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DESCRIÇÃO
Identificação e interpretação das condições metabólicas para compreensão do sistema de
interconexão metabólica e planejamento de conduta.
PROPÓSITO
Compreender as condições fisiológicas e metabólicas, além das interconexões para um
diagnóstico clínico nutricional, assim como a elaboração de uma conduta nutricional
individualizada para atuação na prática clínica.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo, tenha em mãos um bloco de notas para fazer suas anotações e
tenha acesso à Internet para acessar alguns conteúdos.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os fatores antecedentes, mediadores e gatilhos que norteiam a teia de
interconexão metabólica
MÓDULO 2
Identificar os fatores individuais, genéticos e ambientais que moldam os processos bioquímicos
MÓDULO 3
Formular o diagnóstico nutricional individualizado baseado no sistema ATMS
INTRODUÇÃO
O sistema de Antecedentes, “Triggers” (gatilhos), Mediadores e Sintomas (ATMS) é um método
de diagnóstico que leva em consideração a interação entre todos os sistemas fisiológicos,
permitindo identificar os desequilíbrios bioquímicos/metabólicos associados às condições
clínicas individualizadas.
O OBJETIVO DESSE MÉTODO É INDIVIDUALIZAR O
ATENDIMENTO E IDENTIFICAR ANTECEDENTES,
MEDIADORES, GATILHOS E SINTOMAS, A FIM DE
COMPREENDER AS RELAÇÕES ENTRE A TEIA DE
INTERCONEXÕES METABÓLICAS E TRAÇAR UMA
CONDUTA MAIS ESPECIALIZADA E EFETIVA.
No primeiro módulo, além de abordar os antecedentes e gatilhos, conheceremos a escala de
Bristol e os mediadores para, então, no segundo módulo, explorar a teia de interconexões. Por
fim, no último módulo, analisaremos um caso prático de aplicação de conduta.
MÓDULO 1
 Reconhecer os fatores antecedentes, mediadores e gatilhos que norteiam a teia de
interconexão metabólica
Diante da crescente incidência de doenças crônicas e de sua íntima relação com o estado
nutricional e hábitos alimentares, evidencia-se a importância da aplicação dos princípios da
Nutrição Clínica Funcional para a manutenção do estado de saúde e redução do risco de
doenças.
SENDO O SISTEMA ATMS CONSIDERADO HOJE O
PADRÃO OURO PARA A AVALIAÇÃO CLÍNICA E
NUTRICIONAL, VALE COMPREENDER DE FORMA
INDIVIDUAL CADA UM DE SEUS PONTOS.
ANTECEDENTES
Os antecedentes do sistema ATMS estão relacionados à história familiar (herança genética) e
de vida do paciente. Incluem fatos que ocorreram durante sua vida, desde a gestação.
Os dados coletados na anamnese para identificar os antecedentes são: hábitos de vida e de
alimentação desde o nascimento, tipo de parto, atividade física, uso de medicamentos e/ou
suplementos, histórico de doenças pessoais e familiares, entre outros. Pode incluir, inclusive, a
saúde da mãe no momento da gestação (SOUZA et al., 2018).
O estilo de vida, principalmente no que se refere aos hábitos alimentares, pode influenciar de
forma direta o desenvolvimento de doenças crônicas ou desencadear sinais e sintomas. O alto
consumo de gorduras saturadas ou trans, alta ingestão de sal ou açúcar, uma alimentação
pobre em fibras e desequilibrada em macro e micronutrientes são considerados fatores de risco
para diabetes, doenças cardiovasculares e obesidade, notadamente quando associados a um
estilo de vida sedentário.
NA EPIGENÉTICA, ACREDITA-SE QUE OS FATORES
AMBIENTAIS POSSAM SE SOBREPOR AOS FATORES
GENÉTICOS, UMA VEZ QUE A ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL PODE, INCLUSIVE, SILENCIAR OU ATIVAR
GENES ASSOCIADOS ÀS DOENÇAS.
 ATENÇÃO
A epigenética é caracterizada por um mecanismo associado a mudanças hereditárias na
expressão do gene, que não envolvem alterações na sequência do DNA, sendo reversíveis e
ainda podem ser herdadas entre gerações. Alterações epigenéticas estão associadas com o
gene/dieta e interações gene/ambiente, resultando em metabolismo alterado de lipídeos,
inflamação e outros desequilíbrios metabólicos que levam a doenças cardiovasculares e
obesidade (ORDOVAS et al., 2011).
Contudo, segundo Hanley et al. (2010), dependendo das escolhas alimentares, alguns
nutrientes podem ser capazes de reverter os padrões epigenéticos anormais, e podem induzir
melhoria da saúde por meio da intervenção dietética em pontos específicos de
desenvolvimento, principalmente na infância.
Nesse tópico, incluem-se hipersensibilidades ou alergias a alimentos. As reações adversas aos
alimentos podem gerar quadros de alergia alimentar (mediada por IgE), hipersensibilidade
alimentar (mediada por IgG, IgM, IgA, IgE e células T) e intolerância (deficiência metabólica,
por exemplo, intolerância à lactose por deficiência de lactase), que podem causar
manifestações clínicas, como enxaqueca, dores musculares, doenças autoimunes, ansiedade,
déficit de memória e concentração, transtornos emocionais, além de alterações
gastrointestinais, cardiovasculares e respiratórias.
