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Avaliação, recursos complementares e diagnósticos em Terapia Ocupacional

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Cleusa Rabelo

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ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
GABRIELA CAMPELO
AVALIAÇÃO, 
RECURSOS 
COMPLEMENTARES 
E DIAGNÓSTICOS 
EM TERAPIA 
OCUPACIONAL
Coordenador(a) de Conteúdo 
Viviane Hadlich dos Santos
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Edinei Tomelin
Design Educacional
Maíra Rocha
Revisão Textual
Letícia Krieck
Ilustração
Andre Luis Azevedo da Silva
Bruno Cesar Pardinho Figueiredo
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. CAMPELO, Gabriela.
Avaliação, Recursos Complementares e Diagnósticos em Terapia 
Ocupacional / Gabriela Campelo. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
184 p.
ISBN papel 978-65-6137-537-5
ISBN digital 978-65-6137-534-4
1. Avaliação 2. Diagnósticos 3. Terapia 4. EaD. I. Título. 
CDD - 615.8515 
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
03506816
RECURSOS DE IMERSÃO
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um con-
teúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
7
63
4
121 U N I D A D E 3
TERAPIA OCUPACIONAL EM DISFUNÇÕES TRAUMATO- 
ORTOPÉDICAS HOSPITALARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122
TERAPIA OCUPACIONAL EM UNIDADES DE TERAPIA 
INTENSIVA (NEONATAL - PEDIÁTRICA - ADULTA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .146
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL 
EM CONTEXTOS HOSPITALARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .166
7U N I D A D E 1
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL 
EM CONTEXTOS HOSPITALARES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS HOSPITALARES DE TERAPIA 
OCUPACIONAL E SERVIÇOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) . . . . . . . . . . . . .26
TERAPIA OCUPACIONAL EM ENFERMARIA E BRINQUEDOTECA HOSPITALAR . . . . .44
63 U N I D A D E 2
TERAPIA OCUPACIONAL NA ATENÇÃO ONCOLÓGICA E CUIDADOS PALIATIVOS . . . .64
TERAPIA OCUPACIONAL EM NEUROLOGIA HOSPITALAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . .82
TERAPIA OCUPACIONAL EM ATENÇÃO AO PACIENTE QUEIMADO . . . . . . . . . . . .100
5
SUMÁRIO
UNIDADE 1
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO 
DA TERAPIA OCUPACIONAL EM 
CONTEXTOS HOSPITALARES
Compreender a Terapia Ocupacional no ambiente hospitalar, centrada no paciente.
Conhecer as principais áreas de intervenção da Terapia Ocupacional no contexto hospitalar.
Aprender a aplicar avaliações nos pacientes, identificando necessidades ocupacionais e os 
objetivos terapêuticos.
Desenvolver habilidades de planejamento e implementação de intervenções terapêuticas 
individualizadas.
Explorar estratégias para promover independência, funcionalidade e qualidade de vida no 
período da internação hospitalar.
Conhecer questões éticas e práticas em ambientes hospitalares, confidencialidade e trabalho 
em equipe multidisciplinar.
Pensar a alta hospitalar e retorno do paciente às atividades cotidianas e seus papéis ocupacionais.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste material, você deve estar se perguntando: “contextos 
hospitalares? Terapia Ocupacional? Qual a sua importância? Como ela pode 
influenciar minha vida? Será que realmente irei ingressar na área hospitalar no 
meu dia a dia como profissional?”.
Para que possamos compreender, vamos nos afastar um pouco apenas da 
prática clínica da Terapia Ocupacional, aquela em consultório, escolas ou até 
mesmo ambulatórios. Utilizaremos um exemplo bem amplo e possível.
Imagine que você, graduado em Terapia Ocupacional, atuará com pacien-
tes que não conseguem realizar suas atividades de vida diárias e instrumentais 
de vida diárias, e é chamado pelo médico de um paciente que teve um grave 
acidente e precisará ficar em internação hospitalar por um período. Desta 
forma, você acaba sendo provocado pelos familiares e pelo próprio paciente, 
fazendo as seguintes perguntas:
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo pro-
fissional de Terapia Ocupacional parecem simples. Contudo, para que a sua pro-
vocação seja efetiva e a compreensão do paciente e seus familiares sejam signifi-
cativas para eles, será necessário que vocês, futuros profissionais, alcancem tais 
respostas com base em um planejamento.
Vocês irão avaliar, conversar, analisar o paciente, sua história clínica, seu 
período desde que iniciou a internação, para criar, planejar e executar os me-
lhores objetivos, os que mais auxiliam o paciente, seja adaptando materiais 
no hospital, seja pensando novas formas de realizar as mesmas tarefas que ele 
realizava antes de ser internado.
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais serão os objetivos para com esse paciente? De que 
forma iremos atuar em internação hospitalar? O que faremos com os resultados 
disso tudo? Quais os objetivos? Aonde vamos?
UNIASSELVI
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Considere essa situação hipotética apresentada. E, para que possamos nos 
ambientar com tal prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Te-
rapia Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa 
com os membros de sua família, perguntando se eles passaram por um período 
de internação hospitalar. Diante de tudo isso que discutimos até o momento, 
faça suas anotações. Você pode anotar suas primeiras impressões até o momento.
Escreva os resultados de sua pesquisa com seus familiares, anotando, tam-
bém, as dificuldades que eles tiveram para realizar suas tarefas de vida diárias e 
instrumentais de vida diárias, de como ficou seu afastamento do trabalho, dos 
filhos e até mesmo de sua própria casa. Faça esta reflexão.
No nosso podcast, iremos explorar um tema fascinante que combina inovação, 
cuidado e reabilitação. A Tecnologia Assistiva tem se tornado uma parte integral 
da Terapia Ocupacional em contextos hospitalares. Por meio dessa junção, esta-
mos capacitando pacientes a superar desafios físicos e cognitivos, recuperar sua 
independência, autonomia e, também, sua qualidade de vida. Ao longo deste 
episódio, mergulharemos nas últimas tendências em tecnologia assistiva, com-
partilhando insights valiosos. Está pronto para descobrir como a Terapia Ocupa-
cional e a tecnologia estão moldando o futuro da reabilitação hospitalar? Acesse 
agora e vamos começar! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual dede 21 de março de 2005, dispõe sobre a obrigatoriedade de 
instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento 
pediátrico em regime de internação.
4
8
Interessante, não é? Para ler a portaria que aprova o regulamento que estabelece 
as diretrizes de instalação e funcionamento das brinquedotecas nas unidades de 
saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, acesse! 
Saiba mais sobre o dimensionamento das brinquedotecas, os profissionais que 
podem atuar, dentre outras informações.
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2005/prt2261_23_11_2005.html
EU INDICO
UNIASSELVI
4
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
No Brasil, a referida lei tornou obrigatória a instalação de brinquedotecas em 
hospitais públicos e privados que possuam internação pediátrica. Essa legisla-
ção representa um avanço significativo na humanização do ambiente hospitalar, 
reconhecendo a importância do desenvolvimento lúdico das crianças durante o 
período de internação. As brinquedotecas não são somente espaços de diversão, 
mas ambientes terapêuticos que oferecem às crianças hospitalizadas a oportu-
nidade de expressar emoções, interagir socialmente, aprender e se desenvolver 
enquanto enfrentam desafios de saúde.
A Lei das Brinquedotecas estabelece diretrizes para a criação desses espaços, 
exigindo uma infraestrutura adequada e a seleção de brinquedos e jogos adequados 
à faixa etária e à condição de saúde das crianças, além da presença de profissionais 
especializados, como terapeutas ocupacionais e pedagogos. Esses ambientes con-
tribuem para a diminuição do estresse e da ansiedade das crianças, ajudando na 
adesão aos tratamentos médicos e na recuperação mais rápida, pois proporcionam 
momentos de descontração e estímulo ao desenvolvimento integral, sendo uma 
conquista importante no cuidado e assistência à saúde infantil no país.
Extraordinário . 
Com o intuito de ilustrar o que já foi trazido até o presente mo-
mento, recomendo assistir ao filme Extraordinário (Wonder), 
baseado no livro de R.J. Palacio. Trata-se de uma ótima opção 
de filme que aborda a temática relativa à internação hospitalar 
e ao papel do brincar. Ele retrata a história de Auggie Pullman, 
um garoto que nasceu com uma deformidade facial e enfrenta 
uma série de desafios ao frequentar a escola pela primeira vez.
Auggie passa por várias cirurgias e tratamentos médicos ao 
longo de sua vida, o que o leva a passar um tempo significativo 
em hospitais.
INDICAÇÃO DE FILME
O filme indicado demonstra como o brincar, a amizade e a superação das adver-
sidades desempenham um papel fundamental na jornada de Auggie e de outras 
crianças que enfrentam dificuldades devido à própria condição de saúde. A partir 
5
1
do enredo, o filme oferece uma visão sensível e emocionante sobre a experiên-
cia de crianças hospitalizadas e destaca a importância do apoio emocional, do 
convívio social e do brincar durante os momentos difíceis enfrentados por elas.
Essa perspectiva justifica a importância de profissionais como terapeutas 
ocupacionais e a presença de brinquedotecas para as crianças pacientes, visto que 
esses recursos contribuem significativamente para o desenvolvimento emocional 
e físico desses jovens durante o período de tratamento.
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E A TERAPIA OCUPACIONAL
Alguns autores afirmam que a inserção da criança no universo do brincar é uma 
etapa fundamental no desenvolvimento delas, seja cognitivo, físico ou social. A 
brincadeira é a principal ocupação nessa fase da vida do indivíduo e refletirá nas 
demais ocupações da vida adulta.
O brincar é uma atividade fundamental na vida 
de uma criança, pois vai muito além de um simples 
passatempo. É por intermédio do brincar que a crian-
ça explora o mundo ao redor e desenvolve habilida-
des sociais, emocionais, cognitivas e motoras. Duran-
te o ato de brincar, elas aprendem a interagir com os outros, a resolver problemas, 
a expressar emoções e a compreender conceitos abstratos, tudo isso de maneira 
lúdica e prazerosa. O brincar é uma linguagem universal da infância em que a 
criança é protagonista do próprio desenvolvimento, exercitando a criatividade e 
a imaginação de maneira livre e espontânea.
Nós, terapeutas ocupacionais, reconhecemos e valorizamos imensamente a 
importância do brincar no desenvolvimento infantil. Nós utilizamos o brincar como uma 
ferramenta terapêutica para promover a saúde e o bem-estar das crianças, adaptando 
as atividades lúdicas de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. 
Ao criar estratégias terapêuticas baseadas no brincar, temos nós, terapeutas ocu-
pacionais, como objetivos, estimular a aprendizagem e a reabilitação, contribuin-
do para a melhoria da funcionalidade, da autonomia e da qualidade de vida das 
crianças que enfrentam desafios físicos, emocionais ou cognitivos. O brincar 
O brincar é 
uma atividade 
fundamental na vida 
de uma criança
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5
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
se torna, assim, uma ponte entre o divertimento e o processo de tratamento, 
sendo uma ferramenta poderosa para o progresso e a superação das limitações 
enfrentadas pelas crianças. 
A importância do brincar e da terapia ocupacional dentro de um hospital é 
significativa, especialmente no contexto do cuidado infantil. Ambas desempe-
nham papéis cruciais no bem-estar emocional, físico e social das crianças durante 
os períodos de tratamento médico. A seguir, são exibidos alguns aspectos que 
destacam essa importância:
ALÍVIO DO ESTRESSE E ANSIEDADE:
O ambiente hospitalar pode ser assustador e estressante para crianças. O brincar 
proporciona uma forma natural e eficaz de reduzir o estresse, a ansiedade e o medo 
associados aos procedimentos médicos.
DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO:
As atividades lúdicas promovem o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças, 
mesmo em um ambiente hospitalar. Isso é crucial para manter o progresso no desen-
volvimento infantil durante o período de internação.
ESTÍMULO À EXPRESSÃO EMOCIONAL:
O brincar oferece uma saída para a expressão de emoções, permitindo que as crian-
ças processem e compreendam melhor os próprios sentimentos em relação à doença 
e ao tratamento.
INTEGRAÇÃO SOCIAL:
A interação social é fundamental para o desenvolvimento saudável. A terapia ocupa-
cional e as atividades lúdicas facilitam a interação entre as crianças hospitalizadas, 
proporcionando um ambiente mais socialmente estimulante.
5
1
Portanto, a presença de terapeutas ocupacionais e a incorporação do brincar den-
tro de um hospital não apenas contribuem para o entretenimento das crianças, 
mas também desempenham um papel terapêutico essencial na promoção da re-
cuperação e na melhoria da qualidade de vida durante o processo de tratamento.
A terapia ocupacional e a brinquedoteca
Considere que, em um hospital pediátrico movimentado, nós, terapeutas ocu-
pacionais, recebemos o pedido para atender uma paciente, uma garota com seis 
anos com uma condição crônica. Sabemos que a brinquedoteca é um recurso 
valioso para o nosso trabalho, e o hospital no qual estamos conta com essa sala de 
recurso. Ao entrar no quarto da menina, iniciamos cumprimentando-a: isso pode 
ser feito com um com um sorriso caloroso, com um aperto de mão ou uma piada 
divertida. Sempre quando vamos iniciar um atendimento infantil, é importante 
estarmos munidos e levarmos materiais e recursos para tal, como brinquedos, 
jogos, canetas e outros materiais terapêuticos (PICANÇO et al., 2013).
ADAPTAÇÃO ÀS LIMITAÇÕES FÍSICAS: 
Terapeutas ocupacionais adaptam as atividades lúdicas para atender às necessidades 
específicas de crianças com limitações físicas temporárias ou permanentes, promo-
vendo a continuidade da participação ativa.
MELHORIA DO AMBIENTE HOSPITALAR:
A introdução de atividades lúdicas e da terapia ocupacional contribui para a humanização 
do ambiente hospitalar, tornando-o mais acolhedor e menos intimidante para as crianças.
COLABORAÇÃO COM A EQUIPE DE SAÚDE:
Terapeutas ocupacionaistrabalham em colaboração com outros profissionais de saú-
de para abordar as necessidades globais dos pacientes pediátricos, garantindo uma 
abordagem holística e integrada ao tratamento.
UNIASSELVI
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1
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Além disso, é importante, no início de tratamento, criarmos um vínculo com a 
criança, conversando sobre os gostos, as brincadeiras favoritas e as atividades pre-
diletas dela. Suponha que descobrimos que a tal paciente adora pintar e construir 
coisas. Com a permissão da equipe médica, propomos a família e/ou responsáveis 
levá-la à brinquedoteca para realizar algumas atividades terapêuticas.
Chegando à brinquedoteca, é importante que nós, terapeutas ocupacionais, 
exploremos junto com a nossa paciente as diferentes opções de jogos e ativida-
des: podemos começar pintando os desenhos que ela gosta muito ou realizar 
uma atividade de construção com blocos coloridos. Enquanto brincamos com a 
paciente, é importante observarmos atentamente o comportamento da criança, 
incentivando-a a expressar as próprias emoções por meio das atividades.
Neste momento, podemos aproveitar a oportunidade para alcançarmos alguns 
objetivos que queremos ganhar com a nossa paciente, como incentivar a 
coordenação motora fina, a criatividade e a interação social ou algum outro objetivo 
que tenhamos julgado importante. Usando materiais específicos, nós podemos 
adaptar as atividades para fortalecer as habilidades motoras da criança, se esse for 
um dos nossos objetivos, ao mesmo tempo em que oferecemos suporte emocional 
durante o processo.
Ao final da sessão na brinquedoteca, é quase sempre possível ver nossos pacientes 
radiantes e, por vezes, ansiosos para voltar e continuar as brincadeiras e as tarefas. 
Importante lembrar que, enquanto profissionais da saúde e dentro de uma 
instituição hospitalar, precisamos evoluir e compartilhar com toda a equipe 
Com a finalidade de aprofundar mais o conhecimento sobre o tema, sugiro a lei-
tura do artigo intitulado A brinquedoteca sob a visão da Terapia Ocupacional: di-
ferentes contextos, publicado nos Cadernos de Terapia Ocupacional. A partir da 
leitura do artigo, é possível efetuar discussões acerca dos diferentes contextos 
que as brinquedotecas podem assumir e verificar a importância dessa discussão 
para a terapia ocupacional. https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/
index.php/cadernos/article/view/158/114
EU INDICO
5
4
(médicos, enfermeiros e fisioterapeutas) e pais/responsáveis as nossas observações, 
intervenções e progressos da criança. Assim, será cada vez mais possível o reconhe-
cimento dos benefícios e da importância da terapia ocupacional aliada ao ambiente 
lúdico da brinquedoteca ao desenvolvimento e ao bem-estar dos pacientes.
Quando pensamos no cuidado infantil em um contexto ambulatorial, vi-
sando a uma atenção integral, não podemos nos limitar às intervenções via 
medicamentos ou às reabilitações gerais, uma vez que a criança necessita ser 
vista em sua singularidade e precisa poder contar com recursos que favoreçam 
o próprio desenvolvimento para experimentação e elaboração das experiências 
em tal ambiente (BERNARDES et al., 2014). 
Portanto, a proposta de criação de brinquedotecas nesses espaços de trata-
mentos hospitalares constitui-se uma alternativa para humanizar o atendimento 
à criança a partir de um ambiente seguro e acolhedor. Disponibilizando recursos 
físicos e materiais, as brinquedotecas favorecem a superação e a elaboração do 
processo de tratamento e do cotidiano por ele modificado.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
Atualmente, já temos significativos estudos os quais destacam os benefícios da 
terapia ocupacional na enfermaria e na brinquedoteca hospitalar, evidenciando a 
significativa melhoria na qualidade de vida das crianças. Pesquisas têm demons-
trado consistentemente que a intervenção da terapia ocupacional nesses espaços 
promove não apenas a recuperação física, mas também tem um impacto positi-
vo nos aspectos emocionais, sociais e cognitivos dos indivíduos hospitalizados, 
especialmente as crianças. 
Ao adaptar as atividades terapêuticas conforme as necessidades específicas 
de cada criança, seja conversando, seja brincando, auxiliando a retomar o coti-
UNIASSELVI
5
5
TEMA DE APRENDIZAGEM 3
diano, como o escolar, nós, terapeutas ocupacionais, facilitamos o engajamento 
ativo e estimulamos o desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas, os 
quais podem vir a reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo um ambiente 
mais humanizado e favorável ao processo de cura e reabilitação das crianças. 
Estudos ressaltam a importância da terapia ocupacional como uma peça 
fundamental na promoção do bem-estar global dos indivíduos hospitalizados, 
fornecendo embasamento sólido para a implementação e o desenvolvimento 
contínuo dessas práticas terapêuticas nos contextos de saúde.
A sólida compreensão da atuação em ambientes hospitalares é fundamental 
para preparar futuros profissionais de Terapia Ocupacional para os desafios 
específicos encontrados em enfermarias e brinquedotecas. Ao abordar a prática 
da terapia ocupacional nesses espaços, abre-se a oportunidade de aplicar conhe-
cimentos teóricos em situações reais, desafiando os estudantes a desenvolverem 
intervenções terapêuticas adaptadas e eficazes. 
A regulação estabelecida pela Lei nº 6.316/1975 oferece a base legal para a 
atuação profissional, garantindo aos futuros terapeutas a capacidade de enfrentar 
as demandas de saúde da população pediátrica em hospitais de forma qualificada.
A identificação e a superação dos desafios na avaliação e na intervenção terapêutica 
em enfermarias e brinquedotecas se tornam cruciais para os terapeutas ocupacionais. 
A compreensão integral dos pacientes, a adaptação das práticas terapêuticas a 
diferentes contextos e a capacidade de trabalhar em equipe multidisciplinar são 
obstáculos a serem superados. Ademais, a criação de ambientes terapêuticos que 
incentivem o brincar e a recuperação das crianças hospitalizadas representa um 
desafio significativo, o que exige criatividade, sensibilidade e adaptação constante 
às necessidades específicas de cada criança.
Ao conectar a teoria às práticas específicas desses ambientes, você, estudante de 
Terapia Ocupacional, estará mais bem preparado(a) para enfrentar e superar os 
desafios da atuação em enfermarias e brinquedotecas hospitalares. Essa prepa-
ração não apenas te tornará um(a) profissional apto(a) a lidar com as situações 
complexas, mas também contribuirá para o desenvolvimento de estratégias te-
rapêuticas mais eficazes, objetivando a melhoria da qualidade de vida e funcio-
nalidade das crianças hospitalizadas.
5
1
A nossa gama de atuação é imensa. Apesar de a escolha da equipe que integra 
uma brinquedoteca ser da gestão do hospital, fica cada vez mais evidente a im-
portância da presença de um profissional da terapia ocupacional nesses espaços. 
Ainda que em números reduzidos, os hospitais que contam com esse tipo de sala 
de atendimento apresentam grandes melhoras nas evoluções dos pacientes e uma 
humanização ao longo do tratamento.
Portanto, ao construirmos a base do conhecimento sobre terapia ocupacio-
nal em enfermaria e brinquedoteca e relacioná-la ao futuro ambiente profissional, 
estamos fortalecendo a sua preparação para atender às necessidades da sociedade 
e contribuir significativamente para a saúde e a qualidade de vida da população. 
Conectando teoria e prática, estamos moldando profissionais capacitados, prontos 
para enfrentar os desafios e as oportunidades que o mercado de trabalho oferece.
UNIASSELVI
5
1
1. A presença inicial da terapia ocupacional em ambientes hospitalares estava primariamente 
direcionada para a reabilitação física e a recuperação de habilidades motoras dos pacientes. 
Durante o surgimento e a expansão nos hospitais,os terapeutas ocupacionais concentra-
vam os esforços em auxiliar os indivíduos a recuperarem a funcionalidade física, proporcio-
nando técnicas terapêuticas adaptadas para promover o desenvolvimento de habilidades 
motoras e a independência nas atividades diárias. A abordagem focada na reabilitação 
física foi um dos pilares iniciais da atuação da terapia ocupacional em ambientes hospita-
lares, buscando melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade dos pacientes durante o 
processo de tratamento e recuperação.
Qual foi o foco principal da presença inicial da terapia ocupacional em ambientes hospita-
lares? Assinale a alternativa correta:
a) Apoio psicológico aos pacientes.
b) Prescrição de medicação.
c) Reabilitação física e recuperação de habilidades motoras.
d) Realizar jardinagem.
e) Conversar com os familiares dos pacientes.
2. A atuação da Terapia Ocupacional em ambientes hospitalares evoluiu consideravelmen-
te ao longo do tempo. Inicialmente, o foco predominante dessa prática estava centrado 
na reabilitação física dos pacientes, priorizando a recuperação de habilidades motoras e 
funcionais. Entretanto, à medida que a compreensão do papel da terapia ocupacional foi 
se expandindo, uma abordagem mais holística passou a ser incorporada. Essa ampliação 
envolveu a consideração não apenas da recuperação física, mas também dos aspectos 
emocionais, cognitivos e sociais dos pacientes hospitalizados. Essa nova perspectiva reco-
nhece a importância de abordar as necessidades integrais dos indivíduos em tratamento, 
indo além da simples reabilitação física, visando também ao bem-estar emocional, social 
e cognitivo dos pacientes.
Considerando os aspectos os quais foram incorporados à compreensão do papel da terapia 
ocupacional em ambientes hospitalares, expandindo a atuação além da reabilitação física 
inicial, analise as afirmativas a seguir:
I - Aspectos emocionais e sociais.
II - Habilidades culinárias.
III - Preocupação apenas em recreação.
É correto o que se afirma em:
AUTOATIVIDADE
5
8
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. A terapia ocupacional nas brinquedotecas hospitalares evoluiu para integrar atividades 
terapêuticas específicas, adaptadas às necessidades individuais de cada criança. Essas 
atividades não se limitam apenas ao entretenimento, mas carregam, como objetivos prin-
cipais, promover o engajamento das crianças, estimular os aspectos sensoriais, cognitivos 
e emocionais e facilitar a adaptação ao ambiente hospitalar. O propósito dessas atividades 
é contribuir para o processo de recuperação das crianças hospitalizadas, fornecendo um 
ambiente lúdico, seguro e terapêutico onde elas podem se expressar, interagir e se desen-
volver durante o tratamento.
Qual é o principal propósito das atividades terapêuticas realizadas pelas equipes de terapia 
ocupacional nas brinquedotecas hospitalares? Assinale a alternativa correta:
a) Fornecer entretenimento lúdico sem nenhum objetivo terapêutico.
b) Restringir-se apenas à estimulação física das crianças hospitalizadas.
c) Promover exclusivamente a socialização entre as crianças.
d) Não considerar as necessidades individuais de cada criança nas atividades realizadas.
e) Promover o engajamento e a estimulação sensorial, cognitiva e emocional, facilitando a 
adaptação ao ambiente hospitalar e contribuindo para o processo de recuperação das 
crianças hospitalizadas.
AUTOATIVIDADE
5
9
REFERÊNCIAS
BERNARDES, M. S. et al. A intervenção do terapeuta ocupacional em brinquedoteca ambulato-
rial: relato de experiência. Revista Gestão e Saúde, v. 5, n. 2, p. 582-594, 2014.
PICANÇO, M. et al. A importância da brinquedoteca hospitalar e da Terapia Ocupacional sob a 
óptica da equipe de enfermagem de um hospital público do Distrito Federal. Cadernos de Te-
rapia Ocupacional, São Carlos, v. 21, n. 3, p. 505-510, 2013.
1
1
1. Opção C.A Terapia Ocupacional, ao ser introduzida em ambientes hospitalares, inicialmente, 
concentrou-se na reabilitação física e na recuperação das habilidades motoras dos pacien-
tes. Isso incluía atividades terapêuticas que visavam restaurar a funcionalidade física dos 
indivíduos, ajudando na recuperação de lesões, na melhoria da coordenação motora, na 
restauração da independência nas atividades diárias e no desenvolvimento de habilidades 
motoras finas e grossas. Embora a terapia ocupacional também possa fornecer suporte 
emocional aos pacientes, o foco inicial não foi exclusivamente o apoio psicológico. Terapeu-
tas ocupacionais não têm o papel primário de prescrever medicação. Embora as atividades 
terapêuticas baseadas em ocupações tenham sido usadas, a jardinagem não foi o foco inicial 
da terapia ocupacional nos hospitais. Embora a interação com familiares seja relevante, essa 
não foi a função principal da terapia ocupacional ao ingressar nos ambientes hospitalares.
2. Opção A. A atuação da Terapia Ocupacional se expandiu para incluir não apenas a reabilitação 
física, mas também os aspectos emocionais e sociais dos pacientes hospitalizados. Além de 
abordarem as questões físicas, os terapeutas ocupacionais reconhecem a importância de 
considerar o impacto emocional e social das condições médicas nos pacientes, objetivando 
uma abordagem holística para promover o bem-estar global. Embora as habilidades culi-
nárias possam fazer parte das atividades terapêuticas, elas não são o único aspecto além 
da reabilitação física focado pela terapia ocupacional em ambientes hospitalares. A terapia 
ocupacional não se limita à recreação, mas também incorpora aspectos emocionais, sociais 
e funcionais na promoção da saúde e bem-estar dos pacientes.
3. Opção E.As atividades terapêuticas feitas pelas equipes de terapia ocupacional nas brin-
quedotecas hospitalares têm um propósito terapêutico, sendo adaptadas às necessidades 
individuais de cada criança. Assim, a alternativa E reflete adequadamente os elementos 
mencionados no texto, destacando o engajamento, a estimulação sensorial, cognitiva e 
emocional e a contribuição para o processo de recuperação das crianças hospitalizadas. As 
alternativas A, B, C e D estão incorretas, pois não correspondem ao propósito terapêutico 
descrito no texto. 
GABARITO
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UNIDADE 2
MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL NA 
ATENÇÃO ONCOLÓGICA E 
CUIDADOS PALIATIVOS
Compreender a Terapia Ocupacional (TO) na abordagem multidisciplinar em pacientes oncoló-
gicos.
Explorar as técnicas terapêuticas para aliviar sintomas e promover o bem-estar em pacientes 
paliativos.
Identificar os desafios emocionais e físicos enfrentados e aprender a oferecer suporte durante o 
tratamento.
Analisar o papel da TO na adaptação e na reintegração social de pacientes após o tratamento.
Conhecer as estratégias de intervenção para promover autonomia nos cuidados paliativos.
Discutir abordagens para minimizar o impacto da doença nos aspectos funcionais e emocionais.
Avaliar o papel da TO no suporte e na orientação aos familiares, visando à melhoria da qualidade 
de vida.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 4
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste material, você deve estar se perguntando: cuidados 
paliativos? Terapia Ocupacional? Qual é a importância deles? Como a Terapia 
Ocupacional atua nessa área? O que podemos fazer por esses pacientes? Será que 
eu realmente ingressarei na área hospitalar, mais especificamente, na oncologia 
e nos cuidados paliativos, como profissional?
Para que possamos compreender a temática, vamos ampliar os nossos co-
nhecimentos sobre a Terapia Ocupacional. Pensemos nessa área de atuação tão 
importante, mas que, por vezes, é muito pouco trabalhada. Para tanto, utilizare-
mos um exemplo bem amplo e possível.
Suponha que você, graduado(a) em Terapia Ocupacional, está atuando em 
um grande hospital no setor de oncologia e cuidados paliativos. Nesse setor, a 
equipe de enfermagem te chama para atender uma senhora de 75 anos que está 
enfrentando um estágio avançado de câncer. A pacienteama jardinagem e passou 
a vida cuidando das próprias plantas, encontrando nelas uma fonte de alegria 
e paz. Com a progressão da doença, as dores e as limitações físicas da paciente 
aumentaram, o que a impediu de cuidar do próprio jardim como antes. Isso 
afetou profundamente o estado emocional dela, levando-a a um sentimento de 
perda e desânimo.
Diante da situação apresentada, emergem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com essa paciente? De que forma 
atuaremos nos cuidados paliativos? O que faremos com os resultados disso? Quais 
são os objetivos?
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo pro-
fissional de Terapia Ocupacional parecem simples. No entanto, para que a sua 
provocação seja efetiva e a compreensão do paciente e dos familiares dele sejam 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
significativas para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance essas 
respostas com base em um planejamento.
Você avaliará, conversará e analisará a paciente, incluindo a história clínica, 
os interesses e os gostos dela, e planejará e executará os melhores objetivos, isto é, 
aqueles que mais auxiliam a paciente, seja adaptando materiais no hospital, seja 
pensando em novas formas de realizar as mesmas tarefas em casa.
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos am-
bientar com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
os membros de sua família e amigos, perguntando se eles passaram ou conhecem 
alguém que teve um diagnóstico de câncer e/ou entrou em cuidados paliativos. 
Escreva os resultados de sua pesquisa com seus familiares e amigos. Anote, 
também, as dificuldades que eles tiveram para realizar as tarefas de vida diárias 
e como ficou o afastamento do trabalho, dos filhos e até mesmo da própria casa. 
Você já parou para pensar na incrível conexão entre a terapia ocupacional, a es-
piritualidade e os cuidados paliativos? Em nosso podcast, mergulharemos nesse 
universo fascinante!
Junte-se a nós em uma jornada de descobertas e inspiração enquanto explora-
mos como a terapia ocupacional vai além do tratamento convencional, auxiliando 
os pacientes em cuidados paliativos a encontrar conforto, significado e qualidade 
de vida. Está pronto(a) para descobrir como a Terapia Ocupacional e a espirituali-
dade estão auxiliando nos cuidados paliativos? Acesse! Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? A Terapia Ocupacional e os cuidados paliativos já são uma 
realidade em muitos hospitais do Brasil. Ficou curioso(a) para saber mais? Assista à 
entrevista a seguir com a doutora Fernanda Capella Rugno, Terapeuta Ocupacional 
especialista em Cuidados Paliativos. https://www.youtube.com/watch?v=_E_
sCDcW9-E
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
CUIDADOS PALIATIVOS
Cuidados paliativos são uma abordagem multidisciplinar que visa melhorar a qua-
lidade de vida de pacientes que enfrentam doenças graves e avançadas e oferecer 
suporte para as respectivas famílias. Essa forma de cuidado se concentra no alívio 
da dor, no controle de sintomas e no suporte emocional e espiritual, além de consi-
derar as necessidades sociais e práticas de cada indivíduo (PALLIATIVE..., 2020.).
Com o intuito de entendermos mais os cuidados paliativos, indico a leitura dos arqui-
vos da Organização Mundial da Saúde. Com eles, é possível aprofundar mais o seu 
conhecimento! https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care
EU INDICO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Os cuidados paliativos não são exclusivos para os pacientes terminais: eles podem 
ser integrados em qualquer estágio da doença, independentemente do prognós-
tico, e são oferecidos em paralelo ao tratamento curativo. O principal objetivo 
é proporcionar conforto, dignidade e qualidade de vida ao paciente, abordando 
não apenas os aspectos físicos, mas também os emocionais, os sociais e os espi-
rituais, visando a um cuidado holístico e integral.
TRAJETÓRIA DA TERAPIA OCUPACIONAL ONCOLÓGICA E EM 
CUIDADOS PALIATIVOS
A história da terapia ocupacional oncológica e de cuidados paliativos remonta 
ao século XX, quando a terapia ocupacional começou a se firmar como uma dis-
ciplina terapêutica. Houve um aumento significativo na integração dessa prática 
nos serviços de saúde, especialmente em ambientes hospitalares, para atender às 
necessidades dos pacientes com câncer e em cuidados paliativos. 
