 
molar mandibular (LPD), canais em 
dentes posteriores (intrapulpar) ou de 
injeções no osso distal a um segundo 
molar (intraóssea), em que o local de 
injeção não é acessível por uma agulha 
reta; 
• Não inserir a totalidade da agulha no 
tecido; 
• Não se deve fazer tentativas de mudar a 
direção de uma agulha quando ela estiver 
incrustada num tecido. Se for necessário 
mudar a direção da agulha, deve-se 
primeiro 
retirar a agulha quase que totalmente do 
tecido e, então, alterar sua direção. 
• Não devem ser feitas tentativas de forçar 
uma agulha contra resistência (as agulhas 
não são projetadas para 
penetrar ossos). 
 
TUBETES 
Cilindro de vidro ou plástico contendo a solução 
anestésica. 
Conteúdo: 1,8ml 
Composição: 
• Sal anestésico 
• Vasoconstritor* 
• Bissulfito de sódio 
• Metilparabeno* 
• Cloreto de sódio 
• Água estéril 
 
 
https://www.researchgate.net/profile/Belfort-
Edgard/publication/237577352/figure/fig1/AS:669466522308
638@1536624665969/Figura-1-Composicao-esquematica-
do-tubete-anestesico.ppm 
 
Os anestésicos locais são comercializados em 
caixas com 50 tubetes acondicionados em 
embalagens blister com 10 tubetes. 
 
TUBETE DE VIDRO X TUBETE DE 
PLÁSTICO 
 
É preferível utilizar sempre tubetes de vidro. 
 
Desvantagens dos tubetes plásticos: 
• Metilparabeno (bacteriostático); 
• Vedamento deficiente; 
• Vazamento de solução durante a injeção; 
• Êmbolo não desliza fácil suavemente, 
solução ora administrada muito rápido, 
ora muito devagar - desconforto. 
 
57 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Dificuldade de leitura das informações 
contidas no tubete. 
CUIDADO E MANUSEIO DOS 
TUBETES 
• Não devem ser submetidos a 
esterilização; higienizar com álcool 70% – 
não submergir; 
• Os tubetes anestésicos locais devem ser 
armazenados em seu recipiente original, 
de preferência à temperatura ambiente (p. 
ex., 21°C a 22°C) e num lugar escuro; 
• Não aquecer. 
PROBLEMAS COM OS TUBETES 
Bolha no Tubete 
• Uma pequena “bolha” de 
aproximadamente 1 a 2 mm de diâmetro é 
normal. Ela é constituída de nitrogênio 
gasoso, que foi borbulhado na solução 
anestésica local durante sua produção 
para impedir que o oxigênio ficasse preso 
dentro do tubete. 
• Uma bolha maior, que pode estar 
presente no caso de um êmbolo que 
esteja extruído além da borda do tubete, é 
decorrente do congelamento da solução 
anestésica. Descartar, pois não se pode 
garantir a esterilidade da solução. 
 
Ardência à Injeção 
Uma sensação de ardência à injeção da solução 
anestésica pode ser consequente a: 1. Resposta 
normal ao pH da droga 
2. Tubete contendo uma solução esterilizante 3. 
Tubete superaquecido 
4. Tubete contendo um vasopressor 
5. Data de validade – oxidação do bissulfeto de 
sódio.Tubetes quebrados 
• Causa mais comum - rachadura durante o 
transporte. 
• Caso seja encontrado num recipiente um 
tubete quebrado, todos os tubetes 
restantes devem ser examinados quanto a 
rachaduras. 
• Submeter um tubete rachado à pressão 
da injeção muitas vezes faz o tubete se 
romper ou “explodir”. Se isso ocorrer 
dentro da boca do paciente, pode haver 
sequelas graves em consequência da 
ingestão do vidro. 
• Outras causas: Tubete com êmbolo 
extruído ou seringas com arpão torto. 
 
PASSO A PASSO DA TÉCNICA ANESTÉSICA 
TÉCNICA DE INJEÇÃO 
ATRAUMÁTICA: 
1. Use uma agulha pontiaguda esterilizada. 2. 
Verifique o fluxo da solução anestésica local. 
3. Posicione o paciente. 
4. Seque o tecido. 5. Aplique um anestésico 
tópico. 6. Comunique-se com o paciente. 
7. Estabeleça um apoio firme para a mão. 
8. Estique o tecido. 
9. Mantenha a seringa fora da linha de visão do 
paciente. 
10. Introduza a agulha na mucosa. 
11. Observe o paciente. 
12. Injete algumas gotas da solução anestésica 
local durante a inserção da agulha. 
13. Faça a agulha avançar lentamente até o alvo. 
14. Aspire e verifique o tubete. 
15. Aplique a solução anestésica de forma lenta e 
constante (1ml por minuto.) 
16. Retire lentamente a seringa e cubra a 
agulha. 
17. Observe o paciente após a injeção – Aguarde 
5 minutos. 
 
Técnicas Anestésicas 
Maxilares 
TIPOS DE INJEÇÃO DE 
ANESTÉSICO LOCAL 
 
Infiltração local: Infiltrado próximo a pequenas 
terminações nervosas na área do tratamento. A 
incisão é realizada na mesma área na qual o 
anestésico local foi depositado. 
Ex: Papila interproximal antes do alisamento 
radicular, biópsia de tecidos moles. 
 
 
58 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Bloqueio de campo: Infiltrado próximo aos ramos 
nervosos terminais maiores. A incisão é realizada 
na área distante do local da injeção do 
anestésico. 
Ex: Injeções maxilares administradas acima do 
ápice do dente. 
 
 
 
Bloqueio de nervo: Infiltrado próximo a um tronco 
nervoso principal, geralmente distante do local de 
intervenção operatória. 
Ex: Injeções nos nervos alveolar superior 
posterior, alveolar inferior, maxilar. 
 
 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS 
MAXILARES 
 
1. Supraperiosteal 
2. Bloqueio do nervo alveolar superior posterior 
(NASP) 
3. Bloqueio do nervo alveolar superior médio 
(NASM) 
4. Bloqueio do nervo alveolar superior anterior 
(NASA) 
5. Bloqueio do nervo palatino maior 
6. Bloqueio do nervo nasopalatino 
7. Bloqueio do nervo maxilar 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS 
COMPLEMENTARES 
1. Injeção intraóssea 
2. Injeção intraligamentar 
3. Injeção intrasseptal 
4. Injeção intrapulpar 
5. Injeção submucosa 
 
 
 
 
INJEÇÃO SUPRAPERIOSTEAL 
 
Técnica de bloqueio de campo, popularmente 
chamada de “infiltração local”, ou “anestesia 
infiltrativa”. Técnica de escolha para a maioria 
dos procedimentos na maxila. 
 
Áreas anestesiadas 
Toda a região inervada pelos grandes ramos 
terminais desse plexo: polpa e área da raiz do 
dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e 
mucosa. 
 
Técnica 
1. É recomendada agulha curta de calibre 27 (BR 
– calibre 30). 
2. Área de introdução: acima do ápice do dente a 
ser anestesiado. 
3. Área-alvo: região apical do dente a ser 
anestesiado. 
4. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do 
dente e introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular sobre o dente-alvo. 
5. Avançar a agulha até que o bisel esteja na 
região apical do dente ou acima desta. 
6. Aspirar. 
7. Caso a aspiração seja negativa, injetar 
aproximadamente 0,6 ml (um terço de um tubete) 
lentamente. (Não deixe os tecidos inflarem como 
um balão.) 
 
Indicações 
• Anestesia pulpar dos dentes superiores, 
quando o tratamento é limitado a um ou 
dois dentes. 
• Anestesia dos tecidos moles para 
procedimentos cirúrgicos em área 
circunscrita. 
 
 
 
 
59 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área de 
injeção. 
• Osso denso recobrindo os ápices 
dentários. 
 
Vantagens 
• Alta taxa de sucesso (>95%). 
• Injeção tecnicamente fácil. 
• Em geral é totalmente atraumática. 
 
Desvantagens 
• Não recomendada para grandes áreas 
devido à necessidade de múltiplas 
introduções da agulha e de administração 
de volumes totais maiores do anestésico 
local. 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
ALVEOLAR SUPERIOR 
POSTERIOR 
 
Áreas anestesiadas 
• Polpas do terceiro, segundo e primeiro 
molares superiores (todo o dente = 72%; 
raiz mesiovestibular do primeiro molar 
superior não anestesiada = 28%). 
• Tecido periodontal vestibular e osso 
sobrejacente a estes dentes. 
 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha curta de calibre 27 é recomendada 
(BR – calibre 30). 
2. Área de introdução: altura da prega 
mucovestibular acima do segundo molar superior. 
3. Assumir a posição correta, de frente para o 
paciente. NASP esquerdo em posição 10h e 
NASP direito em posição 8h. 
4. Retrair a mucosa jugal do paciente (para 
melhorar a visibilidade). 
5. Introduzir a agulha na altura alta da prega 
mucovestibular sobre o segundo molar – ângulo 
de 45º. 
6. Avançar a agulha lentamente para cima, para 
dentro e para trás em um só movimento. 7. No 
adulto de tamanho normal, a penetração deve ir 
até uma profundidade de 16 mm. 
8. Aspirar 2x. Girar agulha. 
9. Lentamente, depositar 0,9 a 1,8 ml de solução 
de anestésico. 
 
Indicações 
• Tratamento de dois ou mais molares 
superiores. 
• Quando a injeção supraperiosteal está 
contraindicada (p. ex., na presença de 
infecção ou inflamação aguda). 
• Quando a injeção supraperiosteal foi 
ineficaz. 
 
Contraindicações 
• Quando o risco de hemorragia é muito 
grande (como no hemofílico), caso no qual 
é recomendada a injeção supraperiosteal 
ou do LPD. 
 
Vantagens 
• Atraumático; quando o bloqueio do nervo 
ASP é executado corretamente, em geral 
o paciente não sente dor. 
• Taxa de sucesso elevada (> 95%) 
• Número mínimo de injeções é necessário 
a. Uma injeção em comparação com a 
opção de três infiltrações. 
 
60 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Minimiza o volume total de solução 
anestésica local administrada. 
 
Desvantagens 
• Risco de hematoma, que geralmente é 
difuso. 
• Técnica até certo ponto arbitrária: não há 
pontos de referência ósseos durante a 
injeção. 
• É necessária uma segunda injeção para o 
tratamento do primeiro molar (raiz 
mesiovestibular). 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO 
 
Áreas anestesiadas 
• Polpas do primeiro e segundo pré-molares 
superiores, raiz mesiovestibular do 
primeiro molar superior. 
• Tecidos periodontais vestibulares e osso 
sobre estes mesmos dentes. 
 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha curta ou longa de calibre 27 é 
recomendada. 
2. Área de introdução: altura da prega 
mucovestibular acima do segundo pré-molar 
superior. 
3. Assumir a posição correta, de frente para o 
paciente. NASM direito em posição 10h e NASM 
esquerdo em posição 8 ou 9h. 
4. Distender o lábio superior do paciente para 
tensionar os tecidos e obter visibilidade. 
5. Introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular acima do segundo pré-molar. 6. 
Penetrar a mucosa e avançar a agulha 
lentamente até que sua extremidade esteja 
localizada acima do ápice do segundo pré-molar. 
7. Aspirar. 
8. Depositar lentamente 0,9 a 1,2 ml (de metade 
a dois terços do tubete) da solução. 
 
Indicações 
• Quando o bloqueio do nervo infraorbitário 
não produzir anestesia pulpar distal ao 
canino superior. 
• Procedimentos dentários envolvendo 
apenas os pré-molares superiores. 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área da injeção 
ou de depósito do fármaco. 
 
Vantagens 
• Minimiza o número de injeções e o volume 
de solução. 
 
Desvantagens 
• Nenhuma 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
ALVEOLAR SUPERIOR 
ANTERIOR 
 
 
NASA – Técnica do forame infra-orbitário 
 
Áreas anestesiadas 
• Polpas do incisivo central superior até o 
canino superior do lado da injeção. 
 
61 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Em cerca de 72% dos pacientes,as 
polpas dos pré-molares superiores e a raiz 
mesiovestibular do primeiro molar. 
• Periodonto vestibular (labial) e osso 
destes mesmos dentes. 
• Pálpebra inferior, lateral do nariz, lábio 
superior. 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha longa de calibre 25 ou 27 é 
recomendada, ou curta de calibre 27, em crianças 
e adultos menores. 
2. Área de inserção: altura da prega 
mucovestibular diretamente sobre o primeiro pré-
molar superior. 
3. Área-alvo: forame infraorbitário (abaixo da 
incisura infraorbitária). 
4. Assumir a posição correta, de frente para o 
paciente na posição de 10 horas, para o lado 
direito ou esquerdo. 
5. Posicionar o paciente em posição supina ou 
semissupina, com o pescoço ligeiramente 
estendido. 
6. Localizar o forame infraorbitário. Manter o dedo 
sobre o forame ou marcar a pele neste ponto. 
7. Afastar o lábio do paciente, tensionando os 
tecidos na prega mucovestibular e aumentando a 
visibilidade. 
8. Introduzir a agulha na altura da prega 
mucovestibular sobre o primeiro pré-molar. A 
agulha deve ser mantida paralela ao eixo 
longitudinal do dente. 
9. A profundidade aproximada da penetração da 
agulha será de 16 mm. 
10. Aspirar 
11. Depositar lentamente de 0,9 a 1,2 ml 
 
 
 
 
Indicações 
• Procedimentos envolvendo mais de dois 
dentes superiores e os tecidos 
vestibulares sobrejacentes. 
• Inflamação ou infecção (que contraindica 
a injeção supraperiosteal) 
• Quando as injeções supraperiosteais 
forem ineficazes devido ao osso cortical 
denso. 
 
Contraindicações 
• Áreas pequenas (apenas um ou dois 
dentes; preferência pela injeção 
supraperiosteal). 
• A hemostasia de áreas localizadas, 
quando desejável, não pode ser 
adequadamente atingida com esta 
injeção; a infiltração local na área do 
tratamento está indicada. 
 
Vantagens 
• Técnica simples 
• Comparativamente segura; minimiza o 
volume de solução utilizado e o número 
de punções necessárias para a obtenção 
da anestesia. 
 
Desvantagens 
• Psicológicas: Administrador: pode haver 
um medo inicial de lesar o olho do 
paciente (a experiência com a técnica leva 
à segurança) 
• Psicológicas: Paciente: a abordagem 
extraoral do nervo infraorbitário pode ser 
incômoda; contudo, as técnicas intraorais 
raramente representam um problema. 
• Anatômica: dificuldade em definir pontos 
de referência. 
 
ANESTESIAS NO PALATO 
 
• Tendem a ser mais dolorosas; 
• Técnica para obter uma anestesia 
atraumática: 
1. Produzir anestesia tópica adequada no 
local de penetração da agulha. 
2. Usar anestesia por pressão no local 
antes e durante a introdução da agulha e 
a deposição da solução. 
3. Manter controle sobre a agulha. 
4. Injetar a solução de anestésico 
lentamente. 
 