GATILHOS – “TRIGGERS”
Os gatilhos são ativados por fatores que induzem à inflamação e ao estresse oxidativo.
Radiação
Traumas
Estresse emocional
Xenobióticos
Lipopolissacarídeos bacterianos (LPS)
Vírus e parasitas
QUANDO ACIONADOS, OS GATILHOS AUMENTAM A
ATIVIDADE DO NFKB (FATOR DE TRANSCRIÇÃO
NUCLEAR DE CITOCINAS INFLAMATÓRIAS).
O intestino é a principal barreira. Qualquer alteração intestinal, segundo Souza et al. (2016),
que curse com atrofia celular, diminuição de barreira intestinal e acréscimo da permeabilidade,
aumenta a translocação de substâncias que funcionam como gatilho para desencadear uma
cascata inflamatória e/ou de estresse oxidativo, alterando a atividade celular, podendo ser o
principal fator para o desenvolvimento de algumas doenças crônicas.
A disbiose intestinal, estado no qual há alteração na qualidade e quantidade das bactérias
intestinais (microbiota intestinal), além de proporcionar mudanças na sua atividade metabólica
e também em sua distribuição no TGI (trato gastrointestinal), pode ser gatilho para doenças
crônicas que cursam com inflamação e estresse oxidativo. Isso porque o intestino contém o
maior reservatório de células imunocompetentes do organismo, sendo o seu desenvolvimento
diretamente dependente de microrganismos intestinais. Uma microbiota saudável promove um
desenvolvimento normal do sistema imune.
A disbiose intestinal pode ser avaliada de acordo com o padrão alimentar:
Dietas com baixo teor de fibra e excesso de carboidratos de alto índice glicêmico,
principalmente açúcares, caracterizam o padrão “por fermentação”.
Já uma dieta rica em produtos industrializados, considerados xenobióticos, pode caracterizar
uma disbiose “por inflamação”.
O alto consumo de carnes, principalmente vermelha, e embutidos, caracterizam um padrão “por
putrefação”, que também está associado com inflamação.
Outra forma de identificar as alterações intestinais e, consequentemente, caracterizar um
padrão de disbiose, é pela caracteristica das fezes (imagem abaixo), segundo a Escala de
Bristol para Consistência de Fezes – EBCF, desenvolvida e validada por Kenneth W. Heaton e
S. J. Lewis (PERÉZ; MARTÍNEZ, 2009).
O formato das fezes se modifica em várias doenças intestinais, por exemplo, as diarreias
infecciosas, colites, constipação intestinal, incontinência anal, doença inflamatória intestinal,
entre outras. A investigação desses parâmetros durante a avaliação do paciente pode ser
determinante no diagnóstico e acompanhamento dessas doenças. Além disso, a EBCF pode
ser usada como método para investigar a evolução ou não do paciente, facilitando para o
profissional a abordagem e a elaboração da melhor conduta nutricional.
Tipo
1
Pequenas bolinhas duras, separadas como
coquinhos, difíceis para sair.
Tipo
2
Formato de linguiça encaroçada, com pequenas
bolinhas grudadas.
Tipo
3
Formato de linguiça com rachadura na superfície.
Tipo
4
Alongada, no formato de salsicha ou cobra. Lisa e
macia.
Tipo
5
Pedaços macios e separados com bordas bem
definidas (fáceis de sair).
Tipo
6
Massa pastosa e fofa com bordas irregulares.
Tipo
7
Totalmente líquida, sem pedaços sólidos.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Escala de Bristol para avaliação da consistência das fezes em adultos.
Adaptado de Russo et al. (2012).
Tipo
1
Pequenas bolinhas duras, separadas como
coquinhos, difíceis para sair.
Tipo
2
Formato de linguiça encaroçada, com pequenas
bolinhas grudadas.
Tipo
3
Alongada, no formato de salsicha ou cobra. Lisa e
macia.
Tipo
4
Massa pastosa e fofa com bordas irregulares.
Tipo
5
Totalmente líquida, sem pedaços sólidos.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Escala de Bristol para avaliação da consistência das fezes modificada para crianças.
Adaptado de Chumpitazi et al. (2010).
UMA BOA ESTRATÉGIA PARA O TRATAMENTO DA
DISBIOSE É O PROGRAMA “4 RS” (REMOVER,
REINOCULAR, REPARAR E REAVALIAR).
Para a estratégia de “remover” são necessários patógenos, xenobióticos e alérgenos
alimentares. Em xenobióticos, estão incluídos: antibióticos, fármacos, moléculas bioativas e
poluentes. Dessa forma, deve ser orientado o consumo de alimentos orgânicos, livres de
agrotóxicos e aditivos químicos, tais como glutamato, sulfitos e nitratos que são adicionados a
muitos produtos industrializados (SARTOR, 2012).
 
Para “reinocular” é necessário modular a microbiota intestinal. Nesse ponto, é importante
investigar a ingestão de fibras e, se for necessário, fazer a suplementação com frutanos (inulina
e frutooligossacarídeo – FOS), que são fibras 100% fermentáveis, além de verificar também a
necessidade de suplementar probiótico. Os Lactobacillus são importantes para colonizar
principalmente o intestino delgado e o gênero Bifidubacterium, para albergar o intestino grosso.
