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Prévia do material em texto

11
Alice Rocha de Magalhães; André Anjos 
da Silva; Gabriella Melo Fontes Silva 
Dias; Katia Regina Marchetti; Lucas 
Lonardoni Crozatti; Natália Ivanovna 
Bernasovskaya Garção
CLÍNICA MÉDICA XI
DOENÇAS ECZEMATOSAS
2
SUMÁRIO
DOENÇAS ECZEMATOSAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2. Dermatite atópica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1. Introdução e fisiopatologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2. Quadro clínico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3. Tratamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3. Dermatite de contato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1. Dermatite de contato por irritante primário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2. Dermatite de contato alérgica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4. Dermatite seborreica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Mapa mental . Principais doenças eczematosas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Outros eczemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.1. Eczema numular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.2. Eczema de estase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.3. Eczema disidrótico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Bibliografia consultada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Questões comentadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3
DOENÇAS ECZEMATOSAS
O QUE VOCÊ PRECISA SABER?
 u “Eczema” constitui uma via final que pode ter diversas etiologias associadas à inflamação. 
 u Pode ser visto como sinônimo de “dermatite”, contudo com algumas particularidades. 
 u Por esse motivo, “eczema” não é um diagnóstico. 
 u Envolvem predisposição genéticas, exposição a fatores de risco e a estímulos exógenos, em diferentes graus. 
 u O estudo anatomopatológico traz achados sugestivos de “eczema”. 
 u Pode ser agudo, subagudo ou crônico.
1. INTRODUÇÃO
 BASES DA MEDICINA
Na Dermatologia, as lesões clínicas possuem correspon-
dências histopatológicas. Portanto, para melhor com-
preender a fisiopatologia e o quadro clínico das doenças 
eczematosas, vamos relembrar alguns conceitos.
 u Espongiose: edema intercelular na Camada de 
Malpighi que ocasiona o afastamento entre os 
queratinócitos. É o mecanismo histopatológico 
que ocasiona a formação de vesículas.
 u Hiperqueratose: espessamento da camada córnea.
 u Acantose: aumento da espessura da Camada de 
Malpighi. Quando os cones epiteliais encontram-
-se na mesma altura, é denominada de acantose 
regular, e quando se encontram em diferentes 
alturas, denominamos de acantose irregular.
Eczemas são um grupo de dermatoses inflamatórias 
de etiologia variada, caracterizados por um padrão 
clínico e histopatológico específicos, que surgem a 
partir da interação de predisposição genética com 
exposição a fatores exógenos (Quadro 1).
Quadro 1. Classificação de Eczemas.
Exposição Predisposição
Eczemas exógenos
Dermatite de contato por irritante primário **** *
Dermatite de contato alérgica *** **
Eczemas endógenos
Dermatite seborreica ** ***
Dermatite atópica * ****
Fonte: Elaborado pela autora.
importância/prevalência
Doenças eczematosas Dermatologia
4
O eczema pode ser classificado quanto à sua evo-
lução em agudo, subagudo e crônico, de acordo 
com as seguintes características:
 u Fase aguda:
 W Quadro clínico: eritema, edema e vesiculação 
(Figura 1).
 W Quadro histopatológico: intensa espongiose 
da epiderme, presença de vesículas, exoci-
tose de linfócitos, vasodilatação e edema na 
derme papilar, além da presença de infiltrado 
linfocitário.
Figura 1. Eczema – Fase aguda.
Fonte: Ternavskaia Olga Alibec/Shutterstock.com¹.
 u Fase subaguda:
 W Quadro clínico: eritema e edema menos inten-
sos, exsudação e crostas.
 W Quadro histopatológico: espongiose, microve-
sículas, exocitose de linfócitos discreta, vaso-
dilatação, edema da derme papilar e infiltrado 
linfocitário (Figura 2).
Figura 2. Dermatite espongiótica. No maior 
aumento, evidência de eosinófilos.
Fonte: Fonte: Gosmanova et al.³
 u Fase crônica:
 W Quadro clínico: eritema, descamação e lique-
nificação (Figura 3).
 W Quadro histopatológico: hiperqueratose, acan-
tose irregular, espongiose leve, vasodilatação 
e infiltrado linfocitário na derme.
Figura 3. Placas eritematoliquenificadas 
no dorso da mão.
Fonte: Anthony Ricci/Shutterstock.com4.
 DIA A DIA MÉDICO
O prurido é o sintoma mais predominante.
Muitas vezes o termo dermatite é utilizado como sinônimo 
de eczema na prática. Deve-se evitar esse termo, pois 
existem outras dermatites não eczematosas.
2. DERMATITE ATÓPICA
2 .1 . INTRODUÇÃO E FISIOPATOLOGIA
 BASES DA MEDICINA
A dermatite atópica é uma dermatose com fisiopatologia 
complexa. Para entendê-la, vamos relembrar um pouco 
de Imunologia.
 u Imunidade inata: primeira linha de defesa do 
nosso organismo, é rápida e inespecífica. As 
principais células efetoras são os macrófagos, 
Doenças eczematosas 
5
neutrófilos, células dendríticas e células Natural 
Killer (NK), que atuam por fagocitose, liberação 
de quimiocinas e citocinas, e ativação do siste-
ma complemento.
 u Imunidade adaptativa: resposta imune especiali-
zada, realizada principalmente por linfócitos T, B, 
células NK e células apresentadoras de antígenos.
Agora, vamos relembrar os padrões de resposta 
imune. Existem 2 subtipos de linfócitos T: CD4, ou 
auxiliares, e CD8, ou citotóxicos. Esses linfócitos 
reconhecem antígenos por meio de complexos de 
histocompatibilidade diferentes. Os linfócitos CD4 
possuem 2 subpopulações, que são importantes no 
entendimento de diversas doenças dermatológicas:
 u Linfócitos Th1: produzem IL-2, IL-12, IFN-γ, TNFα, 
TNFβ e interferem na imunidade celular, hiper-
sensibilidade tardia e mecanismos de citotoxici-
dade. A presença de IL-12 favorece o desvio da 
resposta imune para o polo Th1.
 u Resposta Th2: produzem IL-4, IL-5, IL-6, IL-13 e in-
terferem na imunidade humoral. A presença de 
IL-4 favorece o desvio da resposta imune para 
o polo Th2.
A dermatite atópica é uma dermatose crônica infla-
matória e recorrente, bastante comum na faixa 
etária pediátrica. A maioria dos casos tem início 
antes dos 5 anos de idade, raramente iniciando 
na idade adulta. A dermatite atópica é geralmente 
a primeira manifestação clínica de atopia, sendo 
comum o desenvolvimento subsequente de rinite 
alérgica ou asma, caracterizando a denominadade “sarna 
dos niqueladores”.
Alternativa C: INCORRETA. Micoses de pele costu-
mam cursar com manchas confluentes de limites 
precisos e descamação.
Alternativa D: INCORRETA. O zinco também é utiliza-
do para revestimentos, mas os tipos de lesões de 
pele descritas são dermatites irritativas de contato, 
podendo levar a ulcerações, e, raramente, reações 
alérgicas.
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	Doenças eczematosas 
	 Introdução
	 Dermatite atópica 
	 Introdução e fisiopatologia 
	 Quadro clínico 
	 Tratamento 
	 Dermatite de contato 
	 Dermatite de contato por irritante primário 
	 Dermatite de contato alérgica 
	 Dermatite seborreica 
	Mapa mental. Principais doenças eczematosas
	 Outros eczemas 
	 Eczema numular 
	 Eczema de estase 
	 Eczema disidrótico 
	Referências
	Bibliografia consultada 
	Questões comentadasmarcha atópica.
 DIA A DIA MÉDICO
Acomete principalmente crianças a partir de 3 meses 
(85% dos casos surgem em menores de 5 anos). A derma-
tite seborreica é um importante diagnóstico diferencial, 
contudo ela costuma se manifestar antes dos 3 meses 
de idade. De 70% a 80% têm remissão espontânea na 
adolescência.
