Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

MINHAS METAS
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Conhecer o sistema cardiovascular.
Entender a relação entre o sistema cardiovascular e demais sistemas.
Sistematizar os principais mecanismos de ação do sistema cardiovascular.
Conhecer as principais patologias associadas.
Entender sobre o funcionamento do sistema cardiovascular.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 5
1
4
1
INICIE SUA JORNADA
O sistema cardiovascular humano é responsável pelo transporte de sangue e 
nutrientes por todo o corpo, além de regular a temperatura corporal e proteger 
o corpo contra infecções. É composto por três partes principais: o coração, os 
vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) e o sangue.
O coração é um órgão muscular que trabalha continuamente para bombear o 
sangue para todas as partes do corpo, recebendo-o através das veias e enviando-o 
através das artérias. Os vasos sanguíneos transportam o sangue e os nutrientes 
pelos tecidos do corpo, enquanto os capilares permitem a troca de nutrientes e 
oxigênio entre o sangue e os tecidos.
O sangue é composto por células sanguíneas, plasma e outras substâncias 
importantes, como hormônios e anticorpos. As células sanguíneas incluem gló-
bulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio, glóbulos brancos, 
responsáveis pela defesa do corpo contra infecções, e plaquetas, responsáveis 
pela coagulação do sangue.
O sistema cardiovascular humano é essencial para a sobrevivência e a saúde 
do corpo humano, e qualquer disfunção nesse sistema pode resultar em sérios 
problemas de saúde, como doenças cardíacas, hipertensão arterial e acidente 
vascular cerebral.
UNIASSELVI
1
4
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
Vamos, então, agora começar a entender melhor sobre o sistema cardiovascular, 
o que ele é, para qual função se relaciona, sua importância e demais aspectos. 
VOCÊ SABE RESPONDER?
É importante pensar sobre como o sistema cardiovascular trabalha, como fun-
cionam suas respostas e a quais processos ele se desenvolve. Assim, qual é a 
função do sistema cardiovascular no corpo humano e como ele se relaciona 
com outros sistemas e processos corporais? 
INTRODUÇÃO
O coração é o órgão central do sistema cardiovascular, responsável pelo bom-
beamento de todo o sangue pelo corpo. Pesa em média 250 g nas mulheres e 300 
g nos homens. O coração lembra o aspecto de um cone, sua porção pontiaguda 
está voltada inferiormente e à esquerda, sendo denominada de ápice. Do lado 
oposto ao ápice encontramos a base, onde chegam e saem os grandes vasos do 
coração, denominados vasos da base. O coração possui duas faces: a face esterno-
costal, localizada posteriormente ao esterno e às costelas; e a face diafragmática, 
representada pela parte do coração que repousa sobre o diafragma. Além disso, 
1
4
1
o coração possui duas margens: a margem direita, voltada para o pulmão direito, 
e a margem esquerda, voltada para o pulmão esquerdo (TORTORA, 2007).
Figura 1 - O coração
Descrição da Imagem: representação do coração apresentando vasos.
LOCALIZAÇÃO E CAMADAS DO CORAÇÃO
O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-
-propulsora, situado na cavidade torácica, posteriormente ao osso esterno, supe-
rior ao músculo diafragma, no espaço compreendido entre os dois pulmões e a 
pleura, denominado mediastino. Três camadas constituem o coração: o endocár-
dio, o miocárdio e o epicárdio (Figura 2). O endocárdio é a camada mais interna 
do coração, é contínuo com a camada íntima dos vasos que chegam ou saem do 
coração. Ele é formado por uma camada de tecido epitelial apoiado sobre uma 
fina camada de tecido conjuntivo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
 A camada média do coração, o miocárdio, é formado por tecido muscular 
estriado cardíaco, o qual forma a massa principal do coração e é responsável 
por realizar a sua contração. O tecido muscular estriado cardíaco é formado por 
células cilíndricas alongadas, denominadas fibras. Essas células possuem um ou 
UNIASSELVI
1
4
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
dois núcleos centrais, suas fibras podem apresentar ramificações e estão presentes 
estrias transversas devido à presença de sarcômeros nestas células. Além disso, 
estão presentes os discos intercalares, estruturas celulares formadas por junções 
comunicantes, que permitem a propagação do estímulo nervoso através dessas 
células. Os discos intercalares também possuem estruturas que realizam a adesão 
entre as células musculares, mantendo-as unidas, de modo que não se separem. 
Externamente ao miocárdio encontramos a terceira camada, o epicárdio, que é 
a membrana serosa que reveste o coração (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018).
O pericárdio é um saco fibro-seroso que envolve o coração e o separa dos 
outros órgãos do mediastino e limita a sua expansão durante a diástole ventri-
cular. É formado por dois folhetos, um externo e fibroso, o pericárdio fibroso, e o 
outro interno e seroso, denominado pericárdio seroso. Duas camadas formam o 
pericárdio seroso, a lâmina parietal (externa) e a lâmina visceral (interna), tam-
bém denominada epicárdio. Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio 
seroso existe um espaço, a cavidade do pericárdio, que contém uma fina camada 
de líquido pericárdico que funciona como um fluido lubrificante, evitando o 
atrito entre as lâminas durante os movimentos do coração (TORTORA, 2007).
Figura 2 – As camadas do coração
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação das camadas correspondentes ao coração. Apresenta pericárdio e miocárdio, 
bem como os demais componentes do sistema cardiovascular.
1
4
4
Quando ocorre a inflamação da membrana do pericárdio, temos uma pericardite, 
que pode levar a uma diminuição da quantidade de líquido pericárdico, gerando 
atrito entre as lâminas do pericárdio e dor. Algumas vezes pode ocorrer um acú-
mulo de líquido na cavidade pericárdica, comprimindo o coração. Esta condição 
é conhecida como tamponamento cardíaco e pode ser uma ameaça à vida, uma 
vez que reduz a quantidade de sangue do ventrículo e diminui o débito cardíaco 
(TORTORA, 2007).
