Logo Passei Direto
Buscar

MAYRA_PANIAGO_HISTORIA_DO_BRASIL_TEORIA

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Com base nas informações contidas no texto acima e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Do mesmo modo que, a partir do século XVI, a expansão da área agrícola atingiu a Mata Atlântica, tida como um obstáculo ao plantio da cana-de-açúcar, o crescimento do agronegócio de açúcar e álcool de cana tem, nos últimos anos, buscado novas áreas de plantio ao longo do Cerrado e da região Amazônica, transformando-se numa das principais causas de desmatamento e queimadas do que restam das matas virgens brasileiras.
b) Se a lavoura canavieira deu o tom da colonização e das relações entre os colonos e as populações nativas, alterando profundamente suas organizações de trabalho, formas de ocupação de espaço e possibilidades de sobrevivência, a atual expansão do agronegócio sucroalcooleiro, baseada na grande propriedade monocultora altamente mecanizada, tem pressionado o êxodo rural, causado o inchaço das periferias das grandes cidades, de tensões e conflitos rurais e urbanos.
c) Em relação ao que se verificou durante todo o período colonial, um dos fatores mais importantes da atual expansão da área de plantio da cana-de-açúcar no Brasil reside na completa mudança da estrutura social e econômica do campo brasileiro, caracterizada pelo aumento quantitativo e qualitativo da pequena propriedade rural e pela intensa utilização de mão-de-obra altamente qualificada e bem remunerada.
d) Entre os problemas a serem enfrentados pelo Brasil no atual processo de expansão das áreas plantadas com cana-de-açúcar, está o da expansão da monocultura, desvantajosa sob vários aspectos, entre eles o econômico, uma vez que a queda do preço do produto pode ameaçar toda a cadeia produtiva regional, além de colocar em risco, a exemplo do que ocorreu em Pernambuco e na Bahia durante os séculos XVII e XVIII, a própria produção de alimentos.
e) Embora gere riquezas ao país, a atual fase de expansão do agronegócio de açúcar e álcool mantém problemas ainda não resolvidos no campo brasileiro, como a concentração de renda e de terras nas mãos de poucos, além de precárias condições de trabalho caracterizadas por exaustivas jornadas mal remuneradas e pela presença de trabalho escravo.

18. (UFMG) Leia estes trechos de documentos relacionados ao Brasil Colonial, atentando para os processos históricos a que se referem: I. ... a grande constância de outros, desprezando as inclementes do tempo, desatendendo ao trabalho das marchas, vencendo os desconfortos da vida, e perdendo o temor aos assaltos, continuavam a cortar bosques, a abrir caminhos, a penetrar sertões, a combater como gentio bárbaro, fazendo muitos e algumas mulheres prisioneiras... II. ... quem vir na escuridão da noite aquelas formanhas tremendas, perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas, ou ventos, por onde respiram o incêndio; os estíopes, ou cíclicos, banhados em suor tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria ao fogo (...) não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etna e Vésuvios, que é uma semelhança de inferno. III. Ali ignora-se o uso da verruma, o método de conhecer o interior e as diversas camadas de terras: as ciências naturais, a mineralogia, a química, o conhecimento da mecânica, das leis do movimento e da gravidade dos corpos, tudo está ali muito na sua infância; das máquinas hidráulicas apenas se conhece ainda muito imperfeita, a que, pela sua figura e construção, chamam rosário... IV. ...o conde enriqueceu e ornou com edifícios vilas e cidades. Construiu pontes e palácios para utilidade e beleza. Erigiu, em parte por sua munificência, um templo para a piedade e para o serviço divino. Teve consigo e favoreceu, na paz e na guerra, os mais eminentes artistas (...) para que eles mostrassem, vencidos, (...) os lugares, as terras e as cidades que ele próprio vencesse. Os trechos I, II, III e IV fazem referência, respectivamente,

a) à ação dos quilombolas, aos montins coloniais, às atividades agrícolas indígenas e à construção da cidade de Salvador;
b) à pecuária, ao batuque dos negros, à arte naval portuguesa e à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro;
c) ao bandeirantismo, aos engenhos de açúcar, às técnicas de mineração e à presença holandesa no nordeste açucareiro;
d) ao tráfico negro, aos rituais indígenas, às moedas de açúcar e à urbanização das vilas das Minas Gerais.

Co m b a se na s info rma ç õ e s c o ntida s no s te xto s a c ima e no s se us c o nhe c ime ntos so bre o a ssunto , a ssina le a a lte rna -tiva INCORRETA.

a ) Do me smo mo do que , a partir do sé c ulo XVI, a e xpan- sã o da á re a ag ríc o la a ting iu a Mata Atlântic a , tida c o mo um o b stá c ulo a o p la ntio da c a na -de -aç úc a r, o c re sc ime n-to do a g ro ne g ó c io de a ç úc a r e á lc o o l de c a na te m, no s últ imo s a no s, b usc a do no va s á re a s de pla ntio a o lo ng o do Ce rra do e da re g iã o Ama zô nic a , tra nsfo rmando -se numa da s princ ipa is c a usa s de de sma ta me nto e q ue imada s do que re sta m da s ma ta s virg e ns b ra sile ira s.
b ) Se a lavo ura c a navie ira de u o to m da c o lo niza ç ão e da s re la ç õ e s e ntre o s c o lo no s e a s po pula ç õ e s na tiva s, a l-te ra ndo pro funda me nte sua s o rg a nizaç õ e s de tra ba lho , fo rma s de o c upa ç ã o de e spa ç o e po ssib ilidade s de so bre -vivê nc ia , a a tua l e xpansão do ag ro ne g ó c io suc ro a lc o o le i-ro , ba se a da na g ra nde pro prie dade mo no c ulto ra a lta -me nte me c anizada , te m pre ssio nado o ê xo do rura l, c ausa do inc ha ç o da s pe rife ria s da s g ra nde s c ida de s, de te nsõ e s e c o nflito s rura is e urbano s.
c ) Em re la ç ão ao que se ve rific o u durante to do o pe río do c o lo nia l, um d o s fa to re s ma is impo rta nte s d a a tua l e xpa n-sã o d a á re a d e p la ntio d a c a na -d e -a ç úc a r no Bra sil re -sid e na c o mp le ta mud a nç a d a e strutura so c ia l e e c o-nô mic a d o c a mp o b ra sile iro , c a ra c te riza d a p e lo a ume n-to qua ntita tivo e qua lita tivo da pe que na pro prie dade rura l e pe la inte nsa utilizaç ã o de mão -de -o bra a lta me nte qua li-fic ada e b e m re mune ra d a.
d ) Entre o s p ro b le ma s a se re m e nfre nta d o s p e lo Bra sil no a tua l p ro c e sso d e e xp a nsã o d a s á re a s p la nta d a s c o m c a na -d e -a ç úc a r, e stá o d a e xp a nsã o d a mo no c ultura , d e sva nta jo sa so b vá rio s a sp e c to s, e ntre e le s o e c o nô mi-c o , uma ve z q ue a q ue d a d o p re ço d o p ro d uto p o d e a me a ç a r to d a a c a d e ia p ro d utiva re g io na l, a lé m d e c o-l o c a r e m risc o , a e xe mp lo d o q ue o c o rre u e m Pe rna m-b uc o e na Ba hia d ura nte o s sé c ulo s XVII e XVIII, a p ró p ria p ro d uç ã o d e a lime nto s.
e ) Emb o ra g e re riq ueza s a o p a ís, a a tua l fa se d e e xp a n- sã o d o a g ro ne g ó c io d e a ç úc a r e á lc o o l ma nté m p ro -b le ma s a ind a nã o re so lvid o s no c a mp o b ra sile iro , c o mo a c o nc e ntra ç ã o d e re nd a e d e te rra s na s mã o s d e p o u-c o s, a lé m d e p re c á ria s c o nd îç õ e s d e tra b a lho c a ra c te ri-zada s p o r e xa ustiva s jo rna d a s ma l re mune ra d a s e p e la p re se nç a d e tra b a lho e sc ra vo.

18. (UFMG) Leia estes trechos de documentos relacionados ao Brasil Colonial, atentando para os processos históricos a que se referem: I. ... a grande constância de outros, desprezando as inclementias do tempo, desatendendo ao trabalho das marchas, vencendo os desconfortos da vida, e perdendo o temor aos assaltos, continuavam a cortar bosques, a abrir caminhos, a penetrar sertões, a combater como gentio bárbaro, fazendo muitos e algumas mulheres prisioneiras... II. ... quem vir na escuridão da noite aquelas formanhas tremendas, perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas, onde respiram o incêndio; os estíopes, ou cíclope, banhados em suor tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria ao fogo (...) não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etna e Vésuvios, que é uma semelhança de inferno. III. Ali ignora-se o uso da verruma, o método de conhecer o interior e as diversas camadas de terras: as ciências naturais, a mineralogia, a química, o conhecimento da mecânica, das leis do movimento e da gravidade dos corpos, tudo está ali muito na sua infância; das máquinas hidráulicas apenas se conhece ainda muito imperfeita, a que, pela sua figura e construção, chamam rosário... IV. ...o conde enriqueceu e ornou com edifícios vilas e cidades. Construiu pontes e palácios para utilidade e beleza. Erigiu, em parte por sua munificência, um templo para a piedade e para o serviço divino. Teve consigo e favoreceu, na paz e na guerra, os mais eminentes artistas (...) para que eles mostrassem, vencidos, (...) os lugares, as terras e as cidades que ele próprio vencesse.

a) à ação dos quilombolas, aos montins coloniais, às atividades agrícolas indígenas e à construção da cidade de Salvador;
b) à pecuária, ao batuque dos negros, à arte naval portuguesa e à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro;
c) ao bandeirantismo, aos engenhos de açúcar, às técnicas de mineração e à presença holandesa no nordeste açucareiro;
d) ao tráfico negro, aos rituais indígenas, às moedas de açúcar e à urbanização das vilas das Minas Gerais.

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Experimente o Premium!star struck emoji

Acesse conteúdos dessa e de diversas outras disciplinas.

Libere conteúdos
sem pagar

Ajude estudantes e ganhe conteúdos liberados!

Questões resolvidas

Com base nas informações contidas no texto acima e nos seus conhecimentos sobre o assunto, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Do mesmo modo que, a partir do século XVI, a expansão da área agrícola atingiu a Mata Atlântica, tida como um obstáculo ao plantio da cana-de-açúcar, o crescimento do agronegócio de açúcar e álcool de cana tem, nos últimos anos, buscado novas áreas de plantio ao longo do Cerrado e da região Amazônica, transformando-se numa das principais causas de desmatamento e queimadas do que restam das matas virgens brasileiras.
b) Se a lavoura canavieira deu o tom da colonização e das relações entre os colonos e as populações nativas, alterando profundamente suas organizações de trabalho, formas de ocupação de espaço e possibilidades de sobrevivência, a atual expansão do agronegócio sucroalcooleiro, baseada na grande propriedade monocultora altamente mecanizada, tem pressionado o êxodo rural, causado o inchaço das periferias das grandes cidades, de tensões e conflitos rurais e urbanos.
c) Em relação ao que se verificou durante todo o período colonial, um dos fatores mais importantes da atual expansão da área de plantio da cana-de-açúcar no Brasil reside na completa mudança da estrutura social e econômica do campo brasileiro, caracterizada pelo aumento quantitativo e qualitativo da pequena propriedade rural e pela intensa utilização de mão-de-obra altamente qualificada e bem remunerada.
d) Entre os problemas a serem enfrentados pelo Brasil no atual processo de expansão das áreas plantadas com cana-de-açúcar, está o da expansão da monocultura, desvantajosa sob vários aspectos, entre eles o econômico, uma vez que a queda do preço do produto pode ameaçar toda a cadeia produtiva regional, além de colocar em risco, a exemplo do que ocorreu em Pernambuco e na Bahia durante os séculos XVII e XVIII, a própria produção de alimentos.
e) Embora gere riquezas ao país, a atual fase de expansão do agronegócio de açúcar e álcool mantém problemas ainda não resolvidos no campo brasileiro, como a concentração de renda e de terras nas mãos de poucos, além de precárias condições de trabalho caracterizadas por exaustivas jornadas mal remuneradas e pela presença de trabalho escravo.

18. (UFMG) Leia estes trechos de documentos relacionados ao Brasil Colonial, atentando para os processos históricos a que se referem: I. ... a grande constância de outros, desprezando as inclementes do tempo, desatendendo ao trabalho das marchas, vencendo os desconfortos da vida, e perdendo o temor aos assaltos, continuavam a cortar bosques, a abrir caminhos, a penetrar sertões, a combater como gentio bárbaro, fazendo muitos e algumas mulheres prisioneiras... II. ... quem vir na escuridão da noite aquelas formanhas tremendas, perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas, ou ventos, por onde respiram o incêndio; os estíopes, ou cíclicos, banhados em suor tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria ao fogo (...) não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etna e Vésuvios, que é uma semelhança de inferno. III. Ali ignora-se o uso da verruma, o método de conhecer o interior e as diversas camadas de terras: as ciências naturais, a mineralogia, a química, o conhecimento da mecânica, das leis do movimento e da gravidade dos corpos, tudo está ali muito na sua infância; das máquinas hidráulicas apenas se conhece ainda muito imperfeita, a que, pela sua figura e construção, chamam rosário... IV. ...o conde enriqueceu e ornou com edifícios vilas e cidades. Construiu pontes e palácios para utilidade e beleza. Erigiu, em parte por sua munificência, um templo para a piedade e para o serviço divino. Teve consigo e favoreceu, na paz e na guerra, os mais eminentes artistas (...) para que eles mostrassem, vencidos, (...) os lugares, as terras e as cidades que ele próprio vencesse. Os trechos I, II, III e IV fazem referência, respectivamente,

a) à ação dos quilombolas, aos montins coloniais, às atividades agrícolas indígenas e à construção da cidade de Salvador;
b) à pecuária, ao batuque dos negros, à arte naval portuguesa e à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro;
c) ao bandeirantismo, aos engenhos de açúcar, às técnicas de mineração e à presença holandesa no nordeste açucareiro;
d) ao tráfico negro, aos rituais indígenas, às moedas de açúcar e à urbanização das vilas das Minas Gerais.

Co m b a se na s info rma ç õ e s c o ntida s no s te xto s a c ima e no s se us c o nhe c ime ntos so bre o a ssunto , a ssina le a a lte rna -tiva INCORRETA.

a ) Do me smo mo do que , a partir do sé c ulo XVI, a e xpan- sã o da á re a ag ríc o la a ting iu a Mata Atlântic a , tida c o mo um o b stá c ulo a o p la ntio da c a na -de -aç úc a r, o c re sc ime n-to do a g ro ne g ó c io de a ç úc a r e á lc o o l de c a na te m, no s últ imo s a no s, b usc a do no va s á re a s de pla ntio a o lo ng o do Ce rra do e da re g iã o Ama zô nic a , tra nsfo rmando -se numa da s princ ipa is c a usa s de de sma ta me nto e q ue imada s do que re sta m da s ma ta s virg e ns b ra sile ira s.
b ) Se a lavo ura c a navie ira de u o to m da c o lo niza ç ão e da s re la ç õ e s e ntre o s c o lo no s e a s po pula ç õ e s na tiva s, a l-te ra ndo pro funda me nte sua s o rg a nizaç õ e s de tra ba lho , fo rma s de o c upa ç ã o de e spa ç o e po ssib ilidade s de so bre -vivê nc ia , a a tua l e xpansão do ag ro ne g ó c io suc ro a lc o o le i-ro , ba se a da na g ra nde pro prie dade mo no c ulto ra a lta -me nte me c anizada , te m pre ssio nado o ê xo do rura l, c ausa do inc ha ç o da s pe rife ria s da s g ra nde s c ida de s, de te nsõ e s e c o nflito s rura is e urbano s.
c ) Em re la ç ão ao que se ve rific o u durante to do o pe río do c o lo nia l, um d o s fa to re s ma is impo rta nte s d a a tua l e xpa n-sã o d a á re a d e p la ntio d a c a na -d e -a ç úc a r no Bra sil re -sid e na c o mp le ta mud a nç a d a e strutura so c ia l e e c o-nô mic a d o c a mp o b ra sile iro , c a ra c te riza d a p e lo a ume n-to qua ntita tivo e qua lita tivo da pe que na pro prie dade rura l e pe la inte nsa utilizaç ã o de mão -de -o bra a lta me nte qua li-fic ada e b e m re mune ra d a.
d ) Entre o s p ro b le ma s a se re m e nfre nta d o s p e lo Bra sil no a tua l p ro c e sso d e e xp a nsã o d a s á re a s p la nta d a s c o m c a na -d e -a ç úc a r, e stá o d a e xp a nsã o d a mo no c ultura , d e sva nta jo sa so b vá rio s a sp e c to s, e ntre e le s o e c o nô mi-c o , uma ve z q ue a q ue d a d o p re ço d o p ro d uto p o d e a me a ç a r to d a a c a d e ia p ro d utiva re g io na l, a lé m d e c o-l o c a r e m risc o , a e xe mp lo d o q ue o c o rre u e m Pe rna m-b uc o e na Ba hia d ura nte o s sé c ulo s XVII e XVIII, a p ró p ria p ro d uç ã o d e a lime nto s.
e ) Emb o ra g e re riq ueza s a o p a ís, a a tua l fa se d e e xp a n- sã o d o a g ro ne g ó c io d e a ç úc a r e á lc o o l ma nté m p ro -b le ma s a ind a nã o re so lvid o s no c a mp o b ra sile iro , c o mo a c o nc e ntra ç ã o d e re nd a e d e te rra s na s mã o s d e p o u-c o s, a lé m d e p re c á ria s c o nd îç õ e s d e tra b a lho c a ra c te ri-zada s p o r e xa ustiva s jo rna d a s ma l re mune ra d a s e p e la p re se nç a d e tra b a lho e sc ra vo.

18. (UFMG) Leia estes trechos de documentos relacionados ao Brasil Colonial, atentando para os processos históricos a que se referem: I. ... a grande constância de outros, desprezando as inclementias do tempo, desatendendo ao trabalho das marchas, vencendo os desconfortos da vida, e perdendo o temor aos assaltos, continuavam a cortar bosques, a abrir caminhos, a penetrar sertões, a combater como gentio bárbaro, fazendo muitos e algumas mulheres prisioneiras... II. ... quem vir na escuridão da noite aquelas formanhas tremendas, perpetuamente ardentes; as labaredas que estão saindo a borbotões de cada uma pelas duas bocas, onde respiram o incêndio; os estíopes, ou cíclope, banhados em suor tão negros como robustos que subministram a grossa e dura matéria ao fogo (...) não poderá duvidar, ainda que tenha visto Etna e Vésuvios, que é uma semelhança de inferno. III. Ali ignora-se o uso da verruma, o método de conhecer o interior e as diversas camadas de terras: as ciências naturais, a mineralogia, a química, o conhecimento da mecânica, das leis do movimento e da gravidade dos corpos, tudo está ali muito na sua infância; das máquinas hidráulicas apenas se conhece ainda muito imperfeita, a que, pela sua figura e construção, chamam rosário... IV. ...o conde enriqueceu e ornou com edifícios vilas e cidades. Construiu pontes e palácios para utilidade e beleza. Erigiu, em parte por sua munificência, um templo para a piedade e para o serviço divino. Teve consigo e favoreceu, na paz e na guerra, os mais eminentes artistas (...) para que eles mostrassem, vencidos, (...) os lugares, as terras e as cidades que ele próprio vencesse.

a) à ação dos quilombolas, aos montins coloniais, às atividades agrícolas indígenas e à construção da cidade de Salvador;
b) à pecuária, ao batuque dos negros, à arte naval portuguesa e à transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro;
c) ao bandeirantismo, aos engenhos de açúcar, às técnicas de mineração e à presença holandesa no nordeste açucareiro;
d) ao tráfico negro, aos rituais indígenas, às moedas de açúcar e à urbanização das vilas das Minas Gerais.