A legislação brasileira, determina que a quantidade mínima viável de cepas deve estar na faixa
de 108 a 109 UFC (unidades formadoras de colônia) na porção diária (BRASIL, 2007).
 
Para “reparar” as células intestinais é necessário fornecer o substrato energético principal,
ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que são produzidos quando há fermentação de fibras
pelas bactérias. Além disso, a suplementação de glutamina, em torno de 5g/dia, também tem
sido associada, já que esse aminoácido tem a função de favorecer a replicação celular. Outros
nutrientes como zinco, ácido fólico, vitamina A (DAVIDSON; KRITAS; BUTLER, 2007) e os
polifenóis (TOMÁS-BARBERÁN; SELMA; ESPÍN, 2016) também são necessários para o reparo
da mucosa intestinal, além do aumento da ingestão hídrica.
 
É fundamental que seja feita a reavaliação, após todas as etapas, para verificar a eficácia do
tratamento e se haverá necessidade de recomeçar.
MEDIADORES
Como o nome já diz, os mediadores são substâncias que mediam os sintomas, ou seja, que
desencadeiam as manifestações clínicas sintomatológicas. Segundo Souza et al. (2016), os
principais mediadores estudados são:
Hormônios
Neurotransmissores
Neuropeptídeos
Citocinas
Radicais livres
Os mediadores hormonais podem ser modulados por meio da nutrição.
O Cortisol, hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, cuja função é controlar o
estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e favorecer a
homeostase da glicose, pode ser modulado por:
BETA-SITOSTEROL
FOSFATIDILSERINA
THEANINE
BETA-SITOSTEROL
Aparentemente este fitoesterol modula os efeitos do cortisol, em especial após o exercício.
FOSFATIDILSERINA
Fosfolipídios encontrados nos peixes, vegetais folhosos escuros, na soja e no arroz. É
fundamental para o adequado funcionamento dos neurônios. Sua suplementação por 3
semanas reduziu os níveis de ACTH (hormônio corticotrófico ou corticotrofina) e cortisol
plasmático.
THEANINE
É um aminoácido encontrado no chá-verde que atravessa a barreira hipotalâmica, exercendo
propriedades psicoativas e reduzindo estresse físico e mental pelo controle dos níveis de
cortisol. Além disso, aumenta a produção de GABA (ácido gama-aminobutírico).
Já a insulina, ou melhor, a resistência à insulina, é uma alteração comum do paciente que
apresenta alteração dos mediadores hormonais, principalmente em pacientes que apresentam
inflamação ou alguma doença crônica. Sua modulação pode ser feita por meio de nutrientes
como:
ÁCIDO ALFA-LIPÓICO
ÁCIDOS GRAXOS W-3
CROMO E VANÁDIO
MAGNÉSIO
ZINCO
VITAMINA D
ÁCIDO ALFA-LIPÓICO
Previne o estresse oxidativo, prevenindo a resistência à insulina e disfunção das células beta.
ÁCIDOS GRAXOS W-3
Melhoram a fluidez da membrana celular, aumentando a atividade do receptor de insulina e,
com isso, a sensibilidade ao hormônio.
CROMO E VANÁDIO
Melhora a sensibilidade à insulina por meio do aumento do número de receptores de insulina e
da maior translocação de GLUT4, auxiliando no controle glicêmico.
MAGNÉSIO
O magnésio melhora a atividade dos receptores de insulina.
ZINCO
É cofator na síntese e utilização da insulina. Além disso, por ser antioxidante, protege a insulina
da degradação.
VITAMINA D
Promove uma ativação geral da síntese proteica das células beta pancreáticas, estimulando a
conversão da pró-insulina e insulina.
Sendo assim, o sistema ATMS (imagem a seguir) interage entre si, desencadeando alterações
funcionais que estão interligadas e conectam-se de tal forma que, para o tratamento adequado,
o cuidado deve ser multidisciplinar, pensando na funcionalidade das células e melhoria das
conexões entre órgãos e sistemas.
 Sistema ATMS.
O SISTEMA ATMS
A especialista Aline Cardozo Monteiro fala sobre o sistema ATMS na conduta do nutricionista.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Identificar os fatores individuais, genéticos e ambientais que moldam os processos
bioquímicos
A nutrição, segundo Souza et al. (2016), é uma ciência integrativa que deve ser fundamentada
em evidências científicas e baseada nas inter-relações dos sistemas orgânicos, que
consideram os aspectos fisiológicos, cognitivos, estruturais, genotípicos, bioquímicos e
emocionais, de forma individualizada.
PARA ISSO, FOI DESENVOLVIDA A TEIA DE
INTERCONEXÕES METABÓLICAS, UMA FERRAMENTA
QUE PERMITE ESTABELECER A INTERAÇÃO ENTRE
TODOS ESSES PROCESSOS QUE ENVOLVEM O
SISTEMA ORGÂNICO.
Na teia, é possível identificar as alterações que envolvem: assimilação, energia, integridade
estrutural, comunicação, transporte, defesa e reparo, biotransformação e eliminação (imagem
abaixo), sendo possível, então, interagir com o sistema ATMS.