CAVIDADES DO CORAÇÃO
O coração contém quatro câmaras e está dividido da seguinte forma: em duas 
câmaras superiores – átrio direito e esquerdo – e em duas câmaras inferiores 
– ventrículo direito e esquerdo. Separando os dois átrios, existe uma parede de-
nominada septo interatrial, onde encontramos o forame oval, resquício da fos-
sa oval, uma estrutura embrionária que desvia o sangue do átrio direito para o 
átrio esquerdo, uma vez que os pulmões fetais ainda não são funcionais. Entre 
os ventrículos, encontramos o septo interventricular, estruturas denominadas 
aurículas, estando localizadas na parede anterior de cada átrio, com a finalidade 
de aumentar a capacidade de armazenamento sanguíneo dos átrios. 
Os átrios formam as cavidades que recebem o sangue que chega no coração 
pelas veias, enquanto os ventrículos enviam o sangue para fora do coração atra-
vés de artérias. A parede posterior dos átrios é lisa, enquanto a parede anterior é 
rugosa, formada por cristas musculares denominadas músculos pectíneos. 
Formando a margem direita do coração, temos o átrio direito que recebe o 
sangue proveniente do corpo e da parede do coração pelas Veia Cava Superior 
(VCS) e Veia Cava Inferior (VCI) e pelo seio coronário, respectivamente. O san-
gue contido no átrio direito é lançado ao ventrículo direito através da valva atrio-
ventricular direita (valva tricúspide), sendo esta melhor descrita adiante. O átrio 
esquerdo forma a maior parte da base do coração e recebe o sangue dos pulmões 
através das quatro veias pulmonares. O sangue contido no átrio esquerdo passa 
através da valva atrioventricular esquerda (valva mitral) e segue até o ventrículo 
esquerdo. Os ventrículos possuem uma parede rugosa, formada pelas trabéculas 
cárneas. Algumas trabéculas cárneas emitem projeções denominadas músculos 
pectíneos, que fixam as valvas através das cordas tendíneas (explicado adiante). O 
UNIASSELVI1
4
5
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
ventrículo direito recebe o sangue do átrio direito e envia para os pulmões através 
do tronco pulmonar. Já o sangue contido no ventrículo esquerdo é lançado para 
todo o corpo através da artéria aorta.
Figura 3 – Cavidades do coração
Fonte: adaptada de Netter (2011).
Descrição da Imagem: representação das cavidades do coração, apresentando ventrículo esquerdo, átrio es-
querdo e átrio direito.
A espessura do miocárdio varia de acordo com a função de cada uma das câma-
ras. Como os átrios recebem o sangue proveniente do corpo e dos pulmões, seu 
miocárdio não é tão espesso quanto nos ventrículos, uma vez que não precisa 
realizar a contração para ejetar o sangue do coração. Em contrapartida, nos ven-
trículos, o miocárdio é mais espesso. O ventrículo esquerdo, por precisar de uma 
força maior de contração para ejetar o sangue para todo o corpo, é a região do 
coração em que o miocárdio é mais espesso.
1
4
1
VASOS DA BASE DO CORAÇÃO
A base do coração possui os grandes vasos que entram e saem do coração. Os 
vasos da base do coração são a veia cava superior, a veia cava inferior, o tronco 
pulmonar, as artérias pulmonares, as veias pulmonares e a aorta (Figura 5). 
A veia cava superior chega ao átrio direito do coração trazendo o sangue 
venoso das regiões superiores do corpo, localizadas acima do coração, enquanto 
a veia cava inferior leva o sangue proveniente das regiões inferiores do corpo 
para o átrio direito. 
As veias pulmonares são em número de quatro e transportam o sangue 
arterial, rico em oxigênio, proveniente dos pulmões para o átrio esquerdo do 
coração. Saindo do ventrículo direito, temos o tronco pulmonar, que se ramifica 
nas artérias pulmonares esquerda e direita. 
As artérias pulmonares levam o sangue venoso para os pulmões, onde ele 
será oxigenado. Por fim, a artéria aorta, o maior vaso sanguíneo do corpo, trans-
porta o sangue arterial do ventrículo esquerdo para todas as células do corpo. 
Lembrando que os vasos que chegam no coração são as veias, e as artérias são 
vasos de paredes mais calibrosas e saem do coração.
Artéria cariítica
comum esquerda
Tronco
braquiocefálico
Parte
ascendente
da aorta
Veia cava
superior
Aurícula
direita
Tecido
adiposo
no sulco
coronário
Artéria subclávia esquerda
Arco da aorta
Ligamento arterial
(ducto arterial)
Parte descendente
da aorta
Artéria pulmonar
esquerda
Tronco
pulmonar
Aurúcula
esquerda
Tecido
adiposo
no sulco
interven-
tricular
anterior
Parte ascendente
da aorta
Lâmina
parietal do
pericárdio
seroso
Veia cava
superior
Aurícula
direita
ÁTRIO DIREITO
Artéria coronária
direita
Sulco coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Ramo marginal
direito
Lâmina parietal do
pericárdio seroso
Sulco
interventricular
anterior
VENTRÍ-
CULO ES-
QUERDO
Aurícula
esquerda
Tronco
pulmonar
Lâmina
parietal do
seroso
(a) Face anteior (esternocostal)
Artéria pulmonar esquerda
Veias pulmonares
esuquerdas
(superior e inferior)
Teciso
adiposo
no sulco
coronário
Seio
coronário
Arco da aorta
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Teciso adiposo no
sulco interventricular
posterior
(b) Face posterior (diafragmática)
Veias pulmonares
esquerdas (superior
e inferior)
Aurícula
esuquerda
Veia cardíaca
magna (azul) e
ramo circun�exo
da artéria coronária
esquerda (vermelho)
Artéria pulmonar
esquerda
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Seio coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
UNIASSELVI
1
4
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Artéria cariítica
comum esquerda
Tronco
braquiocefálico
Parte
ascendente
da aorta
Veia cava
superior
Aurícula
direita
Tecido
adiposo
no sulco
coronário
Artéria subclávia esquerda
Arco da aorta
Ligamento arterial
(ducto arterial)
Parte descendente
da aorta
Artéria pulmonar
esquerda
Tronco
pulmonar
Aurúcula
esquerda
Tecido
adiposo
no sulco
interven-
tricular
anterior
Parte ascendente
da aorta
Lâmina
parietal do
pericárdio
seroso
Veia cava
superior
Aurícula
direita
ÁTRIO DIREITO
Artéria coronária
direita
Sulco coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Ramo marginal
direito
Lâmina parietal do
pericárdio seroso
Sulco
interventricular
anterior
VENTRÍ-
CULO ES-
QUERDO
Aurícula
esquerda
Tronco
pulmonar
Lâmina
parietal do
seroso
(a) Face anteior (esternocostal)
Artéria pulmonar esquerda
Veias pulmonares
esuquerdas
(superior e inferior)
Teciso
adiposo
no sulco
coronário
Seio
coronário
Arco da aorta
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Teciso adiposo no
sulco interventricular
posterior
(b) Face posterior (diafragmática)
Veias pulmonares
esquerdas (superior
e inferior)
Aurícula
esuquerda
Veia cardíaca
magna (azul) e
ramo circun�exo
da artéria coronária
esquerda (vermelho)
Artéria pulmonar
esquerda
Artéria pulmonar
direita
Veia cava
superior
Veias
pulmonares
direitas
(superior
e inferior)
ÁTRIO DIREITO
ÁTRIO
ESQUERDO
Veia cava
inferior
Seio coronário
VENTRÍCULO
DIREITO
Figura 4 – Vasos da base do coração
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 553).