 
62 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
BLOQUEIO DO NERVO 
PALATINO MAIOR 
 
 
 
 
Áreas anestesiadas 
• A parte posterior do palato duro e os 
tecidos moles sobrejacentes, 
anteriormente até o primeiro pré-molar e 
medialmente até a linha média. 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. 
2. Área de introdução: tecidos moles levemente 
anteriores ao forame palatino maior. 
3. Pontos de referência: forame palatino maior e 
junção do processo alveolar maxilar e osso 
palatino. 
4. Assumir a posição correta, para o NPM direito, 
na posição de 7 ou 8 horas, para o NPM 
esquerdo, na posição de 11 horas. 
5. Localizar o forame palatino maior. 
6. Preparar o tecido no local de injeção, apenas 1 
a 2 mm anterior ao forame palatino maior. 
7. Direcionar a seringa para a boca a partir do 
lado oposto, com a agulha aproximando-se do 
local de injeção, em ângulo reto. 
8. Depositar um pequeno volume do anestésico 
no local de injeção - Continuar a injetar pequenos 
volumes durante todo o procedimento. 
9. Avançar lentamente a agulha até que toque 
suavemente o osso palatino – 5mm. 
10. Aspirar 
11. Injetar lentamente ¼ a 1/3 do tubete 
anestésico. 
 
Indicações 
• Tratamento restaurador em mais de dois 
dentes (p. ex., em restaurações 
subgengivais e inserção de matriz 
subgengival). 
• Para controle da dor durante 
procedimentos periodontais ou cirúrgicos 
orais envolvendo os tecidos palatinos 
moles e duros. 
• Pequenas áreas de tratamento (um ou 
dois dentes). 
 
Contraindicações 
• Inflamação ou infecção no local da 
injeção. 
 
Vantagens 
• Minimiza as penetrações da agulha e o 
volume de solução. 
• Minimiza o desconforto para o paciente. 
Desvantagens 
• Não há hemostasia, exceto na área 
próxima da injeção. 
• Potencialmente traumático. 
 
 
 
 
 
63 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
BLOQUEIO DO NERVO 
NASOPALATINO 
 
Áreas anestesiadas 
• Porção anterior do palato duro (tecidos 
moles e duros) bilateralmente desde a 
face mesial do primeiro pré-molar direito à 
face mesial do primeiro pré-molar 
esquerdo. 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. 
2. Área de introdução: mucosa palatina 
imediatamente lateral à papila incisiva. 
3. Área-alvo: forame incisivo, sob a papila 
incisiva. 
4. Trajeto de introdução: aproximar o local de 
injeção em um ângulo de 45 graus em direção à 
papila incisiva 
5. Procedimento: Sentar-se na posição de 9 ou 10 
horas voltado para a mesma direção do paciente. 
6. Preparar o tecido imediatamente lateral à papila 
incisiva. 
7. Depositar um pequeno volume do anestésico 
no local de injeção - Continuar a injetar pequenos 
volumes durante todo o procedimento. 
8. Avançar lentamente a agulha até que toque 
suavemente o osso - 5mm. 
9. Recue 1mm, aspire. 
10. Injetar lentamente ¼ a 1/3 do tubete 
anestésico. 
11.Observar isquemia. 
 
Indicações 
• Anestesia dos tecidos moles palatinos 
para tratamento restaurador em mais de 
dois dentes (p. ex., restaurações 
subgengivais e inserção de matriz 
subgengival). 
• Controle da dor durante procedimentos 
periodontais ou cirúrgicos orais 
envolvendo os tecidos moles e duros do 
palato. 
 
Contraindicações 
• Inflamação ou infecção no local da 
injeção. 
• Pequenas áreas de tratamento (um ou 
dois dentes). 
 
 
Vantagens 
• Minimiza as penetrações da agulha e o 
volume de solução. 
• Minimiza o desconforto para o paciente. 
 
Desvantagens 
• Não há hemostasia, exceto na área 
próxima da injeção. 
• Potencialmente a injeção intraoral mais 
traumática. 
 
 
 
INFILTRAÇÃO LOCAL NO 
PALATO 
 
Nervos Anestesiados 
Ramos terminais dos nervos nasopalatino e 
palatino maior. 
 
Áreas Anestesiadas 
Tecidos moles na vizinhança imediata da 
injeção. 
 
Indicações 
• Basicamente para obter hemostasia 
durante procedimentos cirúrgicos. 
• Controle da dor palatogengival quando 
são necessárias áreas limitadas de 
anestesia para a aplicação de grampo de 
isolamento absoluto, para adaptar o fio de 
retração no sulco gengival, cirurgias 
menores. 
 
Contraindicações 
• Inflamação ou infecção no local da 
injeção. 
• Controle da dor em áreas de tecido mole 
envolvendo mais do que dois dentes. 
 
64 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Vantagens 
• Produz hemostasia aceitável quando um 
vasoconstritor é utilizado. 
• Produz uma área mínima de dormência, 
minimizando assim o desconforto do 
paciente. 
 
Desvantagens 
• Injeção potencialmente traumática. 
*Evitar Norepinefrina. 
 
Técnica 
1. Uma agulha curta calibre 27 é recomendada. 
2. Área de introdução: gengiva inserida, de 5 a 10 
mm da margem livre da gengiva. 
3. Área-alvo: tecidos gengivais de 5 a 10 mm da 
margem livre da gengiva 
4. Trajeto de introdução: aproximar-se do local da 
injeção em um ângulo de 45 graus. 
5. Procedimento: Sentar-se na posição de 10 
horas, ficar de frente para o paciente para a 
infiltração do lado direito, e ficar voltado na 
mesma direção que o paciente para a infiltração 
do lado esquerdo. 
6. Preparar o tecido no local de injeção. 
7. Depositar um pequeno volume do anestésico 
no local de injeção - Continuar a injetar pequenos 
volumes durante todo o procedimento. 
8. Avançar lentamente a agulha até que toque 
suavemente o osso – 3a 5 mm. 
9. Injetar lentamente até ¼ do tubete anestésico. 
10. Observar isquemia. 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
MAXILAR 
 
Áreas anestesiadas 
• Anestesia pulpar dos dentes superiores no 
lado do bloqueio. 
• Periodonto vestibular e osso sobrejacente 
a estes dentes. 
• Tecidos moles e osso do palato duro e 
parte do palato mole, medialmente à linha 
média. 
• Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, 
bochecha e lábio superior. 
 
 
 
Técnica - Abordagem da Tuberosidade Alta 
1. Uma agulha longa de calibre 27 é 
recomendada. 
2. Área de introdução: altura da prega 
mucovestibular acima da face distal do segundo 
molar superior 
3. Área-alvo: a. Nervo maxilar, no ponto onde ele 
atravessa a fossa pterigopalatina b. Superior e 
medial à área-alvo do bloqueio do nervo ASP. 
4. Assumir a posição correta, de frente para o 
paciente. Lado esquerdo, na posição 10 horas de 
frente para o paciente, lado direito na posição de 
8 horas de frente para o paciente. 5. Preparar o 
tecido na altura da prega mucovestibular, na face 
distal do segundo molar superior. 
6. Retrair a mucosa jugal na área da injeção com 
seu dedo indicador para aumentar a visibilidade. 
Inserir e avançar a agulha lentamente para cima, 
para dentro e para trás. 
7. Avançar a agulha até uma profundidade de 30 
mm. 
8. Aspirar. 
9. Depositar lentamente 1,8 ml de anestésico. 
 
Técnica - Abordagem do Canal Palatino Maior 
1. Uma agulha longa de calibre 27 é 
recomendada. 
2. Área de introdução: tecidos moles palatinos 
diretamente sobre o forame palatino maior. 
3. Área-alvo: Nervo maxilar, no ponto onde ele 
atravessa a fossa pterigopalatina. 
4. Assumir a posição correta. Lado direito, de 
frente para o paciente, na posição 7 ou 8h. Lado 
esquerdo, sentar-se na mesma direção do 
paciente na posição de 10 ou 11h. 
5. Preparar os tecidos diretamente sobre o 
forame palatino maior. 
6. Depositar um pequeno volume do anestésico 
no local de injeção - Continuar a injetar pequenos 
volumes durante todo o procedimento. 
 
65 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
7. A agulha deve ser mantida em um ângulo de 
45 graus para facilitar a entrada no forame 
palatino maior. 
8. Após localizar o forame, avançar a agulha 
lentamente no canal palatino maior até uma 
profundidade de 30 mm. 
9. Aspirar. 
10. Depositar lentamente 1,8 ml de anestésico. 
 
Indicações 
• Controle da dor antes de procedimentos 
cirúrgicos extensos, periodontais ou 
restauradores. 
• Quando uma inflamação ou infecção 
impede o uso de outros bloqueios 
regionais ou da injeção supraperiosteal. 
• Procedimentos diagnósticos ou 
terapêuticos para neuralgias ou tiques da 
segunda divisão do nervo trigêmeo. 
 
Contraindicações 
• Profissional inexperiente 
• Pacientes pediátricos 
• Inflamação ou infecção dos tecidos 
sobrejacentes ao local da injeção 
• Risco de hemorragia (p. ex., em um 
hemofílico). 
• Incapacidade de conseguir acesso ao 
canal; obstruções ósseas. 
 
Vantagens 
• Técnica usualmente atraumática. 
• Alta taxa de sucesso (> 95%). 
• Minimiza o número de perfurações da 
agulha. 
• Minimiza o volume total de solução 
anestésica. 
 
Desvantagens 
• Risco de hematoma, principalmente com a 
abordagem da tuberosidade alta. 
• A abordagem pela tuberosidade alta é 
relativamente arbitrária. 
• Ausência de hemostasia 
• Dor: a abordagem do canal palatino maior 
é potencialmente traumática. 
 
TÉCNICAS ANESTÉSICAS 
COMPLEMENTARES 
 
TÉCNICAS SUPLEMENTARES 
- Injeção intra-óssea 
• Intraóssea 
• Intraligamentar 
• Intrasseptal 
 
- Injeção intrapulpar 
 
- Injeção submucosa 
 
INJEÇÃO INTRA-ÓSSEA 
 
• Injeção da solução no tecido esponjoso, 
entre camadas corticais da mandíbula ou 
da maxila, tornando mais rápida a difusão 
da solução anestésica; 
• Risco de lesar raízes dentais; 
• Penetra-se o tecido ósseo com broca e 
insere a agulha no local, depositando a 
solução anestésica; 
• Indicação: Controle da dor para 
tratamentos dentários num único dente ou 
em múltiplos dentes num quadrante – 
Endodontia. 
 
 
 
Técnica 
1. Aplicar anestésico tópico no local da injeção 
para anestesiar os tecidos moles. 
2. Enquanto a broca é mantida em posição 
perpendicular à lâmina cortical, empurrá-la 
gentilmente através da gengiva inserida até que 
sua extremidade repouse contra o osso. 3. Ativar 
a peça de mão e pressionar a broca em “pulsos 
curtos” até sentir uma perda súbita de 
resistência. 
4. Retirar a broca. 
 
66 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
5. Introduzir a agulha anestésica no orifício e 
injetar o volume de anestésico local apropriado 
ao procedimento (1/4 a 1/3 do tubete). 
 
Áreas Anestesiadas: 
• Osso, tecidos moles e estrutura radicular. 
 
Vantagens 
• Ausência de anestesia do lábio e da 
língua (apreciada por muitos pacientes). 
• Início de ação imediato (irreversível Áreas 
anestesiadas: 
• Extremidades nervosas terminais no local 
da injeção na câmara e nos canais da 
polpa do dente envolvido. 
 
 
68 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Vantagens 
• Ausência de anestesia do lábio e da 
língua (apreciada pela maioria dos 
pacientes); 
• Necessidade de um volume mínimo da 
solução anestésica; 
• Início de ação imediato. 
 
Desvantagens 
• Traumática; 
• Gosto amargo do anestésico (se ocorrer 
vazamento); 
• Pode ser difícil penetrar em certos canais 
da raiz - Pode ser necessário entortar a 
agulha. 
 
INJEÇÃO SUBMUCOSA 
 
Indicação: 
• Intervenções em tecidos moles da 
cavidade bucal 
• Biópsias (fibromas, mucoceles, 
papilomas). 
• Gengiva marginal – grampos, matrizes. 
(1/4). 
 
Técnica: 
• Consiste em puncionar a mucosa, 
atravessando a agulha até a submucosa 
próxima da área da intervenção. 
• Inserir a agulha 0,5 a 1cm na região a ser 
anestesiada e injetar o anestésico 
lentamente. 
• ½ tubete tende a ser suficiente. 
 
 
Técnicas Anestésicas 
Mandibulares 
• Menor índice de sucesso (80 a 85%); 
• Maior densidade óssea; 
• Acesso mais difícil aos troncos nervosos. 
• Bloqueio do nervo alveolar inferior 
• Bloqueio do nervo bucal 
• Bloqueio do nervo mentoniano 
• Bloqueio do nervo incisivo 
• Bloqueio do nervo mandibular – Técnica 
de Gow-Gates 
• Bloqueio do nervo mandibular – Técnica 
de Vazirani-Akinosi 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
ALVEOLAR INFERIOR 
 
 
• 2ª técnica mais utilizada; 
• Altos índices de insucesso; 
 
Nervos Anestesiados 
1. Alveolar inferior 
2. Incisivo 
3. Mentoniano 
4. Lingual (comumente) 
 
Áreas Anestesiadas 
1. Dentes mandibulares até a linha média 
2. Corpo da mandíbula, parte inferior do ramo da 
mandíbula 
3. Mucoperiósteo bucal, e mucosa anteriormente 
ao forame mentoniano. 
4. Dois terços anteriores da língua e assoalho da 
cavidade oral (nervo lingual) 
 
69 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
5. Periósteo e tecidos moles linguais (nervo 
lingual) 
 
 
 
 
 
Técnica 
1. Uma agulha longa (calibre 25 ou 27) é 
recomendada em pacientes adultos. 
2. Área de inserção: face medial do ramo da 
mandíbula, 1cm acima do plano oclusal. 3/4 de 
distância entre a borda anterior do ramo 
mandibular e a rafe pterigomandibular. 
3. Área-alvo: nervo alveolar inferior ao descer em 
direção ao forame mandibular, porém antes de 
ele entrar no forame. 
4. Procedimento: Assumir a posição correta. (1) 
Para um BNAI direito, posição de 8 horas de 
frente para o paciente. Para o BNAI esquerdo, 
posição de 10 horas voltado para a mesma 
direção do paciente. 
5. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em 
semidecúbito. A boca deve estar bem aberta para 
possibilitar maior visibilidade e acesso ao local de 
injeção. Localizar o ponto de penetração da 
agulha (injeção). 
6. Posicionar a seringa na região dos pré-molares 
do lado oposto, direcionando a agulha a 1cm 
acima do plano oclusal. 
7. Penetrar a agulha até tocar o osso 
(profundidade de 20 a 25mm), retrair 1mm. 
8. Aspirar 
9. Injetar lentamente 1,5 ml de anestésico. 
 
 
 
 
 
Técnica – nervo lingual 
10. Retirar lentamente a seringa e aspirar 
novamente quando aproximadamente metade de 
seu comprimento permanecer nos tecidos. 
11. Depositar parte da solução restante (0,3 ml) 
para anestesiar o nervo lingual. 
 
Indicações 
• Procedimentos em múltiplos dentes 
mandibulares num quadrante. 
• Casos em que é necessária a anestesia 
dos tecidos moles bucais (incisivo até 
PM). 
• Casos em que é necessária a anestesia 
dos tecidos moles linguais. 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação aguda na área de 
injeção (rara). 
• Pacientes que tenham maior 
probabilidade de morder o lábio ou a 
língua: criança muito pequena ou um 
adulto ou criança portador de deficiência 
física ou mental. 
 
Vantagens Uma injeção proporciona uma ampla 
área anestesia (útil para a odontologia de 
quadrantes). 
 