Prévia do material em texto

MAYRA PANIAGO 
 
HISTÓRIA DO 
BRASIL 
 
TEORIA 
196 QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E VESTIBULARES 
GABARITADAS 
 
 Teoria e Seleção das Questões: 
 Prof.ª Mayra Paniago 
 Organização e Diagramação: 
 Mariane dos Reis 
 
 
1ª Ediç ã o 
OUT − 2012 
 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É ve dada a re pro duç ão to ta l o u parc ia l de ste mate ria l, po r q ua lq ue r me io o u pro -
c e sso . A vio laç ão de dire ito s auto ra is é puníve l c o mo c rime , c o m pe na de prisão e multa (art. 184 e p arág ra fo s do 
Có dig o Pe na l), c o njuntame nte c o m b usc a e apre e nsão e inde nizaç õ e s dive rsas (arts. 101 a 110 da Le i nº 9.610, de 
19/02/98 – Le i do s Dire ito s Auto ra is). 
 
 
 
 
www.apostilasvirtual.com.br 
contato@apostilasvirtual.com.br 
apostilasvirtual@hotmail.com 
 
SUMÁRIO 
1. A SOCIEDADE COLONIAL: economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e os jesuítas ................ 05 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 14 
2. A INDEPENDÊNCIA (CRISE DO SISTEMA COLONIAL) E O NASCIMENTO DO ESTADO BRASILEIRO. 
INDEPENDÊNCIA DA BAHIA. CONJURAÇÃO BAIANA .................................................................. 21 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 27 
3. A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO MONÁRQUICO E PERÍODO IMPERIAL. SABINADA. REVOLTA DOS 
MALÊS............................................................................................................................................... 31 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 39 
4. A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO REPUBLICANO. A GUERRA DE CANUDOS. 
A PRIMEIRA GUERRA E SEUS EFEITOS NO BRASIL. O MOVIMENTO DE 1930 (A REVOLUÇÃO 
DE 30) ................................................................................................................................................ 47 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 55 
5. O PERÍODO VARGAS − REPÚBLICA GETULISTA (1930 – 1947). A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL 
E SEUS EFEITOS NO BRASIL .......................................................................................................... 62 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 65 
6. OS GOVERNOS DEMOCRÁTICOS ..................................................................................................... 70 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 75 
7. DITADURA MILITAR (1964 – 1985). OS GOVERNOS MILITARES ........................................................ 79 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 82 
8. NOVA REPÚBLICA (1985 AOS DIAS ATUAIS) .................................................................................... 88 
Que stõe s de Prova s de Conc ursos e Ve stibula re s......................................................................................................... 94 
GABARITOS ....................................................................................................................................... 99 
 
 
 
 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
HISTÓRIA DO BRASIL 
 
1 A SOCIEDADE COLONIAL: 
economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e os jesuítas. 
 
Introdução 
 
O iníc io d a c o lo niza ç ã o d o Bra sil o c o rre u c o mo um 
d e sd o b ra me nto p o lític o e e c o nô mic o d a s via g e ns ma rí-
tima s e mp re e nd id a s p e lo s p o rtug ue se s a o lo ng o d o s sé -
c ulo s Xv e XVI. Esta s via g e ns fo ra m inte nsa me nte mo ti-
va d a s p e la b usc a d e um no vo c a minho p a ra a s Índ ia s. 
Este mo vime nto se justific o u e m funç ã o d a riq ue za q ue 
re p re se nta va o c o mé rc io o rie nta l q ue , d e sd e o fina l d o 
sé c ulo XIV e sta va c o ntro la d o p o r c o me rc ia nte s ita lia no s, 
p ro ve nie nte s d a s c id a d e s d e Gê no va e Ve ne za . Aind a é 
imp o rta nte c o nsid e ra r a fo rç a d o mo no p ó lio e xe rc id o 
p e lo s c o me rc ia nte s d a c id a d e d e Co nsta ntino p la , q ue 
d e sd e 1453 fo i o c up a d a p e lo s turc o s. A p a rtir d e sta situ-
a ç ã o , a q ue le s c o me rc ia nte s o u c id a d ã o q ua lq ue r q ue 
q uise sse c o mp ra r ta is me rc a d o ria s, o fa zia me d ia nte o 
p a g a me nto d e a lto s imp o sto s, o q ue to rna va muito c a ro 
o c o mé rc io d e e sp e c ia ria s no c o ntine nte e uro p e u. 
 
 
5 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
 
Especiarias: mercadorias muito cobiçadas na Europa a partir 
do século XIII. Constituíam de produtos orientais como temperos: 
cravo, canela, gengibre, noz-moscada, pimenta do reino, cominho. E 
produtos de uso pessoal como perfumes, seda, joias, além de merca-
dorias para uso doméstico como tapetes, vasos de porcelana, dentre 
outros. O sucesso destas mercadorias de deveu ao fascínio exercido 
por elas em uma época em que a vida europeia era marcada pelos 
hábitos mais rústicos. O uso de especiarias passou a ser típico de 
alguns grupos sociais em ascensão como burgueses e a nobreza, in-
teressada em demonstrar poder. 
 
As via g e ns ma rítima s re sulta ra m na c he g a d a d o e u-
ro p e u a o c o ntine nte a me ric a no . Esp a nhó is c o lo niza ra m 
b o a p a rte d a Ame ric a La tina , o s ing le se s c o lo niza ra m 
p a rte d a Amé ric a d o No rte , junta me nte c o m o s fra nc e -
se s e o s p o rtug ue se s, a p a rtir d e 1500 inic ia ra m o p ro c e s-
so d e c o lo niza ç ã o d o Bra sil. 
Imp o rta nte c o nsid e ra r q ue o c o ntine nte a me ric a no 
já e sta va d e nsa me nte p o vo a d o me smo no sé c ulo XIV, 
q ua nd o a s p rime ira s e xp e d iç õ e s e sp a nho la s e stive ra m 
p o r a q ui. As á re a s d a Amé ric a d o No rte e ra m p o vo a d a s 
p e lo s sio ux, iro q ue se s, a p a c he s, c o ma nc he s, c re e , e s-
q uimó s e o utro s. Na á re a d e c o lo niza ç ã o Amé ric a e sp a -
nho la a s p o p ula ç õ e s ma ia s, inc a s e a ste c a s d e se nvo lve -
ra m so c ie d a d e s a g ríc o la s muito a va nç a d a s c o m a fo r-
ma ç ã o d e imp é rio s b e m e strutura d o s. Na Amé ric a d o 
Sul, ind íg e na s tup is, xa va nte s, g ua ra nis, c a ra íb a s, jê vivi-
a m c o mo c a ç a d o re s e c o le to re s. 
 
Colonização do Brasil 
 
Os trinta p rime iro s a no s (1500-1530) q ue se se g uira m 
a p ó s a c he g a d a d o s p o rtug ue se s fo ra m ma rc a d o s p o r 
c e rto de sc a so d a Co ro a e m re la ç ã o à te rra d e sc o b e rta . 
Isto o c o rre u p o rq ue o s p rime iro s e uro p e us q ue c he g a -
ra m a q ui nã o e nc o ntra ra m o q ue d e fa to p ud e sse justifi-
c a r a insta la ç ã o d e uma e mpre sa c o lo nia l. Ou se ja , a 
a usê nc ia d e me ta is p re c io so s nã o mo tivo u o c o me ç o da 
c o lo niza ç ã o do Bra sil. Outro fa to r re le va nte fo i o c re sc i-
me nto e luc ra tivid a d e d o c o mé rc io o rie nta l. 
Entre 1501 e 1502, o re i d e Po rtug a l e nvio u p a ra c á 
a lg uma s e xp e d iç õ e s d e re c o nhe c ime nto d o lito ra l b ra si-lvê -la ; a ind a q ue e sse "d e se nvo lvime nto " 
se fize sse na s linha s d e uma e c o no mia d e p e nd e nte , nã o 
p o d ia d e ixa r d e e nvo lve r um a ume nto ne c e ssá rio d e 
p o p ula ç ã o na c o lô nia , e uma c o mp le xid a d e c re sc e nte 
d a so c ie d a d e c o lo nia l – o q ue c o me ç a va a a b rir a p o s-
sib ilid a d e d e p o uc o a p o uc o se ma nife sta r o p o siç ã o d e 
inte re sse s e ntre o s c o lo no s e a me tró p o le . Ne sse se ntid o , 
o p e rig o se c e ssio nista é ine re nte a o p ro c e sso d e c o lo ni-
za ç ã o , e c o m e le se d e fro nta ra m to d a s a s me tró p o le s. 
Ma s, num se g und o p la no e , d a d a s a s p e c ulia rid a d e s d e 
re la ç ã o c o lô nia -me tró p o le , no c a so Bra sil-Po rtug a l, o 
simple s c re sc ime nto d e mo g rá fic o d a c o lô nia já se a p re -
se nta va c o mo a lg o a me a ç a d o r: q ua nd o a d e sc o b e rta 
d o s me ta is no b re s e o iníc io d a mine ra ç ã o p ro vo c a ra m 
um fo rte mo vime nto p o p ula c io na l p a ra a s Mina s Ge ra is, 
a te mo riza m-se o s d irig e nte s me tro p o lita no s. 
 
(Fe rna nd o A. No va is. Portug a l e Bra sil na c rise do a ntig o siste ma c olonia l. 
Sã o Pa ulo : Huc ite c , 1981. p . 142) 
 
Uma a ná lise d o te xto p e rmite a firma r q ue , no p ro c e sso 
d e c o lo niza ç ã o d o Bra sil, 
 
a ) Po rtug a l, p a ra e xp lo ra r a c o lô nia , te ve q ue e sta b e le -
c e r a s b a se s d o d e se nvo lvime nto q ue , c o ntra d ito ria me n-
te , a c a b o u de spe rta nd o ide a is de lib e rta ç ã o na c o lô nia . 
b ) Po rtug a l, p o r me d o d a a me a ç a d o s inva so re s, d e u 
a uto no mia à s c a p ita nia s he re d itá ria s p a ra d e se nvo lve -
re m uma e c o no mia d ive rsific a d a na c o lô nia . 
c ) a Co ro a p o rtug ue sa , a o p e rmitir, d e sd e o iníc io , a c ri-
a ç ã o d e indústria s na c o lô nia , po ssib ilito u o surg ime nto de 
g rup o s p o lític o s inte re ssa d o s na a c umula ç ã o d e riq ue -
za s. 
d ) a Co ro a p o rtug ue sa , p a ra imp e d ir a d ivisã o d a c o lô -
nia , e stimulo u o c re sc ime nto d a p o p ula ç ã o c o m o o b je -
tivo d e a sse g ura r a p o sse d o te rritó rio a me ric a no . 
e ) a Me tró p o le p o rtug ue sa , c o m o intuito d e p ro mo ve r o 
de se nvo lvime nto a utô no mo da c o lô nia , c rio u um siste ma 
d e c o ntro le e d e fisc a liza ç ã o na s re g iõ e s mine ra d o ra s. 
 
2. [Guarda Munic ipal- (CA01)- (T1)-SEAD-Pref. Munic . Salva-
dor-BA/ -2008-FCC].(Q.31) O c ultivo de c ana-de -aç úc ar fo i 
impla nta d a no Bra sil c o lô nia , p o is 
 
a ) o a ç úc a r e ra um p ro d uto muito re ntá ve l p a ra o c o -
mé rc io e uro p e u, sua té c nic a d e c ultivo já e ra c o nhe c i-
d a d o s p o rtug ue se s e p ro p ic ia va uma so luç ã o p a ra a 
ne c e ssid a d e d e o c up a ç ã o e p o vo a me nto d o te rritó rio . 
b ) o s je suíta s, na s missõ e s, intro d uzira m c o m suc e sso e sse 
c ultivo , q ue se a d a p to u b e m a o c lima q ue nte , úmid o e 
a o so lo d e ma ssa p é d o lito ra l no rd e stino , to rna nd o -se 
muito luc ra tivo p a ra a e xp o rta ç ã o . 
c ) a c o ro a p o rtug ue sa firmo u va nta jo so s a c o rd o s fina n-
c e iro s c o m me rc a d o re s ho la nd e se s, q ue c e ntra liza ra m, 
d e fo rma e fic ie nte , o c o ntro le d a p ro d uç ã o e d a d istri-
b uiç ã o c o me rc ia l. 
d ) o p a u-b ra sil e o o uro e nc o ntra d o s inic ia lme nte fo ra m 
e xp lo ra d o s d e fo rma p re d a tó ria e se e sg o ta ra m, ha ve n-
d o a ne c e ssid a d e d a intro d uç ã o d e um c ultivo p e rma -
ne nte , e m la rg a e sc a la . 
e ) o s b a nd e ira nte s p a ssa ra m a a p risio na r índ io s e a ne -
g o c ia r a c o mp ra d e e sc ra vo s c o m c o me rc ia nte s re spo n-
sáve is pe lo trá fic o ne g re iro , fo rne c e ndo mão -de -o bra e x-
c e d e nte q ue fo i a p ro ve ita d a e m p la nta ç õ e s d e c a na . 
 
 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
3. [Serv. Aux. Voluntário-(Pr. Obj.)-(NF)-PM-SP/ 2012-VUNESP].(Q.39) 
Ob se rve a ima g e m. 
 
 
 
A ilustra ç ã o de Je a n-Ba ptiste De b re t po d e se r a sso c ia da , 
no Bra sil c o lo nia l, 
 
a ) a o fim d a e sc ra vid ã o . 
b ) à p ro d uç ã o d e a ç úc a r. 
c ) a o c re sc ime nto urb a no . 
d ) à e xtra ç ã o d e o uro . 
e ) a o tra b a lho a ssa la ria d o . 
 
4. [Solda do- (P1)- (NM)- PM- AM/ 2011- ISAE].(Q .47) A Uniã o 
Ib é ric a , q ue d uro u e xa to s 60 a no s (1580/ 1640), p ro vo c o u 
p ro fund a s tra nsfo rma ç õ e s no Bra sil. Assina le a a firma tiva 
q ue a p re se nta uma d e ssa s mo d ific a ç õ e s. 
 
a ) ma rc o u o iníc io d o p ro c e sso d e e xp a nsã o d o te rritó rio 
a o d e so b e d e c e r o s limite s imp o sto s p e lo Tra ta d o d e To r-
d e silha s. 
b ) inic io u a a b e rtura c o me rc ia l p a ra o s p a íse s e uro p e us 
a o p e rmitir a livre c irc ula ç ã o d e se us na vio s p e lo s p o rto s 
b ra sile iro s. 
c ) re c o nhe c e u a a uto no mia p o lític a d a re g iã o p ro d uto -
ra d e a ç úc a r a o re c o nhe c e r o se u c o ntro le p e lo s ho la n-
d e se s. 
d ) a d mitiu a p re se nç a d e c o lo no s e sp a nhó is na á re a d e 
influê nc ia p o rtug ue sa o q ue imp e d iu a e xp a nsã o d a c ri-
a ç ã o d e g a d o p a ra o inte rio r. 
 
5. [Soldado-(P1)-(NM)-PM-AM/ 2011-ISAE].(Q.54) A atividade 
e c o nô mic a q ue p o ssib ilito u a p re se nç a p o rtug ue sa no 
va le a ma zô nic o no sé c ulo XVII fo i: 
 
a ) a a g ric ultura c o me rc ia l d a c a na -d e -a ç úc a r c o m b a -
se no tra b a lho e sc ra vo . 
b ) a pro d uç ã o da s “d ro g a s do se rtã o ” g ra ç a s a o c o nhe -
c ime nto e a o tra b a lho d e índ io s c a te q uiza d o s. 
c ) o e xtra tivismo mine ra l d e vid o à c he g a d a d e imig ra n-
te s p o rtug ue se s a p ó s a e xp ulsã o d o s je suíta s. 
d ) a a g ric ultura d e sub sistê nc ia no s so lo s fé rte is d a s te rra s 
firme s se g und o a s p rá tic a s d o e nc o iva ra me nto . 
 
 
 
 
6. [Ofic ia l- (NM)- PM- PA/ 2010- Fa de sp].(Q .33) “ Se m c o lo ni-
za ç ã o nã o há uma b o a c o nq uista , e se a te rra nã o é 
c o nq uista d a , a s p e sso a s nã o se rã o c o nve rtid a s” . Era a s-
sim q ue Fra nc isc o Lo p e s Go ma ra , a uto r d a Histó ria g e ra l 
das Índias, o u d a Amé ric a e sp a nho la , re fe ria -se a o p ro -
c e sso d e o c up a ç ã o hisp â nic a na Amé ric a . So b re e ssa 
d ire ta lig a ç ã o e ntre c o lo niza ç ã o e c o nve rsã o , é c o rre to 
a firma r q ue , na Amé ric a Esp a nho la , 
 
a ) a c o lo niza ç ã o sig nific ava c a te q ue se de po vo s ind íg e -
na s e a fric a no s o rig iná rio s da Amé ric a , e e sta c ristianizaç ão 
e nsina va a o s ind íg e na s c o mo se r d ó c e is no tra b a lho . 
b ) a c a te que se e ra , simulta ne a me nte , um me c a nismo c ivi-
liza tó rio (c ristianizado r) e ta mbé m c o lo niza tó rio , na me dida 
e m q ue re c o lo c a va o s p o vo s ind íg e na s no mund o his-
p â nic o d o s c é us (d a Ig re ja ) e d a te rra (d o Esta d o ). 
c ) c a te quiza r e c o lo niza r e ra m prá tic a s simila re s no mundo 
e sp a nho l d a Amé ric a p o rq ue a mb a s e ra m fe ita s p e lo s 
g o ve rna d o re s e se us d isc ípulo s, o s p a d re s je suíta s, e mis-
sá rio s d o Esta d o hisp â nic o na Amé ric a e e te rno s a lia d o s 
d o mo na rc a . 
d ) c o lo nizar sig nific a va c a te q uiza r o s p o vo s d a Amé ric a , 
já q ue , q ua nd o e ste s se to rna va m c a tó lic o s, p e rd ia m o 
d ire ito a sua s te rra s, e ntre g a nd o -a s a o s e uro p e us, se us 
c a te q uiza d o re s, p o r me io d e b ula s e tra ta d o s c o mo o 
d e To rd e silha s. 
 