 Representação da teia de interconexões metabólicas.
TEIA DE INTERCONEXÕES METABÓLICAS
Segundo Naves e Paschoal (2014) e Carnauba et al. (2018), para entender a teia, devemos
conhecer seus pontos:
MENTAL, EMOCIONAL E ESPIRITUAL
Esta ferramenta considera que o controle das emoções, a saúde mental e a crença espiritual
estão no centro do indivíduo, norteiam tudo que ele acredita e também como lida com as
situações. Sendo assim, modificações nesses três pontos interferem em todos os outros ou
todos os outros aspectos podem alterar essas condições.
É NECESSÁRIO DESTACAR QUE A QUALIDADE DE
VIDA DE UM INDIVÍDUO É BASEADA EM VÁRIOS
ASPECTOS E QUE SABER COMO LIDAR COM
SITUAÇÕES ESTRESSANTES DA VIDA, ALÉM DE
SABER COMO CONDUZIR ESSAS SITUAÇÕES, A FIM
DE ALCANÇAR UM MELHOR RELACIONAMENTO
CONSIGO E COM OS OUTROS, É FUNDAMENTAL.
IDENTIFICAR CRENÇAS NEGATIVAS QUE SABOTAM
PENSAMENTOS, ATITUDES E ATÉ MESMO A FORMA
DE VIVER É IMPORTANTE PARA CONDUZIR UM
TRATAMENTO EFETIVO, POIS ALTERAÇÕES
EMOCIONAIS LEVAM À DESARMONIA E PODEM
SOMATIZAR DOENÇAS.
A FORMA POSITIVA COMO UM INDIVÍDUO LIDA COM O
ESTRESSE EMOCIONAL E ALTERAÇÕES DE HUMOR
TEM SIDO CONSIDERADO POTENCIALMENTE
BENÉFICO PARA A REINTEGRAÇÃO DE SUA SAÚDE
(SILVA; MÜLLER, 2007).
ASSIMILAÇÃO
Este ponto compreende a função do trato gastrointestinal (TGI) desde a mastigação até a
formação e eliminação das fezes. Inclui aspectos que envolvem a digestão, absorção e saúde
intestinal.
 ATENÇÃO
É essencial considerar os aspectos funcionais e secretórios (enzimas, hormônios) do TGI, a
composição da microbiota intestinal (JONES, 2016) e as condições estruturais,como
integridade celular e barreira intestinal, além de como tudo pode interagir com o metabolismo, o
eixo intestino-cérebro e o sistema imunológico.
DEFESA E REPARO
O ponto defesa e reparo está relacionado com o sistema imunológico, que é alvo de diversos
fatores exógenos e endógenos a que o indivíduo se expõe desde a vida intrauterina.
ESSE ASPECTO LEVA EM CONSIDERAÇÃO OS
DESEQUILÍBRIOS FUNCIONAIS SISTÊMICOS E
AMBIENTAIS QUE PODEM LEVAR A UM ESTADO DE
HIPERINFLAMAÇÃO, CONTRIBUINDO COM O
DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS CRÔNICAS. ALÉM
DISSO, AQUI TAMBÉM SÃO IDENTIFICADAS AS
DOENÇAS AUTOIMUNES E SEUS FATORES DE RISCO.
ENERGIA
Avalia o metabolismo energético e a atividade da mitocôndria, além de toda a geração de
espécies reativas de oxigênio, gerada durante o metabolismo energético, que pode induzir o
estresse oxidativo.
Os fatores que devem ser levados em consideração nesse ponto envolvem principalmente o
estilo de vida e hábitos alimentares. O estresse emocional, o alto consumo de gorduras trans,
frituras, bebidas alcoólicas, alimentos ultraprocessados e ricos em xenobióticos, associados à
inatividade física ou exercício físico extenuante podem contribuir com o estresse oxidativo.
Condições ambientais como poluição, toxinas e metais tóxicos também podem induzir maior
geração de espécies oxidativas.
Todos os fatores agressores podem, ainda, contribuir com a diminuição da defesa antioxidante
endógena, levando ao desequilíbrio e causando danos às estruturas de lipídios e proteína, e
até mesmo ao DNA, o que facilitaria o desenvolvimento de alterações metabólicas, disfunção
mitocondrial e o desenvolvimento de doenças.
BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO
Compreende a destoxificação hepática. Nesse ponto, deve ser considerada a exposição a
diferentes fontes de xenobióticos e compostos tóxicos (principalmente poluentes, toxinas
ambientais, metais tóxicos, álcool, medicamentos e substâncias químicas presentes em
alimentos como aditivos e corantes), os mesmos que também alteram a geração de energia
eficiente.
O ACÚMULO DE TOXINAS E/OU SUA NÃO
ELIMINAÇÃO PODE CAUSAR ESTRESSE OXIDATIVO,
POR DIMINUIR A DEFESA ANTIOXIDANTE, ALÉM DE
AUMENTAR A INFLAMAÇÃO DOS HEPATÓCITOS.