70 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Desvantagens 
• Ampla área de anestesia. 
• Frequência de anestesia inadequada 
(31% a 81%). 
• Marcos intra orais não são confiáveis. 
• Aspiração positiva (10% a 15%) 
• Anestesia prolongada, lábio e língua. 
• Anestesia parcial: NAI e canais 
mandibulares bífidos. 
 
BLOQUEIO DO NERVO BUCAL 
• Complemento do BNAI. 
• Frequência de sucesso próxima a 100%. 
 
 
 
Nervo Anestesiado: Bucal 
 
Área Anestesiada: Tecidos moles e periósteo 
bucal dos dentes molares mandibulares. 
 
 
Técnica 
1. Agulha curta, ou longa (calibre 25 ou 27) 
quando for utilizada imediatamente após o BNAI. 
2. Área de inserção: membrana mucosa distal e 
bucal em relação ao dente molar mais distal no 
arco. 
3. Procedimento: Assuma a posição correta. Para 
o bloqueio do nervo bucal direito, posição 8 horas 
de frente para o paciente. Para um bloqueio do 
nervo bucal esquerdo, posição de 10 horas 
voltado para a mesma direção do paciente. 
4. Preparar os tecidos para a penetração num 
ponto distal e bucal ao molar mais posterior. 
5. Afastar os tecidos moles bucais na área de 
injeção para melhorar a visibilidade. 
6. Dirigir a seringa para o local de injeção com o 
bisel em direção ao osso e a seringa alinhada 
paralelamente ao plano oclusal do lado da 
injeção, em posição bucal em relação aos 
dentes. 
7. Penetrar a mucosa em posição distal e bucal 
relativamente ao último molar. 
8. Avançar a agulha devagar até fazer contato de 
leve com o periósteo. 
9. A profundidade de penetração raramente é de 
mais de 2 a 4 mm e geralmente de apenas 1 ou 2 
mm. 
10. Aspirar. 
11. Depositar lentamente 0,3 ml de anestésico. 
 
 
Indicações 
• Casos em que a anestesia dos tecidos 
moles bucais é necessária para 
procedimentos dentários na região molar 
mandibular. 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área de 
injeção. 
 
Vantagens 
• Elevada frequência de sucesso. 
Mobile User
 
71 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Tecnicamente fácil. 
 
Desvantagens 
• Potencial de dor se a agulha entrar em 
contato com o periósteo durante a 
injeção. 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
MENTONIANO 
 
• Anestesiado pela técnica do BNAI 
• Pouco utilizado 
• Facilidade de acesso 
• Utilizado principalmente para 
procedimentos nos tecidos moles bucais, 
como a sutura de lacerações ou biópsias. 
 
Nervo Anestesiado 
• Mentoniano, um ramo terminal do alveolar 
inferior. 
 
Áreas Anestesiadas 
• Mucosa bucal, anteriormente ao forame 
mentoniano (em torno do segundo pré-
molar) até a linha média e a pele do lábio 
inferior e do queixo. 
 
 
 
Forame mentoniano 
• Traçar linha imaginária entre o forame 
infra-orbitário e o forame mentoniano. 
 
 
Técnica 
1. É recomendada uma agulha curta de calibre 
25 ou 27 (BR – curta, calibre 30). 
2. Área de inserção: prega mucobucal no forame 
mentoniano. 
3. Área-alvo: nervo mentoniano à saída do 
forame mentoniano (geralmente localizado entre 
o ápice do primeiro pré-molar e o do segundo). 
4. Assumir a posição correta. Para um bloqueio 
do nervo mentoniano direito ou esquerdo, em 
frente ao paciente, de modo que a seringa possa 
ser colocada na boca abaixo da linha de visão do 
paciente. 
5. Posicionar o paciente (decúbito dorsal). 
6. Faça o paciente fechar parcialmente a boca. 
Isso permite um maior acesso ao local de 
injeção. 
7. Localize o forame mentoniano. 
8. Penetrar a mucosa na região de canino ou 
primeiro pré-molar, dirigindo a seringa ao forame 
mentoniano. 
9. A profundidade de penetração é de 5 a 6 mm. 
10. Aspirar 
11. Injetar lentamente 1/3 do tubete anestésico. 
 
Indicações 
• Anestesia dos tecidos moles bucais na 
mandíbula anteriormente ao forame 
mentoniano: 
• 1. Biópsias dos tecidos moles 
• 2. Sutura de tecidos moles 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área de 
injeção. 
 
 
72 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Vantagens 
• Elevada frequência de sucesso 
• Tecnicamente fácil 
• Em geral, totalmente atraumático. 
 
Desvantagens 
• Hematomas 
 
BLOQUEIO DO NERVO 
INCISIVO 
 
• Anestesiadopela técnica do BNAI 
• Difere do Bloqueio do Nervo Mentoniano 
por promover anestesia pulpar dos 
incisivos, canino e pré-molares. 
 
 
Nervos Anestesiados 
• Incisivo e mentoniano 
 
Áreas Anestesiadas 
1. Mucosa bucal anterior ao forame mentoniano, 
geralmente do segundo pré-molar até a linha 
média. 
2. Lábio inferior e pele do queixo. 
3. Fibras nervosas pulpares dos pré-molares, 
canino e incisivos. 
 
 
‘’De cima para baixo, de posterior para 
anterior e de fora pra dentro” 
 
Técnica 
1. É recomendada uma agulha curta de calibre 
27 (BR – curta, calibre 30). 
2. Área de inserção: prega mucobucal posterior 
ao forame mentoniano. 
3. Assumir a posição correta. Para um bloqueio 
do nervo mentoniano direito ou esquerdo, em 
frente ao paciente, de modo que a seringa possa 
ser colocada na boca abaixo da linha de visão do 
paciente. 
4. Posicionar o paciente (decúbito dorsal). 
5. Localize o forame mentoniano. 
6. Penetrar a mucosa levemente posterior na 
região do 2º pré-molar dirigindo a seringa 
levemente ao forame mentoniano. 
7. A profundidade de penetração é de 5 a 6 mm. 
8. Aspirar 
9. Injetar lentamente 1/3 do tubete anestésico. 
10. Aplicar pressão no forame mentoniano, para 
o anestésico penetrar no canal e ocorrer 
anestesia pulpar. 
 
Indicações 
• Procedimentos dentários envolvendo a 
anestesia pulpar em dentes mandibulares 
anteriores ao forame mentoniano. 
• Casos em que o BNAI não está indicado: 
Quando são tratados vários dentes 
anteriores, o bloqueio do nervo incisivo é 
recomendado em lugar de BNAI 
bilaterais. 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área de 
injeção. 
 
Vantagens 
• Proporciona anestesia pulpar e dos 
tecidos duros sem anestesia lingual - útil 
em lugar de BNAI bilaterais 
• Elevada frequência de êxito. 
 
Desvantagens 
• Não proporciona anestesia lingual. 
• Pode haver uma anestesia parcial na linha 
média devido à superposição de fibras 
nervosas do lado oposto. 
• Pode ser necessária a infiltração local (V 
e L) dos incisivos centrais para se obter a 
anestesia pulpar completa. 
 
 
73 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
BLOQUEIO DO NERVO 
MANDIBULAR 
 
• Técnica de Gow-Gates 
• Técnica de Vazirani-Akinosi 
 
 
 
Gow Gates 
 
Áreas Anestesiadas 
• Dentes mandibulares até a linha média. 
• Mucoperiósteo e membranas mucosas 
bucais do lado da injeção 
• Dois terços anteriores da língua e 
assoalho da cavidade oral 
• Tecidos moles e periósteo lingual 
• Corpo da mandíbula, parte inferior do 
ramo da mandíbula 
• Pele sobre o zigoma, parte posterior da 
bochecha e regiões temporais. 
 
Nervos Anestesiados: 
• Alveolar inferior, Mentoniano, Incisivo, 
Lingual, Milo-hioideo, 
Auriculotemporal, Bucal (em 75% dos 
pacientes). 
 
 
 
Técnica 
1. Recomendada uma agulha longa de calibre 25 
ou 27 
2. Área de inserção: mucosa na parte mesial do 
ramo da mandíbula, numa linha da incisura 
intertrágica até a comissura labial, imediatamente 
distal ao segundo molar maxilar. 
3. Altura da injeção: cúspide mesiopalatina do 
segundo molar maxilar. Penetração dos tecidos 
moles num ponto imediatamente distal ao 
segundo molar maxilar. 
4. Procedimento: Assumir a posição correta. Para 
o lado direito, posição de 8 horas de frente para o 
paciente. Para o lado esquerdo, posição de 10 
horas voltado para a mesma direção do 
paciente. 
5. Paciente em decúbito dorsal. Pedir ao paciente 
para estender o pescoço e abrir bem a boca por 
toda a duração da técnica. 
6. Introduzir a agulha delicadamente nos tecidos 
no local de injeção, imediatamente distal ao 
segundo molar maxilar, na parte alta de sua 
cúspide mesiopalatina. Alinhar a agulha com o 
plano que se estende da comissura bucal do lado 
oposto até a incisura intertrágica. 
7. O corpo da seringa se situa no canto da boca 
sobre os PM, pode variar conforme o ângulo do 
ouvido a lateral da face. 
8. Avançar a agulha devagar até fazer contato 
com o osso – O osso com que se faz contato é o 
colo do côndilo. 
9. A profundidade média de penetração do tecido 
mole até o osso é de 25 mm, embora seja 
observada alguma variação. 
10. Aspirar. 
11. Se a aspiração for negativa, depositar 
lentamente 1,8 ml da solução. 
12. Retirar a seringa e tornar a agulha segura. 
13. Solicitar que o paciente mantenha a boca 
aberta por 1a 2 minutos após a injeção para 
permitir a difusão da solução anestésica. 
 
 
 
74 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Indicações 
• Múltiplos procedimentos nos dentes 
mandibulares. 
• Quando é necessária a anestesia dos 
tecidos moles bucais, do 3º molar até a 
linha média. 
• Casos em que é necessária a anestesia 
dos tecidos moles linguais. 
• Falha do BNAI 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação na área de 
injeção. (rara) 
• Pacientes que possam morder o lábio ou 
a língua, como crianças pequenas e 
adultos portadores de deficiência física ou 
mental 
• Pacientes que não consigam abrir bem a 
boca (p. ex. trismo). 
 
Vantagens 
• Requer apenas uma injeção; um bloqueio 
nervoso bucal é geralmente 
desnecessário. 
• Elevada frequência de êxito (> 95%), com 
a experiência. 
• Mínima frequência de aspiração. 
• Poucas complicações pósinjeção (p. 
ex.,trismo). 
• Bem-sucedida na presença de um NAI 
bífido e de canais mandibulares bífidos. 
 
Desvantagens 
• A anestesia da língua e do lábio inferior 
pode ser desconfortável e perigosa. 
• O tempo até o início da anestesia é um 
pouco mais longo (5 minutos). 
• Há uma curva de aprendizado no uso da 
técnica de Gow-Gates. 
 
Vazirani-Akinosi 
 
Áreas Anestesiadas 
• Dentes mandibulares até a linha média 
• Corpo da mandíbula e parte inferior do 
ramo mandibular 
• Mucoperiósteo e membrana mucosa 
bucais anteriores ao forame mentoniano 
• Dois terços anteriores da língua e 
assoalho da cavidade oral (nervo lingual) 
• Tecidos moles e periósteo linguais (nervo 
lingual) 
 
Nervos Anestesiados: 
• Alveolar inferior, Incisivo, Mentoniano, 
Lingual, Milo-hióideo 
 
 
Técnica 
1. Recomendada uma agulha longa de calibre 25 
ou 27. 
2. Área de inserção: tecidos moles sobrejacentes 
à borda medial do ramo mandibular adjacente à 
tuberosidade maxilar, na parte alta da junção 
mucogengival acima do terceiro molar maxilar. 
3. Área-alvo: tecidos moles na borda medial do 
ramo mandibular na região do nervo alveolar 
inferior, do nervo lingual e do nervo milo-hióideo 
em seu trajeto inferior do forame oval ao forame 
mandibular 
4. Procedimento: Assumir a posição correta. Para 
um bloqueio direito ou esquerdo, posição de 8 
horas de frente para o paciente. 5. Posicionar o 
paciente em decúbito dorsal. 6. Colocar seu dedo 
indicador ou polegar esquerdo sobre a incisura 
coronóide, afastando lateralmente os tecidos 
para auxiliar na visualização do local de injeção. 
7. O corpo da seringa é mantido paralelo ao 
plano oclusal maxilar, com a agulha ao nível da 
junção mucogengival do terceiro (ou do segundo) 
molar maxilar. 
8. Dirigir a agulha posteriormente e um pouco 
lateralmente. 
9. Avançar a agulha 25 mm para dentro do 
tecido. Essa distância é medida a partir da 
tuberosidade maxilar. 
10. Aspirar 
11. Caso a aspiração seja negativa, depositar 
lentamente 1,8 ml da solução anestésica. 
 
 
75 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
 
 
 
Indicações 
• Abertura mandibular limitada 
• Múltiplos procedimentos em dentes 
mandibulares 
• Incapacidade de se visualizar marcos 
para o BNAI. 
 
Contraindicações 
• Infecção ou inflamação aguda na área de 
injeção (raras). 
• Pacientes que possam se morder, como 
crianças pequenas e adultos portadores 
de deficiência física ou mental. 
 
Vantagens 
• Relativamente atraumático. 
• Pacientes não precisam ser capazes de 
abrir a boca. 
• Menos complicações pós operatórias (p. 
ex., trismo). 
• Frequência de aspiração + menor que no 
bloqueio do NAI. 
• Eficaz na presença de um NAI bífido e de 
canais mandibulares bífidos. 
 
Desvantagens 
• Difícil visualizar a trajetória da agulha e aprofundidade de inserção. 
• Nenhum contato ósseo; profundidade de 
penetração até certo ponto arbitrária. 
• Potencialmente traumático se a agulha 
estiver demasiado próxima do periósteo. 
 
TÉCNICAS COMPLEMENTARES 
 
• Infiltração mandibular (supraperiosteal) 
• Intrasseptal 
• Intraóssea 
• Intrapulpar 
• Intraligamentar 
• Submucosa 
 
Acidentes e Complicações 
Locais em Anestesiologia 
Oral 
 
COMPLICAÇÕES LOCAIS 
• Fratura da agulha 
• Parestesia ou anestesia prolongada 
• Paralisia de nervo facial 
• Trismo 
• Lesão de tecidos moles 
• Hematoma 
• Dor à injeção 
• Queimação à injeção 
• Infecção 
• Edema 
• Necrose de tecidos 
• Lesões intraorais pós-anestésicas 
 
 
FRATURA DE AGULHA 
 
• Complicação extremamente rara. 
• Agulha curta de calibre 30 / Agulha longa 
calibre 27. 
• Técnicas em que mais acontece: 
Bloqueios do NAI e NASP. 
 
 
76 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Como prevenir? 
• Não dobrar a agulha, não forçar contra o 
osso, não mudar a direção da agulha. 
• Não inserir a agulha até o canhão. 
• Cuidado extra com crianças e adultos com 
fobia. 
• Não usar agulhas curtas para bloqueio do 
nervo alveolar inferior em adultos ou 
crianças maiores. 
• Não usar agulhas calibre 30 para bloqueio 
de nervo alveolar inferior em adultos ou 
crianças. 
 
PARESTESIA 
 
• Anestesia por período prolongado; 
• Pode persistir por dias, semanas ou 
meses... 
• Sensações de adormecimento, 
formigamento e prurido; 
• É mais frequente nas técnicas de 
anestesia do nervo lingual e NAI. 
• Uma das causas mais frequentes de 
processos por má prática odontológica. 
 