A culpa é das estrelas 
Com o intuito de ilustrar o que já foi estudado até o presente 
momento, recomendo assistir ao filme A culpa é das estrelas, 
dirigido por Josh Boone e lançado em 2014. O filme versa so-
bre a adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), 
diagnosticada com câncer, e que se mantém viva graças a uma 
droga experimental. Após passar anos lutando contra a doen-
ça, ela é forçada pelos pais a participar de um grupo de apoio 
cristão. Lá, conhece Augustus Waters (Ansel Elgort), um rapaz 
que também sofre com o câncer. Os dois têm visões muito di-
ferentes sobre as próprias doenças: Hazel preocupa-se apenas 
com a dor que poderá causar aos outros, já Augustus sonha em 
deixar a própria marca no mundo. Apesar das diferenças, eles 
se apaixonam. Juntos, atravessam os conflitos da adolescência 
e do primeiro amor, enquanto lutam para se manter otimistas e 
fortes um para o outro ao longo desse processo.
INDICAÇÃO DE FILME
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Desde então, a Terapia Ocupacional expandiu o próprio escopo, incorporando 
abordagens multidisciplinares e adaptando-se continuamente para fornecer um 
suporte holístico aos pacientes, considerando não apenas a funcionalidade física, 
mas também os aspectos emocionais, sociais e espirituais. Ao longo dos anos, o 
crescimento da TO esteve intimamente ligado ao desenvolvimento de pesquisas, 
ao aprimoramento de técnicas terapêuticas e à compreensão cada vez maior da im-
portância da qualidade de vida e do bem-estar emocional na jornada do paciente 
oncológico e em cuidados paliativos. Essa evolução histórica destaca a relevância 
crescente da Terapia Ocupacional como uma aliada essencial na promoção da 
saúde integral e na humanização dos cuidados oferecidos a esses pacientes.
A trajetória da Terapia Ocupacional no contexto oncológico e de cuidados paliativos 
é uma jornada marcada por evolução, compaixão e compreensão da importância 
integral do ser humano. Ao longo dos anos, a Terapia Ocupacional se consolidou 
como uma peça fundamental no suporte aos pacientes oncológicos, adaptando-
se constantemente para atender às necessidades físicas, emocionais e espirituais 
desses indivíduos. 
No campo dos cuidados paliativos, a terapia ocupacional desempenha um papel 
crucial na melhoria da qualidade de vida, proporcionando não apenas assistência 
funcional, mas promovendo o bem-estar emocional e a dignidade dos pacientes 
durante as fases finais da vida. A trajetória da TO é marcada pela humanização 
do cuidado, pelo respeito à individualidade de cada pessoa e pela busca inces-
sante de estratégias inovadoras que visam aliviar o sofrimento e promover o con-
forto, oferecendo suporte não apenas aos pacientes, mas também às respectivas 
famílias nesses momentos delicados.
Importância da terapia ocupacional na equipe multidisciplinar
Hoje, é cada vez mais sabível a importância da equipe multidisciplinar no cui-
dado humanizado ao paciente. O mesmo fato não seria diferente na oncologia 
e nos cuidados paliativos, local onde a Terapia Ocupacional tem grande impor-
tância (TREVISANA et al., 2019). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Essa forma de cuidado se concentra no alívio da dor, no controle dos sintomas e no 
suporte emocional e espiritual, além de considerar as necessidades sociais e práticas 
de cada indivíduo. Os cuidados paliativos podem ser integradosem qualquer es-
tágio da doença, independentemente do prognóstico, e são oferecidos em paralelo 
ao tratamento curativo. O principal objetivo é proporcionar conforto, dignidade e 
qualidade de vida ao paciente, abordando não apenas os aspectos físicos, mas tam-
bém os emocionais, sociais e espirituais, visando a um cuidado holístico e integral.
A compreensão profunda da função da Terapia Ocupacional na abordagem 
multidisciplinar para pacientes oncológicos é crucial para oferecer um suporte 
integral e aprimorar a qualidade de vida. Enquanto futuro(a) TO, é importante 
que você adote uma visão holística, considerando os desafios físicos, emocionais 
e sociais enfrentados pelos pacientes durante a experiência do câncer. 
Considerando que a humanização e os cuidados paliativos estão intrinsecamen-
te ligados, sugere-se a realização de novas pesquisas que relacionem a Política 
Nacional de Humanização (PNH) às intervenções do terapeuta ocupacional nesse 
contexto. Para obter mais informações sobre a Política Nacional de Humanização, 
acesse! https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humani-
zacao_pnh_folheto.pdf
EU INDICO
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Você, futuro(a) terapeuta, desempenhará um papel fundamental ao integrar-se 
a equipes multidisciplinares, fornecendo avaliações detalhadas e intervenções 
direcionadas para promover a funcionalidade e independência dos pacientes. 
Também adaptará estratégias específicas que podem incluir desde atividades 
terapêuticas para restaurar habilidades funcionais até o desenvolvimento de es-
tratégias de enfrentamento para lidar com o estresse emocional associado ao 
diagnóstico e ao tratamento do câncer.
Estratégias de intervenção: promovendo autonomia e 
independência
Para promover a autonomia e a independência nos cuidados paliativos, são em-
pregadas estratégias de intervenção cuidadosamente adaptadas às necessidades 
individuais de cada paciente. Nós, terapeutas ocupacionais, desempenhamos um 
papel fundamental nesse processo, utilizando abordagens centradas no pacien-
te para restaurar ou maximizar a funcionalidade.
Isso pode envolver o treinamento e a adaptação de técnicas de autocuidado, 
como auxiliar o paciente a realizar tarefas diárias essenciais de forma adaptada 
e independente, mesmo diante das limitações físicas impostas pela doença. 
Além disso, podemos trabalhar na identificação e na adaptação do ambiente, 
utilizando equipamentos e dispositivos assistivos para facilitar a independência do 
nosso paciente, tornando o ambiente domiciliar mais funcional e seguro para as 
necessidades específicas dele.
Estudos feitos com Terapeutas Ocupacionais afirmam que eles veem como obje-
tos de intervenção importantes para esse público: promoção da relação terapêu-
tica, acolhimento, partilha de informação, aconselhamento, educação, orientação 
e importância do papel ativo dos familiares/cuidadores em todo o processo. Não 
só, mas citam a importância da relação terapêutica, do acolhimento, da avaliação, 
da educação, do treino, da promoção do envolvimento nas atividades significati-
vas, da adaptação/graduação e da utilização de técnicas de intervenção específicas 
com o cliente (BALTAZAR; PESTANA; SANTANA, 2016).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Além do mais, as estratégias de intervenção para promover a autonomia nos 
cuidados paliativos também envolvem o estímulo à participação em atividades 
significativas e prazerosas. Nós, TOs, por meio de abordagens terapêuticas per-
sonalizadas, incentivamos e capacitamos o paciente a se envolver em hobbies, 
interesses ou ocupações adaptadas à própria condição de saúde.
Isso não apenas proporciona um senso de realização e propósito, mas tam-
bém contribui para a manutenção da identidade individual, promovendo o bem 
estar emocional e a qualidade de vida. Essas estratégias visam capacitar o nosso 
paciente a ter um papel ativo na própria vida, promovendo a independência e a 
sensação de controle sobre a própria situação, mesmo em meio às complexidades 
dos cuidados paliativos e oncologia.
Relembremos o exemplo trazido no início do tema, isto é, o da paciente que 
adora jardinagem. 
Nossa paciente, uma senhora com 75 anos que está enfrentando um estágio 
avançado de câncer, amava a jardinagem e passou a vida cuidando das próprias 
plantas, encontrando nelas uma fonte de alegria e paz. Com a progressão da doença, 
as dores e as limitações físicas da paciente aumentaram, o que a impediu de cuidar 
do próprio jardim como antes. Isso afetou profundamente o estado emocional dela, 
levando-a a um sentimento de perda e desânimo.
É nesse contexto que a Terapia Ocupacional e você, futuro(a) Terapeuta Ocupacio-
nal, entrarão em cena. Cabe a você iniciar um processo de avaliação, conversando 
com a paciente sobre as paixões e os interesses dela. Ao descobrir a conexão dela 
com a jardinagem, você poderá oferecer atividades adaptadas, como jardinagem em 
pequena escala dentro de casa, utilizando vasos leves e ferramentas ergonômicas, 
para que a paciente possa continuar cultivando as plantas de maneira confortável.
Além disso, você poderá empregar técnicas de relaxamento durante as sessões, 
ajudando a paciente a gerenciar as próprias dores e ansiedades. Essas práticas não 
apenas oferecem alívio físico, mas também permitem que a paciente se reconecte com 
a paixão pela jardinagem, trazendo sentimentos de realização e bem-estar.
Futuro(a) Terapeuta Ocupacional, quero frisar a importância de ter um olhar 
cuidadoso e amoroso para a família da nossa paciente. Nós, terapeutas ocu-
pacionais, também trabalhamos com as famílias dos pacientes, ensinando-lhes 
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a apoiá-los durante as atividades e a compreender a importância dessa terapia 
adaptada na qualidade de vida.
Com o passar do tempo, é esperado que a nossa paciente comece a encontrar 
conforto e um senso renovado de propósito. A jardinagem adaptada não apenas lhe 
proporciona prazer, mas também promove momentos de reflexão e gratidão, ajudan-
do-a a encontrar a paz interior e a lidar melhor com os desafios trazidos pela doença.
Essa abordagem da Terapia Ocupacional não apenas foca na funcionalidade 
física, mas também considera aspectos emocionais e psicológicos, permitindo 
que a nossa paciente viva os próprios dias com mais significado e dignidade, 
mesmo durante os cuidados paliativos.
O exemplo exposto ilustra como a Terapia Ocupacional pode ser adaptada 
às paixões e aos interesses individuais de um paciente em cuidados paliativos, 
ajudando a melhorar a qualidade de vida dele e proporcionando conforto em 
meio a circunstâncias desafiadoras.
Avaliando o papel do TO no suporte e orientação aos 
familiares
Enquanto futuro(a) profissional de Terapia Ocupacional, vale ressaltar a im-
portância e a atenção que você deve ter em relação aos familiares do paciente 
oncológico/cuidados paliativos. Ter um olhar sensível no suporte e na orienta-
ção aos familiares durante os cuidados paliativos revela um enfoque integral na 
compreensão das necessidades emocionais, práticas e sociais desses familiares. 
Você, futuro(a) Terapeuta Ocupacional, desempenhará um papel crucial ao for-
necer suporte emocional e informações práticas aos familiares, ajudando-os a 
compreender e a enfrentar os desafios que surgem ao cuidar de um ente querido 
em estado avançado de doença. 
Você também oferecerá orientações sobre as adaptações a serem feitas no 
ambiente domiciliar para atender às necessidades do paciente, ensinará estra-
tégias de cuidado e até treinará os familiares, a fim de auxiliar nas atividades da 
vida diária do paciente, promovendo a autonomia dele e proporcionando alívio 
aos cuidadores familiares (FARIA; CARLO, 2015). 
Além disso, você poderá oferecer um espaço para que os familiares expressem 
as próprias preocupações, medos e ansiedades, promovendo o suporte emocional 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
necessário para enfrentar esse período desafiador. Isso garante que a família possa 
desempenhar um papel mais eficaz e tranquilo nocuidado ao paciente.
 ■ Compreensão das necessidades familiares:
 ■ Exploração das necessidades específicas da família em relação ao paciente.
 ■ Identificação das preocupações e dos desafios enfrentados pelos fami-
liares no contexto de saúde.
 ■ Desenvolvimento de estratégias de suporte:
 ■ Formulação de estratégias personalizadas para oferecer suporte emo-
cional e prático.
 ■ Implementação de intervenções que visam melhorar a qualidade de 
vida da família durante o processo de cuidado.
 ■ Educação sobre cuidados e procedimentos:
 ■ Fornecimento de informações claras e compreensíveis sobre o estado 
de saúde do paciente.
 ■ Educação sobre procedimentos médicos e terapêuticos, facilitando a 
participação ativa da família no cuidado.
 ■ Promoção da comunicação efetiva:
 ■ Estímulo à comunicação aberta e honesta entre a equipe de saúde, o 
paciente e os familiares.
 ■ Facilitação do diálogo para esclarecer dúvidas e alinhar expectativas 
sobre o plano de cuidados.
 ■ Intervenções para adaptação psicossocial:
 ■ Avaliação das necessidades psicossociais da família diante da condição 
de saúde do paciente.
 ■ Implementação de estratégias que promovam a adaptação e o enfren-
tamento positivo da situação.
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 ■ Incentivo à participação familiar:
 ■ Estímulo à participação ativa da família nas decisões relacionadas ao 
cuidado.
 ■ Promoção da colaboração entre a equipe de saúde e os familiares para 
alcançar objetivos comuns.
 ■ Apoio contínuo e acompanhamento:
 ■ Oferta de suporte contínuo ao longo do processo de tratamento e cuidado.
 ■ Acompanhamento regular para ajustar as estratégias de suporte de 
acordo com as mudanças na condição de saúde.
 ■ Respeito à diversidade familiar:
 ■ Reconhecimento e respeito à diversidade de estruturas familiares e di-
nâmicas culturais.
 ■ Adaptação das intervenções para atender às necessidades específicas de 
cada família.
A avaliação do papel do terapeuta ocupacional no suporte e na orientação aos familia-
res envolve uma abordagem holística, considerando os aspectos emocionais, práticos 
e sociais, com o intuito de promover um ambiente de cuidado eficaz e compassivo.
Papel da Terapia Ocupacional na adaptação e na 
reintegração após o tratamento oncológico
A Terapia Ocupacional desempenha um papel crucial na adaptação e reinte-
gração social de pacientes oncológicos após o tratamento. Ao trabalhar com 
esse grupo específico, você, futuro profissional, se concentrará não apenas em 
abordar as limitações físicas resultantes do tratamento do câncer, mas também 
em mitigar os desafios emocionais e cognitivos que surgem nesse processo. 
Pensar sempre no público/paciente que estamos atendendo é sempre muito 
importante para mantermos a individualidade, os desempenhos ocupacionais 
e os papéis ocupacionais. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 4
Uma mulher após o tratamento de um câncer de mama tem papéis ocupacionais 
diferentes de um homem o qual tratou um câncer de próstata, assim como de uma 
criança a qual tratou a leucemia. Esse olhar humanizado e centrado no paciente 
auxiliará na busca por bons resultados pós tratamento.
Por meio de estratégias terapêuticas personalizadas, poderemos auxiliar os pacien-
tes oncológicos a readquirirem habilidades, promover o gerenciamento do estresse 
e da fadiga, e incentivar a retomada das atividades diárias, tudo isso visando à 
reintegração efetiva na sociedade, juntamente com seus papéis ocupacionais.
Essa abordagem holística não só apoia a recuperação física, mas também fortalece 
a confiança e a autoestima, capacitando os pacientes a redescobrir um senso renovado 
de propósito e significado em suas vidas após o término do tratamento oncológico.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
A compreensão sólida e a aplicação eficaz da Terapia Ocupacional na esfera da 
atenção oncológica e cuidados paliativos são fundamentais para a sua formação, 
futuro(a) Terapeuta Ocupacional, e para a excelência na prestação de cuidados. 
Ao abordar a prática da Terapia Ocupacional nesses contextos, abre-se uma porta 
para a aplicação dos conhecimentos teóricos em situações reais e sensíveis.
A avaliação minuciosa dos pacientes nesses contextos é essencial. Para tanto, 
são usadas ferramentas, tais como a anamnese e outras formas de coleta de dados, 
para compreender integralmente as necessidades físicas, emocionais e sociais dos 
pacientes. As técnicas e as ferramentas de avaliação específicas, como a avaliação 
da funcionalidade, da qualidade de vida, das necessidades ocupacionais e dos 
papéis ocupacionais permitirão a definição de metas terapêuticas individuali-
zadas e humanizadas.
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A conexão entre a teoria e a prática na Terapia Ocupacional na atenção on-
cológica e nos cuidados paliativos é essencial para a sua formação. À medida que 
você adquire experiência nesses ambientes sensíveis, você estará sendo prepara-
do(a) para se tornar um(a) terapeuta altamente capacitado(a), apto(a) a oferecer 
suporte holístico e compreensivo aos pacientes em situações delicadas.
Instituições de saúde valorizam terapeutas ocupacionais com habilidades es-
pecíficas para lidar com o contexto sensível dos cuidados paliativos e oncológicos, 
aumentando, assim, as perspectivas de crescimento profissional e contribuição 
significativa para a qualidade de vida dos pacientes e das respectivas famílias.
Diante disso, ao construir um sólido conhecimento teórico aliado à prática 
na Terapia Ocupacional na atenção oncológica e cuidados paliativos, estamos te 
moldando, futuro(a) profissional, para atender às demandas específicas desses 
contextos sensíveis. Conectar teoria e prática é essencial para formar terapeutas 
sensíveis, capacitados e compassivos, prontos para oferecer apoio valioso e cui-
dados de qualidade aos pacientes e às respectivas famílias.
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1. A história da Terapia Ocupacional oncológica e de cuidados paliativos remonta ao século XX. 
Contudo, é possível destacar o crescimento e a integração dela aos serviços de saúde, es-
pecialmente em ambientes hospitalares, para atender às necessidades dos pacientes com 
câncer e em cuidados paliativos. A evolução histórica dessa prática ressalta a importância 
dela à promoção da saúde integral e à humanização dos cuidados oferecidos aos pacientes.
Qual marco histórico contribuiu significativamente para o crescimento e a integração da 
Terapia Ocupacional aos cuidados oncológicos e paliativos? Assinale a alternativa correta:
a) Desenvolvimento de pesquisas.
b) Aumento das intervenções cirúrgicas.
c) Redução do número de hospitais.
d) Diminuição da importância da qualidade de vida.
e) Enfoque exclusivo na funcionalidade física.
2. A trajetória da Terapia Ocupacional no contexto oncológico e de cuidados paliativos destaca 
o papel crucial dela no suporte físico, emocional e espiritual aos pacientes. A atuação dela 
busca humanizar o cuidado, respeitando a singularidade de cada pessoa e oferecendo 
assistência não apenas funcional, mas também focada no bem-estar emocional e na dig-
nidade dos indivíduos e das respectivas famílias.
Qual é o principal objetivo da Terapia Ocupacional no contexto oncológico e de cuidados 
paliativos? Analise as afirmativas a seguir:
I - Fornecer apenas suporte funcional aos pacientes.
II - Promover o bem-estar emocional.
III - Atender às necessidades físicas, emocionais e espirituais dos pacientes.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. A atuação da Terapia Ocupacional na abordagem multidisciplinar para pacientes oncológi-
cos é fundamental para aprimorar a qualidade de vida, oferecendo suporte integral diante 
dos desafios físicos, emocionais e sociais enfrentados durante a experiência do câncer.
Qual é o principal papel da Terapia Ocupacional na abordagemmultidisciplinar para pacien-
tes oncológicos? Assinale a alternativa correta:
a) Fornecer apenas suporte emocional.
b) Atuar isoladamente sem integrar equipes multidisciplinares.
c) Promover a independência e a funcionalidade dos pacientes.
d) Realizar apenas as atividades terapêuticas sem considerar os aspectos emocionais.
e) Não considerar a integralidade do cuidado dos pacientes.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BALTAZAR, H. M. C.; PESTANA, S. C. C.; SANTANA, M. R. R. Contributo da intervenção da terapia 
ocupacional nos cuidados paliativos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 24, n. 2, 
p. 261-273, 2016.
FARIA, N. C.; CARLO, M. M. R. do P. de. A atuação da terapia ocupacional com mulheres com 
câncer de mama em cuidados paliativos. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de 
São Paulo, v. 26, n. 3, p. 418-427, 2015.
PALLIATIVE Care. World Health Organization, 5 ago. 2020. Disponível em: https://www.who.int/
news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Acesso em: 21 mar. 2024.
TREVISANA, A. da R. et al. A intervenção do terapeuta ocupacional junto às pessoas-hospitaliza-
das: adotando a abordagem dos cuidados paliativos. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupa-
cional, v. 27, n. 1, p. 105-117, 2019.
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1. Opção A. O desenvolvimento de pesquisas tem contribuído significativamente para o cres-
cimento e a integração da Terapia Ocupacional nos cuidados oncológicos e paliativos. 
Pesquisas na área têm fornecido evidências sobre a eficácia das intervenções da Terapia 
Ocupacional na melhoria da qualidade de vida, na redução de sintomas associados ao câncer 
e no suporte ao bem-estar emocional, social e espiritual dos pacientes. As alternativas B, C, 
D e E não estão alinhadas com o papel da pesquisa no avanço e na integração da Terapia 
Ocupacional nos cuidados oncológicos e paliativos. Elas abordam aspectos que não estão 
relacionados ou até contraproducentes para a evolução dessa área de atuação.
2. Opção D.A afirmativa I está incorreta, porque o principal objetivo da Terapia Ocupacional 
no contexto oncológico e de cuidados paliativos não se limita a fornecer apenas suporte 
funcional aos pacientes. A afirmativa II está correta, já que a Terapia Ocupacional busca 
promover o bem-estar emocional dos pacientes, oferecendo suporte para enfrentar os 
desafios emocionais associados ao diagnóstico e tratamento do câncer. A afirmativa III está 
correta, dado que o objetivo principal da Terapia Ocupacional é atender às necessidades 
físicas, emocionais e espirituais dos pacientes, proporcionando uma abordagem abrangente 
e holística nos cuidados oncológicos e paliativos. 
3. Opção C. O papel da Terapia Ocupacional vai além de fornecer somente suporte emocional, 
buscando uma abordagem abrangente que inclua aspectos físicos, emocionais e funcio-
nais. A Terapia Ocupacional geralmente atua integrada a equipes multidisciplinares, e não 
isoladamente. O principal papel da Terapia Ocupacional na abordagem multidisciplinar 
para pacientes oncológicos é promover a independência e a funcionalidade dos pacientes, 
ajudando-os a realizar atividades significativas do dia a dia. A Terapia Ocupacional considera 
tanto as atividades terapêuticas quanto os aspectos emocionais dos pacientes. A Terapia 
Ocupacional busca a integralidade do cuidado dos pacientes, considerando as diversas 
dimensões da saúde. 
GABARITO
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MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL EM 
NEUROLOGIA HOSPITALAR 
Compreender os fundamentos teóricos da terapia ocupacional em condições neurológicas e neurode-
generativas.
Identificar as necessidades dos pacientes usando métodos de avaliação para diversas condições neu-
rológicas.
Dominar as estratégias terapêuticas para promover funcionalidade e independência.
Aprimorar as habilidades de colaboração em equipes multidisciplinares para criar planos personaliza-
dos.
Explorar técnicas terapêuticas, como tecnologias assistivas, a fim de otimizar o progresso do paciente.
Compreender os desafios éticos e emocionais, desenvolvendo habilidades para oferecer suporte 
psicossocial.
Praticar uma reflexão contínua na prática clínica, buscando atualizações e educação continuada.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste material, você deve estar se perguntando: neurologia? 
Condições neurológicas? Terapia Ocupacional? Qual é a importância dela? 
Como ela pode influenciar a minha vida? Será que realmente ingressarei nessa 
área no meu dia a dia como profissional?
Para que possamos compreender a temática, ampliaremos um pouco a nossa 
linha de pensamento em relação à prática da Terapia Ocupacional. Usaremos um 
exemplo bem amplo e possível.
Suponha que você, graduado(a) em Terapia Ocupacional, está atuando em 
um hospital geral e é chamado(a) pelo médico de um paciente que teve um Aci-
dente Vascular Cerebral (AVC) e precisará permanecer em internação hospitalar 
por um período. Dessa forma, emergem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com esse paciente? De que forma 
atuar com pacientes com condições neurológicas? O que faremos com os 
resultados obtidos? Quais são os objetivos?
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo pro-
fissional de Terapia Ocupacional parecem simples. No entanto, para que a sua 
provocação seja efetiva e as compreensões do paciente e dos familiares dele sejam 
significativas para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance essas 
respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará, conversará e analisará o paciente, incluindo a história clínica 
dele e o período desde que ele iniciou a internação, com o intuito de criar, planejar 
e executar os melhores objetivos, ou seja, aqueles que mais auxiliam o paciente, 
seja adaptando os materiais no hospital, seja pensando em novas maneiras de 
realizar as mesmas tarefas que ele realizava antes de ser internado.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos ambien-
tar com tal prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
os membros de sua família ou amigos, perguntando se eles já passaram por uma 
condição neurológica. Redija os resultados da sua pesquisa e anote as dificulda-
des que os participantes tiveram para realizar as tarefas de vida diárias e como 
foi o afastamento do trabalho, dos filhos e até mesmo da própria casa.
Você sabia que a Terapia Ocupacional desempenha um papel vital na recupera-
ção depois de um AVC? Descubra como os terapeutas ocupacionais ajudam na 
reabilitação após o AVC no nosso podcast! Aprenda estratégias, técnicas e o apoio 
essencial oferecido para recuperar as habilidades e a independência após esse 
evento. Junte-se a nós para entender o poder da Terapia Ocupacional na jornada 
após AVC. Acesse! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-
biente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? A Terapia Ocupacional pode agregar muito aos 
tratamentos neurológicos de reabilitação. Ficou curioso(a) para saber mais? Assista 
à entrevista a seguir com a doutora Vivian Vicente, Terapeuta Ocupacional da Rede 
Lucy Montoro. https://www.youtube.com/watch?v=DLj0seWBr0g
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
FUNDAMENTOS DA TERAPIA OCUPACIONAL EM CONDIÇÕES 
NEUROLÓGICAS 
Os fundamentos teóricos da terapia ocupacional em condições neurológicas e 
neurodegenerativas constituem a base essencial para compreender e abordar 
efetivamente essas complexas condições de saúde. A prática de terapeutas ocu-
pacionais na área da neurologia tem o objetivo de minimizar as deficiências e 
as incapacidades dos pacientes por meio de estímulos e do desenvolvimento de 
habilidades necessárias para um desempenho ocupacional competente na fun-
ção que o paciente não o consegue realizar de forma satisfatória e independente(CARLO; BARTALOTTI, 2001). 
Para sempre Alice
Com o intuito de ilustrar o que já foi trazido até o presente mo-
mento, recomendo assistir ao filme Para sempre Alice, lançado 
em 2015 e dirigido por Richard Glatzer e Wash Westmoreland. 
Trazendo Julianne Moore e Kristen Stewart no elenco, o filme 
narra a luta diária de Alice para manter a própria vida, apesar da 
doença neurodegenerativa que detém. O filme é baseado no 
romance que recebe o mesmo título da escritora Lisa Genova. 
A história nos aproxima das dificuldades cotidianas (que pode-
riam ser minimizadas com a presença da Terapia Ocupacional) 
daqueles que têm Alzheimer e das respectivas famílias.
INDICAÇÃO DE FILME
Mesmo sabendo da importância da atuação do terapeuta ocupacional nessa área, 
considera-se que ainda é pouco estudada a utilização da atividade como ferra-
menta no processo de reabilitação neurológica, sobretudo, com o intuito de au-
mentar os níveis de atividade e participação do paciente nos contextos nos quais 
está inserido. É possível que isso ocorra devido a uma questão histórica, uma vez 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
que a atuação dos terapeutas ocupacionais na reabilitação física constituiu-se tradi-
cionalmente com foco nos aspectos clínicos e nas indicações médicas relacionadas.
Dentre as áreas de estudo no contexto de condições neurológicas e neurode-
generativas, encontra-se a compreensão da plasticidade cerebral. Esse conceito 
destaca a capacidade dinâmica do cérebro de se reorganizar e formar novas co-
nexões neurais, mesmo após danos, fornecendo, assim, a base para as estratégias 
de reabilitação. A Terapia Ocupacional se baseia nessa plasticidade para adaptar 
as atividades terapêuticas às necessidades individuais, permitindo a recuperação 
funcional e a melhoria da qualidade de vida de pacientes com condições neuro-
lógicas e neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e 
lesões cerebrais traumáticas.
Para compreender o mecanismo da plasticidade cerebral (ou plasticidade neural/
sináptica), é crucial reconhecer a habilidade do cérebro de se reestruturar ao lon-
go da vida em resposta a novas experiências. Para obter insights detalhados sobre 
esse processo, nós te convidamos a assistir ao vídeo Plasticidade Cerebral.
EU INDICO
Além disso, a reabilitação neurofuncional é um pilar crucial nos fundamentos 
teóricos da Terapia Ocupacional. Ela se concentra na restauração ou na adaptação 
das funções sensório-motoras, cognitivas e emocionais afetadas pela condição 
neurológica. É importante que terapeutas ocupacionais se baseiem em evidências 
científicas para desenvolver programas de tratamento personalizados, incluindo 
exercícios específicos, atividades funcionais e técnicas de compensação. Com 
uma abordagem holística, considerando as necessidades individuais e o contexto 
de vida do paciente, a Terapia Ocupacional busca maximizar a independência, a 
participação social e a qualidade de vida, proporcionando suporte crucial para 
pacientes que enfrentam condições neurológicas e neurodegenerativas.
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Métodos de avaliação para condições neurológicas
As necessidades dos pacientes em ambientes hospitalares, especialmente aqueles com 
condições neurológicas, demandam uma avaliação abrangente e precisa para oferecer 
um cuidado eficaz e personalizado. A avaliação desses pacientes envolve a utilização 
de métodos específicos adaptados para diferentes condições neurológicas, reconhe-
cendo as particularidades de cada caso. Desde a identificação das demandas físicas 
até as questões emocionais e cognitivas, uma abordagem multifacetada é essencial 
para que você compreenda as necessidades individuais de cada paciente.
Os métodos de avaliação para as condições neurológicas variam, considerando a 
diversidade das afecções neurológicas e os sintomas associados. Isso pode incluir 
testes para avaliar funções cognitivas, como memória, atenção e linguagem, além 
de escalas de avaliação funcional para medir a capacidade do paciente de fazer 
atividades diárias. Testes específicos de avaliação motora são empregados para 
entender deficiências físicas e a extensão do comprometimento motor. 
Adicionalmente, exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia 
computadorizada, podem ser cruciais para entender a base neurológica da con-
dição e direcionar o tratamento. Esses exames são pedidos pelo médico o qual 
acompanha o paciente.
A seguir, são expostos alguns testes avaliativos que você futuramente poderá 
usar com os pacientes acometidos por alguma condição neurológica.
TESTE DO RELÓGIO
MINI EXAME DO
ESTADO MENTAL
TESTE DE SENSIBILIDADE
MEDIDA DE
INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
TESTE
AVALIATIVOS
Figura 1 – Testes avaliativos de doenças neurológicas / Fonte: a autora.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Os testes avaliativos mencionados são instrumentos importantes na área de saúde 
para avaliar diferentes aspectos do estado mental, da funcionalidade e da sensi-
bilidade. A seguir, são expostas breves descrições de cada um.
Descrição da Imagem: a representação gráfica exibe um círculo centralizado intitulado “Testes avaliativos”, 
seguido por quatro quadrados distintos. Esses quadrados são descritos como: “Teste do relógio”, “Mini exame do 
estado mental”, “Teste de sensibilidade” e “Medida de independência funcional”.
TESTE DO RELÓGIO: 
Um teste comumente usado na avaliação cognitiva, especialmente em distúrbios 
neurológicos. O paciente é solicitado a desenhar um relógio e ajustar as horas, propor-
cionando informações sobre funções executivas, visuoconstrutivas e atenção.
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM): 
Um breve teste usado para avaliar o estado cognitivo geral, abrangendo áreas, como 
orientação temporal e espacial, memória, atenção e habilidades linguísticas. É fre-
quentemente usado na detecção de alterações cognitivas e demências.
TESTE DE SENSIBILIDADE:
Testes de sensibilidade avaliam a capacidade do sistema nervoso em detectar estímu-
los sensoriais, como toque, pressão, temperatura e dor. São essenciais na avaliação de 
danos neurológicos ou periféricos.
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL (MIF):
Uma escala que avalia a capacidade funcional e a independência nas atividades da 
vida diária. Considera diversas áreas, como higiene pessoal, mobilidade, controle 
esfincteriano e comunicação.
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Esses testes são ferramentas valiosas para profissionais de saúde na identifica-
ção de alterações cognitivas, neurológicas e na avaliação da funcionalidade de 
um indivíduo. É fundamental realizar esses testes com um profissional de saúde 
qualificado para uma interpretação adequada dos resultados.
A precisão na avaliação das necessidades dos pacientes em ambientes hos-
pitalares é crucial para o desenvolvimento de planos de tratamento eficazes e 
centrados no paciente. A partir de métodos de avaliação adaptados, os profissio-
nais de saúde podem identificar de forma mais precisa as áreas de intervenção 
necessárias, proporcionando um cuidado mais direcionado e otimizado para as 
condições neurológicas específicas de cada indivíduo.
Promoção da independência em doenças neurológicas
As estratégias terapêuticas usadas para promover funcionalidade e independên-
cia em pacientes com doenças neurológicas são fundamentais para melhorar a 
qualidade de vida e a capacidade de fazer atividades diárias. Uma abordagem 
multifacetada é muito importante de ser adotada. Cabe a cada terapeuta ocu-
pacional se adaptar às necessidades específicas de cada paciente e à condição 
neurológica ou neurodegenerativa por ele enfrentada.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Para pacientes com comprometimentos motores, as estratégias terapêuticas 
frequentemente incluem exercícios de reabilitação que visam fortalecer possíveis 
músculos afetados e melhorar a coordenação e a amplitude de movimento. Isso 
envolve um terapeuta ocupacional que domine essa área. O Terapeuta Ocupa-
cional também pode fazer uso de equipamentos adaptativos e técnicas de esti-
mulaçãoneuromuscular para recuperar ou melhorar a mobilidade.