Descrição da Imagem: representação dos vasos correspondentes à base do coração. Acima apresenta a face 
anterior (esternocostal) e abaixo apresenta a face posterior (diafragmática).
VALVAS CARDÍACAS
Para direcionar a circulação sanguínea no coração, existem dois pares de valvas 
ou válvulas situadas na entrada e saída dos ventrículos. Cada uma dessas estru-
turas ajuda assegurar o fluxo unidirecional do sangue, abrindo-se para deixar 
passar o sangue e fechando-se para evitar seu refluxo. As valvas cardíacas são 
lâminas de tecido conjuntivo recobertas em ambas as faces pelo endocárdio que 
apresentam subdivisões, as quais recebem o nome de válvulas ou cúspides (Figura 
5) (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). 
As valvas atrioventriculares direita e esquerda, como seu nome sugere, estão 
localizadas entre os átrios e os ventrículos. Enquanto os átrios e ventrículos estão 
relaxados (em diástole), essas valvas permanecem abertas e o sangue contido nos 
átrios flui em direção aos ventrículos. Quando os ventrículos se contraem (sístole 
ventricular), essas valvas se fecham e impedem que o sangue retorne aos átrios, 
direcionando, assim, o sangue contido nos ventrículos para o tronco pulmonar 
e a aorta. 
A valva atrioventricular direita é também chamada de valva tricúspide, pois 
apresenta três válvulas ou cúspides, enquanto a valva atrioventricular esquerda é 
chamada de mitral ou bicúspide por apresentar apenas duas válvulas (Figura 5).
1
4
8
Esqueleto �broso
do coração
Valva AV
esquerda
(mitral), aberta
VENTRÍCULO
DIREITO
Valva AV
direita
(tricúspide),
aberta
VENTRÍCULO
ESQUERDO
Valva da aorta,
fechada
Valva do tronco
pulmonar
ANTERIOR
POSTERIOR
Secção transversal, vista superior,
átrios e vasos removidos
Valva AV
direita
(triscúspide), fechada
 
Esqueleto �broso
do coração
Valva AV
esquerda (mitral),
fechada
VENTRÍCULO
ESQUERDO
VENTRÍCULO
DIREITO Valva da aorta,
aberta
Valva do tronco
pulmonar, aberta
SECÇÃO TRANSVERSAL
(b) Ventrículos contraídos
(sístolemventricular)
Valva da aorta,
fechada
Veias
pulmonares
Valva AV
esquerda
(mitral),
aberta
Cordas
tendíneas
(frouxas)
Músculos
papilares
(relaxados)
VENTRÍCULO
ESQUERDO
(dilatado)
(a) Ventrículos relaxados
(diástole ventricular)
Aorta
Seio da
aorta
Valva
da aorta,
aberta
Valva AV
esquerda
(bicúspide),
fechada
Cordas
tendíneas
(sob tensão)
Múscilos
papilares
(em con-
tração)
Ventrículo
esquerdo
(em con-
tração)
SECÇÃO FRONTAL
Secção fronta, átrio
e ventrículo esquerdo
Figura 5 – Valvas cardíacas
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 557).
Descrição da Imagem: representação das valvas cardíacas, apresentando ventrículos relaxados (acima) e ven-
trículos contraídos (abaixo).
Estruturas semelhantes a tendões– denominadas cordas tendíneas – se fixam 
na parte inferior das valvas atrioventriculares e, pela outra extremidade, estão 
presas a projeções musculares da parede dos ventrículos, os músculos papilares 
(Figura 6). No momento da contração ventricular, os músculos papilares também 
se contraem, encurtando seu comprimento e colocando em tensão as cordas 
tendíneas, o que impede a eversão (virar ao contrário) das válvulas das valvas 
(TORTORA, 2007).
UNIASSELVI
1
4
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Além das valvas atrioventriculares, outras duas valvas constituídas cada uma 
por três cúspides estão localizadas na entrada do tronco pulmonar, a valva do 
tronco pulmonar, e na entrada da aorta, a chamada valva da aorta. Essas valvas 
impedem o refluxo do sangue contido no tronco pulmonar e na aorta para os 
ventrículos direito e esquerdo, respectivamente, durante a contração (sístole) 
ventricular.
As valvas cardíacas podem apresentar problemas denominados estenose ou 
insuficiência valvar. A estenose (estreitamento) ocorre quando a valva não se 
abre completamente ou se apresenta com estreitamento, dificultando a passagem 
(fluxo) do sangue do átrio em direção ao ventrículo. Já a insuficiência é quando 
a valva não se fecha completamente, permitindo, assim, o refluxo de sangue do 
ventrículo para o átrio.
O prolapso da valva atrioventricular esquerda é a forma mais comum de 
insuficiência valvar, acometendo até 30% da população e sendo mais comum em 
indivíduos do sexo feminino. Nessa condição, uma ou as duas válvulas (folhetos) 
da valva atrioventricular esquerda são projetadas em direção ao átrio esquerdo 
durante a contração do ventrículo esquerdo, permitindo que ocorra um refluxo 
de parte do sangue contido no ventrículo esquerdo em direção ao átrio esquerdo. 