Causas 
• Trauma (injeção no nervo – sensação de 
“choque elétrico”); - Rompimento das 
fibras nervosas é altamente improvável. 
• Solução anestésica contaminada por 
álcool ou solução esterilizante; 
• Hemorragia – sangramento aumenta a 
pressão sobre o nervo. 
• Concentração do anestésico local 
(Articaína e Prilocaína 4%) – Evitar em 
bloqueios nervosos. - Articaína- 1 caso de 
parestesia em 4,6 milhões de pacientes 
tratados. 
 
Problema 
• Lesão de tecidos moles autoinfligida. 
• Lesão térmica ou química pode ocorrer 
sem a percepção do paciente, até que o 
processo progrida a um grau mais sério. 
• Quando o nervo lingual está envolvido, o 
sentido do paladar também pode estar 
prejudicado. 
• * Em alguns casos, a perda da sensação 
(parestesia) não é a manifestação clínica 
da lesão nervosa. Podem-se observar 
também hiperestesia (uma sensibilidade 
aumentada ao estímulo nocivo) e 
disestesia (uma sensação dolorosa que 
acontece a estímulos usualmente não-
nocivos). 
 
Como prevenir? 
• Seguir um protocolo para injeção, além do 
manuseio apropriado dos tubetes dentais, 
ajuda a minimizar o risco de parestesia. 
 
Como gerenciar? 
• A maioria dos casos de parestesia se 
resolve aproximadamente 8 semanas sem 
tratamento; (explicar ao paciente que 
pode durar até 1 ano, ou mais – será 
permanente se a lesão for grave); 
• Examinar o paciente depois de 2 meses, 
avaliar se vai necessitar de 
microneurocirurgia; 
• Laserterapia 
• Citoneurin® 5000 (vitamina B1, B6 e B12) 
– injetável – 1x por semana por um mês, e 
depois 1x ao mês. 
 
PARALISIA DO NERVO FACIAL 
 
 
Pode acontecer: 
• No bloqueio de nervo infraorbital ou 
quando se infiltram os caninos maxilares. 
• Quando se introduz o anestésico no lobo 
profundo da glândula parótida. 
 
Problema: 
• Paralisia unilateral – a face apresenta-se 
“torta”. 
• Paciente é incapaz de fechar o olho- 
reflexo palpebral é abolido. 
• Transitório – até passar o efeito do 
anestésico. 
 
 
77 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Como prevenir? 
• Evitar inserção excessiva da agulha no 
Bloqueio de Vazirani-Akinosi. 
• Não inclinar posteriormente a agulha no 
BNAI. 
 
Como gerenciar? 
• Tranquilizar o paciente 
• Remover lentes de contato 
 
 
TRISMO 
 
• Restrição da movimentação da 
mandíbula, independentemente da 
causa. 
• 1 a 6 dias pós-tratamento 
 
Causas: 
• O trauma em músculos é o fator causal 
mais comum de trismo associado a 
injeção de anestésicos locais. 
• Demonstrou-se que os anestésicos locais 
são levemente miotóxicos para os 
músculos esqueléticos. 
• Infecção 
• Hemorragia 
• Volumes excessivos de anestésico local 
 
Problema: 
• Limitação da abertura bucal 
• A abertura média interincisal para os 
homens é 44,9 mm e para as mulheres, 
39,2 mm. 
• A abertura interincisal média em casos de 
trismo e de 13,7 mm (variação de 5 a 23 
mm). 
 
Como prevenir: 
• Use uma agulha afiada, estéril e 
descartável. 
• Manuseie e prepare os tubetes de 
anestésicos apropriadamente. 
• Use técnica asséptica. Agulhas 
contaminadas devem ser trocadas 
imediatamente. 
• Conheça a anatomia e a técnica 
apropriada, a fim de evitar injeções 
múltiplas na mesma área. 
• Use os volumes mínimos eficazes de 
anestésico local. 
• Use uma agulha afiada, estéril e 
descartável. 
• Manuseie e prepare os tubetes de 
anestésicos apropriadamente. • Use 
técnica asséptica. Agulhas contaminadas 
devem ser trocadas imediatamente. 
• Conheça a anatomia e a técnica 
apropriada, a fim de evitar injeções 
múltiplas na mesma área. 
• Use os volumes mínimos eficazes de 
anestésico local. 
 
LESÃO DE TECIDOS MOLES 
 
• Anestesia dos tecidos moles dura 
significativamente mais que a anestesia 
pulpar, e os pacientes são liberados do 
consultório com dormência residual dos 
tecidos. 
 
Causa 
• Mordida ou mastigação inadvertida dos 
lábios e língua enquanto ainda 
anestesiados. 
• Crianças pequenas 
• Crianças ou adultos com 
comprometimento físico ou mental; 
 
Problema 
• Dor e edema significativos; 
 
Como prevenir? 
• Anestésico de duração apropriada; 
• Orientação ao paciente 
• Utilização de rolos de algodão no fundo 
de sulco. 
 
Como gerenciar? 
• Analgésicos quando necessário. 
• Vaselina ou outro lubrificante para cobrir 
as lesões em lábio e minimizar a irritação. 
 
 
HEMATOMA 
 
• Causado por corte inadvertido de um vaso 
sanguíneo durante a administração de 
anestésico local. 
• Densidade tecidual ao redor do vaso 
lesado é um fator determinante. 
• Mais comum durante o bloqueio do NAI 
(intraoral) e NASP (extraoral). 
 
78 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Problema 
• Desconforto estético 
• Trismo e dor 
 
Como prevenir? 
• Conhecimento da anatomia normal 
envolvida na injeção proposta; 
• Modificar a técnica de acordo com as o 
tamanho da face. 
• Usar uma agulha curta para o bloqueio de 
nervo ASP a fim de diminuir o risco de 
hematoma. 
• Minimizar o número de penetrações da 
agulha no tecido. 
 
Como gerenciar? 
• Imediato: Aplicar pressão no local por pelo 
menos 2 minutos. 
• Subsequente: Paciente pode ser liberado 
assim que a hemorragia cessar. Se 
ocorrer trismo, tratar com 
analgésicos/relaxante muscular. 
• Aplicar gelo 
• Resolve-se em 7 a 14 dias. 
 
DOR À INJEÇÃO 
 
Causas 
• A técnica descuidada de injeção e a 
atitude rígida (“Injeções palatais sempre 
doem” ou “Isso vai doer um pouco”) muito 
frequentemente tornam-se profecias que 
se concretizam. 
• Uma agulha pode se tornar romba após 
várias injeções. 
• A deposição rápida da solução anestésica 
local. 
• Agulhas com farpas (após se cravar no 
osso) podem produzir dor quando forem 
retiradas do tecido. 
 
Problema 
• A dor à injeção aumenta a ansiedade do 
paciente e pode ocasionar movimento 
inesperado súbito, elevando o risco de 
fratura da agulha e lesão traumática de 
tecido mole no paciente ou lesão por 
picada de agulha do administrador. 
 
 
Como prevenir? 
• Siga as técnicas apropriadas de injeção, 
tanto anatômicas quanto psicológicas. 
• Use agulhas afiadas. 
• Use anestésico tópico apropriadamente 
antes da injeção. 
• Use soluções estéreis de anestésicos 
locais. 
• Injete os anestésicos locais lentamente. 
• Certifique-se de que a temperatura da 
solução está correta. 
 
QUEIMAÇÃO À INJEÇÃOCausa 
• pH da solução anestésica (sem vaso= 6,5, 
com vaso= 3,5). 
• Injeção rápida 
• Contaminação da solução anestésica 
(álcool, soluções esterilizantes). Como 
prevenir? 
• Injetar lentamente 
• Estocar o tubete anestésico em 
temperatura ambiente – não mergulhá-lo 
em nenhum líquido. 
 
 
INFECÇÃO 
 
Complicação extremamente rara. 
 
Causa: 
• Contaminação da agulha por manuseio 
inadequado. 
• Injeção da solução anestésica em área de 
infecção – pode levar a trismo. 
 
 
Como prevenir? 
• Use agulhas estéreis descartáveis. 
• Manuseie apropriadamente as agulhas - 
evitar contaminação da agulha por contato 
com superfícies não estéreis; 
• Manuseie apropriadamente os tubetes de 
anestésico – Uso único. 
 
79 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
• Estoque os tubetes assepticamente em 
seu recipiente, sempre coberto. Limpe 
antes de utilizar. 
• Prepare adequadamente os tecidos antes 
da penetração. 
• Evitar anestesia em áreas de infecção. 
 
Como gerenciar? 
• Tratamento imediato – Trismo(bochechos 
solução salina morna, analgésicos) 
• Se não houver resposta – Antibiótico 
Amoxicilina 500mg – 8/8 horas por 7 dias; 
 
EDEMA 
 
Causa 
• Traumatismo durante a injeção; 
• Infecção; 
• Alergia; 
• Hemorragia; 
• Injeções de soluções irritantes. 
 
Como prevenir? 
• Manuseie apropriadamente o instrumental 
para anestesia local. 
• Use técnicas de injeção atraumáticas. 
• Avaliação médica adequada do paciente 
antes da administração de fármacos 
alergênicos. 
 
Como gerenciar? 
• Se for causado por traumatismo, resolve-
se em alguns dias. Hemorragia – 7 a 14 
dias. 
• Infecção / alergia – tratar a causa. 
 
 
NECROSE DE TECIDOS 
 
Causas 
• Aplicação de um anestésico tópico nos 
tecidos gengivais por um período 
prolongado. 
• Secundário a isquemia prolongada 
resultante do uso de um anestésico local 
com vasoconstritor (geralmente 
norepinefrina) – usualmente no palato 
duro. 
 
 
Problema 
• Dor 
• Predisposição à infecção. 
 
Como prevenir? 
• Utilizar anestésicos tópicos pelo tempo 
recomendado(até 2 minutos). 
• Evite soluções muito concentradas de 
vasoconstritores (p. ex. 1:50.000), 
especialmente no palato. 
 
Como Gerenciar? 
• Tranquilizar o paciente. 
• Analgésicos se houver dor/ corticóides 
tópicos. 
• Se resolve em 7 a 10 dias. 
 
LESÕES INTRAORAIS PÓS-
ANESTÉSICAS 
 
Os pacientes ocasionalmente relatam que, 
aproximadamente 2 dias após uma injeção 
intraoral de anestésico local, desenvolvem-se 
ulcerações em sua boca, principalmente ao redor 
do local de injeção. 
O sintoma primário inicial é a dor, em geral 
intensa. 
 
• Estomatite aftosa 
• Herpes Simples 
 
• Não há como prevenir! 
 
Como gerenciar? 
• Controle sintomático, se houver 
necessidade. 
• Para estomatite aftosa: Omcilon A – 
orabase, Ad-muc. 
• Para herpes intraoral: Flogoral 
 
 
 
 
80 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
REFERÊNCIAS 
 
MADEIRA, Miguel Carlos. Anatomia da face: 
bases anatomo-funcionais para a prática 
odontológica. 6 ed. rev. e ampl. São Paulo: 
SARVIER, 2008. 
 
Malamed S.F Manual de anestesia local, 5ª ed., 
Rio de Janeiro, Elsevier, 2005 
 
ANDRADE, Eduardo Dias de. Terapêutica 
medicamentosa em odontologia: 
procedimentos clínicos e uso de 
medicamentos nas principais situações da 
prática odontológica. 2. ed. São Paulo: Artes 
Médicas, 2006 
 
NEVILLE, B.W., DAMM, D.D., ALLEN, C.M., 
BOUQUOT, J.E. Patologia Oral e Maxilofacial. 
Elsevier: Rio de Janeiro, 2009.álcool 
isopropílico, éter dietílico e benzina. As soluções 
podem: administradas por via oral, aplicadas 
localmente em cavidades ou injetadas (vias 
parenterais). 
 
Soluções administradas por via oral: 
 
Solução “gotas” – Encontradas sob esta 
denominação, apesar de não serem definidas 
pela Farmacopeia Brasileira. 
Xaropes – Formas aquosas, contendo 2/3 de seu 
peso em açúcares. Apresentam vantagens: 
 
7 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
correção de sabor desagradável do fármaco e 
conservação. 
Elixires – Formas líquidas, hidroalcóolicas, 
aromáticas e edulcoradas com sacarose ou 
sacarina sódica. 
 
Soluções cavitárias: 
 
Colutórios – Aplicação local sobre as estruturas 
da cavidade bucal, na forma de bochechos ou 
irrigações, sem que haja a deglutição. Como 
exemplo, temos o colutório de digluconato de 
clorexidina, empregado como antisséptico em 
ambiente ambulatorial ou domiciliar. 
 
Vernizes – O fármaco encontra-se misturado ao 
veículo, que “toma presa” ao entrar em contato 
com água ou saliva, sendo aplicado diretamente 
nos dentes. Como exemplo, temos os vernizes 
fluoretados, empregados para reduzir a 
incidência de cárie dentária em crianças. 
 
Soluções injetáveis: 
 
São soluções esterilizadas, acondicionadas em 
ampolas, de forma a manter essas 
características, indicadas para a administração 
parenteral. 
 
Vantagens: 
• Absorção mais rápida e segura. 
• Determinação exata da dose. 
• Não sofrem a ação do suco gástrico. 
• Não agridem a mucosa gástrica (com exceção 
de alguns anti-inflamatórios). 
Desvantagens 
• Necessidade de assepsia rigorosa. 
• Dor decorrente da aplicação. 
• Custo geralmente maior. 
 
Vias de Administração 
Via Enteral 
 
Fármacos entram em contato com qualquer 
segmento do trato gastrointestinal. 
Exemplo: vias sublingual, oral, bucal e retal. 
 
1 - Via Sublingual: Rápida absorção, 
especialmente quando a mucosa é pouco 
espessa e há grande suprimento sanguíneo, 
como o assoalho da língua, por onde são 
administradas soluções ou comprimidos 
sublinguais, não deglutidos. 
Exemplos: cetorolaco de trometamina (anti-
inflamatório não esteroide) e os vasodilatadores 
coronarianos (nitratos) empregados para alívio da 
dor nas crises de angina do peito. 
 
2 - Via Oral: O suprimento sanguíneo do 
estômago e do duodeno, aliado à grande 
superfície epitelial, propicia a absorção de 
diferentes medicamentos. Pode ocorrer o 
aumento gradual das concentrações do 
medicamento, diminuindo a intensidade de seus 
possíveis efeitos tóxicos. É o que acontece com 
as penicilinas, cuja incidência de reações 
alérgicas é menor quando empregadas por via 
oral, em comparação com as vias parenterais. 
Sua administração pode ser limitada nos casos 
de dificuldade de deglutição. É contraindicada 
quando o paciente está inconsciente ou 
apresenta náuseas ou vômitos. 
 
3 - Via Bucal: Ação no local de aplicação, pois a 
manutenção de sua concentração quando estão 
em contato com a mucosa é muito difícil, em 
função da ação da saliva. Por esta via, o 
cirurgião-dentista poderá prescrever ou ele 
próprio aplicar cremes, pomadas, soluções e 
colutórios. 
 
4 - Via Retal: Indicado para pacientes 
inconscientes, que têm vômitos ou que não 
conseguem deglutir. Esta via também protege os 
fármacos das reações de biotransformação 
hepática, pois a drenagem de sangue da parte 
mais baixa do reto passa pela veia cava inferior 
(através da veia pudenda interna), não passando, 
portanto, pela veia porta e pelo fígado. A 
absorção por esta via pode ser irregular e 
incompleta. 
 