É uma doença de patogênese complexa, em que 
estão envolvidos fatores genéticos, ambientais, 
psicossociais, imunológicos e estruturais, descritos 
a seguir.
 u Fatores genéticos: admite-se uma herança poli-
gênica, com influência materna superior à pater-
na, além de diversas mutações em genes codi-
ficadores de proteínas atuantes na integridade 
da barreira cutânea, como filagrina e claudina.
 u Fatores ambientais: maior prevalência em áreas 
urbanas e classes sociais mais elevadas, que 
corroboram a hipótese da higiene.
 u Fatores psicofisiológicos: há necessidade de 
maiores estudos nesse âmbito, mas na prática 
clínica observa-se um perfil de personalidade 
mais comumente relacionado à dermatite atópi-
ca, caracterizado por hiperatividade, inteligência 
superior à média e labilidade emocional.
 u Alterações imunológicas: há uma hiperreativida-
de cutânea com disfunção da imunidade inata, e 
consequente suscetibilidade aumentada a infec-
ções por agentes bacterianos e virais, além de 
disfunção da imunidade adaptativa, com predo-
mínio de resposta Th2 na fase aguda e Th1 na 
fase crônica. Outro ponto é a maior produção de 
IgE pelos linfócitos B.
 u Alterações estruturais: há um prejuízo da função 
de barreira da pele devido às mutações no gene 
da filagrina, alterações qualitativas e quantitativas 
do metabolismo lipídico e maior perda de água 
transepidérmica, culminando na xerose cutânea.
 u Alterações do microbioma: há redução de Sta-
phylococcus epidermidis e aumento de S. aureus 
(> 90% dos pacientes), este último capaz de atuar 
como superantígeno, potencializando a resposta 
inflamatória.
 DIA A DIA MÉDICO
A chance de desenvolver a doença é de 60% se um dos 
pais é afetado, e 80% se os 2 pais forem afetados.
Esses diversos mecanismos levam a uma barreira epi-
dérmica ineficiente.
Doenças eczematosas Dermatologia
6
Figura 4. Fisiopatologia da dermatite atópica.
Fonte: Adaptada de Designua/Shutterstock.com5.
Algumas características conferem um pior prog-
nóstico (tendem a não regredir na adolescência): 
início precoce, gravidade das lesões, nível IgE sérico 
elevado (relação direta com a gravidade), asma e 
rinite concomitante, história familiar positiva.
 DIA A DIA MÉDICO
Imagine a pele normal como uma parede de tijolos e 
cimento, e a pele do atópico como uma parede com tijolos 
e sem cimento. Dessa forma, é mais fácil entender que 
haverá maior facilidade para entrada de microrganismos, 
perda de água e comprometimento das “defesas”.
2 .2 . QUADRO CLÍNICO
 BASES DA MEDICINA
A semiologia dermatológica parte do princípio da análise 
das lesões elementares para, a partir daí, reconhecer-
mos as principais síndromes e, por fim, o diagnóstico. 
Vamos então refrescar alguns conceitos sobre lesões 
elementares.
 u Liquenificação: acentuação das linhas naturais 
da pele, secundária a prurido crônico.
 u Xerose: ressecamento da pele.
Clinicamente, a dermatite atópica se expressa com 
um conjunto de características que deve ser valo-
rizado para o diagnóstico, como lesões eczemato-
sas em localização típica, com caráter crônico e 
recidivante, prurido intenso, xerose cutânea, além 
Doenças eczematosas 
7
de outros comemorativos que descreveremos a 
seguir. As lesões de eczema podem ser agudas, 
subagudas ou crônicas, conforme descrevemos 
no início deste capítulo.
 DIA A DIA MÉDICO
Clinicamente, é caracterizada pela tríade: prurido (100%), 
xerose e eczema.
A morfologia e a localização das lesões modificam-
-se de acordo com a faixa etária:
 u Lactente (3 meses a 2 anos): eczema agudo 
(eritema com vesículas, exsudato e crostas) no 
couro cabeludo, face (poupando região central), 
região cervical e regiões extensoras (Figura 5).
Figura 5. Dermatite atópica do lactente.
Fonte: comzeal images/Shutterstock.com6.
 u Infantil (2 a 12 anos): eczema subagudo (crostas), 
acometendo dobras dos cotovelos e joelhos, tor-
nozelos, mãos e pés, regiões periorificiais da face.
 u Adulto (a partir de 12 anos): eczema crônico (li-
quenificação), com surtos de eczema agudo. 
Acomete flexuras, face (pálpebras e perioral), 
couro cabeludo, região cervical e mãos (Figura 6).
Figura 6. Eczema crônico em flexuras.
Fonte: Gabdrakipova Dilyara/Shutterstock.com7.
O prurido costuma ser intenso e pior à noite, atrapa-
lhando o sono e prejudicando o rendimento escolar. 
Os pacientes tendem a apresentar um limiar mais 
baixo para o prurido, sendo este mais intenso e 
duradouro. Em casos graves, pode haver evolução 
para eritrodermia, quando as lesões atingem mais 
de 90% da superfície corporal.
Observa-se maior frequência de infecções bacteria-
nas, molusco contagioso mais extenso (Figura 7) 
e dificuldade de tratamento da verruga vulgar e 
herpes simples, que pode se disseminar na forma 
de erupção Variceliforme de Kaposi (Figura 8).
Figura 7. Molusco contagioso: múltiplas 
pápulas com umbilicação central.
Fonte: Hanna Taniukevich/Shutterstock.com8.
Doenças eczematosas Dermatologia
8
Figura 8. Erupção variceliforme de Kaposi: erosões 
monomórficas com crostas hemorrágicas.
Fonte: Stock High angle view/Shutterstock.com9.
 DIA A DIA MÉDICO
Frequentemente são encontradas outras manifestações 
de atopia, como rinite (25%) e asma (30%-40%), formando 
a tríade (marcha atópica) nos pacientes ou nos familiares.
O diagnóstico é clínico e baseado nos Critérios de 
Hanifin e Rajka, modificados em 2005 por Williams. 
São necessários 3 critérios maiores (entre os 4) e 3 
critérios menores. Confira a lista abaixo. 
Tais critérios são constantemente cobrados em 
provas, assim como considerados no momento da 
avaliação do paciente, para exclusão de diagnósticos 
diferenciais.
Quadro 2. Características da dermatite atópica.
Critérios maiores (3 ou mais) Critérios menores (3 ou mais)
Prurido
Morfologia e topografia típicas, compatíveis 
com os padrões descritos para a faixa etária
Tendência a cronicidade ou recorrências crônicas
História pessoal ou familiar de manifestações 
de atopia: asma, rinite, dermatite atópica
Xerose cutânea
Prega de Dennie-Morgan (linha 
acentuada na pálpebra inferior)
Escurecimento ao redor dos olhos
Palidez centrofacial
Pitiríase alba
Queratose pilar (acentuação perifolicular)
Ictiose vulgar
Hiperlinearidade palmar e plantar
Dermografismo branco (linha branca aparece 
na pele dentro de um minuto, após a pele 
ser friccionada com um objeto)
Conjuntivite, ceratocone, catarata anterior subcapsular
Elevação da IgE sérica
Reatividade ao teste cutâneo imediato
Eczema de mamilo
Intolerância à lã e a solventes lipídicos
Intolerância alimentar
Curso influenciado por fatores ambientais/emocionais
Tendência a apresentar dermatite em mãos e pés
Idade precoce de surgimento
Tendência a apresentar infecções cutâneas
Queilite
Dobras e liquenificação em região cervical
Prurido na transpiração
Fonte: Bolognia et al.10
Doenças eczematosas 
9
Figura 9. Pitiríase alba: mácula hipocrômica 
com pápulas ao centro, xerodérmicas e 
confundidas com pitiríase versicolor.
Fonte: Dermatology11/Shutterstock.com11.
Figura 10. Dermatite atópica localizada em região palmar. 
Fonte: Atsushi Hirao/Shutterstock.com12.
Figura 11. Queratose pilar: pápulas foliculares 
nas faces extensoras dos membros.
Fonte: ChrisGreenTea/Shutterstock.com13.
O diagnóstico diferencial inclui eczema de contato, 
dermatite seborreica, linfoma cutâneo, psoríase, 
além de genodermatoses como Síndrome de Nether-
ton, Síndrome de Wiskott-Aldrich, entre outras.
 DIA A DIA MÉDICO
Na prática, mais importante do que somar os critérios 
é observar como o paciente se apresenta clinicamente, 
identificando a morfologia e a topografia das lesões, além 
presença de prurido.Deve-se procurar outros sinais de 
atopia no paciente e nos familiares. Com a experiência, 
torna-se automático realizar o diagnóstico sem precisar 
recorrer aos critérios todas as vezes.