A destoxificação ocorre principalmente nos hepatócitos (60% das enzimas de
biotransformação) e nos enterócitos (20% das enzimas de biotransformação) e sua capacidade
é influenciada por vários fatores como: genéticos (polimorfismos), estado nutricional, sexo,
idade, atividade física, carga tóxica recebida do meio ambiente, uso de medicamentos e
doenças, em especial, as hepáticas. O jejum, a deficiência de proteínas e o uso de álcool são
fatores que reduzem drasticamente o nível de glutationa hepática. E é dividida em fases:
FASE I
FASE II
FASE III
FASE I
Esta etapa acontece por atividade do citocromo P450, que é uma das proteínas responsáveis
por oxidar substâncias tóxicas para torná-las mais polares e hidrossolúveis.
FASE II
Metabólitos sofrem reações de conjugação (sulfatação, acetilação, metilação, glutationa e
glicuronidação). As toxinas (formadas na fase I ou como foram recebidas) são transformadas
em moléculas passíveis de excreção, hidrossolúveis, além de neutralizar sua possível
reatividade.
FASE III
O metabólito formado na fase II será transportado para a circulação e, então, ao seu destino
final, para sua eliminação por meio das fezes, urina, suor ou leite materno.
O suporte nutricional é fundamental para ajudar na destoxificação hepática.

Na fase I, sendo o citocromo P450 uma heme proteína, é necessário um aumento da ingestão
de nutrientes do grupo heme para que ele seja sintetizado, por exemplo, cobre, zinco, vitamina
A, riboflavina, piridoxina, ácido fólico, vitamina B12 e ferro.
Na fase II, temos várias reações químicas, sendo que a metionina, um aminoácido essencial,
está intimamente envolvida com várias reações. Nesta fase, é importante retirar todos os
xenobióticos, mas também aumentar a ingestão desse aminoácido.

Além disso, nesta fase, por meio das reações de biotransformação, ocorre a geração de
espécies reativas de oxigênio e, para prevenir o dano celular e o estresse oxidativo, é
fundamental o consumo de alimentos antioxidantes que ajudam nesta etapa.
 ATENÇÃO
Em destaque, tem-se as brássicas (couve-flor, brócolis, repolho, nabo), ricas em glicosinolato,
composto que sofre ação da enzima mirosinase e é convertido em outros compostos, incluindo
os isotiocianatos. Para que seja metabolicamente ativo, precisa estar na forma de isotiocianato,
que é formado por meio da ação de uma enzima chamada mirosinase. Para ativar essa enzima
e facilitar seu contato com o glicosinolato, é necessário o rompimento das paredes celulares,
por meio do corte, mastigação ou trituração.
Os isotiocianatos são capazes de inibir enzimas de fase I, que são responsáveis pela
bioativação de carcinógenos, e acelerar as enzimas de fase II, que determinam a detoxificação
de compostos potencialmente tóxicos.
TRANSPORTE
O transporte está relacionado à saúde dos sistemas cardiovascular e linfático. Esse ponto tem
o papel de avaliar a eficiência da sinalização e do transporte de nutrientes, hormônios e/ou
neurotransmissores, a fim de garantir sua entrada e atividade na célula-alvo, assegurando uma
função adequada ao tecido.
COMUNICAÇÃO
Considera que todas as reações bioquímicas endógenas são coordenadas pela ação de
hormônios e neurotransmissores, que precisam estar em perfeito equilíbrio para manutenção
da homeostase orgânica. Vários fatores alteram a ação desses mensageiros, como a
alimentação, estresse físico e emocional e o excessivo contato com toxinas ambientais que
atuam como disruptores endócrinos.
INTEGRIDADE ESTRUTURAL
A integridade de membranas celulares, saúde óssea e demais aspectos estruturais dos
indivíduos são levados em consideração neste ponto.
 RESUMINDO
Uma vez conhecendo todos os pontos da teia de interconexão metabólica e identificando os
sinais e sintomas relacionados a cada ponto, é possível fazer a conexão com o sistema ATMS
e traçar o diagnóstico nutricional.
A TEIA DE INTERCONEXÕES METABÓLICAS
A especialista Aline Cardozo Monteiro fala sobre a importância da teia de interconexões
metabólicas na conduta do nutricionista.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Formular o diagnóstico nutricional individualizado baseado no sistema ATMS
A interpretação e diagnóstico por meio do método ATMS são baseados na investigação que
norteia a Nutrição Funcional.
SENDO ASSIM, A NUTRIÇÃO FUNCIONAL É UMA
CIÊNCIA INTEGRATIVA QUE INVESTIGA A INTERAÇÃO
ENTRE TODOS OS SISTEMAS DO CORPO HUMANO,
ENFATIZANDO AS RELAÇÕES QUE EXISTEM ENTRE A
BIOQUÍMICA, A FISIOLOGIA, OS ASPECTOS
EMOCIONAIS E COGNITIVOS, BEM COMO OS
NUTRIENTES. É BASEADA NA CIÊNCIA E SUA
APLICAÇÃO PRÁTICA TEM COMO PRINCIPAL
OBJETIVO A PREVENÇÃO DE DOENÇAS OU
COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS A ELAS.
A finalidade é traçar um diagnóstico e uma conduta nutricional individualizados, que levem em
consideração a bioquímica, o genótipo e a suscetibilidade genética do paciente.
