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11/08/2021 1 FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE MECÂNICA DOS SOLOS CURSO: Engenharia Civil DOCENTE: Marcos Antonio da Silva TENSÕES NOS SOLOS DEVIDO AO PESO PRÓPRIO 2 1 2 11/08/2021 2 Notas Introdutórias ▰ De acordo com a ABNT (associação Brasileira de Normas Técnicas), a unidade principal de força é o Newton, que vale algo entorno de 0,1 kgf. ▰ Adotaremos ao longo do curso as seguintes conversões de unidades: 1 N = 0,1kgf 1 tfm = 10 KNm 10 N = 1 kgf 1 tf = 10 KN = 1.000 kgf 1 KN = 100 kgf 100 kgf/cm² = 1KN/cm² 1 MPa = 10 Kgf/cm² 1KN/m³ = 100 kgf/m³ K (quilo) = 1.000 = 10³ 1 MPa = 10 kgf/cm² = 1.000 kgf/m² = 100 tf/m² M (mega) = 1.000.000 = 106 1 KPa = 1KN/m² G (giga) = 1.000.000.000=109 Por razões práticas: 1 kgf = 9,8N ~ 10 N 3 Forças Aplicadas ▰ O solo é um sistema descontínuo de partículas, entre as quais há vazios que podem estar total ou parcialmente preenchidos com água. ▰ As forças aplicadas aos solos são transmitidas de partícula a partícula de solo, e uma parcela destas é suportada pela água existente nos vazios. Vazios: água e/ou ar Partículas sólidas 4 3 4 11/08/2021 3 Tensões em um Meio Particulado ✓ As FORÇAS APLICADAS são transmitidas de partícula a partícula de forma complexa e dependem do tipo de mineral ✓ No caso de PARTÍCULAS MAIORES, em que as três dimensões ortogonais são aproximadamente iguais, como são os grãos de silte e de areia, a transmissão de forças se faz através do contado direto mineral a mineral. 5 No caso de PARTÍCULAS DE MINERAL ARGILA sendo elas em número muito grande, as forças em cada contato são muito pequenas e a transmissão pode ocorrer através da água quimicamente adsorvida. ▰ Em qualquer caso, entretanto, a transmissão se faz nos contatos e, portanto, em áreas muito reduzidas em relação a área total envolvida. ÁGUA ADSORVIDA: água presente na superfície das partículas sólidas, atraída pela carga elétrica superficial, formando uma película fortemente aderida a cada partícula. 6 Tensões em um Meio Particulado 5 6 11/08/2021 4 ▰ Um corte plano numa massa de solo interceptaria grãos e vazios e, só eventualmente alguns contatos. Considere-se, porém, que tenha sido possível colocar uma placa plana no interior do solo como mostra a Figura. ▰ Diversos grãos transmitirão forças à placa, forças estas que podem ser decompostas em FORÇAS NORMAIS E TANGENCIAIS à superfície da placa. Como é impossível desenvolver modelos matemáticos com base nestas inúmeras forças, a sua ação é substituída pelo conceito de Tensão em um meio particulado. 7 Tensões em um Meio Particulado ▰ O somatório das componentes normais ao plano, dividido pela área total que abrange as partículas em que estes contatos ocorrem, é definido como tensão normal: ▰ O somatório das componentes tangenciais ao plano, dividido pela área total que abrange as partículas em que estes contatos ocorrem, é definido como tensão cisalhante: Ressalta-se que as tensões assim definidas são muito menores do que as tensões que ocorrem nos contatos reais entre as partículas. 