Essa condição pode ser decorrente de um dano na válvula ou devido ao rompi-
mento das cordas tendíneas.
A febre reumática é uma infecção sistêmica aguda, que geralmente ocorre 
após uma infecção estreptocócica da garganta. Os anticorpos produzidos para 
combater esta infecção chegam aos tecidos conjuntivos do coração e outros ór-
gãos causando uma inflamação, danificando as valvas cardíacas, sendo que as 
mais frequentemente acometidas são as valvas atrioventricular esquerda e da 
aorta (TORTORA, 2007).
1
5
1
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
A circulação sanguínea é a passagem do sangue através do coração e dos vasos 
e está dividida em dois grandes sistemas: circulação sistêmica e circulação pul-
monar.
Na circulação sistêmica, o ventrículo esquerdo funciona como uma bomba 
propulsora, permitindo que o sangue chegue a todas as células do corpo. Duran-
te a contração do ventrículo esquerdo, o sangue é lançado em direção à aorta, 
que sai do coração e se ramifica em artérias menores até chegar nas arteríolas 
presentes no interior dos tecidos. As arteríolas terminam nos capilares, local em 
que o oxigênio do sangue passa para as células e o gás carbônico produzido pelas 
células retorna ao sangue. O sangue dos capilares, agora venoso, segue em direção 
às vênulas e, destas, para as veias, até chegar às veias cavas superior e inferior, as 
quais desembocam no átrio direito do coração. 
O ventrículo direito é a bomba que vai lançar o sangue em direção aos pul-
mões, dando início à circulação pulmonar. Durante a contração do ventrículo 
direito, o sangue é lançado ao tronco pulmonar e deste segue para as artérias 
pulmonares direita e esquerda, as quais levam o sangue venoso, com pouca con-
centração de oxigênio, para os pulmões direito e esquerdo, respectivamente. No 
interior dos pulmões, ocorre a respiração pulmonar, na qual o oxigênio contido 
no interior dos alvéolos passa, por difusão, para o sangue e o gás carbônico do 
sangue segue para os alvéolos. Após isso, o sangue agora arterial, presente no 
interior dos capilares, é lançado para pequenas veias e destas para as veias pul-
monares, as quais saem dos pulmões e chegam ao átrio esquerdo do coração.
UNIASSELVI
1
5
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Leitos capilares
dos pulmões,
onde ocorrem as
trocas gasosas
Circuito pulmonar
Artérias
pulmonares Veias
pulmonares
Veias
cavas
Aortas e
seus ramos
Átrio
esquerdo
Átrio
direito
Ventrículo
esquerdo
CoraçãoVentrí-
culo
direito
Circuito sistêmico
Legenda:
= Sangue rico
em oxigênio,
pobre em CO2
= Sangue pobre
em oxigênio,
rico em CO2
Leitos
capilares de
todos os
tecidos, onde
ocorrem as
trocas gasosas
Figura 6 – Circulação sanguínea
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento da circulação sanguínea, adentrando o círculo pulmonar 
e o circuito sistêmico.
1
5
1
Nem todas as veias transportam sangue venoso e nem todas as artérias contêm 
sangue arterial. As artérias pulmonares saem do coração levando o sangue venoso 
para os pulmões, onde, após ser oxigenado, o sangue, agora arterial, retorna para 
o coração através das veias pulmonares. Além destes vasos, no cordão umbilical, 
as artérias umbilicais também transportam o sangue venoso do feto para a mãe, 
enquanto a veia umbilical retorna para o feto trazendo sangue arterial.
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM DO CORAÇÃO
As artérias coronárias direita e esquerda são ramos da parte ascendente da artéria 
aorta que enviam sangue oxigenado para irrigar a parede do coração. Após se 
originar, a artéria coronária direita segue pela direita no interior do sulco co-
ronário. Seus ramos suprem o átrio direito, parte do átrio esquerdo, o septo in-
teratrial, todo o ventrículo direito, uma parte do ventrículo esquerdo e o terço 
póstero-inferior do septo interventricular. Seus ramos estão ilustrados na Figura 
7 (TORTORA, 2007).
A artéria coronária esquerda supre grande parte do ventrículo esquerdo, uma 
pequena região do ventrículo direito, a maior parte do átrio esquerdo e dois 
terços anteriores do septo interventricular. Quando chega à face esternocostal 
do coração, dá origem aos ramos circunflexo e interventricular anterior. O ramo 
circunflexo curva à esquerda e segue no interior do sulco coronário, enquanto 
o ramo atrioventricular anterior segue no sulco de mesmo nome (TORTORA, 
2007). 
Todo o sangue venoso, coletado das pequenas veias cardíacas, é drenado atra-
vés das veias cardíaca magna e cardíaca média, ao seio coronário, uma grande 
veia localizada na região posterior do sulco coronário. Inferiormente ao óstio 
da veia cava inferior, no átrio direito, o seio coronário se abre. Seus ramos estão 
ilustrados a seguir.
UNIASSELVI
1
5
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Figura 7 – Irrigação e drenagem do coração
Fonte: adaptada de Netter (2011).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento de irrigação e drenagem do coração, apresentando a 
passagem do processo em face esternocostal e face diafragmática.
A obstrução parcial das artérias coronarianas pode ocasionar uma redução do 
fluxo de sangue para o músculo miocárdico (suas células), gerando um evento 
clínico conhecido como isquemia cardíaca, levando à diminuição do suprimento 
tanto de glicose quanto de oxigênio para as respectivas estruturas ligadas a estes 
segmentos arteriais. A isquemia pode ser acompanhada de angina pectoris, uma 
forte dor descrita como uma sensação de aperto no peito, frequentemente referi-
1
5
4
da ao pescoço e irradiando-se para outras regiões do corpo, como cervical, dorso 
(nas costas), epigástrica (sobre o estômago), braço esquerdo e/ou cotovelo. Caso 
ocorra uma obstrução completa do fluxo de sangue em uma artéria coronária, 
pode ocorrer um Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), conhecido como ataque 
cardíaco. Devido à falta de oxigênio para as regiões do miocárdio que ficaram sem 
sangue, ocorre morte das células e substituição por um tecido fibroso cicatricial, 
ocasionando a perda da função desta região do coração.
COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO 
 “ Durante o desenvolvimento embrionário, aproximadamente 1% 
das fibras musculares cardíacas se torna células auto-rítmicas, isto 
é, células que geram potenciais de ação rítmica e repetitivamente. 
Ascélulas auto-rítmicas atuam como um marcapasso, ajustando 
o ritmo para a contração e todo o coração, e formam o complexo 
estimulante do coração, a via de propagação dos potenciais de ação 
para todo o músculo do coração. O complexo estimulante do co-
ração assegura que as câmaras do coração sejam estimuladas a se 
contrair de forma coordenada, o que torna o coração uma bomba 
eficiente (TORTORA, 2007, p. 463). 
O tecido muscular cardíaco apresenta a característica de possuir atividade con-
trátil independente de estímulo nervoso ou hormonal. Isso é possível graças às 
células autoexcitáveis, denominadas células nodais e fibras condutoras (MAR-
TINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009). O ritmo da contração cardíaca é dado 
pelas células nodais e as fibras condutoras distribuem o estímulo por todo o 
tecido cardíaco. Assim, os potenciais de ação das células cardíacas propagam-se 
da seguinte maneira (Figura 8):
10. Nó Sinoatrial (NSA): 
 ■ região especial do coração que controla a frequência cardíaca; 
 ■ localizado próximo à junção entre o átrio direito e a veia cava superior; 
 ■ inicia e controla os impulsos para contração, sendo considerado o mar-
capasso do coração ou marcapasso fisiológico; 
UNIASSELVI
1
5
5
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
 ■ os potenciais de ação gerados no nó sinoatrial propagam-se pelos dois 
átrios através das junções comunicantes presentes nos discos intercalares 
das fibras musculares cardíacas fazendo com que ocorra a contração dos 
átrios.
11. Nó Atrioventricular (NAV): 
 ■ localizado no septo entre os dois átrios;
 ■ recebe o estímulo proveniente das células dos átrios; 
 ■ diminui o potencial de ação permitindo que os átrios descarreguem san-
gue nos ventrículos. 
12. Fascículo Atrioventricular: 
 ■ localizado na porção inicial do septo interventricular, próximo aos átrios; 
 ■ momento no qual os potenciais de ação passam dos átrios para os ven-
trículos. 
13. Ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular: 
 ■ são ramos do fascículo atrioventricular; 
 ■ seguem pelo septo interventricular conduzindo os potenciais de ação em 
direção ao ápice do coração. 
14. Fibras de Purkinje: 
 ■ são ramos subendocárdicos, calibrosos; 
 ■ conduzem o potencial de ação de maneira rápida, permitindo a contração 
dos ventrículos (MARTINI; TIMMONS; TALLITSCH, 2009).
1
5
1
Figura 8 – Complexo estimulante do coração
Fonte: adaptada de Marieb e Hoehn (2009).
Descrição da Imagem: representação do funcionamento do complexo estimulante do coração, apresentando os 
átrios, veia cava superior, ramos e demais componentes. 
O ritmo para a contração do coração é definido pelo nó sinoatrial, que gera po-
tenciais de ação entre 90 a 100 vezes por minuto. Caso ocorra uma lesão e morte 
das células do nó sinoatrial, o nó atrioventricular assume a função de marcapasso 
fisiológico, porém sua frequência de contração é menor, gerando, em média, 40 a 
60 batimentos por minuto. Caso o nó atrioventricular também perca a sua capa-
cidade de gerar potenciais de ação, o fascículo atrioventricular assume a função, 
gerando potenciais mais lentamente, em torno de 20 a 35 vezes por minuto. To-
davia, nesse caso, como o batimento cardíaco fica muito lento, o ritmo deve ser 
restaurado através do implante de um marcapasso artificial. Este marcapasso é 
um dispositivo eletrônico que estimula as contrações do coração para manter o 
débito cardíaco adequado (TORTORA, 2007). 
UNIASSELVI
1
5
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
A velocidade de disparo de potenciais de ação pelo nó sinoatrial, pode ser 
controlada por hormônios e alguns neurotransmissores. Quando estamos em 
repouso, a liberação de acetilcolina pelo sistema nervoso parassimpático geral-
mente leva a uma diminuição da frequência do nó sinoatrial para, aproximada-
mente, 75 batimentos por minuto (TORTORA, 2007). 
É possível detectar, através de um equipamento eletrônico, a transmissão dos 
potenciais de ação pelo complexo estimulante do coração, uma vez que estes 
geram uma corrente elétrica. O registro dessas correntes é chamado eletrocardio-
grama (ECG) e permite a identificação de três ondas em cada ciclo de contração 
do coração: a onda P, o complexo Q, R, S e a onda T. A onda P marca a propagação 
do potencial de ação do nó sinoatrial pelos dois átrios, e logo em seguida os átrios 
se contraem. O complexo QRS marca a propagação do estímulo pelos ventrículos, 
os quais se contraem em seguida. A última onda, denominada onda T, marca o 
momento de relaxamento dos ventrículos (Figura 9).
Registro rítmico do ECG
Onda T
O ventrículo retoma
ao estado de repouso
Onda P
O impulso
dissemina-se pelos
átrios, de�agrando
as contrações atriais
Complexo QRS
O impulso dissemina-se
pelos ventrículos,
de�agrando as
contrações ventriculares
P
R
Q
S
T
Figura 9 – Registro rítmico do ECG
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 567).
Descrição da Imagem: representação do registro rítmico do ECG, apresentando a Onda T, Onda P e Complexo QRS.
1
5
8
O registro das ondas de um ECG é muito importante para acompanhar a evolu-
ção de pacientes que sofreram uma parada cardíaca e/ou que apresentaram algum 
sinal de injúria ou isquemia (diminuição de nutrição e oxigenação no músculo 
cardíaco). Variações no tamanho e na duração das ondas são úteis no diagnóstico 
de ritmos cardíacos e padrões de condução anormais.
