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História da Música
Surgimento da Música: Antiga Grécia, Império Romano e Cristianismo
· O que é Música?
É uma linguagem; uma forma de comunicação.
 
“A música expressa o que as palavras não conseguem e o que não pode deixar de ser dito”
Victor Hugo
“Depois do silêncio, o que mais consegue se aproximar e expressar o inexprimível é a música”
Aldous Huxley
“Se no mundo não houvesse música, esse mundo seria um exílio”
Friedrich Nietzsche
“Milhares de pessoas cultivam a música; poucos, porém, têm a revelação dessa grande arte”
Beethoven
· Antigas Civilizações
As primeiras grandes civilizações, em 3.000 a.C. no Antigo Egito, já tinham instrumentos variados como o tambor, a harpa, a flauta...
O conhecimento musical, nessa região e nesse período, estava mais reservado aos sacerdotes.
Indo para outras civilizações, como a mesopotâmica, encontraram objetos raros, escritos cuneiformes em argila, gravuras de músicos.
· Cultura Grega
Como berço da cultura, os gregos descobriram que a música tinha um forte poder educativo e moralizante.
Foram eles que trouxeram para um patamar superior o entendimento do que é a música, pois ela refina, educa e moraliza.
“Se no mundo não houvesse música, a alma adoeceria”
Pitágoras
“Catarse: estado de encantamento que a pessoa se sente transformada”
Aristóteles
· Linguagem Musical
A música é mais comunicante e expressa mais das emoções e intenções do ser humano do que a própria fala.
O intérprete pode causar em seus ouvintes emoções diversas e, nesse aspecto, ser um agente transformante do indivíduo.
As obras de arte podem ser divididas em dois grupos:
1. Artes do Espaço: necessita-se de um local ou espaço físico, como, por exemplo, o teatro, a dança, a escultura, o museu...
2. Artes do Tempo: só existem no momento em que estão sendo fabricadas, são imateriais, como a música. Apesar de ser momentânea, é muito mais transcendente, espiritual do que as outras artes.
· 4 Transcendentes
Os antigos filósofos afirmam que o ser humano possui 4 formas transcendentes em que pode se encaixar.
1. Unidade (Unum): é uma característica do ser humano. Não ter essa unidade não é um ato humano.
2. Verdade (Verum): uma pessoa que não é verdadeira é uma pessoa não digna de confiança. Dessa forma, uma pessoa men-tirosa é uma pessoa menos humana.
3. Bondade (Bonum): pessoas que são bondosas são mais humanas, dão sem a intenção de receber nada em troca e, assim, aproxima mais as pessoas ao seu redor.
4. Beleza (Pulchrum): não no sentido instintivo da palavra, mas sim no filosófico. O homem necessita da experiência do encantamento. Essa é justamente a finalidade das obras de arte.
· Conceito de Clássico
A música é uma linguagem, um substantivo. Ela empobrece em seu conceito, quando começamos a adjetivá-la.
A música clássica é chamada dessa forma, pois o clássico é o permanente, é o que perdura.
Também é chamada de música erudita, vem do latim: ex-rude. É uma música que tira a rudeza, o lado bruto do ser humano. É uma música que refina, que interioriza, que enriquece.
· Organização Musical
Houve uma necessidade de organização sonora que foi chamada de música modal.
Desenvolvida pelos gregos, a música modal foi trabalhada em cima de 7 sons que eles conheciam: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si. Essa música não está preocupada com cada nota em si, os gregos queriam entender o intervalo sonoro entre um som e outro.
Sempre de uma nota para a subsequente é definido que o intervalo é de meio tom, sendo preta ou branca.
Até então, a música modal só trabalhava com as sete notas brancas. O intervalo entre elas é de um tom, exceto entre as notas mi e fá e sí e dó (o dó de uma oitava abaixo), onde o intervalo delas é de meio tom.
Baseados nesses intervalos os gregos desenvolveram 7 tipos de escalas, nas quais cada uma começava em uma das 7 notas. As escalas são: dórico, jônico, frígio, lídio, mixolídio, eólico e lórico.
A música modal permaneceu como predominante até o final do humanismo, após este período a música predominante foi a tonal.
Império Romano e o Cristianismo: a ascensão e o declínio cultural
· Império Romano
Os romanos eram bélicos, mas não eram bobos. Eles se utilizaram de todo conhecimen-to da cultura grega para a construção de sua própria cultura.
A força do império romano veio em grande parte de conquistas territoriais, mas sempre apoiados na cultura helenística. 
	A grande realização dos romanos foi potencializar a construção de anfiteatros como a Arena di Verona. O romano valoriza-va o teatro, onde, nessa atuação cênica, a mú-sica tinha um papel fundamental, apesar de ter tido um papel menos importante que na cultura grega.