Os pacientes com dermatite atópica possuem queixas 
oftalmológicas com frequência, devido ao intenso prurido 
ocular. Lembre-se de questionar sobre esse aspecto e, 
se necessário, solicitar uma avaliação oftalmológica.
Apesar de não tão conhecida, a afecção oftalmológica 
mais associada à dermatite atópica é a catarata subcap-
sular anterior.
Doenças eczematosas Dermatologia
10
2 .3 . TRATAMENTO
 BASES DA MEDICINA
Na fisiopatologia, aprendemos que é uma doença multi-
fatorial – portanto, não existe uma única medicação, até 
o momento, capaz de curá-la de maneira definitiva. Desse 
modo, lembre-se dos pontos-chave da fisiopatologia e 
tente associá-los ao objetivo de cada ponto da terapia.
Por ser uma doença crônica e recidivante, o trata-
mento deve ser iniciado na crise e mantido posterior-
mente. Devem ser orientados cuidados gerais para 
todos os pacientes, independentemente se estão ou 
não em período de crise. São eles: preferir banhos 
rápidos e mornos, sabonetes devem ser usados o 
mínimo possível e devem ser preferencialmente do 
tipo Syndet (pH próximo ao fisiológico da pele: 4,5 
a 5,5), não usar buchas e esponjas, estimular hidra-
tação tópica (emolientes), evitar o uso de tecidos 
de lã e sintéticos, evitar bichos de pelúcia, cortinas 
e tapetes no quarto.
O uso de emolientes é um dos pilares do tratamento 
da dermatite atópica devido à grande disfunção de 
barreira cutânea e deve ser incentivado para todos 
os pacientes, dentro ou fora das crises.
Nas formas leves/moderadas, dar preferência aos 
corticoides tópicos por períodos limitados (a potên-
cia depende da gravidade e da localização; cuidado 
com crianças e áreas mais sensíveis pelo risco de 
absorção) e imunomoduladores tópicos (inibidores 
da calcineurina – tacrolimus e pimecrolimus). Devem 
ser utilizados anti-histamínicos sedativos devido ao 
prurido noturno.
Nas formas graves ou resistentes: fototerapia (UVA e 
UVB), imunossupressores sistêmicos (ciclosporina, 
metotrexato, azatioprina e micofenolato mofetil). 
Existem algumas medicações novas em estudo 
para dermatite atópica, incluindo imunobiológicos 
(dupilumabe e nemolizumabe). O tratamento com 
imunobiológicos tem se mostrado muito eficaz e 
já é aprovado para uso em asma e em dermatite 
atópica. Os mais prescritos são o dupilumabe (anti-
-IL4) e o nemolizumabe, contudo ainda não estão 
são constam no rol da ANS. Sua dispensação pelo 
SUS se associa por ora a medidas judiciais.
Tratamento de infecção secundária deve ser feito 
preferencialmente guiado por antibiograma ou empí-
rico com cefalosporinas de 1ª geração, como a 
cefalexina. O tratamento da Erupção Variceliforme 
de Kaposi é feito com aciclovir sistêmico.
Internação hospitalar é indicada nos casos graves 
e resistentes, como quadros eritrodérmicos, e na 
presença de complicações, como infecções gra-
ves, sinais de desidratação, instabilidade clínica e 
hemodinâmica.
 DIA A DIA MÉDICO
O antibiótico sistêmico deve sempre ser usado nas formas 
extensas, intensas e resistentes ao tratamento (mesmo 
sem infecção secundária) → cefalosporina por 7 dias.
Corticoides sistêmicos devem ser evitados pelo risco de 
efeitos adversos e de causar rebote.
Evitar hidratantes à base de ureia, pois os pacientes podem 
sentir irritação e ardor.
Mesmo nas formas graves devem-se usar tratamentos 
tópicos associados, pois assim a resposta será melhor.
Várias famílias realizam dietas restritivas para os pacientes 
com dermatite atópica, pois acreditam que há uma alergia 
alimentar associada. Este ainda é um ponto controverso, 
e estudos recentes mostraram que apenas uma minoria 
dos pacientes apresenta de fato alguma alergia alimentar 
e se beneficiaria de dietas de exclusão. Portanto, dietas 
restritivas não devem ser indicadas indiscriminadamente 
para todos os pacientes.
É fundamental conversar com o paciente e a família sobre 
o prognóstico e o objetivo do tratamento, além de tirar suas 
dúvidas. Fortalecer a relação médico-paciente e fornecer 
uma abordagem multidisciplinar são pontos-chave para 
o sucesso terapêutico.
Doenças eczematosas 
11
Fluxograma 1. Fluxograma de tratamento da dermatite atópica.
Tratamento básico
Tratamento proativo
Tratamento sistêmico
Controle
Hidratação 
Tratamento tópico 
(corticoides / inibidores 
da calcineurina) 
Educação/ Afastar 
desencadeantes
Hospitalização/Tratamen
to das infecções 
Fototerapia 
Ciclosporina A 
Metotrexato Dupilumabe* 
Outras terapias 
sistêmicas
Leve
Moderada
Grave
* Aprovado para adultos com DA.
Fonte: Aoki et al.14
3. DERMATITE DE CONTATO
É uma doença extremamente comum, com distri-
buição universal. Possui etiologia exógena, ou seja, 
é causada pelo contato com agentes externos, os 
quais danificam diretamente os queratinócitos da 
pele (dermatite por irritante primário) ou provocam 
reação imunológica mediada por linfócitos T (der-
matite alérgica).
Os fatores predisponentes são idade (mais comum 
em adultos), outras dermatoses preexistentes (infla-
mação da pele favorece a absorção percutânea), 
localização (mãos, pés, face e pescoço – áreas de 
maior exposição ao agente), genética e profissão.
 DIA A DIA MÉDICO
A dermatite de contato corresponde a 30% das doenças 
ocupacionais, sendo 80% na forma irritativa primária e 
20% na forma alérgica.
3 .1 . DERMATITE DE CONTATO POR 
IRRITANTE PRIMÁRIO
 BASES DA MEDICINA
Mais uma vez vamos ressaltar a importância da barreira 
cutânea, pois se não houver dano à barreira, não há der-
matite de contato irritativa. Tenha sempre em mente que a 
barreira cutânea é composta por queratinócitos, proteínas, 
lipídeos e água. Se houver alteração em algum desses 
componentes, haverá um prejuízo funcional.
Doenças eczematosas Dermatologia
12
A Dermatite de Contato Irritativa (DCI) é a forma 
mais comum. Os irritantes são agentes químicos ou 
físicos que levam diretamente à quebra da barreira 
cutânea, com consequente ativação do sistema 
imune inato e dano tecidual. O grau da lesão é 
influenciado por propriedades do irritante (tamanho 
da molécula, concentração, volume, estado de ioni-
zação, lipossolubilidade, pH), modo de exposição 
(duração, periodicidade) e condições ambientais 
(temperatura, umidade, oclusão, fricção).
Entre os mecanismos de toxicidade associados 
aos irritantes primários, os principais são: lesão de 
barreira, desnaturação de proteínas, toxicidade à 
membrana plasmática, citotoxicidade, solubilização 
da camada lipídica, queratólise.
Virtualmente qualquer paciente exposto pode desen-
volvê-la já ao primeiro contato, pois não necessita 
sensibilização prévia. Geralmente as lesões são 
bem delimitadas, acometendo apenas a região 
em contato (em ordem de maior frequência: mãos, 
face, pescoço e pés), adquirindo por vezes formatos 
bizarros.
As principais substâncias relacionadas à dermatite 
de contato irritativa são sabões, desinfetantes, 
detergentes, álcalis, ácidos, solventes, fluidos cor-
porais e plantas.
São descritas as seguintes formas:
a) Aguda: após contato acidental com substância 
cáustica (ácidos e bases fortes), as lesões surgem 
imediatamente (Figura 12).
b) Aguda tardia: após contato acidental com subs-
tância cáustica (ácidos e bases fortes), as lesões 
surgem em 12h a 24h.
c) Cumulativa: exposição repetida a um agente 
fraco. Exemplo: a dermatite de fraldas (amonia-
cal) (Figura 13), forma mais comum em crianças, 
gerada pelo contato prolongado com fezes e urina, 
além de sabonetes e antissépticos. A dermatite 
das mãos ocorre por atividades úmidas ou com 
exposição a sabões e a detergentes (Figura 14).