7. [Ofic ia l- (NS)-PM-AP/ 2010-UNIFAP].(Q.36) “ (...) ta nto q ue 
se viu a a b und â nc ia d o o uro q ue se tira va e a la rg ue za 
c o m q ue se p a g a va tud o o q ue lá ia , lo g o se fize ra m e s-
ta la g e ns e lo g o c o me ç a ra m o s me rc a d o re s a ma nd a r 
à s mina s o me lho r q ue c he g a no s na vio s d o Re ino e d e 
o utra s p a rte s, a ssim d e ma ntime nto s, c o mo d e re g a lo 
[a le g ria ] e d e p o mp o so p a ra se ve stire m. (...) E a e ste 
re sp e ito , d e to d a s a s p a rte s d o Bra sil se c o me ç o u a e n-
via r tud o o q ue d á a te rra , c o m luc ro nã o so me nte 
g ra nd e ma s e xc e ssivo . Da q ui se se g uiu ma nd a re m à s 
mina s g e ra is a s b o ia d a s d e Pa ra na g uá e à s d o rio d a s 
Ve lha s a s b o ia d a s d o s c a mp o s d a Ba hia . (...)” . 
 
(Te xto a d a p ta d o d e ANTONIL, A. J. Cultura e o pulê nc ia do Brasil. 
Be lo Ho rizo nte : Ita tia ia ; Sã o Pa ulo : Ed usp , 1982, p .169- 170) 
 
De a c o rd o c o m o te xto a c ima , p o d e -se e nte nd e r so b re 
o p e río d o d e d e se nvo lvime nto d a mine ra ç ã o no Bra sil 
c o lô nia q ue 
 
a ) o c o mé rc io na s mina s e ra tã o a tivo q ue a té me smo 
a s b o ia d a s e ra m e nvia d a s d e o utra s re g iõ e s p a ra se r 
ve nd id a s. 
b ) muita s p e sso a s d e ixa ra m sua s te rra s p a ra te nta r a so r-
te no s c a minho s nã o muito d ifíc e is d a s mina s d e o uro . 
c ) o s me rc a d o re s p a ssa ra m a mo nta r c o mé rc io vo lta d o 
a p e na s p a ra ma ntime nto s e ve stime nta s, me rc a d o ria s 
e xp o rta d a s d a s mina s p a ra to d a s a s p a rte s d o Bra sil. 
d ) a p e sa r d a la rg a e xtra ç ã o d o miné rio d e o uro , o s lu-
c ro s c o m e sse c o mé rc io nã o e ra m tã o e xp re ssivo s. 
e ) a so c ie da de mine ira pro duzia “tudo o que a te rra po dia 
d á ” , p o r isso a s a tivid a d e s c o me rc ia is nã o se inte rlig a ra m 
ne sse p e río d o . 
 
 
15www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
16 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
8. [História- (Verão)- (1ªe tapa)- (CG)- (PA)-UFMS/ 2008].(Q.18) 
 
Esse pro duto tão c aro ao mundo c o nte mpo râne o , o aç ú-
c ar, fo i fundame ntal para o de se nvo lvime nto da Amé ric a 
po rtug ue sa, a partir do sé c ulo XVI. É ne sse pe río do que e le 
c o me ç a a se transfo rmar, de e spe c iaria c ara e rara, num 
be m de c o nsumo c ada ve z mais pre se nte e re quisitado no 
mundo . Esse pro c e sso fo i tão impo rtante que o e ng e nho , 
c o mo unidade pro dutiva do aç úc ar, é c o nside rado o 
g rande mo de lo da análise da c o lo nizaç ão do Brasil. Do s 
e nge nho s saíam o s aç úc are s masc avo s e se mire finado s, 
[...] e as aguarde nte s de c ana – a no ssa famo sa c ac haç a. 
A pro duç ão e a c o me rc ializaç ão de sse s pro duto s fo ram 
vitais tanto para c o nso lidar o impé rio me rc antil po rtug uê s 
no Atlântic o , quanto para a e xpansão c o lo nial e a fo rma-
ç ão de g rupo s de po de r e pre stíg io na c o lô nia Mais ainda, 
sua unidade pro dutiva – latifundiária, e xpo rtado ra e e sc ra-
vista – fo rmo u a base da e c o no mia e da so c ie dade c o lo -
nial brasile ira [...] c ujo s e c o s ainda re sso am na so c ie dade 
brasile ira c o nte mpo râne a . 
 
(MOURA, Ana Maria da Silva - “Do c e , amargo aç úc ar. Re vista No ssa Histó ria , ano 
3, nº 29, març o de 2006, pp. 64 e 68). 
 
A c ana-de -aç úc ar to rno u-se um do s pro duto s de maio r 
de staque no ag ro ne g ó c io nac io nal. O Brasil é o maio r pro -
duto r mundial e o mais impo rtante pro duto r de aç úc ar e 
álc o o l. Em de z ano s, as e xpo rtaç õ e s de aç úc ar aume nta-
ram duas ve ze s e me ia, ating indo 4 b ilhõ e s de dó lare s e m 
2005. A pro duç ão brasile ira de c ana-de -aç úc ar na safra 
2006/2007 é e stimada e m 469,8 b ilhõ e s de to ne ladas, alta 
de 8,9% e m re laç ão à safra ante rio r. Os princ ipais e stado s 
pro duto re s são São Paulo , Paraná, Minas Ge rais e Alag o as. 
A pro duç ão de aç úc ar de ve c re sc e r 10% e m re laç ão à úl-
tima safra. No c aso do álc o o l, c uja pro duç ão aume nto u 
16% e m de z ano s, o mo me nto mundial é pro píc io . Co m a 
ac e le raç ão da busc a po r c o mbustíve is que substituam o 
pe tró le o , o uso do álc o o l c re sc e e spe c ialme nte impulsio -
nado pe lo de se nvo lvime nto de mo to re s multic o mbustíve is. 
Ho je o país te m c e rc a de 300 usinas suc ro alc o o le iras e o u-
tras 90 e stão e m fase de pro je to o u c o nstruç ão . 
 
(Almanaque Abril Atualidade s Ve stibular, nº 5, 1º se me stre de 2007, p. 101). 
 
Co m b a se na s info rma ç õ e s c o ntida s no s te xto s a c ima e 
no s se us c o nhe c ime nto s so bre o a ssunto , a ssina le a a lte rna -
tiva INCORRETA. 
 
a ) Do me smo mo do que , a partir do sé c ulo XVI, a e xpan-
são da á re a ag ríc o la a ting iu a Mata Atlântic a , tida c o mo 
um o b stá c ulo a o p la ntio da c a na -de -aç úc a r, o c re sc ime n-
to do a g ro ne g ó c io de a ç úc a r e á lc o o l de c a na te m, no s 
último s a no s, b usc a do no va s á re a s de pla ntio a o lo ng o do 
Ce rra do e da re g iã o Ama zô nic a , tra nsfo rmando -se numa 
da s princ ipa is c a usa s de de sma ta me nto e q ue imada s do 
que re sta m da s ma ta s virg e ns b ra sile ira s. 
b ) Se a lavo ura c a navie ira de u o to m da c o lo niza ç ão e 
da s re la ç õ e s e ntre o s c o lo no s e a s po pula ç õ e s na tiva s, a l-
te ra ndo pro funda me nte sua s o rg a nizaç õ e s de tra ba lho , 
fo rma s de o c upa ç ã o de e spa ç o e po ssib ilidade s de so bre -
vivê nc ia , a a tua l e xpansão do ag ro ne g ó c io suc ro a lc o o le i-
ro , ba se a da na g ra nde pro prie dade mo no c ulto ra a lta -
me nte me c anizada , te m pre ssio nado o ê xo do rura l, c ausa 
do inc ha ç o da s pe rife ria s da s g ra nde s c ida de s, de te nsõ e s 
e c o nflito s rura is e urbano s. 
c ) Em re la ç ão ao que se ve rific o u durante to do o pe río do 
c o lo nia l, um d o s fa to re s ma is impo rta nte s d a a tua l e xpa n-
sã o d a á re a d e p la ntio d a c a na -d e -a ç úc a r no Bra sil re -
sid e na c o mp le ta mud a nç a d a e strutura so c ia l e e c o -
nô mic a d o c a mp o b ra sile iro , c a ra c te riza d a p e lo a ume n-
to qua ntita tivo e qua lita tivo da pe que na pro prie dade rura l 
e pe la inte nsa utilizaç ã o de mão -de -o bra a lta me nte qua li-
fic ada e b e m re mune ra d a . 
d ) Entre o s p ro b le ma s a se re m e nfre nta d o s p e lo Bra sil no 
a tua l p ro c e sso d e e xp a nsã o d a s á re a s p la nta d a s c o m 
c a na -d e -a ç úc a r, e stá o d a e xp a nsã o d a mo no c ultura , 
d e sva nta jo sa so b vá rio s a sp e c to s, e ntre e le s o e c o nô mi-
c o , uma ve z q ue a q ue d a d o p re ç o d o p ro d uto p o d e 
a me a ç a r to d a a c a d e ia p ro d utiva re g io na l, a lé m d e c o -
lo c a r e m risc o , a e xe mp lo d o q ue o c o rre u e m Pe rna m-
b uc o e na Ba hia d ura nte o s sé c ulo s XVII e XVIII, a p ró p ria 
p ro d uç ã o d e a lime nto s. 
e ) Emb o ra g e re riq ue za s a o p a ís,a a tua l fa se d e e xp a n-
sã o d o a g ro ne g ó c io d e a ç úc a r e á lc o o l ma nté m p ro -
b le ma s a ind a nã o re so lvid o s no c a mp o b ra sile iro , c o mo 
a c o nc e ntra ç ã o d e re nd a e d e te rra s na s mã o s d e p o u-
c o s, a lé m d e p re c á ria s c o nd iç õ e s d e tra b a lho c a ra c te ri-
za d a s p o r e xa ustiva s jo rna d a s ma l re mune ra d a s e p e la 
p re se nç a d e tra b a lho e sc ra vo . 
 
9. [História - (Pr. Obj.)- (TA)- (T)- UFGD/ 2012].(Q .32) Assina le 
a a lte rna tiva c o rre ta a c e rc a d a s re la ç õ e s e ntre na tivo s 
e e uro p e us no q ue d iz re sp e ito à e xp lo ra ç ã o d o No vo 
Mund o : 
 
a ) A c o nso lida ç ã o de no va s re la ç õ e s de do mina ç ã o não 
se d e u p o r me io d o a p ro ve ita me nto d e fo rma s d e tra b a -
lho c o mp ulsó rio s já e xiste nte s no No vo Mund o . 
b ) Po rtug ue se s e e sp a nhó is c o nstruíra m a c e rc a d a Amé -
ric a visõ e s que de stac avam a fe rtilidade e rique za da te rra 
e a ino c ê nc ia d o s p o vo s na tivo s. 
c ) Co nflito s e e p id e mia s o c o rre ra m. No e nta nto , nã o e x-
p lic a m a re d uç ã o d e mo g rá fic a d a s p o p ula ç õ e s ind íg e -
na s. 
d ) A c a te q uiza ç ã o d a s p o p ula ç õ e s ind íg e na s, b a se a d a 
na id e ia d a to le râ nc ia re lig io sa , fa c ilito u a so lid ific a ç ã o 
d o s va lo re s e uro p e us, o q ue e xp lic a o c a rá te r b e nig no 
d e ssa e xp lo ra ç ã o . 
e ) A c o nstruç ã o de a c o rdo s bé lic o s e ntre na tivo s e e uro -
pe us, p o ssib ilita d o s p e la s riva lid a d e s inte rna s, c o ntrib uiu 
p a ra a c o nq uista d o No vo Mund o , e xc e tua nd o -se o Bra -
sil, o nd e nã o e xistia m riva lid a d e s e ntre p o p ula ç õ e s ind í-
g e na s. 
 
10. [História - (CG)- (PA)- (M)- UFGD/ 2010].(Q .29) Le ia o te x-
to a se g uir. 
 
“Evid e nc ia nd o a íntima re la ç ã o e ntre Esta d o e e c o -
no mia , o me rc a ntilismo c a ra c te rizo u-se p o r se r uma 
p o lític a d e c o ntro le e inc e ntivo , p o r me io d o q ua l o 
Esta d o b usc a va g a ra ntir o se u d e se nvo lvime nto c o -
me rc ia l e fina nc e iro , fo rta le c e nd o a o me smo te mp o o 
p ró p rio p o d e r” 
 
(VICENTINO, Clá ud io . Histó ria Ge ra l. Sã o Pa ulo : Sc ip io ne , 1997. p . 175) 
 
A c o lo niza ç ã o d o Bra sil d e u-se e m me io à p o lític a me r-
c a ntilista p o sta e m p rá tic a p o r Po rtug a l. Co nsid e ra nd o 
a s c a ra c te rístic a s d o me rc a ntilismo , e a sso c ia nd o -a s à 
c o lo niza ç ã o d o Bra sil é c o rre to a firma r q ue 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
a ) Po rtug a l, de sde o iníc io da c o lo niza ç ã o do Bra sil, de s-
pre o c upo u-se d o id e a l me ta lista , mo tivo p e lo q ua l o p to u 
p e la e xp lo ra ç ã o d o p a u-b ra sil e d a c a na -d e -a ç úc a r, 
p ro d uto s ma is luc ra tivo s no s sé c ulo s XVII e XVIII d o q ue o s 
me ta is p re c io so s. 
b ) A fo rma c o mo a c o nte c ia o c o mé rc io e ntre a me tró -
p o le e o Bra sil imp o ssib ilita va a Po rtug a l e q uilib ra r sua 
b a la nç a c o me rc ia l, p o is o c o mé rc io e sta va o rg a niza d o 
d e fo rma a e nriq ue c e r a c o lô nia . A o p ç ã o p e lo p o vo a -
me nto , a p a rtir d e 1534, e vid e nc ia e sse fa to . 
c ) O c o lo nia lismo fo i, p a ra Po rtug a l, a ma ne ira e nc o n-
tra d a p a ra a sse g ura r sua b a la nç a c o me rc ia l fa vo rá ve l. 
O mo no p ó lio e sta ta l g a ra ntiria a luc ra tivid a d e d a e m-
p re sa c o lo nia l. 
d ) O ind ustria lismo fo i p re se nç a ma rc a nte na re la ç ã o 
e ntre Po rtug a l e a c o lô nia . O e stímulo à s ma nufa tura s fo i 
fa c ilita d o p e la imple me nta ç ã o d o me ta lismo e m te rra s 
b ra sile ira s. 
e ) O Bra sil p ô d e usufruir d e sd e o iníc io d a c o lo niza ç ã o 
d a p o lític a po rtug ue sa d e e q uilíb rio d a b a la nç a c o me r-
c ia l e m virtud e d a g ra nd e q ua ntid a d e d e me ta is p re c io -
so s d e q ue d isp unha . Co m isso c o nse g uiu b a rg a nha r o 
c o mé rc io d e fo rma d ife re nc ia d a c o m a me tró p o le . 
 
11. [História - (Ve rã o)- (CG)- (PA)- (T)- UFGD/ 2007].(Q .12) A 
e sc ra vid ã o e ra p ra tic a d a e m so c ie d a d e s d a Gré c ia An-
tig a e no Impé rio Ro ma no . No c o nte xto histó ric o d a c o -
lo niza ç ã o d a s Amé ric a s, e la g a nho u c a ra c te rístic a s q ue , 
mo ld a ra m p ro fund a me nte a histó ria d o c o ntine nte a me -
ric a no d e sd e a c he g a d a d o s e uro p e us. No c o rre r d o s 
sé c ulo s XVI a o XIX, e ssa re la ç ã o so c ia l p a sso u p o r d ive r-
sa s mo d ific a ç õ e s. No p la no d a s c o nc e p ç õ e s id e o ló g i-
c a s, é p o ssíve l d e sta c a r o se g uinte : 
 
a ) a Ig re ja , d e sd e a c o lo niza ç ã o , c o lo c o u-se c o ntra a 
e sc ra vid ã o a fric a na , e nfre nta nd o a ssim a ira d o s ne g o -
c ia nte s ne g re iro s; 
b ) no c a so d o Bra sil, a Ig re ja e a Co ro a inc e ntiva ra m a 
utiliza ç ã o d o tra b a lho e sc ra vo a fric a no , b usc a nd o g a -
ra ntir o c o ntro le te rrito ria l; 
c ) a Co ro a e a Ig re ja nã o se o p use ra m à e sc ra viza ç ã o 
do ne g ro , e nc a mpa ndo inc lusive a c o mpre e nsã o de q ue 
a e sc ra vid ã o já e xistia na Áfric a e a vind a d o s c a tivo s 
p a ra o “mund o c ristã o ” e ra uma fo rma d e inse ri-lo s no 
c o nte xto d e uma ve rd a d e ira re lig iã o ; 
d ) no sé c ulo XIX surg ira m te o ria s q ue p ro c ura va m c o m-
p ro va r a ine xistê nc ia d e d istinç õ e s b io ló g ic a s o u c ultura is 
e ntre se re s huma no s; 
e ) no Bra sil a c he g a d a , no sé c ulo XIX, d e g ra nd e s le va s 
de e uro pe us e a siá tic o s c o ntribuiu para a lavanc ar a c am-
panha a b o lic io nista , d e sta c a nd o -se , e sp e c ia lme nte , o s 
c o nflito s o c o rrid o s no s p rinc ip a is núc le o s urb a no s. 
 
12. (Ofic ia l da PM- MS/ 2008- Fund. Esc ola Gov.).(Q .51) O 
p la ntio d e c a na -d e -a ç úc a r e ste nd e u-se d a s c a p ita nia s 
d e Sã o Vic e nte a Pe rna mb uc o e a p ro d uç ã o d e a ç úc a r 
to rno u-se a riq ue za d a c o lô nia b ra sile ira . No e nta nto , a 
p ro d uç ã o d o Rio d e Ja ne iro , na re g iã o d e Ca mp o s, ti-
nha o utra fina lid a d e , q ue e ra p ro d uzir: 
 
a ) a ç úc a r p a ra se r c o me rc ia liza d o p e lo s ho la nd e se s na 
Euro p a . 
b ) a ç úc a r c rista l, e xc lusiva me nte p a ra a no b re za fixa d a 
na c a p ita l. 
c ) g ra nde q ua ntida de d e a ç úc a r d e b a ixa q ua lida de pa -
ra c o mp ra r e sc ra vo s na s Antilha s. 
 
d ) a c a c ha ç a e o a ç úc a r q ue suste nta va m a s tro p a s no s 
c a minho s d a s Mina s Ge ra is. 
e ) a c a c ha ç a , utilizada c o mo mo e da de tro c a no c o mé r-
c io d e e sc ra vo s c o m Ang o la . 
 