	Essa desvalorização romana da cultura, que ao mesmo tempo é uma desvalorização do ser humano, foi, juntamente com as invasões germânicas, a principal causa da queda do império.
· Cristianismo
A aparição de Jesus Cristo foi um divisor de águas.
O cristianismo começou a propor valores muito contrários aos vividos pelo Império Romano.
A música, com o crescimento e com a expansão das comunidades cristãs, veio contradizer o hedonismo, o paganismo e o vazio existencial que aquelas pessoas propunham.
· Cantochão
A música surgida nas comunidades cristãs foram as salmodias que eram melodias monódicas. Não haviam notas musicais ainda, mas sim sons que começaram a ser estruturados.
Uma das representações das salmodias era o cantochão que, como o próprio nome indica, apresenta praticamente nenhuma variação sonora.
	A música que os cristãos utilizavam era a técnica vocal, baseada na música modal. Ela foi ganhando corpo e se espalhando rapida-mente entre as comunidades cristãs.
	Em 600 d.C. com a vinda de um novo pontífice, o Papa Gregório I, toda a análise musical desse tipo de obra foi reinventado, aprofundado, espalhado e adotado como a linha melódica a ser utilizada pela liturgia católica ocidental, o Canto Gregoriano.
· Canto Gregoriano
Nesse exato momento se viu a necessidade de se possuir algum tipo de escrita musical, um pouco mais clara e organizada. 
· Escritas Musicais
Nesse momento surgiu a figura dos neumas que eram elementos básicos do sistema de notação musical. Também surgiram a figura das pentagramas, mas sem a existência ainda das notas musicais, o que existiam eram os neumas próprios para o cantochão.
 
A Origem das Notas Musicais
· Guido d’Arezzo
Por volta do ano 1000 d. C. surge um outro monge, católico, na cidade italiana Arezzo, Guido.
	Ele resolve dar nome às sete notas até então tocadas, os mesmos nomes que usamos atualmente.
	Nas músicas modais gregas via-se apenas uma tentativa de organização entre as notas separadas por seus intervalos. Agora, o vocal ganhava cada vez mais espaço, enquanto que o instrumental ficava em segundo plano. 
Guido então resolve dar nome a essas notas apoiado e inspirado no Hino de São João Batista.
· Nome das Notas
Em latim, o Hino de São João Batista é:
Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes
	Assim, as notas existentes eram: ut, re, mi, fa, sol, la e si. Posteriormente, por conveniência, foi substituída a nota ut por dó.
· Contribuição Cristã
A Igreja católica, em sua expansão cultural, começa a fazer um trabalho maravilhoso para a humanidade no que se refere às mudanças em diversas áreas, tanto na moral, juntamente com a música, quanto na arquitetura.
	O cristianismo então foi, de fato, um ponto de inflexão na história. Quando adentramos o movimento humanista, um movimento de florescimento do conhecimento humano, vemos que as coisas iam ganhando, de maneira descontrolada, manifestações e pensamentos inovadores.
· Humanismo
Pouco tempo após o início desse movimento percebemos o surgimento do compositor Giovanni Pierluigi da Palestrina, o qual é o maior representante da música ocidental já existente. Logo após ele, surge Claudio Monteverde, outro compositor italiano.
	Percebe-se que o fato de que a sede da Igreja Romana estar justamente em Roma explica tantos investimentos da mesma na cultura, financiando inclusive novos gênios que surgiram nesse período.Com o financiamento da cultura em Roma percebe-se o maior engajamento da população em relação a mesma. É ai que surgem os mecenas, cidades que tem como proposta principal as obras de arte.
	Com o maior esforço de auto conhecimento da raça humana, como um todo e também individualmente, que o humanismo proporcionou, vieram à tona movimentos menos interessantes, que emprobeciam a alma do ser humano, como a inveja, a cobiça, a insegurança, a soberba, a imaturidade... 
Dessa forma, a cultura, que até então era teocentrada, começam a perder força pelos modos antropocêntricos do homem em relação a ele próprio.
Barroco: J. S. Bach
· Humanismo
A música que até então era modal, mais vocal que instrumental, passou a ser analisada de outra forma, de modo que a análise não incidia sobre os intervalos entre as notas, mas sim em cada nota em si.
· J. S. Bach 
A música tonal iniciou-se, fundamen-talmente, com Johann Sebastian Bach.
Bach era extremamente respeitado como músico, porém, nunca foi reconhecido como compositor. Suas obras ficaram adormecidas por volta de 100 anos, quando então surgiu outro compositor alemão, Felix Mendelssohn Bartholdy, que resgatou uma das jóias das composições de Bach, a Paixão Segundo São Mateus (BWV 244).