Além disso, para déficits cognitivos, terapias são empregadas para ajudar a 
melhorar a função cognitiva. Isso pode incluir treinamento cognitivo para for-
talecer a memória, a atenção e as habilidades de resolução de problemas, bem 
como estratégias de compensação para lidar com possíveis déficits cognitivos.
A adaptação do ambiente é outra estratégia importante. Os terapeutas ocupa-
cionais frequentemente modificam o ambiente doméstico ou o local de trabalho 
para torná-lo mais acessível e seguro para pacientes com condições neurológi-
cas. Isso pode envolver a instalação de corrimãos, barras de apoio, adaptação 
de mobiliário e uso de tecnologias assistivas para facilitar a independência nas 
atividades diárias e nas atividades instrumentais de vida diária.
Por fim, a educação do paciente e dos respectivos cuidadores desempenha um 
papel crucial. Capacitar o paciente e a rede de apoio dele com conhecimentos e 
habilidades necessárias para lidar com a condição neurológica, compreender os 
desafios enfrentados e como superá-los no dia a dia é essencial para promover a 
independência e a funcionalidade a longo prazo (WOODSON, 2005).
Em síntese, as estratégias terapêuticas para pacientes com doenças neurológicas 
visam maximizar a independência e a funcionalidade, abordando uma variedade de 
áreas, desde a mobilidade até a cognição, com o objetivo de melhorar a qualidade 
de vida e a autonomia desses pacientes.
Contudo, é sempre importante lembrar que possivelmente esse paciente terá 
junto de si uma equipe multidisciplinar. As habilidades de colaboração com 
equipes multidisciplinares serão vitais para você, futuro(a) profissional, para que 
possa criar planos de tratamento personalizados e abrangentes para os pacientes 
com doenças neurológicas e neurodegenerativas. Você, futuro(a) profissional, 
desempenha um papel fundamental nesse contexto, porque será parte integrante 
dessas equipes, contribuindo com a sua expertise para garantir que as necessi-
dades específicas dos pacientes sejam atendidas de maneira holística e eficaz.
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O profissional de Terapia Ocupacional colabora com uma 
gama diversificada de profissionais de saúde, como fisioterapeu-
tas, fonoaudiólogos, neuropsicólogos, médicos e assistentes so-
ciais. Essa colaboração interdisciplinar permite uma compreen-
são abrangente das condições neurológicas e neurodegenerativas 
dos pacientes, considerando não apenas os aspectos físicos, mas 
também os cognitivos, emocionais e sociais.
Ao trabalhar em equipe, os profissionais de Terapia Ocu-
pacional contribuem com habilidades específicas, focando 
na funcionalidade e na independência do paciente. Avaliam as 
habilidades motoras, cognitivas e emocionais do paciente e, em 
conjunto com os demais profissionais, ajudam a desenvolver pla-
nos de tratamento personalizados. Isso pode incluir estratégias 
para melhorar a mobilidade, adaptar o ambiente para facilitar 
atividades diárias, oferecer suporte emocional e cognitivo, além 
de recomendar o uso de tecnologias assistivas para promover a 
independência.
A colaboração multidisciplinar permite que os Terapeutas 
Ocupacionais identifiquem lacunas no tratamento e adaptem 
os planos de cuidados para atender às necessidades específicas 
de cada paciente. Ao integrar diversas perspectivas e experiên-
cias, essa abordagem assegura que o paciente receba um cuidado 
abrangente e personalizado, alinhado com as metas individuais 
de recuperação, funcionalidade e qualidade de vida.
Tecnologias assistivas otimizam progresso em 
doenças neurológicas
No ambiente hospitalar, pacientes com doenças neurológicas ou 
neurodegenerativas frequentemente enfrentam desafios signifi-
cativos durante as atividades diárias devido a comprometimentos 
físicos, cognitivos e/ou sensoriais. Nesse cenário, as técnicas tera-
pêuticas, especialmente o uso de tecnologias assistivas, desempe-
nham um papel essencial para otimizar o progresso e a qualidade 
de vida desses pacientes.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Você, futuro(a) profissional, como parte integrante desse processo, aplicará 
estratégias adaptativas e tecnológicas para otimizar a funcionalidade e a in-
dependência dos pacientes.
Segundo a Lei nº 13.146, de julho de 2015, a Lei Brasileira de Inclusão, a tecnologia 
assistiva compreende produtos, equipamentos, métodos e serviços que buscam 
promover a funcionalidade e a participação de pessoas com deficiência, visando à 
autonomia, à independência e à inclusão social. As Órteses, Próteses e Meios Au-
xiliares de Locomoção (OPM) são recursos de destaque para garantir a igualdade 
de oportunidades (O QUE..., 2022).
APROFUNDANDO
As tecnologias assistivas, como órteses, dispositivos de assistência para mobili-
dade, softwares de comunicação alternativa, aplicativos de treinamento cognitivo 
e sistemas de automação residencial, são recursos valiosos que nós, terapeutas 
ocupacionais, utilizamos para atender às necessidades específicas dos pacientes. 
Essas tecnologias são adaptadas de acordo com as limitações e as capacidades in-
dividuais, visando maximizar a participação do paciente em atividades cotidianas. 
Utiliza-se, por exemplo, o videogame com jogos que simulam o passo a passo 
e a construção de uma atividade de vida diária, como a preparação de um ali-
mento, caso as atividades desenvolvidas sejam de importância para o paciente 
(STOFFEL; NICKEL, 2013)
Os profissionais de Terapia Ocupacional avaliam cuidadosamente as habili-
dades e as dificuldades do paciente e, com base nessa avaliação, recomendam e 
treinam o uso adequado das tecnologias assistivas. Eles oferecem suporte contínuo 
para ajudar os pacientes a se adaptar e a aprimorar as habilidades no uso dessas 
tecnologias, garantindo que elas sejam integradas de forma eficaz no dia a dia.
Ao otimizar o uso de tecnologias assistivas, os terapeutas ocupacionais não apenas 
contribuem para a melhoria imediata da funcionalidade dos pacientes no ambiente 
hospitalar, mas também preparam esses indivíduos para uma transição mais 
suave para as vidas cotidianas fora do hospital. Esse processo objetiva facilitar a 
continuidade dos cuidados, visando à promoção da independência, à participação 
ativa e à qualidade de vida dos pacientes, mesmo diante das limitações impostas 
pelas condições neurológicas e neurodegenerativas (WOODSON, 2005).
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Além disso, os terapeutas ocupacionais acompanham de perto a evolução do 
paciente, ajustando as estratégias terapêuticas conforme necessário para garan-
tir um progresso contínuo. A partir de uma abordagem personalizada e do uso 
adequado de tecnologias assistivas, é possível capacitar os pacientes, permitindo 
lhes alcançar maior independência funcional e uma melhor qualidade de vida 
(TROMBLY; RADOMSKI, 2005).
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
A sólida compreensão da Terapia Ocupacional em condições neurológicas e 
neurodegenerativas em contextos hospitalares é fundamental para te preparar 
para o mercado de trabalho. Ao abordarmos a prática da Terapia Ocupacional 
no que tange às doenças neurológicas e neurodegenerativas, abrimos portas para 
a aplicação dos conhecimentos teóricos em cenários reais. 
A anamnese, o entendimento das patologias neurológicas e neurodegenerati-
vas e a coleta de dados nos prontuários emergem como ferramentas indispensá-
veis para compreender integralmente os pacientes, permitindo uma abordagem 
holística em sua recuperação. As avaliações, como o Teste do Relógio, o Mini 
Exame do Estado Mental e a Medida de Independência Funcional, destacam-se 
como instrumentos que auxiliam na definição de metas terapêuticas personaliza-
das. É a aplicação dessas avaliações que permite que os terapeutas ocupacionais 
desenvolvam estratégias terapêuticas eficazes para melhorar a qualidade de vida 
dos pacientes,promovendo independência e funcionalidade.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 5
A conexão entre teoria e prática se traduz diretamente nas suas perspectivas de 
carreira. À medida que for adquirindo experiência, você será capacitado(a) para 
se tornar(a) um(a) profissional altamente competente e cobiçado(a). Hospitais, 
clínicas e instituições de saúde buscam terapeutas ocupacionais capazes de lidar 
com uma variedade de condições clínicas e de promover a reabilitação e o bem-
estar dos pacientes. A demanda por profissionais é constante e as perspectivas de 
crescimento e desenvolvimento de carreira são notáveis.
Portanto, ao construir a base do conhecimento sobre as condições neurológicas 
e neurodegenerativas e relacioná-la ao futuro ambiente profissional, estamos 
fortalecendo a sua preparação para atender às necessidades da sociedade e con-
tribuir significativamente para a saúde e a qualidade de vida da população. Co-
nectando teoria e prática, estamos moldando profissionais capacitados, prontos 
para enfrentar os desafios e as oportunidades que o mercado de trabalho oferece.
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1. Os fundamentos teóricos da Terapia Ocupacional em condições neurológicas e neurode-
generativas são cruciais para lidar de maneira eficaz com essas complexas condições de 
saúde. Terapeutas ocupacionais buscam minimizar as deficiências dos pacientes, desenvol-
vendo habilidades para que haja um melhor desempenho ocupacional. Apesar da impor-
tância reconhecida, há poucos estudos sobre a atividade como ferramenta na reabilitação 
neurológica, possivelmente devido ao histórico foco clínico dos terapeutas ocupacionais. A 
compreensão da plasticidade cerebral, isto é, da capacidade do cérebro de se reorganizar, 
embasa as estratégias terapêuticas para promover a recuperação funcional em condições 
específicas, como Alzheimer, Parkinson e lesões cerebrais traumáticas.
Qual é a base do fundamento teórico da Terapia Ocupacional utilizada para abordar as con-
dições neurológicas e neurodegenerativas? Assinale a alternativa correta:
a) Plasticidade cerebral.
b) Pinturas manuais.
c) Atividades de corrida.
d) Prescrição de fármacos.
e) Solicitação de exames de imagem.
2. As estratégias terapêuticas usadas para promover a funcionalidade e a independência em 
pacientes com doenças neurológicas são diversas e adaptadas às necessidades indivi-
duais. Uma das estratégias frequentemente adotada envolve modificações no ambiente 
doméstico ou no local de trabalho para torná-lo mais acessível e seguro para os pacientes. 
Terapeutas ocupacionais são responsáveis por essa abordagem, realizando adaptações, 
como a instalação de corrimãos, barras de apoio, ajustes no mobiliário e a implementação 
de tecnologias assistivas, a fim de facilitar a realização de atividades diárias pelos pacientes 
com condições neurológicas. Essas modificações visam garantir a segurança e a autonomia 
dos pacientes em seus ambientes habituais, contribuindo significativamente para a melho-
ria da qualidade de vida e da independência funcional.
Considerando as estratégias terapêuticas mencionadas para pacientes com doenças neu-
rológicas, assinale a alternativa que descreve corretamente uma das estratégias frequen-
temente adotadas para melhorar a independência e a funcionalidade desses pacientes:
a) Apenas o treinamento cognitivo para fortalecer a memória.
b) Utilização exclusiva de equipamentos adaptativos para reabilitação motora.
c) Modificações no ambiente doméstico ou local de trabalho para torná-lo mais acessível 
e seguro.
d) Fornecer aos pacientes medicações exclusivas para melhorar a mobilidade.
e) Limitar as informações fornecidas ao paciente, visando evitar sobrecarga cognitiva.
AUTOATIVIDADE
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3. As tecnologias assistivas desempenham um papel fundamental na abordagem terapêutica 
para pacientes com doenças neurológicas ou neurodegenerativas no ambiente hospita-
lar. Como futuro(a) profissional de Terapia Ocupacional, é crucial compreender e aplicar 
essas estratégias adaptativas para otimizar a funcionalidade e independência dos pa-
cientes. Diversas tecnologias são mencionadas como recursos valiosos utilizados pelos 
terapeutas ocupacionais para atender às necessidades específicas dos pacientes. Dentre 
elas, destacam-se as órteses, os dispositivos de assistência para mobilidade, os softwa-
res de comunicação alternativa, os aplicativos de treinamento cognitivo e os sistemas de 
automação residencial. Esses recursos são cuidadosamente adaptados de acordo com 
as limitações e as capacidades individuais de cada paciente, com o objetivo principal de 
maximizar a participação do paciente em atividades cotidianas. Um exemplo prático é o 
uso de videogames com jogos que simulam o passo a passo das atividades da vida diária, 
como a preparação de alimentos, oferecendo uma abordagem lúdica e terapêutica para 
pacientes que se beneficiam dessas atividades específicas.
Considerando as informações expostas no enunciado acerca do uso de tecnologias assisti-
vas na Terapia Ocupacional para pacientes com doenças neurológicas, analise as afirmativas 
a seguir:
I - Uso de videogames e aplicativos de treinamento cognitivo.
II - Exercícios de reabilitação e órteses.
III - Tratamento farmacológico e dispositivos de assistência para mobilidade.
IV - Terapia ocupacional infantil.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
CARLO, M. M. R. do P. de; BARTALOTTI, C. C. Terapia ocupacional no Brasil: fundamentos e 
perspectivas. 2. ed. São Paulo: Plexus, 2001. 
O QUE é tecnologia assistiva? Ministério da Saúde, 18 nov. 2022. Disponível em: https://www.
gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/fa-
q/o-que-e-tecnologia-assistiva#:~:text=Conforme%20a%20Lei%20Brasileira%20de,da%20pes-
soa%20com%20defici%C3%AAncia%20ou. Acesso em: 21 mar. 2024.
STOFFEL, D. P.; NICKEL, R. A utilização da atividade como ferramenta no processo de interven-
ção do terapeuta ocupacional em reabilitação neurológica. Cadernos Brasileiros de Terapia 
Ocupacional, São Carlos, v. 21, n. 3, 2013
TROMBLY, C. A.; RADOMSKI, M. V. Terapia ocupacional para disfunções físicas. 5. ed. São Paulo: 
Santos, 2005.
WOODSON, A. M. Acidente Vascular Cerebral. In: TROMBLY, C. A.; RADOMSKI, M. V. Terapia ocu-
pacional para disfunções físicas. 5. ed. São Paulo: Santos, 2005. p. 817-853.
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1. Opção A. A plasticidade cerebral é uma das bases fundamentais do fundamento teórico da 
Terapia Ocupacional para abordar condições neurológicas e neurodegenerativas. A plastici-
dade cerebral diz respeito à capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar as próprias 
conexões em resposta a experiências e a lesões. Na Terapia Ocupacional, essa base teórica 
sustenta a ideia de que as atividades terapêuticas podem influenciar positivamente a plas-
ticidade cerebral, promovendo a reabilitação e melhorando as funções motoras, cognitivas 
e emocionais em pacientes com condições neurológicas. Portanto, a plasticidade cerebral 
é uma consideração crucial ao desenvolver estratégias terapêuticas centradas na atividade 
para pacientes com essas condições. 
2. Opção C. Modificações no ambiente doméstico ou no local de trabalho para torná-lo mais 
acessível e seguro. Essa estratégia envolve a adaptação do ambiente para facilitar as ativi-
dades diárias, promovendo a independência e a funcionalidade dos pacientes com doenças 
neurológicas. Embora o treinamento cognitivo seja uma parte importante do tratamento, a 
abordagem mencionada vai além, envolvendo modificações físicas no ambiente. A utilização 
exclusiva de equipamentos adaptativos para reabilitação motora é apenas uma parte das 
estratégias, enquanto a abordagem mencionada envolve modificações no ambiente. Além 
disso, as modificações ambientais são destacadas na estratégia mencionada, em vez de 
depender exclusivamente de medicações. 
3. Opção A.O texto menciona explicitamente o uso de videogamesaprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto e relembrarmos juntos?
A especialidade de Terapia Ocupacional em contextos hospitalares já é reconhecida 
há mais de 10 anos no Brasil. Ficou curioso para saber mais? Assista à entrevista 
a seguir, com a Drª. Mônica Estuque, terapeuta ocupacional especialista em 
Contextos Hospitalares. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do 
ambiente virtual de aprendizagem.
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
TRAJETÓRIA DA TERAPIA OCUPACIONAL HOSPITALAR
A Terapia Ocupacional Hospitalar é uma área de atuação de suma importância 
para o terapeuta ocupacional. Ela tem evoluído significativamente ao longo do 
tempo. Sua história remonta ao início do século XX, quando a Terapia Ocu-
pacional começou a ser reconhecida como uma prática de saúde relevante em 
contextos hospitalares (DE CARLO, 2001).
A Terapia Ocupacional nasceu como uma resposta à necessidade de tratar e 
reabilitar pacientes que enfrentavam desafios significativos devido a doenças, 
lesões ou deficiências. A Primeira Guerra Mundial teve um impacto profundo 
no desenvolvimento da Terapia Ocupacional, à medida que muitos combatentes 
retornaram com lesões e traumas que exigiam atenção especializada para melho-
rar sua qualidade de vida e reintegrá-los à sociedade.
No entanto, foi durante a Segunda Guerra Mundial que a Terapia Ocupacional 
ganhou maior destaque e reconhecimento. Nesse período, terapeutas ocupacionais 
desempenharam um papel crucial na reabilitação de soldados feridos, ajudando-os 
a recuperar habilidades essenciais para a vida cotidiana e a se reintegrar à sociedade.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Quando nos deparamos com um paciente em internação hospitalar, precisan-
do dos cuidados de terapeuta ocupacional, devemos pensar logo no processo 
de triagem e de avaliação desse paciente. Por trabalharmos em uma equipe 
multidisciplinar, muitas vezes, serão os médicos e/ou enfermeiros que irão nos 
acionar para que possamos realizar o atendimento.
A seguir, há um roteiro para contextualizar nossa atuação em contexto 
hospitalar.
Nascido em 4 de julho 
A fim de ilustrar o que já foi trazido até o presente momento, re-
comendamos assistir ao filme “Nascido em 4 de julho”, dirigido 
por Oliver Stone e lançado em 1989. O filme é baseado na auto-
biografia de Ron Kovic e narra sua vida após ser ferido durante 
a Guerra do Vietnã. Ele passa por um processo de reabilitação, 
e, no decorrer do filme, são mostradas cenas que envolvem 
aspectos da reabilitação de veteranos de guerra. Essas cenas 
podem ser relacionadas à importância da Terapia Ocupacional 
no processo de reintegração e reabilitação de pessoas que en-
frentam traumas e lesões.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Figura 1 – Roteiro de atuação hospitalar / Fonte: adaptada de Kudo et al. (2012, p. 179).
Descrição da Imagem: a representação gráfica exibe um quadrado centralizado intitulado “Triagem de TO Ava-
liação Inicial”, seguido por uma seta apontando para baixo, conectando-se a mais seis quadrados distintos. Esses 
quadrados são descritos como “Dados pessoais”, “Histórico de doenças e tratamento”, “Impactos da hospitalização”, 
“Alterações do desenvolvimento”, “Tratamentos atuais” e “Conduta TO”. Fim da descrição.
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Uma vez encaminhado o paciente, precisamos fazer uma busca em seu pron-
tuário e até mesmo conversarmos com os colegas médicos, para entendermos 
a demanda desse paciente, a patologia que o acomete e o motivo de sua inter-
nação. A ida ao leito será o segundo passo. Lá, iremos nos apresentar e coletar 
a história de vida dessa pessoa. Para tal, é importante que tenhamos sempre 
uma anamnese e questionários que poderão ser úteis na nossa prática clínica.
Vamos pensar juntos: estamos atuando no setor de queimados de um 
hospital; lá, o médico nos solicita uma avaliação para o paciente no leito x. 
Depois de coletarmos tudo no prontuário, vamos à anamnese. Sempre che-
garemos dando bom dia, nos apresentando e conversando com o paciente. 
Nessa conversa, conseguiremos descobrir sobre seus papéis ocupacionais, 
seus interesses, suas ocupações, limitações que a lesão/queimadura possa 
ter causado e até uma escuta ativa, estar ali para aquele paciente que passou 
por um processo tão doloroso.
É importante também observarmos o que o 
paciente não nos diz . O olhar clínico é muito im-
portante na nossa atuação. Vamos pensar que esse 
paciente é destro e teve todo o seu braço direito 
queimado. Provavelmente, ficará muito mais difícil para ele realizar tarefas 
que envolvam os dois membros, como vestir-se, despir-se e tomar banho, e até 
coisas que ele conseguia fazer com uma mão só, como pentear o cabelo e fazer a 
barba, pois, agora, precisará aprender a utilizar o braço esquerdo para tal. E isso 
não foi preciso ser dito pelo paciente: entendendo sobre o local de sua lesão, 
sobre como realizamos as atividades de vida diárias, já podemos perceber isso 
enquanto terapeutas ocupacionais.
Conforme ouvimos e avaliamos a demanda, podemos traçar um plano 
de tratamento para esse paciente. Pensaremos em como ressignificar esses pa-
péis ocupacionais e os seus desempenhos ocupacionais, para que ele volte a 
se tornar mais independente e autônomo nas suas atividades de vida diária e 
atividades instrumentais de vida diárias, seja em período de internação hos-
pitalar, seja já em sua casa.
É importante também 
observarmos o que o 
paciente não nos diz
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Legislação da Terapia Ocupacional Hospitalar
A regulamentação da prática da Terapia Ocupacional Hospitalar no Brasil por 
meio da Lei nº 6.316, de 1975, representou um marco importante na história 
da profissão no país. Essa legislação reconheceu e oficializou a atuação do 
terapeuta ocupacional em contextos hospitalares, fornecendo diretrizes e 
regulamentos que orientam a prática e definem o escopo de atuação desses 
profissionais nesse ambiente específico.
A partir da promulgação da lei, os terapeutas ocupacionais tiveram diretrizes 
claras para sua prática em hospitais, o que proporcionou uma base legal sólida 
para seu trabalho. Você sabia que foi com essa lei que houve a definição de suas 
funções, responsabilidades e a importância de sua contribuição no processo de 
reabilitação e recuperação de pacientes hospitalizados?
Interessante, né? Para ler toda a resolução, que inclusive reconhece o título de 
terapeuta ocupacional especialista em Contextos Hospitalares, acesse e fique por 
dentro de toda a atuação do terapeuta ocupacional nesse contexto. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EU INDICO
Atuação da Terapia Ocupacional Hospitalar
Em contextos hospitalares, os terapeutas ocupacionais passaram a ser responsá-
veis por avaliar as necessidades ocupacionais dos pacientes, identificar as limitações 
e capacidades individuais, planejar intervenções terapêuticas personalizadas e im-
plementar estratégias que visam a promover a independência, a funcionalidade e a 
qualidade de vida dos pacientes durante sua permanência no hospital.
Além disso, sua atuação se estendeu à adaptação de ambientes e atividades 
para melhor atender às necessidades dos pacientes, considerando as particula-
ridades clínicas de cada caso.
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É importante pensar que, no contexto hospitalar, terapeutas ocupacionais 
trabalham em estreita colaboração com a equipe médica, auxiliando na avaliação 
das necessidades ocupacionais dos pacientes, no desenvolvimento de planos de 
tratamento personalizados e na implementação de intervenções terapêuticas.
Seu foco é melhorar a funcionalidade dos pacientes, ajudando-os a realizar ati-
vidades da vida diária e a lidar com os desafios impostos pela hospitalização. O 
bom trabalho multidisciplinar (terapeutas ocupacionais, médicos, enfermeiros, 
fisioterapeutas) terá muitos ganhos aos pacientes. Devemos sempre pensar como 
uma boa estratégia de atendimento.
A Terapia Ocupacional Hospitalar continua a desempenharcom jogos que simulam ati-
vidades da vida diária, oferecendo uma abordagem lúdica e terapêutica. Além disso, destaca 
softwares de comunicação alternativa e aplicativos de treinamento cognitivo como recursos 
tecnológicos utilizados na terapia ocupacional para pacientes com doenças neurológicas. As 
demais afirmativas incluem informações que não foram mencionadas no texto em relação 
aos recursos tecnológicos específicos utilizados na terapia ocupacional para pacientes com 
doenças neurológicas.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL EM 
ATENÇÃO AO PACIENTE QUEIMADO
Entender a complexidade das lesões por queimaduras e os diferentes graus de queima-
duras.
Dominar as estratégias de avaliação e intervenção, aprendendo a fazer avaliações abran-
gentes que considerem as necessidades físicas, cognitivas, emocionais e sociais dos 
pacientes queimados.
Explorar abordagens terapêuticas específicas.
Entender a integração à equipe multidisciplinar.
Conhecer o desenvolvimento de planos de tratamento personalizados.
Compreender as questões emocionais e psicológicas dos pacientes.
Estudar a ética e a empatia na terapia ocupacional com pacientes queimados.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 6
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste material, você deve estar se perguntando: Terapia Ocu-
pacional e pacientes queimados? O terapeuta ocupacional tem importância 
na equipe quando se trata desse tipo de paciente? Qual intervenção podemos 
aplicar nesses casos?
Para que possamos compreender a temática, vamos ampliar o nosso pensa-
mento usando um exemplo bem amplo e possível. Suponha que você, gradua-
do(a) em Terapia Ocupacional, está atuando em um hospital, mais especifica-
mente, no setor de queimados, com pacientes que não conseguem realizar as 
atividades de vida diárias e estão com grandes cicatrizes e muita dor.
Diante disso, você é chamado(a) pelo médico de um paciente que teve um 
grave acidente com água quente e precisará ficar em internação hospitalar por 
um período. Dessa forma, emergem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com esse paciente? De que forma 
atuaremos em pacientes queimados? O que faremos com os resultados obtidos? 
Quais são os objetivos? 
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo profis-
sional de Terapia Ocupacional parecem simples. Contudo, para que a sua provo-
cação seja efetiva e a compreensão do paciente e dos respectivos familiares seja 
significativa para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance as 
respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará, conversará e analisará o paciente, incluindo a história clínica 
dele e o período desde que ele iniciou a internação, com o intuito de criar, planejar 
e executar os melhores objetivos, ou seja, aqueles que mais auxiliam o paciente, 
seja adaptando materiais no hospital, seja pensando em novas formas de realizar 
as mesmas tarefas que ele fazia antes de ser internado.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos ambientar 
com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
pessoas próximas a você, perguntando se elas já passaram por um processo de 
queimadura ou se conhecem alguém que passou. Faça as suas anotações.
Escreva os resultados da sua pesquisa com os seus conhecidos. Além disso, anote 
as dificuldades que eles tiveram para realizar as tarefas de vida diárias, como foi o 
afastamento do trabalho, dos filhos e até mesmo da própria casa. Faça essa reflexão. 
Em nosso podcast, exploraremos um tema fascinante que une a Terapia Ocupa-
cional, o uso de órteses e os pacientes queimados. A utilização de órteses tem 
se tornado uma parte integral da Terapia Ocupacional em pacientes queimados. 
A partir dessa junção, estamos capacitando os pacientes a superar os desafios 
físicos e a mobilidade, recuperando a independência, a autonomia e a qualida-
de de vida. Ao longo deste episódio, mergulharemos na tecnologia assistiva e 
compartilharemos insights valiosos. Está pronto(a) para descobrir como a Terapia 
Ocupacional e as órteses estão moldando o futuro do serviço de atendimento ao 
paciente queimado? Acesse! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital 
do ambiente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? Queimaduras são um grande problema de saúde 
pública, não somente em relação à gravidade das lesões, mas também quanto às 
sequelas causadas pelas queimaduras. Ficou curioso(a) para saber mais? Assista 
à palestra a seguir da Liga Interdisciplinar de Terapia Intensiva da Universidade 
Estadual de Campinas (UNICAMP).
https://www.youtube.com/watch?v=93hAKaUWjno
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
TIPOS E CLASSIFICAÇÕES DE QUEIMADURAS
Vamos entender um pouco mais as queimaduras e os respectivos tipos e classi-
ficações. A queimadura é uma lesão nos tecidos causada por diferentes formas 
de trauma, tais como calor, eletricidade, substâncias químicas ou radiação. No 
contexto geral, as lesões térmicas continuam sendo as mais comuns. 
O prognóstico do paciente que sofreu queimaduras depende de uma série de 
fatores, incluindo o tipo, o grau/profundidade e a localização da lesão. Uma inter-
venção inicial e adequada por parte da equipe médica tem se mostrado essencial 
para reduzir significativamente a morbimortalidade nesses pacientes e, poste-
riormente, o profissional de Terapia Ocupacional possa atuar na reabilitação. 
No que se refere aos tipos de queimaduras, é importante observar as diversas 
categorias existentes. Começaremos pelos tipos de queimaduras:
QUEIMADURAS TÉRMICAS:
São as mais prevalentes e ocorrem devido à transferência de energia de uma fonte de 
calor para o corpo. Podem ser causadas por exposição a calor seco ou úmido, como 
fogo, água quente ou vapor.
QUEIMADURAS QUÍMICAS:
Podem ser desencadeadas pela exposição a ácidos ou bases, cuja absorção pode 
resultar em lesões nos órgãos internos. A extensão do dano aos tecidos depende da 
natureza do produto químico, da concentração dele e do tempo de contato com a pele.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
QUEIMADURAS ELÉTRICAS:
Podem ocorrer devido a choques elétricos ou à passagem direta de corrente elétrica 
pelo corpo. No primeiro caso, as queimaduras se assemelham às queimaduras térmicas. 
Por sua vez, no segundo caso, há um ponto de entrada (local de contato com a corrente 
elétrica) e um ponto de saída (onde a corrente deixa o corpo após percorrer uma traje-
tória). Ambos os casos podem resultar em danos profundos, cuja gravidade depende do 
tipo de corrente, da quantidade, da duração do contato e do trajeto pelo corpo.
QUEIMADURAS POR RADIAÇÃO:
Ocorrem devido à exposição do corpo à radiação. A forma mais comum é a queimadu-
ra solar, proveniente da exposição prolongada aos raios solares.
QUEIMADURAS INALATÓRIAS:
Essas lesões resultam da inalação de fumaça ou monóxido de carbono durante um 
evento de incêndio. A fumaça contém diversos gases nocivos que podem causar da-
nos adicionais além do próprio calor, afetando o sistema respiratório e representando 
uma séria ameaça à saúde. 
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Essas distintas categorias de queimaduras requerem abordagens específicas para 
tratamento e cuidados. Agora, conheceremos a profundidade das queimaduras.
Queimaduras de primeiro grau 
Limitadas à camada mais superficial da pele, a epiderme. São caracterizadas por 
vermelhidão e dor moderada. Não resultam em formação de bolhas ou com-
prometimento dos anexos cutâneos. O tratamento, geralmente, envolve o uso 
de analgésicos e são frequentemente causadas pela exposição excessiva ao sol.
Queimaduras de segundo grau
Existem duas subclasses:
 ■ Superficial: atinge toda a epiderme e porções superficiais da derme, 
provocando muita dor, vermelhidão intensa,umidade na área afetada e 
formação de bolhas.
 ■ Profunda: afeta toda a epiderme e a camada reticular da derme. A pele 
pode apresentar-se seca, com coloração rosa-pálido, podendo prejudicar 
a vascularização e causar dor moderada.
Queimaduras de terceiro grau
Essas queimaduras comprometem a epiderme, a derme e a camada subcutâ-
nea (hipoderme). A área afetada pode variar de palidez a tons avermelhados ou 
amarelados. Geralmente, não há sensibilidade devido ao dano nos nervos, o que 
significa que a região afetada pode não sentir dor.
Queimaduras de quarto grau:
Esse grau é caracterizado por queimaduras que afetam a pele, o tecido subcutâ-
neo, os músculos e até mesmo os ossos. Esse tipo de queimadura é típico de lesões 
por corrente elétrica.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
 ■ Quanto à Superfície Corporal Queimada (SCQ)
A Regra dos 9 é uma técnica usada na avaliação de queimaduras para estimar 
a porcentagem da superfície corporal que foi queimada. Assim como é visível 
na Figura 1, há: (a) Parte da frente do corpo de um adulto; (b) Parte da frente 
do tronco de uma criança; (c) Parte de trás do corpo de um adulto; (B) Regra da 
palma da mão: (d) Normalmente, a área da palma da mão de uma pessoa repre-
senta aproximadamente 1% da superfície corporal. Portanto, é possível estimar 
a extensão de uma queimadura calculando o “número de palmas” necessárias 
para cobri-la (BERNARDES FILHO et al., 2013).
Figura 1 – Regra dos nove / Fonte: Bernardes Filho et al. (2013).
Descrição da Imagem: é possível visualizar dois bonecos representando adultos, de frente e de costas, e uma 
criança de frente, cujo corpo está dividido entre a Regra dos 9. a) Área frontal do corpo de um adulto: cabeça e 
braços com 4,5%, tronco com 9%, região genital com 1% e pernas com 9%; b) Para a criança, os valores são os 
mesmos para a frente e para trás do tronco, com cabeça representando 18%, tronco 18%, braços 9% e pernas 14%. 
c) A parte traseira do corpo de um adulto: cabeça com 4,5%, tronco com 9%, braços com 4,5% e pernas com 9%.
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A Regra dos 9 é frequentemente usada para uma avaliação 
rápida em situações de emergência, mas é importante per-
ceber que a precisão pode variar dependendo da idade e do 
tamanho do paciente, entre outros fatores.
 ■ Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica 
(SBCP, 2008), as complexidades das queimaduras são 
classificadas em:
Pequeno Queimado: queimaduras 1º grau (qualquer percen-
tagem), 2º grau até 5% SCQ em crianças e 10% SCQ adultos. 