13. (UFMG) A re sp e ito d a e c o no mia e d a so c ie d a d e no 
Bra sil Co lô nia , é c o rre to a firma r q ue : 
 
a ) no no rd e ste , a a tivid a d e p e c uá ria fic o u vinc ula d a a o 
e ng e nho , utiliza ndo tra ba lho e sc ravo ne g ro e po uc o c o n-
tribuindo p a ra a c o lo niza ç ã o d o se rtã o ; 
b ) na re g iã o d a s Mina s, o surg ime nto d e irma nd a d e s o u 
c o nfra ria s, q ue e m g e ra l se o rg a niza va m de a c o rd o c o m 
linha s ra c ia is d e finid a s, e stimulo u a a rte sa c ra b a rro c a ; 
c ) c o m o d e se nvo lvime nto d a e c o no mia a ç uc a re ira , a s 
re laçõ e s so c ia is fo ram a dq uirindo c a rá te r a b e rto , fa vo re -
c e ndo a mo b ilid a d e so c ia l d e me stiç o s e ho me ns b ra n-
c o s p o b re s; 
d ) a s missõ e s re lig io sa s fo rma d a s p e lo s je suíta s visa va m, 
a tra vé s d a c a te q ue se , p re p a ra r o s ind íg e na s p a ra vive -
re m inte g ra d o s à so c ie d a d e d o s b ra nc o s c o mo mã o -d e -
o b ra e sc ra va . 
 
14. (Ma c ke nzie - SP) A d ivisã o d o Bra sil e m c a p ita nia s he -
re d itá ria s nã o se ria a p e na s a p rime ira te nta tiva o fic ia l d e 
c o lo niza ç ã o p o rtug ue sa na Amé ric a , ma s ta mb é m a 
p rime ira ve z q ue e uro p e us tra nsp o rta ra m um mo d e lo c i-
viliza tó rio p a ra o No vo Mund o . A e sse re sp e ito é c o rre to 
a firma r q ue : 
 
a ) o mo de lo implantado e ra to ta lme nte de sc o nhe c ido do s 
po rtug ue se s e c ada do na ta ria tinha re duzida s d ime nsõ e s. 
b ) re pre se ntava uma e xpe riê nc ia fe udal em te rras ame ric a -
nas, se m ne nhum c o mp o ne nte e c o nô mic o me rc a ntilista . 
c ) a tra iu so b re tudo a a lta no b re za pe la s po ssib ilida de s d e 
luc ro s rá p id o s. 
d ) a c o ro a c o m sé ria s d ívid a s tra nsfe ria , p a ra o s p a rtic u-
la re s, a s de spe sa s da c o lo niza ç ã o , te me ndo pe rde r a c o -
lô nia p a ra o s e stra ng e iro s q ue a me a ç a va m no sso lito ra l. 
e ) o siste ma d e c a p ita nia s fra c a sso u e nã o d e ixo u c o mo 
c o nse q üê nc ia s a q ue stã o fund iá ria e a e strutura so c ia l 
e xc lud e nte . 
 
15. (UERJ) 
Situa ç ã o 1 
 
“ Vie ira Pro te to r do s Índ io s” – 1746 
 
Situa ç ã o 2 
“O no vo ministro d a Justiç a , Jo sé G re g o ri, fe z uma c rític a 
ve la d a à s o rg a niza ç õ e s nã o -g o ve rna me nta is a o a firma r 
q ue é me lho r c o nve rsa r c o m índio d o q ue c o m b ra nc o 
amig o de índio . [c o ntínua o ministro :] 
O índ io nã o te m p o siç ã o id e o ló g ic a , é a p o siç ã o d e 
q ue m te m ne c e ssid a d e s c o nc re ta s, nã o intuíd a s p o r um 
e uro p e u q ue te m a r-c o nd ic io na d o o u (q ue fic a ) a o la d o 
d a la re ira e m um p a ís a lp ino .” 
Ad a p ta d o d a Fo lha de São Paulo , 17/ 04/ 2000. 
 
17www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
18 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
As d ua s situa ç õ e s a c ima c o nfig ura m a re la ç ã o d o s ind í-
g e na s c o m o s b ra nc o s, e m te mp o s histó ric o s d ife re nte s. 
Em re la ç ã o à s so c ie d a d e s ind íg e na s, a s d ua s situa ç õ e s 
re tra ta d a s tê m c o mo e le me nto c o mum: 
 
a ) influê nc ia s re lig io sa s d ita d a s p e lo s e uro p e us; 
b ) va lo re s c ultura is imp o sto s p o r a g e nte s so c ia is e xte rno s; 
c ) a titud e s p o lític a s sug e rid a s p o r o rg a niza ç õ e s d e d e fe -
sa d o índ io ; 
d ) pre c o nc e ito s ra c ia is a ssimila do s pe la s a uto rida de s g o -
ve rname nta is. 
 
16. (UFES) O p ro c e sso d e e xp a nsã o d a c o nq uista te rrito -
ria l q ue c ulmino u c o m a inc o rp o ra ç ã o d a Ama zô nia a o 
do mínio po rtug uê s e ste ve vinc ula do a dife re nte s situa ç õ e s. 
Nã o fa z p a rte d e sse c o nte xto o (a ): 
 
a ) inic ia tiva d e c o lo no s q ue se a ve ntura va m na c o le ta 
d e re c urso s na tura is d a re g iã o , c o mo a s “d ro g a s d o se r-
tã o ” , o u fo rma va m a s “ tro p a s d e re sg a te ” ; 
b ) impla nta ç ã o d a g ra nd e la vo ura c a na vie ira c o m b a se 
no la tifúnd io e no tra b a lho e sc ra vo ne g ro , vo lta d a p a ra 
o me rc a d o e xte rno ; 
c ) c o nflito e ntre c o lo no s e missio nário s, que tinham, a re s-
pe ito d a p o p ula ç ã o ind íg e na , inte re sse s d ive rsific a d o s; 
d ) p rá tic a d e uma p o lític a o fic ia l a d o ta d a p e la Co ro a , 
q ue inc e ntiva va o mo vime nto e xp a nsio nista e fa zia re a li-
za r e xp e d iç õ e s p a ra o re c o nhe c ime nto d a á re a ; 
e ) a ç ã o d a s Ord e ns Re lig io sa s q ue b usc a va m o s ind íg e -
na s p a ra nuc le á -lo s e c a te q uizá -lo s, e sta b e le c e nd o mis-
sõ e s o u a ld e a me nto s. 
 
17. (UFRN) No p e río d o c o lo nia l, a vid a so c io e c o nô mic a 
d o Bra sil a g rá rio b a se a va -se na g ra nd e p ro p rie d a d e ru-
ra l. 
 
Po d e -se a firma r q ue e ssa p ro p rie d a d e : 
 
a ) p ro p o rc io na va , a q ua lq ue r inve stid o r, rá p id o e nriq ue -
c ime nto e a sc e nsã o , g a ra ntid o s p e la fá c il mo b ilid a d e 
so c ia l. 
b ) e ra he rda da pe lo filho primo g ê nito , que , o brig ado pe lo 
Fo ra l e p e la Ca rta d e Do a ç ã o , d e ve ria re sp o nsa b iliza r-se 
p e lo suste nto d o s fa milia re s. 
c ) g e rava rique za s e pre stíg io so c ia l, g a ra ntindo , ta mb é m, 
a o p ro p rie tá rio , c o nd iç õ e s, d e a ng a ria r o s vo to s d o s se us 
fa milia re s e d e p e nd e nte s. 
d ) fo rne c ia a lime nta ç ã o , mo ra d ia e p ro te ç ã o à fa mília 
se nho ria l, que inc luía apare nta do s e a g re g a do s, to do s so b 
a a uto rid a d e d o p ro p rie tá rio . 
 
18. (UFMG) Le ia e ste s tre c ho s d e d o c ume nto s re la c io na -
d o s a o Bra sil Co lo nia l, a te nta nd o p a ra o s p ro c e sso s histó -
ric o s a q ue se re fe re m: 
 
I. ... a g ra nd e c o nstâ nc ia d e o utro s, d e sp re za nd o a s in-
c le mê nc ia s d o te mp o , d e sa te nd e nd o a o tra b a lho d a s 
ma rc ha s, ve nc e nd o o s d e sc ô mo d o s d a vid a , e p e rd e n-
d o o te mo r a o s a ssa lto s, c o ntinua va m a c o rta r b o sq ue s, 
a a b rir c a minho s, a p e ne tra r se rtõ e s, a c o mb a te r c o m o 
g e ntio b á rb a ro , fa ze nd o a muito s e a lg uma s mulhe re s 
p risio ne iro s... 
II. ... q ue m vir na e sc urid ã o d a no ite a q ue la s fo rna lha s 
tre me nd a s, p e rp e tua me nte a rd e nte s; a s la b a re d a s q ue 
e stã o sa ind o a b o rb o tõ e s d e c a d a uma p e la s d ua s b o -
c a s, o u ve nta s, p o r o nd e re sp ira m o inc ê nd io ; o s e tío p e s, 
o u c íc lo p e s, b a nha d o s e m suo r tã o ne g ro s c o mo ro b us-
to s q ue sub ministra m a g ro ssa e d ura ma té ria a o fo g o 
(...) nã o p o d e rá d uvid a r, a ind a q ue te nha visto Etna s e 
Ve súvio s, q ue é uma se me lha nç a d e infe rno . 
III. Ali ig no ra -se o uso d a ve rruma , o mé to d o d e c o nhe -
c e r o inte rio r e a s d ive rsa s c a ma d a s d e te rra s: a s c iê n-
c ia s na tura is, a mine ra lo g ia , a q uímic a , o c o nhe c ime nto 
d a me c â nic a , d a s le is d o mo vime nto e d a g ra vid a d e 
d o s c o rp o s, tud o e stá a li muito na sua infâ nc ia ; d a s má -
q uina s hid rá ulic a s a p e na s se c o nhe c e a ind a muito im-
p e rfe ita , a q ue , p e la sua fig ura e c o nstruç ã o , c ha ma m 
ro sá rio ... 
IV. ...o c o nd e e nriq ue c e u e o rno u c o m e d ifíc io s vila s e 
c id a d e s. Co nstruiu p o nte s e p a lá c io s p a ra utilid a d e e 
b e le za . Erig iu, e m p a rte p o r sua munific ê nc ia , um te mp lo 
p a ra a p ie d a d e e p a ra o se rviç o d ivino . Te ve c o nsig o e 
fa vo re c e u, na p a z e na g ue rra , o s ma is e mine nte s a rtis-
ta s (...) p a ra q ue e le s mo stra sse m, ve nc id o s, (...) o s lug a -
re s, a s te rra s e a s c id a d e s q ue e le p ró p rio ve nc e sse . 
 
Os tre c ho s I, II, III e IV fa ze m re fe rê nc ia , re sp e c tiva me nte , 
 
a ) à a ç ã o d o s q uilo mb o la s, a o s mo tins c o lo nia is, à s a ti-
vid a de s a g ríc o la s ind íg e na s e à c o nstruç ã o d a c id a d e 
d e Sa lva d o r; 
b ) à p e c uá ria , a o b a tuq ue d o s ne g ro s, à a rte na va l p o r-
tug ue sa e à tra nsfe rê nc ia d a Co rte p o rtug ue sa p a ra o 
Rio d e Ja ne iro ; 
c ) a o b a nd e ira ntismo , a o s e ng e nho s d e a ç úc a r, à s té c -
nic a s d e mine ra ç ã o e à p re se nç a ho la nd e sa no no rd e s-
te a ç uc a re iro ; 
d ) a o trá fic o ne g re iro , a o s ritua is ind íg e na s, à s mo e nd a s 
d e a ç úc a r e à urb a niza ç ã o d a s vila s d a s Mina s Ge ra is. 
 
19. (U.E. Ma ring á - PR) So b re a a tua ç ã o d a Ig re ja d ura nte 
o p e río d o c o lo nia l d a histó ria d o Bra sil, a ssina le o q ue fo r 
c o rre to . 
 
01. O p a d ro a d o , o u se ja , o d ire ito d e re c e b e r o s d ízimo s 
devido s à Ig re ja , a o brigaç ão de pagar o s sa lário s e no me ar 
o s p re la d o s, ha via sid o c o nc e d id o p e lo Pa p a a o s re is d e 
Po rtug a l. Essa c o nc e ssã o to rnava o re i o pa tro no da s mis-
sõ e s e d e ma is instituiç õ e s d a Ig re ja e e sta b e le c ia uma 
e stre ita vinc ula ç ã o e ntre o po de r e spiritua l e o po de r se c u-
la r no Bra sil c o lo nia l. 
02. Emb o ra o s p o rtug ue se s te nha m re a liza d o a s “g ra n-
d e s na ve g a ç õ e s” e m b usc a d e riq ue za s, o id e a l d a c ru-
za d a ta mb é m e sta va p re se nte no s ho me ns q ue c ruza -
va m o Oc e a no . Assim se nd o , a e xp a nsã o d a fé c a mi-
nha va junto c o m a b usc a d e riq ue za s. 
04. Os p rime iro s je suíta s, me mb ro s d a p rinc ip a l o rd e m re -
lig io sa que pa rtic ipo u da c o lo niza ç ã o , c he g a ra m a o Bra sil 
já no sé c ulo XVI (1549), junto c o m o G o ve rna d o r G e ra l. 
08. Os inte re sse s d o s je suíta s q ue o rg a niza ra m a s missõ e s 
se c ho c a va m c o m a s p re te nsõ e s d o s c o lo niza d o re s e u-
ro p e us. As d isp uta s e ntre je suíta s e c o lo no s p e lo c o ntro le 
d o s índ io s “p a c ific a d o s” se e ste nd e ra m a té a e xp ulsã o 
d o s me mb ro s d a Co mp a nhia d e Je sus d o s te rritó rio s p o r-
tug ue se s e m 1759. 
16. Alé m d a c o nve rsã o e d o p a sto re io d a s a lma s, a Ig re -
ja re a liza va o re g istro c ivil e e ra re sp o nsá ve l p o r mo me n-
to s d e d ive rsã o d a p o p ula ç ã o , p o is a vid a so c ia l d a Co -
lô nia g ira va e m to rno d a s fe stivid a d e s re lig io sa s. 
 
Dê , c o mo re sp o sta , a so ma d a s a lte rna tiva s c o rre ta s. 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
99 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
GABARITOS (196 QUESTÕES) 
 
1 A SOCIEDADE COLONIAL: economia, cultura, trabalho escravo, os bandeirantes e os jesuítas. 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 
A A B A B B A C B C C E B D B B D C 31 A D 19 B A 
25 26 27 28 29 30 31 32 33 
D D A C B 31 A A A 
 
2 A INDEPENDÊNCIA (CRISE DO SISTEMA COLONIAL) E O NASCIMENTO DO ES-
TADO BRASILEIRO. INDEPENDÊNCIA DA BAHIA. CONJURAÇÃO BAIANA. 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
A B E C D A E F F V V F C C E V V F F C D D A C C C 55 
 
3 A ORGANIZAÇÃO DO ESTADO MONÁRQUICO E PERÍODO IMPERIAL. SABINA-
DA. REVOLTA DOS MALÊS. 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 
D A D C B D A D B A C D E D E E A A D C C D D D 
25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 
B A C D D B A D E B D 
 
4 
A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO REPUBLICANO. 
A GUERRA DE CANUDOS. A PRIMEIRA GUERRA E SEUS EFEITOS NO BRASIL. 
O MOVIMENTO DE 1930 (A REVOLUÇÃO DE 30) 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 
C B A A B A B D B C E A 
V V F 
F V F 
A A E A 
V V F 
V F 
B A B B 
23 24 25 26 27 28 29 30 31 
C D D D C C E D C 
 
5 
O PERÍODO VARGAS − REPÚBLICA GETULISTA (1930 – 1947). 
A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E SEUS EFEITOS NO BRASIL. 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
D B C D B A B F V V V F C D A A E B C A B A E D 
 
6 OS GOVERNOS DEMOCRÁTICOS 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 
A C B C A A C A A E C D B A B D E 
 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
100 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
7 DITADURA MILITAR (1964 – 1985). OS GOVERNOS MILITARES 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
D C D C B D D B A C B A A D B E C A D D 
 
8 NOVA REPÚBLICA (1985 AOS DIAS ATUAIS) 
 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
C D C D B B B C A E C E E C C A C 04 04 05le iro . Esta s e xp e d iç õ e s fo ra m re sp o nsá ve is p e la d e no mi-
na ç ã o d e a lg uma s lo c a lid a d e s e a c id e nte s g e o g rá fic o s 
c o mo o Ca b o d e Sã o Ro q ue , Ca b o Frio , Sã o Vic e nte e 
o utro s. Esta s e xpe d iç õ e s c o nsta ta ra m a pre se nç a do pa u-
b ra sil, uma ma d e ira d a q ua l se e xtra ía uma tinta ve rme -
lha muito utiliza d a na Euro p a na ma nufa tura tê xtil, e q ue 
e ra e xp o rta d a d o Orie nte . 
 
Atividade de extração: o pau-brasil. 
 
Dura nte ma is de trê s dé c a da s, o s po rtug ue se s de se n-
vo lve ra m uma a tivid a d e e xtra tivista a o lo ng o d o lito ra l 
b ra sile iro , d e sd e o C a b o d e Sã o Ro q ue , no a tua l e sta d o 
d o Rio G ra nd e d o No rte a té o Ca b o Frio , Rio d e Ja ne iro . 
A a tivida de e c o nô mic a e ra re a liza da me dia nte o e stan-
c o , isto é , mo no p ó lio ré g io . O q ue sig nific a d ize r q ue a 
ma d e ira p e rte nc ia à Co ro a p o rtug ue sa q ue a uto riza va 
c id a d ã o s p o rtug ue se s a vir a té a q ui e fa ze r a re tira d a d a 
ma d e ira me d ia nte o p a g a me nto d e um imp o sto : o quin-
to . O p rime iro c a rre g a me nto d e p a u-b ra sil sa íd o d a q ui 
fo i fe ito p o r Fe rnã o d e No ro nha , e m 1503. 
 
Ma p a mo stra nd o a s á re a s d e e xtra ç ã o d e p a u-b ra sil 
 
A a tivid a d e d e e xtra ç ã o d o p a u-b ra sil nã o re sulto u 
numa o c up a ç ã o o u p o vo a me nto e fe tivo d o lito ra l b ra si-
le iro . Po r se r d e c a rá te r mó ve l, e sta a tivid a d e e c o nô mi-
c a p ro lo ng o u-se no lito ra l c o m a fund a ç ã o d e fe itoria s, 
utiliza d a s p a ra o a rma ze na me nto d a ma d e ira . Na me -
d id a me q ue e sg o ta va -se a ma d e ira e m uma re g iã o , 
lo g o o s c o lo niza d o re s b usc a va m o utra á re a d e ixa nd o a 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
a nte rio r a b a nd o na d a . O tra b a lho utiliza d o no c o rte e 
c a rre g a me nto d a ma d e ira e ra fe ito me d ia nte a e xp lo -
ra ç ã o d a mã o d e o b ra ind íg e na , e m um fo rma to q ue 
d e no mino u-se d e e sc a mbo. Os índ io s tra b a lha va m se m 
o uso d o d inhe iro , re c e b e nd o o b je to s d e p o uc o va lo r 
e m tro c a d o c o rte d o p a u-b ra sil. 
Em virtud e d a fa lta d e o c up a ç ã o d o te rritó rio e e m 
funç ã o d a c o nte sta ç ã o d a Fra nç a a o Tra ta d o d e To rd e -
silha s, q ue nã o a d mitia a d ivisã o d o mund o so me nte e n-
tre p o rtug ue se s e e sp a nhó is, o p e río d o fo i ma rc a d o p e lo 
a p a re c ime nto d e vá ria s inc ursõ e s d e fra nc e se s a o lo ng o 
d o lito ra l b ra sile iro . Esta p re se nç a sig nific o u a re a liza ç ã o 
d o c o ntra b a nd o d e p a u-b ra sil, a me a ç a nd o a p o sse d a s 
te rra s b ra sile ira s p o r p a rte d o s fra nc e se s. 
 