 “ O ritmo habitual de batimentos cardíacos, estabelecido pelo nó si-
noatrial, é chamado de ritmo sinusal normal. O termo arritmia ou 
disritmia se refere a um ritmo anormal resultante de um defeito no 
complexo estimulante do coração. O coração pode bater irregu-
larmente, de forma muito acelerada ou muito lenta. São sintomas 
esperados dessa irregularidade: dor torácica, falta de ar, tontura, 
vertigem e síncopes (desmaios). As arritmias podem ser provoca-
das por fatores que estimulam o coração, como estresse, cafeína, 
álcool, nicotina, cocaína e determinadas substâncias que contenham 
cafeína ou outros estimulantes. As arritmias também podem ser 
provocadas por defeito congênito, doença arterial coronariana, in-
farto, hipertensão, valvas cardíacas defeituosas, doença reumática 
cardíaca, hipertireoidismo e deficiência de potássio (TORTORA; 
DERRICKSON, 2017, p. 386).
CICLO CARDÍACO 
É o período compreendido entre o início de dois batimentos cardíacos consecu-
tivos. Este ciclo, que envolve períodos de contração alternados por períodos de 
relaxamento do coração, ocorre, em média, 70 vezes por minuto (Figura 10). O 
ciclo cardíaco compreende três fases, de acordo com Tortora (2007):
1. Fase de relaxamento: período em que as quatro câmaras cardíacas estão 
em relaxamento. 
2. Sístole Atrial: ocorre a contração dos átrios e o sangue é enviado em 
direção aos ventrículos. 
3. Sístole Ventricular: os ventrículos contraem e encaminham o sangue 
para a artéria aorta e para o tronco pulmonar.
UNIASSELVI
1
5
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
(a) Início da sistole atrial:
A contração atrial força uma
pequena quantidade de sangue
adicional para o interior dos
vintrículos relaxados.
Todas as câmaras estão em
estado de relaxamento.
Preenchimento passivo
dos ventrículos.
(b) Término da sístole atrial e
 início da diástole atrial
(f) Diástole ventricular,
término:
(c) Sístole ventricular,
 primeira fase:
(d) Sístole ventricular,
 segunda fase:
A pressão ventricular se
eleva e ultrapassa a 
pressão nas artérias; e
da aorta se abrem e o
sangue é ejetado para
seu interior.
(e) Diástole ventricular,
início:
A contraçãoventricular
exerce pressão sobre
as valvas AV direita e
esquerda fechadas, mas
não é su�ciente para
abrir as valvas do tronco
pulmonar e da aorta
Conforme os ventrículos
retornam ao estado de
relaxamento, a pressão
ventricular diminui; o �uxo
retrógrado do sangue contra as
valvas do tronco pulmonar e da
aorta força seu fechamento. O
sangue �ui para os átrios relaxados.
INÍCIO
800
100
0
ms
ms
370
ms
ms
Di
ás
to
le
 v
en
tr
ic
ul
ar
Sistole atrial
Diástrole atrial
Sí
st
ol
e 
ve
nt
ri
cula
r
Ciclo
cardíaco
Figura 11 – Ciclo cardíaco
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (1119, p. 511).
Descrição da Imagem: representação do ciclo cardíaco, partindo do início (início da sístole atrial) até concluir-se 
no término, diástole ventricular.
BULHAS CARDÍACAS 
Bulhas cardíacas se referem aos sons provocados pelo coração, que podem ser 
ouvidos através de uma auscultação realizada com o auxílio de um estetoscópio. 
Em um coração saudável, existem quatro bulhas durante um ciclo cardíaco, po-
rém, podemos auscultar apenas duas bulhas cardíacas. A primeira bulha (B1) 
lembra o som de “tum”, ela é mais alta e longa do que a segunda bulha (B2). A B1 
é decorrente do fechamento das valvas atrioventriculares, que ocorre logo após 
o início da sístole ventricular. Já a segunda bulha (B2) é mais baixa e curta que 
a B1, lembra um som de “tac” e é produzida devido ao fechamento das valvas da 
aorta e do tronco pulmonar, no início da diástole ventricular.
1
1
1
Muitas vezes, durante uma ausculta cardíaca, podem ser detectados sons 
anormais entre ou após as duas bulhas normais. Esses sons anormais são deno-
minados sopros cardíacos e indicam ou sugerem, na maioria das vezes, algum 
distúrbio das valvas, como uma estenose ou uma insuficiência.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO CORAÇÃO
O coração tem origem do mesoderma extraembrionário a partir da terceira 
semana de desenvolvimento e é o primeiro órgão a se tornar funcional. Isso é 
extremamente necessário, pois o embrião está em pleno crescimento e suas cé-
lulas apresentam uma alta taxa metabólica, necessitando de oxigênio e nutrientes 
provenientes do sangue. 
Na extremidade cefálica do embrião, um grupo de células do mesoderma ex-
traembrionário começa a se diferenciar, formando a área cardiogênica. As células 
desta região dão origem aos cordões angioblásticos, dois tubos alongados que 
mais tarde originarão os tubos endocárdicos. Logo depois, os dois tubos endo-
cárdicos se fundem em um tubo único, o tubo cardíaco primitivo. Por volta do 
22º dia após a fertilização, o tubo cardíaco primitivo se divide em cinco regiões 
e começa a bombear o sangue: 
1. Seio venoso: origina parte do átrio direito, do seio coronário e do nó 
sinoatrial. 
2. Átrio: origina parte dos átrios direito e esquerdo. 
3. Ventrículo: dará origem ao ventrículo esquerdo. 
4. Bulbo cardíaco: desenvolve-se em ventrículo direito. 
5. Tronco arterial: origina parte da aorta e o tronco pulmonar.
UNIASSELVI
1
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
RESUMO
O coração é um órgão muscular, constituído por três camadas: endocárdio, mio-
cárdio e epicárdio. 
 ■ Os átrios são as cavidades superiores do coração e recebem o sangue pro-
veniente do corpo e dos pulmões, enquanto os ventrículos se localizam 
inferiormente e bombeiam o sangue para as células do corpo e para os 
pulmões. 
 ■ Os vasos da base do coração são as veias pulmonares, as artérias pulmo-
nares, o tronco pulmonar, as veias cavas superior e inferior e a aorta. 
 ■ • Quatro valvas, dois atrioventriculares, uma da aorta e outra do tronco 
pulmonar tornam o fluxo do sangue unidirecional. 
 ■ A circulação sistêmica é aquela que o sangue circula entre o ventrículo 
esquerdo, corpo e átrio direito. 
 ■ A circulação pulmonar ocorre entre o ventrículo direito, os pulmões e o 
átrio esquerdo. 
