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Canoas, 21 de março 2023 CRIMES EM ESPÉCIE Pesquisa para 16/05. 5 páginas HOMICÍDIO PRIVILEGIADO Art. 121, par 1º, CP DOMÍNIO DA VIOLENTA EMOÇÃO Não basta emoção, é preciso que seja agente dominado por esta. Atenção se é domínio ou influência – a emoção não exclui o crime. Deve-se agir sob choque emocional próprio - Perda dos freios inibitórios. CONCURSO ENTRE QUALIFICADORAS => Não cabe concurso de qualificadoras subjetivas com privilegiado. A qualificadora não se comunica. - Há uma pluralidade de qualificadoras - Homicídio triplamente qualificado (asfixia, em razão de promessa de recompensa, feminicídio) - Art. 93, IX, CF - é preciso um fundamento idôneo para qualificadora. Do contrário configura bis in idem => Privilegiadora é incompatível com as qualificadoras subjetivas => São incompatíveis entre si. Privilegiadora com motivo útil ou torpe HOMICIDIO QUALIFICADO Definido como crime hediondo, Art. 1º, I, Lei 8072 Crime mercenário – conduta mais reprovável (conduta de torpeza). O motivo não pode ser torpe e mercenário ao mesmo tempo MOTIVO TORPE É o que atinge mais profundamente o sentido ético-social da coletividade É o motivo repugnante, abjeto, vil, indigno, que repugna à consciência média. Não pode ser ao mesmo tempo torpe e fútil. A torpeza afasta a futilidade MOTIVO FUTIL É o motivo insignificante, banal, desproporcional à reação criminosa. Não se confunde com motivo injusto Vingança não é motivo fútil Ciúme não é motivo fútil Ausência de motivo não caracteriza motivo fútil Exposição de motivos: Pela sua mínima importância, não é causa suficiente para o crime. MEIOS QUALIFICADORES: insidioso, cruel e resulta perigo comum. Meio insidioso: veneno (so qualifica o crime se for dissimulado, cilada) Meio cruel: asfixia, tortura Meio extensivamente perigoso: fogo, explosivo OUTROS MEIOS Asfixia: pode ser mecânica ou tóxica Emprego de tortura é uma modalidade de meio cruel Lei: 9455/97 definiu crime de tortura MODOS QUALIFICADORES – 121, parágrafo 2º, IV Traição (tiro pelas costas) Emboscada Mediante dissimulação Recurso que dificulta a defesa da vítima: hipótese análoga à traição Surpresa: algo inesperado, sem suspeita da vítima QUALIFICAÇÃO PELA CONEXÃO Art. 121, parag. 2º, V, CP – assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime. Também prevista como agravante genérica (Art. 61, II, B do CP) HOMICÍDIO QUALIFICADO POR RAZÕES DE GÊNERO Conjuntura histórica Lutas feministas Observância da convenção interamericana, para prevenir e erradicar a violência contra a mulher. Lei Maria da Penha 11340/2006 Qualificadora do crime de homicídio – Lei 13014/2015 Não se trata de figura típica nova – vem para atualizar Cifra oculta – casos que não chegam ao conhecimento QUALIFICADORES DO FEMINICIDIO Não basta ser crime contra a mulher Homicídio discriminatório com seguintes características: Violência doméstica familiar Menosprezo ou discriminação à condição de mulher Pressupõe violência baseada no gênero Motivação: opressão da mulher e menosprezo ou discriminação Quem é mulher: critério jurídico (por certidão) Não basta tratar-se de homicídio contra mulher para incidir a qualificadora especial É preciso caracterizar: - Violência doméstica e familiar - Motivado por menosprezo ou discriminação à condição da mulher Nem toda violência doméstica é familiar! Problema de legalidade SUJEITO ATIVO E PASSIVO DO FEMINICIDIO Ativo: qlquer pessoa – basta presença dos elementares caracterizadores Passivo: geralmente mulher, pessoa do sexo feminino Não se admite homossexual masculino HOMICIDIO CULPOSO – figura autônoma (Art. 121, 3, CP) Previsão normativa – se não tiver previsão legal não há que se falar em crime culposo. Só homicídio prevê a modalidade culposa, há referência expressa à figura culposa A doutrina é quem traduz a modalidade de culpa A regra é a imputação da modalidade dolosa. Imprudência: Prática de conduta arriscada ou perigosa, têm caráter comissivo. É a imprevisão ativa. Conduta imprudente é aquela que se caracteriza pela intempestividade, precipitação, insensatez ou imoderação. Muñoz Conde: a imprudência no homicídio, como nos demais crimes, constitui o limite mínimo para imputação do resultado delitivo Negligência: É a displicência no agir, falta de precaução, a indiferença do agente, que, podendo adotar cautelas necessárias, não faz. Imperícia: É a falta de capacidade. Culpa consciente Também chamada culpa com previsão. Não basta a previsão, mas a consciência da lesão ao dever de cuidado. Culpa inconsciente Ação sem a previsão do resultado Estrutura típica do crime culposo - é diferente do crime doloso - DOLOSO: pune-se a conduta dirigida a um fim ilícito - CULPOSO: pune-se a conduta mal dirigida, normalmente destinada a um fim penalmente irrelevante, quase sempre lícito Crime culposo – dever de cuidado objetivo Não há crime culposo sem resultado Isenção de pena – perdão tácito Tentativa na modalidade culposa – Não se admite CANOAS, 28 DE MARÇO DE 2023 INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO A SUICIDIO E À AUTOMUTILAÇÃO (Art. 122, CP) Crime material => exige resultado (ação gera modificação no mundo exterior, logo altera algo Crime formal => Dispensa o resultado. Basta a própria ação. Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. § 3º A pena é duplicada: I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.” (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Lesão corporal de natureza gravíssima, em caso de vítima menor de 14 anos, aplica o Art. 129. Em caso de morte aplica-se crime de homicídio. QUESTÕES INTRODUTÓRIAS · Todo o tipo foi modificado pela Lei 13.968/2019; · Acréscimo da criminalização do “estímulo à automutilação”. · A nova redação do `caput` transformou o crime em delito formal, sendo o crime material, propriamente, descolado para o parágrafo 2º (plano secundário do tipo, mutilando o plano original). · Em sendo crime formal, portanto, consuma-se com a própria ação, sem o resultado. · Crítica: a conduta referente à automutilação ficaria melhor em tipo autônomo. · Grave equívoco metodológico: crime material ficou em segundo plano. · Sobre os verbos nucleares “induzir, instigar e auxiliar”, não se trata de participação (acessória), mas de atividade principal, nuclear típica, representando a conduta proibida. · Quem realizar qualquer das ações do tipo, em relação ao sujeito passivo, não será partícipe, mas autor do crime de concorrer para o suicídio alheio. · Não se aplica a teoria da acessoriedade limitada – Incompatível – Atividade nuclear do tipo.(hipóteses em que o sujeito não faz a ação do crime, ele instiga, motiva o sujeito a praticar determinada conduta) BEM JURÍDICO TUTELADO · A vida humana. · Não existe um direito de morrer como pensava Ferri (Escola Positiva de Criminologia). · A vida é um bem jurídico indisponível. · Só se pode renunciar o que se possui, não o que se é. · O ordenamento jurídico vê no suicídio e na automutilação um fato imoral e socialmente danoso, que deixa de ser penalmente indiferente quando concorre – em qualquer dos dois fatos – com a atividade da vítima outra energia individual provinda da manifestação da vontade de outro ser humano. · Por sua natureza ilícita, legitima-se o agir (coação para impedir), sem que constitua o crime de constrangimento ilegal (artigo 146, parágrafo 3º, do CP). · Legislação brasileira pune toda participação em suicídio, seja moral ou material. · É indispensável que resulte morte ou lesão corporal de natureza grave (suicídio). · Para se falar em crime é indispensável o resultado morte ou, no mínimo, lesão corporal de natureza grave. Igualmente, para se falar em automutilação induzida ou instigada é necessário lesão grave ou gravíssima (§ 1º). NATUREZA JURÍDICA DA MORTE E DAS LESÕES CORPORAIS GRAVES · Segundo a doutrina majoritária, o resultado morte ou a lesão corporal grave constitui condição objetiva de punibilidade do crime de participação em suicídio. · No entanto, segundo Cezar Bitencourt, deve-se adotar outra postura, em razão da nova redação do artigo 122, transformado em crime formal, com a inclusão da automutilação, bem como a cominação de penas pela simples prática das mesmas ações tipificadas, independentemente da produção de qualquer resultado, como deixa claro a sua construção tipológica e a respectiva cominação de seis meses a dois anos de reclusão. · Condições objetivas de punibilidade são exteriores à ação e delas depende a punibilidade do delito, por razões de política criminal (oportunidade e conveniência). SUJEITOS ATIVO E PASSIVO · Sujeito ativo do crime de participação em suicídio e automutilação pode ser qualquer pessoa, não requerendo nenhuma condição particular, pois se trata dos chamados crimes comuns. · É indispensável, no entanto, que o sujeito seja capaz de induzir, instigar ou auxiliar a colocação em prática da vontade de alguém em suicidar-se ou automutilar-se. · Não se admite como sujeito ativo a própria vítima, uma vez que não é crime matar-se ou mutilar-se. · Típica é conduta de participar – moral ou materialmente – do suicídio de outrem (mas o auxílio tem que ser material, agora expressamente determinado). · Admite tanto coautoria quanto participação em sentido estrito. · Ex: se dois instigam o suicídio: coautoria. Se um convence um terceiro a realizar a instigação, será partícipe o indutor (atividade acessória). SUJEITO PASSIVO · Sujeito passivo: é a pessoa induzida ou auxiliada a suicidar-se ou a automutilar-se. Pode ser qualquer ser humano vivo, capaz de entender o significado de sua ação e de determinar-se de acordo com esse entendimento. Do contrário, estamos diante do homicídio praticado por meio da autoria mediata (§ 7º, acrescido pela Lei nº 13968/2019). · Indispensável a capacidade de entendimento. · É indispensável que a atividade humana seja destinada a participar do suicídio ou da automutilação de uma pessoa determinada. · Não se configura o crime quando visar um número indeterminado de pessoas. Ex. obra literária recomendando o suicídio. · Contudo, a partir do § 4º, incluído pela Lei nº 13.968/19, a prática do crime por meio da rede de computadores, de rede social, ou transmitida em tempo real, poderá, por meio especial, visar um número indeterminado de vítimas. LIVRO: O ESTRANGEIRO FILME: A CAÇA ADEQUAÇÃO TÍPICA OBJETIVA · Induzir: suscitar o surgimento de uma ideia, tomar a iniciativa intelectual, fazer surgir um pensamento inexistente; · Instigar: animar, estimular, reforçar uma ideia existente. · Auxiliar (materialmente) alguém a suicidar-se ou automutilar-se. · Por meio da indução o indutor anula a vontade de alguém que acaba suicidando-se ou mutilando-se (resultado). · Ocorre a instigação quando o instigador atua sobre a vontade do autor (instigado). O instigador