Via Parenteral 
 
Vias que não interagem com o trato 
gastrointestinal. Podem ser acessadas por meio 
de injeções (intradérmica, subcutânea, 
intramuscular, intravenosa, etc.) ou por outras 
formas (percutânea, respiratória, etc.). 
 
8 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
1 - Percutânea: A absorção de fármacos através 
da pele íntegra. 
 
2 - Respiratória ou inalatória: Estende-se desde a 
mucosa nasal até os alvéolos pulmonares, sendo 
empregada para se obterem efeitos locais e 
sistêmicos. Na clínica odontológica, é empregada 
na técnica de sedação mínima, por meio da 
inalação de uma mistura de óxido nitroso com 
oxigênio. 
 
3 - Endodôntica (via intracanal): Uso 
exclusivamente odontológico, serve para a 
aplicação de fármacos no sistema de canais 
radiculares dos dentes. É classificada como 
parenteral, pelo fato de que, por esta via, o 
fármaco está sendo aplicado na área pulpar, não 
mais considerada como pertencente ao trato 
digestório. 
 
4 - Submucosa e subperióstica: São as vias mais 
empregadas em odontologia, por ocasião da 
infiltração de soluções anestésicas locais. Podem 
ser usadas também para a aplicação local de 
corticosteróides. 
 
5 - Intra-articular: Injeção de fármacos no interior 
da cápsula articular. Em odontologia, mais 
especificamente na articulação 
temporomandibular. 
 
6 - Intramuscular: A absorção das soluções 
injetadas por esta via depende do fluxo 
sanguíneo do local de aplicação e do tipo de 
preparação injetada. As injeções intramusculares 
podem acarretar dor no local de aplicação, 
equimoses, hematomas, abscessos e reações de 
hipersensibilidade. 
 
7 - Intravenosa: Efeito é praticamente imediato. 
Pode provocar também reações locais como 
infecção, flebite e trombose. O cirurgião-dentista 
pode empregá-la em alguns quadros de 
emergência, se habilitado.. 
 
8 - Subcutânea: Podem ser administradas formas 
farmacêuticas sólidas ou líquidas (pequenos 
volumes), de ação imediata ou que formam 
depósitos e garantem uma liberação lenta e 
contínua (p. ex., insulina em diabéticos). Também 
não possui indicação na clínica odontológica. 
 
9 - Intradérmica: Permite que o medicamento 
entre em contato com a derme, por meio de 
escarificação (raspagem da pele) ou injeção. Não 
é empregada na prática odontológica, estando 
reservada para testes diagnósticos de alergia e 
aplicação de algumas vacinas, por especialistas. 
 
 
https://image.slidesharecdn.com/administraodemedicamento
sporviaparenteral 
Farmacocinética 
É o movimento dos fármacos pelo organismo 
após sua administração. Agem através dos 
processos de absorção, distribuição, 
biotransformação (metabolismo) e eliminação 
(excreção). 
 
Absorção: Transferência do fármaco desde seu 
local de aplicação até alcançar a corrente 
circulatória.. 
 
Biodisponibilidade: A quantidade e a velocidade 
em que o princípio ativo de um fármaco é 
absorvido, tornando-se disponível para exercer 
sua ação farmacológica. 
 
Quanto maior for a biodisponibilidade 
 de um fármaco, mais rápida será sua 
resposta terapêutica. 
 
Ordem decrescente de Biodisponibilidade: 
Solução > emulsão > suspensão > cápsula > 
comprimido > drágea 
 
Via parenteral: Maior Biodisponibilidade. 
 
Meia-vida (t ½): Representa o tempo gasto para 
que a concentração plasmática original de um 
fármaco no organismo se reduza à metade, após 
sua administração. 
 
 
9 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Distribuição: Uma vez no sangue, os fármacos 
distribuem-se aos diferentes tecidos, onde irão 
exercer suas ações. O teor e a rapidez de 
distribuição dependem de sua ligação às 
proteínas plasmáticas e teciduais. Após a 
absorção, eles apresentam-se no plasma na 
forma livre apenas parcialmente, pois uma 
proporção maior ou menor do fármaco irá se ligar 
às proteínas plasmáticas, geralmente à albumina 
e às alfa-globulinas.A fração do fármaco ligada 
às proteínas plasmáticas não apresenta ação 
farmacológica, ou seja, somente a fração livre do 
fármaco é responsável pelo seu efeito. Isso não 
significa que um fármaco que exiba alta 
percentagem de ligação proteica (p. ex., 80%) é 
menos eficaz do que outro que apresente uma 
taxa menor (p. ex., 50%), pois toda vez que a 
fração livre do fármaco deixa o plasma e se 
distribui aos tecidos, uma proporção 
correspondente se desliga das proteínas 
plasmáticas e torna-se livre. A competição de 
dois fármacos pelos mesmos sítios de ligação às 
proteínas plasmáticas pode acarretar implicações 
clínicasna sua prescrição. Assim, o fármaco com 
maior afinidade de ligação tem “preferência” 
sobre outro com menor afinidade, que é 
deslocado, aumentando sua fração livre no 
plasma e, por consequência, seus efeitos 
farmacológicos. 
 
Biotransformação: Conjunto de reações 
enzimáticas que transformam o fármaco num 
composto diferente daquele originalmente 
administrado, para que possa ser eliminado. O 
fígado constitui-se no principal local de 
ocorrência desse processo farmacocinético, o 
que também acontece em menores proporções 
na mucosa intestinal, nos pulmões, na pele, na 
placenta e no próprio plasma sanguíneo. Alguns 
fármacos são eliminados com tanta eficácia que 
a quantidade que chega à circulação sistêmica é 
consideravelmente menor do que a absorvida. 
Esse processo é denominado de metabolismo de 
primeira passagem, que resulta na diminuição da 
biodisponibilidade do fármaco. Alguns fármacos 
de uso odontológico têm um significativo 
metabolismo de primeira passagem, como a 
lidocaína e o ácido acetilsalicílico. Certos 
medicamentos empregados em odontologia 
podem servir como substratos, indutores ou 
inibidores desse sistema. 
 
Eliminação: Após serem absorvidos, distribuídos 
e biotransformados pelo organismo, os fármacos 
são eliminados para o meio externo, em geral 
através dos rins, podendo também ser 
excretados pelos pulmões, pela bile, pelas fezes, 
pelo suor, pelas lágrimas, pela saliva e pelo leite 
materno. Entre os fatores que influenciam na 
velocidade de eliminação de fármacos pela via 
renal, destacam-se os de ordem fisiológica, como 
a idade do paciente, que deve sempre ser levada 
em consideração no momento da prescrição. Nos 
idosos, por exemplo, a eliminação de certos 
medicamentos pela urina pode ser prejudicada. A 
excreção pelo leite materno também limita o uso 
de alguns medicamentos em lactantes, que 
podem causar diretamente efeitos adversos na 
criança. Os contraceptivos orais à base de 
estrogênio são excretados pela bile. Isso poderia 
justificar a possível interação desses fármacos 
com alguns antibióticos que, quando empregados 
de forma concomitante, diminuiriam a eficácia 
desse método anticoncepcional. 
 
Farmacodinâmica 
Estuda os mecanismos de ação dos fármacos e 
seus efeitos no organismo. 
 
Ação de um fármaco: Local onde ele age. 
 
Efeito: É o resultado dessa ação. 
 
Interação com receptores e outros sítios do 
organismo: Para que ocorra uma ação 
específica, os fármacos se associam à 
receptores, os quais são substâncias químicas 
organizadas que normalmente encontram-se na 
superfície celular e apresentam algum local de 
ligação. Ocorre uma ligação altamente específica 
no sítio, alterando a molécula do receptor e o 
funcionamento da célula. 
 
Agonistas: Substâncias que se ligam aos 
receptores e provocam algum efeito, podendo ser 
total ou parcial. 
 
Antagonistas: Se ligam a um receptor, mas não 
induzem nenhum efeito. (Competitivos ou não 
competitivos). 
 
Relação dose-efeito: A intensidade do efeito 
produzido é diretamente proporcional à sua 
concentração no local de ação, num tempo 
determinado. Para alguns fármacos, o aumento 
das doses e, consequentemente, de seus efeitos 
não apresenta limites, exceto pelos riscos 
determinados. Para outros, o efeito atinge uma 
 
10 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
grandeza que não mais se modifica, chamado de 
efeito máximo ou efeito platô. 
 
 
Exemplo: Aspirina => o efeito analgésico máximo 
para a maioria dos indivíduos é obtido com uma 
dose de 650 mg. Dipirona => 800 mg a 1 g. Isso 
significa que, para a grande maioria dos 
pacientes, tais doses são as que promovem o 
efeito máximo esperado. O aumento aleatório da 
dose acima dos limites citados não irá, portanto, 
trazer benefícios ao paciente. Pelo contrário, 
poderá apenas contribuir para o aumento dos 
efeitos adversos. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NAS AÇÕES E NOS 
EFEITOS DOS FÁRMACOS 
 
Fatores Intrínsecos: Relacionados ao paciente. 
 
Variabilidade Individual: Variabilidade genética e 
das consequentes diferenças nas proteínas 
sintetizadas. 
Exemplo: Diferenças no tempo de anestesia. 
 
Reação Idiossincrásica: Efeito nocivo de um 
fármaco, que ocorre em uma pequena proporção 
de indivíduos. 
 
Idade: Diferenças na proporção de água e tecido 
adiposo. Além de alterações farmacocinéticas em 
extremos de idade, ocorrendo hiper-reatividade 
em neonatos e idosos e hiporreatividade em 
crianças. 
Exemplo: Depressores do SNC, apresentam 
maior duração de ação em neonatos e em idosos 
do que em crianças. (metabolismo lento, 
composição corpórea diferente) 
 
Peso e Composição Corpórea: Em indivíduos 
obesos, os fármacos lipossolúveis (distribuídos 
na massa lipídica) apresentam menor efeito 
farmacológico (embora a gordura possa tornar-se 
um local de depósito). Por sua vez, nos 
indivíduos magros, os fármacos hidrossolúveis, 
dispersos no compartimento hídrico maior, terão 
sua ação diminuída. 
 
Estados Fisiológicos: flutuações no ph gástrico, 
urinário, plasmático podem alterar os processos 
farmacocinéticos de ácidos ou bases fracas. 
Além disso, exercício físico, temperatura corporal, 
pressão arterial também influenciam na resposta 
do indivíduo à droga. 
 
Estados Patológicos: enfermidades envolvendo 
órgãos de absorção (diarreia, síndromes de má 
absorção), distribuição (hipoalbuminemia, 
meningites), biotransformação (cirrose, hepatite) 
e excreção (insuficiência renal). 
 
Estados Psicológicos: Fatores emocionais podem 
modificar ou inverter o efeito dos fármacos. 
Exemplo: Ansiedade e medo podem alterar a 
resposta desejada ou até mesmo ocorrer o efeito 
placebo. 
 
Fatores Extrínsecos: Dependentes da 
Administração. 
 
Vias de Administração: Dependendo da via, pode 
haver maior lentidão no início da ação, ou até 
mesmo não ocorrer o efeito. 
Exemplos: Destruição pelo suco gástrico. 
 
Dose: Relação entre a quantidade do fármaco e a 
massa corporal do paciente. Geralmente o efeito 
é proporcional à quantidade administrada. No 
entanto, existem drogas que não estabelecem 
uma relação dose-efeito. 
 
Condições de Uso: Uso continuado e alta 
frequência de administração podem levar a 
efeitos cumulativos e alterações responsivas por 
parte do paciente, como: 
 
Tolerância: Diminuição da responsividade ao 
fármaco, após uso repetido e contínuo. 
Exemplo: Tolerância ao álcool. 
 
Dependência: Desenvolvimento de um forte 
impulso de usar repetidamente drogas ou 
fármacos psicoativos. Pode ser física ou 
psicológica. 
 
Fatores Extrínsecos: Dependentes do Meio 
Ambiente. 
 
Temperatura: Alteração da estabilidade de várias 
formas farmacêuticas e de suas conservações. 
Exemplo: cápsulas, soluções e suspensões. 
 
O efeito de um agonista é proporcional ao 
número de moléculas disponíveis para a 
ligação com o receptor, quanto maior a dose, 
mais moléculas disponíveis. Quanto menor o 
número de receptores necessários para ocorrer 
o efeito, mais eficaz será o agonista. 
 
11 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Fisiologia da Dor 
 
Definição: Dor é uma experiência sensorial ou 
emocional desagradável que ocorre em 
diferentes graus de intensidade, podendo resultar 
da estimulação do nervo em decorrência de 
lesão, doença ou distúrbio emocional. 
 
-Experiência subjetiva; 
-Mecanismo de defesa. 
 
Conceitos relativos à dor: 
 
Hiperalgesia: Maior sensibilidade à dor. 
 
Hipoalgesia: Sensiilidade diminuída. 
 
Percepção dolorosa: Capacidade de perceber a 
dor. 
 
Reação dolorosa: é a capacidade de reagir à dor. 
 
Fisiologia da Dor: Estimulação dos receptores => 
estímulo elétrico => levam ao sistema nervoso 
central => convertido em dor. 
 
Processo inflamatório: Há mediadores que tem a 
capacidade de manter os receptores ativados. 
Atuam no início da dor e na sua continuidade. 
 
Transmissão =>neurônios =>neurotransmissão 
 
 
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2
019/10/1-partes-do-neuronio.jpg 
 
Processo de comunicação entre neurônios e 
células: Transmissão desse estímulo ocorre 
através da sinapse.O pontode conexão entre 
dois neurônios do SNC ou entre um neurônio e 
uma célula efetora (muscular ou glandular) na 
periferia é chamado de sinapse. 
 
Ocorre a liberação de neurotransmissores na 
fenda sináptica, causando excitação ou inibição 
do neurônio pós-sináptico. 
 
SNC: Receber, analisar e integrar informações. 
 
SNP: Condução de informações entre órgãos 
receptores de estímulos até o SNC. 
 
TIPOS DE DOR 
 
Classificação temporal: Baseia-se na duração 
da dor. 
 
Dor aguda: Dor bem localizada. Surge quando 
existe uma lesão tecidual, seja por estímulos 
químicos, térmicos, mecânicos, cuja função é 
alertar o indivíduo. Tem duração limitada, 
desaparece geralmente com a resolução do 
processo patológico. Caso esse processo 
patológico persista, pode se tornar uma dor 
crônica 
Exemplo: Abscesso periapical agudo. 
 
Dor Crônica: Dor intensa e prolongada, não 
apresenta função de alerta e está associada a 
dano tecidual prolongado, processos patológicos 
crônicos ou injúria no SNC ou SNP. 
Exemplo: Dor na ATM. 
 
Classificação de acordo com a intensidade da 
dor: 
 
Superficial: É bem localizada. 
Exemplo: Picada de agulha. 
 
Profunda: Pode ser irradiada e referida a outras 
áreas. 
Exemplos: Abscessos periodontais, abscessos 
apicais. É extremamente desagradável, pode 
provocar náuseas, palidez e sudorese. 
 
Classificação Fisiopatológica: Baseia-se nos 
mecanismos dolorosos desencadeantes. 
 
Dor Nociceptiva: Resulta da ativação dos 
receptores através de estímulos dolorosos, os 
quais podem ser mecânicos, térmicos ou 
químicos. 
Dor Neuropática: É fruto da lesão ou disfunção 
do SNC ou SNP. 
 