 
6 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
Po r c o nta d isso , a a me a ç a d e p e rd a d o te rritó rio 
b ra sile iro e , e m virtud e d a c rise no c o mé rc io o rie nta l, o 
re i d e Po rtug a l D. Jo ã o III d e te rmina a c o lo niza ç ã o d o 
Bra sil. Era , p o rta nto ne c e ssá rio fa ze r a te rra p ro d uzir e , a o 
me smo te mp o , o c up á -la me d ia nte a fund a ç ã o d e vila s 
e c id a d e s p a ra a fa sta r a a me a ç a e stra ng e ira . 
A c ria ç ã o da s Ca pita nia s He re ditá ria s 
Em 1530, o re i d e Po rtug a l e nvia a o Bra sil uma e xp e -
d iç ã o c he fia d a p o r Ma rtin Afo nso d e So usa c o m o o b je -
tivo d e p e ne tra r no te rritó rio b ra sile iro a fim d e c o nhe c e r 
me lho r a te rra . Po r isso , e m 1532 fo i c ria d o o re g ime d e 
Ca pita nia s He re ditá ria s, c uja e xp e riê nc ia já ha via o c o r-
rid o d e sd e a o c up a ç ã o e c o lo niza ç ã o d a s ilha s d e Ma -
d e ira e Aç o re s, no lito ra l a fric a no . 
A p re te nsã o d e D. Jo ã o e ra c o lo niza r o Bra sil se m te r 
ô nus ne sta e mp re ita d a , visto q ue o e sta d o p o rtug uê s e n-
fre nta va uma fo rte c rise e c o nô mic a . O q ue sig nific o u 
uma te rc e irizaç ão d o p ro c e sso d e c o lo niza ç ã o : o s p a rti-
c ula re s a ssumia m a ta re fa d e c o lo niza r a s te rra s b ra sile i-
ra s. Divid iu-se o Bra sil e m c a to rze lo te s line a re s (se nd o 
q ue Sã o Vic e nte fo i d ivid id o e m d o is, o q ue re sulta e m 
q uinze lo te s a o to d o ), q ue ia m d o lito ra l a té o me rid ia no 
d e To rd e silha s. 
Este s lo te s fo ra m e ntre g ue s a d o ze d o na tá rio s q ue 
e ra m e sc o lhid o s p e lo p ró p rio re i. Ao re c e b e r se u lo te , o 
d o na tá rio re c e b ia ta mb é m um d o c ume nto c ha ma d o 
Ca rta de Doa ç ã o , o nd e p a sso u-se a o c a p itã o d o na tá rio 
a p o sse d a te rra a uto riza nd o o usufruto d a riq ue za q ue 
d e la vie sse . Outro d o c ume nto re c e b id o fo i o Fora l, ne le 
e sta va m re g istra d o s o s d ire ito s e d e ve re s d o s d o na tá rio s, 
e sta b e le c e nd o inc lusive o s imp o sto s q ue e le s d e ve ria m 
p a g a r à Co ro a p o rtug ue sa . 
 
Ma p a c o m a d ivisã o d a s te rra s b ra sile ira s e m Ca p ita nia s He re d itá ria s 
Ao a na lisa rmo s o s re sulta d o s p rá tic o s d e ste mo d e lo 
p o lític o e a d ministra tivo p o d e mo s c o nc luir q ue fo i um 
ve rd a d e iro fra c a sso . A ta re fa d e c o lo niza r e xig ia vulto sa s 
q ua ntia s e m d inhe iro , o q ue nã o e ra p a ra q ua lq ue r um. 
Po r isso b o a p a rte d a s C a p ita nia s fic o u a b a nd o na d a . 
Entre ta nto , c inc o lo te s inic ia ra m a p ro d uç ã o a ç uc a re ira : 
a s c a p ita nia s d e Pe rna mb uc o , Ba ía d o To d o s o s Sa nto s, 
Sã o Jo rg e d o s Ilhé us, Po rto Se g uro e Sã o Vic e nte . O utro 
e le me nto imp o rta nte a c o nsid e ra r c o mo d ific uld a d e no 
func io na me nto da s Ca pita nia s fo i a de sc e ntra liza ç ã o po -
lític a q ue vig o ro u d ura nte o p e río d o . Ha via uma e no rme 
fa lta d e c o munic a ç ã o e ntre e la s e e ntre e la s e o g o ve r-
no p o rtug uê s. Era ne c e ssá rio c e ntra liza r o s p o d e re s na 
Co lô nia . 
A instituiç ã o do Gove rno Ge ra l 
Dia nte d o s p ro b le ma s e nfre nta d o s c o m o func io na -
me nto d a s Ca p ita nia s He re d itá ria s, a C o ro a p o rtug ue sa 
d e c id iu imp o r me d id a s ma is a uste ra s p a ra e fe tiva r a c o -
lo niza ç ã o d o Bra sil. Em 1548 fo i c ria d o o Gove rno- Ge ra l. 
Sua funç ã o e ra e xe rc e r a c e ntra liza ç ã o p o lític o a d minis-
tra tiva na c o lô nia , se m a c a b a r c o m a s Ca p ita nia s He re -
d itá ria s. 
O p rime iro g o ve rna d o r g e ra l fo i Tomé de Sousa q ue 
c he g o u a o Bra sil d e p o sse d e um d o c ume nto re a l c ha -
ma d o Re g ime nto de To mé de So usa . O d o c ume nto d e -
finia a s funç õ e s d o siste ma : o rg a niza r o p o vo a me nto d o 
te rritó rio , p ro mo ve nd o a o c up a ç ã o d a s á re a s, e institu-
ind o uma c a p ita l na c o lô nia . A e sc o lha d a Ca p ita nia d a 
Ba ía d e To d o s o s Sa nto s p a ra se r a se d e d o g o ve rno c o -
lo nia l se d e u p o r c o nta d a p o siç ã o e stra té g ic a d e sta 
c a pita nia e m re la ç ã o a o lito ra l bra sile iro . Ao o bse rva rmo s 
um ma pa c o nc luímo s q ue a c idade de Sa lva do r, fo i fun-
dada numa á re a q ue p o ssuía uma p o siç ã o e q uid ista nte 
ta nto a o no rteq ua nto a o sul d o Bra sil. E isto fa vo re c e u a 
c e ntra liza ç ã o a d ministra tiva , um d o s g ra nd e s p ila re s d o 
g o ve rno -g e ra l. 
Co m o g o ve rno -g e ra l fo ra m c ria d o s trê s c a rg o s q ue 
a uxilia ra m d ire ta me nte o g o ve rna d o r. Ao prove dor-mor 
c a b ia m a s funç õ e s d e a rre c a d a ç ã o d e imp o sto s e m to -
d a c o lô nia ; o ouvidor- mor e xe rc ia a justiç a ; e o c a pitã o-
mor c uid a va d a d e fe sa d a c o lô nia . To mé d e So usa e m-
p re e nd e u uma p o lític a d e o rg a niza ç ã o d a c o lo niza ç ã o 
instituind o um b isp a d o c o m a fina lid a d e d e e va ng e liza r 
o s índ io s. No e nta nto , o g o ve rna d o r te ve d ific uld a d e s 
e m imp o r sua s le is, uma ve z q ue o s d o na tá rio s d a s c a p i-
ta nia s ma is p ró sp e ra s. Me smo sa b e nd o q ue a s le is e sta -
b e le c id a s p o r To mé d e So usa vinha m d ire ta me nte d o re i 
d e Po rtug a l, o s d o na tá rio s d a s c a p ita nia s d e Pe rna mb u-
c o , Sã o Vic e nte , Po rto Se g uro , Ilhé us, Esp írito Sa nto nã o 
q uise ra m o b e d e c ê -la s. 
Dua rte da Costa (1553-1558) sub stituiu To mé d e So u-
sa e te ve muito s p ro b le ma s no Rio d e Ja ne iro p o r c a usa 
d a s te nta tiva s fra nc e sa s d e fund a r uma c o lo niza ç ã o na 
re g iã o : a Fra nç a Antá rtic a . Dua rte ta mb é m se d e se n-
te nd e u c o m o b isp o a q ui no Bra sil p o r c o nta d a ne c e ssi-
d a d e d e e sc ra viza ç ã o d o s ind íg e na s, p rá tic a re je ita d a 
p e la Ig re ja Ca tó lic a . 
Me m de Sá (1558-1572) re so lve u o p ro b le ma c o m o s 
fra nc e se s e xp ulsa nd o -o s d o Rio d e Ja ne iro , a ç ã o q ue 
re sulto u na c ria ç ã o d a c id a d e d e Sã o Se b a stiã o d o Rio 
d e Ja ne iro . 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
Dura nte o func io na me nto d o Go ve rno –Ge ra l – a té 
1580 – c a d a vila p o ssuía uma Câ ma ra Munic ipa l d a q ua l 
fa zia m p a rte o s c ha ma d o s home ns bons. De no mina ç ã o 
d a d a p e lo s p ró p rio s p ro p rie tá rio s d e te rra s e d e e sc ra -
vo s. Esta s c â ma ra s e ra m re sp o nsá ve is p e la a p lic a ç ã o 
d a s le is e m níve l lo c a l, o q ue re sulto u na fo rma ç ã o d e 
uma e lite o lig á rq uic a q ue ma rc o u to d a a histó ria d o Bra -
sil c o lô nia , Imp é rio e a té me a d o s d a é p o c a re p ub lic a na . 
 
 
7 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
Entre 1571 até 1580 o Brasil teve os seguintes governadores 
gerais: Luís Fernandes de Vasconcelos, Lourenço da Veiga, D. Luís 
de Brito e Almeida e Antônio Salema. Os dois últimos governaram 
ao mesmo tempo, sendo que o primeiro administrou a parte norte da 
colônia (capital em Salvador) e o último, a área sul do Brasil (capi-
tal no Rio de Janeiro). 
A Uniã o Ibé ric a (1580- 1640) 
O p e río d o q ue se g uiu a o Go ve rno -Ge ra l fic o u c o -
nhe c id o c o mo Uniã o Ib é ric a . Fo i uma é p o c a e m q ue o 
Bra sil fic o u sub me tid o a o d o mínio d a Esp a nha . Esta situ-
a ç ã o um ta nto qua nto c urio sa fo i re sulta do de um g rande 
p ro b le ma d iná stic o e m Po rtug a l. 
Em 1578 Po rtug a l p e rd e o se u re i, D. Se b a stiã o , e m 
uma b a ta lha no no rte d a Áfric a , na re g iã o d e Alc á c e r 
Quib ir. Se m d e ixa r suc e sso re s d ire to s, o tro no p o rtug uê s é 
a ssumid o p e lo tio -a vô d e D. Se b a stiã o , D. Fe rna nd o , q ue 
ta mb é m e ra b isp o . Em id a d e já a va nç a d a , D. Fe rna nd o 
mo rre p o uc o te mp o d e te r sub id o a o tro no . Se m d e ixa r 
he rd e iro s, o tro no p o rtug uê s p a ssa a se r re ivind ic a d o p e -
lo re i d a Esp a nha , D. Fe lip e II. Fe lip e II e ra p rimo d e D. 
Se b a stiã o e se ria o he rd e iro ma is p ró ximo e a p to a a s-
sumir o tro no d e Po rtug a l. Co m e sta a sc e nsã o , Po rtug a l 
p a sso u a se r g o ve rna d o p e lo re i d a Esp a nha , ha ve nd o 
uma uniã o d a s c o ro a s ib é ric a s. 
Esta é p o c a fo i uma d a s ma is p ró sp e ra s p a ra o s e s-
p a nhó is p o r c a usa d a ime nsid ã o d o Imp é rio so b se u 
d o mínio . Aq ui na Amé ric a , c o m a Uniã o Ib é ric a , a c o n-
se q uê nc ia ma is imp o rta nte fo i a ino p e râ nc ia d o Tra ta d o 
d e To rd e silha s, já q ue e ra m te rra s q ue p e rte nc ia m a o 
me smo re i. Ao lo ng o d e sta é p o c a , vá rio s mo vime nto s d e 
ultra p a ssa g e m d o me rid ia no fo ra m re g istra d o s na histó -
ria d o Bra sil. Do p o nto d e vista a d ministra tivo , Po rtug a l 
p ro c uro u g a ra ntir o c o ntro le d a Co lô nia na s mã o s d e 
uma a risto c ra c ia p o rtug ue sa , o q ue fo i fe ito c o m me d i-
a nte o Jura me nto de Toma r, d o c ume nto e m q ue Fe lipe II 
re c o nhe c e a a uto no mia a d ministra tiva d o Bra sil a Po rtu-
g a l. 
Economia colonial 
 
Ativida de a ç uc a re ira 
 
Co nhe c id a d o s e uro p e us d e sd e o sé c ulo XIII, o a ç ú-
c a r to rno u-se o p ro d uto p rinc ip a l d e ntro d o p ro c e sso 
p ro d utivo c o lo nia l. Era um p ro d uto b a sta nte a p re c ia d o – 
e c a ro ! – na Euro p a me d ie va l, se nd o ve nd id o e m p e -
q ue na s q ua ntid a d e s. Era imp e nsá ve l a ve nd a d o a ç ú-
c a r c o mo fa ze mo s no s d ia s d e ho je . As p rime ira s e xp e ri-
ê nc ia s p o rtug ue sa s c o m o c ultivo d a c a na d e a ç úc a r 
a c o nte c e ra m na s ilha s d o lito ra l a fric a no : Ma d e ira , Aç o -
re s, Ca b o Ve rd e e Sã o To mé . Ma s, e m funç ã o d a g e o -
g ra fia lo c a l, e m e sp e c ia l o c lima , a o se r intro d uzid a no 
Bra sil, p o r vo lta d e 1530, a p ro d uç ã o já e ntra va e m d e -
c a d ê nc ia p o r lá . 
 
Áre a s no te rritó rio c o lo nia l o nd e ho uve o d e se nvo lvime nto d a e c o no mia a ç uc a re ira . 
 
A e c o no mia a ç uc a re ira e ste ve a sse nta d a e m q ua -
tro p ila re s: monoc ultura , la tifúndio , mã o de obra e sc ra va 
e a p ro d uç ã o a te nd ia m e m e sp e c ia l o me rc a do e xte r-
no. O q ue d e finiu e sta s c a ra c te rístic a s fo i a c oloniza ç ã o 
de e xplora ç ã o e mp re e nd id a p o r Po rtug a l na s te rra s b ra -
sile ira s. O siste ma c olonia l p o rtug uê s inib iu a s p o ssib ilid a -
d e s d e d e se nvo lvime nto d a c o lô nia . To d a a p ro d uç ã o 
e c o nô mic a e fe tiva d a no Bra sil e sta va d e stina d a a o e n-
rique c ime nto da me tró po le . O que não impe diu que ho u-
ve sse m a tivid a d e s e c o nô mic a s d e stina d a s a a te nd e r a 
d e ma nd a inte rna . Um e le me nto imp o rta nte d e ste p ro -
c e sso p ro d utivo fo i a e xc lusivid a d e q ue o Esta d o p o rtu-
g uê s te ve so b re a p ro d uç ã o a ç uc a re ira . O s se nho re s d e 
e ng e nho e ra m o b rig a d o s a ve nd e r sua p ro d uç ã o a p e -
na s p a ra c o me rc ia nte s p o rtug ue se s e , so me nte d e ve ri-
a m c o mp ra r a s ma nufa tura s d e q ue ne c e ssita va m na s 
mã o s d o s ta mb é m c o me rc ia nte s po rtug ue se s. Nã o ha via 
lib e rd a d e c o me rc ia l. Tud o isso sig nific o u q ue o s se nho re s 
d e e ng e nho d o Bra sil nã o p o d ia m fa ze r o utra tra nsa ç ã o 
c o me rc ia l q ue nã o fo sse a p a rtir d a s mã o s d o s p o rtu-
g ue se s. Este s c o me rc ia nte s ta nto d e finia m o s p re ç o s d o 
a ç úc a r q ua nto o s va lo re s d a s ma nufa tura s, e , nã o a p e -
na s o s se nho re s, ma s to d a a p o p ula ç ã o c o lo nia l e ra o -
b rig a d a a se sub me ter a o s p re ç o s d ita d o s p o r Po rtug a l. 
O e ng e nho e ra a unid a d e p ro d uto ra b á sic a . Este 
no me é utiliza d o p a ra d e sig na r nã o a p e na s o lo c a l o nd e 
se d e se nvo lve a p ro d uç ã o d o a ç úc a r, ma s a fa ze nd a 
a ç uc a re ira ta mb é m p o d e se r d e finid a c o mo um e ng e -
nho . Ve ja na ima g e m q ue se g ue uma g ra vura q ue ilustra 
p a rte d e uma á re a d e ntro d e uma fa ze nd a a ç uc a re ira . 
 
 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
O pro c e sso de a g ro ma nufa tura a ç uc a re ira e ra c o m-
ple xo e e xig ia um vo lume g ra nd e d e tra b a lha d o re s. Se -
g ue uma ilustra ç ã o q ue mo stra a s e ta p a s d e b e ne fic ia -
me nto d o a ç úc a r. 
 
 
 
8 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
É impo rta nte re ssa lta r que o a ç úc a r pro duzido no Bra sil 
nã o e ra e mb ra nq ue c id o o u re fina d o p o r a q ui. Ele te ria a 
a p a rê nc ia d o a ç úc a r q ue ho je c ha ma mo s d e masc avo . 
Ao sa ir d o Bra sil no s na vio s p o rtug ue se s, o a ç úc a r e ra 
e nc a minha d o , a tra vé s d e Po rtug a l, p a ra a Ho la nd a . Lá 
e le e ra b e ne fic ia d o . Isso q ue r d ize r q ue Po rtug a l nã o 
p o ssuía te c no lo g ia p a ra o re fino d o a ç úc a r, “ a lug a nd o ” 
a lug a nd o a ssim a s usina s ho la nd e sa s p a ra e ste fim. Al-
g uns histo ria d o re s a firma m q ue so me nte e m Amste rd ã 
(c a p ita l d a Ho la nd a ) ha via ma is d e c inq ue nta re fina ria s 
d o a ç úc a r b ra sile iro . 
 