Médio Queimado: 2º grau 5-15% SCQ em crianças e 10-
20 SCQ em adultos. Qualquer queimadura de 2º grau em mão, 
pé, face, pescoço, axila ou grande articulação. Queimadura de 
3º grau 15% SCQ em crianças e 
>20% SCQ em adultos. Queimadura de 3º grau >5% SCQ em 
crianças e >10% SCQ em adultos. 2º ou 3º grau acometendo 
períneo e 3º grau atingindo mão, pé, face, pescoço ou axila. 
AVALIAÇÃO E TERAPIA OCUPACIONAL NO 
PACIENTE QUEIMADO
As estratégias de avaliação e intervenção desempenham um 
papel fundamental na Terapia Ocupacional voltada para pa-
cientes queimados. É essencial aprender a conduzir avaliações 
abrangentes que considerem não apenas as necessidades fí-
sicas, mas também as cognitivas, as emocionais e as sociais 
dos pacientes. A avaliação detalhada permite compreen-
der o impacto global das queimaduras na vida do paciente, 
identificando as áreas de dificuldade e adaptando os planos 
de tratamento para atender às necessidades específicas dele 
(LIRA; SILVA; SOANÉGENES, 2013).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Ao fazerem avaliações abrangentes, terapeutas ocupacionais explorarão a exten-
são das limitações físicas, tais como mobilidade reduzida ou perda de função 
das extremidades. Avalia-se, também, as dificuldades cognitivas, como pro-
blemas de memória ou concentração, além das questões emocionais e sociais, 
tais como ansiedade, depressão e/ou dificuldades de reintegração social. Essa 
abordagem holística permite uma compreensão mais completa do impacto das 
queimaduras na vida do paciente.
Com base nas avaliações detalhadas, o profissional de Terapia Ocupacional 
desenvolve habilidades de intervenção terapêutica adaptadas às necessidades es-
pecíficas de cada paciente. Isso pode incluir programas de reabilitação física para 
restaurar a funcionalidade, a prescrição de malhas de compressão, a prescrição de 
órteses, o treinamento cognitivo para melhorar a memória e o raciocínio, além de 
intervenções psicossociais para apoiar a saúde mental e a reintegração social. A 
abordagem terapêutica ocupacional é personalizada, visando não somente à recu-
peração física, mas também ao bem-estar emocional e social do paciente queimado.
Em resumo, as estratégias de avaliação e intervenção em Terapia Ocupacional para 
pacientes queimados envolvem a realização de avaliações completas que consideram 
todas as áreas afetadas pelas queimaduras. Isso permite o desenvolvimento de planos 
de tratamento personalizados objetivando a restauração da funcionalidade e a melho-
ria da qualidade de vida do paciente, integrando cuidados físicos, cognitivos, emocio-
nais e sociais de maneira abrangente e holística (LIRA; SILVA; SOANÉGENES, 2013).
Chernobyl 
Com o intuito de ilustrar o que já foi trazido até o presente 
momento, recomendo assistir ao filme Chernobyl, lançado 
em 2022 e dirigido por Danila Kozlovsky. Neste filme, acom-
panhamos a história de Alexey Karpushin (Danila Kozlovskiy), 
um bombeiro heroico que trabalhou como um dos liquidado-
res no desastre de Chernobyl, em 1986. No decorrer do filme, 
são mostradas cenas sobre o tipo de queimadura por produtos 
químicos. Essas cenas podem ser relacionadas à importância 
da Terapia Ocupacional no processo de reintegração e reabi-
litação de pessoas que sobrevivem a traumas e a lesões por 
queimaduras, e à importância da prevenção e do tratamento.
INDICAÇÃO DE FILME
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Terapia Ocupacional: atividades diárias e malhas compressivas
Compreender o impacto das grandes queimaduras não se limita apenas às seque-
las físicas, mas também às profundas marcas psicológicas que elas deixam nos 
pacientes. O tratamento dessas lesões, normalmente, requer múltiplas cirurgias 
para a aplicação de enxertos e o uso disciplinado de malhas compressivas. No 
entanto, o momento mais memorável para muitos que passaram por queimadu-
ras é o momento de Atividade de Vida Diária (AVD): banho. É uma memória 
tão marcante quanto o próprio acidente, pois ambos compartilham um lugar na 
memória devido à dor intensa associada a esses momentos.
A experiência do banho para as vítimas de queimaduras é angustiante. As feridas 
devem ser cuidadosamente limpas e, para os pacientes queimados, o risco de 
infecção é uma preocupação constante, representando cerca de 75% das mortes 
relacionadas a queimaduras. Apesar do uso de anestésicos e analgésicos, muitas 
vezes, eles não são suficientes para aliviar a intensidade da dor. O uso frequente 
de opioides para lidar com a dor pode levar à tolerância, tornando-os inadequados 
para uso diário durante o banho. A dor resultante das queimaduras vai além do físico, 
afetando significativamente o bem-estar emocional dos pacientes.
O apoio se torna fundamental aos pacientes queimados, mas, muitas vezes, é 
organizado em função da urgência. Destaca-se a importância de estar presente 
nos primeiros momentos após o tratamento médico, já que oferecer apoio ao 
paciente e facilitar esse processo de AVD é uma das poucas formas de auxílio que 
não lidam diretamente com a dor física. Também devemos considerar a mudança 
na aparência do paciente, mesmo com pequenas diferenças de cor na pele, o que 
pode ser impactante para a autoimagem e a autoestima.
Em um acompanhamento ideal, o Suporte Terapêutico Ocupacional é con-
tínuo durante todo o tratamento, ajudando o paciente a enfrentar as mudanças 
resultantes das cirurgias e cicatrizes.Em situações graves, em que o paciente fica 
inconsciente por um longo período, a equipe se adapta, aumentando a frequência 
das visitas ao perceber sinais de dificuldade emocional, agressividade ou outros 
sintomas. O objetivo é auxiliar o paciente a lidar com as alterações físicas e emo-
cionais decorrentes das queimaduras, tornando o processo de recuperação o mais 
suave e resiliente possível.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Trago um relato da minha época de faculdade. Era estagiária no Hospital de 
Trauma de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Era verão e nunca me esquecerei 
daquele janeiro. Minha chefe ligou dizendo que havia acontecido um grande 
incêndio na cidade de Santa Maria, em uma boate, que vitimou muitos jovens, 
jovens como eu, em época de faculdade. Recebemos muitos pacientes em nosso 
hospital em Porto Alegre, inclusive, estudantes do curso de Terapia Ocupacional. 
Passado o mês inicial, muitos receberam alta e precisavam da malha de com-
pressão, a qual deve ser usada 23 horas por dia, sendo retirada somente para o 
banho. O intuito dela é melhorar a cicatrização do tecido, evitando queloides e 
limitações de movimentos, o que pode interferir nas atividades de vida diária. 
Adivinha qual era o único hospital do Rio Grande do Sul que fornecia as malhas 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS)? O que eu estava fazendo estágio. Sendo 
assim, minha chefe e eu fomos levadas a Santa Maria para a prescrição delas. 
Lá, aprendi, pela dor de jovens (como eu, na época), a importância da Terapia 
Ocupacional na promoção, na prescrição, no cuidado e na reabilitação de um 
paciente queimado. Uma experiência que levarei para a vida.
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O uso de malhas compressivas durante o tratamento de queimaduras é 
uma questão complexa e desafiadora. Essas malhas tendem a ser extremamente 
apertadas, mais do que qualquer outra vestimenta semelhante. Por exemplo, uma 
pessoa que, normalmente, veste tamanho G, pode se deparar com uma blusa de 
malha para queimaduras que aparenta ser do tamanho P. Muitos pacientes com-
partilham experiências de frustração ao tentar vestir uma malha que deveria ser 
do tamanho adequado, mas que, na realidade, é muito difícil de colocar. 
Contudo, a disponibilidade limitada de malhas pelo SUS torna a situação ainda 
mais desafiadora para a maioria dos afetados. Peças de boa qualidade para a mão 
e antebraço podem atingir até 250 reais, enquanto modelos de corpo inteiro po-
dem ultrapassar 1 mil reais. As doações são uma alternativa, porém, devido à ne-
cessidade de medidas específicas para cada paciente, às vezes, as doações não 
se ajustam completamente ao tamanho necessário.
APROFUNDANDO
As dificuldades persistem mesmo após a aquisição das malhas. No cotidiano, 
vestir a malha é uma tarefa difícil, pois ela é desconfortável, aquece e restringe 
a movimentação. Assim como qualquer peça de vestuário, as malhas precisam 
ser lavadas, o que pode levar os pacientes a necessitar de mais de uma malha ou 
interromper o uso enquanto a peça única está em processo de limpeza. 
Para obter uma compreensão mais clara das malhas compressivas, ler a reporta-
gem denominada Tratamento de Queimaduras Incluindo Enxerto e Uso de Malha 
Compressiva e examinar as imagens que mostram uma boneca com essas malhas. 
https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/tratamento-de-queimaduras-in-
clui-enxerto-e-uso-de-malha-compressiva/
EU INDICO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
Além disso, após alguns meses de uso, as malhas podem começar a perder a 
elasticidade e, consequentemente, a capacidade de compressão. Algumas malhas 
de melhor qualidade podem passar por manutenção, porém outras precisam 
ser completamente substituídas ao longo do tempo. Por isso, a importância do 
Terapeuta Ocupacional no acompanhamento, na prescrição e nos ambulatórios 
de malha de compressão. 
Explorando abordagens terapêuticas
Certamente, a atuação da Terapia Ocupacional no contexto de pacientes quei-
mados vai além da recuperação física, buscando promover uma reintegração 
plena do indivíduo nas atividades diárias e sociais. Para isso, você, futuro(a) 
profissional, deverá utilizar diversas estratégias, como a prescrição e a adapta-
ção de órteses personalizadas, tais como luvas ou splints, que visam não apenas 
à proteção e mobilidade dos membros afetados, mas também à facilitação das 
atividades cotidianas, como vestir-se ou alimentar-se de forma independente.
Além das órteses, um profissional de Terapia Ocupacional pode recomendar 
o uso de dispositivos adaptativos, como utensílios ergonômicos, para facilitar a 
manipulação de objetos, ou sistemas de auxílio para a locomoção. Dois exemplos 
são: adaptar um carro para permitir a condução a pacientes queimados com 
mobilidade reduzida e sugerir tecnologias assistivas, como softwares de reconhe-
cimento de voz ou dispositivos de controle remoto adaptados para uso em casa. 
Trata-se de abordagens comuns para facilitar a independência.
Além disso, a modificação do ambiente doméstico ou de trabalho é um as-
pecto crucial da intervenção terapêutica ocupacional. Isso pode envolver ajustes 
na disposição dos móveis para facilitar a mobilidade, instalação de corrimãos ou 
barras de apoio em áreas estratégicas, como banheiros, ou até mesmo a orientação 
sobre o design de espaços para minimizar os riscos de acidentes. Essas adaptações 
ambientais não apenas promovem a autonomia do paciente, mas também contri-
buem significativamente para a melhoria da qualidade de vida e a integração social.
Em resumo, as estratégias adotadas pela Terapia Ocupacional para pacientes 
queimados não se restringem à terapia convencional. Elas incluem, de forma 
abrangente, a aplicação de dispositivos adaptativos e modificações ambientais 
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personalizadas. Essas intervenções têm como objetivo não apenas a recuperação 
física, mas também a reinserção eficaz e sustentável do indivíduo no próprio 
ambiente, permitindo uma vida independente e participativa (RODRIGUES 
JÚNIOR; BASTOS; COELHO, 2014).
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 6
NOVOS DESAFIOS
A sólida compreensão da atuação do Terapeuta Ocupacional em pacientes quei-
mados é fundamental para te preparar, futuro(a) profissional, para o mercado de 
trabalho. Ao abordarmos a prática da Terapia Ocupacional, abrimos portas para 
a aplicação dos conhecimentos teóricos em cenários reais. 
A anamnese e a coleta de dados nos prontuários emergem como ferramentas 
indispensáveis para compreender integralmente os pacientes, permitindo uma abor-
dagem holística em sua recuperação. As avaliações, como a Regra dos 9, destacam-se 
como instrumentos que auxiliam na definição de metas terapêuticas personalizadas. 
É a aplicação dessas avaliações que nos permitirá o desenvolvimento de estra-
tégias terapêuticas eficazes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pro-
movendo a independência e a funcionalidade deles. É preciso se atentar sempre 
à autoestima e dar atenção ao psicossocial do paciente, incluindo o modo como 
será o retorno dele à sociedade, ao trabalho e aos relacionamentos com possíveis 
cicatrizes, tanto grandes quanto em locais específicos, como a face.
A conexão entre a teoria e a prática se traduz diretamente nas suas perspectivas de 
carreira. À medida que você for adquirindo experiência em setores de queimados, 
será capacitado(a) para se tornar um(a) profissional altamente competente 
e cobiçado(a). Hospitais, clínicas e instituições de saúde buscam terapeutas 
ocupacionais capazes de lidar com uma variedade de condições clínicas e promover 
a reabilitação e o bem-estar dos pacientes. A demanda por profissionais é constante, 
e as perspectivas de crescimento e desenvolvimento de carreira são notáveis.
Portanto, ao construir a base do conhecimento sobre pacientes queimados e 
relacioná-la ao futuroambiente profissional, estamos fortalecendo a sua prepa-
ração para atender às necessidades da sociedade e contribuir significativamente 
para a saúde e a qualidade de vida da população. Conectando teoria e prática, 
estamos moldando profissionais capacitados, prontos para enfrentar os desafios 
e as oportunidades que o mercado de trabalho oferece.
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1. As queimaduras representam lesões nos tecidos decorrentes de diferentes formas de 
trauma, sejam elas causadas por calor intenso, eletricidade, substâncias químicas ou até 
mesmo radiação. Essas lesões podem variar em gravidade, abrangendo desde danos su-
perficiais na pele até comprometimentos mais profundos que afetam músculos, ossos 
e órgãos internos. Dentre as diversas formas de trauma que provocam queimaduras, as 
lesões térmicas continuam a ser as mais comuns no contexto geral.
Qual dos tipos de queimadura é resultante da exposição prolongada aos raios solares? 
Assinale a alternativa correta:
a) Queimaduras Térmicas.
b) Queimaduras Químicas.
c) Queimaduras Elétricas.
d) Queimaduras por Radiação.
e) Queimaduras Inalatórias.
2. As queimaduras são classificadas em diferentes graus, com características distintas para 
cada nível de lesão na pele. As queimaduras de primeiro grau são limitadas à camada mais 
superficial da pele, conhecida como epiderme. Geralmente, manifestam-se por vermelhi-
dão e dor moderada, sem formação de bolhas ou comprometimento dos anexos cutâneos. 
Normalmente, são tratadas com analgésicos e são frequentemente associadas à exposição 
excessiva ao sol. Já as queimaduras de segundo grau possuem duas subclasses. As superfi-
ciais atingem toda a epiderme e porções superficiais da derme, resultando em intensa dor, 
vermelhidão marcante, umidade na área afetada e formação de bolhas. Por outro lado, as 
queimaduras profundas afetam toda a epiderme e a camada reticular da derme, podendo 
levar a uma pele seca, com coloração rosa-pálido, comprometendo a vascularização e 
causando dor moderada. Por fim, as queimaduras de terceiro grau são as mais graves, com-
prometendo a epiderme, a derme e a camada subcutânea (hipoderme). A área afetada pode 
variar de palidez a tons avermelhados ou amarelados. Geralmente, não há sensibilidade 
devido ao dano nos nervos, o que resulta na ausência de dor na região afetada.
Considerando as características das queimaduras de segundo grau, analise as afirmativas 
a seguir:
I - Lesões que comprometem a epiderme, a derme e a camada subcutânea, levando à 
perda de sensibilidade na área afetada. 
II - Queimaduras que atingem a epiderme e a camada subcutânea, levando à palidez na 
área afetada.
III - Lesões que afetam apenas a epiderme, sem formação de bolhas.
AUTOATIVIDADE
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É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. Queimaduras de terceiro grau são lesões extremamente graves que afetam a pele e as 
camadas subjacentes. Nesse tipo de queimadura, há o comprometimento da epiderme, da 
derme e da camada subcutânea (hipoderme). A área afetada pode variar de palidez a tons 
avermelhados ou amarelados, dependendo da extensão do dano. Geralmente, a falta de 
sensibilidade ocorre devido ao dano nos nervos, resultando na ausência de dor na região 
afetada. Essas queimaduras podem ser um resultado de fontes extremamente intensas 
de calor, produtos químicos corrosivos ou exposição prolongada a radiação. É essencial 
buscar tratamento médico imediato em casos de queimaduras de terceiro grau, já que 
essas lesões geralmente requerem cuidados médicos e tratamentos especializados para 
minimizar complicações graves e promover a recuperação do paciente.
Quais são as características das queimaduras de terceiro grau? Assinale a alternativa correta:
a) Atingem apenas a camada mais superficial da pele, a epiderme, sem formação de bolhas.
b) Afetam toda a epiderme e a camada reticular da derme, levando à umidade na área 
afetada e formação de bolhas.
c) Comprometem a epiderme, a derme e a camada subcutânea, variando de palidez a tons 
avermelhados ou amarelados, geralmente, sem sensibilidade na região afetada. 
d) Danos que se limitam à epiderme e à camada subcutânea, levando a uma pele seca e 
coloração rosa pálido.
e) Lesões que não comprometem a epiderme, a derme e a camada subcutânea, resultando 
na ausência de sensibilidade na área afetada.
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REFERÊNCIAS
LIRA, R. A.; SILVA, V. T. B. L.; SOANÉGENES, M. Intervenção terapêutica ocupacional a paciente 
vítima de queimadura elétrica na fase aguda. Revista Brasileira de Queimaduras, v. 12, n. 1, p. 
37-41, 2013.
MARTINS, G. et al. Pioderma gangrenoso extenso em um paciente não aderente ao tratamento. 
Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, v. 71, n. 3, p. 393-397, 2013. 
RODRIGUES JÚNIOR, J. L.; BASTOS, N. N. A.; COELHO, P. A. S. Terapia ocupacional em queima-
dos: pesquisa bibliográfica acerca da reabilitação física junto a indivíduos com queimadu-
ras . Revista Brasileira de Queimaduras, v. 13, n. 1, p. 11-17, 2014.
SBCP. Queimaduras: Diagnóstico e Tratamento Inicial. São Paulo: SBCP, 2008.
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1. Opção D. Queimaduras por radiação: essas queimaduras resultam da exposição prolongada 
a raios solares, que são uma forma de radiação. As queimaduras por radiação podem ocorrer 
devido à exposição excessiva à luz solar sem proteção adequada, resultando em danos à pele.
2. Opção A As queimaduras de segundo grau representam lesões que comprometem a epi-
derme, derme e a camada subcutânea, levando à perda de sensibilidade na área afetada. 
3. Opção C. As queimaduras de terceiro grau, também conhecidas como queimaduras de es-
pessura total, afetam todas as camadas da pele, incluindo a epiderme, a derme e a camada 
subcutânea. Podem variar em coloração de palidez a tons avermelhados ou amarelados. 
Geralmente, a área afetada perde a sensibilidade devido à destruição dos nervos na região.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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UNIDADE 3
MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL EM 
DISFUNÇÕES TRAUMATO-
ORTOPÉDICAS HOSPITALARES 
Conhecer a aplicabilidade da Terapia Ocupacional no contexto hospitalar para pacientes 
com disfunções traumato-ortopédicas. 
Desenvolver as habilidades de avaliação e criação de planos terapêuticos personalizados. 
Aprender a trabalhar de maneira eficaz em equipes multidisciplinares. 
Conhecer técnicas específicas, como mobilização precoce e adaptações ambientais.
Compreender as implicações psicossociais das disfunções traumato-ortopédicas e apli-
car estratégias terapêuticas. 
Desenvolver habilidades educativas para capacitar pacientes e familiares no processo de 
reabilitação. 
Adotar uma abordagem de aprendizado contínuo, buscando atualizações e avanços na 
terapia ocupacional.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 7
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste tema, você deve estar se perguntando: pacientes com disfun-
ções traumato-ortopédicas? Terapia Ocupacional? Qual é a importância dela? Será 
que realmente ingressarei nessa área hospitalar no meu dia a dia como profissional?
Para que possamos compreender a temática, utilizaremos um exemplo bem 
amplo e possível.
Suponha que você, profissional, está atuando em um hospital referência em 
trauma, e um paciente é encaminhado até você pelo médico ortopedista. Esse pa-
ciente teve lesão de plexo braquial. Dessa forma, emergem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais serão os objetivos com esse paciente? De que forma 
atuaremos em disfunções ortopédicas? O que faremos com os resultados obtidos?
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo profis-
sional de Terapia Ocupacional parecem simples. Contudo, para que a sua provo-
cação seja efetiva e a compreensão do paciente e dos respectivos familiares seja 
significativa para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance as 
respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará, conversaráe analisará o paciente, incluindo a história clínica 
dele e o período desde que ele iniciou a internação, com o intuito de criar, planejar 
e executar os melhores objetivos, ou seja, aqueles que mais auxiliam o paciente, 
seja adaptando materiais no hospital, seja pensando em novas formas de realizar 
as mesmas tarefas que ele fazia antes de ser internado.
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos am-
bientar com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
os membros de sua família, perguntando se eles já tiveram algum tipo de fratura 
óssea. Diante de tudo o que discutimos até o momento, faça as suas anotações. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
Escreva os resultados da sua pesquisa com os seus familiares. Anote, também, 
as dificuldades que eles tiveram para realizar as tarefas de vida diárias e como foi o 
afastamento do trabalho, dos filhos e até mesmo da própria casa. Faça essa reflexão. 
Preparado(a) para desvendar o universo das órteses e a interseção vital delas com 
a terapia ocupacional? Junte-se a nós neste podcast exclusivo, em que mergu-
lharemos nos fundamentos desses dispositivos e exploraremos como a Terapia 
Ocupacional molda escolhas terapêuticas. Não perca as perspectivas futuras, en-
quanto desvendamos os papéis transformadores da Terapia Ocupacional e das 
órteses na jornada de reabilitação de pacientes com disfunções traumato-ortopé-
dicas. Vamos embarcar nessa incrível jornada de aprendizado e inovação! Aces-
se! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? A traumato-ortopedia constitui uma área de ampla 
atuação do Terapeuta Ocupacional. Existe, inclusive, uma sociedade brasileira 
para estudos e fóruns sobre essa área. Ficou curioso(a) para saber mais? Assista 
à entrevista a seguir com a doutora Ana Maria Paim, terapeuta ocupacional 
especialista em traumato-ortopedia.
https://www.youtube.com/watch?v=S0Z8P_w4V0U
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL 
FRATURAS ÓSSEAS: CLASSIFICAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E 
INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS
O advento da Terapia Ocupacional (TO) na ortopedia após a Segunda Guerra 
Mundial representa um período de notável expansão e desenvolvimento dessa 
disciplina. Durante o pós-guerra, a necessidade de reabilitação de um grande 
número de veteranos com lesões traumáticas e ortopédicas trouxe à tona a impor-
tância crucial da TO nesse contexto. Os terapeutas ocupacionais desempenharam 
um papel pioneiro na abordagem desses casos, utilizando estratégias inovadoras 
para promover a reintegração dos soldados feridos à vida cotidiana.
Nesse cenário desafiador, a TO emergiu como uma disciplina essencial na 
reabilitação ortopédica, destacando-se pela ênfase na recuperação funcional e na 
adaptação às atividades diárias. A abordagem centrada no paciente, com foco 
não apenas nas limitações físicas, mas também nas metas ocupacionais indivi-
duais, tornou-se uma característica distintiva da Terapia Ocupacional na ortope-
dia pós-guerra. A partir desse período, a TO consolidou o papel dela como uma 
aliada fundamental no processo de reabilitação ortopédica, influenciando posi-
tivamente as práticas de cuidado e promovendo avanços significativos no campo.
A história da Terapia Ocupacional na ortopedia vem sendo marcada por avanços 
significativos que transformaram a abordagem de tratamento para os pacientes 
com disfunções traumato-ortopédicas. Ao longo do tempo, os terapeutas 
ocupacionais têm desempenhado um papel crucial na promoção da recuperação 
e da reintegração desses pacientes, abordando não somente as limitações físicas, 
mas também as dimensões emocionais e sociais relacionadas a essas lesões.
A importância da Terapia Ocupacional na ortopedia reside na capacidade única 
dela de compreender as necessidades ocupacionais específicas de cada indivíduo 
e desenvolver intervenções personalizadas para otimizar a funcionalidade e a 
qualidade de vida. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A atuação dos profissionais de Terapia Ocupacional vai além da simples res-
tauração física, estendendo-se à promoção da independência e ao empodera-
mento dos pacientes, a fim de que possam retomar as atividades diárias com 
confiança e autonomia. Com uma abordagem holística e centrada na pessoa, a 
Terapia Ocupacional, na ortopedia, desempenha um papel essencial na trajetória 
de recuperação, contribuindo para o bem-estar global e a reinserção social dos 
indivíduos afetados por lesões traumáticas ortopédicas (TROMBLY, 1993).
Soul Surfer 
Com o intuito de ilustrar outra área da traumato-ortopedia, re-
comendo assistir ao filme Soul Surfer, dirigido por Sean McNa-
mara e lançado em 2011. O filme é baseado na história real da 
surfista Bethany Hamilton (AnnaSophia Robb), a qual nasceu 
praticamente na praia e é uma jovem e premiada surfista. Ao 
ser atacada por um tubarão, ela perde o braço esquerdo, mas 
conta com o apoio dos pais (Dennis Quaid e Helen Hunt), da 
melhor amiga Sarah (Carrie Underwood) e dos fãs para voltar a 
cair na água. Essa história de superação mostra como, apesar 
de uma grande lesão, podemos recomeçar e retomar as nos-
sas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD), papel crucial 
do profissional de Terapia Ocupacional.
INDICAÇÃO DE FILME
As fraturas representam interrupções na continuidade do osso e podem ocorrer 
de diversas formas. Elas são classificadas de acordo com diferentes critérios, como 
a exposição do osso, o padrão de fratura e o número de fragmentos. A classificação 
das fraturas é fundamental para direcionar abordagens terapêuticas específicas.
As fraturas abertas, também conhecidas como fraturas expostas, ocorrem 
quando há uma comunicação entre a fratura e o meio externo, podendo ser 
causadas por ferimentos penetrantes ou traumas que levam à ruptura da pele. 
Esse tipo de fratura aumenta o risco de infecções e exige atenção imediata, muitas 
vezes, com intervenção cirúrgica para limpeza e fixação dos fragmentos ósseos.
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Por outro lado, as fra-
turas fechadas ocorrem 
sem rompimento da pele 
adjacente à área fratura-
da. Embora, geralmente, 
sejam associadas a menores riscos de infecção em comparação às fraturas abertas, 
ainda demandam avaliação e tratamento adequados.
Além da classificação de acordo com o tipo de lesão, também podemos clas-
sificar a fratura em traumática, por estresse e em osso patológico.
Figura 1 – Fraturas aberta e 
fechada
Descrição da Imagem: é 
exposta a estrutura de uma 
perna. À esquerda, uma fratu-
ra óssea é visível através da 
pele; à direita, a estrutura ós-
sea exibe uma fratura interna.
FRATURAS TRAUMÁTICAS:
ocorrem por causa da aplicação de uma força maior que a resistência do osso. Elas 
ocorrem como consequência de grandes impactos, como uma queda.
FRATURAS POR ESTRESSE:
são ocasionadas por uma sobrecarga constante sobre os ossos em virtude de ativida-
des de grande intensidade. É comum em atletas, dançarinos e militares.
FRATURAS EM OSSO PATOLÓGICO: 
ocorrem como consequência de uma alteração na estrutura do osso. Normalmente, 
esse problema está relacionado a neoplasias (tumores), mas pode ter outras causas.
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Nas classificações das fraturas, também temos aquelas que se dão de acordo com 
o número de fragmentos ósseos e a localização da lesão.
As fraturas cominutivas se caracterizam pela presença de múltiplos fragmentos 
ósseos, o que pode ocorrer devido a forças significativas no momento da lesão. Esse 
tipo de fratura pode tornar o processo de cicatrização mais desafiador, exigindo 
frequentemente intervenções cirúrgicas para realinhar e fixar os fragmentos.
Figura 2 – Classificação dos tipos de fraturas
Descrição da Imagem: sequencialmente, são demonstradas as classificações de fraturas ósseas. Temos fraturas 
transversais na horizontal, longitudinaisna vertical, oblíquas expostas na diagonal, oblíquas desviadas com 
separação na diagonal, espirais com setas ao redor mostrando movimento espiral, fraturas simples com pequena 
quebra, e cominutivas, representadas por uma fratura fragmentada.
Outros critérios para classificação incluem a localização da fratura no osso (dia-
fisárias, metafisárias ou epifisárias, por exemplo) e o padrão específico da lesão, 
como transversal, oblíqua, espiral ou cominutiva (SBOT, 2010). O tratamento 
das fraturas varia conforme a complexidade do caso e o profissional de Terapia 
Ocupacional desempenha um papel crucial na reabilitação, focando na restau-
ração da funcionalidade e na promoção da independência do paciente.
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Terapia Ocupacional em disfunções traumato-ortopédicas 
hospitalares
A Terapia Ocupacional (TO) desempenha um papel vital no contexto hospi-
talar, especialmente no tratamento de pacientes com disfunções traumato-or-
topédicas. O profissional dessa especialidade busca promover a reabilitação por 
meio de intervenções que visam restaurar a funcionalidade e a independência 
do indivíduo após lesões ortopédicas significativas. No cenário hospitalar, local 
onde a abordagem multidisciplinar é essencial, os terapeutas ocupacionais de-
sempenham um papel crucial na equipe de saúde.
O conhecimento profundo em anatomia, fisiologia e patologia ortopédica te ca-
pacitará a compreender as especificidades das lesões e a personalizar os planos tera-
pêuticos de acordo com as necessidades de cada paciente. A avaliação detalhada das 
limitações funcionais, das atividades diárias comprometidas e das necessidades ocu-
pacionais específicas permite o desenvolvimento de intervenções precisas e eficazes.
As intervenções terapêuticas na área de traumato-ortopédica incluem desde 
mobilizações precoces e treinamento de atividades diárias até adaptações 
ambientais. No caso de cirurgias ortopédicas, a TO desempenha um papel crucial 
no preparo e na recuperação pós-operatória, contribuindo para a minimização de 
complicações e promovendo a reintegração do paciente na rotina diária dele. 
Portanto, o(a) profissional de Terapia Ocupacional pode se fazer presente na área 
da ortopedia desde o período pré-operatório, orientando o paciente e realizando 
mobilização, a fim de otimizar o processo de recuperação pós-operatório, trocando 
informações com a equipe multi, até participar da cirurgia, com o intuito de analisar 
a técnica que foi usada pelo médico, a fim de proporcionar uma recuperação mais 
rápida e menos dolorosa para o paciente, Além disso, a TO reconhece as dimensões 
biopsicossociais do paciente, considerando não apenas os aspectos físicos, mas 
também os cognitivos e emocionais. Estratégias terapêuticas são desenvolvidas 
para abordar não apenas a lesão física, mas também as possíveis repercussões psi-
cossociais associadas, promovendo uma recuperação abrangente.
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A participação ativa do paciente e o envolvimento da família são incentivados. A 
educação é uma ferramenta essencial na promoção da continuidade dos cuida-
dos após a alta hospitalar. Os terapeutas ocupacionais desempenham um papel 
educativo, ao capacitarem os pacientes e os respectivos familiares para que com-
preendam os cuidados necessários, façam a adesão aos planos de tratamento e 
contribuam ativamente para a recuperação. Isso inclui cuidados com a lesão e os 
pontos, hidratação da cicatriz, controle cicatricial, aumento da amplitude de movi-
mento e diminuição de edemas por meio de massagens retrógradas, dentre outros.
Em suma, a Terapia Ocupacional no contexto hospitalar para pacientes com 
disfunções traumato-ortopédicas é fundamentada em um profundo conheci-
mento técnico e na aplicação de abordagens personalizadas. A capacidade de 
integrar aspectos físicos, emocionais e sociais faz da TO uma peça-chave na pro-
moção da recuperação integral desses pacientes, contribuindo significativamente 
para a melhoria da qualidade de vida e independência após lesões ortopédicas.
Vamos pensar juntos?
Considere um paciente internado com uma lesão na falange, especificamente 
na mão dominante, o que impacta significativamente as atividades cotidianas. O 
terapeuta ocupacional desempenha um papel crucial na abordagem terapêutica 
para garantir que o paciente recupere a funcionalidade e a independência nas 
próprias atividades diárias.
Ao avaliar o paciente, o terapeuta ocupacional identifica as limitações decor-
rentes da lesão, como a redução da amplitude de movimento, a dor e a possível 
necessidade de imobilização temporária. Diante desse quadro, as intervenções 
podem incluir exercícios específicos para promover a mobilidade, técnicas de 
controle da dor, estratégias de adaptação e até mesmo prescrição de uma tala 
gessada ou uma órtese.
No contexto das atividades diárias, o terapeuta ocupacional trabalha com o 
paciente em tarefas práticas. Por exemplo, no momento de se alimentar, o foco 
pode se dar na utilização de talheres adaptados, minimizando a sobrecarga na mão 
afetada. O profissional também pode apresentar ao paciente técnicas de adaptação 
ao vestir roupas, ensinando métodos que reduzam a pressão sobre a mão lesionada.