Figura 12. Dermatite de contato por irritante 
aguda, secundária a solvente industrial.
Fonte: iweevy/Shutterstock.com15.
Figura 13. Dermatite de fraldas.
Fonte: lavizzara/Shutterstock.com16.
Figura 14. Dermatite das mãos.
Fonte:Andrzej Rostek/Shutterstock.com17.
Doenças eczematosas 
13
Os sintomas mais comuns são ardor, dor e quei-
mação, sendo o prurido menos frequente. Depen-
dendo da intensidade da reação, pode haver necrose 
associada.
O diagnóstico é clínico, através do aspecto da lesão, 
que varia conforme a fase do eczema (aguda, suba-
guda ou crônica), e da anamnese, que permite a 
identificação dos fatores relacionados. Como não 
é uma reação imunológica, a DCI apresenta teste 
de contato negativo. O exame histopatológico pode 
auxiliar se houver dúvida em relação a uma causa 
não eczematosa, mostrando as características 
descritas no início deste capítulo.
O tratamento consiste principalmente em afasta-
mento do agente causal – ou seja, a adoção de 
mudanças comportamentais no ambiente domés-
tico e laboral, tais como a substituição de produtos 
e uso de EPI. Além disso, deve-se restabelecer a 
barreira cutânea e realizar tratamento das lesões 
ativas com uso de compressas úmidas, corticoide 
tópico ou sistêmico e anti-histamínicos para controle 
do prurido. Uma alternativa é a administração de 
inibidores da calcineurina (tacrolimus).
 DIA A DIA MÉDICO
Existem algumas formas especiais de dermatite de contato 
irritativa, como a dermatite propagada pelo ar – inseti-
cidas em spray, perfumes para ambientes (afeta mais 
comumente a face, pescoço, braços e tórax anterior), e 
a dermatite de contato pustulosa/acneiforme (causada 
por exposição a óleos e graxas). No seu dia a dia, além 
de médico, você terá que ser um pouco detetive e coletar 
uma boa anamnese a fim de encontrar a causa mais pro-
vável. Pergunte ativamente, pois em muitos casos essas 
exposições fazem parte do dia a dia dos pacientes e eles 
tendem a não considerá-las importantes, principalmente 
nos casos crônicos.
3 .2 . DERMATITE DE CONTATO ALÉRGICA
 BASES DA MEDICINA
Um pouquinho de Imunologia mais uma vez. Você verá 
que ao final do módulo de Dermatologia, terá feito uma 
boa revisão de Imunologia também. Vamos relembrar os 
tipos de reação de hipersensibilidade.
 u Tipo 1 ou imediata: reação mediada por IgE que 
resulta na liberação de substâncias vasoativas 
(histamina, prostaglandinas, leucotrienos). Exem-
plos: urticária, angioedema, anafilaxia.
 u Tipo 2 ou citotóxica: reação mediada por IgM, 
IgG e complemento, resultando em resposta in-
flamatória com lise celular. Exemplos: anemia 
hemolítica, penfigoide bolhoso.
 u Tipo 3 ou por imunocomplexo: reação mediada 
por imunocomplexos, resultando em dano teci-
dual. Exemplos: vasculite de pequenos vasos, 
Púrpura de Henoch-Schonlein.
 u Tipo 4 ou tardia: reação mediada por linfócitos 
sensibilizados previamente por antígenos. Exem-
plos: dermatite de contato alérgica, reação do PPD.
A dermatite de contato alérgica corre em pessoas 
predispostas, caracterizando a reação de hipersen-
sibilidade tipo IV. Portanto, necessita de exposição 
prévia à substância para que haja reconhecimento 
antigênico.
 DIA A DIA MÉDICO
Pode ocorrer em local a distância de onde houve o contato.
Possui 3 fases:
a) Indução (sensibilização): antígeno penetra a camada 
córnea → fagocitose pelas Células de Langerhans → migra-
ção até os linfonodos regionais + apresentação para os 
linfócitos através do MHC → formação dos linfócitos de 
memória e efetores.
b) Fase de elicitação: após novo contato, migração dos 
linfócitos T previamente sensibilizados para o local + recru-
tamento de células inflamatórias. A cada nova exposição, 
os sintomas surgem em período cada vez mais curto e 
são cada vez mais graves, podendo haver disseminação 
a distância.
c) Fase de resolução: células T CD4 + liberam IL-10 → 
inibição da inflamação.
Alguns exemplos clássicos de alérgenos são: níquel 
(bijuterias) (Figura 15), borracha (calçados), formal-
deído (esmalte de unha → é comum causar eczema 
nos dedos e pálpebras), látex (luvas, preservativos) 
etc.
Doenças eczematosas Dermatologia
14
Figura 15. Dermatite de contato alérgica por níquel.
Fonte: LIAL/Shutterstock.com18.
O diagnóstico é feito a partir da clínica e do teste 
de contato positivo. As lesões inicialmente são limi-
tadas às áreas de contato com o alérgeno, porém 
pode haver sensibilização a distância. O padrão das 
lesões também varia conforme a fase do eczema, 
em agudo, subagudo e crônico. Frequentemente o 
paciente queixa-se de prurido e ardência.
O teste de contato confirma o diagnóstico e inves-
tiga a etiologia. Ele reproduz a fase de elicitação 
e possui sensibilidade e especificidade > 85%. No 
Brasil são testadas 30 substâncias-padrão, com-
plementadas conforme anamnese (cosméticos, 
plantas, relacionadas à profissão etc. – Tabela 1). 
O paciente pode estar em uso de anti-histamínicos 
durante o teste, mas não de corticoide (sistêmico, 
suspender 2 semanas antes e tópico, suspender 1 
semana antes).
Caso o paciente faça uso de corticoide de forma 
contínua, é confiável a realização do patch test sob 
doses inferiores a 20 mg/dia de prednisona.
 DIA A DIA MÉDICO
O teste deve ser feito quando a dermatite estiver na sua 
fase inativa e geralmente no dorso (Figura 16), para evitar 
falsos positivos e a síndrome da pele excitada (Angry 
Back Syndrome).
Tabela 1. Bateria-padrão de testes de contato.
Substância Conc . Veículo Substância Conc . Veículo
Antraquinona 2% Vas. Sol Neomicina 20% Vas. sol
Bálsamo do peru 25% Vas. Sol Nitrofurazona 1% Vas. sol
Benzocaína 5% Vas. Sol Parabenos (2) 12% Vas. sol
Bicromato de potássio 0,5% Vas. Sol Pafenilenodiama 1% Vas. sol
Butil fenol p-terciário 3% Vas. Sol Perfume-mix (3) 8% Vas. sol
Carba-mix (1) 3% Vas. Sol PPD-mi (4) 0,6% Vas. sol
Cloreto de cobalto 1% Vas. Sol Prometazina 1% Vas. sol
Colofônia 20% Vas. Sol Propilenoglicol 1% Vas. sol
Efilenodiamina 1% Vas. Sol Quaternium 15 2% Vas. sol
Formaldeído 2% Água Quinolina-mix(5) 5% Vas. sol
Hidroquinona 1% Vas. Sol Resina-epóxi 1% Vas. sol
Irgansan 1% Vas. Sol Sulfato de ríquel 5% Vas. sol
Kathon CG 0,5% Vas. Sol Terebintina 10% Vas. sol
Lanolina 20% Vas. Sol Timerosol 0,1% Vas. sol
Mercaptobenzotiazol 1% Vas. Sol Tiuram-mix (6) 1%
Fonte: Rivitti19.
Doenças eczematosas 
15
Figura 16. Teste de dermatite de contato alérgica.
Fonte: Neeila/Shutterstock.com20.
A placa permanece por 48 horas, e as leituras são 
feitas com 48 e 96 horas. O teste de contato deve 
ser graduado da seguinte forma:
 u Sem reação = negativo.
 u Eritema com algumas pápulas = resposta fraca (+).
 u Eritema, pápulas e vesículas = resposta forte (++).
 u Eritema intenso e bolhas = resposta muito forte 
(+++).
Nem sempre o teste de contato positivo significa 
que aquela substância foi a causadora da dermatite. 