Bach foi pai de 20 filhos, os quais muitos viraram músicos como ele. A família Bach tinha como propósito glorificar e amar a Deus através da Música. Em todas as suas composições ele colocava três iniciais, sendo: SDG (Soli Deo Gloria – Glória Somente à Deus).
· O Barroco e a Música Tonal
A música tonal, baseada em notas e não em intervalos, foi inteiramente criada por Bach.
Ele descobriu que poderia ter todo um universo envolvido nas notas que antes eram tocadas individualmente. Foi nesse momento que criou-se o conceito de harmonia. 
Toda música possui 3 componentes bá-sicos, sendo eles:
1. Melodia: é o que fica gravado na memória, que é reconhecido de imediato, familiar. A melodia se apoia sobre uma harmonia.
2. Harmonia: podemos ter uma harmonia em maior ou em menor.
a) Maior: tríade de notas que confere a alegria, otimismo, leveza... É a junção da nota tônica com a terceira e a quinta subsequentes.
b) Menor: tríade de notas que confere algo soturno, lúgubre, triste, trágico...
A diferença base entre as duas harmonias é meio tom abaixo na nota central.
3. Ritmo: o embalo que irá dar a melodia apoiada em sua harmonia.
· Características da Música Barroca
1. Mordente: é o acorde, maior ou menor, acelerado. Na partitura é representado por:
2. Grupeto: trabalha com notas subsequentes superiores ou inferiores. 
3. Trinado: acelerado.
	A música barroca, em geral, tem perfor-mance rápida, acelerada, com energia.
4. Regularidade Rítmica: ao marcar o tempo da música, ela permanece constante até o final de seus acordes.
Classicismo e Romantismo: Beethoven e Mozart
· Contexto
No meio de todas as mudanças e inovações que estavam acontecendo em toda a Europa, a música italiana, em especial, estava fervilhando. 
Com toda essa movimentação musical que estava acontecendo na Itália, o “respingar cultural” acabou atingindo outros países. 
Algumas iniciativas na Áustria e Hungria começaram a acontecer, bem como outros países, pela influência italiana.
Nesse momento, surge Bartolomeo Cristofori, fabricante de instrumentos e inventor do piano. O que existia antes do piano era o cravo.
Obs.: Cravo era a designação dada a qualquer dos membros de uma família européia de instrumentos musicais de tecla, incluindo os grandes instrumentos comumente chamados de cravos, mas também os menores: virginal, virginal muselar e espineta.
· Cravo X Piano
A diferença entre o cravo e o piano reside em sua parte mecânica.
	O piano é meio definido entre um instrumento de cordas e de percussão. Observando o grande orquestral, ou de cauda, percebe-se que todas as suas cordas estão na horizontal e presas em cravelhos, que são os tencionadores de corda utilizados para afinação do piano. 
Indo da extremidade esquerda para a extremidade direita do piano temos as cordas mais longas e mais grossas, os bordões que são apenas um por nota. Ao percorrer este caminho vemos que ao chegar nas notas de uma frequência maior ao invés de uma, temos duas cordas por nota. Na região mais central e também à direita do piano temos três cordas por nota.
O que produz o som do piano não os martelos incidentes sobre cada corda produ-zindo o som da nota correspondente.
A grande diferença entre o cravo e o piano é que o cravo não possui martelos, mas sim pinças que puxavam as notas, dessa forma, era muito frequente que as cordas arrebentassem.
Com o passar dos períodos, do barroco para o classicismo e para o romantismo, o cravo já não era mais capaz de produzir o ardor romântico justamente por conta da fragilidade do instrumento.
· Classicismo 
A Itália foi realmente uma base cultural muito forte e que influenciou diversos países. 
Não só no quesito música, mas também em outros setores das artes o maior incentivador e patrocinador das mesmas era a Igreja Católica Apostólica Romana. 
O papel da cultura cristã influenciou na vida e no pensamento do ocidente.
Nesse momento na Áustria e na Hungria começaram a surgir mecenas que apoiaram fortemente as manifestações artísticas e musicais.
Todas as características e peculiarida-des do movimento anterior, o Barroco, começam a dar espaço a um outro tipo de manifestação musical que busca apenas um elemento: a simplicidade. O classicismo busca a valorização da melodia.
Esse movimento traz um apelo lírico imenso, pois percebe-se que a regularidade rítmica e a estrutura harmônica se mantêm, mas sobre esses elementos acrescenta-se uma linha melódica simples, agradável e propositi-va. 
Beethoven e Mozart compuseram músicas extremamente simples em questão melódica, mas de um significado e de uma profundidade impressionante.