12 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Dor Psicogênica: Nenhum mecanismo 
nociceptivo ou neuropático pode ser identificado, 
sendo a dor gerada por mecanismos psíquicos. 
Neuralgia do Trigêmeo: Dor Neuropática 
Nervo Trigêmeo possui função mista: sensitiva e 
motora 
Queixas: Queimações, formigamentos, pontadas 
e choques. De modo geral, são dores difusas. 
Causa: Processo degenerativo na bainha de 
mielina. 
As dores podem ser em apenas um ramo do 
nervo. Exemplo: Oftálmico, Maxilar ou 
Mandibular. 
Pode surgir de uma infecção odontogênica, 
causando a destruição da bainha de mielina 
Como tratar? 
Tratamento definitivo: Cirúrgico => Remover o 
tronco do nervo, perdendo a sensibilidade em 
algum ramo. 
Tratamentos que amenizam: Vitamina B12, 
Laserterapia, Iodoterapia. 
 
 
https://www.erichfonoff.com.br 
 
Neuralgia Pós-Herpética 
Herpes-Zoster 
Vírus Varicela Zoster 
Queixas: Queimações, formigamentos, 
pontadas e choques. De modo geral, são dores 
difusas. 
Causas: A reativação do vírus lesa os nervos 
periféricos. 
Como ocorre? 
Paciente contrai Varicela. O vírus se aloja no 
gânglio nervoso, podendo ser o trigêmeo. Em 
situação de debilidade do sistema imune 
(Imunodepressão, pacientes HIV positivo), pode 
se multiplicar, lesando os nervos periféricos. 
Em pacientes muito comprometidos podem 
ocorrer bilateralmente. Pode permanecer por 
muito tempo, causa bastante dor. Passada a 
fase aguda pode ocorrer o desaparecimento da 
dor. 
Tratamentos: Vitamina B12 pode amenizar os 
sintomas. 
 
 
https://www.msdmanuals.com/ 
 
➤A liberação de mediadores inflamatórios causa 
dor, calor, rubor, edema e perda de função. 
 
➤Citocinas e Quimiocinas: Aumentam a 
permeabilidade celular, causam vasodilatação, 
chega mais sangue, local fica quente e vermelho. 
 
➤Vasodilatação: para chegar mais células para 
combater esse estímulo agressor, neutrófilos 
migram, ultrapassam membrana basal. 
 
➤Ocorre a lesão, liberação dos mediadores, 
estímulo-transmissão do estímulo elétrico pro 
SNC, convertendo esse estímulo em dor. 
 
Analgésicos: Atuam nos mediadores 
inflamatórios, para não darem continuidade e no 
SNC. 
 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS 
 
Mais relacionados à dor crônica. 
 
Dor: Prostaglandinas e Bradicinina 
 
 
 
13 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
BRADICININA: 
➤Descoberta no Brasil; 
➤Faz parte dos grupos das cininas; 
➤Tem potente ação vasodilatadora e promove 
aumento da permeabilidade vascular; 
➤Em terminações nervosas sensíveis, causa 
ativação das vias de dor; 
➤Ativação do fator de hageman: 
Circula na corrente sanguínea. Quando encontra 
colágeno, membrana basal, plaquetas são 
ativadas e liga-se ao cininogênio de alto peso 
molecular. Ativando o fator de hageman, 
desencadeando a cascata de cininas e a cascata 
da coagulação. 
 
CASCATA DAS CININAS: fator XIIa 
 
Há a liberação de calicreína, se junta ao 
cininogênio de alto peso molecular e forma a 
bradicinina. 
 
PROSTAGLANDINAS: 
➤Mediadores químicos que promovem uma 
maior permeabilidade vascular. 
➤Também têm o poder de quimiotaxia, atraindo 
células, como neutrófilos, para realizar a 
fagocitose. 
➤Envolvidas no surgimento da febre e aumento 
da sensibilidade à dor. 
➤Origina-se a partir do ácido aracdônico. 
 
Ácido aracdônico origina-se dos fosfolipídeos na 
membrana celular. O ácido linoleico, que está 
sob ação das fosfolipases, forma o ácido 
aracdônico, originando a via cicloxigenase. 
Ocorre a formação de prostaglandinas (dor), 
prostaciclina (inibe a agregação plaquetária, 
vasodilatação) e tromboxano (vasoconstrição, 
promove agregação plaquetária). 
 
➤Se inibir essa via: diminuição de dor. 
➤Cascata da lipoxigenase: forma leucotrienos. 
 
Analgésicos: Interrompem as vias de 
transmissão nervosa, reduzindo a percepção de 
dor. 
 
REGIMES ANALGÉSICOS: 
 
Analgesia Preemptiva: Tem início antes do 
estímulo nocivo, previamente ao trauma tecidual. 
Emprega-se fármacos que previnem a 
hiperalgesia. Pode ser complementada pelo uso 
de anestésicos locais de longa duração. 
 
Preventiva: Imediatamente após a lesao tecidual, 
porém antes do início da sensação dolorosa. 
 
Perioperatória: Iniciada antes da lesão tecidual e 
mantido no período pós-operatório imediato. 
Mediadores pró inflamatórios devem manter-se 
inibidos por um tempo mais prolongado. 
 
Dor decorrente de procedimentos 
odontológicos eletivos: 
Perdura, em geral, por um período de 24h. 
Pico de intensidade entre 6-8 h pós cirúrgicas. 
Duração do tratamento com analgésicos dura no 
máx 72h. 
 
Classes de Analgésicos - 
Não Opióides 
Não opióides: Agentes de ação restrita sobre a 
dor e a febre e que não comprometem os 
receptores do SNC. 
 
Opióides: Agentes que atuam em receptores do 
SNC (bloqueia qqr tipo de dor). 
 
Analgésicos Não-Opióides: 
➤Apresentam propriedade analgésica, 
antitérmica e fraca ação anti inflamatória. 
➤Principal ação é impedir a ativação de 
mediadores químicos através da inibição da 
COX. 
➤Indicados para dores leves a moderadas. 
 
Indicações na Odontologia: 
➤Analgesia pré e pós operatória (exodontias, 
cirurgias periodontais, implantes). 
➤Após tratamento endodôntico. 
➤Após raspagem periodontal. 
➤Após traumatismos na mucosa (grampos). 
➤Sensibilidade dentinária. 
➤Clareamento dental. 
 
Principais: 
Derivados do Ácido salicílico: Ácido 
acetilsalicílico. 
Derivados do P Aminofenol: Paracetamol. 
 
14 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Derivados da pirazolona: Dipirona. 
 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
➤Primeiro a ser comercializado. 
➤Propriedades: aliviava dores e diminuía a 
febre. 
➤Conjugação do Ácido salicílico com o acetato, 
criando o ácido acetilsalicílico (aspirina), que 
descobriram ser menos tóxico. 
➤Propriedades analgésicas, antitérmicas e anti 
inflamatórias. 
➤Inibe enzimas ciclo-oxigenase. Diminui a 
síntese de tromboxanos a2. 
➤Ação analgésica: 500-650 mg por dose. 
➤Ação anti inflamatória : 4-5g diários (pode 
tornar-se tóxico, causando ulcerações gástricas). 
➤Ação anti-agregante plaquetária: 40-100 mg 
por dose. 
Exemplo: infarto do miocárdio, trombose => 
previne o surgimento de trombos. 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Aspirina, aas. Comprimidos 500mg. 
➤Adultos: administração por via oral 1 
comprimido de 4 em 4 ou de 6 em 6 h. 
➤Não exceder 8 comprimidos ao dia (4g) 
(dose que pode causar reações adversas) 
➤Não ingerir de estômagovazio, pode causar 
efeito negativo na mucosa gástrica. 
 
*Dicionário de Especialidades Farmacêuticas: 
Usar como fonte de pesquisa. 
 
➤Crianças: aas infantil 100mg 
➤Crianças 6 m a 1 ano: ½ a 1 comp 
1 a 3: 1c 
4 a 6: 2c 
7 a 9: 3c 
9 a 12: 4c 
Intervalos de 4 a 8h até 3 por dia. 
 
Efeitos adversos: 
➤Em pacientes tomando a dose normal: 
náusea, vômito, dor epigástrica e raramente 
ulceração. 
➤Inibição de tromboxano, diminui a agregação 
plaquetária - risco de hemorragia. 
➤Não deve ser empregado em pacientes 
predispostos a dispepsias ou sabidamente 
portadores de alguma lesão da mucosa gástrica. 
➤Não deve ser aplicado em hemofílicos e 
naqueles que estejam fazendo uso de 
anticoagulantes. 
 
Derivados do ácido acetilsalicílico: 
➤Cuidado no atendimento: Nos pacientes que 
fazem uso crônico, após sua retirada, são 
necessários 7 a 10 dias para que novas 
plaquetas sejam produzidas e lançadas no 
sangue circulante. 
➤Avaliação médica: para que não haja a 
suspensão do remédio e possível risco de 
infarto/trombos. 
 
Síndrome por superdosagem de AAS: 
 
Reye 
➤Crianças de 4 a 12 anos. 
➤Uso abusivo ou secundária a infecção viral. 
➤Promove disfunção hepática, necrose dos 
hepatócitos, problema na metabolização (ex: 
amônia fica circulante), podendo chegar no 
cérebro, aumento da pressão intracraniana, 
cérebro aumenta de tamanho, necrose de células 
cerebrais => vômitos, náuseas, mudanças nas 
funções mentais, raramente coma e óbito. 
➤Predisposição. 
 
PARACETAMOL 
➤Derivado do para-aminofenol. 
➤Analgésico eficiente. 
➤Não tem ação anti-inflamatória. 
➤Melhor efeito na dor ainda não instalada 
(analgesia preventiva). 
 
Vantagens: 
Baixo custo, baixa toxicidade, não inibe a 
agregação plaquetária e causa efeitos 
insignificantes sobre a mucosa gastrointestinal. 
 
Especialidades Farmacêuticas: 
➤Paracetamol 500mg e 750 mg. 
➤Tylenol 500mg e 750 mg. 
➤Dôrico 500mg e 750mg. 
➤Adultos: administrar por via oral 1 comprimido 
de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. 
➤Não exceder 4g por dia. 
 
➤Crianças: abaixo de 12 anos. 
A dose recomendada varia de 10 a 15 
mg/kg/dose com intervalos de 4-6h. 
 
15 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Não exceder 5 administrações em um período de 
24h. 
Não ultrapassar a dose de 75mg/kg (24h). 
 
Efeitos Adversos: 
➤Agranulocitose: redução de leucócitos 
granulócitos (eosinófilos, basófilos.. ) 
➤Pode ocasionar agranulocitose/leucopenia, 
anemia hemolítica (RARA), reações de 
hipersensibilidade (erupções cutâneas, urticárias, 
eritema pigmentar, angioedema e choque 
anafilático. 
➤Superdosagem (dose tóxica em adultos: 7,5g 
por dia) 
➤Acidental/proposital (acima de 40 comprimidos 
pode levar a morte) 
➤O uso abusivo e prolongado leva a danos 
hepático, além de nefropatias. 
➤Álcool agrava o risco de lesão hepática. 
 
Intoxicação por paracetamol: 
1: Náuseas, vômitos, mal-estar geral e sudorese 
intensa; 
1: Dor no primeiro quadrante direito, 
hepatomegalia, oligúria e aumento de enzimas 
hepáticas; 
3: Perturbações gastrointestinais e mal-estar, 
além dos primeiros sinais de falência hepática, 
como, a icterícia, hipoglicemia, coagulopatia e 
ainda, encefalopatia. 
Fase final: Determina se o organismo se recupera 
ou se há progressão até a morte por falência 
hepática. 
 
DIPIRONA 
➤Derivado da pirazolona; 
➤É uma droga analgésica clássica efetiva sobre 
a dor já instalada. 
➤Indicado para dores leves à moderadas. 
➤Não tem ação anti-inflamatória. 
 
Vantagens: 
Alta eficácia, baixo custo, utilização popular, 
margem de segurança. 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Dipirona sódica ou monoidratada 500mg. 
➤Novalgina 500mg. 
➤Anador 500mg. 
➤Adultos: Administrar por via oral 1 comprimido 
de 500mg a cada 4 horas. 
➤Dose tóxica: 8g. 
➤Crianças: Novalgina infantil 50mg/ml 
20 mg/kg por via oral, até 4 vezes ao dia. 
➤Não exceder 20 ml/dia. 
➤Contra indicado para bebês de até 3m de 
idade. 
 
 
Restrições de uso: 
Pacientes alérgicos, com alterações 
hematológicas severas e em pacientes com 
hipotensão arterial. 
 
Efeitos Adversos: 
➤Reações de hipersensibilidade, com 
manifestações na pele e mucosa (principalmente 
na boca e garganta), do tipo alérgica. 
➤Agranulocitose e anemia aplástica: medula 
diminui ou para de produzir componentes 
sanguíneos. 
➤EUA não pode utilizar dipirona, não 
consideram seguro para uso. 
 
Classes de Analgésicos - 
Opióides 
 
➤Agem do SNC. 
➤Originados do ópio. Papoula do Oriente. 
➤Inicialmente fumado em cachimbo. 
➤Causa analgesia, euforia, diarréia, gota, 
diabetes, tétano, insanidade. 
➤Substância de abuso - séc XVIII 
Guerra do Ópio - China x Inglaterra 
➤Substâncias do ópio: alcalóides. 
➤Descobriram a Morfina (deus do sono), seguida 
pela Codeína e a papaverina. 
 
Início do séc XX, movimentos de proibição do 
cultivo e o comércio do ópio. 
 
Alcaloides: Morfina, heroína, metadona, fentanil, 
oxicodona, codeína, tramadol, naloxona, 
pentazocina... 
 
Ação central (agem no SNC) 
➤Efetividade analgésica. 
➤Causam depressão respiratória, diminuem a 
motilidade intestinal, náuseas e vômitos, causam 
tolerância - dependência- abstinência. 
 
16 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
➤Cada vez precisa de mais doses. 
➤Dependência física e psíquica. 
 
Mecanismos de Ação: 
➤Se ligam à receptores opióides, localizados no 
SNC. 
➤Mi (em grego), gama, olr1, k 
ligam-se, ocorrendo o fechamento dos canais de 
cálcio, ao mesmo tempo abrem-se os canais de 
potássio do pós-sináptico. Ocorrendo uma 
hiperpolarização. Bloqueia o estímulo, não ocorre 
a neurotransmissão, bloqueando a dor. 
 
Codeína e tramadol: opióides fracos. 
 
CODEÍNA 
➤Derivada da morfina. 
➤Indicações: Dores moderadas à intensas, que 
não respondem aos não opióides. 
➤hipersensibilidade aos não-opióides. 
➤Anti-tussígeno. 
 
Especialidades Farmacêuticas: 
➤Fosfato de codeína 30 mg. 
➤Codein 30mg. 
 
Posologia: 
Administrar por via oral, 30mg, de 4 em 4 horas 
ou 6 em 6h. 
➤Não exceder 360mg/dia. 
 
Geralmente associada ao paracetamol. 
 
Efeitos Adversos: 
➤Maior risco de toxicidade do que o tramadol. 
➤Náuseas, constipação, vômito, sonolência, 
depressão respiratória e alterações de humor. 
 
Associação com paracetamol: 
➤Codeina 30mg ou 7,5mg e paracetamol 
500mg. 
 