Um e ng e nho “ re a l” 
 
 
Eng e nho d e “ tra p ic he ” 
 
Pe lo q ue ve mo s na s ima g e ns, um e ng e nho “ re a l” 
e ra a q ue le q ue e ra mo vid o à á g ua , o nd e o fa ze nd e iro 
a p ro ve ita va um c ó rre g o o u rio , ria c ho e m sua fa ze nd a 
p a ra mo ve r a mo e nd a . Ta l p rá tic a d isp e nsa va o s tra b a -
lha d o re s p a ra o utra s a tivid a d e s. Já o e ng e nho d e “ tra -
p ic he ” , e ra a q ue le q ue utiliza va uma “ tra ç ã o ” , se ja e la 
huma na o u a nima l p a ra fa ze r func io na r a mo e nd a . 
De ntro d a fa ze nd a a ç uc a re ira ha via a c a sa g ra nde 
– lo c a l d e mo ra d ia d o se nho r d e e ng e nho e d e sua fa -
mília ; a se nza la – lo c a l o nd e mo ra va m a s c ria nç a s, o s 
ho me ns, mulhe re s a fric a no s e sc ra viza d o s; c a sa s dos tra -
ba lha dore s livre s – fe ito re s, c a p itã e s d o ma to ; roç a de 
subsistê nc ia – g e ra lme nte p a ra p ro d uç ã o d e fe ijã o , mi-
lho , ma nd io c a , ho rta liç a s, e á rvo re s frutífe ra s; á re a de 
pa sto – d e stina d a à c ria ç ã o d e g a d o b o vino . 
A Pe c uá ria
Esta a tivid a d e e c o nô mic a fo i uma d a s ma is imp o r-
ta nte s d o p e río d o c o lo nia l, e a té o s d ia s a tua is se p e n-
sa rmo s na d ime nsã o d a c ria ç ã o d e g a d o b o vino b ra si-
le iro fre nte a o s me rc a d o s inte rna c io na is. 
A p e c uá ria inic ia lme nte se c o nstituiu c o mo a tivid a -
d e e c o nô mic a c o mp le me nta r à g ra nd e p ro d uç ã o a ç u-
c a re ira . Em g e ra l, to d o fa ze nd a a ç uc a re ira c o nta va c o m 
a c ria ç ã o d e g a d o b o vino q ue a te nd ia a uma d e ma n-
d a muito c re sc e nte . O g a d o e ra utiliza d o c o mo tra nsp o r-
te , a lime nto e tra ç ã o . As p rime ira s c a b e ç a s d e g a d o 
c he g a ra m a o Bra sil c o m To mé d e So usa e m fins d a p ri-
me ira me ta d e d o sé c ulo XVI. No iníc io d a c o lo niza ç ã o , o 
g a d o e ra c ria d o no p ró p rio e ng e nho , c o m a e xp a nsã o 
d o s re b a nho s e d a la vo ura c a na vie ira , to rno u-se ne c e s-
sá ria a sa íd a d o g a d o d e d e ntro d a s fa ze nd a s p a ra o 
se rtã o . A p a rtir d a Ba hia e d e Pe rna mb uc o , o g a d o p e -
ne tra va o s se rtõ e s se g uind o o s c a minho s d o s rio s (o Rio 
Sã o Fra nc isc o é um e xe mp lo muito imp o rta nte na e x-
p a nsã o d a p e c uá ria ) c he g a nd o a té Mina s Ge ria s, Ma -
ra nhã o , Pia uí. Isto q ue r d ize r q ue a p e c uá ria fo i re sp o n-
sá ve l d ire ta p e la e xp a nsã o d o te rritó rio b ra sile iro p a ra 
a lé m d o s limite s d o Tra ta d o d e To rd e silha s c o la b o ra nd o 
p a ra a inte rio riza ç ã o d o p ro c e sso c o lo niza d o r. 
Aq ui, é imp o rta nte c o nsid e ra r o p a p e l e xe rc id o p e la 
p e c uá ria no na sc ime nto d e c id a d e s c o mo Fe ira de Sa n-
ta na , inte rio r d o e sta d o d a Ba hia . A fa ze nd a d e no mina -
d a Sa nt’ Anna d o s O lho s D’ Ág ua , e ra lo c a l d e p a ra g e m 
d e b o ia d a s q ue se g uia m d a c a p ita l _ Sa lva d o r – p a ra 
vá rio s lug a re s no inte rio r b ra sile iro , o u no se ntid o inve rso , 
d o inte rio r p a ra a c a p ita l. Esta p e c ulia rid a d e a c a b o u 
p o r re sulta r no na sc ime nto d e uma c id a d e q ue se to rno u 
o ma io r e ntro nc a me nto ro d o viá rio d o no rd e ste e no rte 
b ra sile iro na a tua lid a d e . Tud o isto p o r c a usa d a sua his-
tó ria lig a d a a o c o mé rc io d e g a d o e d e o utro s p ro d uto s 
a d vind o s d a ro ta tivid a d e d e p e sso a s na lo c a lid a d e . Isto , 
no s sé c ulo s XVIII e XIX. 
Na re g iã o Sul d a Co lô nia a c ria ç ã o d e g a d o b o vino 
e ra d e stina d a à p ro d uç ã o d e c harq ue – c a rne sa lg a d a 
q ue e ra c o me rc ia liza d o na s á re a s d o sul o u d a re g iã o 
sud e ste . 
A produç ã o fuma g e ira ou o ta ba c o
No c o me ç o d a c o lo niza ç ã o d o Bra sil, a c ultura d o 
fumo e ra d e se nvo lvid a p o r uma e sp é c ie d e a g ric ultura 
fa milia r. De o rig e m ind íg e na o p ro d uto e nc o ntro u b o ns 
me rc a d o s na Euro p a a p a rtir d o sé c ulo XVII. Se u c re sc i-
me nto o c o rre u na Ba hia , na s á re a s p ró xima s a o c ha ma -
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
d o Re c ô nc a vo Ba ia no , Ala g o a s, Se rg ip e e Pe rna mb uc o . 
Muita s ve ze s o fumo e ra d e stina d o à Áfric a p a ra o e s-
c a mb o na a q uisiç ã o d e ho me ns e mulhe re s d o c o nti-
ne nte p a ra se re m tra fic a d o s na Amé ric a . 
 
 
9 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
O Esc ra vismo Colonia l
Ao inic ia r o pro je to c o lo nizado r no Brasil o e stado po r-
tug uê s, e m c o nc o rdâ nc ia c o m a Ig re ja Ca tó lic a , pro c uro u 
e xpa ndir a fé c ristã . De c e rta fo rma a c o lo niza ç ã o se d e u 
e m um q ua d ro missio ná rio , o u se ja , d e ntro d o s inte re sse s 
re lig io so s q ue e nvo lvia m a c a te q ue se d a s p o p ula ç õ e s 
na tiva s. Muito sig nific a tiva é a fre q ue nte d isc o rd â nc ia 
e ntre o Go ve rno -Ge ra l e o s Je suíta s na p rime ira me ta d e 
d o sé c ulo XVI. 
Ao la d o d a ne c e ssid a d e d e d e se nvo lve r a c a te q ue -
se e sta va a urg e nte d e ma nd a d e tra b a lho na la vo ura 
a ç uc a re ira . Este “ imp a sse ” so me nte se ria re so lvid o c o m 
a utiliza ç ã o d o tra b a lho a fric a no na mo d a lid a d e d e tra -
b a lho e sc ra vo . No iníc io o tra b a lho na la vo ura d e a ç ú-
c a r fo i suste nta d o p e lo ind íg e na ma s c o m a e xp a nsã o 
c a d a ve z ma io r d a p ro d uç ã o a ç uc a re ira , fo i ne c e ssá rio 
tra ze r p a ra o Bra sil o utro tra b a lha d o r. Se m c o nta r q ue o 
Trá fic o Ne g re iro se c o nstituiu e m ma is uma fo nte d e re n-
d ap a ra o Esta d o p o rtug uê s. Extre ma me nte re ntá ve l, o 
trá fic o a lime nta va uma re d e d e e mp re sá rio s q ue p a g a -
va m a lto s impo sto s a o g o ve rno d e Po rtug a l. 
 
Afric a no s se nd o ve nd id o s e m p o rto s no Bra sil 
A sub stituiç ã o d o tra b a lho d o ind íg e na p e lo tra b a -
lho d o a fric a no e ste ve a c o mp a nha d a d e mud a nç a s na 
le g isla ç ã o re fe re nte s à e sc ra viza ç ã o ind íg e na . Pe rc e -
b e mo s q ue ho uve uma re la ç ã o d e inte re sse , ta nto p o r 
p a rte d a Ig re ja q ua nto d o Esta d o p o rtug uê s na sub stitui-
ç ã o d a mã o d e o b ra . À Ig re ja o c o nta to c o m o ind íg e na 
te ve um c a rá te r c a te q ué tic o , a o Esta d o o c o nta to c o m 
o a fric a no te ve um c a rá te r e c o nô mic o . Imp o rta nte 
c o nsid e ra r q ue , a o lo ng o d o sé c ulo XV, o s p o rtug ue se s 
já tinha m e xp e riê nc ia no c o mé rc io re g ula r d e a fric a no s. 
Ho me ns e mulhe re s q ue sa íra m d a Áfric a e ruma ra m 
p a ra o Bra sil e ra m d e d ive rsa s e tnia s d a s á re a s a tlâ nti-
c a s: b a nto s, io rub á s, ma lê s, g a ne se s, sud a ne se s. E a o 
lo ng o d e tre ze nto s a no s d e e sc ra vid ã o no Bra sil, ma is d e 
5 milhõ e s d e a fric a no s fo ra m tra zid o s p a ra c á no s p o rõ e s 
d o s Tumb e iro s (na vio s q ue tra nsp o rta va m ho me ns, mu-
lhe re s e c ria nç a s e m c o nd iç õ e s sub uma na s). O q ue o -
c o rre u fo i uma ve rd a d e ira Diá spora a fric a na (o u se ja , 
uma inte nsa d isp e rsã o d e p o p ula ç õ e s inte ira s p ro ve nie n-
te s d a Áfric a p a ra o Bra sil). 
 
Ro ta s d o Trá fic o Ne g re iro – Áfric a / Bra sil 
Ao c o ntrá rio d e o utra s e xp e riê nc ia s histó ric a s e sc ra -
vista s (o c a so d a e sc ra vid ã o c lá ssic a o u a ntig a , re a liza -
d a na Gré c ia o u na Ro ma a ntig a s), o e sc ra vismo mo -
d e rno c o lo nia l fo i me rc a ntil. Isto q ue r d ize r q ue e ra a b so -
luta me nte vo lta d a p a ra a ma ximiza ç ã o d o s luc ro s p a ra 
a s p o tê nc ia s e uro p e ia s. 
Ec onomia mine ra dora 
O sé c ulo XVIII re p re se nto u a é p o c a d e ma io r e xtra -
ç ã o d e o uro no Bra sil o a p o g e u d a a tivid a d e mine ra d o -
ra ina ug uro u uma no va fo rma d e d e p e nd ê nc ia b ra sile ira 
à e c o no mia ing le sa . Uma a ná lise ma is ing ê nua d a histó -
ria d o Bra sil no s p e rmite fa ze r a lg uma s p e rg unta s: c o mo 
fo i p o ssíve l a o Bra sil e sta r d e p e nd e nte d a Ing la te rra se o s 
se us la ç o s e c o nô mic o s e ra m c o m Po rtug a l? Se a e c o -
no mia c o lo nia l d e ve ria se r luc ra tiva p a ra a me tró p o le , 
nã o se ria Po rtug a l o p a ís ma is ric o ne ste c o nte xto ? Este s 
q ue stio na me nto s se rã o re sp o nd id o s à me d id a q ue fo r-
mo s a pro fund a ndo a ná lise so b re a c o njuntura mundia l no 
sé c ulo XVIII. 
 
Ma p a mo stra nd o a s á re a s d e e xp lo ra ç ã o d e o uro e d ia ma nte s, no Bra sil Co lo nia l. 
No q ue d iz re sp e ito à c o lô nia , a a tivid a d e mine ra d o -
ra re sulto u e m mud a nç a s sig nific a tiva s q ua nd o c o mp a -
ra d a s à e c o no mia a ç uc a re ira , nã o só d o p o nto d e vista 
e c o nô mic o , c o mo ta mb é m p ro vo c o u a inte rio riza ç ã o 
d e p o p ula ç õ e s q ue sa íra m d o lito ra l p a ra a s re g iõ e s d e 
Ma to Gro sso , Go iá s e e m e sp e c ia l p a ra Mina s Ge ria s e o 
d e slo c a me nto d o e ixo e c o nô mic o d o No rd e ste p a ra o 
c e ntro sul. 
As p rime ira s mina s d e o uro fo ra m e nc o ntra d a s na 
re g iã o d e Mina s G e ria s e m fins d o sé c ulo XVII e a no tíc ia 
se e sp a lho u ra p id a me nte p ro vo c a nd o uma ve rd a d e ira 
c o rrid a p a ra e sta re g iã o . Pe sso a s p ro c e d e nte s d a re g iã o 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
a ç uc a re ira pe rc o rriam milha re s de quilô me tro s pe lo c ha -
mado c a minho d o Rio Sã o Fra nc isc o , e m b usc a d e e nri-
q ue c ime nto rá p id o . Este c a minho fo i o ma is p e rc o rrid o 
no se ntid o no rd e ste – sud e ste , ta nto p o r p e sso a s c o mo 
ta mb é m p e lo trâ nsito d e b o ia d a s q ue a b a ste c ia m a re -
g iã o d a s mina s. Em 1702 a Co ro a p o rtug ue sa , te nta nd o 
imp e d ir o c o ntra b a nd o , d e c re to u o fe c ha me nto d e sse 
c a minho , e xc e to à s b o ia d a s. Ne ste c o nte xto , a té a p o -
p ula ç ã o me tro p o lita na mig ro u p a ra a Co lô nia . Pa ra e vi-
ta r o d e sp o vo a me nto d a me tró p o le , a Co ro a p o rtug ue -
sa a d o to u a e xig ê nc ia d o p o rte d e d o c ume nto s mínimo s 
(a p a rtir d e 1720), se m o s q ua is a s p e sso a s nã o p o d e ria m 
sa ir d e Po rtug a l. Esse sup e rp o vo a me nto d a re g iã o d a s 
mina s p ro vo c o u a lg uns p ro b le ma s inic ia is: o so lo imp ró -
p rio d ific ulto u a c ultura d e g ê ne ro s a g ríc o la s p a ra a li-
me nta r a p o p ula ç ã o d a re g iã o (fo me e nd ê mic a d e 
1698 e 1700); o tra nsp o rte d e e sc ra vo s p a ra e ssa re g iã o 
a g ra vo u a ne c e ssid a d e d e a lime nto s e re sulto u na e s-
c a sse z d e mã o d e o b ra na s re g iõ e s no rd e stina s. Essa si-
tua ç ã o le vo u a Co ro a Po rtug ue sa , p re ssio na d a p e lo s 
se nho re s d e e ng e nho , a a d o ta r p o r vo lta d e 1711 a p ro -
ib iç ã o d e ve nd a d e e sc ra vo s q ue tra b a lha va m na s re g i-
õ e s a ç uc a re ira s. De q ua lq ue r fo rma , me smo à c o ntra 
g o sto d a me tró po le , um c o mé rc io inte rno de e sc ra vo s fo i 
inte nsific a d o . 
O ê xito d a a tivid a d e e xtra tiva d e o uro c o la b o ro u 
p a ra a e sta g na ç ã o , a ind a ma io r d a re g iã o no rd e stina , 
isto p o rq ue a lé m d o d e svio na tura l d e mã o d e o b ra , o 
iníc io d a d ina miza ç ã o d o c o mé rc io na re g iã o sud e ste , e 
e sp e c ia lme nte o Rio d e Ja ne iro q ue a b a ste c ia o me r-
c a d o mine iro , p ro vo c o u uma c rise p ro fund a na re g iã o 
q ue já ha via sid o a ma io r fo rne c e d o ra mund ia l d e a ç ú-
c a r. A c rise a ç uc a re ira d o s sé c ulo s XVII e XVIII e ra c o n-
se q ue nte me nte a c rise d o s se nho re s d e e ng e nho . 
A re laç ã o e ntre a c rise e c o nô mic a no rde stina e o su-
c e sso da mine ra ç ã o e stá no fa to de q ue a e c o no mia c o -
lo nia l o sc ila va d e a c o rd o c o m a d e ma nd a inte rna c io na l. 
 
 
10 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
A e xtra ç ã o do ouro 
Q ua nd o c o mp a ra d a à a g ro ma nufa tura d o a ç úc a r, 
a mine ra ç ã o nã o e xig ia g ra nd e s c a p ita is. Se u b a ixo níve l 
té c nic o le vo u a o rá p id o e sg o ta me nto d a s mina s. Assim 
c o mo a e c o no mia a ç uc a re ira q ue p re c iso u d e g ra nd e s 
c o nting e nte s d e tra b a lha d o re s, a mã o d e o b ra e sc ra va , 
e m funç ã o d a e xig ê nc ia me tro p o lita na , ta mb é m fo i utili-
za d a na s á re a s d e mine ra ç ã o . 
Entre 1741 e 1761 a pro duç ã o d e o uro a ting iu se u a u-
g e . Ne ste p e río d o e xistia m d o is tip o s d e e xp lo ra ç ã o d a s 
ja zid a s: a la vra e a fa isc a ç ã o. 
A la vra e ra usa d a e m ja zid a s imp o rta nte s, e m q ue 
tra b a lha va m inúme ro s e sc ra vo s (há no tíc ia s d e q ue o 
núme ro e xiste nte na s ma io re s mina s e ra d e c e m tra b a -
lha d o re s), o s q ua isc o nstituía m a mã o d e o b ra b á sic a , 
e mb o ra ho uve sse tra b a lha d o re s a ssa la ria d o s. As la vra s 
c o rre sp o nd e m à é p o c a d e a ug e d a mine ra ç ã o , q ua n-
d o ha via a b und â nc ia d e re c urso s e a p ro d uç ã o a lc a n-
ç o u a lto níve l. 
 