É importante que haja correlação entre a história 
de uso, a localização das lesões e a substância 
que positivou no teste. Existem casos de falsos 
negativos e positivos.
O tratamento consiste em evitar as substâncias 
relacionadas e as que possuem reações cruzadas, 
além do uso de corticoides tópicos ou sistêmicos 
(a depender da gravidade), inibidores de calcineurina 
tópicos, emolientes e anti-histamínicos para con-
trole de prurido. Em casos extremos, pode-se usar 
imunossupressores, como ciclosporina.
 DIA A DIA MÉDICO
A biópsia para exame histopatológico possui pouca 
utilidade nesses casos, devendo ser realizada quando 
houver dúvida diagnóstica com outras dermatoses não 
eczematosas.
Vamos agora fazer uma breve revisão das diferen-
ças entre dermatite de contato irritativa e alérgica 
(Quadro 3).
Doenças eczematosas Dermatologia
16
Quadro 3. Diferenças entre dermatite de contato irritativa e alérgica. * 
DCI DCA
Sintomas
Aguda Ferroadas, pontadas → prurido Prurido → dor
Crônica Prurido/dor Prurido/dor
Lesões
Aguda Eritema → vesículas → erosões 
→ crostas → descamação
Eritema → pápulas → vesículas → 
erosões → crosta → descamação
Crônica Pápulas, placas, fissuras, 
descamação, crostas Pápulas, placas, descamação, crostas
Limites e 
localização
Aguda Bem demarcada, estritamente 
restrita ao local de exposição
Bem demarcada,restrita ao local de 
exposição, porém com disseminação 
para a periferia; em geral, pápulas 
minúsculas; pode se tornar generalizada 
Crônica Mal definida Mal definida, disseminação
Evolução
Aguda Rápida (poucas horas após a exposição) Não tão rápida (12 a 72 horas após a exposição)
Crônica Meses a anos de exposição repetida Meses ou mais; exacerbação 
após cada reexposição
Agentes 
etiológicos
Depende da concentração do agente e 
do estado da barreira da pele; ocorre 
apenas acima de um nível limiar
Relativamente independentemente 
da quantidade aplicada. Em geral, 
concentrações muito baixas e suficientes, 
porém depende do grau de sensibilização
Incidência Pode ocorrer em praticamente 
qualquer pessoa Ocorre apenas em pessoas sensibilizadas
*As diferenças estão em negrito.
Fonte: Wolff21.
4. DERMATITE SEBORREICA
 BASES DA MEDICINA
As glândulas sebáceas são do tipo holócrinas, compõem 
a unidade pilossebácea e estão presentes em toda a 
extensão da pele, exceto nas palmas e nas plantas, sendo 
maiores na região central da face. Essas glândulas são 
responsáveis pela formação do sebo, que é composto 
por triglicérides, ácidos graxos, esqualeno e colesterol, e 
têm por função lubrificar a superfície cutânea e proteger 
os pelos e a pele. As glândulas sebáceas são ativadas 
pelos hormônios androgênios, motivo pelo qual são 
mais desenvolvidas ao nascimento – devido à ação dos 
hormônios maternos – e na puberdade.
A dermatite seborreica acomete em torno de 5% da 
população, sendo mais frequente no sexo masculino.
A causa da dermatite seborreica não é totalmente 
conhecida, mas sabemos que ocorre uma alteração 
da composição sebácea (aumento de triglicerídeos 
e colesterol, e redução de ácidos graxos livres e 
esqualeno) e uma maior colonização pelo fungo 
comensal Malassezia sp.
 DIA A DIA MÉDICO
Os fatores de piora da dermatite seborreica são extremos 
de temperatura, estresse físico e emocional, drogas, qua-
dros neurológicos (Parkinson), HIV, álcool, carboidratos, 
DM, obesidade etc.
Doenças eczematosas 
17
Manifestações clínicas são lesões eritemato-des-
camativas, mal delimitadas, com escamas bran-
co-amareladas graxentas e aderidas (Figura 17). 
Acomete principalmente regiões ricas em glândulas 
sebáceas: couro cabeludo, face (sulco nasogeniano, 
glabela e pálpebras), orelha, região pré-esternal, e 
eventualmente áreas intertriginosas.
Figura 17. Lesões de dermatite seborreica.
Fonte: Dermatology11/Shutterstock.com22.
Existem 2 formas clínicas principais:
1. Lactente: mais comum nos primeiros 3 meses 
de vida, ocorre devido ao estímulo das glândulas 
sebáceas por andrógenos maternos. É bastante 
comum a presença de escamas amareladas, 
graxentas e aderidas no couro cabeludo (crosta 
láctea) (Figura 18), mas também pode acometer 
face, região de fraldas e flexuras.
Figura 18. Dermatite seborreica do 
lactente: crosta láctea.
Fonte: Eaaw/Shutterstock.com23.
2. Adulto (Figura 19): pico entre 40 e 60 anos, com 
tendência a melhora após esse período. O quadro 
tem curso crônico, com períodos de melhora e 
piora. As áreas afetadas localizam-se nas regiões 
com alta densidade de glândulas sebáceas e 
apresentam-se como placas eritemato-escamo-
sas. São elas: laterais do nariz, sulco nasolabial, 
glabela, dobras retroauriculares e couro cabeludo. 
Quadros muito extensos e recalcitrantes devem 
levantar suspeita para infecção por HIV.
Figura 19. Dermatite seborreica do adulto.
Fonte: AFPics/Shutterstock.com24.
 DIA A DIA MÉDICO
O diagnóstico é clínico, e o principal diagnóstico diferencial 
é a psoríase, porém essa apresenta escamas prateadas, 
com bordas bem definidas e não respeita os limites da 
linha de implantação dos cabelos.
No lactente, os principais diagnósticos diferenciais são 
dermatite irritativa de fraldas, dermatofitose, candidíase 
intertriginosa, dermatite atópica, histiocitose de Células 
de Langerhans, dermatite infecciosa (HTLV) e acroder-
matite enteropática, principalmente quando localizadas 
na região das fraldas.
O exame histopatológico pode corroborar, demons-
trando uma dermatite espongiótica e psoriasiforme, 
porém raramente é necessário para o diagnóstico.
O tratamento consiste em antifúngicos tópicos 
(xampu de cetoconazol 2%, ciclopirox 1%, sulfeto de 
selênio ou piritionato de zinco) e corticoides tópicos. 
Para tratamento a longo prazo na face, pode ser 
Doenças eczematosas Dermatologia
18
usado tacrolimus tópico (inibidor da calcineurina). 
Durante a crise, as medicações devem ser usadas 
todos os dias. Porém, como se trata de uma doença 
crônica, posteriormente deve ser feito o tratamento 
de manutenção pelo menos 1 vez na semana.
Nos lactentes, deve-se orientar compressas com 
vaselina ou óleo para facilitar a remoção leve das 
crostas no couro cabeludo e cremes à base de 
óxido de zinco na área das fraldas. Nos casos mais 
intensos e inflamatórios, podem ser necessários 
cremes de corticoide ou antifúngicos.
 DIA A DIA MÉDICO
Corticoides tópicos devem ser usados pelo menor tempo 
possível devido ao risco de efeitos adversos em longo 
prazo. Nos casos graves e recidivantes, pode-se fazer 
uso de antifúngicos sistêmicos, como cetoconazol, itra-
conazol e terbinafina.
Doenças eczematosas 
19
Mapa mental. Principais doenças eczematosas
Doenças eczematosas
Dermatite de contato Dermatite seborreicaDermatite atópica
Lactente Irritante primário Lactente
Alérgica Adultos
Infantil (2-12 anos)
Adulto (> 12 anos)
Eczema agudo Restrita ao local de exposição Primeiros 3 meses de vida
Teste de contato positivo Placas 
eritemato-descamativas
Eczema subagudo
Eczema crônico 
(Liquenificação) 
Couro cabeludo, face, 
áreas extensoras
Dermatite de fraldas → 
Áreas convexas da pele
Escamas graxentas no couro 
cabeludo, face, flexuras
Pessoas sensibilizadas Asas nasais, retroauricular, 
couro cabeludo, glabela
Dobras dos cotovelos e 
joelhos, periorificial da face
Flexuras, faces, mãos
Poupa a região 
central do rosto
Doenças eczematosas Dermatologia
20
5. OUTROS ECZEMAS
5 .1 . ECZEMA NUMULAR
Caracterizado por placas eritemato-escamosas, 
crostosas, em formato circular (formato “em 
moeda”), no tronco e nos membros (principalmente 
membros inferiores). É mais frequente em adultos 
e idosos, e geralmente há curso crônico com recidi-
vas frequentes. Pode ter associação com infecção 
bacteriana (colonização ou disseminação hema-
togênica) ou com quadro de dermatite atópica de 
base. O tratamento consiste no uso de emolientes, 
corticoides tópicos, antibióticos tópicos ou sistê-
micos. Nos casos graves e refratários, podem ser 
prescritos fototerapia e corticoides sistêmicos.