𝜎 = Σ𝑁 á𝑟𝑒𝑎 𝜏 = Σ𝑇 á𝑟𝑒𝑎 8 Tensões em um Meio Particulado 7 8 11/08/2021 5 TENSÕES NOS SOLOS Tensões Verticais 9 Tensões Devidas ao Peso Próprio Tensões nos solos: Peso próprio Sobrecargas aplicadas Na análise do comportamento dos solos, as tensões devidas ao peso próprio têm valores consideráveis, e não podem ser desconsideradas. Quando a superfície do terreno é horizontal, aceita-se intuitivamente, que a tensão atuante num plano horizontal a uma certa profundidade seja normal ao plano. De fato, estatisticamente, as componentes das forças tangenciais ocorrentes em cada contato tendem a se contrapor, anulando a resultante. AREIA ARGILA SILTE P 10 9 10 11/08/2021 6 Num plano horizontal, ACIMA DO NÍVEL DE ÁGUA, como o plano A, atua o peso de um prisma de terra definido por este plano. O peso do prisma dividido pela área, indica a tensão vertical total: 𝜎𝑉 = 𝛾. 𝑉 á𝑟𝑒𝑎 = 𝛾. (á𝑟𝑒𝑎 × 𝑍𝐴) á𝑟𝑒𝑎 = 𝛾. 𝑧𝐴 Se o solo for constituído por diferentes camadas, a tensão vertical resulta do somatório do efeito das diversas camadas: 𝜎𝑖 = 𝑖=1 𝑛 𝛾𝑖 . 𝑧𝑖 A 11 Tensões Verticais Considere, na figura, o plano B (ABAIXO DO NÍVEL D’ÁGUA) situado na profundidade zB. A tensão total no plano B será: A água, abaixo do NA, estará sob uma pressão, denominada POROPRESSÃO (u), igual a: 𝜎𝑣 = 𝛾. 𝑧𝐵 Considerando o mesmo g acima e abaixo do NA 𝑢 = 𝛾𝑤. (𝑧𝐵 − 𝑧𝑤) Altura da coluna de água acima do ponto considerado B 12 Tensões Verticais 11 12 11/08/2021 7 TENSÕES NOS SOLOS Princípio das Tensões Efetivas 13 Princípio das Tensões Efetivas Ao notar a natureza das forças atuantes, Terzaghi identificou que a tensão normal total em um plano qualquer deve ser a soma de 2 parcelas: (1) Tensão transmitida pelos contatos entre partículas: Tensão efetiva (s’) (2) Pressão da água: poropressão (u) Princípio das Tensões Efetivas: 𝜎 = 𝜎′ + 𝑢 ⇒ 𝜎′ = 𝜎 − 𝑢 Todos os efeitos mensuráveis resultantes de variações de tensões nos solos, como compressão, distorção e resistência ao cisalhamento são devidos a variações de tensões efetivas 14 13 14 11/08/2021 8 a) Esponja imersa em água: NA coincidente com o topo da esponja b) Aplica-se um peso sobre a esponja de 10N. Neste caso, o acréscimo de tensão será igual a 1kPa (10N/0,01m2). As tensões no interior da esponja serão majoradas deste valor e ela se deformará expulsando a água dos vazios, com isso Therzagui notou que o ACRÉSCIMO DE TENSÕES FOI EFETIVO Compreensão do Conceito: esponja PESO = 10N 10cm 15 Princípio das Tensões Efetivas 10 cm 10cm 10 cm c) O NA foi elevado de 10cm, provocando um acréscimo de tensão igual a 1kPa. As tensões no interior da esponja seriam majoradas deste mesmo valor. No entanto, a esponja não se deforma, então, Therzagui notou que o ACRÉSCIMO DE TENSÕES FOI NEUTRO. Compreensão do Conceito: esponja PESO = 10N 10cm 10cm 16 Princípio das Tensões Efetivas 15 16 11/08/2021 9 Compreensão do Conceito: esponja PESO = 10N 10cm A A A 𝜎𝑉𝐴 = 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎 . 0,10𝑚 𝑢𝐴 = 𝛾𝑤. 𝑧𝑤 = 10.0,10 = 1𝑘𝑁/𝑚2 𝜎′𝐴 = 0,10. 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎 − 1 𝜎𝑉𝐴 = 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎 . 0,10𝑚 + 1𝑘𝑃𝑎 𝑢𝐴 = 𝛾𝑤. 𝑧𝑤 = 1𝑘𝑁/𝑚2 𝜎′𝐴 = 0,10. 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎 s’ varia! 𝜎𝑉𝐴 = 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎. 0,10𝑚+ 1𝑘𝑃𝑎 𝑢𝐴 = 𝛾𝑤. 𝑧𝑤 = 10.0,20 = 2𝑘𝑁/𝑚2 𝜎′𝐴 = 0,10. 𝛾𝑒𝑠𝑝𝑜𝑛𝑗𝑎 − 1 s’ não varia! 17 Princípio das Tensões Efetivas TENSÕES NOS SOLOS Tensões Horizontais 18 17 18 11/08/2021 10 As tensões efetivas horizontais e verticais são relacionadas genericamente em forma de uma razão denominada coeficiente de empuxo k: 𝑘 = 𝜎′ℎ 𝜎′𝑣 No estado geostático de tensões considera-se que não ocorre deformação horizontal (eH = 0). Neste caso, utiliza-se “coeficiente de empuxo no repouso” denotado por ko. O coeficiente de empuxo no repouso (ko) é característico de cada solo. Assim: 𝑘𝑜 = 𝜎′ℎ 𝜎′𝑣 19 Tensões Horizontais A partir de ko, pode-se determinar a tensão efetiva horizontal em um ponto da massa de solo em repouso: 𝜎′ℎ = 𝑘𝑜. 