· Romantismo
Foi a contestação do classicismo. Nos três elementos bases o contestado foi o ritmo. Os românticos abriram mão da regularidade rítmica e deram espaço para a expressão das emoções.
· Mozart
Foi um músico extremamente reconhe-cido em vida e foi bem sucedido, porém, ele foi enterrado em vala comum e não se sabe onde ao certo ele foi sepultado.
Viveu poucos anos, mas a quantidade de produções musicais feitas por Mozart foi exorbitante.
· Beethoven
Beethoven era jovem quando a Revolução Francesa eclodiu. Os ideais de igualdade, fraternidade e liberdade mexiam com a cabeça dele.
Beethoven foi o segundo filho de um segundo casamento e seu nome veio de seu irmão mais velho falecido. O anseio de sua vida era estudar com Mozart, ele tinha formação em filosofia, mas queria ser músico.
Quem começou o movimento romântico musical foi Beethoven. Ao observar todas as suas obras percebe-se que não há regularidade, mas ele e sua vida como músico pode ser dividida em duas fases:
1. Primeira Fase: tinha características clás-sicas, líricas, simples, com valorização da linha melódica, etc.
2. Segunda Fase: características mais agressi-vas, com rejeição à vida como ela é. Foi nesse período que Beethoven escreve o Testamento de Heiligenstadt, uma carta manuscrita destinada a seus dois irmãos e que nunca lhes foi entregue, ela ficou guar-dada numa gaveta de sua secretária em Viena e que só foi descoberta depois de sua morte.
Aos 26 anos de idade Beethoven começa a perceber problemas de surdez. Ele fugia de eventos com outros compositores e se esquivava do contato social para que as pessoas não reconhecessem seu real problema.
Romantismo em Lizst e Chopin
· Franz Lizst
Chamado de o príncipe do piano . Reza a lenda que ao Lizst se encontrar com um violinista chamado Paganini, que era conhecido pela complexidade de suas composições, àquele decide seguir a mesma linha compositória que este. Dessa forma, suas obras são conhecidas pela sua dificuldade técnica.
Ao final de sua vida, depois de todo seu anseio por reconhecimento e destaque, Lizst acaba como uma pessoa simples, que não queria mais se apresentar e que apenas dava aulas, gratuitas. Sua aparência era descuidada e desleixada depoisde anos de vaidade.
· Frédéric Chopin
Ver o caderno com a história de Chopin.
Modernismo: Rachmaninoff
	Alguns compositores românticos tardios buscavam o que poderiam explorar entre os três componentes básicos.
	A melodia não, pois através dela eles já haviam eclodido todo o sentimento humano. A cultura rítimica já não era seguida. Lhes restou explorar a harmonia. Disso surgiu a “sagrada regra harmônica” criada por Bach.
	Essa harmonia criada por Bach consis-tia na adição de uma nota dissonante ao acorde.
· Rachmaninoff
Rachmaninoff, depois de vários acontecimentos infelizes na sua infância, foi estudar no conservatório de Moscou. 
Lá conheceu Tchaikovsky e este por sua vez, reconhecendo todo o talento de Rachmaninoff, começa a investir pesadamente na carreira do mesmo.
	Rachmaninoff decide compor sua primeira sinfonia. No dia da apresentação o maestro estava bêbado e a orquestra não havia ensaiado. 
Depois de pesadas críticas, ele decide abandonar a música, porém, graças a seu amigo Dr. Nikolai Dahl, Rachmaninoff foi para a Itália, passou meses lá, e na sua volta, o mesmo amigo o convenceu de voltar a compor.
Rachmaninoff compõe o concerto para piano de número 2. Esse concerto se tornou o mais tocado da história e não por ter sido criada com recursos de conhecimento musical, mas sim porque Rachmaninoff conta a história de sua vida. 
· Características do Modernismo
Acordes dissonantes; rompimento da linha harmônica; a escala do modernismo tem 6 tons (hexafônica – criador foi Debussy). 
· Orquestras
As orquestras, com o passar dos anos, foram se desenvolvendo. Dois momentos marcantes foram um com Beethoven e outro com Richard Wagner.
	Em ambos os momentos, o acréscimo foi a quantidade de pessoas que compunham uma orquestra. Em Beethoven também houve o acréscimo de instrumentos de percussão.
	Há também a diferença entre orquestra sinfônica e filarmônica.
	A filarmônica (filos: amigo) é a orquestra feita por amigos, por pessoas que querem incentivar a cultura, a música, etc.
	As sinfônicas são as financiadas por governos.
	As sinfonias são obras construídas para serem tocadas por orquestras. Geralmente são divididas em 4 partes ou 4 movimentos. 
	Quando uma sinfonia convida um solista para se apresentar junto com a orquestra essa obra será chamada de concerto.
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