Ilustra ç ã o d e uma la vra 
Alé m d a s la vra s, ha via a p e q ue na e xtra ç ã o , a tivi-
d a d e mó ve l, se m p o nto fixo d e e xp lo ra ç ã o , e m q ue c a -
d a um tra b a lha va p o r si. Os instrume nto s usa d o s e ra m a 
b a te ia (e sp é c ie d e p e ne ira d e ma d e ira e m fo rma d e 
c o ne a b e rto ), o c a rumb é m (g a me la p a ra tra nsp o rta r 
miné rio s) e o a lma c a fre (e nxa d a e mp re g a d a na s mi-
na s). Uma p a rte d o s fa isc a d o re s e ra c o mp o sta d e ho -
me ns livre s; o utra p a rte , d e e sc ra vo s, inc umb id o s p o r 
se us se nho re s d e e ntre g a r c e rta q ua ntid a d e e m o uro , 
p o d e nd o g ua rd a r o e xc e d e nte e , p o ste rio rme nte , ta l-
ve z, a té c o mp ra r a sua lib e rd a d e . 
O o uro p o d ia se lo c a liza r na a re ia o u no c a sc a lho 
d o s rio s. A fa isc a ç ã o c re sc e u à me d id a q ue se d e u o 
e sg o ta me nto d a s mina s. O s fa isc a d o re s nô ma d e s p a ssa -
ra m a o c up a r o s lug a re s a b a nd o na d o s p o r a ntig o s e x-
p lo ra d o re s (KOSHIBA e MANZI, 2002). 
Assim q ue e ra d e sc o b e rto o o uro , e ra ime d ia ta me n-
te c o munic a d o à a uto rid a d e , q ue inte rvinha na d e limi-
ta ç ã o d a á re a fa ze nd o a d ivisã o e m d a ta s (q ue e ra m 
p ro p rie d a d e s c o m o ta ma nho a p ro xima d o d e 2,20 m²). 
O d e sc o b rid o r d a mina e ra o p rime iro a re c e b e r e e sc o -
lhe r a sua d a ta , a o re i c a b ia o utra e a o g ua rd a -mo r d a 
Inte nd ê nc ia o utra . O re sta nte e ra d ivid id o me d ia nte so r-
te io e ntre o s q ue ha via m so lic ita d o (p o r me io d e uma 
p e tiç ã o ) a o sup e rinte nd e nte . O ta ma nho d a s d a ta s va -
ria va d e a c o rd o c o m o núme ro d e e sc ra vo s q ue o e x-
p lo ra d o r tinha . O mine ra d o r tinha um p ra zo d e 40 d ia s 
p a ra inic ia r a e xp lo ra ç ã o , d o c o ntrá rio p e rd e ria sua te r-
ra . 
Há re g istro s d e c a so s e m q ue o p ro p rie tá rio ve nd ia 
sua d a ta a o c o mp ro va r a p e rd a d e e sc ra vo s. Em o utro 
mo me nto , a a q uisiç ã o d e no vo s e sc ra vo s, o mine ra d o r 
p o d e ria c a nd id a ta r-se a o so rte io d e no va d a ta . 
A le g isla ç ã o na re g iã o mine ra d o ra e ra ríg id a . Existi-
a m muita s le is q ue re g ula va m a fisc a liza ç ã o e a c o -
b ra nç a d e imp o sto s na re g iã o d a s mina s, no ta -se um 
g ra nd e e ma ra nha d o d e me d id a s e fre q ue nte s a lte ra -
ç õ e s q ue se e xp lic a m p e la imp o rtâ nc ia q ue a a tivid a d e 
mine ra d o ra p o ssuía p a ra a Co ro a Po rtug ue sa . Afina l, fo i 
o o uro b ra sile iro q ue re nd e u d ivisa s a o re ino lusita no e 
g a ra ntiu a s imp o rtâ nc ia s ne c e ssá ria s a o se u c o mé rc io , e 
q ue inc lusive p e rmitiu q ue a sua b a la nç a d e c o mé rc io 
se e q uilib ra sse e m ra ro s mo me nto s. 
Ne ste c a so , e ra p re c iso g a ra ntir a to ta l luc ra tivid a d e 
d a e xtra ç ã o d o o uro , e nrije c e nd o a c o b ra nç a d e imp o s-
to s e a fisc a liza ç ã o . 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
De sd e o sé c ulo XVII, q ua nd o fo i c ria d o o Códig o Mi-
ne iro , Po rtug a l já g a ra ntia a c o b ra nç a d o quinto so b re o 
re nd ime nto d a s mina s. Na me d id a e m q ue a s d e sc o b e r-
ta s se inte nsific a ra m no va s fo rma s d e trib uta ç ã o fo ra m 
se nd o a d o ta d a s. A p rinc ipa l d e la s fo i a c ria ç ã o d a s Ca -
sa s de Fundiç ã o , o nd e o q uinto e ra a rre c a d a d o , o o uro , 
fund id o e timb ra d o , se nd o a s b a rra s ma rc a d a s c o m o 
se lo re a l. Ta l me d id a tinha c o mo o b je tivo le g a liza r a c ir-
c ula ç ã o d o me ta l e impe d ir o c o ntra b a nd o na s e stra -
d a s. Pa ra e sta fisc a liza ç ã o a lfa nd e g á ria na s e stra d a s, 
c ria ra m-se o s Re g istros. 
 
Ling o te s d e o uro “ q uinta do ” 
Em 1713, a C o ro a p o rtug ue sa fixo u a p ro d uç ã o e m 
to rno d e 30 a rroba s a nua is de ouro , e m c a d a c id a d e na 
re g iã o na s Mina s Ge ra is. No a no d e 1715, fo i e sta b e le c i-
d o o p a g a me nto d e 10 oita vos d e o uro p o r b a te ia (c e r-
c a d e 3,58 g ) o u p o r e sc ra vo (imp o sto ta mb é m c o nhe -
c id o p o r Ca pita ç ã o . Em 1718, e m virtud e d o s d e sc o nte n-
ta me nto s d a s p o p ula ç õ e s lo c a is, o vo lume d a s a rro b a s 
a nua is c a iu p a ra 25 q uilo s, me d id a q ue so b e p a ra 37 e m 
1720. Em 1722 fo ra m c ria d a s Ca sa s de Fundiç ã o na s c i-
d a d e s d e Vila Ric a , Sa ba rá , sã o Joã o De l Re i e Vila do 
Prínc ipe . Po r vo lta d o a no d e 1724 a s a rro b a s a nua is so -
b e m p a ra 52 q uilo s d e o uro p o r lo c a lid a d e e , e m 1735 a 
c a p ita ç ã o sub iu p a ra 17g p o r e sc ra vo ma io r d e 14 a no s. 
Em 1736 o s e sta b e le c ime nto c o me rc ia is p a g a va m e ntre 
8 a 24 o ita va s d e o uro a nua is. O q ue c he g o u a re nd e r 
a o s c o fre s p o rtug ue se s 113 a rro b a s p o r a no . Em 1750 fo i 
o a no e m q ue a s a rro b a s a nua is c he g a ra m a o má ximo : 
100 a rro b a s p o r c a d a lo c a lid a d e ! 
Ne sta última c o b ra nç a , q ua nd o o to ta l d e a rro b a s 
nã o e ra a ting id o , e ra fa c ulta d o a o Esta d o p o rtug uê s fa -
ze r uma c o b ra nç a fo rç a d a , ma is c o nhe c id a c o mo de r-
ra ma . Ne la , o s b e ns d e q ua lq ue r c o lo no p o d e ria m se r 
c o nfisc a d o s a té q ue to d o o to ta l a rre c a d a d o na re g iã o 
fo sse a lc a nç a d o . Qua nd o o te mp o fo i p a ssa nd o , a s mi-
na s fo ra m d e e sg o ta nd o . Ne ste c a so , p o d e -se ima g ina r 
o s a b uso s e vio lê nc ia s c o me tid o s e m no me d a a rre c a -
d a ç ã o d e o uro . Alg uns histo ria d o re s c he g a m a a firma r 
q ue , a p a rtir d e 1760, o q uinto nã o a ting iu a s 100 a rro b a s 
a nua is, se nd o ve rific a d a s inva sõ e s a d o mic ílio , a p o nto s 
c o me rc ia is re a liza d a s so b o rd e ns d a Co ro a . 
 
 
11 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
Escravos eram treinados, desde meninos, para engolirem as pepi-
tas, exercitando-se com feijões e grãos de milho. Os suspeitos eram 
forçados a tomar purgante de pimenta malagueta para expelir os 
objetos de crime de lesa-majestade... Os dedos dos pés, as unhas e as 
narinas também eram utilizado s para ludibriar o fisco. As procis-
sões dos santos do “pau-oco” tinham alguma eficácia: dentro das 
imagens, muita riqueza!” 
 
(ALENCAR, Chico. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1996, p.62) 
Soc ie da de mine ra dora – Na re g iã o d a s g e ra is, a so -
c ie d a d e te nd e u a se r muito d ife re nte d a so c ie d a d e a -
ç uc a re ira no rd e stina . Esta última c a ra c te rizo u-se p e la 
rig id e z na e stra tific a ç ã o so c ia l, ma rc a d a p e lo b inô mio 
SENHOR DE ENG ENHO e TRABALHADOR ESCRAVIZADO 
(um fa lso b inô mio p o rq ue a so c ie d a d e no rd e stina e stru-
turo u-se muito a lé m d e sta s d ua s c a ma d a s so c ia is. Ha via 
uma c a ma d a inte rme d iá ria re la tiva me nte d e finid a , c o m 
a p re se nç a d e p ro fissio na is libe ra is, c o me rc ia nte s, fun-
c io ná rio s p úb lic o s e p a d re s, d e ntre o utro s). A urb a niza -
ç ã o e o c re sc ime nto d a a tivid a d e c o me rc ia l e a rte sa na l 
c o ntrib uíra m pa ra a e strutura ç ã o d e uma so c ie da d e ma is 
d ive rsific a d a e me no s ríg id a . Existe m d a d o s q ue mo stra m 
c o m a b und â nc ia a p re se nç a d e a rte sã o s na s c id a d e s 
d e Vila Ric a , Sã o Jo ã o De l Re i e Sa b a rá . Alé m d o ma is, 
o s tra b a lha d o re s e sc ra viza d o s, a ind a q ue ra ra me nte , 
tive ra m a p o ssib ilid a d e d e junta r o uro e c o mp ra r a c a rta 
d e a lfo rria . Me smo a ssim a o p re ssã o e ra g ra nd e . A vid a 
útil d e um tra b a lha d o r d e mina d e o uro va ria va e ntre 
d o is a c inc o a no s! 
É imp o rta nte sa lie nta r ta mb é m q ue a so c ie d a d e mi-
ne ra d o ra p o ssuía uma e strutura ma is fle xíve l e d e la na s-
c e u a siste ma tiza ç ã o d e id e ia s q ue q ue stio na va m o sis-
te ma c o lo nia l p o rtug uê s. Ne ste se ntid o nã o p o d e mo s 
p e rd e r d e vista uma g ra nd e c o ntra d iç ã o d o Siste ma Co -
lo nia l q ue a c a b o u se la nd o o se u fina l: a me tró p o le e xi-
g ia d a Co lô nia o c ump rime nto d a sua funç ão histó ric a , 
p o r isso e nte nd e -se p e la o b rig a ç ã o d o e xc lusivo me tro -
p o lita no , e m q ue a Co lô nia p re c isa va a b a ste c e r a me -
tró p o le e se rvir d e me rc a d o c o nsumid o r d e p ro d uto s 
ma nufa tura d o s e uro p e us. Fo ra m e xa ta me nte e sta s e xi-
g ê nc ia s q ue to rno u insuste ntá ve l a vid a d o s c o lo no s, 
q ue c o me ç a ra m a fa la r p e la ind e p e nd ê nc ia . 
As c onse quê nc ia s da mine ra ç ã o. Muito s re sulta d o s 
p o d e m se r a rro la d o s. Alg uns já sina liza mo s a o lo ng o d a 
d isc ussã o : 
 a inte rio riza ç ã o d e p o p ula ç õ e s vind a s d e re -
g iõ e s, o impulso da do a urba niza ç ã o e a o c re s-
c ime nto do c o mé rc io , a ssim c o mo a d ive rsific a -
ç ã o d a s c a te g o ria s so c ia is ne sta re g iã o (c o n-
fo rme ve re mo s a dia nte ), c o nse que nte me nte d i-
ve rsific aç ão d a s no va s e xig ê nc ia s na e c o no -
mia na re g iã o mine ira . 
 o d e se nvo lvime nto d o se to r a g ríc o la lig a d o à 
sub sistê nc ia , a ind a q ue a re g iã o tive sse so lo 
p a up é rrimo . 
 o d e slo c a me nto g e o g rá fic o d a imp o rtâ nc ia 
e c o nô mic a d o No rd e ste p a ra o Sud e ste . Pro -
va d isso fo i a tra nsfe rê nc ia d a c a p ita l d a Co -
lô nia d e Sa lva d o r p a ra a c id a d e d o Rio d e 
Ja ne iro e m 1763. 
 o imp ulso c o me rc ia l o c o rrid o c o m a a b e rtura 
d e no vo s núc le o s urb a no s. 
Em re la ç ã o a e sta última c o nse q uê nc ia , p a ra Po rtu-
g a l e ste imp ulso re p re se nto u uma re la tiva ind e p e nd ê n-
c ia d o s c o me rc ia nte s b ra sile iro s à s ma nufa tura s ing le sa s 
“ e mp urra d a s” no me rc a d o c o lo nia l. O q ue nã o d e ve ria 
o c o rre r. A e xistê nc ia d e fá b ric a s e te a re s a me d ro nta va 
a Co ro a p o rtug ue sa . Em 1785, D. Ma ria I, ra inha d e Po r-
tug a l, a ssino u um Alva rá que pro ib ia a e xistê nc ia de má -
quinas, e xc e to a q ue la s q ue te c ia m a s g ro ssa s ro up a s d o s 
e sc ra vo s. 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
12 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
Os mo tivo s e ra m c la ro s: o d e se nvo lvime nto ma nufa -
ture iro no Bra sil nã o inte re ssa va a Po rtug a l, já q ue a s á -
re a s c o lo nia is e xistia m p a ra e nriq ue c e r a me tró p o le e 
nã o a si me sma s. Outro mo tivo é q ue , d ia nte d o q ue 
c o nsta va no Tra ta do de Me thue n (1703), a c o rd o a ssina -
d o e ntre Po rtug a l e Ing la te rra , tra ta d o ta mb é m c o nhe -
c id o p e lo a p e lid o pano s e vinho s, o s p o rtug ue se s d e ve -
ria m c o mp ra r to d a s a s ma nufa tura s q ue p re c isa sse m d o s 
c o me rc ia nte s ing le se s. 
A c rise da mine ra ç ã o - Po r vo lta d e 1770 a e xtra ç ã o 
d e o uro e d ia ma nte s no Bra sil c a iu d e fo rma ve rtig ino sa , 
c a ra c te riza nd o c o mo e fê me ra a riq ue za d a mina s na 
Co lô nia . Existe m vá ria s e xp lic a ç õ e s p a ra e ste d e c línio . É 
p o nto p a c ífic o e ntre o s histo ria d o re s o s mo tivo s d e o r-
d e m g e o g rá fic a na lo c a liza ç ã o d a s mina s no Bra sil. Se -
g und o e sp e c ia lista s, a s ja zid a s d e o uro lo c a liza d a s a q ui 
e ra m d e fo rma ç ã o g e o ló g ic a re c e nte , o u se ja , sup e rfi-
c ia is. Isto p ro vo c o u o e sg o ta me nto rá p id o d a s mina s 
q ue , so ma d o à fa lta d e re c urso s té c nic o s a va nç a d o s 
p a ra e xp lo ra r o s lo c a is ma is ro c ho so s, le vo u a uma q ue -
d a b rusc a na e xp lo ra ç ã o d o o uro . 
Alé m d a s q ue stõ e s té c nic a s, a ino p e râ nc ia d o siste -
ma a d ministra tivo e a c o rrup ç ã o d o s func io ná rio s le va -
ra m a a c e ntua d a c rise mine ra d o ra . Ino p e râ nc ia no se n-
tid o d e q ue a Co ro a p o rtug ue sa nã o se imp o rta va c o m 
a s té c nic a s, q ue r d ize r, o imp o rta nte e ra o p a g a me nto 
d o s imp o sto s, na d a ma is. A fa lta d e re la ç õ e s ma is p ró xi-
ma s e ntre mine ra d o re s e p o d e re s p úb lic o s, a nã o se r p o r 
inte rmé d io d o s c a stig o s e p uniç õ e s p a ra o s c o nflito s, d i-
fic ulto u a s p o ssíve is b usc a s d e so luç õ e s p a ra a q ue d a d e 
a rre c a d a ç ã o d o s imp o sto s. Nã o ha via uma p re o c up a -
ç ã o e m inc re me nta r a s té c nic a s d e e xtra ç ã o d o o uro 
p o rq ue p a ra Po rtug a l nã o ha via uma c rise mine ra d o ra , 
mas a ume nto do c o ntra ba ndo na s re g iõ e s mine ira s. Se ndo 
a ssim, e nqua nto a e xtra ç ã o / a rre c ada ç ão c a íam, c re sc ia 
a o p re ssã o me tro p o lita na e o d e sc o nte nta me nto d o s 
mo ra d o re s fre nte a e sta c o njuntura e xte nua nte d e Po r-
tug a l. 
Produç ã o a lg odoe ira
O a lg o d ã o te ve o Ma ra nhã o e o Grã o -Pa rá c o mo 
á re a s d e p ro d uç ã o ma is a ntig a s no Bra sil. Co m e le e ra m 
fe ito s te c id o s, a p e sa r d a p ro ib iç ã o me tro p o lita na , e e m 
a lg uns c a so s o s se us no ve lo s se rvia m d e mo e d a s. Ce a rá , 
Pe rna mb uc o , rio d e Ja ne iro , Sã o Vic e nte e Go iá s fo ra m 
o utra s á re a s o nd e o se u p la ntio o c o rre u. A p a rtir d a se -
g und a me ta d e d o sé c ulo XVIII ho uve uma g ra nd e e x-
p a nsã o na p ro d uç ã o a lg o d o e ira , e sp e c ia lme nte a p ro -
d uç ã o ma ra nhe nse . Gra nd e c o mp ra d o ra d e a lg o d ã o – 
ma té ria p rima imp o rta nte na Re vo luç ã o Ind ustria l – a In-
g la te rra d e ixo u, a p a rtir d a Gue rra d e Ind e p e nd ê nc ia 
d o s EUA, d e se a b a ste c e r c o m o p ro d uto d a s fa ze nd a s 
d o sul d a q ue le p a ís, p a ssa nd o a c o mp ra r o a lg o d ã o 
b ra sile iro p a ra a lime nta r sua s fá b ric a s tê xte is. 
A atuação dos jesúitas 
 
De sd e o iníc io d a s g ra nde s na ve g a ç õe s portug ue -
sa s, a ind a no sé c ulo XV, ha via um c la ro inte re sse d a I-
g re ja Ca tó lic a na e xp a nsã o d o c ristia nismo . Prá tic a justi-
fic a d a p e lo fra c a sso milita r e re lig io so d o mo vime nto d a s 
Cruza d a s e m d ire ç ã o a o O rie nte , e m um c o nfro nto d ire -
to e ntre c ristã o s e muç ulma no s. Ao inic ia r o p ro c e ssod e 
c o lo niza ç ã o d a s te rra s b ra sile ira s, p o r vo lta d e 1530 c o m 
a instituiç ã o d a s Ca p ita nia s He re d itá ria s, a Ig re ja Ca tó li-
c a viu ne sta e mp re ita d a , uma o p o rtunid a d e d e e xp a n-
d ir a fé c a tó lic a . Ne ste c o nte xto histó ric o e uro p e u, e sta -
va a c o nte c e nd o a Re fo rma Pro te sta nte e a d ivulg a ç ã o 
d o s id e a is lute ra no s, c a lvinista s a me d ro nta va m a Ig re ja 
Ca tó lic a . Co mo re sp o sta a o mo vime nto p ro te sta ntista , a 
Ig re ja Ca tó lic a re a g iu d e fo rma b a sta nte d ire ta . A c ria -
ç ã o d a Co mp a nhia d e Je sus ma rc o u o c o me ç o d e um 
lo ng o p ro c e sso d e e va ng e liza ç ã o / d ivulg a ç ã o d o c a to -
lic ismo no Bra sil. Fo i p o r isso q ue , a o d e se mb a rc a r no Bra -
sil, o p rime iro g o ve rna d o r-g e ra l To mé d e So usa se fe z 
a c o mp a nha r p e lo je suíta Ma noe l da Nóbre g a . 
Em 1551 fo i c ria d o o p rime iro b isp a d o no Bra sil. Ma is 
ta rd e , já c o m o g o ve rna d o r Dua rte d a Co sta , c he g a à 
Co lô nia José de Anc hie ta . A c o lo niza ç ã o e ntã o a ssumiu 
um c a rá te r missio ná rio . Fo i p o r c o nta d e ste o b je tivo re li-
g io so q ue ne sta é p o c a a c o nte c e ra m o s p rime iro s a trito s 
e ntre je suíta s e c o lo niza d o re s e m re la ç ã o à utiliza ç ã o o u 
nã o d o s ind íg e na s c o mo tra b a lha d o r p rinc ip a l na s te rra s 
c o lo nia is. 
Alé m d a s p re o c up a ç õ e s re fe re nte s à e va ng e liza ç ã o 
d a p o p ula ç ã o ind íg e na s, c a b ia a o s je suíta s c uid a r d a 
e d uc a ç ã o fo rma l na Co lô nia . A fund a ç ã o d e c o lé g io s 
o u e sc o la s je suític a s se rviu p a ra e d uc a r o s filho s d a a ris-
to c ra c ia b ra sile ira . 
 