Figura 20. Eczema numular.
Fonte: OMfotovideocontent/Shutterstock.com25.
5 .2 . ECZEMA DE ESTASE
Frequente em pacientes com sinais de insuficiên-
cia venosa crônica, edema de membros inferiores 
e quadros prévios de trombose venosa profunda, 
sendo causado por inflamação crônica e microan-
giopatia. É mais comum no sexo feminino e em 
adultos/idosos.
É caracterizado por placas eritemato-escamocros-
tosas, pruriginosas, localizadas principalmente na 
região tibial anterior, maléolo medial e nas panturri-
lhas. Pode ocorrer autossensibilização com lesões a 
distância. Complicações como infecção secundária 
(erisipela) e úlcera de estase são frequentes.
Mantidos os estímulos, o quadro tende a progre-
dir, com maior extensão do edema e do eritema, 
com aspecto endurado, semelhante a uma “garrafa 
invertida”, quando recebe o nome de lipoderma-
toesclerose. 
O extravasamento de hemácias, com a consequente 
deposição de hemossiderina no espaço extravascu-
lar, confere à pele o aspecto escurecido (dermatite 
ocre), e a vascularização insuficiente leva a áreas 
de atrofia (atrofia branca).
O diagnóstico é clínico, devendo-se evitar biópsia 
nesses casos pelo risco de complicações (infecção 
e deiscência de sutura), sendo considerada apenas 
se dúvida diagnóstica.
Muitos pacientes desenvolvem dermatite de contato 
alérgica a componentesde cremes e pomadas, 
como neomicina. Nesses casos, há também vesí-
culas na área acometida. O patch test é útil para o 
diagnóstico nessa situação.
O tratamento deve ser voltado para o controle da 
insuficiência venosa crônica, com elevação do mem-
bro, meias compressivas, tratamento de varizes, e 
sintomático, com corticoides tópicos ou sistêmicos, 
e emolientes.
Figura 21. Eczema de estase/lipodermatoesclerose.
Fonte: Casa nayafana/Shutterstock.com26.
5 .3 . ECZEMA DISIDRÓTICO
Quadro crônico e recidivante de lesões vesiculares, 
muito pruriginosas, nas regiões palmoplantares. 
É uma dermatite endógena de etiologia não escla-
recida, sendo considerada, por muitos autores, uma 
manifestação clínica de outras condições, como 
dermatite de contato, dermatite atópica e uso de 
Doenças eczematosas 
21
medicações. Está frequentemente associada a 
períodos de estresse, hiper-hidrose, agentes irri-
tantes e infecções fúngicas.
O principal diagnóstico diferencial é com tinea pedis.
O tratamento é feito com corticoides tópicos ou 
sistêmicos, e permanganato de potássio diluído 
para auxiliar na secagem das vesículas. O uso de 
emolientes e evitar contato com agentes irritantes 
auxilia na prevenção de novos surtos.
Figura 22. Eczema disidrótico.
Fonte: japansainlook/Shutterstock.com27.
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Doenças eczematosas Dermatologia
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Acesso em: 12 dez 2022.
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em: 12 dez 2022.
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Doenças eczematosas 
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QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE DUTRA – MA – 2021) 
Eventos adversos podem ocorrer quando a pele entra 
em contato com agentes externos e a manifestação 
cutânea mais comum é o eczema, que pode ser de 
natureza alérgica, caracterizando a dermatite de 
contato alérgica (DCA) ou irritante, que caracteriza 
a dermatite de contato por irritante (DCI). Sobre o 
diagnóstico diferencial das dermatites, assinale a 
opção correta:
	⮦ O teste de contato está em desuso e tem pouco 
valor no diagnóstico das duas entidades – DCA 
e DCI.
	⮧ A DCA é uma reação eczematosa pruriginosa, 
com distribuição restrita ao local do contato e 
a DCI em geral tem distribuição difusa.
	⮨ O teste de contato é considerado padrão ouro 
para diagnóstico da DCI e pouco valioso na DCA.
	⮩ A DCA resulta de efeito citotóxico direto devido 
aplicação única ou repetida de uma substância 
química ou agressões físicas com a pele, enquan-
to na DCI o eczema só aparece com exposições 
subsequentes.
	⮪ A DCA e DCI possuem patogênese diferente e 
aspectos clínicos similares e o teste de contato 
continua sendo o procedimento padrão para o 
diagnóstico correto e consistente da DCA.
Questão 2
(FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – SP – 2020) No quadro 
clínico da Dermatite Atópica observa-se:
	⮦ As lesões surgem nos primeiros dias de vida.
	⮧ Acomete mais as dobras cubitais e poplíteas.
	⮨ Como as lesões de Psoríase, não são prurigi-
nosas.
	⮩ Existe um acometimento das mucosas.
Questão 3
(H.U. BETTINA FERRO DE SOUZA/JOÃO BARROS BARRETO – PA – 
2020) Menor, 6 anos, é atendido em setor ambulatorial 
com queixa de lesões pruriginosas, recidivantes lo-
calizadas em regiões flexurais de joelhos e cotove-
los com eritema e liquenificação. Portador de rinite 
alérgica e asma parcialmente controlada. Assinale 
a afirmativa que não corresponde ao diagnóstico 
clínico do paciente.
	⮦ Os fungos do gênero Malassezia são fatores 
desencadeantes de piora das lesões
	⮧ Dermatophagoides pteronyssinus é o principal 
representante dos aeroalérgenos envolvidos na 
expressão desta doença
	⮨ Os testes de leitura cutânea imediata estão pros-
critos devido ao risco de reação anafilática.
	⮩ Os inibidores da calcineurina atuam como imu-
nomoduladores tópicos e são usados para con-
trole da inflamação.
	⮪ A fototerapia tem sido empregada em casos com 
baixa resposta à terapêutica habitual.
Questão 4
(FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS – 2020) Pa-
ciente de 1 ano, feminino, com lesões de pele pru-
riginosas e recidivantes principalmente em regiões 
flexurais de braços e pernas, desde os 4 meses de 
idade, apresenta lesões também na face e na região 
do tronco. Mãe refere ter feito vários tratamentos 
Doenças eczematosas Dermatologia
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para escabiose com melhoras ocasionais, mas 
que as lesões retornavam. A criança tem um sono 
agitado, com dificuldade para dormir constante e 
não deixa ninguém em casa dormir há alguns dias. 
Associado apresenta pele bastante seca e lesões 
ocasionadas por picadas de inseto em braços e per-
nas, que a mãe refere que a criança coça bastante 
também. Neste caso, a melhor conduta é:
	⮦ Realizar tratamento para escabiose com medica-
ção via oral para a criança e para todos os fami-
liares ao mesmo tempo. As falhas no tratamento 
ocorreram provavelmente porque os outros fa-
miliares não foram tratados ao mesmo tempo.
	⮧ Orientar uso de hidratantes de pele diariamente, 
associado ao uso de corticoides tópicos de mé-
dia potência em regiões flexurais, quando apre-
sentar lesões em atividade, além de orientação 
para reduzir o tempo de banho e uso excessivo 
de sabonetes.
	⮨ Nestes casos, recomenda-se o tratamento de 
um infecção bacteriana secundária à escabiose, 
que pode ocorrer em alguns casos, dificultando o 
tratamento da escabiose e prolongando a doen-
ça. Após o tratamento da infecção bacteriana 
secundária, realizar o tratamento adequado da 
escabiose.
	⮩ Trata-se de um processo alérgico provavelmen-
te ocasionado pelo tratamento realizado para a 
escabiose, devendo ser suspenso qualquer me-
dicação tópica e encaminhar o paciente para um 
alergista realizar a avaliação adequada do caso.