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Além disso, o terapeuta ocupacional pode oferecer sugestões para a realização 
de tarefas domésticas, como estender roupas. Isso pode envolver a introdução de 
dispositivos auxiliares, instruções sobre posturas adequadas e estratégias para evitar 
a sobrecarga na mão lesionada. Não só, mas também abarca adaptações para a rea-
lização de forma mais independente e autônoma de atividades que envolvam a mão 
lesionada mesmo em período hospitalar, pensando, inclusive, no processo pós-alta.
Ao longo do processo de reabilitação, o terapeuta ocupacional monitora o 
progresso do paciente, ajustando as intervenções conforme necessário. A abor-
dagem centrada nas atividades do cotidiano não apenas acelera a recuperação 
física, mas também fortalece a confiança do paciente, permitindo uma reinte-
gração mais suave às ocupações habituais.
Diante disso, o exemplo exposto ilustra a maneira como você, futuro(a) profis-
sional, poderá atuar de maneira holística, considerando não somente a lesão física, 
mas também as implicações nas atividades diárias. A personalização do plano de 
tratamento objetiva não apenas a recuperação da função física, mas a promoção 
da independência e da qualidade de vida do paciente após uma lesão na falange.
Técnicas específicas da Terapia Ocupacional
A Terapia Ocupacional, no contexto da ortopedia, desempenha um papel funda-
mental na promoção da funcionalidade e independência dos pacientes. Diversas 
técnicas são empregadas para otimizar a recuperação, dentre as quais se destacam 
a mobilização precoce e as adaptações ambientais. Neste material, exploraremos a 
aplicação dessas técnicas, destacando a relevância delas no processo terapêutico, 
e os benefícios proporcionados aos indivíduos em recuperação ortopédica.
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 Mobilização precoce 
 A mobilização precoce se refere à iniciativa 
de iniciar atividades físicas e funcionais o 
mais cedo possível após procedimentos 
cirúrgicos ou lesões ortopédicas. Essa 
abordagem visa prevenir complicações 
associadas ao repouso prolongado, como 
a perda de massa muscular, a trombose 
venosa profunda e a redução da capacidade 
pulmonar. No âmbito da terapia ocupacional, 
a mobilização precoce é implementada por 
meio de exercícios específicos adaptados ao 
estado clínico do paciente. Essa intervenção 
não somente acelera a recuperação física, 
mas também contribui para a melhoria da 
autoestima, confiança e qualidade de vida.
Adaptações ambientais 
As adaptações ambientais são estratégias 
voltadas para a modificação do ambiente em 
que o paciente está inserido, visando facilitar a 
realização das atividades diárias. No contexto 
ortopédico, essas adaptações podem 
variar desde a disposição de móveis até a 
implementação de tecnologias assistivas.O profissional de Terapia Ocupacional 
desempenha um papel essencial na 
identificação das necessidades específicas 
de cada paciente e na personalização dessas 
adaptações.
Isso pode incluir a instalação de corrimãos, 
a modificação da altura de superfícies 
de trabalho, a introdução de dispositivos 
de auxílio, entre outras estratégias. As 
adaptações ambientais visam maximizar a 
independência do paciente, promovendo a 
participação ativa dele nas atividades diárias 
(CASE-SMITH, 2003).
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Controle cicatricial na Terapia Ocupacional 
O controle cicatricial é uma técnica essencial 
na terapia ocupacional voltada para pacientes 
com lesões ortopédicas. Após procedimentos 
cirúrgicos ou lesões traumáticas, a formação 
de cicatrizes pode impactar a mobilidade e a 
funcionalidade. Nesse contexto, o terapeuta 
ocupacional desempenha um papel 
crucial no controle da cicatrização, usando 
técnicas específicas para promover uma 
cicatrização adequada e minimizar possíveis 
complicações. Massagens suaves, exercícios 
de mobilidade e orientações sobre cuidados 
com a pele são algumas das abordagens 
adotadas para garantir que o processo 
cicatricial não comprometa a amplitude de 
movimento e a funcionalidade do paciente.
Treino de Atividades de Vida Diária (AVDs) 
O treino de Atividades de Vida Diária (AVDs) é 
uma estratégia central na terapia ocupacional 
ortopédica. As AVDs compreendem 
as atividades básicas e instrumentais 
necessárias para o autocuidado e a 
participação plena na vida cotidiana. Após 
lesões ortopédicas, os pacientes podem 
enfrentar desafios significativos na execução 
dessas atividades. O terapeuta ocupacional 
trabalha de maneira personalizada, 
identificando as limitações específicas de 
cada paciente e desenvolvendo programas 
de treinamento adaptados. 
Isso pode incluir exercícios para aprimorar a 
coordenação e promover o fortalecimento 
muscular direcionado e estratégias para 
facilitar a execução de tarefas, como vestir-
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Essas técnicas contribuem para uma abordagem abrangente da Terapia Ocupa-
cional no contexto ortopédico. Ao integrarem o controle cicatricial ao treino de 
AVDs, os terapeutas ocupacionais objetivam não apenas a recuperação funcio-
nal, mas a capacitação dos pacientes, a fim de que eles retornem às atividades 
cotidianas de maneira independente e eficaz.
Amputação e importância da Terapia Ocupacional
A amputação é um procedimento cirúrgico (ou pode ser ocasionada por um 
grande trauma físico, tal como um acidente) em que uma parte do corpo é re-
movida, geralmente, devido a lesões graves, doenças ou condições médicas. 
se, alimentar-se e realizar a higiene pessoal. O treino de AVDs visa não apenas à 
recuperação física, mas também à reintegração efetiva do paciente às atividades 
diárias, promovendo independência e qualidade de vida.
Vamos saber mais sobre o processo de protetização? No vídeo a seguir, o fisiotera-
peuta Anderson Nolé nos explica mais esse processo. https://www.youtube.com/
watch?v=Wf3UzSS9FC4
EU INDICO
Essa intervenção drástica pode afetar significativamente a vida de uma pessoa, 
tanto física quanto emocionalmente. Existem diferentes tipos de amputações, 
dependendo da extensão da remoção do tecido.
Amputação traumática: 
Resulta de lesões causadas por acidentes, como acidentes de trânsito, quedas ou 
ferimentos graves.
Amputação cirúrgica: 
Pode ocorrer como parte do tratamento para doenças vasculares, câncer ou infecções 
graves. Nesses casos, a remoção é cuidadosamente planejada para controlar a 
propagação da doença.
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Amputação congênita: 
Algumas pessoas nascem com deformidades ou anomalias que podem levar à 
necessidade de amputação, embora isso seja menos comum.
Amputação de membros superiores e inferiores: 
Pode envolver a remoção de membros superiores (braços) ou inferiores (pernas), 
afetando de maneira única a funcionalidade e a adaptação do indivíduo.
A amputação não é apenas uma questão física: ela pode impactar profundamente 
o bem-estar emocional, a autoestima e a qualidade de vida de uma pessoa. Nesse 
contexto, o profissional de Terapia Ocupacional desempenha um papel crucial 
na reabilitação e na adaptação pós-amputação.
Dentre a importância da Terapia Ocupacional em um paciente amputado, 
segundo Marinho (2015), podemos destacar:
REABILITAÇÃO FUNCIONAL: 
A Terapia Ocupacional visa restaurar e melhorar as habilidades motoras e funcionais 
do paciente, ajudando na adaptação a novas circunstâncias.
TREINAMENTO PROTÉTICO:
Para amputações de membros, a Terapia Ocupacional auxilia na aceitação e no uso 
efetivo de próteses, promovendo a independência e a mobilidade.
DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES:
Ajuda na aquisição de novas habilidades para realizar atividades diárias, adaptando-as 
às capacidades do indivíduo.
APOIO:
Oferece suporte emocional, ajudando o paciente a lidar com o luto pela perda do 
membro e a construir uma nova identidade e esquemas e imagens corporais.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A amputação pode ser um desafio significativo, mas, com o apoio adequado, 
incluindo o profissional de Terapia Ocupacional, muitos indivíduos conseguem 
superar as dificuldades, adaptar-se às mudanças e levar vidas plenas e produtivas.
Em síntese, a Terapia Ocupacional desempenha um papel vital no contexto 
ortopédico, ao utilizar técnicas, como mobilização precoce, adaptações ambien-
tais, controle cicatricial e treino de Atividades de Vida Diária (AVDs). Ao inte-
grarem essas abordagens, os terapeutas ocupacionais buscam não apenas acelerar 
a recuperação física, mas também capacitar os pacientes a retomar as atividades 
cotidianas de maneira independente e eficaz. Essa abordagem holística visa não 
apenas à funcionalidade física, mas também à melhoria da autoestima, confiança 
e qualidade de vida, proporcionando benefícios duradouros aos indivíduos em 
processo de recuperação ortopédica.
Ao estudarmos a amputação, reconhecemos as complexidades física e emocional 
dessa intervenção. Nesse cenário desafiador, a Terapia Ocupacional se destaca como 
uma aliada essencial na reabilitação pós-amputação. A partir da reabilitação funcio-
nal, do treinamento protético, do desenvolvimento de habilidades, do apoio emo-
cional, da integração social e da melhoria da qualidade de vida, os profissionais de 
Terapia Ocupacional desempenham um papel crucial na promoção da adaptação e 
na construção de uma nova identidade para os indivíduos, permitindo-lhes superar 
desafios e viver de maneira plena e produtiva (MARINHO, 2015).
INTEGRAÇÃO SOCIAL:
Facilita a reintegração do indivíduo na sociedade, promovendo a participação ativa em 
atividades sociais, educacionais e profissionais.
MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA:
A Terapia Ocupacional trabalha para melhorar a qualidade de vida do paciente, pro-
movendo independência e autonomia.
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NOVOS DESAFIOS
A profunda compreensão do papel do terapeuta ocu-
pacional em pacientes com disfunções traumato-orto-
pédicas é fundamental para te preparar, futuro(a) pro-
fissional, para o mercado de trabalho. Ao abordarmos a 
prática da Terapia Ocupacional, abrimos portas para a 
aplicação dos conhecimentos teóricos em cenários reais, 
sejam clínicas, sejam hospitais.
A compreensão das fraturas e da correta reabilita-
ção delas emerge como uma ferramenta indispensável 
para compreender integralmente os pacientes, permi-
tindo uma abordagem holística durante a recuperação. 
As avaliações, tais como entender o papel ocupacional 
do paciente e o que ele está deixando de realizar após a 
lesão, destacam-se como instrumentos que auxiliam na 
definição de metas terapêuticas personalizadas.
É a aplicação desses conhecimentos que permite que 
os terapeutas ocupacionais desenvolvam estratégias tera-
pêuticas eficazes para melhorar a qualidade de vida dos 
pacientes, promovendo a independência e a funcionali-
dade deles. É preciso, para tanto, atentar-se à autoestima 
e ao psicossocial do paciente, incluindoo modo como 
será o retorno dele à sociedade, ao trabalho e aos res-
pectivos afazeres. 
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 7
A conexão entre a teoria e a prática se traduz diretamente nas suas perspectivas 
de carreira. À medida que você for adquirindo experiência em setores de traumato-
ortopedia, será capacitado(a) para que se torne um(a) profissional altamente 
competente e cobiçado(a). Hospitais, clínicas e instituições de saúde buscam terapeutas 
ocupacionais capazes de lidar com uma variedade de condições clínicas e promover a 
reabilitação e o bem-estar dos pacientes. A demanda por profissionais é constante, e as 
perspectivas de crescimento e desenvolvimento de carreira são notáveis.
Portanto, ao construirmos a base do conhecimento sobre pacientes com fraturas 
e relacionarmos ao futuro ambiente profissional, estamos fortalecendo a sua pre-
paração para atender às necessidades da sociedade e contribuir significativamen-
te para a saúde e a qualidade de vida da população. Conectando teoria e prática, 
estamos moldando profissionais capacitados, isto é, prontos para enfrentar os 
desafios e as oportunidades que o mercado de trabalho oferece.
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1. A história da Terapia Ocupacional na ortopedia vem sendo marcada por avanços signifi-
cativos que transformaram a abordagem de tratamento para pacientes com disfunções 
traumato-ortopédicas. Ao longo do tempo, os terapeutas ocupacionais têm desempenhado 
um papel crucial na promoção da recuperação e reintegração desses pacientes, abordando 
não apenas as limitações físicas, mas também as dimensões emocionais e sociais relacio-
nadas a essas lesões.
De acordo com o enunciado, qual é uma das características distintivas da atuação da Terapia 
Ocupacional na ortopedia? Assinale a alternativa correta:
a) Ênfase exclusiva nas limitações físicas.
b) Abordagem apenas das dimensões emocionais.
c) Foco irrestrito na restauração física.
d) Ênfase na recuperação funcional e adaptação ocupacional.
e) Abordagem unicamente centrada na promoção da independência.
2. As fraturas fechadas ocorrem sem rompimento da pele adjacente à área fraturada. Embora, 
geralmente, sejam associadas a menores riscos de infecção em comparação às fraturas 
abertas, ainda demandam avaliação e tratamento adequados.
Com base no enunciado, analise as afirmativas a seguir, que tratam das principais diferenças 
entre as fraturas abertas e fechadas:
I - Fraturas fechadas apresentam uma comunicação com o meio externo.
II - Fraturas abertas estão associadas a menores riscos de infecção.
III - Fraturas abertas geralmente demandam menos tratamento do que as fraturas fechadas.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. A Terapia Ocupacional (TO) desempenha um papel vital no contexto hospitalar, em especial, 
no tratamento de pacientes com disfunções traumato-ortopédicas. No cenário hospitalar, 
local onde a abordagem multidisciplinar é essencial, os terapeutas ocupacionais desem-
penham um papel crucial na equipe de saúde. As intervenções terapêuticas feitas na área 
de traumato-ortopédica incluem desde mobilizações precoces e treinamento de atividades 
diárias até adaptações ambientais.
De acordo com o enunciado, por que a abordagem multidisciplinar é considerada essencial 
no contexto hospitalar para pacientes com disfunções traumato-ortopédicas? Assinale a 
alternativa correta:
a) Para reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas.
b) Para promover a independência do paciente apenas no período pós-operatório.
c) Para minimizar complicações e facilitar a reintegração do paciente na rotina diária.
d) Para limitar a participação ativa do paciente no processo de recuperação.
e) Para focar exclusivamente na dimensão física do tratamento.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
CASE-SMITH, J. Outcomes in hand rehabilitation using occupational therapy services. The Ame-
rican Journal of Occupational Therapy, v. 57, n. 5, p. 499-506, 2003.
MARINHO, C. de C. Protocolo para prescrição de órteses: uma proposta da Terapia Ocupacio-
nal em traumatologia e ortopedia no HRBA. Santarém: [s. n.], 2015. 
SBOT. Manual básico de ortopedia. [S. l.]: SBOT, 2010.
TROMBLY, C. Anticipating the future: assessment of occupational function. The American Jour-
nal of Occupational Therapy, v. 47, n. 3, p. 253-257, 1993.
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1. Opção D. A alternativa correta destaca uma das características distintivas da atuação da Te-
rapia Ocupacional na ortopedia mencionada no texto. A abordagem da Terapia Ocupacional 
não se limita apenas à restauração física, mas também enfatiza a recuperação funcional e 
a adaptação ocupacional, considerando as metas individuais e as dimensões emocionais e 
sociais dos pacientes. Essa abordagem mais abrangente frisa a importância de não apenas 
superar as limitações físicas, mas também promover a reintegração completa dos indivíduos 
afetados por lesões traumáticas ortopédicas.
As demais opções são consideradas incorretas porque:
Ênfase exclusiva nas limitações físicas: o texto destaca que a abordagem vai além das limi-
tações físicas, abrangendo os aspectos emocionais e sociais.
Abordagem apenas das dimensões emocionais: a Terapia Ocupacional na ortopedia aborda 
tanto as dimensões emocionais quanto as limitações físicas e a recuperação funcional.
Foco irrestrito na restauração física: a abordagem da Terapia Ocupacional não é restrita 
apenas à restauração física, incluindo considerações ocupacionais e emocionais.
Abordagem unicamente centrada na promoção da independência: embora a promoção 
da independência seja parte da abordagem, a Terapia Ocupacional vai além, incluindo a 
recuperação funcional e a adaptação ocupacional.
2. Opção B. A proposição correta destaca a principal diferença entre fraturas abertas e fecha-
das. O enunciado indica que, embora as fraturas fechadas estejam geralmente associadas 
a menores riscos de infecção em comparação com as fraturas abertas, ainda assim, de-
mandam avaliação e tratamento adequados. A ideia central é a de que as fraturas abertas, 
frequentemente, exigem uma atenção mais imediata e intervenções, enquanto as fechadas, 
embora menos propensas a infecções, não são isentas de cuidados e tratamento.
As demais opções são consideradas incorretas porque:
Fraturas fechadas apresentam uma comunicação com o meio externo: essa afirmação é 
falsa, pois fraturas fechadas não têm comunicação com o meio externo.
Fraturas abertas estão associadas a menores riscos de infecção: embora o texto mencione 
que as fraturas abertas estão associadas a maiores riscos de infecção, a ênfase está na com-
paração com as fraturas fechadas, e não em afirmar que são associadas a menores riscos.
3. Opção C. A abordagem multidisciplinar é considerada essencial no contexto hospitalar para 
pacientes com disfunções traumato-ortopédicas, porque minimiza complicações e facilita a 
reintegração do paciente à rotina diária. A colaboração entre profissionais de diferentes áreas, 
incluindo terapeutas ocupacionais, é fundamental para garantir uma abordagem abrangente 
e eficaz no tratamento desses pacientes, considerando não apenas a dimensão física, mas 
também os aspectos emocionais, sociais e cognitivos.
GABARITO
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As demais opções são consideradas incorretas porque:
Para reduzir a necessidade de intervenções cirúrgicas: a abordagem multidisciplinar pode 
envolver intervenções cirúrgicas, quando necessário, mas não tem o principal objetivo de 
reduzir a necessidade de cirurgias.
Para promover a independência do paciente apenas no período pós-operatório: a abor-
dagem multidisciplinar visa promover a independência ao longo de todo o processo de 
tratamento, e não apenas no pós-operatório.
Para limitar a participação ativa do paciente no processo de recuperação: pelocontrário, 
a abordagem multidisciplinar visa incentivar a participação ativa do paciente no processo 
de recuperação.
Para focar exclusivamente na dimensão física do tratamento: a abordagem multidisciplinar 
considera diversas dimensões, incluindo a física, a emocional, a social e a cognitiva.
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
TERAPIA OCUPACIONAL EM 
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 
(NEONATAL - PEDIÁTRICA - ADULTA)
Conceituar o papel do terapeuta em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e neonatal.
Entender a importância da Terapia Ocupacional neonatal na vinculação pais-bebê.
Analisar o impacto da Terapia Ocupacional na redução do tempo de internação em UTIs 
adultas.
Avaliar a contribuição da Terapia Ocupacional na transição da UTI para a reabilitação
Adaptar as intervenções da Terapia Ocupacional para neonatos, crianças e adultos.
Avaliar o papel da Terapia Ocupacional na promoção do bem-estar emocional de pacien-
tes e familiares.
Adaptar técnicas de Terapia Ocupacional para atender necessidades específicas em 
diferentes faixas etárias.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 8
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste tema, você deve estar se perguntando: pacientes adultos e 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI)? Crianças em UTI neonatal? Terapia Ocupa-
cional? Qual é a importância dela? Como ela pode influenciar a minha vida? Será 
que realmente ingressarei nesta área hospitalar no meu dia a dia como profissional?
Para que possamos compreender, usaremos um exemplo bem amplo e possí-
vel. Imagine que você, profissional, está atuando em um hospital materno infantil, 
e o médico pediatra intensivista te chama para atender a um bebê que nasceu de 
30 semanas e está na UTI neonatal. Dessa forma, surgem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com esse bebê tão pequeno? De que 
maneira atuaremos para a melhoria dele? O que faremos com os resultados disso? 
Quais são os objetivos? 
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo profis-
sional de Terapia Ocupacional parecem simples. Contudo, para que a sua provo-
cação seja efetiva e a compreensão do paciente e dos respectivos familiares seja 
significativa para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance as 
respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará o paciente e conversará com a equipe médica, de enfermagem 
e de fisioterapia, com o intuito de analisar o paciente, incluindo a história clínica 
dele e o período desde que ele iniciou a internação, com o intuito de criar, planejar 
e executar os melhores objetivos, isto é, aqueles que mais auxiliam o paciente, 
seja adaptando materiais no hospital, seja pensando em formas de estimulação 
global, seja transmitindo orientações aos pais.
Considere a situação hipotética exposta e, para que possamos nos ambien-
tar com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
os membros de sua família e conhecidos, perguntando se eles conhecem algum 
bebê que nasceu e precisou ir para a UTI. Diante de tudo o que discutimos até o 
momento, faça as suas anotações. 
Escreva os resultados da sua pesquisa com os seus familiares e conhecidos. 
Anote, também, as dificuldades que eles tiveram para fazer as tarefas de vida 
diárias, enquanto pais, e como foi o processo de recuperação da criança ou do 
bebê até o momento de alta. Faça essa reflexão. 
Preparado(a) para desvendar o universo da UTI pediátrica com a Terapia Ocupa-
cional? Junte-se a nós neste podcast exclusivo, em que mergulharemos nos fun-
damentos desses dispositivos e exploraremos como a Terapia Ocupacional molda 
escolhas terapêuticas. Não perca as perspectivas futuras, enquanto desvendamos 
o papel transformador da Terapia Ocupacional junto com as crianças em perío-
dos de internação. Vamos embarcar juntos nessa incrível jornada de aprendizado 
e inovação! Acesse! Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do am-
biente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? A Terapia Ocupacional e a UTI constituem uma área 
de ampla atuação do(a) Terapeuta Ocupacional, o qual pode atuar em UTI adulto, 
infantil e até mesmo na UTI neonatal. Ficou curioso(a) para saber mais? Assista ao 
vídeo TO em Casa, com a doutora Julia Leal, que entrevista a doutora Nathalia 
sobre a atuação do terapeuta ocupacional na UTI neonatal. https://www.youtube.
com/watch?v=c1y1gqw9I6c
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
CONCEITUANDO A TERAPIA OCUPACIONAL E A UTI
A Terapia Ocupacional em Unidades De Terapia Intensiva (UTI) se refere à 
aplicação de intervenções baseadas em atividades e ocupações para promover a 
recuperação funcional e a qualidade de vida de pacientes que estão hospitalizados 
em unidades de cuidados intensivos. Essa abordagem reconhece a importância 
das atividades significativas na reabilitação física, cognitiva, emocional e social 
dos pacientes críticos. 
Os terapeutas ocupacionais adaptam as intervenções de acordo com as neces-
sidades individuais de cada paciente, considerando alguns fatores, como capacida-
de funcional, estado cognitivo e contexto ambiental da UTI. As atividades podem 
incluir exercícios de mobilidade, treinamento de habilidades motoras finas, orien-
tação para o autocuidado e atividades de lazer adaptadas. O principal objetivo é 
maximizar a independência funcional e a participação dos pacientes, facilitando 
a transição para o ambiente doméstico ou de reabilitação após a alta da UTI.
UTI Neonatal
É considerado um recém-nascido pré-termo, comumente chamado de prema-
turo, quando nasce antes da 37ª semana de gestação, ou seja, com menos de 
259 dias. Essa condição é a principal responsável pela morbidade e mortalidade 
neonatal, contribuindo com 75 a 95% de todos os óbitos de bebês prematuros 
que não estão associados a malformações congênitas.
Outra abordagem usada para classificar os prematuros os divide em (MA-
TERNIDADE BRASÍLIA, 2021):
 ■ Prematuro extremo: bebês nascidos antes das 28 semanas.
 ■ Prematuros moderados: bebês nascidos entre 28 e 31 semanas. 
 ■ Prematuros leves: bebês nascidos entre 32 e 36 semanas. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
O nascimento antes do tempo considerado ideal para completar a gestação pode 
resultar na necessidade de cuidados especiais imediatamente após o parto. Isso se 
deve ao fato de que o desenvolvimento incompleto dos órgãos torna esses bebês 
mais suscetíveis a infecções e outras complicações de saúde. Muitas vezes, esse 
cuidado acontece nas UTIs neonatais.
As UTIs neonatais são designadas exclusivamente para o cuidado de bebês 
prematuros ou daqueles que, mesmo nascendo a termo (após 37 semanas), ne-
cessitam de observação após o nascimento. À primeira vista, uma UTI neona-
tal pode parecer semelhante a um berçário convencional. No entanto, diversas 
características conferem a esse espaço uma importância crucial no cuidado dos 
recém-nascidos (MATERNIDADE BRASÍLIA, 2021). 
Uma equipe multidisciplinar desempenha um papel fundamental, propor-
cionando não apenas assistência médica, mas também serviços de fisioterapia, 
enfermagem, terapia ocupacional e até mesmo suporte psicológico para ajudar 
a família durante a internação do bebê.
Essa equipe utiliza equipamentos de ponta para adquirir informações preci-
sas sobre o estado de saúde do bebê, permitindo, assim, a tomada das melhores 
decisões no manejo dos casos (MATERNIDADE BRASÍLIA, 2021).
UTI pediátrica
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica é um setor hospitalar que conta 
com uma equipe especializada e recursos avançados para prestar atendimento 
intensivo a crianças que demandam cuidados especializados.
Essa equipe multidisciplinar é composta por profissionais, como médicos, 
enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos,fonoaudiólogos, assis-
tentes sociais, auxiliares e técnicos de enfermagem.
Na UTI pediátrica, são admitidas crianças em situações de risco de vida que necessitam 
de cuidados contínuos 24 horas por dia e aquelas que enfrentaram complicações 
durante o parto. A internação pode ocorrer por meio do Centro Cirúrgico, Centro 
Obstétrico ou transferências de outros estabelecimentos hospitalares.
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A UTI pediátrica atende a pacientes na faixa etária de 0 a 18 anos incompletos, o 
que implica uma diversidade de patologias, exigindo cuidados individualizados 
e diferenciados para cada caso. Logo, ela se difere da UTI neonatal, a qual se 
concentra no período neonatal, oferecendo cuidados específicos para os bebês 
que acabaram de nascer, com patologias específicas desse período.
UTI Adulto
As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são espaços hospitalares estruturados 
para fornecer suporte vital de alta complexidade e envolvem diversas moda-
lidades de monitoramento das funções corporais essenciais para a vida, além 
de terem um suporte orgânico avançado, com o objetivo de manter a vida do 
paciente em condições clínicas de extrema gravidade e risco de morte por insu-
ficiência orgânica.
Essas unidades hospitalares especializadas são destinadas ao cuidado de pa-
cientes gravemente enfermos, que demandam cuidados intensivos específicos. 
Uma equipe especializada, composta por profissionais de diversas áreas, é a res-
ponsável por proporcionar o atendimento necessário.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
A UTI adulto (UTI-A) é designada para pacientes acima de 18 anos, poden-
do ser utilizada por jovens de 15 a 17 anos, desde que haja normativas claras 
para regulamentar essa situação. A internação na UTI é uma medida adotada 
pelos médicos quando um paciente apresenta um quadro clínico mais grave ou 
representa risco à vida. É, portanto, uma estratégia para garantir os cuidados 
especializados necessários (ATENDIMENTO..., 2023).
O papel da Terapia Ocupacional na UTI
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) representa um ambiente distintivo em 
relação ao ambiente hospitalar. Ela é destinada à internação de pacientes que 
precisam de atenção profissional especializada contínua, além de ter materiais 
específicos e tecnologias para monitoramento e tratamento. 
Extremis 
Com o intuito de ilustrar o dia a dia em uma UTI, recomen-
do assistir ao documentário Extremis, dirigido por Dan Krauss 
e lançado em 2016. O documentário exibe a vida de médicos 
que tomam decisões importantes sobre o futuro dos próprios 
pacientes internados em uma UTI. Ele foi indicado ao Oscar de 
Melhor Documentário de Curta-Metragem na edição de 2017. 
Nele, é possível ver a rotina, as angústias, os medos e entender 
um pouco a vivência tanto dos profissionais quanto dos pa-
cientes e familiares que se encontram internados.
INDICAÇÃO DE FILME
A UTI tem, como foco, o tratamento de pacientes gra-
ves, definidos como aqueles que têm o comprometi-
mento de um ou mais sistemas fisiológicos principais, 
com perda da autorregulação, atendendo a critérios 
específicos na avaliação médica, como necessidade de cuidados de enfermagem 
prolongados, monitorização hemodinâmica invasiva, monitoramento da pressão 
intracraniana e/ou ventilação mecânica.
A UTI tem, como 
foco, o tratamento 
de pacientes graves 
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É crucial destacar que pacientes em ventilação mecânica necessitam de sedação 
e analgesia para tolerar a entubação, manter o posicionamento adequado no leito 
e otimizar a oxigenação, evitando dissincronia com o ventilador. No entanto, a 
internação prolongada na UTI pode resultar em problemas físicos, como fraqueza 
adquirida e atrofia muscular, e cognitivos, sendo o delirium o mais frequente. Essas 
condições propiciam o desenvolvimento da Síndrome Pós-Cuidados Intensivos 
(PICS), abrangendo prejuízos físicos, funcionais, cognitivos e psicoemocionais.
Assim, os cuidados necessários para pacientes graves em suporte ventilatório 
mecânico, sedação e mobilidade restrita destacam a importância da formação es-
pecializada para atuar na UTI. A qualidade e a multidisciplinaridade dos serviços 
resultam em benefícios, como a redução do tempo de permanência na UTI e da 
internação hospitalar. Nesse contexto, a intervenção do terapeuta ocupacional, 
de forma individualizada, como parte da mobilização precoce/reabilitação ou da 
equipe multidisciplinar, é fundamental.
Quanto à atuação do terapeuta ocupacional na UTI, a literatura especializada 
destaca as atividades relacionadas ao autocuidado, as abordagens cognitivas, os 
dispositivos de adaptação e posicionamento no leito, além da mobilização precoce. 
Entretanto, mesmo com o amparo normativo específico que garante a participação 
do terapeuta ocupacional na equipe da UTI desde 2010, a participação desses 
profissionais em pacientes graves na UTI ainda é reduzida. 
Diante do cenário exposto, torna-se fundamental identificar, classificar e desta-
car as atribuições específicas do terapeuta ocupacional. Frente ao desafio de 
otimizar a participação do terapeuta ocupacional na UTI, é crucial delinear as 
atribuições específicas dele para integrá-lo de maneira decisiva nos cuidados 
prestados aos pacientes. 
Dentre as atividades essenciais destacadas pela literatura, incluem as inter-
venções relacionadas ao autocuidado, tais como a promoção da independência 
nas atividades diárias e as abordagens cognitivas, visando à estimulação cognitiva 
e à adaptação às limitações do ambiente hospitalar. Os terapeutas ocupacionais 
também desempenham um papel fundamental na escolha e aplicação de dispo-
sitivos de adaptação e posicionamento no leito, contribuindo para o conforto e 
a prevenção de complicações decorrentes da imobilidade prolongada. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
Além do mais, a mobilização precoce, respeitando a condição clínica dos 
pacientes graves, figura como uma prática crucial, objetivando a minimização 
do impacto negativo do repouso prolongado. Frente à pediatria, é possível atuar 
com atividades lúdicas, com o brincar e com a diminuição da quebra de rotina, 
seja escolar, seja domiciliar. Ao identificar, classificar e destacar essas atribuições 
específicas, reforça-se a importância do terapeuta ocupacional como um agen-
te integral na equipe da UTI, promovendo uma abordagem mais abrangente e 
efetiva no cuidado aos pacientes críticos, integrando-os de maneira decisiva nos 
cuidados prestados aos pacientes na UTI (BITTENCOURT et al., 2021).
Com uma abordagem holística e centrada no paciente, a Terapia Ocupacional 
nas UTIs desempenha um papel essencial na trajetória de recuperação, contri-
buindo para o bem-estar global e a reinserção social dos indivíduos.
MÉTODO CANGURU
O Método Canguru é uma abordagem de assistência 
que se inicia durante a gestação de risco e se esten-
de até a alta do recém-nascido. Essa prática consiste 
em colocar o bebê em contato direto com o corpo 
dos pais, em uma posição semelhante àquela em que 
os cangurus carregam os próprios filhotes. Um dos 
fundamentos dessa prática é incentivar o aleitamento 
materno, promovendo a presença constante da mãe 
junto ao recém-nascido. O contato pele a pele, carac-
terístico do Método Canguru, inicia-se com o toque 
dos pais na criança desde os primeiros momentos da 
internação, evoluindo para a posição canguru.
Pesquisas feitas em instituições que adotam esse 
método indicam que as mães que praticam o contato 
pele a pele com o bebê apresentam um aumento no 
volume diário de leite. A proximidade da mãe com 
a criança possibilita um controle térmico adequado, 
reduzindo o risco de infecção hospitalar e minimi-
zando o estresse e a dor do recém-nascido, além de 
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promover maiores taxas de amamentação. Também se observa melhorias no 
desenvolvimento neurocomportamental e psicoafetivo do recém-nascido e um 
relacionamento mais positivo entre a família e a equipe de saúde.