Especialidades Farmacêuticas: 
➤Tylex 7.5mg - dores leves. 
➤Ryles 30mg e Paco 30mg: dores intensas. 1 
comprimido a cada 4 h ou 2 cp a cada 6 horas. 
➤Não ultrapassar 8 comprimidos ao dia. 
➤Não há indícios de superioridade analgésica 
quando comparado ao paracetamol isolado. 
➤Quando utilizada dose de 60mg apresenta o 
mesmo efeito analgésico do paracetamol, porém 
mais efeitos colaterais. 
➤Tontura, sedação, náusea e vômito. Maiores 
efeitos que o paracetamol isolado. 
 
TRAMADOL 
Cloridrato de tramadol é um analgésico sintético 
de ação central que age em receptores opióides 
no controle da dor. Possui potência analgésica 5 
a 10 vezes menor que a morfina. 
 
Vantagens: 
Rápida ação e longa duração analgésica, 
tolerável nos pós operatórios agudos. 
 
Reações adversas: 
➤Náuseas, vômito, boca seca, dor de cabeça, 
tontura e sonolência. 
➤Tolerancia-dependencia. 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Cloridrato de tramadol 50 mg e 100mg. 
➤tramal 50mg. 
➤tramal retard 100 mg. 
 
Posologia: 
➤1 comprimido por via oral, 50 ou 100mg, a 
cada 6 horas. 
➤Máximo 400 mg/dia 
➤Não deve ser utilizado em crianças. 
 
Associação do tramadol e paracetamol: 
➤Superioridade analgésica quando comparado 
ao paracetamol isolado e a codeína mais 
paracetamol. 
 
Especialidade Farmacêutica: 
➤Revange. 
➤2 comprimidos a cada 4-6h. 
➤Não exceder 8 cp por dia. 
➤Não deve ser utilizado por crianças. Até os 12 
anos. 
➤Podem ocasionar respiração lenta e morte em 
crianças mais velhas e obesas ou dificuldade 
respiratória. (baixa dose) 
Anti-inflamatórios 
 
Inflamação: 
• Processo normal e necessário; 
• Mecanismo efetor da imunidade inata; 
 
17 
MARIA EDUARDA RIBEIRO• Resposta inespecífica; potencialmente 
lesiva. 
 
Causas: 
• Infecção; 
• Trauma Mecânico; 
• Agentes químicos; 
• Radiação; 
• Auto-Imune; 
 
 
 
Produtos do ácido aracdônico são chamados de 
eicosanóides. 
 
Cox1: 
➤Função fisiológica ou constitutiva. 
➤Presente na mucosa duodenal, estômago, rins 
e plaquetas. 
➤É formada não só no processo inflamatório. 
Cox2: 
➤Inflamatória. 
➤Predominantemente patológica: dor, febre. 
➤Fisiológica: rins, SNC e endotélio vascular. 
Cox3: 
➤Variante da COX1. 
➤Presente no SNC. 
➤Função desconhecida. 
 
COX produz Tromboxano e Prostaglandinas. 
 
Funções das Prostaglandinas: 
 
Condição Fisiológica: 
➤Produção de muco estomacal (COX1) 
Alimento chega ao estômago que contém ácido 
clorídrico. 
➤PGE2 e PGI2 (prostaciclina): Reduz a secreção 
de HCL. 
 
 
 
 
Coagulação: 
➤Tromboxano A2: causa vasoconstrição, 
agregação plaquetária. 
➤Prostaciclina: causa vasodilatação e inibe a 
agregação plaquetária. 
 
Função Renal: 
➤Promovem vasodilatação e manutenção da 
taxa de filtração glomerular. 
➤Lesão Renal => Diminuição da função. 
Prostaglandina identifica esse prejuízo e promove 
a vasodilatação, chegando mais sangue ao rim, 
aumentando a sua função. Faz com que volte ao 
normal. 
 
AINES- Anti-
inflamatórios Não 
esteroidais 
 
NÃO Esteroidais: AINES 
 
Requisitos: 
➤Ação anti-inflamatória; 
➤Ação analgesica; 
➤Ação antipirética; 
 
AAS, Paracetamol, Dipirona} Não são 
considerados AINES. Podem ser AINES Atípicos. 
 
Mecanismo de Ação: 
➤Inibição da COX sob o ácido Aracdônico. 
 
AINES: 
Não seletivos: 
➤Agem inibindo a cox1 e cox2. (Ibuprofeno, 
naproxeno, nimesulida, diclofenaco...) 
Seletivos ➤Agem inibindo a COX2 
(Celocoxibe...) 
 AINES Não Seletivos: (inibem COX 1 e COX2) 
 
18 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
 
Efeitos adversos: 
➤Bloqueio da COX1: Sem proteção gástrica, 
sem equilíbrio na coagulação e sem homeostasia 
renal, não vai produzir prostaglandinas e 
consequentemente não produzirá muco, podendo 
causar úlceras pépticas. 
Administrar junto: Omeprazol. Controla esse 
efeito adverso. 
➤Paciente com Insuficiência renal: Pode 
desenvolver insuficiência renal aguda. 
➤Hemorragia: Sem produção de tromboxano, 
que produz agregação plaquetária. 
 
Vantagens: 
➤Primeira escolha no tratamento de doenças 
reumáticas como artrite reumatoide, osteoartrite e 
artrite psoriática, assim como nas sequelas de 
traumas e contusões e ainda nos pós-operatórios 
odontológicos. 
 
Desvantagens: 
➤Efeitos adversos - aumentam conforme a dose 
e tempo de uso. 
 
Contra-indicações: 
➤Pacientes idosos 
➤Pacientes com disfunções renais 
➤Pacientes com problemas gástricos 
➤Gestantes 
 
AINES seletivos (inibem COX2) 
 
➤Era dos coxibes => Medicamentos que inibem 
somente a COX2 
➤Alta eficácia e baixa toxicidade. 
 
Efeitos fisiológicos: 
➤Regulação renal da excreção de sódio através 
da renina, a homeostasia da pressão arterial e o 
controle da agregação plaquetária pelo endotélio 
vascular. 
 
 Aines Não Seletivos: 
➤Plaquetas produzem COX1, que está envolvida 
na produção do Tromboxano A2 = INDUZ A 
COAGULAÇÃO 
O endotélio produz COX2-PGI2 = INIBE A 
COAGULAÇÃO. 
➤Inibir a COX2 faz com que seja inibida a 
coagulação, podendo levar ao surgimento de 
trombos. 
Indicações: 
➤Utilizar em pacientes com risco aumentado de 
sangramento gastrointestinal. 
➤Não utilizar em pacientes com hipertensão 
arterial, doença cardíaca isquêmica ou com 
história de AVE, uso de stents nas artérias 
coronárias. 
➤Empregar a menor dose eficaz pelo menor 
tempo de duração possível. 
 
AINES seletivos e não-seletivos: 
Quando empregá-los? 
➤Controle da dor aguda de intensidade 
moderada à severa no período pós-operatório de 
intervenções odontológicas eletivas 
➤Analgesia preemptiva e preventiva 
Exemplos: exodontia de dentes inclusos, 
cirurgias periodontais, colocação de implantes, 
enxertias ósseas... 
➤Dor já instalada, após remoção da causa. 
Exemplo: Pericementite. 
 
Dor decorrente de procedimentos odontológicos 
eletivos: 
➤Perdura geral, após 24h 
➤Pico de intensidade entre 6-8h pós-cirúrgicas 
➤Edema inflamatório atinge o ápice 36h após o 
procedimento 
➤Duração do tratamento: máximo de 48 a 72h 
 
Se o paciente apresentar dor intensa e 
exacerbação do edema após esse período, 
agendar reavaliação. 
 
Principais medicamentos: Seletivos e Não-
seletivos. 
 
NÃO seletivos: 
 
IBUPROFENO: 
➤Dor e febre leve a moderada; 
➤Evitar em pacientes com história de 
hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, pelo 
risco potencial de alergia cruzada; 
➤Eficaz como analgésicos e anti-inflamatório. 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Ibuprofeno 200, 300 e 400mg; 
➤Alivium, Advil, Buscofem 400mg; 
➤Ibupril, Buprovil 300 mg; 
➤Advil 200mg; 
 
19 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Dose analgésica: 
➤Administrar por via oral 400 mg de 8/8h; 
 
Dose anti-inflamatória: 
➤Administrar por via oral 600 mg de 12/12h; 
➤Não exceder 3.200mg/dia; 
 
Especialidade farmacêutica: 
➤Spidufen 400 e 600mg granulado. 
Sabor damasco, menta.. 
 
Dissolver em água e ingerir imediatamente. 
rápido início de ação: 15 a 30 min 
 
Especialidade Farmacêutica: 
➤Em gotas:Ibuprofeno 50 mg/mL e Doraliv 
100mg/mL; 
➤Não exceder 800 mg/dia; 
 
NAPROXENO: 
➤Inibição do sistema de cininas e histaminas; 
➤Indicações: dor reumática, dor articular, dor nas 
costas, dor na coluna, cefaleia, enxaqueca, dor 
muscular. 
 
Especialidade farmacêutica: 
➤Naproxeno sódico 250 e 500mg; 
➤Naprosyn 250 e 500mg; 
➤Flanax 275 e 550mg; 
 
Posologia: 
➤Comprimidos de 250mg: 1c, 1 a 2 vezes ao 
dia; 
➤500mg: 1c, 1 vez ao dia; 
➤Não é recomendado o uso por mais de 10 dias 
consecutivos; 
➤Não exceder 1250 mg/dia; 
➤Crianças: Indicado suspensões. 
 
CETOPROFENO: 
➤Tratamento de inflamações, e dores 
decorrentes de processos reumáticos, 
traumatismos e dores em geral. 
 
Especialidades Farmacêuticas: 
➤Profenid 50-10, 150 e 200mg, 20mg/mL 
 
 
 
Posologia: 
➤Administrar por via oral 1 cápsula de 8 em 8h. 
 
NIMESULIDA: 
➤Preferencialmente inibe a COX2; 
➤Mínima atividade sobre a COX1; 
➤Bem absorvida quando administrada por via 
oral; 
➤A utilização deve restringir-se a dores agudas; 
➤Toxicidade hepática; 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤100mg e 50mg/ml suspensão oral 
➤Nisulid 100 mg comprimido dispersível; 
➤Adultos: administrar por vIa oral 1 comprimido 
de 12 em 12h; 
➤Dose máxima diária: 4c ou 80 gotas. 
 
DICLOFENACO: 
➤Sódico ou potássico (mesma farmacocinética e 
farmacodinâmica). 
➤Mais utilizado para osteoartrites, artrite 
reumatóide, dores musculoesqueléticas agudas. 
➤Maior potência que o naproxeno 
➤Não é indicado para menores de 12 anos. 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Diclofenaco 50mg; 
➤Cataflam 50mg(diclofenaco potássico); 
➤Voltaren 75mg(injetável); 
➤Voltaren 50mg(diclofenaco sódico); 
 
Posologia: 
➤Administrar por via oral 1 comprimido de 6 em 
6h ou de 8 em 8h; 
➤Injetável (ampola de 75 mg); 
➤Dose máxima diária - 200 mg; 
 
PIROXICAM: 
➤Aliviar os sintomas de artrite reumatoide 
osteoartrite, dor menstrual (...) 
 
Especialidades Farmacéuticas: 
➤Piroxicam 20mg; 
➤Feldene 20 mg; 
➤Adultos: Administrar por via oral, 1 comprimido 
ao dia; 
➤Maior comodidade posológica; 
➤Não exceder 40 mg/dia; 
 
20 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Seletivos 
 
CELECOXIBE: 
➤É um medicamento indicado para osteoartrite, 
alívio da dor leve a moderada. 
 
Especialidades Farmacêuticas: ➤Celecoxibe 
100 e 200 mg; 
➤Celebra 100 e 200 mg; 
➤Não exceder 800 mg/dia; 
 
Posologia: Administrar 1 comprimido por via oral 
de 12 em 12h; 
 
ETORICOXIBE: 
➤Tratamento de artrite reumatoide, osteoartrite. 
➤Alívio da dor crônica e aguda. 
➤Tratamento da dor aguda pós operatória, 
moderada a grave, associada a cirurgia 
odontológica; 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Arcoxia 60 mg, 90mg 120 mg; 
➤hetori 90mg 
 
 Posologia: 
➤Administração por via oral 1 comprimido 90 mg 
1xao dia; 
➤Dose máxima 200mg ao dia; 
 
AIES: Anti-
inflamatórios esteroidais 
 
Corticoides/corticosteroides: 
➤Hormônios esteróides produzidos pelas 
glândulas suprarrenais ou seus derivados 
sintéticos; 
 
Glicocorticóides 
Exemplo: cortisol 
➤Controlam o metabolismo dos carboidratos, 
gordura e proteínas, equilíbrio hidroeletrolítico e 
possuem potente efeito anti-inflamatório; 
 
Hipotálamo=>hipófise=>glândula supra-renal ou 
adrenal 
Corticoides 
➤Anti-inflamatório; 
➤Antialérgico; 
➤Imunossupressor; 
 
O que são corticoides sintéticos? 
➤São um grupo de hormônios sintéticos, que 
mimetizam o hormônio produzido pela supra 
renal, o glicocorticóide endógeno (cortisol). 
 
ALTA ATIVIDADE: anti-inflamatória, 
antialérgica e imunossupressora. 
 
CORTICOIDES: 
➤Indicado no tratamento de sintomas de vários 
tipos de doenças, incluindo distúrbios reumáticos, 
cutâneos (auto-imunes), glandulares, 
pulmonares, pós-transplante; 
➤Na odontologia: controle da dor e edema 
(analgesia preemptiva) - conforto para o paciente. 
➤Exodontia de dentes inclusos, cirurgias 
periodontais, colocação de implantes... 
➤Não utilizar por mais de 3 dias. 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS CORTICÓIDES: 
 
➤Os glicocorticóides agem inibindo a Fosfolipase 
A2, bloqueando a síntese de Leucotrieno, 
Prostaglandinas e Tromboxano. Ou inibem a 
COX, bloqueando a síntese de Prostaglandinas e 
Tromboxanos. 
 
Ação anti-inflamatória dos corticoides: 
➤Diminui a permeabilidade dos capilares, 
reduzindo a formação do edema (inchaço). 
➤Reduz a migração de leucócitos para a área 
inflamada e a fagcitose, por estes, das células 
lesadas. 
➤Reduz a formação de prostaglandinas e 
leucotrienos, reduzindo os sintomas da 
inflamação e conduz mais rapidamente ao 
reparo. 
➤Reduz a febre por redução da liberação de 
prostaglandinas. 
 
Corticoides mais utilizados na 
Odontologia: 
➤Betametasona 
➤Dexametasona 
➤Triancinolona 
 
21 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
BETAMETASONA: 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Betametasona 0,5 e 2mg e elixir (0,5 mg/ml); 
➤Celestone 2mg (betametasona); 
 
Posologia 
➤Administrar uma dose única de 4 mg (2 
comprimidos) 2h antes do procedimento cirúrgico. 
➤Pós-operatório - 1mg de 8 em 8 h, por 72h. 
➤Doenças auto imunes (líquen plano oral). 
➤Bochechar 10 ml, durante 2 min, 5x ao dia. 
 
DEXAMETASONA: 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Decadron 0,5mg/0,75/4mg e elixir (0,5mg/ml); 
 
Posologia: 
➤Administrar em dose única por via oral, 8 mg, 2 
comprimidos 2h antes do procedimento cirúrgico; 
➤Pós-operatório - 0,75mg de 6 em 6h por 72h; 
➤Doenças autoimunes (líquen plano oral); 
➤Bochechar 10 ml, durante 2 min, 5x ao dia. 
 