limita-se a provocar a resolução de vontade da indigitada vítima, não tomando nem parte na execução nem do domínio do fato. · É indiferente o meio utilizado, desde que persuada ou animem o suicida a agir (Persuasão, conselho, dissuasão etc.). · Tipo penal de conteúdo variado: mesmo com a prática de mais de uma conduta contra mesma vítima, trata-se de crime único. · Para que haja essa forma de “participação moral” é necessária uma influência decisiva no processo de formação da vontade, abrangendo os aspectos volitivo e intelectivo. · Afastam-se, assim, o erro e a coação: aquele suprime a consciência e esta a liberdade. · A contribuição deve dirigir-se a um fato específico. · Induzimento e instigação são espécies de participação moral. · PRESTAR AUXÍLIO, ao contrário, representa uma participação ou contribuição material do sujeito ativo, que pode ser exteriorizada mediante um comportamento, um auxílio material (Ex. emprestar arma de fogo, fornecer o veneno). · O auxílio pode ocorrer desde a fase da preparação até a fase executória do crime, ou seja, pode ocorrer antes ou durante o suicídio ou a automutilação, desde que não haja intervenção nos atos executórios, caso contrário estaremos diante de homicídio (Ex. o agente puxa a corda de quem quer se enforcar, segura a espada contra a qual se atira o suicida, provoca imissão de gás no quarto onde a vítima está acamada e deseja morrer, ajuda a amarrar uma pedra no pescoço de quem se joga no mar). · Nada impede que a prestação de auxílio ocorra sob a forma de omissão (Ex. carcereiro que deixa o preso com a cinta, para facilitar-lhe o enforcamento, sabendo dessa intenção do suicida) · Qualquer que seja a forma ou espécie de participação, moral ou material, é indispensável a presença de dois requisitos: eficácia causal e consciência de participar, na ação voluntária de outrem de suicidar-se ou automutilar-se. · Não basta realizar a atividade descrita no tipo penal se esta não influir na atividade final do suicida – Influência decisiva no processo de formação da vontade. · Não há relevância da participação, se não houver, ao menos, tentativa de suicídio ou automutilação. · O sujeito ativo precisa ter consciência e vontade de participar na autoexecução e no resultado dessa ação. · Partícipe não pratica a conduta descrita pelo preceito primário da norma penal, mas realiza uma atividade secundária que contribui, estimula ou favorece a execução da conduta proibida. · Não realiza a atividade propriamente executiva. · Prestação de auxílio por omissão? TIPO SUBJETIVO: ADEQUAÇÃO TÍPICA · O dolo é o elemento subjetivo do tipo e consiste na vontade livre e consciente de provocar a morte da vítima por meio do suicídio ou sua automutilação, ou, no mínimo, assunção do risco de levá-la a esse desiderato. · A vontade do agente deve abranger a ação, o resultado e o nexo causal: vontade e consciência do fato de alcançar o resultado morte ou mutilação, não através de ação própria, mas da autoexecução. · O agente deve ter vontade e consciência de levar a vítima a suicídio ou à automutilação. · O dolo não se restringe à ação participativa, que é um simples meio, mas estende-se, necessariamente, ao fim desejado, que é a morte ou a automutilação da vítima · São objetos do dolo: “o fim proposto, os meios escolhidos, efeitos colaterais representados como necessários à realização do fim pretendido”. · Cabe dolo eventual. Ex. Pai que expulsa “filha desonrada”, havendo fortes razões para acreditar que ela se suicidará; o marido que sevicia a esposa, conhecendo a intenção desta de vir a suicidar-se, reitera as agressões. · Devem estar presentes no dolo eventual: a representação e a possibilidade de levar a vítima ao suicídio e anua à sua ocorrência, assumindo o risco de produzi-lo. · Não há previsão culposa para essa infração penal.CONSUMAÇÃO E TENTATIVA · Consuma-se a participação em suicídio com a morte da vítima e a participação na automutilação com a sua execução material pela própria vítima. · Consuma-se a ação criminosa quando o tipo penal está inteiramente realizado, isto é, quando o fato se subsume no tipo abstrato da lei penal. · Sem a supressão da vida não há que se falar em suicídio consumado, mesmo que a ação produza lesão corporal grave, posto que a ela não se refere o preceito primário. · Do mesmo modo, a automutilação consumada, mas a depender da natureza, extensão e profundidade da lesão deformando o seu corpo ou decepando membros, consuma-se a automutilação. · Crime material plurissubsistente (pode-se desdobrar em vários atos sucessivos), o que permite o reconhecimento da tentativa na figura do parágrafo 2º. · A nova redação do `caput` do artigo 122, do CP foi transformada em crime formal – não admite tentativa. · TENTATIVA IMPERFEITA: O processo executório é interrompido durante o seu curso, impedindo ao agente a realização de todos os atos necessários à obtenção do resultado querido. · TENTATIVA PERFEITA (faz tudo, mas vítima se socorrer): A fase executória realiza-se integralmente, faltando somente o resultado pretendido, que tanto nessa espécie quanto naquela, não ocorre por circunstâncias estranhas ao querer do agente. · Não se admite tentativa branca (sem a lesão grave). · A simples lesão leve é impunível. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA · Crime formal (com a nova redação da lei 13.968/19). · Material: somente se consuma com a ocorrência do resultado. · Simples: protege apenas um bem jurídico (vida). · Crime de conteúdo variado: poderá praticar as três condutas, mas responderá por crime único. · Crime instantâneo: esgota-se com a ocorrência do resultado. · Unissubjetivo: pode ser cometido por apenas uma pessoa. · Plurissubsistente: a conduta pode ser desdobrada em vários atos. CAUSAS DE AUMENTO DE PENA · PREVISTAS NOS §§ 3º A 5º, DO ARTIGO 122, DO CP · DUPLICAÇAO DA PENA EM RAZÃO DA MOTIVAÇÃO, DA MENORIDADE OU DIMINUIÇÃO DA CAPACIDADE DE RESISTÊNCIA · Motivo egoístico, fútil (banal), torpe (repugnante) · Menor de 14 anos – é indispensável a capacidade de entender e deliberar, bem como a capacidade de se auto executar. Do contrário, estaremos diante do crime de homicídio praticado por meio da autoria mediata, expressamente prevista no § 7º, do CP. · Capacidade de resistência diminuída (enfermidade, herança genética, embriaguez etc.). · PENA AUMENTADA ATÉ O DOBRO SE A CONDUTA É PRTICADA POR MEIO DE REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES, REDE SOCIAL OU TRANSMITIDA EM TEMPO REAL (§ 4º) · PENA AUMENTADA EM METADE SE O AGENTE FOR LÍDER OU COORDENADOR DE GRUPO OU REDE VIRUTAL (§ 5º) - MÍNIMO DE 3 PESSOAS (GRUPO) CRIME TENTADO TRANSFORMADO EM OUTRO MAIS GRAVE · § 6º, DO ARTIGO 122, DO CP, TRANSFORMA CRIME CONTRA A VIDA EM CRIME LESÃO CORPORAL GRAVE (129, § 2º, do CP). · VULNERABILIDADE ABSOLUTA DA VÍTIMA, CONVERTE O SUICÍDIO E AUTOMUTILAÇÃO EM HOMICÍDIO (§ 7º) QUESTÕES ESPECIAIS · Greve de fome: médico e posição de garantidor (protegido pelo 146, §3º, do CP) – pode alimentar à força. · GREVE DE FOME DE PRISIONEIROS: MÉDICO RESPONDE POR OMISSÃO IMPRÓPRIA · TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E TRANSFUSÃO DE SANGUE · SUICÍDIO A DOIS: a) DUELO AMERICANO OU ROLETA RUSSA (O SOBREVIVENTE RESPONDE POR HOMICÍDIO DOLOSO) · B) PACTO DE MORTE OU SUICÍDIO A DOIS: SOBREVIVENTE RESPONDERÁ POR HOMICÍDIO SE TIVER PRATIVCADO ATO EXECUTÓRIO. SE HOUVER INDUZIDO, INSTIGADO OU AUXILIADO O PARCEIRO, RESPONDERÁ PELO SUICÍDIO, NA FORMA DO 122, DO CP. SE NENHUM MORRER, AQUELE QUE REALIZOU ATIVIDADE EXECUTÓRIA CONTRA O PARCEIRO RESPONDERÁ POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO, E AQUELE QUE FICOU APENAS NA “CONTRIBUIÇÃO” RESPONDERÁ PELA TENTATIVA QUALIFICADA, SE HOUVER PELO MENOS LESÃO CORPORAL GRAVE. CANOAS, 04 DE ABRIL 2023 ADPF 442 - Magnitude do aborto no Brasil - Evidências confiáveis 86% contra o aborto – erro de partida, erro de pergunta Pesquisa Nacional do aborto – 86% da população, entre 18 e 39 anos. Coleta de dados de mulher para mulher – técnica de urna (semelhante a de votação) Melhor estudo em saúde das américas - 1 em cada 5 mulheres já abortou aos 40 anos - Hoje tem filhos - Conhece sobre a maternidade - 56% católica, 25% evangélica 4MM e 700 Mil mulheres abortaram Descriminalização – não tem pena prevista Legalização – norma que autoriza o procedimento de determinada forma Art. 124 – crime próprio. Só a gestante pode praticar em si mesmo (Art. 29/CP – teoria monista unitária – partícipe responde, mas não é coautor do Art. 124. Art. 128 – estupro praticado por uma enfermeira na ausência do médico. Estado de Necessidade ou Consentimento ->> Exculpante – afasta a responsabilidade (inexigível conduta diversa) Consentimento é uma causa extralegal de consentimento. CANOAS, 11 DE ABRIL 2023 LESÃO CORPORAL Art. 129 do código penal Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; IV - aceleração de parto: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2º Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; IV - deformidade permanente; V - aborto: Pena - reclusão, de dois a oito anos. Lesão corporal seguida de morte § 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Diminuição de pena § 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Substituição da pena § 5º O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; II - se as lesões são recíprocas. Lesão corporal culposa § 6º Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de dois meses a um ano. Aumento de pena § 7º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4º e 6º do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121 (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) § 10. Nos casos previstos nos §§ 1 o a 3 o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9 o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) § 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) § 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021) Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos). (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021) LESÃO CORPORALconsiste em todo e qualquer dano produzido por alguém, sem animus necandi, à integridade física ou a saúde de outrem. Ela abrange qualquer ofensa à normalidade funcional do organismo humano, tanto do ponto de vista anatômico quanto do fisiológico ou psíquico. Em verdade, é impossível uma perturbação mental sem um dano à saúde ou um dano à saúde sem uma ofensa corpórea. O OBJETO DA PROTEÇÃO LEGAL É a integridade física e saúde do ser humano. Bem jurídico tutelado: · INTEGRIDADE CORPORAL · SAÚDE DA PESSOA HUMANA · INCOLUMIDADE (DANO, PERIGO, SEGURANÇA) DO INDIVÍDUO · ABRANGE A INTEGRIDADE ANATÔMICA, A NORMALIDADE FÍSICA E PSÍQUICA · POSSUI NATUREZA INDIVIDUAL – DEVENDO PREPONDERAR SOBRE O INTERESSE DO ESTADO. · LESÕES LEVES E