O Método Canguru é implementado em três etapas:
PRIMEIRA ETAPA: 
Inicia-se no pré-natalum papel vital na 
reabilitação de pacientes em hospitais, auxiliando na recuperação, na promoção 
da independência e na melhoria da qualidade de vida. A evolução dessa prática 
ao longo dos anos tem se refletido em um melhor atendimento aos pacientes, 
tornando-a uma parte essencial da equipe de saúde em contextos hospitalares.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
AVALIAÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO 
HOSPITALAR
A aplicação de avaliações nos pacientes é um dos pilares essenciais da prática 
da Terapia Ocupacional Hospitalar. Por meio desse processo, nós, terapeutas 
ocupacionais, buscamos obter uma compreensão abrangente das necessidades e 
potencialidades de cada indivíduo, levando em consideração seu estado de saúde, 
histórico médico e metas pessoais. Essa avaliação minuciosa é fundamental para 
orientar todo o processo terapêutico, desde o diagnóstico inicial até o acompa-
nhamento do progresso do paciente.
Você sabia que um dos principais objetivos da avaliação é identificar as áreas de 
dificuldade ocupacional que o paciente enfrenta devido a sua condição de saúde?
PENSANDO JUNTOS
Isso pode envolver a análise das limitações físicas, cognitivas e emocionais 
que impactam sua capacidade de realizar as atividades cotidianas de maneira 
independente. Compreender essas limitações é crucial para o desenvolvimento 
de metas terapêuticas específicas que abordem as necessidades individuais de 
cada paciente, seja a nível hospitalar, no período de internação, seja preparando 
para a alta, seu retorno para casa e suas atividades cotidianas.
Muito importante, quando falamos de contexto hospitalar, é o cuidado humaniza-
do. Leia mais sobre essa prática tão importante no cuidado ao paciente no seguin-
te artigo: “Cuidado humanizado e as práticas do terapeuta ocupacional no hospital: 
uma revisão integrativa da literatura”. Recursos de mídia disponíveis no conteú-
do digital do ambiente virtual de aprendizagem.
EU INDICO
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As avaliações também desempenham um papel vital na definição de objetivos 
terapêuticos personalizados. Com base nas informações coletadas durante a 
avaliação, nós, terapeutas ocupacionais, podemos estabelecer metas terapêuti-
cas claras e mensuráveis. Essas metas podem variar de paciente para paciente e 
podem incluir o retorno à independência nas atividades da vida diária (AVDs), 
a reintegração ao ambiente de trabalho, a melhoria da qualidade de vida ou a 
redução das limitações funcionais.
Além disso, as avaliações ajudam a orientar o desenvolvimento de um plano de 
tratamento individualizado. Com base nas informações obtidas durante a avaliação, 
podemos escolher as intervenções mais apropriadas para atender às necessidades 
de cada paciente (DE CARLO, 2004). Isso pode envolver a prescrição de exercí-
cios terapêuticos, o treinamento em atividades específicas, o uso de adaptações ou 
tecnologias assistivas e a modificação do ambiente para torná-lo mais acessível.
Patch Adams: o amor é contagioso 
Para elucidar mais nosso assunto sobre a área hospitalar, su-
gerimos o filme “Patch Adams: o amor é contagioso”. Ele apre-
senta um médico, Patch Adams, que utiliza métodos não con-
vencionais, como o humor e a interação social, para melhorar a 
qualidade de vida dos pacientes em um hospital. O filme ofe-
rece uma visão inspiradora de como a abordagem humanizada 
pode impactar positivamente o processo de recuperação e o 
bem-estar dos pacientes.
INDICAÇÃO DE FILME
Em resumo, a aplicação de avaliações nos pacientes desempenha um papel crítico na 
Terapia Ocupacional Hospitalar. É por meio desse processo que os terapeutas ocu-
pacionais conseguem entender as necessidades individuais de cada paciente e desen-
volver planos de tratamento personalizados que visam melhorar sua funcionalidade 
e qualidade de vida. Dessa forma, a avaliação é a base sobre a qual todo o processo 
terapêutico é construído, permitindo que os terapeutas ocupacionais atendam de 
forma eficaz às necessidades ocupacionais dos pacientes em contextos hospitalares.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Avaliações utilizadas na Terapia Ocupacional Hospitalar
As avaliações desempenham um papel crucial na Terapia Ocupacional Hos-
pitalar, uma vez que ajudam os terapeutas ocupacionais para que entendam as 
necessidades e capacidades dos pacientes, bem como acompanhem o progresso 
ao longo do tratamento. A seguir, iremos ver algumas das avaliações mais comuns 
utilizadas nesse contexto:
MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
• É uma avaliação amplamente usada na Terapia Ocupacional Hospitalar e em outros 
contextos clínicos para medir o nível de independência de um paciente em relação 
às atividades da vida diárias.
• A MIF avalia atividades de vida diária e instrumental como alimentação, higiene pessoal, 
vestir-se, controle de funções intestinais e urinárias, mobilidade no leito e transferências.
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Além de avaliações padronizadas, como as mostradas anteriormente, temos também 
dois grandes recursos para conhecermos nosso paciente, a anamnese e a coleta de 
dados nos prontuários (DE CARLO, 2006). Vamos saber um pouco mais sobre elas?
Na Terapia Ocupacional Hospitalar, a anamnese e a coleta de dados nos pron-
tuários desempenham um papel fundamental na compreensão abrangente do 
paciente e na identificação de suas necessidades ocupacionais.
A anamnese envolve a coleta de informações detalhadas sobre a história 
médica, funcionalidade prévia, estilo de vida, ocupações anteriores e metas de 
recuperação do paciente. Isso permite que os terapeutas ocupacionais obtenham 
uma visão completa do contexto de vida do paciente e de como a doença ou lesão 
impactou suas atividades diárias.
Além disso, a coleta de dados nos prontuários hospitalares fornece infor-
mações atualizadas sobre o estado do paciente (DE CARLO, 2006), incluindo 
diagnósticos, procedimentos médicos, medicamentos, restrições e outras inter-
venções relevantes. Os terapeutas ocupacionais usam esses dados para planejar 
intervenções terapêuticas seguras e eficazes, levando em consideração qualquer 
limitação ou recomendação médica.
Por meio de uma análise aprofundada dessas informações, iremos criar pla-
nos de tratamento individualizados que visam restaurar a independência, pro-
mover a funcionalidade e melhorar a qualidade de vida do paciente durante sua 
internação hospitalar. Esses registros detalhados e a anamnese são essenciais para 
uma abordagem terapêutica personalizada e eficaz.
ÍNDICE DE BARTHEL
O Índice de Barthel fornece uma pontuação que indica o nível de independência do 
paciente em realizar atividades essenciais.
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA (GDS)
Especialmente relevante para pacientes idosos, a GDS é usada para identificar sinais 
de depressão. Os terapeutas ocupacionais podem aplicar essa escala para avaliar o 
estado emocional dos pacientes e determinar se a depressão está afetando sua quali-
dade de vida e capacidade de participar em atividades ocupacionais.
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Retomando, em resumo, a anamnese e a coleta de dados nos prontuários são 
peças-chave no quebra-cabeça da Terapia Ocupacional Hospitalar. Elas permi-
tem que os terapeutas ocupacionais entendam as necessidades de cada paciente 
e forneçam intervenções direcionadas e baseadas em evidências. Essa abordagem 
centrada no paciente é fundamental para otimizar a recuperação e o bem-estar 
dos indivíduos em contexto hospitalar.
Acesse seu Ambiente Virtual de Aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual 
de aprendizagem.
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
A sólida compreensão da avaliação em contextos hospitalares é fundamental para 
preparar os futuros profissionais para o mercado de trabalho e suas perspectivas. 
Ao abordar a prática da Terapia Ocupacional no ambiente hospitalar, abrimos 
portas para a aplicação dos conhecimentos teóricos em cenários reais. A regula-
mentação estabelecida pela Lei nº 6.316/1975 fornece a base legal parada gestação de alto risco e continua na internação do recém 
nascido na unidade neonatal. Os pais recebem acolhimento e orientações sobre a 
saúde do filho, os cuidados prestados, as rotinas da unidade e a equipe que cuidará do 
bebê. O contato pele a pele precoce é estimulado, respeitando as condições clínicas 
do recém-nascido.
SEGUNDA ETAPA: 
Nessa fase, o bebê permanece continuamente com a mãe, que participa ativamente 
dos cuidados. A estabilidade clínica do recém-nascido, a nutrição enteral plena e o 
peso mínimo de um quilo duzentos e cinquenta gramas são critérios determinantes 
para a realização do método.
TERCEIRA ETAPA:
O bebê recebe alta e é acompanhado, juntamente com a família, pelo Ambulatório do 
Método Canguru até atingir o peso de 2,5 kg. Durante essa fase, é essencial que os pais 
assumam o compromisso de realizar a posição canguru pelo maior tempo possível.
O Método Canguru traz diversas vantagens, como redução do tempo de se-
paração entre pais e filhos, estímulo ao vínculo afetivo, maior competência e 
confiança dos pais nos cuidados, incentivo ao aleitamento materno, adequado 
controle térmico, redução do risco de infecção hospitalar, minimização de es-
tresse e dor, favorecimento do relacionamento da família com a equipe de saúde, 
estímulo ao desenvolvimento neuropsicomotor e melhoria na qualidade geral do 
desenvolvimento do recém-nascido.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 8
O contato pele a pele no Método Canguru proporciona uma ampla interação 
tátil, auditiva, sensorial e global entre o corpo da criança e o da mãe. Profissionais 
de saúde desempenham um papel importante, ao tornarem essa experiência 
agradável para o recém-nascido e todos os envolvidos no processo.
O papel do terapeuta ocupacional nesse método é de suma importância, 
porque, muitas vezes, somos nós que orientamos os pais e estimulamos o bebê, 
a fim de promover um bom desenvolvimento (MARTINS, 2022).
PAPEL DA TERAPIA OCUPACIONAL EM UTI ADULTO
Dentre as práticas mais mencionadas e detalhadas na literatura e na prática clí-
nica dos terapeutas ocupacionais, destaca-se a ênfase na atuação colaborativa 
entre os membros da equipe multidisciplinar/reabilitação na UTI. Essa colabo-
ração envolve uma variedade de intervenções, tais como: movimentos passivos, 
assistidos e ativos de Amplitude de Movimento (ADM); alterações de posição no 
leito (transferência de peso); transição para a posição sentada no leito; sentar-se 
na borda do leito; ficar em pé (com e sem assistência); sentar-se em uma cadeira; 
e realizar caminhadas (com e sem assistência). 
Independentemente da maneira como são executadas, essas intervenções seguem 
princípios de progressão e complexidade, desde movimentações passivas até 
atividades e tarefas mais ativas.
Além das atividades específicas do terapeuta ocupacional realizadas na UTI, destaca 
se o treinamento em Atividades da Vida Diária (AVDs) e Atividades Instrumentais da 
Vida Diária (AIVDs). No contexto das AVDs, incluem-se tarefas, como alimentação, 
arrumação pessoal, vestimenta, autocuidado (higiene), uso do banheiro e cuidados 
pessoais (toalete). Já no âmbito das AIVDs, englobam-se outras atividades, como 
escrita, leitura e elaboração de cronograma (de tarefas) (BITTENCOURT et al., 2021).
Em resumo, a atuação do terapeuta ocupacional na UTI é essencial para 
promover a recuperação e a reintegração dos pacientes às atividades diárias. A 
ênfase na colaboração dentro da equipe multidisciplinar ressalta a importância 
de abordagens integradas, que vão desde movimentos passivos até atividades 
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mais complexas, seguindo princípios de progressão. Além das intervenções es-
pecíficas mencionadas, o treinamento em Atividades da Vida Diária (AVDs) e 
Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs) destaca-se como fundamental 
para a promoção da autonomia e independência dos pacientes. 
Assim, o papel do terapeuta ocupacional na UTI vai além do aspecto físico, 
abrangendo também as dimensões emocionais e psicossociais, contribuindo para 
a qualidade de vida e a reintegração plena dos indivíduos atendidos.
PAPEL DA TERAPIA OCUPACIONAL NA UTI PEDIÁTRICA
A Terapia Ocupacional desempenha um papel fundamental na UTI pediátrica, 
local onde a complexidade dos casos demanda uma abordagem multidiscipli-
nar para garantir o bem-estar integral das crianças. Nesse ambiente delicado, os 
terapeutas ocupacionais desempenham um papel crucial, ao oferecerem inter-
venções que visam promover o desenvolvimento global e a qualidade de vida 
dos pequenos pacientes. 
Ao personalizarem estratégias terapêuticas, considerando as necessidades 
específicas de cada criança, esses profissionais contribuem para minimizar o 
impacto emocional e físico da hospitalização, promovendo a participação ativa 
nas atividades diárias e estimulando habilidades motoras, cognitivas e sociais.
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Você, futuro(a) profissional, na UTI pediátrica, estará envolvido(a) na avaliação 
das capacidades funcionais das crianças, adaptando intervenções para atender às 
limitações impostas pelas condições clínicas. Seja a partir de técnicas de estimula-
ção sensorial, intervenções motoras ou estratégias de adaptação, os profissionais 
de Terapia Ocupacional trabalham para otimizar a funcionalidade e promover 
uma transição suave para o ambiente domiciliar (NOLÊTO, 2019). 
Além disso, o suporte emocional oferecido pela Terapia Ocupacional não 
apenas fortalece as crianças, mas também apoia as famílias, capacitando-as para 
o cuidado contínuo e a promoção do desenvolvimento saudável mesmo após a 
alta da UTI (NOLÊTO, 2019).
TERAPIA OCUPACIONAL NA PROMOÇÃO DO BEM-ESTAR 
EMOCIONAL DOS PACIENTES E FAMILIARES
A Terapia Ocupacional desempenha um papel crucial na promoção do bem 
estar emocional dos pacientes e dos respectivos familiares. Ao adotarem uma 
abordagem holística, os terapeutas ocupacionais colaboram com os indivíduos 
que enfrentam desafios emocionais, proporcionando estratégias personalizadas 
para melhorar a qualidade de vida e a saúde mental.
Por meio de atividades terapêuticas adaptadas às necessidades específicas 
de cada pessoa, a Terapia Ocupacional visa fortalecer a resiliência, promover a 
expressão emocional e desenvolver habilidades de enfrentamento para lidar com 
as complexidades do cotidiano.
Além de trabalharem diretamente com os pacientes, os terapeutas ocupacio-
nais desempenham um papel crucial na capacitação das famílias, fornecendo 
suporte e orientação. Ao envolver os membros da família em atividades terapêu-
ticas e educativas, a Terapia Ocupacional estabelece um ambiente de apoio que 
transcende o aspecto clínico, contribuindo para a construção de relações mais 
saudáveis e resilientes. 
Dessa forma, a intervenção da Terapia Ocupacional se estende além das sessões 
individuais, impactando positivamente o bem-estar emocional de toda a rede de 
apoio envolvida no processo terapêutico.
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Em síntese, a atuação da Terapia Ocupacional na promoção do bem-estar emo-
cional emerge como um alicerce fundamental para pacientes e familiares, trans-
cendendo as barreiras das Unidades de Tratamento Intensivo. Ao adotarem uma 
abordagem holística, os terapeutas ocupacionais desempenham um papel crucial 
não apenas na melhoria da qualidade de vida e da saúde mental dos indivíduos que 
enfrentam desafios emocionais, mas também na capacitação e suporte às famílias. 
Nas UTIs adulto, pediátrica e neonatal, essa abordagem especializada se ma-
nifesta, oferecendo não somente intervenções diretas com os pacientes, mas tam-
bém se estendendo ao ambiente familiar. Ao integrar as atividades terapêuticas 
adaptadas às necessidades específicas de cada grupo, a Terapia Ocupacional na 
UTI contribui para a construção de relações saudáveis e resilientes, promovendo, 
assim, um suporte abrangente que se reflete positivamente no bem-estar emo-
cional de toda a rede envolvida no processo terapêutico.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confirade 0 a 18 anos incompletos. As demais alternativas estão incorretas, pois não 
refletem a faixa etária mencionada no texto-base.
3. Opção A.A afirmativa I está correta, dado que se baseia nas informações fornecidas pelo 
texto, que ressaltam as consequências físicas, tais como fraqueza e atrofia muscular, e as 
implicações cognitivas, incluindo a Síndrome Pós-Cuidados Intensivos (PICS), como resul-
tados da internação prolongada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A afirmativa II está 
incorreta, porque o texto menciona o oposto, destacando problemas físicos e cognitivos 
decorrentes da internação prolongada na UTI. A afirmativa III está incorreta, pois o texto 
ressalta o enfraquecimento da musculatura e os problemas cognitivos como resultados 
negativos da permanência na UTI. A afirmativa IV está incorreta, já que o texto não aborda a 
tolerância à entubação como um benefício da internação prolongada, mas sim a necessidade 
de sedação para pacientes em ventilação mecânica.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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MINHAS METAS
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL 
EM CONTEXTOS HOSPITALARES 
Compreender a Terapia Ocupacional em saúde mental e a Reforma Psiquiátrica. 
Conhecer os princípios fundamentais da promoção da saúde mental em contextos hospitalares.
Implementar programas de prevenção de saúde mental em contextos hospitalares, visando à 
proteção dos pacientes.
Incentivar práticas de autocuidado, fornecendo recursos e estratégias para lidar com o ambien-
te hospitalar.
Integrar famílias e cuidadores nos processos de promoção da saúde mental no ambiente hospi-
talar nos pacientes e em si mesmos.
Auxiliar nos processos de alta e retomada dos papéis ocupacionais.
Entender as práticas de mindfulness e relaxamento como ferramentas para fortalecer o bem 
estar emocional nos contextos hospitalares.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 9
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste tema, você deve estar se perguntando: Terapia Ocupa-
cional e saúde mental? Saúde mental hospitalar, e não apenas no Centro de Aten-
ção Psicossocial (CAPS)? Qual é a importância dela? Como ela pode influenciar 
a minha vida? Será que realmente ingressarei nesta área hospitalar no meu dia 
a dia como profissional?
Para que possamos compreender a temática apresentada, utilizaremos um 
exemplo bem amplo. Suponha que você, profissional, está atuando em um 
hospital geral, o qual tem leitos de internação psiquiátrica. O médico psiquiatra 
te chama para atender a uma paciente adolescente a qual tentou tirar a própria 
vida. Dessa forma, emergem as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com essa adolescente? De que forma 
atuaremos na melhoria dela? O que faremos com os resultados obtidos? Quais são 
os objetivos?
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo pro-
fissional de Terapia Ocupacional nesse caso não parecem tão simples. Contudo, 
para que a sua provocação seja efetiva e a compreensão tanto da adolescente 
quanto dos pais dela seja significativa, será necessário que você, futuro(a) pro-
fissional, alcance as respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará a paciente e conversará com a equipe médica, de enfermagem 
e de psicologia, com o intuito de analisar a paciente, incluindo a história clínica 
dela e o período desde que ela iniciou a internação para criar, planejar e executar 
os melhores objetivos, isto é, aqueles mais auxiliem a paciente, seja por meio de 
conversas, de atividades direcionadas ou transmitindo orientações aos pais.
Considere a situação hipotética exposta e, para que possamos nos ambien-
tar com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da Terapia 
Ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? Faça uma pesquisa com 
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os membros de sua família e conhecidos, perguntando se eles conhecem alguém 
que sofre de algum problema psíquico (ansiedade, depressão, alcoolismo). Diante 
de tudo o que discutimos até o momento, faça as suas anotações. 
Escreva os resultados de sua pesquisa com os seus familiares e conhecidos. 
Anote, também, as dificuldades que eles tiveram para fazer as tarefas de vida diárias. 
Explore o poder transformador da Terapia Ocupacional em nosso novo episódio! 
Nós te convidamos a se juntar a nós nesta jornada envolvente pelo universo da 
Terapia Ocupacional, em que desvendamos o interessante processo das ativida-
des em processos grupais. Mergulharemos na dinâmica grupal, revelando como 
ela gera um ambiente terapêutico único, impulsionando a troca de experiências, 
a construção de vínculos e o suporte mútuo. Sintonize para uma experiência en-
riquecedora e descubra como essa prática vai além do individual, guiando-nos 
rumo a uma jornada coletiva de bem-estar e resiliência. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto? A saúde mental na Terapia Ocupacional é uma área 
de ampla atuação do terapeuta ocupacional, que pode atuar em hospitais gerais 
e hospitais psiquiátricos (cada vez em menor número). Ficou curioso(a) para 
saber mais? Assista à entrevista com a doutora Gabriela Cruz de Moraes, que é 
coordenadora do Serviço de Terapia Ocupacional do Programa de Esquizofrenia 
da Universidade Federal de São Paulo.
https://www.youtube.com/watch?v=ikxEpDwMUrk
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
TERAPIA OCUPACIONAL, SAÚDE MENTAL E REFORMA 
PSIQUIÁTRICA
A interseção entre a Terapia Ocupacional, a saúde mental e a Reforma Psiquiá-
trica desempenha um papel crucial na compreensão e no tratamento de questões 
relacionadas à saúde mental. Assim, exploraremos os conceitos fundamentais por 
trás dessas áreas interconectadas, destacando a importância delas na promoção 
do bem-estar psicológico e na construção de uma abordagem mais inclusiva e 
humanizada para o cuidado de indivíduos com transtornos mentais. 
Ao definirmos os termos essenciais e delinearmos as inter-relações deles, bus-
camos lançar luz sobre a complexidade e a relevância desse campo multidisciplinar.
Terapia Ocupacional e saúde mental
A Terapia Ocupacional é uma disciplina que abrange o estudo e a avaliação do 
funcionamento ocupacional, englobando todas as atividades realizadas pelo in-
divíduo no contexto da ocupação e na construção dos próprios tempo, ambiente 
e cultura para o cotidiano. Diferentes modelos de referência orientam a aplica-
ção dos procedimentos da Terapia Ocupacional, sendo o termo “funcionamento 
ocupacional” associado ao Modelo da Ocupação Humana. 
Esse conceito está intrinsecamente ligado à natureza 
da ocupação e ao papel dele na vida dos indivíduos, 
tanto em situações de saúde quanto em momentos de 
ruptura de projetos de vida, autocuidado e ocupação na 
adversidade, como em contextos hospitalares. O tera-
peuta ocupacional atua no processo saúde-doença, integrando aspectos bioló-
gicos, sociais, psíquicos e culturais. A percepção da importância dessa integração 
se reflete na abordagem complexa do terapeuta ocupacional, que busca impactar 
positivamente a vida relacional e a produção dos sujeitos-alvo.
Esse novo paradigma na abordagem dos transtornos mentais marca a cons-
trução de uma postura ética e renovada dos terapeutas ocupacionais em relação 
aos indivíduos afetados. O sujeito já não deve ser encarado meramente como 
Ligado à natureza 
da ocupação e ao 
papel dele na vida 
dos indivíduos
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detentor de uma doença a ser controlada, mas como uma pessoa que, devido 
às particularidades, necessita de ambientes e apoio humano para assegurar a 
cidadania, a qualidade de vida e as interações sociais e afetivas (RIBEIRO, 2005). 
Nos contextos de atenção reformulados, o terapeuta ocupacional desempenha um 
papel crucial, utilizando a expertise para ampliar o cuidado e resgatar os direitos de 
cidadania desses sujeitos.
Ao utilizar a atividade como principal ferramenta,refletindo a cotidianidade do 
indivíduo, a Terapia Ocupacional tem o poder de transformar a própria atuação 
em uma promotora do protagonismo social, devolvendo uma agência histórica 
que foi subtraída por práticas psiquiátricas pregressas. É imperativo repensar a 
atividade, abandonando a visão dela como uma abstração destituída de signifi-
cado concreto para o indivíduo. 
Ao unir a função interpretativa, enraizada na dimensão inconsciente da psi-
cologia, ao conceito de historicidade, nutrido pelas dimensões sócio-política e 
cultural, a atividade se torna um instrumento para a emancipação. Nesse con-
texto, o terapeuta ocupacional renuncia ao papel de único guia no processo de 
atenção, permitindo que esse espaço seja compartilhado com outros agentes. As-
sim, a atividade é percebida, vivida e interpretada por cada um dos participantes 
(o indivíduo, o terapeuta ocupacional, a família, a cultura e os valores buscados) 
(BARROS; GHIRARD; LOPES, 2002).
Reforma Psiquiátrica
Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo psiquiátrico clássico, que priorizava o 
ambiente asilar como local de intervenção para questões relacionadas à loucura, foi 
reavaliado, dando origem a novas propostas e modelos, especialmente na Europa 
e nos Estados Unidos. Esse processo evolutivo ao longo dos anos ficou conhecido 
como Reforma Psiquiátrica, estendendo-se posteriormente ao contexto brasileiro.
Vale ressaltar que, no Brasil, esse movimento de questionamento e trans-
formação ocorreu de maneira mais tardia, já que aconteceu paralelamente ao 
movimento de abertura política e redemocratização da sociedade. Até o final 
da década de 1970, a assistência psiquiátrica no Brasil se centrava nas interna-
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ções hospitalares como a única forma de tratamento para pacientes mentais, 
refletindo a estrutura manicomial consolidada. 
Após sucessivas mudanças, a psiquiatria assumiu uma nova configuração no 
país: setores da sociedade civil se mobilizaram em prol dos direitos dos pacientes, 
dando espaço para novas discussões sobre a abordagem da loucura. Esse movi-
mento ficou conhecido como Reforma Psiquiátrica Brasileira e persiste até os dias 
atuais como um impulsionador das mudanças na assistência em saúde mental.
Desde o surgimento, novos serviços foram criados em todo o país, propondo 
abordagens de tratamento diferenciadas dos métodos tradicionais, considerando a 
singularidade e as condições específicas das pessoas que procuram esses serviços. 
Isso inclui os leitos psiquiátricos em hospitais gerais (RIBEIRO, 2005).
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A Reforma Psiquiátrica Brasileira não apenas representou 
uma mudança estrutural nos serviços de saúde mental, mas 
também desencadeou uma transformação na percepção da 
sociedade em relação à loucura. O movimento trouxe consigo 
uma abordagem mais humanizada, centrada nos direitos dos 
pacientes e na busca por alternativas terapêuticas que respei-
tassem a individualidade de cada pessoa. 
A desinstitucionalização progressiva do modelo ma-
nicomial e a busca por práticas mais inclusivas refletiram um 
comprometimento em superar estigmas associados às condi-
ções mentais. A incorporação de leitos psiquiátricos em hospi-
tais gerais evidencia a necessidade de integrar os cuidados de 
saúde mental ao sistema de saúde como um todo, promovendo 
uma visão mais holística e integrada da assistência. 
A Reforma Psiquiátrica Brasileira continua a ser um mar-
co significativo, desafiando constantemente os profissionais 
de saúde mental a se adaptar e a inovar as próprias práticas, 
objetivando uma abordagem mais centrada no paciente e na 
comunidade (RIBEIRO, 2005).
PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE SAÚDE 
MENTAL EM CONTEXTOS HOSPITALARES
A implementação de programas de prevenção de saúde mental 
em contextos hospitalares é uma resposta vital para lidar com 
os desafios complexos associados à saúde psicológica dos pa-
cientes. A Terapia Ocupacional emerge como uma peça-chave 
nesse cenário, ao oferecer uma abordagem que vai além do tra-
tamento tradicional, focando na prevenção e no fortalecimento 
das bases para a saúde mental. 
Esses programas têm como objetivo não apenas tratar con-
dições existentes, mas também antecipar e mitigar potenciais 
riscos, reconhecendo a importância de medidas preventivas 
na promoção do bem-estar.
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A abordagem centrada na ocupação adotada pela Terapia Ocupacional destaca 
a importância das atividades significativas na vida dos pacientes. Ao integrarem 
as intervenções terapêuticas que consideram a singularidade de cada indivíduo, 
os terapeutas ocupacionais fortalecem as habilidades adaptativas necessárias para 
enfrentar os desafios emocionais. A criação de ambientes terapêuticos que in-
centivam a expressão, a autonomia e o desenvolvimento pessoal contribui não 
apenas para tratar problemas de saúde mental, mas também para preveni-los, 
promovendo uma abordagem mais proativa e holística (MÂNGIA, 2002).
Ao adotarem uma perspectiva abrangente, os programas de prevenção com 
foco na Terapia Ocupacional não apenas visam reduzir sintomas específicos, mas 
também buscam fortalecer a resiliência dos pacientes em face de adversidades. 
A promoção da participação ativa em atividades terapêuticas não somente ser-
ve como uma estratégia preventiva, mas também como um catalisador para a 
construção de uma base sólida para a recuperação sustentável. Essa abordagem 
proativa e integrada reflete o compromisso em não apenas tratar, mas verdadei-
ramente promover a saúde mental dos indivíduos em ambientes hospitalares, 
contribuindo para uma abordagem mais eficaz e sustentável no cuidado psico-
lógico (MÂNGIA, 2002).
Nise - O Coração da Loucura 
A fim de ilustrar um pouco mais a saúde mental hospitalar, re-
comendo assistir ao filme Nise - O Coração da Loucura, dirigido 
por Roberto Berliner e lançado em 2016. O filme conta a his-
tória da doutora Nise da Silveira (Glória Pires), que, ao voltar a 
trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de 
Janeiro, após sair da prisão, propõe uma nova forma de trata-
mento aos pacientes que sofrem de esquizofrenia, eliminan-
do o eletrochoque e a lobotomia. Os colegas de trabalho de 
Nise da Silveira discordam do meio de tratamento proposto e a 
isolam, restando a ela assumir o abandonado Setor de Terapia 
Ocupacional, local onde dá início a uma nova forma de lidar 
com os pacientes mediante o amor e a arte.
INDICAÇÃO DE FILME
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Em síntese, a abordagem centrada na ocupação da Terapia Ocupacional se 
destaca pela ênfase nas atividades significativas, promovendo a singularidade 
de cada indivíduo e fortalecendo habilidades adaptativas. Ao criarem ambientes 
terapêuticos que estimulam a expressão e a autonomia, os terapeutas ocupacio-
nais não apenas tratam problemas de saúde mental, mas também os previnem 
de maneira proativa e holística. 
Os programas de prevenção objetivam não apenas reduzir sintomas, mas 
fortalecer a resiliência, promovendo a participação ativa em atividades terapêuti-
cas. Essa abordagem integral reflete um compromisso genuíno com a promoção 
da saúde mental, contribuindo para uma prática mais eficaz e sustentável no 
cuidado psicológico em ambientes hospitalares.
PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO EM SAÚDE MENTAL 
HOSPITALAR
A promoção de práticas de autocuidado em contextos hospitalares psiquiátricos, 
especialmente mediante a intervenção da Terapia Ocupacional, desempenha um 
papel crucial na melhoria do bem-estar emocional dos pacientes. A Terapia 
Ocupacional pode fornecer estratégias personalizadas para lidar com o estresse 
e os desafios emocionais inerentes ao ambiente hospitalar, reconhecendo a im-
portância vital do autocuidado na recuperação. 
Por exemplo, em um programa específico, os terapeutas ocupacionais podem fa-
cilitar grupos terapêuticos que ensinam técnicas de mindfulness e relaxamento, capa-
citando os pacientes a cultivar habilidades autorregulatórias para gerenciar o estresse. 
Além disso, a promoção de atividadesocupacionais que incentivem o autocuidado, 
como a criação de diários terapêuticos, pode oferecer uma maneira construtiva de 
expressão emocional e reflexão, fortalecendo as habilidades de enfrentamento.
Os terapeutas ocupacionais desempenham um papel crucial, ao facilitarem 
grupos terapêuticos que ensinam técnicas de mindfulness e relaxamento. A 
prática de mindfulness envolve a conscientização plena do momento presente, 
cultivando uma atenção intencional e sem julgamento às experiências vividas. 
Durante esses grupos, os terapeutas ocupacionais orientam os participantes a 
desenvolverem habilidades de mindfulness, promovendo uma conexão mais 
profunda consigo mesmos e com o ambiente ao redor.
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Mindfulness inclui a observação atenta dos pensamentos, das emoções e das sen-
sações corporais, permitindo que os indivíduos estejam presentes no aqui e agora. 
Os terapeutas ocupacionais capacitam os participantes a explorar essas práticas, 
ensinando técnicas específicas, como a focalização na respiração, a varredura cor-
poral e a atenção plena aos sentidos.
Ao integrarem o mindfulness aos grupos terapêuticos, os terapeutas ocupacionais 
objetivam proporcionar benefícios emocionais e físicos. Essas técnicas têm de-
monstrado que são eficazes na redução do estresse, ansiedade e depressão, pro-
movendo uma maior capacidade de lidar com desafios emocionais. Além disso, a 
prática regular de mindfulness pode melhorar a qualidade do sono, a concentra-
ção e a tomada de decisões.
APROFUNDANDO
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Adicionalmente, a Terapia Ocupacional pode desempenhar um papel na provi-
são de recursos tangíveis que facilitam práticas de autocuidado. Isso pode envol-
ver a introdução de rotinas personalizadas que incluem momentos dedicados 
a atividades relaxantes, como a arte terapêutica, o que proporciona aos pacientes 
uma pausa valiosa nos desafios do ambiente hospitalar. 
Essas práticas não apenas oferecem uma saída criativa para expressão emo-
cional, mas também capacitam os indivíduos para que assumam um papel ativo 
no próprio bem-estar, promovendo uma sensação de controle e autonomia. Ao 
integrar essas abordagens na Terapia Ocupacional em contextos hospitalares 
psiquiátricos, é possível estabelecer uma base sólida para o autocuidado, contri-
buindo significativamente para a resiliência emocional dos pacientes.