TRIANCINOLONA: 
 
Especialidades farmacêuticas: 
➤Acetonida de triancinolona 1mg/g; 
➤Omcilon A, em orabase 1mg/g; 
 
Posologia: 
➤Aplicar sobre o local 5x ao dia, durante 7 dias; 
 
Corticoides: 
Ação dos Corticóides - influência do horário. 
➤ A concentração de cortisol se altera durante 
as horas do dia, apresentando seu pico pelas 
primeiras horas da manhã. Logo ao despertar, 
seus níveis vão declinando progressivamente ao 
longo do dia, ficando bastante baixos durante a 
noite. 
 
Contra-indicações: 
➤Em portadores de doenças fúngicas 
sistêmicas; 
➤Portadores de herpes simples ocular; 
➤Portadores de tuberculose ativa ou histórico 
desta doença; 
➤Em pacientes com histórico de doenças 
psicóticas; 
➤Em pacientes com histórico de 
hipersensibilidade à droga; 
 
Efeitos adversos: 
➤Retenção de sódio; 
➤Ativação dos osteoclastos - osteoporose; 
➤Diminuição da síntese de colágeno - estrias; 
 
Utilizar com cautela: 
➤Gestantes, lactantes; 
➤Diabéticos(aumenta a ação da adrenalina, 
aumenta a quebra de glicogênio e aumenta a 
glicemia); 
➤Hipertensos/cardiopatas; 
➤Portadores de úlcera péptica; 
➤Infecções agudas disseminadas; 
 
Antibacterianos 
 
Bactérias: 
• São organismos microscópicos e 
unicelulares, que vivem geralmente 
agrupados em colônias, e que em alguns 
casos, apresentam uma forma 
característica. 
• São encontradas livremente no ar, na 
terra, na água, nos materiais em 
decomposição ou habitando outros seres 
vivos. 
 
Antimicrobiano: Classificação geral, podendo ser 
também antifúngico. 
 
Morfologia: 
 
 
➤ O método de gram utiliza diferentes corantes e 
substâncias para a identificação das bactérias ao 
 
22 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
microscópio através da cor, podendo ser 
visualizados dois grupos: 
 
 
Tolerância ao O2: aeróbios, anaeróbios e 
anaeróbios facultativos 
 
Classificação: 
• Saprófitas – Não causam doença, podendo 
inclusive beneficiar o organismo hospedeiro. 
• Patogênicas – Causam doença e não 
apresentam função benéfica ao organismo. 
 
Saprófitas: ‘’Bactérias do bem’’ 
➤O corpo humano carrega também cerca de 100 
trilhões de bactérias "boas", muitas delas 
alojadas no intestino. Não apenas vivemos em 
harmonia com elas, mas sem elas não 
conseguiríamos viver. 
➤ajudam a digerir alimentos; 
➤absorvem nutrientes e produzem várias 
vitaminas, incluindo ácido fólico, niacina e 
vitaminas B6 e B12; 
 ➤protegem contra bactérias que causam 
doenças, produzindo ácidos que inibem seu 
crescimento e estimulam o sistema imunológico a 
combatê-las. 
 
Antibióticos colocam em risco a população das 
bactérias protetoras, pois também matam 
parte delas. Isso pode levar a um desequilíbrio 
das bactérias no corpo, desencadeando 
diarreia e outros problemas gastrointestinais. 
 
Infecção: 
• Invasão e multiplicação de um 
microrganismo causando uma doença. 
• Causada por um desequilíbrio entre o nº 
de bactérias, a virulência das bactérias e 
a resistência do hospedeiro. 
 
Segundo o local onde é adquirida: 
➤Comunitária – contraída no ambiente 
doméstico, profissional ou na comunidade. 
➤Hospitalar – contraída no ambiente hospitalar. 
 
Histórico: ERA PRÉ-ANTIBIÓTICA 
 ➤1 em cada 3 crianças não chegava a idade 
adulta; 
 ➤Mortes por tuberculose, sífilis, lepra, 
coqueluche, peste bubônica. 
➤1840 – Ignaz Semmelweis – Importância de 
lavar as mãos. 
➤Séc 19 - Louis Pasteur e o alemão Robert 
Koch descobriram a ligação da ação de 
microorganismos e doenças. Isso deu origem às 
noções modernas de higiene. 
 
Antibióticos – HISTÓRICO 
➤Seu desenvolvimento provocou uma revolução 
em saúde pública ao tornar curáveis uma série 
de doenças que matavam milhões de pessoas 
todos os anos. 
 ➤1928 – Alexander Fleming descobre a 
penicilina; 
➤1939 – Inicia-se uso clínico (2ª Guerra 
Mundial); 
➤1940 – Howard Florey e Ernst Chain – 
produção em escala industrial. A “era dos 
antibióticos”. 
 
Sem a penicilina, 300.000 soldados não voltariam 
para a casa. 
 
Antibiose - relação ecológica no qual uma 
espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução 
de outra espécie. 
 
Antibiótico é uma das classes de medicamentos 
mais prescritas e consumidas em todo o mundo. 
São utilizados para o combate de infecções por 
bactérias. 
 
 
 
 A antibioticoterapia tem a finalidade de 
curar uma doença infecciosa (cura clínica) ou 
de combater um agente infeccioso situado em 
um determinado foco de infecção (cura 
microbiológica). 
 
 Pode ser utilizada de forma terapêutica - que 
implica na utilização de antimicrobianos a partir 
de um diagnóstico preciso, ou presuntivo da 
etiologia do processo infeccioso, fundamentado 
 
23 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
na anamnese, nos exames clínicos e 
laboratoriais. 
 
• Bactericidas: Promovem a morte das 
bactérias. Ex: Penicilinas, cefalosporinas, 
vancomicina, quinolonas. 
• Bacteriostáticos: Inibem a proliferação de 
bactérias. Ex: Sulfonamidas, tetraciclinas, 
cloranfenicol, eritromicina. 
 
Espectro de ação: 
• Restrito: Específico. 
• Amplo 
 
Bactérias: 
• Sensíveis 
• Resistentes 
 
1.Inibição da duplicação cromossômica ou da 
transcrição; 
2. Inibição da atuação de enzimas que produzem 
substâncias essenciais ao metabolismo; 
3. Danos à membrana; Altera a permeabilidadeda membrana, substâncias que estão dentro, 
saem. 
4. Inibição da síntese de proteínas; 
5. Inibição da síntese da parede celular; 
 
MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS: 
 
CLASSES DE ANTIBIÓTICOS 
• Penicilinas. ... 
• Carbapenêmicos. ... 
• Cefalosporinas. ... 
• Aminoglicosídeos. ... 
• Sulfonamidas. ... 
• Macrolídeos. ... 
 • Quinolonas. ... 
• Fluorquinolonas. 
 
INDICAÇÕES DE ANTIBIOTICOTERAPIA NA 
ODONTOLOGIA: 
• Prevenção de infecção focal e sistêmica 
• Prevenção de endocardite bacteriana 
• Tratamento de infecções odontogênicas/não 
odontogênicas. 
COADJUVANTE – Remoção da causa deve ser 
priorizada. 
 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA 
• Criar e manter a cadeia asséptica 
• A profilaxia é indicada para prevenir o 
desenvolvimento de infecção sintomática ou a 
propagação da doença. A prevenção é feita 
pela administração de um antimicrobiano antes 
da exposição a um agente infeccioso. 
 
• É indicado para qual paciente? 
• Pacientes saudáveis? 
 
 Pacientes de risco: 
• Pacientes suscetíveis à endocardite 
bacteriana; Bactérias atingem o endocárdio. 
• Pacientes diabéticos descompensados; 
• Pacientes com comprometimento imunológico, 
ou que utilizam drogas imunossupressoras; 
• Pacientes que apresentam risco de infecções 
articulares (prótese articular ou histórico de 
infecções prévias). Pode causar degranulação 
no ‘’corpo estranho’’. 
• Pacientes renais crônicos. 
 
Em pacientes saudáveis: 
• Cirurgias extensas e prolongadas; 
• Cirurgia em sítios infectados; 
• Quando materiais forem implantados. 
 
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA: 
 
Autores como Tong & Rothwell (2000) relataram 
que se as medidas de assepsia e antissepsia 
forem seguidas à risca e não havendo quebra de 
cadeia asséptica, não estaria indicada a 
profilaxia antibiótica nestes casos, a não ser que 
o paciente tenha o sistema imune 
comprometido, haja história de doenças 
sistêmicas ou contra-indicações de uso. 
 
Andrade (2006) afirmou que a exodontia de 
dentes inclusos apresenta um baixo risco de 
infecção pós operatória, desde que os 
princípios de técnica cirúrgica e normas rígidas 
de assepsia e antissepsia sejam obedecidas. 
 
Como manter a cadeia asséptica? 
• Antissepsia extrabucal – iodopovidona 10% - 
clorexidina 2% 
• Antissepsia intrabucal – clorexidina 0,12% - 
clorexidina pré-cirurgia 0,2% 
 
Esposito e colaboradores (2008): 
•Sugeriram que 2g de amoxicilina por via oral 1h 
antes do procedimento reduz significativamente 
as falhas dos implantes. 
 
 
24 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
Protocolo da American Heart 
Association (2007) 
 
Em que procedimentos é necessário utilizar a 
profilaxia em pacientes de alto risco? 
Tratamento de Infecções odontogênicas: 
•Infecções orais apresentam evolução rápida, 
porém uma vez removida a causa (ex.: 
exodontia, raspagem ou tratamento 
endodôntico) a cura, ou involução do processo 
também será rápida se houver intervenção 
clínica e medicamentosa. 
• Infecção odontogênica aguda de origem 
pulpar como complemento do tratamento 
endodôntico; 
• Abscessos periapicais; 
• Periodontite agressiva; 
• Gengivite ulcerativa necrosante; 
• Infecções odontogênicas com 
comprometimento dos espaços faciais 
profundos da cabeça e pescoço. 
• Pericoronarite 
• Peri-implantite 
 
ANTIBIÓTICOS UTILIZADOS NA ODONTOLOGIA: 
 
BETA-LACTÂMICOS: Penicilinas 
• Compostos naturais ou semissintéticos que 
são utilizados como 1ª escolha no tratamento 
da maioria das infecções bacterianas; 
• Possuem ação bactericida – bloqueiam a 
síntese da parede celular; 
• Efeitos adversos: Raros por via oral, incluem 
dor abdominal, náusea, vômito e diarreia. 
• Alergia: 2%. 
• Penicilina cristalina, Penicilina G procaína, 
Penicilina G benzatina - endovenosa ou 
intramuscular 
 
PENICILINA V (Via Oral): 
• Espectro reduzido - Ação eficaz contra 
estreptococos grampositivos 
• Comprimidos de 500 mil U.I. – equivalente a 
325mg. (1½ comp). 
• Intervalo entre doses – 6h. 
AMPICILINA 
• Apresenta meia-vida de 1-2 horas, não 
devendo ser utilizada com intervalos maiores 
que 6 horas. 
• Age contra estreptococos gram-positivos e 
cocos e bacilos gramnegativos. 
• Menos eficaz do que a Penicilina V contra 
cocos gram-positivos. 
 
AMOXICILINA 
• Análoga da Ampicilina; 
• Bem absorvida por via oral – não é inativada 
pelo suco gástrico; Pode ser ingerida com 
alimentos. 
• Têm espectro de ação igual à ampicilina 
porém melhor absorvida com menos efeitos 
adversos; 
• Preferência dos cirurgiões-dentistas; 
• Utilizada com intervalos de 8 horas. 
 
BETA-LACTÂMICOS: Penicilinas + 
INIBIDORES DE BETALACTAMASES 
• Existem bactérias produtoras de 
betalactamases – enzimas capazes de destruir 
o anel betalactâmico de algumas penicilinas, 
inativando-as. 
• Para combater infecções causadas por essas 
bactérias, foram criadas substâncias, que em 
conjunto com as penicilinas inativam a ação 
enzimática das betalactamases. 
• Sulbactam, tazobactam e clavulanato de 
potássio. 
 
 
AMOXICILINA + ÁCIDO CLAVULÂNICO 
• Tanto a amoxicilina quanto o ácido clavulânico 
são absorvidos rapidamente pelo trato 
digestivo; 
• Se une irreversivelmente as betalactamases, 
inativando-as, tornando as bactérias 
produtoras dessas enzimas sensíveis as 
penicilinas. 
• Largo espectro de ação; 
• Infecções endodônticas. 
 
BETA-LACTÂMICOS: CEFALOSPORINAS 
1ª geração: 
São muito ativas contra cocos gram-positivos e 
têm atividade moderada contra E. coli, Proteus 
mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na 
comunidade. Podem ser usadas durante a 
gestação. Ex: Cefalexina, Cefadroxil. 
 
 2ª geração: 
 Em relação às de primeira geração, 
apresentam uma maior atividade contra H. 
influenzae, Moraxella catarrhalis, Neisseria 
meningitidis, Neisseria gonorrhoeae. Ex: 
Cefaclor. 
 
3ª geração 
São mais potentes contra bacilos gram-
negativos facultativos, e têm atividade 
antimicrobiana superior contra S. pneumoniae . 
No Brasil só estão disponíveis cefalosporinas de 
terceira geração na apresentação parenteral 
 
25 
MARIA EDUARDA RIBEIRO 
(ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima). 4ª 
geração 
Conservam a ação sobre bactérias gram-
negativas, incluindo atividade antipseudomonas, 
além de apresentarem atividade contra cocos 
gram-positivos, especialmente estafilococos 
sensíveis à oxacilina. Ex: Cefepima – 
intravenosa. 
 
• Age contra bactérias gram-positivas e algumas 
bactérias gram-negativas, perturbando o 
crescimento da parede celular bacteriana. 
• CEFALEXINA, CEFADROXILA, CEFACLOR – 
via oral. 
• Cefalexina e cefadroxil são antibiótico β-
lactâmicos de 1ª geração e cefaclor de 2ª 
geração. 
• Largo espectro de ação – maior que as 
penicilinas. 
• Não são eficazes contra anaeróbios 
envolvidos nas infecções endodônticas; 
• Nefrotóxicos se utilizados em altas doses e por 
tempo prolongado 
 
 
MACROLÍDEOS 
• Os macrolídeos constituem um grupo de 
antibióticos formados quimicamente por um anel 
macrocíclico de lactona, ao qual se ligam a um 
ou mais açúcares. 
• Bacteriostáticos: inibem a síntese de proteínas 
pelas bactérias; 
• Ótima absorção e biodisponibilidade por via 
oral; 
• Amplo espectro. 
 
ERITROMICINA 
• Espectro de ação similar à penicilina – pouca 
eficácia contra bactérias anaeróbias. 
• Alternativa a pacientes alérgicos à penicilina, 
porém, apresenta aumento da resistência 
bacteriana. 
O ideal é trocar a classe. 
• O estolato de eritromicina é contra-indicado 
para gestantes, devido ao risco de 
hepatotoxicidade (hepatite colestática) com ou 
sem o aparecimento de icterícia. O estearato 
pode ser utilizado 
 
CLARITROMICINA 
• Maior espectro de ação em comparação com a 
Eritromicina - mais potente em relação à 
estreptococos, estafilococos e bactérias 
anaeróbicas; 
• Boa alternativa para pacientes alérgicos às 
penicilinas; 
• Alcança alta concentração tecidual, saliva, 
gengivas, osso. 
 
AZITROMICINA 
• Espectro de ação é mais amplo frente aos 
micro-organismos Gram-positivos; 
• Difusão tecidual é mais rápida e mais elevada

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