𝜎′𝑣 A tensão horizontal total é obtida a partir da soma da tensão efetiva horizontal e da poropressão: 𝜎ℎ = 𝜎′ℎ + 𝑢 Como a poropressão (u) é uma tensão normal e igual em todas as direções, a razão entre poropressão horizontal e vertical é igual a 1 (um). 20 Tensões Horizontais 19 20 11/08/2021 11 TENSÕES NOS SOLOS Exercícios 21 Um terreno é constituído de uma camada de areia fina fofa (gn = gsat = 17kN/m3), com 3m de espessura, acima de uma camada de areia grossa compacta, com gn = gsat = 19kN/m3 e espessura de 4m. O nível d’água se encontra a 1m de profundidade. Calcule as tensões verticais e horizontais (ko = 0,30) no contato entre a areia e o solo de alteração de rocha. Considere que a areia acima do NA apresenta Grau de Saturação (S) = 85% e Densidade das Partículas (Gs)= 2,65. 22 Exercícios 21 22 11/08/2021 12 Calcule as tensões verticais e horizontais (ko = 0,30) no contato entre a areia e o solo de alteração de rocha. Considere que a areia acima do NA apresenta Grau de Saturação (S) = 85% e Densidade das Partículas (Gs) = 2,65. 23 Exercícios A 1 2 3 17 = 2,65+𝑒 1+𝑒 × 10 →17+17e = 26,5 + 10e 17e−10e = 26,5 − 17 →7e = 9,5 → 𝑒 = 1,36 0,85 × 1,36 = 2,65 × 𝑤 → 𝑤 = 0,44 = 44% 𝛾𝑛𝑎𝑡 = 2,65 × (1 + 0,44) 1 + 1,36 × 10 = 16,17 𝑘𝑁/𝑚³ 𝛾𝑛𝑎𝑡 = 16,17 𝑘𝑁/𝑚³ 24 Exercícios A 𝛾𝑛𝑎𝑡 = 16,17 𝑘𝑁/𝑚³ 𝜎𝑣 =𝛾 × 𝑧 = 16,17 × 1 + 17 × 2 + 19 × 4 1 - Cálculo da Tensão Vertical Total no ponto A 1m areia fina natural 2m areia fina saturada 4m areia grossa saturada 𝜎𝑣 = 126,17 𝑘𝑁/𝑚² 2 - Cálculo da Poropressão no ponto A 𝑢 = 𝛾𝑤 × 𝑧𝑤 = 10 × 7 − 1 = 10 × 6 = 60 𝑘𝑁/𝑚² Zw 3 - Cálculo da Tensão Vertical Efetiva no ponto A 𝜎′𝑣 = 𝜎𝑣 − 𝑢 = 126,17 − 60 = 66,17 𝑘𝑁/𝑚² 4 - Cálculo da Tensão Horizontal Efetiva no ponto A 𝜎′ℎ = 𝑘0 × 𝜎′𝑣 = 0,30 × 66,17 = 19,85 𝑘𝑁/𝑚² 5 - Cálculo da Tensão Horizontal Total no ponto A 𝜎ℎ = 𝜎′ℎ + 𝑢 = 19,85 + 60 = 79,85 𝑘𝑁/𝑚² 23 24 11/08/2021 13 Para as obras de escavação de um túnel, considere o perfil geotécnico abaixo. Os valores das tensões efetivas, em kPa, nos pontos A, B e C são, respectivamente, A) 32,5; 66,5 e 100,5. B) 24,0; 66,5 e 140,5 C) 32,0; 66,0 e 140,0 D) 24,0; 34,0 e 74,0. E) 32,5; 66,0 e 74,0. Dados: - Peso específico natural da areia cinza = 16,0 kN/m3 - Peso específico da argila acima do nível d’água (NA) = 17,0 kN/m3 - Peso específico saturado da argila = 18,5 kN/m3 - Peso específico saturado da areia siltosa cinza = 19,5 kN/m3 25 Exercícios Para as obras de escavação de um túnel, considere o perfil geotécnico abaixo. gnat= 16,0 kN/m3 26 Exercícios gnat= 17,0 kN/m3 gsat= 18,5 kN/m3 gsat= 19,5 kN/m3 h1=1,5m h2=2,5m h3=4,0m h4=7,0m sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical PONTO A sva=Sg.h= 1,5 . 16 + 0,5 . 17 = 32,5 kN/m² (kPa) Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw = 10 . 0 = 0 s’ va = sva-u = 32,5-0=32,5 kPa Tensão Efetiva Vertical 25 26 11/08/2021 14 Para as obras de escavação de um túnel, considere o perfil geotécnico abaixo. gnat= 16,0 kN/m3 27 Exercícios gnat= 17,0 kN/m3 gsat= 18,5 kN/m3 gsat= 19,5 kN/m3 h1=1,5m h2=2,5m h3=4,0m h4=7,0m PONTO C sva=Sg.h= 1,5 . 16 + 2,5 . 17 + 4,0 . 18,5 = 140,5 kPa Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw = 10 . 4 = 40 kPa s’v = sv-u = 140,5 - 40=100,5 kPa Tensão Efetiva Vertical PONTO B svb=Sg.h= 1,5 . 