 ■ As artérias coronárias direita e esquerda são ramos da parte ascendente 
da aorta e fazem a irrigação das células da parede do coração. 
 ■ Algumas células do miocárdio são autocontrateis e enviam sinais para a 
contração do coração. 
 ■ O complexo estimulante do coração é formado pelo nó sinoatrial, nó 
atrioventricular, fascículo atrioventricular, ramos direito e esquerdo e 
pelas fibras de Purkinje. 
 ■ Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de dois ba-
timentos cardíacos consecutivos e compreende as fases de relaxamento, 
sístole atrial e sístole ventricular. 
 ■ Bulhas cardíacas se referem aos sons provocados pelo coração, que podem 
ser ouvidos através de uma auscultação realizada com o auxílio de um 
estetoscópio. 
 ■ O coração tem origem embrionária do mesoderma extraembrionário a 
partir da terceira semana de desenvolvimento e é o primeiro órgão a se 
tornar funcional.
1
1
1
NOVOS DESAFIOS
O mercado de trabalho para profissionais que se interessam pelo sistema cardio-
vascular é vasto e apresenta oportunidades em diversas áreas. Os profissionais 
que estudam o sistema cardiovascular têm uma grande demanda no mercado, 
pois as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mun-
do. Essas doenças incluem doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, an-
gina e infarto do miocárdio, além de acidente vascular cerebral (AVC) e doença 
arterial periférica.
Uma das áreas de trabalho mais conhecidas para profissionais interessados 
nesta área é a cardiologia. Nessa especialidade, os profissionais diagnosticam e 
tratam doenças do coração e dos vasos sanguíneos, utilizando técnicas como 
eletrocardiograma, ecocardiograma e cateterismo cardíaco. Os cardiologistas 
podem trabalhar em hospitais, clínicas ou consultórios particulares.
Outra área de trabalho para estes profissionais é a cirurgia cardíaca. Os ci-
rurgiões cardíacos realizam procedimentos como a cirurgia de ponte de safena, 
a troca de válvulas cardíacas e a correção de defeitos cardíacos congênitos. Esses 
profissionais trabalham em hospitais, geralmente em unidades de terapia inten-
siva (UTI) ou em centros cirúrgicos.
UNIASSELVI
1
1
1
TEMA DE APRENDIZAGEM 5
Além disso, os profissionais que estudam o sistema cardiovascular também 
podem trabalhar em outras áreas, como a medicina preventiva, a fisioterapia e a 
enfermagem. Na medicina preventiva, os profissionais trabalham na prevenção 
de doenças cardiovasculares, por meio da educação em saúde, da mudança de 
hábitos de vida e da prescrição de medicamentos preventivos. Na fisioterapia, os 
profissionais trabalham na reabilitação de pacientes que sofreram algum tipo 
de lesão ou cirurgia cardíaca. Já na enfermagem, os profissionais trabalham em 
hospitais, auxiliando médicos e enfermeiros na administração de medicamentos 
e no acompanhamento de pacientes com doenças cardiovasculares.
Por fim, o mercado de trabalho é amplo e diversificado, oferecendo diversas 
oportunidades em diferentes áreas da saúde. É importante destacar que a espe-
cialização e o aprimoramento contínuo são fundamentais para se destacar nesse 
mercado competitivo e em constante evolução.
1
1
4
VAMOS PRATICAR
1. Atente-se ao texto abaixo:
Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de 
______________________ consecutivos e compreende as fases de 
________________, _______________ e ______________.
Justifique em sua resposta os termos que correspondem ao preenchimento correto das 
lacunas em branco.
2. Sabemos que o coração possui quatro cavidades.
Cite as quatro cavidades do coração e descreva sua função no processo de circulação 
sanguínea.
3. Leia o texto a seguir:
A contração da musculatura cardíaca é essencial para que o coração desempenhe sua 
função de bomba. A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela propagação, em 
sequência, de potenciais de ação despolarizantes através das estruturas anatômicas 
deste órgão. O batimento cardíaco tem início no ___________, com um potencial 
de ação gerado de maneira espontânea. Em seguida, essa onda de ativação converge 
para uma conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o miocárdio ventricu-
lar:___________, diminuindo a frequência do potencial de ação entre ambos. Após 
isso, essa onda de ativação atinge o___________ e passa por ele até chegar às fibras 
de Purkinje, que são responsáveis por conduzir rapidamente o potencial de ação até o 
ápice do miocárdio ventricular. Deste modo, a onda de despolarização – o impulso car-
díaco – é distribuída a todo o miocárdio dos ventrículos direito e esquerdo, determinando 
a contração___________. 
Dentre as alternativas, qual é a correta que preenche as lacunasem branco? Justifique 
sua escolha ao fim da questão.
a) Nó atrioventricular, nó sinoatrial, fascículo atrioventricular, atrial. 
b) Nó sinoatrial, nó atrioventricular, fascículo atrioventricular, ventricular. 
c) Feixe de His, nó sinoatrial, nó atrioventricular, ventricular. 
d) Nó sinoatrial, nó atrioventricular, fibras de Purkinje, atrial. 
e) Nó atrioventricular, nó sinoatrial, fascículo atrioventricular, ventricular.
1
1
5
VAMOS PRATICAR
4. O ciclo cardíaco é o ciclo completo de um batimento cardíaco; por definição são os 
eventos cardíacos que ocorrem desde o início de um batimento até o batimento se-
guinte. Esses eventos envolvem contração e relaxamento das cavidades cardíacas. 
Consiste nos movimentos de sístole e diástole.
Em relação a estes mecanismos, leia as alternativas a seguir com muita atenção e depois 
assinale a alternativa correta: 
a) O sangue passa dos átrios para os ventrículos durante o período denominado sístole 
ventricular.
b) A fase de relaxamento, quando os átrios e ventrículos estão em diástole, marca o início 
de um novo ciclo. As valvas atrioventriculares estão fechadas enquanto o sangue flui 
para os ventrículos.
c) Durante a sístole ventricular, as valvas atrioventriculares abrem-se, enquanto as val-
vas da aorta e do tronco pulmonar permanecem fechadas, permitindo que o sangue 
flua dos ventrículos para as artérias.
d) A primeira fase que marca o início de um novo ciclo é denominada sístole ventricular, 
quando o sangue flui dos átrios em direção aos ventrículos. 
e) No período da sístole atrial, as valvas atrioventriculares estão abertas para que o 
sangue flua dos átrios para os ventrículos.