Parcerias dentro do hospital também são muito válidas e trazem muitos be-
nefícios aos pacientes. Por vezes, é extremamente comum unir a Terapia Ocupa-
cional à Nutrição: assim, leva-se os pacientes até o refeitório do hospital e, lá, são 
feitas ações conjuntas de culinária, seja fazendo bolos, seja decorando bolachas 
de natal. O importante é usar essa ferramenta para dar significado ao tempo de 
permanência do paciente no hospital e recuperar os papéis sociais e as atividades 
instrumentais de vida diária que, no momento, estão rompidas em função da 
internação (TEDESCO; NOGUEIRA-MARTINS; CITERO, 2017).
A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DA FAMÍLIA AO PACIENTE 
DE SAÚDE MENTAL
A integração da família e dos cuidadores nos processos terapêuticos com o su-
porte da Terapia Ocupacional vai além da simples assistência ao paciente, pro-
porcionando um ambiente que reconhece e aborda as necessidades emocionais 
de todos os envolvidos.
Além das sessões educativas, os terapeutas ocupacionais podem facilitar ati-
vidades práticas que promovam a compreensão mútua e fortaleçam os laços fa-
miliares. Essas atividades podem incluir a participação conjunta em intervenções 
terapêuticas, como oficinas de arte terapêutica ou atividades recreativas, criando 
oportunidades para a expressão emocional e o desenvolvimento de estratégias 
de enfrentamento em conjunto.
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A Terapia Ocupacional desempenha um papel vital na capacitação dos cui-
dadores, fornecendo ferramentas práticas para lidar com os desafios específicos 
do ambiente hospitalar psiquiátrico. Essa capacitação vai desde estratégias para 
lidar com situações de crise até orientações sobre como promover um ambiente 
seguro e terapêutico em casa. Os terapeutas ocupacionais podem oferecer trei-
namento em técnicas de manejo de estresse, promoção do autocuidado e desen-
volvimento de rotinas que beneficiem tanto os pacientes quanto os cuidadores.
Ao empoderar as famílias com habilidades práticas e conhecimento, a Tera-
pia Ocupacional contribui para a construção de um sistema de apoio resiliente 
e colaborativo, o que é essencial para o sucesso a longo prazo na jornada de re-
cuperação em saúde mental. Essa abordagem abrangente reforça a importância 
da Terapia Ocupacional na criação de um ambiente terapêutico que se estende 
além do paciente individualmente, impactando positivamente toda a dinâmica 
familiar e a rede de suporte ao redor (RIBEIRO, 2005).
O PROCESSO DE ALTA
Você, futuro(a) profissional, desempenhará um papel crucial no auxílio aos pro-
cessos de alta e de retomada dos papéis ocupacionais dos pacientes internados 
em saúde mental. Durante o período de hospitalização, muitos pacientes podem 
experimentar uma interrupção significativa nas próprias ocupações diárias, o que 
afeta diretamente a autonomia e a identidade.
O terapeuta ocupacional atua como um facilitador na transição para a alta, 
desenvolvendo estratégias personalizadas para reintegrar os pacientes nas pró-
prias atividades cotidianas. Por exemplo, ao trabalhar com um paciente que en-
frenta desafios em sua vida diária devido a um transtorno mental, o terapeuta 
ocupacional pode criar planos terapêuticos que visam fortalecer habilidades es-
pecíficas necessárias para retomar responsabilidades ocupacionais, como tarefas 
domésticas ou participação em grupos sociais.
Ao longo do processo de alta, o profissional de terapia ocupacional continua 
desempenhando um papel essencial na adaptação do paciente à comunidade. 
Facilitar a reinserção social significa colaborar com os pacientes na identificação de 
oportunidades ocupacionais significativas. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 9
Por exemplo, ao trabalhar com alguém que busca voltar ao mercado de trabalho 
após a hospitalização, o terapeuta ocupacional pode fornecer suporte na elabo-
ração de currículos, desenvolvimento de habilidades de comunicação e prática 
de estratégias para gerenciar o estresse no ambiente profissional. Essas interven-
ções são fundamentais para garantir que os pacientes recuperem não apenas a 
funcionalidade ocupacional, mas também tenham uma sensação de propósito e 
significado nas próprias vidas.
Além disso, o terapeuta ocupacional desempenha um papel crucial na pro-
moção da continuidade do tratamento após a alta. Ao fornecer orientações 
sobre estratégias de gerenciamento ocupacional e planos de autocuidado, o te-
rapeuta ocupacional capacita os pacientes a manter o progresso e a enfrentar os 
desafios de forma autônoma.
Essa abordagem abrangente, que considera o paciente em seu contexto ocupacio-
nal, ilustra a importância do terapeuta ocupacional na facilitação de uma transição 
suave do ambiente hospitalar para a vida cotidiana, promovendo a autonomia e a 
qualidade de vida dos indivíduos em saúde mental (RIBEIRO; MACHADO, 2008).
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
NOVOS DESAFIOS
No contexto da Terapia Ocupacional e da saúde mental hospitalar, a integração 
da teoria e da prática é fundamental para te preparar para os desafios e as opor-
tunidades do futuro ambiente profissional. Ao abordar a evolução da Terapia 
Ocupacional desde os princípios fundamentais até a aplicação contemporânea 
dela em contextos hospitalares, você adquiriu uma compreensão abrangente do 
papel do terapeuta ocupacional na promoção da saúde mental.
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Ao explorar a transformação dos modelos psiquiátricos e a implementação da 
Reforma Psiquiátrica, é esperado que você compreenda a importância de aborda-
gens maishumanizadas e centradas na pessoa. A ênfase na prevenção e no autocui-
dado destacada nos programas de saúde mental demonstra como a Terapia Ocu-
pacional pode ser proativa na promoção do bem-estar emocional dos indivíduos.
A atenção especial dada à integração de famílias e cuidadores nos processos te-
rapêuticos e a consideração do paciente no contexto ocupacional destacam a aborda-
gem holística da Terapia Ocupacional. Exemplos práticos, como grupos terapêuticos 
familiares e estratégias específicas para lidar com o estresse, ilustram como o terapeuta 
ocupacional atua como um agente de mudança em toda a dinâmica familiar.
Além disso, ao compreender o papel do terapeuta ocupacional no auxílio 
aos processos de alta e retomada dos papéis ocupacionais, você adquiriu insights 
sobre como facilitar a transição dos pacientes de ambientes hospitalares para a 
comunidade. Isso te preparará para ser um(a) agente de mudança não apenas 
em termos de tratamento, mas também na promoção da autonomia e qualidade 
de vida dos pacientes.
Essa compreensão profunda da Terapia Ocupacional em saúde mental hospitalar 
proporciona uma base sólida para o ambiente profissional. Você está capacitado(a) 
para enfrentar os desafios emergentes, como a demanda por abordagens mais centra-
das no paciente, o crescimento da teleterapia e a necessidade contínua de inovação. 
Além disso, ao incorporar a ênfase na educação e suporte, você está pre-
parado(a) para contribuir de maneira significativa com a evolução do campo 
e a promoção contínua da saúde mental em diversos contextos profissionais, 
consolidando a Terapia Ocupacional como uma peça essencial do panorama de 
cuidados em saúde mental hospitalar.
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1. A Terapia Ocupacional abrange o estudo do funcionamento ocupacional envolvendo ativi-
dades no cotidiano. Diferentes modelos guiam a aplicação da Terapia Ocupacional, sendo 
o “funcionamento ocupacional” associado ao Modelo da Ocupação Humana. Esse conceito 
está ligado à natureza da ocupação e ao papel na vida dos indivíduos em contextos de 
saúde e adversidade. O terapeuta ocupacional atua no processo saúde-doença, integran-
do aspectos biológicos, sociais, psíquicos e culturais. Esse novo paradigma destaca uma 
postura ética renovada, entendendo o sujeito não apenas como detentor de doença, mas 
alguém que necessita de apoio para assegurar a cidadania e a qualidade de vida. A Terapia 
Ocupacional utiliza a atividade como ferramenta para promover o protagonismo social, 
repensando a própria visão e permitindo a participação de outros agentes no processo de 
atenção, como a família e a cultura.
Qual é o conceito associado ao Modelo da Ocupação Humana que está intrinsecamente liga-
do à natureza da ocupação e ao papel na vida dos indivíduos? Assinale a alternativa correta:
a) Modelo de Avaliação Dinâmica de Ocupação (MADO).
b) Modelo Biopsicossocial (MBPS).
c) Funcionamento Ocupacional.
d) Modelo de Intervenção Terapêutica (MIT).
e) Abordagem Cognitivo-Comportamental (ACC).
2. A Reforma Psiquiátrica Brasileira representou uma mudança profunda na abordagem da 
saúde mental no país, buscando superar o modelo manicomial e promovendo práticas tera-
pêuticas mais inclusivas e humanizadas. A desinstitucionalização gradual e a incorporação 
de leitos psiquiátricos em hospitais gerais foram elementos-chave dessa transformação, 
refletindo o compromisso com uma assistência mais integral e respeitosa à singularidade 
de cada indivíduo.
Considerando o contexto da Reforma Psiquiátrica Brasileira, analise as afirmativas a seguir:
I - A reforma priorizou a manutenção do modelo manicomial tradicional, reforçando a se-
gregação dos pacientes.
II - A desinstitucionalização gradual buscou fortalecer o estigma associado às condições 
mentais, dificultando a aceitação social.
III - A incorporação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais reflete o compromisso com 
uma abordagem mais holística e integrada da saúde mental.
É correto o que se afirma em:
AUTOATIVIDADE
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a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. A Reforma Psiquiátrica Brasileira representou uma mudança significativa na abordagem 
da saúde mental, buscando superar o modelo manicomial e promover práticas mais hu-
manizadas e inclusivas. A desinstitucionalização progressiva e a incorporação de leitos 
psiquiátricos em hospitais gerais foram elementos-chave dessa transformação, refletindo 
um compromisso com uma visão mais holística e integrada da assistência à saúde mental.
Qual é um dos principais objetivos da Reforma Psiquiátrica Brasileira? Assinale a alternativa 
correta:
a) Fortalecer o modelo manicomial tradicional.
b) Reforçar estigmas associados às condições mentais.
c) Promover práticas mais inclusivas e humanizadas.
d) Centralizar os cuidados de saúde mental em hospitais especializados.
e) Desvincular os serviços de saúde mental do sistema de saúde geral.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BARROS, D. D.; GHIRARD, M. I. G.; LOPES, R. E. Terapia ocupacional social. Revista de Terapia 
Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 13, n. 3, p. 95-103, 2002.
MÂNGIA, E. Contribuições da abordagem canadense “prática de terapia ocupacional centrada 
no cliente” e dos autores da desinstitucionalização italiana para a terapia ocupacional em saúde 
mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 13, n. 3, p. 127-134, 
2002.
RIBEIRO, M. C. A reabilitação psicossocial num CAPS: concepção dos profissionais. 2005. Dis-
sertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2005.
RIBEIRO, M. C.; MACHADO, A. L. A Terapia Ocupacional e as novas formas do cuidar em saúde 
mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 19, n. 2, p. 72-75, 
2008.
TEDESCO, S. A.; NOGUEIRA-MARTINS, L. A.; CITERO, V. Ações de terapia ocupacional em saúde 
mental para pacientes internados em hospital geral: impacto sobre o funcionamento ocupacio-
nal. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 28, n. 3, p. 261-270, 2017.
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1. Opção C. O texto-base destaca que o termo “funcionamento ocupacional” está associado 
ao Modelo da Ocupação Humana. O funcionamento ocupacional diz respeito à maneira 
como as atividades realizadas no contexto da ocupação influenciam a vida dos indivíduos. O 
Modelo de Avaliação Dinâmica de Ocupação (MADO) não é mencionado no texto base, e o 
termo “funcionamento ocupacional” não está diretamente associado a esse modelo. Embora 
aspectos biopsicossociais sejam mencionados, o termo específico “funcionamento ocupa-
cional” não está vinculado a esse modelo no texto. O Modelo de Intervenção Terapêutica 
(MIT) não é citado no texto, e o termo «funcionamento ocupacional» não está relacionado a 
esse modelo. A Abordagem Cognitivo-Comportamental (ACC) não é abordada no texto, e o 
termo “funcionamento ocupacional” não está associado a essa abordagem.
2. Opção B. A afirmativa correta é a III, pois a incorporação de leitos psiquiátricos em hospitais 
gerais evidencia o compromisso com uma abordagem mais holística e integrada da saúde 
mental, integrando-a ao sistema de saúde como um todo. A afirmativa I está incorreta, pois 
a reforma visava superar o modelo manicomial. A afirmativa II está incorreta, porque a de-
sinstitucionalização buscava justamente reduzir o estigma associado às condições mentais, 
promovendo uma visão mais inclusiva e respeitosa.
3. Opção C.Um dos principais objetivos da Reforma Psiquiátrica Brasileira foi promover práti-
cas mais inclusivas e humanizadas na abordagem da saúde mental. As demais alternativas 
estão incorretas, uma vez que a reforma buscava justamente superar o modelo manicomial, 
combater estigmas associados às condições mentais, integrar os cuidados de saúde mental 
ao sistema de saúde geral e descentralizar os serviços especializados.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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4a atuação 
profissional e a segurança de que os terapeutas ocupacionais estarão qualificados 
para atender às demandas de saúde da população em hospitais.
A anamnese e a coleta de dados nos prontuários emergem como ferramentas 
indispensáveis para compreender integralmente os pacientes, permitindo uma 
abordagem holística em sua recuperação. Avaliações como o Índice de Barthel, 
MIF e a GDS se destacam como instrumentos que auxiliam na definição de metas 
terapêuticas personalizadas. É a aplicação de tais avaliações que irá permitir aos te-
rapeutas ocupacionais desenvolver estratégias terapêuticas eficazes para melhorar a 
qualidade de vida dos pacientes, promovendo sua independência e funcionalidade.
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Portanto, ao construir a base do conhecimento sobre avaliações em contexto 
hospitalar e relacioná-la ao futuro ambiente profissional, estamos fortalecendo 
a preparação dos futuros terapeutas para atender às necessidades da sociedade 
e contribuir significativamente para a saúde e a qualidade de vida da população. 
Conectando teoria e prática, estamos moldando profissionais capacitados, prontos 
para enfrentar os desafios e as oportunidades que o mercado de trabalho oferece.
Essa conexão entre teoria e prática se traduz diretamente nas perspectivas de 
carreira dos estudantes de Terapia Ocupacional. À medida que forem adquirindo 
experiência em ambientes hospitalares, serão capacitados para se tornarem 
profissionais altamente competentes e cobiçados. Hospitais, clínicas e instituições 
de saúde buscam terapeutas ocupacionais capazes de lidar com uma variedade 
de condições clínicas e de promover a reabilitação e o bem-estar dos pacientes. 
A demanda por profissionais é constante, e as perspectivas de crescimento e 
desenvolvimento de carreira são notáveis.
UNIASSELVI
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1. Ao longo de nossa discussão, exploramos a regulamentação da prática da Terapia Ocupa-
cional, especialmente em contextos hospitalares. Foi destacado que essa prática foi oficial-
mente regulamentada no Brasil por meio de uma legislação específica. A Resolução nº 429, 
de 8 de julho de 2013, “reconhece e disciplina a especialidade de Terapia Ocupacional em 
Contextos Hospitalares, define as áreas de atuação e as competências do terapeuta ocu-
pacional especialista em Contextos Hospitalares e dá outras providências” (COFFITO, 2013). 
Qual legislação oficialmente regulamentou a prática da Terapia Ocupacional, incluindo em 
ambientes hospitalares, no Brasil?
a) Lei nº 8.856, de 17 de junho de 1994.
b) Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975.
c) Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001.
d) Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
e) Decreto nº 7.867, de 17 de dezembro de 2012.
2. Durante nossa discussão sobre a Terapia Ocupacional em contextos hospitalares, explo-
ramos diversos tópicos, incluindo a regulamentação da prática, avaliações utilizadas e a 
importância da anamnese.
Quais são as áreas-chave abordadas na discussão sobre Terapia Ocupacional em contextos 
hospitalares?
I - Regulamentação da prática da Terapia Ocupacional.
II - Avaliações comumente utilizadas na Terapia Ocupacional Hospitalar.
III - Estratégias de tratamento com medicamentos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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3. Um aspecto fundamental da Terapia Ocupacional Hospitalar é a avaliação. Terapeutas ocu-
pacionais aplicam diferentes métodos de avaliação para identificar as necessidades ocupa-
cionais de cada paciente. Essas avaliações levam em consideração a condição de saúde, 
o histórico médico e as metas individuais do paciente. Dessa forma, é possível determinar 
objetivos terapêuticos personalizados e criar um plano de tratamento eficaz.
Qual é o principal propósito das avaliações na Terapia Ocupacional em contextos hospitalares?
a) Diagnosticar doenças em pacientes hospitalizados.
b) Identificar possíveis alergias a medicamentos.
c) Determinar objetivos terapêuticos personalizados para os pacientes.
d) Estabelecer o horário de visitas para os familiares dos pacientes.
e) Não pensar no processo pós alta.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 6 .316, de 17 de dezembro de 1975. Cria o Conselho Federal e os Conselhos Re-
gionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá outras
providências. Brasília: Câmara dos Deputados, 2006. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/
nsite/?p=3318. Acesso em: 4 mar. 2024.
COFFITO – CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Resolução nº 
429, de 8 de julho de 2013. Reconhece e disciplina a especialidade de Terapia Ocupacional em 
Contextos Hospitalares, define as áreas de atuação e as competências do terapeuta ocupacio-
nal especialista em Contextos Hospitalares e dá outras providências. Diário Oficial da União: n. 
169, Seção I, Brasília, 2013, p. 94, 2 set. 2013.
DE CARLO, M.; BARTALOTTI, C. Caminhos da Terapia Ocupacional. In: DE CARLO, M.; BARTALOTTI, 
C. Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Plexus Editora, 2001.
DE CARLO, M. et al. Terapia ocupacional em contextos hospitalares. Rev . Prática Hosp. São Pau-
lo, n. 43, p.158-164, 2006.
DE CARLO, M.; LUZO, M. C. (org.). Terapia Ocupacional: reabilitação física e contextos hospitala-
res. São Paulo: Rocca, 2004.
KUDO, A. M. et al. Construção do instrumento de avaliação de terapia ocupacional em contexto 
hospitalar pediátrico: sistematizando informações. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacio-
nal, [S. l.], v. 20, n. 2, 2012.
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1. Opção B. A regulamentação da prática da Terapia Ocupacional no Brasil é principalmente 
abordada pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975. Essa lei dispõe sobre a regulamen-
tação da profissão de terapeuta ocupacional e de Fonoaudiólogo.
2. Opção C. A Afirmativa I está correta, pois as áreas-chave abordadas na discussão sobre Terapia 
Ocupacional em contextos hospitalares incluem a regulamentação da prática.
A Afirmativa II está correta, pois as áreas-chave abordadas na discussão sobre Terapia Ocu-
pacional em contextos hospitalares utilizam avaliações específicas para compreender as 
necessidades dos pacientes e desenvolver intervenções apropriadas.
A Afirmativa III está incorreta, pois a Terapia Ocupacional em contextos hospitalares geral-
mente não está diretamente relacionada a estratégias de tratamento com medicamentos.
3. Opção C. O principal propósito das avaliações na Terapia Ocupacional em contextos hospi-
talares é determinar objetivos terapêuticos personalizados para os pacientes. As avaliações 
são realizadas para compreender as necessidades, habilidades e limitações dos pacientes, 
permitindo aos terapeutas ocupacionais desenvolver intervenções personalizadas que visam 
a melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida do paciente durante o período hospitalar 
e, muitas vezes, como parte do planejamento pós-alta.
GABARITO
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MINHAS METAS
GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS 
HOSPITALARES DE TERAPIA 
OCUPACIONAL E SERVIÇOS DO 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
Entender a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) e as respectivas políticas de saúde, 
focando no impacto nos serviços de terapia ocupacional hospitalares.
Promover a integração entre os profissionais da saúde para uma abordagem terapêutica abran-
gente.
Estimular inovações e pesquisas para aprimorar serviços de terapia ocupacional no SUS.
Priorizar a segurança e a qualidade, aplicando na gestão.
Conhecer leis e normas relativas à prática da gestão da terapia ocupacional, alinhando-se às 
diretrizes do SUS.
Treinar profissionais na utilização de ferramentas de avaliação para aprimorar a eficácia dos serviços.
Reforçar a importância da conduta ética, garantindo respeito aos princípios éticos e à integrida-
de do SUS.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste tema, você deve estar se perguntando: como eu, futu-
ro(a) profissional de terapia ocupacional, visualizo a relevância de minha con-
tribuição nesse cenário complexo etão pouco explorado da terapia ocupacional 
que é a gestão hospitalar e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS)? Como 
posso atuar nessa área? Qual é a importância dela?
Para que possamos compreender a temática, vamos nos afastar um pouco da 
prática clínica da terapia ocupacional, isto é, daquela que atende diretamente o 
paciente. Utilizaremos um exemplo bem amplo e possível.
Imaginemos que você, terapeuta ocupacional recém-formado(a), assumiu o de-
safio de gerenciar um serviço hospitalar de terapia ocupacional vinculado ao 
SUS. Diante disso, você se depara com a necessidade de otimizar os recursos, 
priorizando a eficiência e a qualidade do atendimento.
Com a prática, você percebe que há uma demanda crescente por serviços 
de terapia ocupacional no hospital, mas os recursos são limitados. Então, você 
se questiona como pode expandir a oferta de atendimento sem comprometer a 
qualidade, considerando as políticas do SUS.
Consciente da importância de sua atuação, você precisará buscar estratégias 
inovadoras. Compreendemos que, para significar algo na vida dos pacientes, 
precisamos ir além da reabilitação tradicional. Você se questiona como integrar 
as abordagens mais tecnológicas às mais acessíveis, proporcionando um impacto 
mais significativo na recuperação dos pacientes.
Você decide, portanto, implementar um programa de reabilitação virtual 
utilizando aplicativos e jogos terapêuticos. Essa abordagem permite uma maior 
flexibilidade nos horários de atendimento e possibilita que os pacientes conti-
nuem as próprias terapias em casa. A experimentação desse novo modelo ob-
jetiva não apenas atender mais pacientes, mas também acompanhar de perto o 
progresso de cada um.
Após alguns meses, você analisa os resultados do programa e observa uma 
melhoria na adesão dos pacientes às terapias e uma otimização dos recursos. 
Lembre-se de que a reflexão nesse serviço será de suma importância ao seu traba-
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
lho como gestor(a), porque, com ela, você será capaz de ajustar estratégias, como 
incluir treinamentos para os familiares dos pacientes, fortalecendo o suporte fora 
do ambiente hospitalar.
Esse exemplo nos ilustra como um terapeuta ocupacional, ao gerenciar um serviço 
hospitalar no SUS, pode enfrentar desafios reais, sempre buscando soluções inovadoras 
e reflexões constantes para aprimorar o atendimento e a eficácia do serviço.
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos ambientar 
com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da terapia ocu-
pacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? 
Pensar no gerenciamento hospitalar vai além de meros processos administra-
tivos, dado que estamos falando de vidas que são impactadas diretamente. Como 
você percebe o verdadeiro significado das suas ações? Refletir sobre o impacto na 
vida dos pacientes e na eficiência dos serviços é fundamental para uma atuação 
consciente. O que essas ações significam para você? Qual projeto você imaginaria 
fazendo se fosse gestor(a) de um serviço hospitalar? Escreva os resultados de sua 
pesquisa e as dificuldades que possa ter tido ao pensar nesse processo. 
Em nosso podcast, exploraremos um tema fascinante: como o gerenciamento de 
serviços hospitalares pode transformar a prática da terapia ocupacional nos am-
bientes do SUS. Em nosso episódio, trabalharemos os desafios e as inovações que 
revelam a importância desse gerenciamento. Como lidar com a demanda cres-
cente? Que tal ir além da reabilitação tradicional? Venha conosco nessa jornada 
de reflexão, experimentação e busca por soluções que aprimorem a qualidade 
dos serviços oferecidos. Prepare-se para uma conversa inspiradora e cheia de 
reflexões. Está pronto(a) para descobrir mais sobre o gerenciamento de serviços 
hospitalares de terapia ocupacional e serviços do SUS? Não perca, porque, jun-
tos, podemos transformar a saúde e o cuidado! Recursos de mídia disponíveis no 
conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
ENTENDENDO A ESTRUTURA DO SUS E AS RESPECTIVAS 
POLÍTICAS DE SAÚDE E A TERAPIA OCUPACIONAL
Compreender a estrutura e as políticas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) 
é crucial para profissionais de terapia ocupacional atuantes em ambientes hos-
pitalares. Essa compreensão permite uma abordagem alinhada às diretrizes do 
SUS, destacando a importância da integralidade do cuidado. Ao entenderem o 
funcionamento do SUS, os terapeutas ocupacionais podem articular estratégias 
eficazes, considerando a realidade dos pacientes hospitalizados. 
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto e relembrarmos juntos? A terapia ocupacional na gestão 
de serviços hospitalares e SUS ainda é pouco explorada, mas temos grandes 
referências no Brasil em relação a esse assunto. Ficou curioso(a) para saber mais? 
Assista a entrevista a seguir com a professora Rita de Cássia Araújo, terapeuta 
ocupacional especialista em gestão de serviços de saúde. https://www.youtube.
com/watch?v=6RQYcfPuvy8
Explore o seu conhecimento sobre o SUS! A melhor forma de atuar no SUS é en-
tendendo a estrutura, os princípios e como ele funciona. Aprofunde os seus co-
nhecimentos e acesse informações essenciais. https://www.gov.br/saude/pt-br/
assuntos/saude-de-a-a-z/s/sus
EU INDICO
As políticas de saúde, quando aplicadas na prática, influenciam diretamente a 
oferta de serviços de terapia ocupacional, promovendo uma atuação mais alinha-
da aos princípios de universalidade, equidade e integralidade preconizados pelo 
sistema de saúde brasileiro. A conexão entre a compreensão do SUS e a prática 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
da terapia ocupacional hospitalar é essencial para fornecer serviços de qualidade 
e promover o bem-estar dos pacientes.
Princípios do SUS (SISTEMA..., 2024):
 ■ Universalidade: a saúde constitui um direito fundamental de todos os 
cidadãos, sendo incumbência do Estado garantir essa prerrogativa. A 
acessibilidade às ações e aos serviços de saúde deve ser assegurada a todas 
as pessoas, sem distinção de gênero, raça, ocupação ou quaisquer outras 
características sociais ou pessoais.
 ■ Equidade: o propósito essencial desse princípio é reduzir disparidades. 
Embora todos tenham o direito aos serviços, a diversidade de necessi-
dades entre as pessoas exige uma abordagem diferenciada. Em termos 
simples, a equidade implica tratar de forma desigual aqueles que enfren-
tam desigualdades, direcionando recursos adicionais para áreas onde a 
carência é mais acentuada.
 ■ Integralidade: esse princípio reconhece a importância de abordar as 
necessidades integrais das pessoas, contemplando a promoção da saúde, 
a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. A integralidade 
demanda, em especial, a integração de ações, incluindo a articulação da 
saúde com outras políticas públicas. Isso objetiva garantir uma atuação 
intersetorial, promovendo uma colaboração efetiva entre diversas áreas 
que impactam a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos.
Em síntese, a interseção entre as políticas de saúde, os princípios norteadores do 
Sistema Único de Saúde (SUS) e a prática da terapia ocupacional hospitalar é de 
fundamental importância para assegurar uma oferta de serviços mais abrangente 
e eficaz a você, futuro(a) Terapeuta Ocupacional, quando estiver prestando assis-
tência nessa rede, seja de atenção primária, secundária ou terciária. Ao adotarmos 
os princípios de universalidade, equidade e integralidade preconizados pelo SUS, 
nós, terapeutas ocupacionais, tornamo-nos parte integrante de um sistema de 
saúde que busca não apenas tratar doenças, mas também promover a saúde e o 
bem-estar integral dos pacientes. 
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Nessa perspectiva, a nossa atuação ganha maior relevância, ao considerarmos as 
particularidades e as necessidades individuais, proporcionando um cuidado mais 
humanizado e efetivo. A conexão entre esses elementos ressalta a importância da 
colaboração entre as diferentes áreasda saúde e as políticas públicas, reforçando 
a importância de uma abordagem holística para alcançar melhores resultados e 
garantir uma assistência de qualidade a todos os cidadãos.
Leis e normas para a prática em gestão da terapia ocupacional
Conhecer as leis e as normas que regem a prática da gestão da terapia ocupa-
cional é essencial para garantir uma atuação alinhada com as diretrizes do SUS 
em ambientes hospitalares. A compreensão profunda desses marcos regulatórios 
permite que os gestores desenvolvam estratégias e políticas internas que estejam 
em conformidade com os princípios do sistema de saúde público. 
A sintonia com as normativas do SUS não apenas assegura a qualidade e a efi-
ciência dos serviços, mas também fortalece a integração da terapia ocupacional no 
contexto hospitalar, contribuindo para a oferta de cuidados de saúde mais acessíveis, 
equitativos e alinhados aos propósitos do sistema público. Portanto, o conhecimento 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
aprofundado das leis e das normas é uma premissa essencial para uma gestão eficaz 
da terapia ocupacional em ambientes hospitalares sob a égide do SUS.
Segundo a Resolução nº 650, de 04 de dezembro de 2020 (BRASIL, 2020, 
on-line), é papel do Terapeuta Ocupacional:
XIII - Desenvolvimento de assistência, ensino, pesquisa, extensão universitária, 
planejamento, gestão de serviços e de políticas, assessoria e consultoria de projetos.
[...]
IV - Conhecer as políticas públicas em geral, para compreender sua constituição e a 
dimensão das responsabilidades das instâncias federativas com vistas à formulação 
de estratégias de intervenção em Terapia Ocupacional e à inserção e atribuições do 
terapeuta ocupacional.
[...]
XXIX - Desenvolver atividades de assistência, ensino, pesquisa, inovação, 
planejamento, gestão e empreendedorismo.
[...]
III - Conhecimentos de Conhecimentos Específicos da área da Terapia Ocupacional: 
Fundamentos históricos, epistemológicos, metodológicos, éticos e deontológicos 
da profissão. Estudo das atividades/ocupações/cotidianos do ser humano sob 
diferentes perspectivas, abordagens e possibilidades de prática. Processos de 
avaliação, intervenção e planejamento dos processos terapêutico-ocupacionais; 
gestão de serviços nas diferentes áreas de atuação do terapeuta ocupacional.
A compreensão abrangente das leis e das normativas que regem a prática da gestão 
da terapia ocupacional, especialmente aquelas alinhadas aos preceitos do Sistema 
Único de Saúde (SUS), desempenha um papel crucial na garantia da qualidade e 
da eficiência dos serviços nos ambientes hospitalares. Ao internalizar os princí-
pios do SUS e os respectivos direcionamentos, o seu papel, futuro(a) Terapeuta 
Ocupacional, é estabelecido com clareza, abrangendo desde os conhecimentos 
específicos da área até a capacidade de compreender e atuar em conformidade com 
as políticas públicas. A gestão eficaz nesse contexto implica habilidades multidisci-
plinares envolvendo assistência, ensino, pesquisa, planejamento e gestão de serviços 
e políticas, além do estímulo à inovação e ao empreendedorismo.
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Ao considerar o nosso processo de trabalho na atenção primária de saúde, a 
integração do Terapeuta Ocupacional assume um papel estratégico na promo-
ção da saúde da comunidade. Na atenção primária, atuaremos na identificação 
precoce de necessidades, na promoção da saúde mental, na prevenção de inca-
pacidades e na reabilitação, com foco não somente na doença, mas no contexto 
social e nas atividades diárias dos indivíduos. Essa atuação abrangente e preven-
tiva contribui para uma abordagem mais holística e efetiva na assistência à saúde 
alinhada com os princípios de universalidade, equidade e integralidade do SUS.
Dessa forma, a articulação entre as leis, as normativas, o papel do terapeuta 
ocupacional e a atuação na atenção primária de saúde reforça a importância da 
atualização constante, do alinhamento com as políticas públicas e do contínuo 
desenvolvimento profissional para uma gestão eficaz e uma prática significativa 
da terapia ocupacional no contexto hospitalar e na comunidade. Essa sinergia 
fortalece não apenas a atuação desses profissionais, mas também a entrega de ser-
viços de qualidade e a promoção do bem-estar integral dos indivíduos atendidos.
Características:
• Generalista
• Interprofissional
• Baseada nas pessoas, famílias,
comunidadese suas necessidades. 
Fundamentações:
• Conhecimentos do campo (APS
e interdisciplinares)
• Conhecimentos específicos de 
Terapia Ocupacional (TO)
• Formação e trajetória do
Terapeuta Ocupacional na APS
(Práticas de apoio técnico-pedagógico): 
Processo de Trabalho- compartilhamento 
de saberes e a construção de espaços 
coletivos de co-gestão da atenção à saúde.
(Práticas de apoio clínico-assistencial): 
Processo de Trabalho - atendimentos 
individuais e familiares [ na UBS e no 
domicílio]; atividades coletivas [grupos]; 
ações em rede, intersetorial e territorial.
Desafios: 
• Desmontes do SUS e vulnerabilidade social
• Realizar ou desenvolver a prática interprofissional
• Ausência de sistematização teórica da TO na APS e falta de conhecimento das
equipes, gestores e população sobre TO
• Falta de clareza e segurança para realizar algumas práticas na APS. 