CULPOSAS DEPENDEM DA DISCRICIONARIEDADE DA VÍTIMA SUJEITOS ATIVO E PASSIVO · SUJEITO ATIVO: PODE SER QUALQUER PESSOA, NÃO REQUERENDO NENHUMA CONDIÇÃO PARTICULAR – CRIME COMUM · SUJEITO PASSIVO: QUALQUER PESSOA HUMANA VIVA, COM EXCEÇÃO DAS FIGURAS QUALIFICADAS (§§ 1º, IV, E 2º, V) - NESSAS FIGURAS SOMENTE A MULHER GRÁVIDA PODE FIGURAR NA CONDIÇÃO DE SUJEITO PASSIVO: ACELERAÇÃO DO PARTO E ABORTO AUTOLESÃO · É IMPUNÍVEL EM RELAÇÃO AO ARTIGO 129, DO CP · PODE CONFIGURAR ELEMENTAR DO ESTELIONATO (ARTIGO 171, § 2º, V, DO CP) - EX: O SUJEITO SE AUTOLESIONA PARA OBTER INDENIZAÇÃO OU VALOR DE SEGURO. · NO EXEMPLO, A PUNIÇÃO NÃO É PELA AUTOLESÃO, MAS COMO UMA ESPÉCIE DE ESTELIONADO QUE É CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. · EXEMPLO 2: SUJEITO SE AUTOLESIONA PRETENDENDO CRIAR OU SIMULAR INCAPACIDADE FÍSICA PARA FICAR INABILITADO AO SERVIÇO MILITAR – RESPONDE PELO 184, DO CPM (PUNE-SE O MEIO FRAUDULENTO). · AUTORIA MEDIATA – ARTIGO 20, § 2º, DO CP – APLICA-SE QUANDO UM INIMPUTÁVEL, MENOR, ÉBRIO OU POR QUALQUER OUTRA RAZÃO INCAPAZ DE ENTENDER OU DE QUERER, POR DETERMINAÇÃO DE OUTREM, PRATICAR LESÃO EM SI MESMO. ERRO DETERMINADO POR TERCEIRO. Autolesão não é punível pelo princípio da ofensividade/lesividade Calúnia (fala que alguém praticou um crime ou leva adiante informação de terceiro) para denunciação caluniosa (precisa afirmar, simula e dá início a uma que alguém comete um crime falsamente) TIPO OBJETIVO · CONSISTE EM OFENDER, LESAR, FERIR A INTEGRIDADE CORPORAL OU A SAÚDE DE OUTREM. · OFENSA À INTEGRIDADE CORPORAL: COMPREENDE A ALTERAÇÃO, ANATÔMICA OU FUNCIONAL, INTERNA OU EXTERNA, DO CORPO HUMANO, COMO POR EXEMPLO: ESQUIMOSES, LUXAÇÕES, MUTILAÇÕES, FRATURAS, ETC. · OFENSA À SAÚDE: COMPREENDE A ALTERAÇÃO DAS FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO ORGANISMO OU PERTURBAÇÃO PSÍQUICA. · A SIMPLES PERTURBAÇÃO DE ÂNIMO OU AFLIÇÃO NÃO É SUFICIENTE PARA CARACTERIZAR O CRIME POR OFENSA À SAÚDE. · QUALQUER ALTERAÇÃO AO NORMAL FUNCIONAMENTO DO PSIQUISMO CONFIGURARÁ O CRIME, MESMO DE DURAÇÃO PASSAGEIRA: DISTÚRBIOS DE MEMÓRIA E NÃO APENAS OS DISTÚRBIOS DE ORDEM INTELECTIVA OU VOLITIVA) · O CRIME DE LESÃO CORPORAL ABRANGE QUALQUER DANO À INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE DE OUTREM, SEM ANIMUS NECANDI. · A PLURALIDADE DE LESÕES NÃO ALTERA A UNIDADE DO CRIME (O CRIME É PLURISSUBSISTENTE). · A SIMPLES DOR FÍSICA OU CRISE NERVOSA, SEM DANO ANATÔMICO OU FUNCIONAL, NÃO CONFIGURAM LESÃO CORPORAL – EMBORA NÃO SEJA NECSSÁRIA VIOLÊNCIA FÍSICA PARA PRODUZÍ-LA. · PODE-SE OEFENDER A INTEGRIDADE FÍSICA OU A SAÚDE DE OUTREM POR MEIO DE EFEITOS MORAIS. · POLÊMICA DOUTRINÁRIA: DISPONIBILIDADE DA INTEGRIDADE FÍSICA. · QUAL O EFEITO JURÍDICO-PENAL DO CONSENTIMENTO DO OFENDIDO? PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA · TIPICIDADE – OFENSA – PROPORCIONALIDADE ENTRE GRAVIDADE DA CONDUTA E INTERVENÇÃO ESTATAL · RELEVÂNCIA MATERIAL · O DANO À INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE NÃO PODE SER INSIGNIFICANTE · EX: PICADA DE ALFINETE, BELISCÃO, PEQUENHA ARRANHADURA, RESFRIADO LIGEIRO, DOR DE CABEÇA PASSAGEIRA · NÃO SE CONFUNDE COM INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (ARTIGO 98, I, DA CF) · INSIGNIFICÂNCIA AFASTA A TIPICIDADE CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES ‘CAPUT’- LEVES § 1º, GRAVES § 2º, GRAVÍSSIMAS § 3º SEGUIDA DE MORTE §§ 4º E 5º, PRIVILEGIADAS § 6º CULPOSAS § 7º MAJORADAS TIPO SUBJETIVO · DOLO – VONTADE LIVRE E CONSCIENTE DE OFENDER A INTEGRIDADE FÍSICA OU À SAÚDE DE OUTREM. · NECESSÁRIO O ANIMUS LAEDENDI · DOLO DEVE ABRANGER O FIM PROPOSTO, OS MEIOS ESCOLHIDOS E OS EFEITOS COLATERAIS NECESSÁRIOS. · ELEMENTOS VOLITIVOS E INTELECTIVOS DO DOLO DEVEM ABARCAR A AÇÃO, O RESULTADO E O NEXO CAUSAL, SOB PENA DE ERRO DE TIPO. · O DOLO PODE SER DIRETO OU EVENTUAL · PRETERDOLO: DOLO DE LESÃO CORPORAL COM RESULTADO MORTE CONSUMAÇÃO E TENTATIVA · CONSUMA-SE NO EXATO MOMENTO EM QUE SE PRODUZ O DANO (LESÃO EFEITIVA À INTEGRIDADE OU SAÚDE DE OUTREM) · A UNIDADE DO CRIME DESAPERECERÁ APENAS SE, INTERROMPIDA A ATIVIDADE CRIMINOSA, UM NOVO ATO É PRATICADO – PRODUTO DE UMA NOVA DETERMINAÇÃO DE VONTADE). · EM TESE ADMITE TENTATIVA POR SER CRIME MATERIAL, COM EXCEÇÃO DAS MODALIDADES CULPOSA E PRETERDOLOSA. · HÁ DIFICULDADE NA DOUTRINA DE EXEMPLIFICAR · 1. AÇÃO COM MANIFESTO ANIMUS LAEDENI, NÃO CARACTERIZADO POR IMPEDIMENTO DE TERCEIRO. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA · CRIME COMUM (PRATICADO POR QUALQUER PESSOA) · CRIME MATERIAL (DE DANO) – SÓ SE CONSUMA COM A PRODUÇÃO DO RESULTADO · INSTANTÂNEO · ADMITE AS FORMAS DOLOSA, CULPOSA E PRETERDOLOSA Relatório de um caso do TJ – análise crítica da ementa de um caso qualquer LESÃO CORPORAL LEVE OU SIMPLES · É DEFINIDA POR EXCLUSÃO – QUANDO NÃO OCORREM AS HIPÓTESES DO S RESULTADOS PREVISTOS NOS §§ 1º, 2º E 3º, DO ARTIGO 129, DO CP. · ADEQUA-SE AO ‘CAPUT’. · LESÃO CORPORAL NÃO É APENAS OFENSA À INTEGRIDE CÓRPOREA, MAS TAMBÉM A SAÚDE. · EX: ATRAVÉS DE AMEAÇAS CAUSA CHOQUE NERVOSO, CONVULSÕES OU OUTRAS ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS · A LESÃO DO ‘CAPUT’ É SEMPRE DOLOSA (ANIMUS LAEDENDI), MESMO DE FORMA INDIRETA · EX: AGENTE DESFERE UMA PORRETADA NA VÍTIMA QUE DESVIA E RESVALA – FERINDO-SE NA QUEDA. RESPONDE PELA LESÃO. · REQUISITOS ESSENCIAIS: a) DANO A INTEGRIDADE FÍSICA, b) RELAÇÃO CAUSAL ENTRE AÇAO E RESULTADO; c) ANIMUS