1
1
1
VAMOS PRATICAR
5. Atente-se ao enunciado a seguir.
Levando em consideração a anatomia interna do coração e sabendo que a circulação do 
sangue depende diretamente deste órgão central, o qual se conecta a inúmeros vasos 
sanguíneos, observe as alternativas a seguir e escolha aquela que contenha as respostas 
para as seguintes perguntas: 
1. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que traz(em) sangue para o átrio direito do coração? 
2. Como se chama(m) a(s) estrutura(s) que faz(em) a comunicação entre o átrio direito e 
o ventrículo direito? 
3. Por qual(is) vaso(s) o sangue proveniente dos pulmões retorna ao coração? 
a) 1- artérias pulmonares; 2- endocárdio; 3- veias cavas.
b) 1- veias cavas; 2- valva atrioventricular direita; 3- veias pulmonares.
c) 1- veias pulmonares; 2- valva bicúspide; 3- artéria aorta.
d) 1- artérias coronárias; 2- valva da aorta; 3- veias coronárias. 
e) 1- veias cavas; 2- valva mitral; 3- artérias pulmonares.
1
1
1
REFERÊNCIAS
HALL, J. E. Tratado de fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
JUNQUEIRA, L. C. U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2018.
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTINI, F. H.; TIMMONS, M. J.; TALLITSCH, R. B. Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 
2009.
MOORE, K. L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, M. G. Embriologia Básica. Rio de Janeiro: Else-
vier, 2016.
NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
TORTORA, G. J. Princípios de Anatomia Humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2017.
1
1
8
1. A resposta correta é:
“Um ciclo cardíaco é o período compreendido entre o início de dois batimentos cardíacos 
consecutivos e compreende as fases de sístole atrial, sístole ventricular e diástole.”
A resposta correta é justificada da seguinte forma:
- Um ciclo cardíaco é definido como o período que ocorre entre o início de dois batimen-
tos cardíacos consecutivos. Durante esse ciclo, o coração passa por uma sequência de 
eventos que envolvem a contração e relaxamento das câmaras cardíacas.
- O ciclo cardíaco é composto por três fases principais: sístole atrial, sístole ventricular 
e diástole.
- Durante a sístole atrial, os átrios se contraem, impulsionando o sangue para os ven-
trículos.
- Em seguida, ocorre a sístole ventricular, na qual os ventrículos se contraem, forçando 
o sangue para fora do coração e para as artérias.
- Por fim, temos a diástole, que é a fase de relaxamento das câmaras cardíacas, permitindo 
que o sangue retorne aos átrios e ventrículos para iniciar um novo ciclo.
Portanto, a justificativa para a resposta correta é baseada na descrição correta das fases 
do ciclo cardíaco e sua relação com os batimentos cardíacos consecutivos.
2. O coração possui quatro cavidades: dois átrios (átrio direito e átrio esquerdo) e dois ven-
trículos (ventrículo direito e ventrículo esquerdo). Cada cavidade desempenha um papel 
importante no processo de circulação sanguínea.
Os átrios recebem o sangue que retorna ao coração. O átrio direito recebe o sangue ve-
noso, pobre em oxigênio, proveniente das veias cavas e da circulação pulmonar. O átrio 
esquerdo recebe o sangue arterial, rico em oxigênio, vindo das veias pulmonares.
Os ventrículos são responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. O ventrículo 
direito bombeia o sangue para os pulmões, onde ocorre a oxigenação. Ele impulsiona o 
sangue para as artérias pulmonares, que levam o sangue até os pulmões para a troca 
gasosa. Já o ventrículo esquerdo é responsável por bombear o sangue oxigenado para 
o restante do corpo. Ele impulsiona o sangue para a artéria aorta, que distribui o sangue 
oxigenado para todas as partes do organismo.
Portanto, os átrios são responsáveis por receber o sangue, enquanto os ventrículos são 
responsáveis por bombear o sangue para fora do coração. Essa divisão de tarefas entre 
as cavidades é essencial para garantir a eficiência do processo de circulação sanguínea, 
permitindo o suprimento adequado de oxigênio e nutrientes para os tecidos e a remoção 
de resíduos metabólicos.
GABARITO
1
1
9
3. B.
- O batimento cardíaco tem início no nó sinoatrial (ou nó SA), onde é gerado um potencial 
de ação de maneira espontânea.
- Em seguida, a onda de ativação converge para o nó atrioventricular (ou nó AV), que 
representa a conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o miocárdio ventricular, 
diminuindo a frequência do potencial de ação entre ambos.
- Após passar pelo nó atrioventricular, a onda de ativação atinge o fascículo atrioventricular 
(ou feixe de His) e passa por ele até chegar às fibras de Purkinje, que são responsáveis por 
conduzir rapidamente o potencial de ação até o ápice do miocárdio ventricular.
- Dessa forma, a onda de despolarização (impulso cardíaco) é distribuída a todo o miocárdio 
dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular.
As demais alternativas estão incorretas, pois não seguem a sequência correta da ativação 
elétrica do coração.
4. C.
Durante a sístole ventricular, os ventrículos do coração se contraem, resultando na aber-
tura das valvas atrioventriculares (valva tricúspide e valva mitral) e no fechamento das 
valvas da aorta e do tronco pulmonar. Isso permite que o sangue seja bombeado dos 
ventrículos para as artérias. As demais alternativas estão incorretas, pois descrevem 
erroneamente os eventos do ciclo cardíaco.
5. B.
1- As veias cavas são as estruturas que trazem sangue para o átrio direito do coração, 
provenientes do corpo.
2- A valva atrioventricular direita (também conhecida como valva tricúspide) é a estru-
tura que faz a comunicação entre o átrio direito e o ventrículo direito, permitindo o fluxo 
unidirecional do sangue.
3- As veias pulmonares são responsáveis por transportar o sangue proveniente dos pul-
mões de volta ao coração, mais especificamente ao átrio esquerdo.
As demais alternativas estão incorretas, pois não correspondem às estruturas mencio-
nadas nas perguntas.
GABARITO
1
1
1

Mais conteúdos dessa disciplina