Práticas em Construção:
O Processo de Trabalho de
Terapeutas Ocupacionais na APS
Figura 1 – Processo de trabalho dos Terapeutas Ocupacionais (TO) na Atenção Primária à Saúde (APS) 
Fonte: adaptada de Silva e Oliver (2020). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Descrição da Imagem: trata-se de um diagrama que ilustra o processo de trabalho dos terapeutas ocupacionais 
na Atenção Primária à Saúde (APS). Na parte superior, destaca-se o seguinte título: “Práticas em construção: o 
processo de trabalho de terapeutas ocupacionais na APS”. Embaixo, dois quadros complementares oferecem as 
seguintes informações: “Características: generalista, interprofissional e baseada nas pessoas, famílias, comunida-
des e suas necessidades”; e “Fundamentação: conhecimentos do campo (APS e interdisciplinares), conhecimentos 
específicos de Terapia Ocupacional (TO), formação e trajetória do TO na APS”. Embaixo, encontram-se mais dois 
quadros: o primeiro contém os seguintes conteúdos: “[Práticas de apoio técnico-pedagógico]: processo de trabalho 
- compartilhamento de saberes e a construção de espaços coletivos de co-gestão da atenção à saúde”; e “[Práticas 
de apoio clínico-assistencial]: processo de trabalho - atendimentos individuais e familiares [na UBS e no domicílio]; 
atividades coletivas [grupos]; ações em rede, intersetoriais e territoriais. Por fim, embaixo, encontra-se um quadro 
com a seguinte descrição: “Desafios: desmonte do SUS e vulnerabilidade social; realizar ou desenvolver a prática 
interprofissional; ausência de sistematização teórica da TO na APS e falta de conhecimento das equipes, gestores 
e população sobre TO; falta de clareza e segurança para realizar algumas práticas na APS”.
PROMOÇÃO DA INTEGRAÇÃO ENTRE 
PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA 
UMA ABORDAGEM TERAPÊUTICA 
ABRANGENTE
Promover a integração entre os profissionais de saú-
de é uma peça-chave na busca por uma abordagem 
terapêutica abrangente em contextos hospitalares. 
Reconhecendo a importância do trabalho conjunto, 
os terapeutas ocupacionais colaboram estreitamente 
com outros membros da equipe de saúde para pro-
porcionar uma assistência holística aos pacientes. 
Essa integração vai além das fronteiras disciplina-
res, permitindo uma compreensão mais completa 
das necessidades individuais de cada paciente. 
A colaboração interprofissional contribui para 
o desenvolvimento de planos de tratamento mais 
eficazes, alinhados com os objetivos globais de 
saúde. Dessa forma, a promoção da integração se 
revela como um elemento essencial na constru-
ção de uma abordagem terapêutica abrangente, 
maximizando os benefícios para os pacientes em 
ambientes hospitalares.
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Suponha que você, Terapeuta Ocupacional, atua comogestor(a) em um hospital 
público. A sua função vai além das sessões terapêuticas diretas com os pacientes. 
Ao assumir o papel de gestão, você é, agora, responsável por coordenar a equipe 
de terapeutas ocupacionais, elaborar protocolos de atendimento e assegurar que 
a prática esteja alinhada com as normativas do SUS.
Na prática, também poderíamos pensar na implementação de um programa ino-
vador de reabilitação em colaboração com outras áreas da saúde. Suponha que você 
identifica a necessidade de integrar a terapia ocupacional com fisioterapia e fonoau-
diologia para proporcionar uma abordagem holística aos pacientes após Acidente 
Vascular Cerebral (AVC). Então, como objetivos e metas, você desenvolve um plano 
de ação, promove treinamentos à equipe e estabelece indicadores de desempenho.
Você também poderá atuar na interface com a gestão hospitalar, apresentan-
do propostas para a otimização de recursos e a melhoria contínua dos serviços 
de terapia ocupacional. Seu papel como gestor(a) não apenas influencia positi-
vamente a eficácia dos tratamentos, mas também contribui para a promoção da 
saúde e o bem-estar dos pacientes atendidos no contexto hospitalar.
Segurança e qualidade aplicadas à gestão
No passado, era pequena e pouco valorizada a participação de terapeutas ocu-
pacionais na gestão pública, na elaboração e na implementação de políticas de 
saúde e no gerenciamento de equipes e de serviços, sejam eles públicos, sejam 
eles privados. Essas eram funções exercidas quase que exclusivamente por pro-
fissionais médicos. 
O Art. 17 do Código de Ética de Terapia Ocupacional afirma que “o terapeuta ocu-
pacional é responsável pelo acompanhamento e monitoramento do desempenho 
técnico do pessoal que está sob sua direção, coordenação, supervisão e orienta-
ção, incentivando-os à busca de qualificação continuada e permanente, em bene-
fício do cliente/ paciente/ usuário/ familiar/ grupo/ comunidade e do desenvol-
vimento da profissão, respeitando sua autonomia” (BRASIL, 2013, on-line).
APROFUNDANDO
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Entretanto, na realidade atual do mercado de trabalho, o terapeuta ocupa-
cional tem assumido papéis participativos e ativos no seio das instituições em 
que se dá a terapia ocupacional. A gestão da saúde é uma narrativa que destaca 
a evolução constante da profissão em direção à promoção da segurança e à qua-
lidade nos serviços de saúde (CARLO et al., 2009). 
A ênfase na segurança do paciente e na entrega de cuidados de alta qualidade 
tem sido uma prioridade intrínseca à atuação dos terapeutas ocupacionais na 
gestão. Ao assumirem papéis de liderança, nós, profissionais, temos aplicado 
estratégias e políticas que visam assegurar ambientes seguros, protocolos eficazes 
e práticas baseadas em evidências. 
Priorizar a segurança e a qualidade na gestão envolve desde a implemen-
tação de medidas preventivas até a busca constante por aprimoramentos nos 
processos, refletindo o compromisso da terapia ocupacional com o fornecimento 
de cuidados que atendam aos mais elevados padrões de excelência. Devemos 
destacar como a priorização da segurança e da qualidade se tornou uma peça 
fundamental na busca por uma assistência de saúde mais eficaz e centrada no 
paciente (FURLAN; OLIVEIRA, 2017).
Na gestão dos serviços hospitalares e do SUS, a priorização pela segurança e 
qualidade é imperativa. Imaginemos um cenário em que o terapeuta ocupacional 
João assume a responsabilidade pela gestão de um departamento nesse contexto. 
A abordagem dele inclui a implementação de protocolos rigorosos, com o intuito 
de garantir a segurança dos pacientes durante as atividades terapêuticas.
João introduz uma cultura de qualidade, assegurando que cada intervenção 
seja baseada em evidências e alinhada às melhores práticas. Ele estabelece sis-
temas de monitoramento para avaliar constantemente a eficácia dos serviços, 
identificando áreas de melhoria. A integração entre os feedbacks dos pacientes e 
os feedbacks da equipe é essencial para manter um padrão elevado de qualidade 
na prestação de serviços de terapia ocupacional no ambiente hospitalar. 
Essa abordagem não apenas eleva a segurança dos pacientes, mas também 
contribui para a obtenção de resultados terapêuticos mais eficazes. Um ambiente 
em que João pode estar inserido é a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, 
em que cada prática deve ser pautada na segurança de cada bebê e na melhora 
clínica e funcional.
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Em resumo, a nossa jornada enquanto terapeutas ocupacionais na gestão de saú-
de é e sempre será marcada por um compromisso contínuo com a segurança e 
a qualidade dos serviços oferecidos. Na gestão, não atuaremos apenas na im-
plementação de protocolos e estratégias, mas com base em uma abordagem 
que visa aprimorar constantemente os processos e promover uma cultura de 
excelência e cuidado centrado no paciente. 
O exemplo de João ressalta a importância de uma liderança comprometi-
da em estabelecer padrões elevados de segurança e qualidade, especialmente 
em ambientes como a UTI neonatal, em que a priorização do bem-estar dos 
pacientes é essencial.
A busca incessante por melhorias e a aplicação de práticas baseadas em evi-
dências são fundamentais para garantir não apenas a segurança dos pacientes, 
mas também a eficácia terapêutica e o alcance de resultados positivos. Sendo 
assim, a trajetória da terapia ocupacional na gestão da saúde reitera a relevância 
de uma abordagem proativa e orientada à qualidade, contribuindo significati-
vamente para a evolução e o aprimoramento contínuos dos serviços de saúde.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
NOVOS DESAFIOS
Ao longo desta jornada, mergulhamos nas complexidades essenciais da te-
rapia ocupacional em ambientes hospitalares, traçando paralelos significativos 
com o Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente, compreendemos a relevân-
cia intrínseca do SUS e a nossa função enquanto futuros gestores, destacando a 
importância da atuação em equipes multidisciplinares. Aprofundamos o nosso 
entendimento sobre as leis e as normativas que direcionam a atuação do tera-
peuta ocupacional na gestão, reconhecendo o papel vital desse profissional na 
promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Progredimos para a esfera do gerenciamento dos serviços hospitalares, reco-
nhecendo que a terapia ocupacional ultrapassa as fronteiras da abordagem clínica 
individual. Examinamos como a gestão eficaz desses serviços pode amplificar o 
impacto da terapia ocupacional, possibilitando uma resposta mais abrangente às 
crescentes demandas na área da saúde. Além do mais, exploramos as inovações 
necessárias para transcender as práticas tradicionais de reabilitação, vislumbran-
do um futuro em que você, futuro(a) Terapeuta Ocupacional, desempenhará um 
papel fundamental na transformação positiva dos sistemas de saúde.
Ao refletirmos sobre as considerações expostas, vislumbramos horizontes promissores 
para você, futuro(a) profissional de Terapia Ocupacional. A integração crescente 
com o SUS abre portas para atuações mais amplas e impactantes, alinhadas com 
as necessidades da comunidade. A gestão eficiente dos serviços hospitalares 
não apenas otimiza os recursos disponíveis, mas também nos coloca, terapeutas 
ocupacionais, no centro das estratégias de saúde pública. Nesse cenário dinâmico, 
a terapia ocupacional emerge como uma profissão estratégica, capaz de promover 
mudanças substanciais na abordagem e na qualidade dos cuidados de saúde.
Acesse seu ambiente virtual de aprendizagem e confira a aula referente a este 
tema. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de 
aprendizagem .
EM FOCO
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Ao entendermos o panorama histórico delineado, evidenciamos a evolução sig-
nificativa do papel do terapeuta ocupacional na gestão dos serviços de saúde, 
especialmente no contexto do SUS. Em um passado não tão distante, a presença 
desses profissionais na gestão era restrita e pouco reconhecida, com as atribuiçõeshierarquicamente definidas por profissões, em especial, os médicos.
Entretanto, o tempo evoluiu e os terapeutas ocupacionais atualmente desem-
penham papéis ativos e participativos nos contextos sociais em que estão inseridos. 
Essa transformação é respaldada pela emergência de uma visão contemporânea 
de gestão em saúde pública, a qual rejeita estruturas hierárquicas e centralizadas. 
A abordagem antitaylorista contribui para a criação de espaços coletivos, promo-
vendo uma gestão mais democrática nos serviços públicos de saúde.
O modelo de gestão participativa se destaca por desafiar a organização 
tradicional do serviço, questionando a distribuição de saberes categorizados e 
incentivando a participação ativa, a cogestão e a corresponsabilização de todos 
os envolvidos. Logo, o debate sobre uma gestão mais participativa é ampliado no 
SUS, reconhecendo a importância da atuação conjunta de diversos profissionais, 
incluindo terapeutas ocupacionais.
Ao construirmos uma sólida base de conhecimento sobre o gerenciamento 
dos serviços hospitalares de terapia ocupacional e a relação dele com o SUS, co-
nectando ao seu futuro ambiente profissional, estudante de Terapia Ocupacional, 
estamos fortalecendo a sua preparação para atender às necessidades da sociedade. 
Estamos moldando profissionais capazes de enfrentar os desafios e aproveitar 
as oportunidades do mercado de trabalho. A conexão entre a teoria e a prática 
possibilita impactar positivamente a saúde e a qualidade de vida da população a 
partir de uma atuação comprometida e integrada com as demandas emergentes 
do cenário de saúde atual.
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1. Ao longo dos anos, a atuação do terapeuta ocupacional na gestão de serviços hospitalares 
passou por transformações significativas. No passado, a participação desse profissional era, 
muitas vezes, pouco valorizada, com a gestão sendo predominantemente atribuída aos 
profissionais médicos. No entanto, atualmente, observamos uma mudança nesse cenário, 
com os terapeutas ocupacionais assumindo papéis mais participativos e ativos na gestão 
de equipamentos sociais. Essa mudança reflete uma nova visão de gestão em saúde pú-
blica, a qual busca uma abordagem mais participativa e democrática nos serviços do SUS. 
Considerando o gerenciamento dos serviços hospitalares de Terapia Ocupacional e serviços 
do SUS, analise as afirmativas a seguir:
I - A participação do terapeuta ocupacional na gestão de serviços hospitalares é uma pers-
pectiva recente, refletindo mudanças na abordagem da saúde pública.
II - A terapia ocupacional tem desempenhado papéis ativos na gestão hospitalar desde o 
início, sendo amplamente reconhecida.
III - O SUS não influencia de forma significativa a gestão dos serviços hospitalares de tera-
pia ocupacional, sendo essa uma responsabilidade exclusiva das instituições de saúde.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
AUTOATIVIDADE
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2. A atuação do Terapeuta Ocupacional na gestão de serviços hospitalares é recente e repre-
senta uma mudança significativa na abordagem da saúde pública, buscando uma gestão 
mais participativa e democrática.
Considerando as transformações na gestão de serviços hospitalares e a crescente partici-
pação do terapeuta ocupacional no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), assinale a 
alternativa correta:
a) A mudança na abordagem da saúde pública não impacta a atuação do Terapeuta Ocu-
pacional.
b) O envolvimento do Terapeuta Ocupacional na gestão hospitalar é uma prática antiga e 
sem relevância.
c) A gestão hospitalar não requer a participação de profissionais de Terapia Ocupacional.
d) A gestão participativa na saúde pública envolve a atuação do Terapeuta Ocupacional.
e) A gestão participativa no SUS não influencia a prática da terapia ocupacional em am-
bientes hospitalares.
3. Compreendendo o cenário histórico delineado, percebemos a evolução significativa do pa-
pel do Terapeuta Ocupacional na gestão dos serviços de saúde, especialmente no contexto 
do SUS. No passado, a presença desses profissionais na equipe de gestão era limitada e 
pouco valorizada, com atribuições hierárquicas definidas por profissões, em especial, por 
médicos.
Com base na evolução do papel do Terapeuta Ocupacional na gestão dos serviços de saúde, 
analise as afirmativas a seguir:
I - A rejeição de estruturas hierárquicas e centralizadas na gestão em saúde.
II - A presença limitada dos terapeutas ocupacionais na gestão hospitalar.
III - A manutenção da organização tradicional do serviço de saúde.
IV - A predominância hierárquica das atribuições lideradas por médicos.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) III e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV.
AUTOATIVIDADE
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Resolução nº 425, de 08 de julho de 2013. Estabelece o Código de Ética e Deontologia 
da Terapia Ocupacional. Brasília, DF: COFFITO, [2013]. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/
nsite/?p=3188. Acesso em: 20 mar. 2024.
BRASIL. Resolução nº 650, de 04 de dezembro de 2020. Dispõe sobre as recomendações do 
Conselho Nacional de Saúde à proposta de Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Gra-
duação Bacharelado em Terapia Ocupacional. Brasília, DF: Ministério da Saúde, [2020]. Dispo-
nível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes-cns/resolucoes-2020/1502-resolucao-n-
-650-de-04-de-dezembro-de-2020. Acesso em: 20 mar. 2024.
CARLO, M. M. R. do P. de et al. Planejamento e gerenciamento de serviços como conteúdos da 
formação profissional em Terapia Ocupacional: reflexões com base na percepção dos estudan-
tes. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 13, n. 29, p. 445-453, 2009. 
FURLAN, P. G.; OLIVEIRA, M. dos S. Terapeutas ocupacionais na gestão da atenção básica à 
saúde. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, São Carlos, v. 25, n. 1, p. 21-31, 2017. Dispo-
nível em: https://www.cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/
view/1146/810 . Acesso em: 20 mar. 2024.
SILVA, R. A. S.; OLIVER, F. C. A interface das práticas de terapeutas ocupacionais com os atributos 
da atenção primária à saúde. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 28, n. 3, p. 784-
808, 2020. 
SISTEMA Único de Saúde. Ministério da Saúde, c2024. Disponível em: https://www.gov.br/sau-
de/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sus. Acesso em: 20 mar. 2024.
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1. Opção A. A participação do terapeuta ocupacional na gestão de serviços hospitalares é 
uma perspectiva recente, refletindo mudanças na abordagem da saúde pública. A Terapia 
Ocupacional tem desempenhado papéis ativos na gestão hospitalar desde o início. O SUS 
influencia de forma significativa a gestão de serviços hospitalares, buscando uma abordagem 
mais participativa e democrática nos serviços de saúde.
2. Opção D. Reflete-se a ideia de que a participação do terapeuta ocupacional na gestão dos 
serviços hospitalares é uma mudança significativa na abordagem da saúde pública, buscando 
uma gestão mais participativa e democrática no contexto do SUS. As outras afirmações não 
estão alinhadas com a ideia de mudança e participação ativa do terapeuta ocupacional na 
gestão hospitalar e no SUS.
3. Opção A. A afirmativa I está correta, porque o texto menciona uma evolução significativa, 
indicando uma mudança na abordagem da gestão de saúde, afastando-se de estruturas hie-
rárquicas e centralizadas. A afirmativa II está incorreta, dado que o texto destaca uma evolução 
significativa, indicando que, no passado, a presença era limitada, mas não afirma que isso 
continua sendo verdade no presente. A afirmativa III está incorreta, uma vez que o texto não 
sugere que houve manutenção da organização tradicional, mas uma mudança significativa. 
A afirmativa IV está incorreta, visto que o texto menciona que, no passado, as atribuições 
eram predominantemente lideradas por médicos, indicando uma mudança nesse cenário.
GABARITO
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MINHAS METAS
TERAPIAOCUPACIONAL EM 
ENFERMARIA E BRINQUEDOTECA 
HOSPITALAR 
Estudar os fundamentos da terapia ocupacional em enfermarias, na saúde e na reabilita-
ção dos pacientes.
Explorar a relevância da brinquedoteca na terapia ocupacional, usando jogos para me-
lhorar o bem-estar de crianças hospitalizadas.
Demonstrar o papel da terapia ocupacional na promoção do bem-estar pediátrico.
Discutir a relação entre a terapia ocupacional e a humanização hospitalar.
Examinar os estudos que ilustram os benefícios da terapia ocupacional na enfermaria e 
na brinquedoteca para os pacientes.
Refletir sobre as estratégias de intervenção em terapia ocupacional em contextos hospi-
talares.
Estimular a criatividade na aplicação de atividades terapêuticas na brinquedoteca, com 
engajamento dos pacientes.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 3
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INICIE SUA JORNADA
Ao iniciar a leitura deste material, você deve estar se perguntando: brinquedoteca? 
Terapia ocupacional em enfermaria? Qual é a importância dela? Como ela pode 
influenciar a minha vida? Qual é o papel do terapeuta ocupacional nesse serviço?
Para que possamos compreender a temática, considere as crianças que po-
demos atender enquanto terapeutas ocupacionais. Entretanto, vamos nos dis-
tanciar um pouco de consultórios, APAEs ou até mesmo escolas. Utilizaremos 
um exemplo bem amplo e possível.
Suponha que você, graduado(a) em Terapia Ocupacional, está atuando em 
uma enfermaria pediátrica, com crianças internadas e que estão longe das es-
colas, dos amigos, dos brinquedos e das brincadeiras. Nesse contexto, você é 
chamado(a) pelo enfermeiro da unidade, o qual solicita o atendimento de terapia 
ocupacional para uma menina de seis anos com uma condição crônica. Dessa 
forma, você é provocado(a) pelos pais da garota e tece as seguintes perguntas: 
VOCÊ SABE RESPONDER?
Qual será a avaliação? Quais são os objetivos com essa menina? De que forma 
atuaremos em enfermaria e brinquedoteca? Quais são os objetivos? 
Diante de tantas perguntas, as respostas que devem ser apresentadas pelo pro-
fissional de terapia ocupacional parecem simples. No entanto, para que a sua 
provocação seja efetiva e a compreensão do paciente e dos familiares dele sejam 
significativas para eles, é necessário que você, futuro(a) profissional, alcance essas 
respostas com base em um planejamento. 
Você avaliará, conversará com a criança (paciente) e com os pais/respon-
sáveis, analisará o paciente, a história clínica dele, o que gosta de brincar, os 
personagens favoritos dele, a escola que frequenta e o período desde que iniciou 
a internação, com a finalidade de elaborar, planejar e executar os melhores obje-
tivos, isto é, aqueles que mais auxiliam o paciente, seja em forma de brincadeira 
e ludicidade no próprio leito, seja nas brinquedotecas. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Considere a situação hipotética apresentada e, para que possamos nos am-
bientar com a prática, que tal nos apropriarmos de uma das aplicações da terapia 
ocupacional e colocarmos a mão na massa? Vamos lá? 
Faça uma pesquisa com pessoas próximas que tenham filhos que já tiveram 
internação hospitalar. Pergunte a eles como foi esse período de internação para 
a criança, se foram feitas brincadeiras, existiram preocupações com a escola e se 
atenderam a criança em alguma brinquedoteca. Diante de tudo o que discutimos 
até o momento, faça as suas anotações. Escreva os resultados de sua pesquisa 
com as pessoas próximas e anote as dificuldades que eles tiveram ao longo da 
internação dos próprios filhos. 
Você já parou para pensar no poder transformador da brincadeira para as crianças 
hospitalizadas? Neste episódio do nosso podcast, mergulharemos na importância 
da ludicidade durante as internações pediátricas. Descubra como a simples arte 
de brincar pode ser uma ferramenta terapêutica incrível. Vem com a gente enten-
der como a alegria e a normalidade das brincadeiras transformam vidas dentro 
de hospitais. Não perca! Este é o podcast que mostra que o brincar é mais do 
que diversão, é cura. Fique ligado(a) sobre as brincadeiras que curam! Recursos 
de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem .
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Que tal revisitar o assunto e relembrarmos juntos? A terapia ocupacional nas 
brinquedotecas já é uma realidade em muitos hospitais no Brasil. Ficou curioso(a) 
para saber mais? Assista a entrevista a seguir com a doutora Keila Mattos, terapeuta 
ocupacional do hospital de clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
https://www.youtube.com/watch?v=OrYypOxFtiY
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DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A TRAJETÓRIA DA TERAPIA OCUPACIONAL EM 
ENFERMARIAS E BRINQUEDOTECAS HOSPITALARES 
A trajetória da terapia ocupacional em enfermarias e brinquedotecas hospitalares 
tem sido marcada por uma evolução significativa ao longo das últimas décadas. 
Inicialmente, a presença da terapia ocupacional em ambientes hospitalares estava 
mais centrada na reabilitação física, auxiliando os pacientes a recuperarem as 
habilidades motoras e funcionais. 
Com o passar do tempo, a compreensão do papel da terapia ocupacional 
expandiu-se, incorporando uma abordagem mais holística, que considera não 
somente a recuperação física, mas também os aspectos emocionais, cognitivos 
e sociais dos pacientes. Nesse contexto, podemos entender as enfermarias como 
espaços voltados para a aplicação de técnicas terapêuticas adaptadas visando não 
apenas à recuperação física, mas também à promoção do bem-estar global dos 
pacientes hospitalizados.
Simultaneamente, a introdução das brinquedotecas nos hospitais representou 
um marco na humanização do ambiente hospitalar, oferecendo às crianças 
um espaço lúdico e seguro para expressar as próprias emoções, interagir e desen-
volver-se enquanto estão em tratamento. A terapia ocupacional nas brinquedo-
tecas hospitalares evoluiu para incorporar as atividades terapêuticas específicas, 
adaptadas às necessidades individuais de cada criança.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 3
Essas atividades são projetadas não apenas para o entretenimento, mas também 
para promover o engajamento e as estimulações sensorial, cognitiva e emocional, 
além de facilitarem a adaptação ao ambiente hospitalar e contribuírem para o 
processo de recuperação das crianças hospitalizadas. A intersecção entre a terapia 
ocupacional, as enfermarias e as brinquedotecas hospitalares destaca a importân-
cia crescente de uma abordagem integrada e centrada na criança para que possa-
mos promover a saúde e o bem-estar em contextos de tratamento hospitalares.
Terapia ocupacional e sua atuação em enfermarias
A atuação da terapia ocupacional em enfermarias é fundamental para promover a 
recuperação e a qualidade de vida dos pacientes. Enquanto futuro(a) Terapeuta 
Ocupacional, você desempenhará um papel crucial na avaliação das necessidades 
ocupacionais dos indivíduos hospitalizados, considerando os aspectos físicos, 
emocionais e cognitivos deles. Ao adaptarmos as atividades diárias necessárias de 
acordo com as condições de saúde dos pacientes, teremos, como objetivos, anga-
riar a máxima independência funcional do nosso paciente, oferecendo estratégias 
para a realização de tarefas de vida diária, como higiene pessoal, alimentação e 
mobilidade no ambiente hospitalar.
Os terapeutas ocupacionais atuantes nas enfermarias também contribuem 
para a prevenção de complicações decorrentes da hospitalização prolongada, 
como a perda de habilidades motoras, o declínio cognitivo e a redução da qua-
lidade de vida. Você, futuro(a) Terapeuta Ocupacional, desenvolverá planos de 
intervenção individualizados utilizando técnicas de reabilitação, treinamento 
de atividades e adaptação do ambiente para otimizar a funcionalidade dos pa-
cientes. Essa abordagem humanizada promove não apenas a recuperação física, 
mas também o bem-estar emocional e a reintegração social dos indivíduos no 
contexto hospitalar e após a alta.
Lei das brinquedotecas
A Lei nº 11.104,humanizadas e centradas na pessoa. A ênfase na prevenção e no autocui-
dado destacada nos programas de saúde mental demonstra como a Terapia Ocu-
pacional pode ser proativa na promoção do bem-estar emocional dos indivíduos.
A atenção especial dada à integração de famílias e cuidadores nos processos te-
rapêuticos e a consideração do paciente no contexto ocupacional destacam a aborda-
gem holística da Terapia Ocupacional. Exemplos práticos, como grupos terapêuticos 
familiares e estratégias específicas para lidar com o estresse, ilustram como o terapeuta 
ocupacional atua como um agente de mudança em toda a dinâmica familiar.
Além disso, ao compreender o papel do terapeuta ocupacional no auxílio 
aos processos de alta e retomada dos papéis ocupacionais, você adquiriu insights 
sobre como facilitar a transição dos pacientes de ambientes hospitalares para a 
comunidade. Isso te preparará para ser um(a) agente de mudança não apenas 
em termos de tratamento, mas também na promoção da autonomia e qualidade 
de vida dos pacientes.
Essa compreensão profunda da Terapia Ocupacional em saúde mental hospitalar 
proporciona uma base sólida para o ambiente profissional. Você está capacitado(a) 
para enfrentar os desafios emergentes, como a demanda por abordagens mais centra-
das no paciente, o crescimento da teleterapia e a necessidade contínua de inovação. 
Além disso, ao incorporar a ênfase na educação e suporte, você está pre-
parado(a) para contribuir de maneira significativa com a evolução do campo 
e a promoção contínua da saúde mental em diversos contextos profissionais, 
consolidando a Terapia Ocupacional como uma peça essencial do panorama de 
cuidados em saúde mental hospitalar.
UNIASSELVI
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1
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1. A Terapia Ocupacional abrange o estudo do funcionamento ocupacional envolvendo ativi-
dades no cotidiano. Diferentes modelos guiam a aplicação da Terapia Ocupacional, sendo 
o “funcionamento ocupacional” associado ao Modelo da Ocupação Humana. Esse conceito 
está ligado à natureza da ocupação e ao papel na vida dos indivíduos em contextos de 
saúde e adversidade. O terapeuta ocupacional atua no processo saúde-doença, integran-
do aspectos biológicos, sociais, psíquicos e culturais. Esse novo paradigma destaca uma 
postura ética renovada, entendendo o sujeito não apenas como detentor de doença, mas 
alguém que necessita de apoio para assegurar a cidadania e a qualidade de vida. A Terapia 
Ocupacional utiliza a atividade como ferramenta para promover o protagonismo social, 
repensando a própria visão e permitindo a participação de outros agentes no processo de 
atenção, como a família e a cultura.
Qual é o conceito associado ao Modelo da Ocupação Humana que está intrinsecamente liga-
do à natureza da ocupação e ao papel na vida dos indivíduos? Assinale a alternativa correta:
a) Modelo de Avaliação Dinâmica de Ocupação (MADO).
b) Modelo Biopsicossocial (MBPS).
c) Funcionamento Ocupacional.
d) Modelo de Intervenção Terapêutica (MIT).
e) Abordagem Cognitivo-Comportamental (ACC).
2. A Reforma Psiquiátrica Brasileira representou uma mudança profunda na abordagem da 
saúde mental no país, buscando superar o modelo manicomial e promovendo práticas tera-
pêuticas mais inclusivas e humanizadas. A desinstitucionalização gradual e a incorporação 
de leitos psiquiátricos em hospitais gerais foram elementos-chave dessa transformação, 
refletindo o compromisso com uma assistência mais integral e respeitosa à singularidade 
de cada indivíduo.
Considerando o contexto da Reforma Psiquiátrica Brasileira, analise as afirmativas a seguir:
I - A reforma priorizou a manutenção do modelo manicomial tradicional, reforçando a se-
gregação dos pacientes.
II - A desinstitucionalização gradual buscou fortalecer o estigma associado às condições 
mentais, dificultando a aceitação social.
III - A incorporação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais reflete o compromisso com 
uma abordagem mais holística e integrada da saúde mental.
É correto o que se afirma em:
AUTOATIVIDADE
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8
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a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
3. A Reforma Psiquiátrica Brasileira representou uma mudança significativa na abordagem 
da saúde mental, buscando superar o modelo manicomial e promover práticas mais hu-
manizadas e inclusivas. A desinstitucionalização progressiva e a incorporação de leitos 
psiquiátricos em hospitais gerais foram elementos-chave dessa transformação, refletindo 
um compromisso com uma visão mais holística e integrada da assistência à saúde mental.
Qual é um dos principais objetivos da Reforma Psiquiátrica Brasileira? Assinale a alternativa 
correta:
a) Fortalecer o modelo manicomial tradicional.
b) Reforçar estigmas associados às condições mentais.
c) Promover práticas mais inclusivas e humanizadas.
d) Centralizar os cuidados de saúde mental em hospitais especializados.
e) Desvincular os serviços de saúde mental do sistema de saúde geral.
AUTOATIVIDADE
1
8
1
REFERÊNCIAS
BARROS, D. D.; GHIRARD, M. I. G.; LOPES, R. E. Terapia ocupacional social. Revista de Terapia 
Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 13, n. 3, p. 95-103, 2002.
MÂNGIA, E. Contribuições da abordagem canadense “prática de terapia ocupacional centrada 
no cliente” e dos autores da desinstitucionalização italiana para a terapia ocupacional em saúde 
mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 13, n. 3, p. 127-134, 
2002.
RIBEIRO, M. C. A reabilitação psicossocial num CAPS: concepção dos profissionais. 2005. Dis-
sertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2005.
RIBEIRO, M. C.; MACHADO, A. L. A Terapia Ocupacional e as novas formas do cuidar em saúde 
mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 19, n. 2, p. 72-75, 
2008.
TEDESCO, S. A.; NOGUEIRA-MARTINS, L. A.; CITERO, V. Ações de terapia ocupacional em saúde 
mental para pacientes internados em hospital geral: impacto sobre o funcionamento ocupacio-
nal. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, v. 28, n. 3, p. 261-270, 2017.
1
8
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1. Opção C. O texto-base destaca que o termo “funcionamento ocupacional” está associado 
ao Modelo da Ocupação Humana. O funcionamento ocupacional diz respeito à maneira 
como as atividades realizadas no contexto da ocupação influenciam a vida dos indivíduos. O 
Modelo de Avaliação Dinâmica de Ocupação (MADO) não é mencionado no texto base, e o 
termo “funcionamento ocupacional” não está diretamente associado a esse modelo. Embora 
aspectos biopsicossociais sejam mencionados, o termo específico “funcionamento ocupa-
cional” não está vinculado a esse modelo no texto. O Modelo de Intervenção Terapêutica 
(MIT) não é citado no texto, e o termo «funcionamento ocupacional» não está relacionado a 
esse modelo. A Abordagem Cognitivo-Comportamental (ACC) não é abordada no texto, e o 
termo “funcionamento ocupacional” não está associado a essa abordagem.
2. Opção B. A afirmativa correta é a III, pois a incorporação de leitos psiquiátricos em hospitais 
gerais evidencia o compromisso com uma abordagem mais holística e integrada da saúde 
mental, integrando-a ao sistema de saúde como um todo. A afirmativa I está incorreta, pois 
a reforma visava superar o modelo manicomial. A afirmativa II está incorreta, porque a de-
sinstitucionalização buscava justamente reduzir o estigma associado às condições mentais, 
promovendo uma visão mais inclusiva e respeitosa.
3. Opção C.Um dos principais objetivos da Reforma Psiquiátrica Brasileira foi promover práti-
cas mais inclusivas e humanizadas na abordagem da saúde mental. As demais alternativas 
estão incorretas, uma vez que a reforma buscava justamente superar o modelo manicomial, 
combater estigmas associados às condições mentais, integrar os cuidados de saúde mental 
ao sistema de saúde geral e descentralizar os serviços especializados.
GABARITO
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MINHAS ANOTAÇÕES
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8
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