LAEDENDI. LESÃO CORPORAL PRETERDOLOSA · AS LESÕES QUALIFICADAS PELO RESULTADO PODEM SER GRAVES, GRAVÍSSIMAS OU SEGUIDA DE MORTE · COMO DISTINGUIR O DOLO DIREITO DO PRETERDOLO OU MESMO A CULPA? · EX: PERFURAR O OLHO DA VÍTIMA. · COMO PROCEDER? · RESPONDE PELO CRIME DO ARTIGO 129, § 1º, III – QUEM PERFURA O OLHO DA VÍTIMA COMO QUEM DESFERE UM SOCO E NA QUEDA A VÍTIMA PERDE UM OLHO. · É JUSTO? · ANÁLISE DO DOLO DIREITO, DE 2º GRAU E EFEITOS COLATERAIS REPRESENTADOS COMO NECESSÁRIOS · SE A LESÃO MAIS GRAVE DO QUE O DESEJADO OCORRER POR CASO FORTUITO – DEVE RESPONDER POR LESÕES LEVES LESÃO CORPORAL GRAVE - § 1º, DO ARTIGO 129, DO CP · PENA – 1 A 5 ANOS · INCAPACIDADE PARA AS OCUPAÇÕES HABITUAIS, POR MAIS DE 30 DIAS · RELACIONA-SE COM O ASPECTO FUNCIONAL (NÃO PURAMENTE ECONÔMICO) – comprovação por laudo complementar · TRATA-SE DA EFETIVA IMPOSSIBILIDADE DE REALIZAR SUA ATIVIDADE OCUPACIONAL · NÃO TEM O SENTIDO DO TRABALHO DIÁRIO, MAS DE OCUPAÇÕES DO QUOTIDIANO (EX: TRABALHO, LAZER, RECREAÇÃO etc.). · A LEI TEM EM VISTA A ATIVIDADE HABITUAL IN CONCRETO (ABRANGE MENORES E IDOSOS). · NECESSIDADE DE PERÍCIA – CAUSA E EFEITO · A VERGONHA NÃO CARACTERIZA A QUALIFICADORA · E O MARGINAL? · A PROSTITUTA? Perigo de vida: não se trata de mera possibilidade, mas de probabilidade concreta e efetiva da morte, quer como consequência da própria lesão, quer como resultado do processo patológico que esta originou. A perícia deve descrever objetiva e fundamentadamente em que consiste o perigo de vida. DEBILIDADE PERMANENTE DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO Debilidade é a redução ou enfraquecimento da capacidade funcional da vítima. Permanente é a debilidade de duração imprevisível (não precisa ser definitiva). A necessidade de tratamento (ortopédico) faz configurar. Membros: são partes do corpo que se prendem ao tronco, podendo ser inferiores ou superiores: braços, mãos, pernas e pés. Sentido: é a faculdade de percepção e tato. Função: é a atividade específica de cada órgão do corpo humano (respiratória, circulatória, digestiva, secretora, locomotora, reprodutora, sensitiva). ACELERAÇÃO DE PARTO · É a antecipação do nascimento do feto com vida;· Indispensável que o feto esteja vivo, nasça com vida e continue vivo; · Se morrer no útero ou fora dele: configurar-se-á aborto, e a lesão corporal será qualificada como gravíssima (§ 2º, V); · É necessário que o agente tenha conhecimento da gravidez da vítima; · O desconhecimento da gravidez desclassifica a conduta para lesão leve. · Impede a imputação de lesão grave (na hipótese de aceleração do parto) e a imputação de lesão gravíssima (no caso de aborto) · Todas as “qualificadoras” contidas no § 1º são de natureza objetiva. · Em havendo concurso de pessoas, elas se comunicam, desde que tenham sido abrangidas pelo dolo do participante. LESÃO CORPORAL GRAVÍSSIMA · § 2º, DO 129 – HIPÓTESES QUE QUALIFICAM A LESÃO CORPORAL · PENA: 2 a 8 ANOS. · NAS LESÕES GRAVÍSSIMAS, AO CONTRÁRIO DAS GRAVES, A DIMENSÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME É CONSIDERAVELMENTE MAIS GRAVE. · OS EFEITOS DAS LESÕES SÃO IRREPARÁVEIS. · INCAPACIDADE PERMANENTE PARA O TRABALHO (ATIVIDADE LABORAL LUCRATIVA). · NÃO SE CONFUDEN COM OCUPAÇÕES HABITUAIS (129, § 1º). · A INCAPACIDADE É DEFINITIVA, MAS NÃO PREVISA SER PERPÉTUA (CERTO PERÍODO, NÃO NECESSARIAMENTE QUE NÃO SEJA REVERTIDO). · EM LINGUAGEM PENAL “PERMANENTE” SIGNIFICA TRANSITÓRIO OU TEMPORÁRIO. · É IRRELEVANTE SE A VÍTIMA SE APRESENTA CLINICAMENTE CURADA. ENFERMIDADE INCURÁVEL · É A DOENÇA CUJA CURABILIDADE NÃO É ALCANÇAVEL NO ATUAL ESTÁGIO DA MEDICINA, PRESSUPONDO UM PROCESSO PATOLÓGICO QUE AFETA A SAÚDE EM GERAL. · INCURÁVEL DEVE SER ENTENDIDO EM SENTIDO RELATIVO, SENDO SUFICIENTE O PROGNÓSTICO PERICIAL PARA CARACTERIZAÇÃO. · A CURA É EXCEPCIONAL. · SÃO INEXIGÍVEIS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS ARRISCADAS OU TRATAMENTOS DUVIDOSOS · COMO DISTINGUIR DEBILIDADE PERMANENTE DE ENFERMIDADE? · DEBILIDADE PERMANENTE: É O ESTADO CONSECUTIVO A UMA LESÃO TRAUMÁTICA, QUE LIMITA DURADOURAMENTE O USO, A EXTESÃO, A ENERGIA DE UMA FUNÇÃO, SEM COMPROMETER O ESTADO GERAL DO ORGANISMO. · ENFERMIDADE – É O ESTADO QUE DURADOURAMENTE ALTERA E PROGRESSIVAMENTE AGRAVA O TEOR DE UM ORGANISMO. PERDA OU INUTILIZAÇÃO DE MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO · PERDA: QUANDO CESSA O SENTIDO OU FUNÇÃO, OU QUANDO O MEMBRO OU ÓRGÃO É EXTRAÍDO. · PODE SE DAR POR MUTILAÇÃO (INSTANTE DA AÇÃO DELITUOSA) OU AMPUTAÇÃO (INTERVENÇÃO CIRÚRGICA). · INUTILIZAÇÃO: QUANDO CESSA OU INTERROMPE-SE DEFINITIVAMENTE A ATIVIDADE DO MEMBRO, SENTIDO OU FUNÇÃO. · É A PERDA FUNCIONAL. · O MEMBRO PERMANECE LIGADO AO CORPO. DEFORMIDADE PERMANENTE · IMPLICA A EXISTÊNCIA DE DANO ESTÉTICO CONSIDERÁVEL. · DEFEITO FÍSICO PERMANENTE. · NÃO SE LIMITA AO ROSTO · SEXO INFLUI NA ANÁLISE · NECESSIDADE DE COMPROMETIMENTO PERMANENTE, DEFINITIVO, IRRECUPERÁVEL DO ASPECTO FÍSICO/ESTÉTICO · A DEFORMIDADE NÃO PERDE O CARÁTER DE PERMANENTE SE PUDER SER DISSIMULADA POR PLÁSTICA. ABORTO · TRATA-SE DE CRIME PRETERDOLOSO. · HÁ DOLO EM RELAÇÃO À LESÃO CORPORAL E CULPA EM RELAÇÃO AO ABORTO. · O ABORTO É PROVOCADO INVOLUNTARIAMENTE · O AGENTE NÃO QUER E NEM ASSUME O RISCO DE PRODUZI-LO. · PARA CARCACTERIZAR A QUALIFICADORA DA LESÃO CORPORAL NÃO PODE TER SIDO OBJETO DE DOLO – NESSE CASO RESPONDE POR ABORTO E LESÃO CORPORAL (EM CONCURSO FORMAL