INDIVIDUALIDADE BIOQUÍMICA
É base para a terapia nutricional funcional. Tem como princípio de que cada organismo é único
e apresenta necessidades nutricionais diferentes, necessitando de condutas baseadas no
rastreamento de sinais e sintomas de acordo com as características apresentadas por cada
indivíduo.
 ATENÇÃO
Para essa relação, devemos considerar todos os aspectos descritos em “antecedentes” no
sistema ATMS, mas também as manifestações clínicas individuais.
Fatores como hábitos alimentares, atividade física, utilização de produtos de limpeza e higiene
pessoal (xenobióticos), exames laboratoriais, sinais e sintomas, fatores emocionais ou como
lida com as emoções, sono, composição corporal, tudo influencia a individualidade bioquímica
e deve ser levado em consideração na hora de traçar o diagnóstico.
NECESSIDADES NUTRICIONAIS
Segundo Baptistella et al. (2018), além da individualidade bioquímica, as necessidades
nutricionaislevam em consideração a teia de interconexão metabólica. Dependendo do(s)
ponto (s) da teia que está(ão) alterado(s), o perfil nutricional do indivíduo muda e é necessário
atender a essas questões de forma individual.
DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL
Para o diagnóstico nutricional, deve-se levar em consideração todas as alterações da teia,
identificando estado nutricional, sinais e sintomas, alterações bioquímicas e identificar as
principais deficiências nutricionais, a fim de traçar a conduta adequada e o planejamento
individualizado.

Após identificar todos os pontos que precisam ser cuidados, o profissional precisar traçar metas
alcançáveis dentro do prazo que determina para a reconsulta.
As metas devem ser traçadas de acordo com o que deseja melhorar dentro do estado clínico
do paciente, mas também deve atender às preferências individuais e hábitos do paciente.

Mudanças drásticas na alimentação podem gerar ansiedade, desconforto e frustração, por isso,
as metas devem ser criadas de forma a melhorar todos os pontos da teia, mas de forma
gradativa e viável para o paciente.
Pontos da teia de interconexão metabólica e principais nutrientes envolvidos
Assimilação: funcionamento do trato gastrointestinal – da digestão à eliminação
das fezes. Principalmente absorção.
Principais nutrientes/compostos ativos: ômega-3, fibras dietéticas, polifenóis, probióticos,
prebióticos (FOS, inulina, oligofrutose), vitamina A, vitamina D, zinco, glutamina.
Biotransformação e eliminação: compreende o processo de destoxificação
hepática, considerando a exposição a xenobióticos e compostos tóxicos.
Principais nutrientes/compostos ativos: vitaminas (A, C, D, E, K), cálcio, magnésio,
potássio, zinco, cobre, selênio, ferro, manganês, ômega-3, N-acetilcisteína, metionina,
BCAA, quercetina, rutina, flavonoides, antocianinas, isoflavonas, polifenóis do café,
resveratrol, cúrcuma, isotiocianatos, coenzima Q10, SAME, silimarina.
Transporte: investiga a saúde dos sistemas cardiovascular e linfático.
Principais nutrientes/compostos ativos: vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B), cálcio,
magnésio, zinco, cromo, selênio, fibras, ômega-3, ácido lipóico, coenzima Q10,
catequinas, resveratrol, antocianinas, cúrcuma longa, Hibiscus sabdariffa, Cynara
scolymus, polifenóis do cacau.
Integridade estrutural: considera a integridade de membranas celulares, saúde
óssea e demais aspectos estruturais.
Principais nutrientes/compostos ativos: vitaminas (A, C, D, E, K e complexo B), cálcio,
magnésio, silício, boro, zinco, cobre, ferro, manganês, creatina, leucina, whey protein,
proteínas vegetais, colágeno e seus peptídeos bioativos, ácidos graxos poli-insaturados,
resveratrol, coenzima Q10, Boswellia serrata, cúrcuma longa, Zingiber officinale.
Comunicação, mente e emoção: o equilíbrio dos fatores emocionais, mentais e
espirituais é essencial para a saúde dos sistemas. Considera a importância da
modulação de hormônios e neurotransmissores como: dopamina, serotonina,
melatonina, ácido gama-aminobutírico, ocitocina, entre outros, que auxiliam na
atividade neuroendócrina e regulação de fatores emocionais.
Principais nutrientes/compostos ativos: magnésio, zinco, selênio, cromo, vitaminas (C, D
e E), vitaminas (B3, B12, B9 e B6), ômega-3, N-acetilcisteína, ácido lipóico, coenzima
Q10, carnitina, triptofano, teanina.
Defesa e reparo: o ponto defesa e reparo aborda a relação entre alterações
imunológicas, estado inflamatório e infecção.
Principais nutrientes /compostos ativos: vitaminas (A, C, D, E e complexo B), zinco,
selênio, magnésio, cobre, ferro, ômega-3, glutamina, arginina, taurina, BCAA,
nucleotídeos, resveratrol, curcumina, quercetina, epigalocatequina-3-galato,
nucleotídeos, mel, própolis, geleia real, pólen, probióticos, prebióticos.
Energia: o ponto energia avalia o metabolismo energético e a função mitocondrial.