Invasões holandesas 
 
A p a rtir d a instituiç ã o d a Uniã o Ibé ric a a histó ria d o 
Bra sil Co lô nia mo d ific o u-se d e fo rma b a sta nte sig nific a ti-
va . Me smo p re se rva nd o a o s p o rtug ue se s o d o mínio so -
b re o Bra sil, o no vo c o nte xto d e uniã o d a s c o ro a s ib é ri-
c a s a c a b o u p o r re sulta r num e nvo lvime nto d e Po rtug a l 
e , inc lusive d o Bra sil, no s c o nflito s inte rna c io na is e sp a -
nhó is. Até o fina l d o sé c ulo XVI a Esp a nha e ra uma p o -
tê nc ia e c o nô mic a e ma rítima , situa ç ã o q ue le vo u a o 
iníc io d e riva lid a d e s e ntre a Esp a nha e a Ing la te rra , a Es-
p a nha e a Fra nç a e , p o r fim c o nflito s inte nso s e ntre a Es-
p a nha e a Ho la nd a . Este último tro uxe c o nse q üê nc ia s 
imp o rta nte s p a ra a Histó ria d o Bra sil q ue fo i o iníc io d o 
d o mínio ho la nd ê s so b re o no rd e ste a ç uc a re iro b ra sile iro . 
Ao sub ir a o tro no e sp a nho l no fina l d o sé c ulo XVI, Fe -
lip e II to rno u-se ta mb é m re i d o s Pa íse s Ba ixo s p o r c o nta 
d e sua he ra nç a p a te rna . No e nta nto a s d ive rg ê nc ia s re -
lig io sa s e ntre o s d o is lo c a is – Esp a nha c a tó lic a e Ho la nd a 
p ro te sta nte – le va ra m a um c o nflito p o lític o q ue te ve 
c o mo re sulta d o d ire to a ind e p e nd ê nc ia d a re g iã o ho -
la nd e sa e m re la ç ã o à Esp a nha . Em re p re sá lia a o a to d e 
lib e rd a d e , o re i d a Esp a nha e mb a rg o u o c o mé rc io d o s 
ho la nd e se s c o m o a ç úc a r b ra sile iro . E, c o mo sa b e mo s, 
o s ho la nd e se s tinha m uma p a rtic ip a ç ã o b a sta nte impo r-
ta nte no c o mé rc io d o a ç úc a r b ra sile iro : o re fino , tra ns-
p o rte e d istrib uiç ã o d o p ro d uto na Euro p a e ra m fe ito s 
p o r c o me rc ia nte s ho la nd e se s. 
O a fa sta me nto d o s ho la nd e se s d o ne g ó c io a ç uc a -
re iro le vo u-o s a c ria r c o mp a nhia s d e c o mé rc io q ue ti-
nha m c o mo o b je tivo a mp lia r a a tivid a d e c o me rc ia l e m 
vá rio s lug a re s no mund o . Em 1621, fo i c ria d a a Compa -
nhia da s Índia s Oc ide nta is, c ujo o b je tivo ma io r e ra ro m-
p e r o e mb a rg o e sp a nho l a o c o mé rc io a ç uc a re iro . 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
13 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
A p rime ira inve stid a ho la nd e sa e m te rritó rio b ra sile iro 
o c o rre u e m 1624, na c id a d e d e Sa lva d o r. A justific a tiva 
p a ra a o c up a ç ã o d e sta á re a e sta va no fa to d e se r a 
c id a d e se d e d o G o ve rno -G e ra l e um g ra nd e c e ntro e -
c o nô mic o c o lo nia l. Inic ia tiva frustra d a p o r c a usa d a 
a mp litud e d a d e fe sa na c a p ita l d a Co lô nia , a p e sa r d e 
te r o c o rrid o uma b re ve vitó ria na re g iã o . 
Em 1630, o s ho la nd e se s vo lta ra m a o Bra sil. De sta ve z 
o a lvo fo i a Ca p ita nia d e Pe rna mb uc o , q ue e ra a ma io r 
á re a d e p ro d uç ã o a ç uc a re ira d e to d o o Imp é rio Po rtu-
g uê s. 
Vito rio sa na inve stid a , o s ho la nd e se s, so b o c o ma n-
d o d o Conde Ma uríc io de Na ssa u, p e rma ne c e ra m p o r lá 
a té 1654. 
A a d ministra ç ã o ho la nd e sa e m Pe rna mb uc o mo s-
tro u muito e fic ie nte d o p o nto d e vista d o s o b je tivo s tra -
ç a d o s p e lo s inva so re s na é p o c a . Ao c he g a re m na re g i-
ã o o s ho la nd e se s e nc o ntra ra m muito s p ro b le ma s: e ng e -
nho s a b a nd o na d o s e a p ro d uç ã o a ç uc a re ira e m fra nc a 
d e c a d ê nc ia p o r c o nta d a s d ific uld a d e s c o me rc ia is e n-
fre nta d a s p e lo s se nho re s d e e ng e nho e m funç ã o d a U-
niã o Ib é ric a e o e nvo lvime nto d o s e sp a nhó is e m vá rio s 
c o nflito s inte rna c io na is. Esta c o njuntura d e so rg a nizo u a 
p ro d uç ã o e o c o mé rc io a ç uc a re iro po r c a usa d o a fa s-
ta me nto d o s ho la nd e se s d e sta a tivid a d e e c o nô mic a . 
No e nta nto , a p o lític a d a Compa nhia da s Índia s e a 
a d ministra ç ã o na ssovia na re e rg ue ra m a a tivid a d e a ç u-
c a re ira no va me nte . 
De ntre a s me d id a s d e c a rá te r p o lític o , a d ministra tivo 
e e c o nô mic o e mp re e nd id a p e lo s ho la nd e se s e m Pe r-
na mb uc o d e sta c a -se : 
 Lib e ra ç ã o d e e mp ré stimo s a p ra zo s lo ng o s e 
juro s b a ixo s a o s se nho re s d e e ng e nho , c o m a 
fina lid a d e d e a jud á -lo s na re o rg a niza ç ã o d a 
p ro d uç ã o a ç uc a re ira ; 
 Po lític a re lig io sa d e to le râ nc ia e lib e rd a d e , c o m 
a p e rmissã o d o livre c ulto c a tó lic o e p ro te sta n-
te . O o b je tivo e ra e vita r q ue ho uve sse c o nflito s 
e ntre o s se nho re s d e e ng e nho p o rtug ue se s 
d e sc e nd e nte s c a tó lic o s e a d ministra d o re s ho -
la nd e se s p ro te sta nte s; 
 Re e strutura ç ã o urb a na d a c id a d e d e O lind a , 
c o m a pavime nta ç ã o de rua s e ave nida s, b e m 
c o mo a c o nstruç ã o d e via s d e sa ne a me nto 
b á sic o na re g iã o ; 
 Urb a niza ç ã o d a Vila d e Ma uríc ia , q ue ma is 
ta rd e to rna ria a c id a d e d e Re c ife ; 
 Co ntro le d a s á re a s fo rne c e d o ra s d e mã o d e 
o b ra no c o ntine nte a fric a no , a fim d e d a r c o n-
tinuida de a o trá fic o ne g re iro pa ra a re g iã o no r-
de stina d e d o mínio ho la nd ê s. 
O fim do domínio hola ndê s c o me ç o u a o c o rre r d e -
p o is d e 1640, q ua nd o o s p o rtug ue se s fize ra m a Re sta u-
ra ç ã o d o tro no , c o lo c a nd o p o nto fina l na Uniã o Ib é ric a . 
Co m o fim d o d o mínio esp a nho l so b re Po rtug a l, e ra d o 
inte re sse d e le s re g ula riza r a situa ç ã o d a Co lô nia e m re -
la ç ã o à Me tró p o le . Alé m d isso , o e nvo lvime nto d a Ho -
la nd a c o m o s c o nflito s e uro p e us a fe to u sua s fina nç a s, 
fa ze nd o c o m q ue a p o lític a e c o nô mic a q ue , inic ia lme n-
te e ra c o nd e sc e nd e nte e m re la ç ã o a o s se nho re s d e 
e ng e nho , mud a sse p o r c o nta d a c rise . Ta l a titud e , so -
ma d a à d e missã o d e Na ssa u, p ro vo c o u re vo lta s e ntre o s 
se nho re s d e e ng e nho , o q ue le vo u à Insurre iç ã o Pe r-
na mbuc a na (1645- 1654). 
O mo vime nto a nte rio r le vo u à e xp ulsã o d o s ho la n-
d e se s d o no rd e ste b ra sile iro . Co m a a usê nc ia d e ste s, 
ho uve o iníc io d a d e c a d ê nc ia a ç uc a re ira no Bra sil. Já o s 
ho la nd e se s, c o m to d a a e xp e riê nc ia a d q uirid a p o r a q ui, 
c o me ç a ra m a d e se nvo lve r a p ro d uç ã o d o a ç úc a r na s 
Antilha s, a c a b a nd o c o m o mo no p ó lio q ue o Bra sil e xe r-
c ia a té e ntã o c o m a p ro d uç ã o e c o me rc ia liza ç ã o a ç u-
c a re ira . 
 
As Entradas e Bandeiras 
 
Os p rime iro s mo vime nto s d e inte rio riza ç ã o d o te rritó -
rio b ra sile iro o c o rre ra m c o m a s c ha ma d a s Entra da s e 
Ba nde ira s¸ e m p le no sé c ulo XVII. Esta s e xp e d iç õ e s p a rti-
ra m inic ia lme nte d a Ca p ita nia d e Sã o Vic e nte e m virtu-
d e d a d e c a d ê nc ia d a p ro d uç ã o a ç uc a re ira ne ste sé c u-
lo . 
Ap e sa r d o suc e sso inic ia l d o a ç úc a r e m Sã o Vic e nte , 
c o m o p a ssa r d o te mp o se u p la ntio e ntro u e m d e c a -
d ê nc ia no lo c a l p o r c a usa , d e ntre o utro s fa to re s, d a sua 
p o siç ã o g e o g rá fic a e m re la ç ã o a o no rd e ste . A d istâ nc ia 
re sulto u e m d ific uld a d e s d e c o munic a ç ã o c o m a me -
tró p o le , fa to q ue re sulto u numa p ro fund a c rise e c o nô -
mic a na re g iã o . Po r isso a lg uma s e xp e d iç õ e s sa íra m e m 
d ire ç ã o a o inte rio r d a c a p ita nia c o m o o b je tivo d e e n-
c o ntra r o uro . Fo i o q ue d e no mino u-se d e ba nde irismo de 
c a ç a a o ouro. 
Outro fa to r q ue p o ssib ilito u a inte rio riza ç ã o fo i a b us-
c a d e mã o d e o b ra ind íg e na p a ra so luc io na r o p ro b le -
ma d e e sc a sse z d e tra b a lha d o re s e sc ra vo s na s á re a s a o 
sul d a Ca p ita nia d a Ba ía d e To d o s o s Sa nto s. Essa e sc a s-
se z fo i p ro vo c a d a p e lo mo no p ó lio ho la nd ê s e m á re a s 
d o lito ra l a fric a no , c a na liza nd o o trá fic o ne g re iro p a ra 
Pe rna mb uc o . Este b a nd e irismo d e c a ç a a o índio ta m-
b é m p o d e se r c ha ma d o d e ba nde irismo de pre a ç ã o. 
Os d o is mo vime nto s re sulta ra m e m um imp o rta nte 
p ro c e sso d e e xp a nsã o d o te rritó rio b ra sile iro , ultra p a s-
sa nd o o s limite s d e c la ra d o s d o Tra ta d o d e To rd e silha s. A 
a tua ç ã o d o s b a nd e ira nte s le vo u a o a ta q ue d e ste s ho -
me ns a muita s missõ e s je suític a s, e m funç ã o d a mã o d e 
o b ra já d isc ip lina d a p e la c a te q ue se . 
O se rta nismo de c ontra to fo i o utro tip o d e mo vime n-
to b a nd e ira nte , ma s vo lta d o p a ra a c a p tura d e a fric a -
no s fug itivo s o u a q uilo mb a d o s. Muito s se nho re s d e e n-
g e nho no no rd e ste tive ra m p re juízo s c o m a fug a d e tra -
b a lha d o re s g e ra d a p e la d e so rg a niza ç ã o insta la d a na 
re g iã o e m funç ã o d a s g ue rra s c o ntra o s ho la nd e se s. Isto 
fe z c o m q ue a lg uns p ro p rie tá rio s re c o rre sse m a o s se rta -
nista s. A d e struiç ã o d o Quilombo de Pa lma re s, insta la d o 
no a tua l e sta d o d e Ala g o a s, na é p o c a Ca p ita nia d e 
Pe rna mb uc o , o c o rre u p o r inte rmé d io d a a tua ç ã o d e um 
b a nd e ira nte c ha ma d o Doming os Jorg e Ve lho. 
Imp o rta nte re ssa lta r a imp o rtâ nc ia d a s Entra d a s e 
Ba nd e ira s p a ra o c re sc ime nto d o te rritó rio b ra sile iro se m 
p e rd e r d e vista q ue ta is e xp e d iç õ e s a tua ra m d e fo rma 
muito vio le nta no a ta q ue a a ld e a me nto s ind íg e na s e 
q uilo mb o s. 
História do Brasil Teoria e Questões por Tópicos Prof.ª Mayra Paniago 
 
 
14 www.apostilasvirtual.com.br www.apostilasvirtual.com.br 
A sociedade colonial 
 
Na á re a no rd e stina d e p ro d uç ã o a ç uc a re ira a e stra -
tific a ç ã o so c ia l e ra fo rte me nte hie ra rq uiza d a . O mund o 
rura l se o rg a nizo u c o m b a se so b re um e strito p a tria rc a -
lismo . 
O patriarca, na liderança dos dois núcleos, cuidava dos negó-
cios, mantinha a linhagem e a honra familiar, procurando exercer 
sua autoridade sobre a mulher, os filhos e demais dependentes sob 
sua influência. Com freqüência, o filho mais velho herdava o patri-
mônio (primogenitura), enquanto seus irmãos eram encaminhados 
aos estudos para se tornar bacharéis em Direito, médicos ou padres. 
Ligados ainda à família patriarcal ou sob sua influência, por razões 
econômicas, políticas ou laços de compadrio, estavam os vizinhos: 
sitiantes, lavradores, gente que mantinha laços de dependência e 
solidariedade para com o chefe da família. 
 
BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História; das cavernas ao terceiro milênio. Da 
conquista da América ao século XIX. São Paulo: Moderna, 2005, p. 146. 
Ne sta á re a a ç uc a re ira , a re la ç ã o e ntre o s ind ivíd uo s 
p e rte nc e nte s a e tnia s d ife re nte s e ra b a se a d a e m fo rte 
p re c o nc e ito d o s e uro p e us so b re o s a fric a no s e se us d e s-
c e nd e nte s. Inc lusive a s mulhe re s a fric a na s e ra m a sse d i-
a d a s se xua lme nte p e lo s se us se nho re s, p re sta nd o -lhe s 
fa vo re s se xua is. De sta s re la ç õ e s fo ra d o c a sa me nto na s-
c ia m c ria nç a s me stiç a s q ue , d ific ilme nte e ra m re c o nhe -
c id a s p e lo la d o e uro p e u d o re la c io na me nto . Sã o e ste s 
ind ivíd uo s q ue fa rã o , d ura nte o p e río d o e m q ue vig o ro u 
a e sc ra vid ã o no Bra sil, o p a p e l d e fe ito re s o u c a p itã o d o 
ma to . 
No â mb ito urb a no , a té me smo e m c id a d e s d o no r-
d e ste c o mo Sa lva d o r o u O lind a , tra b a lha d o re s e sc ra vi-
za d o s o u e sc ra viza d a s e xe c uta va m tra b a lho s ma is le ve s 
d o q ue se us c o mp a nhe iro s d o mund o rura l. Inc lusive a 
vid a útil d e um tra b a lha d o ra d o e ito e ra d e , e m mé d ia 
d e 10 o u a té 15 a no s d e tra b a lho . Na c id a d e s, muito s 
tra b a lha d o re s c he g a va m a e nve lhe c e r e xe rc e nd o o fí-
c io s d e ve nd e d o re s a mb ula nte s, p ro stituta s, a ma s d e le i-
te , d e ntre o utro s. No s e ng e nho s muito tra b a lha d o s e ra m 
e xe c uta d o s p o r a fric a no s d e sd e o s tra b a lho s b ra ç a is a té 
tra b a lho s d o mé stic o s. 
Na s re g iõ e s d a s mina s d e e xtra ç ã o d e o uro e d ia -
ma nte , a mo b ilid a d e e ra ma io r, c he g a nd o inc lusive a 
situa ç õ e s e m q ue a lg uns tra b a lha d o re s e sc ra viza d o s 
c o nse g uia m c o mp ra r sua s c a rta s d e a lfo rria . No e nta nto , 
a vid a útil d e um tra b a lha d o r na mine ra ç ã o d ific ilme nte 
ultra p a ssa va a 07 a no s. A inva lid e z c he g a va b e m c e d o . 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS DE CONCURSOS E VESTIBULARES 
 
1. [Solda do- (T1)- PM- BA/ 2009- FCC].(Q .32) Ana lise o te xto . 
Nã o e ra p o ssíve l e xp lo ra r a c o lô nia se m, d e c e rto 
mo d o , d e se nvo

Mais conteúdos dessa disciplina