IMPRÓPRIO – 1 conduta, mais de um resultado). · É NECESSÁRIO O CONHECIMENTO DA GRAVIDEZ, SEM QUE QUEIRA O ABORTO. · SE QUISER O ABORTO, O CRIME É O DO 125, DO CP. · NÃO CONFUNDIR AS FIGURA DO ARTIGO 127, 1ª PARTE, E 129, § 2º, V. LESÃO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE · HOMICÍDIO PRETERDOLOSO – 129, § 3º, DO CP · RESULTADO MORTE FOR IMPREVISÍVEL OU DECORRENTE DE CASO FORTUITO, O SUJEITO RESPONDERÁ APENAS POR LESÕES CORPORAIS · SE HOUVER DOLO EVENTUAL QUANTO AO RESULTADO MAIS GRAVE, O CRIME SERÁ DE HOMICÍDIO. · SE O RESULTADO NÃO FOI OBJETO DO QUERER DO AGENTE, MAS SITUA-SE NA ESFERA DE PREVISIBILIDADE, O CRIME É PRETERDOLOSO. · APESAR DO EVNETO MORTE INTEGRAR A FIGURA TÍPICA – A COMPETÊNCIA É DO JUIZ SINGULAR. CANOAS, 18 DE ABRIL 2023 CRIMES EM ESPÉCIE: PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE · Perigo de contágio venéreo · Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 2º - Somente se procede mediante representação. Crimes de perigo tem antecipação do objeto da questão. Basta a exposição de alguém a perigo. Não há necessidade da transmissão. Honra objetiva como a pessoa se vê Honra subjetiva como a pessoa se sente BEM JURÍDICO TUTELADO · É a saúde da pessoa humana – busca-se proteger a integridade, a incolumidade pessoal, contra doenças venéreas. · Saúde, segurança, bem-estar se relacionam com a harmonia social – interesse público · DELITO DE PERIGO ABSTRATO: BASTA A EXPOSIÇÃO A CONTÁGIO DE MOLÉSTIA VENÉREA · O PERIGO É PRESUMIDO – MAS ADMITE PROVA EM CONTRÁRIO (IURIS TANTUM) – · Indispensável a existência de contato pessoal. · EX: VÍTIMA JÁ CONTAMINADA OU COM ESPECIAL IMUNIDADE – CRIME IMPOSSÍVEL (ARTIGO 17, DO CP – ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO OBJETO) SUJEITOS ATIVO E PASSIVO SUJEITO ATIVO: pode ser qualquer pessoa (HOMEM OU MULHER) – desde que portadores de moléstia venérea – delito comum. · O próprio cônjuge pode ser sujeito ativo · Maior desvalor da ação na infidelidade · Na prostituição – maior desvalor do resultado SUJEITO PASSIVO: qualquer pessoa · É irrelevante o consentimento da vítima quanto ao contágio, já que o interesse na sua incolumidade é indisponível. · Em caso de delito contra a dignidade sexual (ARTIGO 213 E SS.)? TIPICIDADE OBJETIVA · A conduta típica consiste em expor alguém a contágio de moléstia venérea, por meio de relações sexuais ou de qualquer outro ato libidinoso. · CONJUNÇÃO CARNAL · ATOS LIBIDINOSOS – aquelas que se destinam à satisfação da concupiscência sexual (FELLATIO IN ORE – sexo oral, SADOMIA – coito anal) · PERIGO DEVE SER DIREITO E IMINENTE – CONCRETO · É INDISPENSÁVEL a existência de contato corporal · SE O CONTÁGIO SE DÁ POR OUTRO MEIO OU POR MEIO EXTRASSEXUAL: ARTIGO 131, DO CP – SE HOUVER MOLÉSTIA GRAVE · Ex: INGESTÃO DE ALIMENTOS, APERTO DE MÃO, AMAMENTAÇÃO, USO DE UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS etc. – OBSERVAR A DESCRIÇÃO TÍPICA · Requisitos fundamentais – prática sexual e doença precisa ser venérea. ADEQUAÇÃO TÍPICA OBJETIVA · SE O AGENTE CONTAMINDO PROCURA EVITAR A TRANSMISSÃO DA MOLÉSTIA, USANDO PRESERVATIVOS? SE A MOLÉSTIA VENÉREA FOR GRAVE, MAS O ATO NÃO FOR LIBIDINOSO, OU SE O ATO FOR LIBIDINOSO, MAS A MOLÉSTIA NÃO FOR VENÉREA, TIPICA-SE O CRIME DO ARTIGO 131, DO CP. · A LEI PENAL NÃO DEFINE O QUE É MOLÉSTIA VENÉREA. · LEI PENAL EM BRANCO. · CATÁLOGO DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. · DOENÇAS VENÉREAS: SÍFILIS, BLENORRAGIA (GONORREIA), CANCRO MOLE) – CANDIDÍASE, HERPES SIMPLES, ESCABIOSE PÉLVICA. · E A AIDS? PARA LUIZ REGIS PRADO NÃO É DOENÇA VENÉREA. STJ – RHC 58563/RJ – 129, § 2º, II, CP (SE HOUVER TRANSMISSÃO). Se transmitida é lesão corporal gravíssima. Se configurar exposição é o Art. 131. TIPO SUBJETIVO · DOLO DIRETO OU EVENTUAL. · ARTIGO 130, ‘CAPUT’ – DOLO DIRETO · O AGENTE SABE, EFETIVAMENTE, QUE ESTÁ CONTAMINADO PELA MOLÉSTIA VENÉREA E, ATRAVÉS DE RELAÇÕES SEXUAIS OU DE OUTRO ATO LIBIDINOSO, CRIA CONSCIENTEMENTE O RISCO DE CONTÁGIO. · ATUA COM CONSCIÊNCIA E VONTADE DE PROVOCAR O PERIGO. · NA SEGUNDA PARTE (do tipo), O AGENTE NÃO SABE, MAS DEVIA SABER QUE SE ENCONTRAVA CONTAMINADO – AGE COM DOLO EVENTUAL – DIANTE DA SUSPEITA PREFERE MANTER RELAÇÕES SEXUAIS. · HÁ CRÍTICA AO “DEVE SABER” – RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA? CONSUMAÇÃO E TENTATIVA · CONSUMA-SE O CRIME com a relação sexual ou qualquer ato libidinoso, independentemente do contágio. · (CRIME DE PERIGO). · SE HOUVER CONTÁGIO – MAGISTRADO DEVE ANALISAR NO ARTIGO 59, DO CP. · A TRANSMISSÃO DE DOENÇA VENÉREA É SIMPLES EXAURIMENTO DO CRIME. · TENTATIVA: É ADMITIDA (DELITO PLURISSUBSISTENTE) · CONJUNÇÃO CARNAL OU ATOS LIBIDINOSOS NÃO OCORREM POR CIRCUNSTÂNCIAS ALHEIAS A VONTADE DO AGENTE FORMAQUALIFICADA · NO § 1º, DO ARTIGO 130, DO CP – O AGENTE ATUA COM CONSCIÊNCIA E VONTADE DE TRANSMITIR A MOLÉSTIA. · A EXISTÊNCIA DE INTENÇÃO QUALIFICA O CRIME, EMBORA NÃO PRECISE CONCRETIZAR-SE. · A INTENÇÃO É CONTAGIAR E NÃO APENAS CRIAR O PERIGO. CRIME DE PERIGO COM DOLO DE DANO. · A RIGOR É UMA LESÃO CORPORAL AUTÔNOMA. PENA E AÇÃO PENAL · 130 – ‘caput’ – pena de detenção (3 meses a 1 ano). · COMPETÊNCIA: JECRIM (ARTIGO 61, DA LEI 9.099) · OS DELITOS DO ‘CAPUT’ E DO § 1º, DO ARTIGO 130, DO CP, ADMITEM A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO (ARTIGO 89, DA LEI 9.099/95) – RESSALVADA A HIPÓTESE DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA MULHER (ARTIGO 41, DA LEI 11.340/06. · AÇÃO PENAL É PUBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO (ARTIGO 130, § 2º, DO CP) Se houver transmissão lesão corporal gravíssima. Se não houve Art. 139 CANOAS, 23/05/2023 ROUBO TIPO PENAL Art. 157 do Código Penal Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Roubo próprio - este se constitui na ação de subtrair coisa móvel alheia mediante grave ameaça ou violência à pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência. Roubo impróprio – É aquele em que o emprego da violência ou grave ameaça é empregado depois da subtração. Ou seja, é o chamado furto frustrado ou mal executado. Ex. O agente subtrai o bem e a vítima grita: “pega ladrão” e, então, o meliante aponta a arma para vítima e diz: “fica quieta, senão eu atiro” Furto – subtrai e precisa ter posse mansa e pacífica § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) Elementos do dolo: Cognitivo (conhecimento sobre as circunstâncias fáticas do caso) e volitivo (vontade) Restrição da liberdade deve estar vinculada ao contexto do roubo. II - Se há o concurso de duas ou mais pessoas; III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância. IV - Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) V - Se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) VI – Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) I – Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) II – Se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) § 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) § 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) I – Lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) II – Morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) Extorsão Bem jurídico tutelado · A propriedade individual · Inviolabilidade do patrimônio (propriedade, posse detenção) · Liberdade individual e integridade corporal · Incolumidade física, saúde · Vida – latrocínio · Roubo é delito completo: separando-se as condutas praticadas pelo autor – identificamos elementos constitutivos de dois crimes ameaça (147) e furto (155). SÚMULA 231 A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal. Furto qualificado – em alguns casos há violência (contra coisas) Roubo – a violência é contra a pessoa DOCUMENTÁRIO JUSTIÇA – Livros Professor Geraldo Prado Art. 28 CP. (Tráfico de drogas) Não interessa circunstâncias pessoais ou sociais Tráfico privilegiado – Art. 33 parágrafo 4º (causa especial de redução de penas – primeira vez do réu, sem antecedentes etc.) CANOAS, 06 DE JUNHO 2023 ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ART. 288-A, CP Finalidade de praticar quaisquer dos crimes previstos nesse código. Porque organização direcionada ou envolvida com tráfico não constituiria associação criminosa – há crime específico para associação para o tráfico. Princípio da especialidade – lei específica que trata das drogas Art. 288-A determina dos crimes previstos nesse código. Não é mais abrangente. Pena de 4 a 8 anos. Associação criminosa – mínimo 3 participantes Sujeito ativo – qlquer pessoa, em número mínimo de 3 – tratando-se de crime de concurso necessário Sujeito passivo – coletividade em geral, o próprio estado – que tem obrigação de garantir a segurança e o bem-estar de todos. Vítima in concreto – é sujeito passivo do crime praticado pela milícia privada. ITER CRIMINIS Atos preparatórios execução. Crime se perigo abstrato se dá antecipadamente. TIPICIDADE OBJETIVA – 2 pessoas não respondem pelo crime. Precisa mais de 3. TIPO PENAL PLURISUBJETIVO – é aquele que exige a participação de dois ou mais agentes para a sua execução, em oposição ao crime unissubjetivo. Classifica-se conforme o modo como é executado, em crimes de condutas paralelas, crimes de condutas convergentes e crimes de condutas contrapostas. TIPO OBJETIVO – crime de ação múltipla de conteúdo variado. 4 verbos nucleares do tipo: constituir, organizar, integrar, manter ou custear. CRIME PERMANENTE (perdura no tempo – a conduta permanece. Ex: sequestro – pode durar 10 dias ou 10 anos) E CRIME CONTINUADO (é uma ficção jurídica – Art. 71 do Código Penal. Ex: estelionato – golpe do bilhete premiado – responde para o único crime todos os crimes, mas de forma continuada) Art. 288/CP (finalidade genérica da prática de crimes) – exige pluralidade de condutas – finalidade abrangente Art. 288-A/CP Art. 35, da Lei de drogas 11343/2006 Orlcrim – Art. 1 e 2º da Lei 12850/2013 Muda a tipificação e o desvalor. CANOAS, 13 DE JUNHO 2023 ABUSO DE AUTORIDADE – LEI 13869/2019 - Sancionada em 05/09/2029 - Revogou antiga lei de forma expressa - Revogou o crime do artigo 350, do CP (exercício arbitrário ou abuso de poder) BEM JURÍDICO TUTELADO Protege a administração pública e a moralidade administrativa, bem como direitos fundamentais. “Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.” SUJEITOS DO CRIME Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas; II - membros do Poder Legislativo; III - membros do Poder Executivo; IV - membros do Poder Judiciário; V - membros do Ministério Público; VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. Parágrafo único. Reputa-se agentepúblico, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo. SUJEITOS - Inclui membros dos poderes, bem como e Tribunais de Contas nas três esferas Efeitos da condenação – CP Art. 92 Prova = a partir de Rixa...