Principais nutrientes/compostos ativos: magnésio, cálcio, zinco, ferro, cromo, vanádio,
complexo B, vitamina C, ácido lipóico, coenzima Q10, ômega-3, CLA, polifenóis, Hibiscus
sabdariffa, Garcinia mangostana, Eriobotrya japônica, cúrcuma longa, Camellia sinensis,
Ilex paraguariensis, Undaria pinnatifida, Citrus aurantium, Citrus sinensis L.
OsbeckCapsicum spp., Cinnamomum spp., Zingiber officinale.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Pontos da teia de interconexão metabólica e principais nutrientes envolvidos.
Quadro: Giselle França da Costa.
CASO CLÍNICO
Um exemplo para elucidar todo o método de avaliação pelo sistema ATMS e aplicar à teia de
interconexão metabólica é o caso clínico a seguir:
HISTÓRICO
PACIENTE M. S. R., 32 ANOS, SEXO MASCULINO,
PROCUROU NUTRICIONISTA PARA REDUÇÃO DE
PESO CORPORAL E MELHORIA DO DESEMPENHO
NAS CORRIDAS.
APRESENTOU GANHO DE PESO EXCESSIVO NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS. RELATA DORES NO CORPO E
ARTICULAÇÃO DO JOELHO COM AS CORRIDAS,
CANSAÇO FREQUENTE, ELEVADA FREQUÊNCIA DE
GRIPES E DORES DE GARGANTA, MEMÓRIA RUIM,
DIFICULDADE PARA DORMIR, DESCONFORTO
GÁSTRICO (AZIA), FLATULÊNCIA EXCESSIVA E FEZES
COM ESCALA DE BRISTOL VARIANDO DE 2 A 4.
EXAME SOLICITADO PELO MÉDICO: GLICEMIA DE
110MG/DL, LDL-C DE 140, LDL-C OXIDADA
ELEVADA, E CT DE 199MG/DL, HOMA-IR
AUMENTADO.
HÁ 2 ANOS VEM TENTANDO PERDER PESO E JÁ
REALIZOU DIVERSOS “TIPOS DE DIETAS”, PORÉM
SEM SUCESSO.
PERDEU O PAI RECENTEMENTE APÓS INFARTO
AGUDO DO MIOCÁRDIO. APRESENTA HISTÓRIA
FAMILIAR DE INFARTO, OBESIDADE, DIABETES E
CÂNCER.
Na avaliação de consumo alimentar foi possível observar uma alimentação rica em açúcares,
gordura saturada e proteínas (alta ingestão de carnes); pobre em fibras, frutas e verduras.
Paciente relata gostar de frutas e verduras, mas “não tem o hábito” de consumir, Ingere em
média 2L de água/dia, tem horários irregulares para alimentar-se e “pula refeições”.
Relata gostar muito de biscoitos, pizza, café (toma cerca de 10 copinhos por dia, adoçados
com açúcar), churrasco e cerveja. Além disso, diz que pelo fato de ter uma rotina “bastante
corrida”, acaba comendo muito rápido, normalmente na frente do computador.
Após ler e interpretar o caso, podemos identificar por meio do sistema ATMS quais são os
principais antecedentes, gatilhos e mediadores, sendo possível colocar todos os itens na Teia e
fazer as principais conexões (imagem abaixo).
 Interpretação do caso clínico e identificação dos pontos da teia de interconexões
metabólicas.
Para o planejamento alimentar serão necessárias as intervenções nutricionais de acordo com o
quadro a seguir.
Intervenção Nutricional
“Assimilação”:
PREBIÓTICOS: fibras (FOS/inulina), amido resistente (biomassa de banana-verde),
Kefir, iogurte natural orgânico, cofatores enzimáticos (vit. B), folhas verdes.
Melhoria da mastigação: melhorar funcionamento do intestino, o aproveitamento de
nutrientes, minimizar flatulência e azia.
“Integridade estrutural”:
Dores no corpo: aumentar consumo de alimentos antioxidantes (sem suplementar
para não propiciar perda de adaptação ao exercício) e anti-inflamatórios ➔
alimentos fonte de polifenóis (chá-verde, suco de uva), vitamina C.
Redução do CT e LDL-c: aumentar consumo de fibra (aveia), fitoesteróis (abacate,
vitamina E, vit. C, linhaça, ômega-3), alimentos que reduzem o colesterol (chá-
verde, tomate, couve-de-bruxelas), alho (organossulfurados), folhas verdes.
Controle glicêmico: alimentos de baixa carga glicêmica. Verificar suplementação
com cromo, magnésio e vanádio.
“Defesa e reparo”:
Melhorar a imunidade: aumento do consumo de carotenoides (tomate, cenoura,
abóbora, couve), β-glicanas, vitamina C, vitaminas B (cereais integrais, vegetais
verde-escuros, lácteos), vitamina A (folhas, espinafre, legumes coloridos, licopeno –
molho de tomate, goiaba, mamão).
Reduzir bebida alcoólica: aumento da permeablidade intestinal.
“Estresse mental e emocional”:
Intervenção Nutricional
Estresse: aumentar consumo de antioxidantes – vegetais orgânicos, ômega-3
(linhaça, peixes, soja – pouco, azeite de oliva, vitaminasC, E, A) e minerais
antioxidantes (zinco, selênio – cereais integrais, frutos do mar, oleaginosas, atum)
“Transformação e eliminação”
Melhoria na qualidade da alimentação: reduzir IG da dieta, açúcares e adoçantes
(microbiota), reduzir consumo de carnes (é excessivo).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro: Intervenção nutricional de acordo com as alterações apresentadas no caso clínico
e baseada na interpretação da teia de interconexão metabólica.