	⮪ As lesões provocadas por mosquitos, ou pruri-
go estrófulo, podem provocar reações sistêmi-
cas. Elas geram lesões de pele a distância por 
um mecanismo alérgico ainda não totalmente 
esclarecido. Nesses casos, o uso de repelentes 
rotineiramente é indicado.
Questão 5
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – 2020) A região do pe-
ríneo nos lactentes é frequentemente acometida por 
doenças cutâneas com diferentes etiologias. Para 
o diagnóstico correto e instituição do tratamento 
adequado, é necessário realizar a anamnese com-
pleta e exame físico detalhado. Sobre esse tema, 
considere as seguintes afirmativas: 1. Na dermatite 
da área de fraldas por irritante primário, as áreas 
convexas do períneo são acometidas com lesões 
eritematosas. 2. Na candidíase perineal, o eritema é 
intenso, as pregas inguinais são poupadas e a ausên-
cia de pápulas satélites caracterizam o diagnóstico. 
3. Na dermatite de fraldas por irritante primário, os 
antibióticos tópicos estão indicados, assim como 
o aumento da frequência de trocas. 4. Na derma-
tite seborreica, as lesões que ocorrem nos lacten-
tes acometem as pregas inguinais e axilares, além 
do couro cabeludo. Assinale a alternativa correta.
	⮦ Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
	⮧ Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
	⮨ Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
	⮩ Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
	⮪ As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Questão 6
(HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE SOROCABA – 2020) Lactente 
de 10 meses apresenta lesões intermitentes em face 
há 2 meses. Ao exame, apresenta placas eritema-
tosas em região malar bilateralmente, poupando o 
maciço central. A principal hipótese diagnóstica é:
	⮦ Dermatite de contato.
	⮧ Dermatite atópica.
	⮨ Dermatite seborreica.
	⮩ Impetigo.
	⮪ Eritema infeccioso.
Questão 7
(HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JUNDIAÍ – 2020) A mãe de 
um lactente de 8 meses procura o ambulatório 
com queixa de que, há 2 semanas, a criança tem 
“assadura na região das fraldas”. Ao exame físico, 
observa-se eritema intenso,inclusive em dobras, 
se estendendo para a genitália, com descamação 
periférica e pústulas satélites eritematosas. Nesse 
caso, a prescrição indicada é:
	⮦ Cremes de barreira.
	⮧ Antibioticoterapia tópica.
Doenças eczematosas 
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	⮨ Corticoides tópicos.
	⮩ Creme antifúngico.
	⮪ Antibioticoterapia oral.
Questão 8
(SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE FLORIANÓPOLIS – 2020) 
Maria, 29 anos, leva seu filho Carlos, 2 meses, que 
apresenta lesão hiperemiada moderada em região 
inguinal bilateral há 2 dias. Ao examinar a criança, a 
Dra. Sara faz o diagnóstico de dermatite de fraldas. 
A melhor conduta é:
	⮦ Orientar a troca de fraldas com mais frequência.
	⮧ Manter úmida a região com solução fisiológica 
fria.
	⮨ Lavar as fraldas com sabão em pó e amaciantes.
	⮩ Prescrever óxido de zinco e nistatina tópicos.
Questão 9
(UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – SP – 2019) Menino, 5 anos 
de idade, apresenta história de eczema desde o 
primeiro ano de vida. Ele foi tratado com hidratan-
te diariamente e utilizou corticosteroides tópicos 
intermitentemente, com boa resposta. Agora ele 
está na pré-escola, e é trazido pelos seus pais para 
avaliação de lesões nas fossas antecubitais e po-
plíteas bilateralmente, conforme figura abaixo. Qual 
dos seguintes patógenos é a causa mais provável 
da infecção da pele neste paciente?
	⮦ Staphylococcus aureus.
	⮧ Vírus Coxsackie.
	⮨ Staphylococcus epidermis.
	⮩ Vírus Herpes simplex.
Questão 10
(HOSPITAL DAS CLÍNICAS DO PARANÁ – 2018) A dermatite 
atópica é a doença cutânea mais frequente na in-
fância. Os sintomas têm início nos primeiros 6 me-
ses de vida em 45% dos pacientes, e em 85%, an-
tes dos 5 anos. O diagnóstico é clínico e as lesões 
têm características diferentes quanto ao aspecto 
e localização, conforme a faixa etária. Levando em 
consideração os dados apresentados, assinale a 
alternativa correta.
	⮦ Na fase do lactente, as lesões eczematosas es-
tão localizadas na face e região extensora dos 
membros, enquanto a região coberta pelas fral-
das é poupada.
	⮧ Na fase que vai do nascimento até os 6 meses 
de vida, as lesões são liquenificadas e mais fre-
quentemente localizadas nas pregas cubitais e 
poplíteas.
	⮨ Na fase infantil, as lesões são eritemato-des-
camativas e localizam-se nas pregas axilares 
e inguinais, e a xerose é menos intensa e asso-
ciada a prurido.
	⮩ Na fase que vai dos 2 anos até a adolescência, 
as lesões tendem a ser mais liquenificadas e 
localizam-se na fase extensora de membros.
	⮪ As alterações pigmentares pós-inflamatórias, 
seja com hiperpigmentação, seja com hipopig-
mentação, são infrequentes na dermatite atópica.
Doenças eczematosas Dermatologia
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GABARITO E COMENTÁRIOS
Questão 1 dificuldade:   
 Y Dica do professor: As dermatites de contato são 
causadas por substâncias que ao entrar em contato 
com a pele promovem lesões. Elas são classifica-
das em Dermatite de Contato por Irritante primário 
(DCI) e Dermatite de Contato Alérgica (DCA), cujas 
fisiopatologias são distintas. Na DCI, a dermatite é 
desencadeada pela ação irritante ou cáustica de 
determinadas substâncias (ex.: detergentes, pro-
dutos químicos, abrasivos). Na DCA, o mecanismo 
patogênico é por reação de hipersensibilidade tardia 
tipo IV, em que a substância em questão provoca 
sensibilização do sistema imune, causando perda 
da tolerância. 
Alternativa A: INCORRETA. O teste de contato ainda é 
o exame capaz de determinar a substância envolvida 
na reação e é bastante utilizado na prática clínica. 
Lembre-se que o teste de contato é indicado ape-
nas na investigação da dermatite de contato alérgi-
ca, pois na DCI não há envolvimento imunológico. 
Alternativa B: INCORRETA. Ambas as reações estão 
primariamente localizadas na área de contato ini-
cial. Em alguns casos, pode haver sensibilização 
para outras áreas do corpo, o que ocorre na DCA. 
Alternativa C: INCORRETA. O mecanismo etiopato-
gênico dos testes de contato é o mesmo da DCA, 
pois promove uma fase de elicitação quando o or-
ganismo já está sensibilizado. No entanto, não tem 
utilidade na DCI, pois nesta não há participação do 
sistema imune. 
Alternativa D: INCORRETA. É exatamente o oposto. 
Alternativa E: CORRETA. Correto e autoexplicativo. 
 ✔ resposta: ⮪
Questão 2 dificuldade: 
 Y Dica do professor: A questão aborda característi-
cas básicas da epidemiologia e do quadro clínico da 
dermatite atópica, uma doença inflamatória crônica 
da pele, com forte componente hereditário.
Alternativa A: INCORRETA. Até 60% dos pacientes 
manifestam a doença já no primeiro ano de vida, 
no entanto apresentações tão precoces quanto os 
primeiros dias de vida não são comuns. 
Alternativa B: CORRETA. Os locais tipicamente aco-
metidos são as superfícies flexoras, como dobras 
cutâneas, poplíteas e região cervical anterior. A ex-
ceção para isso são as crianças comregião perianal e perineal, e interna das 
coxas. Geralmente poupa as dobras. A presença 
de pápulas e pústulas satélites levanta a suspeita 
de candidíase. A dermatite seborreica do lactente 
manifesta-se com a presença de escamas amarela-
das, graxentas e aderidas no couro cabeludo, face, 
região de fraldas e flexuras.
Afirmativa 1: CORRETA. Vide comentário.
Afirmativa 2: INCORRETA. Na candidíase perineal, as 
pregas inguinais são acometidas, e o que caracte-
riza o diagnóstico é a presença de lesões satélites.