Elaborado por Giselle França da Costa.
ELABORAR O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL BASEADO
NO SISTEMA ATMS
A especialista Aline Cardozo Monteiro fala sobre os critérios de diagnóstico nutricional baseado
no sistema ATMS.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos ao longo dos três módulos, o método de investigação pelo sistema ATMS visa a
compreensão de todos os pontos individuais do paciente, fazendo as conexões necessárias
para entender todas as manifestações clínicas e, com isso, permitir uma conduta
individualizada, que previna ou atenue processos patológicos associados às doenças.
 PODCAST
Agora, a(o) especialista Giselle França da Costa encerra o tema falando sobre o histórico do
sistema ATMS no Brasil e o efeito da implementação na qualidade de vida dos pacientes.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BAPTISTELLA, A. B.; SOUZA, M. L. R.; PASCHOAL, V. Nutrição Funcional: nutrientes
aplicados à prática clínica. São Paulo: Valeria Paschoal, 2018.
BRASIL. ANVISA ‒ AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Alimentos com
alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde, novos alimentos/ingredientes,
substâncias bioativas e probióticos. 2007.
CARNAUBA, R. A.; BAPTISTELLA, A. B.; PASCHOAL V. Nutrição clínica funcional: uma
visão integrativa do paciente. Diagn. Tratamento, 2018. v. 23(1), p.28-32.
CHUMPITAZI, B. P.; LANE, M. M.; CZYZEWSKI, D. I.; WEIDLER, E. M.; SWANK, P. R.;
SHULMAN, R. J. Creation and initial evaluation of a stool form scale for children. J.
Pediatr., 2010. p. 157:594-7.
DAVIDSON, G.; KRITAS, S.; BUTLER, R. Stressed mucosa. Nestle Nutr. Workshop Ser.
Pediatr. Program., 2007. v. 59, p. 133-142.
HANLEY, B.; DIJANE, J.; FEWTRELL, M.; GRYNBERG, A.; HUMMEL, S. et al. Metabolic
imprinting, programming and epigenetics a review of present priorities and future
opportunities. British Journal of Nutrition, 2010. v.104, p.1–25.
JONES, R. M. The Influence of the Gut Microbiota on Host Physiology: In Pursuit of
Mechanisms. Yale J. Biol. Med., 2016. v. 89(3), p. 285-97.
NAVES, A.; PASCHOAL, V. Nutrição clínica funcional. In: Nutrição clínica funcional: dos
princípios à prática clínica. São Paulo: VP, 2014. p. 12-25.
ORDOVAS, J. M.; ROBERTSON, R.; CLEIRIGH, E. N. Gene-gene and gene-environment
interactions defining lipid-related traits. Current Opinion in Lipidology, 2011. v.22, p. 129
-136.
PERÉZ, M. M.; MARTÍNEZ, A. B. The Bristol scale ‒ a useful system to assess stool form?
Rev. Esp. Enferm. Dig., 2009. p.101(5):305-11.
RUSSO, M.; MARTINELLI, M.; SCIORIO, E.; BOTTA, C.; MIELE, E.; VALLONE, G. et al. Stool
consisty, but not frequency, correlates with total gastrointestinal transit time in children.
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SARTOR, R. B. Gut microbiota: Diet promotes dysbiosis and colitis in susceptible hosts. Nat.
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SILVA, J. D. T.; MÜLLER, M. C. Uma integração teórica entre psicossomática, stress e
doenças crônicas de pele. Estudos de Psicologia, Campinas, 2007. v. 24, n.2, p. 247-256.
SOUZA, N.; BAPTISTELLA, A. B.; PASCHOAL, V.; NAVES, A.; MASSUNAGA, N.; CARNAUBA,
R.; HUBSCHER, G. Nutrição Funcional: princípios e aplicação na prática clínica. Acta
Portuguesa de Nutrição, 2016. v.7, p. 34-39.
SOUZA, M. L. R.; BAPTISTELA, A. B.; PASCHOAL, V. Nutrição Funcional: Nutrientes
aplicados à prática clínica. 1. ed. São Paulo: Valeria Paschoal, 2018. p. 576.
TOMÁS-BARBERÁN, F. A.; SELMA, M. V.; ESPÍN, J. C. Interactions of gut microbiota with
dietary polyphenols and consequences to human health. Curr. Opin. Clin. Nutr. Metab.
Care, 2016. v. 19, n. 6, p. 471-476.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, assista:
Ao vídeo apresentado por Paulo Marconi, no canal Ciência Free, do YouTube, no qual
são apresentados conceitos básicos de Nutrição Funcional e o uso da teia de
interconexões metabólicas.
Leia:
O livro que aborda conceitos e sua aplicabilidade na prática clínica do nutricionista,
“Nutrição Clínica Funcional: dos princípios à prática clínica”, de Valéria Paschoal, Andréia
Naves e Ana Beatriz Fonseca.
CONTEUDISTA
Giselle França da Costa
 CURRÍCULO LATTES
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