Afirmativa 3: INCORRETA. Antibióticos tópicos não são 
recomendados de rotina na dermatite de fraldas por 
irritante primário. O tratamento baseia-se em troca 
frequente de fraldas, manter a área sempre seca, 
uso de pomadas de barreira e algumas vezes de 
corticoides tópicos. Os antibióticos só devem ser 
prescritos na presença de sinais clínicos indicativos 
de infecção secundária.
Afirmativa 4: CORRETA. Vide dica do professor.
 ✔ resposta: ⮨
Questão 6 dificuldade: 
 Y Dica do professor: A dermatite em área de fraldas 
é a infecção mais comum causada pela cândida. 
A lesão primária ocorre em áreas intertriginosas do 
períneo e se apresenta como um eritema papular 
confluente, com pápulas eritematosas satélites. 
O tratamento é realizado com cremes antifúngicos, 
dentre os quais destacamos nistatina, clotrimazol 
a 1%, miconazol a 2% e anfotericina.
 ✔ resposta: ⮩
Doenças eczematosas Dermatologia
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Questão 7 dificuldade: 
 Y Dica do professor: A dermatite das fraldas, também 
chamada de assadura, é a erupção cutânea mais 
comum em bebês e crianças pequenas. Geralmen-
te ocorre nas superfícies convexas da pele devido 
ao contato prolongado com fezes e urina, incluindo 
nádegas, abdome inferior, genitália e raiz da coxa. 
Na maioria dos casos, o tratamento da dermatite 
das fraldas envolve medidas gerais de cuidado da 
pele, como por exemplo a troca frequente de fraldas, 
exposição ao ar, limpeza suave; escolha de fraldas; 
e uso de preparações de barreira tópica. Corticos-
teroides tópicos de baixa potência e antifúngicos 
podem ser usados em casos graves e complicados 
por infecção por Candida.
Alternativa A: CORRETA. Vide dica do professor.
Alternativa B: INCORRETA. A área da fralda deve ser 
limpa suavemente com água morna e uma pequena 
quantidade de produto de limpeza suave com pH fi-
siológico; após a limpeza, a região deve ser secada 
corretamente, evitando deixá-la úmida.
Alternativa C: INCORRETA. As fraldas descartáveis 
foram projetadas especificamente para atenuar 
os fatores que predispõem a dermatite irritante 
das fraldas; por isso, durante o tratamento da der-
matite das fraldas, as fraldas descartáveis devem 
ser preferidas.
Alternativa D: INCORRETA. Os agentes antifúngicos são 
terapias tópicas eficazes para dermatite de fralda 
complicada por infecção secundária por Candida.
 ✔ resposta: ⮦
Questão 8 dificuldade: 
 Y Dica do professor: Estamos diante de um paciente 
com provável diagnóstico de dermatite atópica, um 
dos tipos mais comuns de dermatites eczemato-
sas. Esta é uma doença crônica, multifatorial, com 
base genética e que apresenta pele seca, erupções 
pruriginosas e crostas. Seu surgimento é mais co-
mum nas regiões de dobra dos braços e dos joelhos 
(fossas antecubitais e poplíteas), exatamente nos 
lugares onde a criança do caso apresenta as lesões. 
A questão interroga qual a causa mais provável da 
infecção de pele do paciente; para respondê-la, pre-
cisamos saber quais são os principais patógenos 
envolvidos em infecções secundárias ao eczema 
da dermatite atópica e o padrão das lesões de cada 
um, visto que a questão fornece a imagem da lesão 
para analisarmos.
Alternativa A: CORRETA. Os portadores de dermatite 
atópica apresentam frequentemente colonização 
por Staphylococcus aureus, sendo este patógeno 
o principal causador das infecções de pele secun-
dárias nesses pacientes. Deve-se suspeitar des-
sa infecção quando estiverem presentes crostas 
aderentes e amareladas cobrindo as placas ecze-
matosas, exatamente como a lesão do paciente 
se apresenta.
Alternativa B: INCORRETA. Este vírus causa o ecze-
ma Coxsackie, caracterizado por erupção vesicu-
lar disseminada nas áreas de eczema, ocorrendo 
também lesões vésico-bolhosas nos pés, nas mãos 
e na região peri e intraoral. Essa descrição não é 
compatível com a lesão do paciente.
Alternativa C: INCORRETA. Apesar desse patógeno 
colonizar a pele humana, ele não está envolvido 
em infecções secundárias das lesões da dermati-
te atópica. Essa bactéria tem predileção por áreas 
mais úmidas, colonizando principalmente as axilas 
e nas narinas. As lesões da dermatite são secas, 
por isso acredita-se que elas não são um ambiente 
propício para esse estafilococo.
Alternativa D: INCORRETA. O vírus herpes simplex 
causa a erupção variceliforme de Kaposi, condição 
caracterizada pela erupção súbita e monomórfica 
de vesículas, majoritariamente nas áreas de eczema, 
podendo haver linfonodomegalia e febre. A lesão 
do paciente não apresenta esse padrão.
 ✔ resposta: ⮦
Questão 9 dificuldade:  
 Y Dica do professor: A fase do nascimento até o sex-
to mês de vida é caracterizada por prurido intenso 
e lesões cutâneas com eritema, pápulas, vesículas 
e formação de crostas, que se localizam na face e 
poupam o maciço central. Outros locais podem ser 
acometidos, como face extensora dos membros 
e tronco. Infecção secundária é comum e carac-
terizada por exsudação e crostas melicéricas. Os 
surtos do eczema podem ser desencadeados por 
Doenças eczematosas 
29
infecções respiratórias, alterações climáticas, fato-
res emocionais e alimentos. Entre os 8 e 10 meses 
de idade, as lesões acometem as regiões extensoras 
dos membros, provavelmente pela fricção ocasio-
nada pelo ato de engatinhar ou mesmo se arrastar 
no chão. Os pacientes que nesta fase apresentam 
eczema generalizado podem melhorar; entretanto, 
o desaparecimento total da doença é pouco prová-
vel. A fase pré-puberal ocorre a partir dos 2 anos e 
persiste até a puberdade. As lesões localizam-se 
principalmente nas regiões flexurais dos joelhos e 
dos cotovelos, do pescoço, dos punhos e dos tor-
nozelos. As pápulas eritematosas e as vesículas 
são substituídas gradualmente por liquenificação 
(espessamento, escurecimento e acentuação dos 
sulcos da pele).
Alternativa A: CORRETA. A dermatite atópica do lacten-
te é mais comum na face e nas regiões extensoras.
Alternativa B: INCORRETA. A fase do nascimento até 
o sexto mês de vida é caracterizada por prurido 
intenso e lesões cutâneas, com eritema, pápulas, 
vesículas e formação de crostas, que se localizam 
na face e poupam o maciço central.
Alternativa C: INCORRETA. As lesões localizam-se 
principalmente nas regiões flexurais dos joelhos 
e dos cotovelos, pescoço, pulsos e tornozelos. As 
pápulas eritematosas e vesículas são substituídas 
gradualmente por liquenificação.
Alternativa D: INCORRETA. As lesões localizam-se 
principalmente nas regiões flexurais dos joelhos e 
dos cotovelos, do pescoço, dos pulsos e dos tor-
nozelos. As pápulas eritematosas e as vesículas 
são substituídas gradualmente por liquenificação.
Alternativa E: INCORRETA. Alterações pigmentares 
pós-inflamatórias são frequentes.
 ✔ resposta: ⮦
Questão 10 dificuldade:  
 Y Dica do professor: As lesões por Sarcoptes sca-
biei costumam ocorrer em áreas de dobra, como 
axilas, interdigital, nádegas, mamas, entre outras. 
Mas, no caso, as lesões estão em abdômen e an-
tebraço, então não parece ser um caso de escabio-
se. O que chama atenção é a história de trabalho 
com galvanoplastia; esse setor faz revestimentos 
metálicos usando materiais como cobre, cromo, 
zinco e níquel.
Alternativa A: INCORRETA. Não há descrição de sinais 
infecciosos para pensar em prescrever antibióticos.
Alternativa B: CORRETA. Níquel é um conhecido agen-
te alérgeno e causador de dermatoses, sendo clas-
sicamente descrita um tipo de lesão com micro-
pápulas escoriadas em punhos, mãos, dorso dos 
dedos, antebraços e abdome, chamada

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