16 + 2,5 . 17 = 66,5 kPa Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw = 10 . 0 = 0 s’ vb = sv-u = 66,5 - 0= 66,5 kPa Tensão Efetiva Vertical A figura apresenta um perfil geotécnico com três camadas de solo. Considerando o ponto médio da Camada 2. os valores de poropressão e tensão vertical total são, respectivamente: A) 35 kPa e 66 kPa; B) 55 kPa e 145 kPa: C) 85 kPa e 60 kPa; D) 35 kPa e 101 kPa E) 55 kPa e 60 kPa. Nota: adote peso específico da água =10 kN/m³ 28 Exercícios 27 28 11/08/2021 15 De acordo com Karl Terzaghi, a tensão normal total aplicada em um plano qualquer em um solo saturado decorrente das forças que agem nele, como por exemplo, devido ao peso de uma estrutura, é a soma de duas parcelas: a poropressão e a tensão efetiva. Acerca desse assunto, assinale a alternativa CORRETA. a) Os efeitos mensuráveis causados pelas variações de tensões nos solos, como deformações, adensamento, resistência ao cisalhamento etc. são devidos a variações na tensão total do solo. b) A tensão efetiva é aquela que é transmitida pela fase líquida. c) A tensão efetiva é aquela que é transmitida juntamente pela fase líquida e pelos contatos entre os grãos do solo. d) A poropressão é aquela que é transmitida pelos contatos entre os grãos do solo. e) A tensão efetiva é aquela que é transmitida pelos contatos entre os grãos do solo. 29 Exercícios Um solo argiloso de baixada apresenta um valor de coeficiente de empuxo no repouso de 0,8. Assinale a opção que indica o valor da tensão total horizontal, na profundidade de 8m, do perfil do solo argiloso da figura a seguir. A) 63 kN/m² B) 153 kN/m² C) 50,4 kN/m² D) 110,4 kN/m² E) 123,2 kN/m² 30 Exercícios 0,0 -2,0 -10,0 -8,0 29 30 11/08/2021 16 31 Exercícios 0,0 -2,0 -10,0 -8,0 6m sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical s’h = s’v . ko Tensão Efetiva Horizontal sh = s’h + u Tensão Total Horizontal K0=0,8 PONTO -8,0m sv8=Sg.h= 15,0 . 2 + 15,5 . 6 = 123 kN/m² (kPa) Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw = 10 . 6 = 60 kPa s’ va = sva-u = 123 – 60 = 63 kPa Tensão Efetiva Vertical s’h = s’v . Ko = 63 . 0,8 = 50,4 kPa Tensão Efetiva Horizontal sh = s’h + u = 50,4 + 60 = 110,4 kPa Tensão Total Horizontal 32 Exercícios Uma camada de argila saturada com 4 m de espessura está abaixo de 5m de areia e o lençol de água está 3m abaixo da superfície. Os pesos específicos saturados da argila e da areia são 19 e 20KN/m³, respectivamente; acima do lençol de água, o peso específico da areia é 17kN/m³. Faça um gráfico que mostre a variação dos valores da tensão vertical total e da tensão vertical efetiva em relação à profundidade. 31 32 11/08/2021 17 33 Exercícios Uma camada de argila saturada com 4 m de espessura está abaixo de 5m de areia e o lençol de água está 3m abaixo da superfície. Os pesos específicos saturados da argila e da areia são 19 e 20KN/m³, respectivamente; acima do lençol de água, o peso específico da areia é 17kN/m³. Faça um gráfico que mostre a variação dos valores da tensão vertical total e da tensão vertical efetiva em relação à profundidade. N.T. 0,0 -5,0 Areia Argila -9,0 5,0 4,0 -3,0N.A. 3,0 2,0 gnat= 17,0 kN/m3 gsat= 20,0 kN/m3 gsat= 19,0 kN/m3 A B C D sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical 34 Exercícios Faça um gráfico que mostre a variação dos valores da tensão vertical total e da tensão vertical efetiva em relação à profundidade. sv=Sg.h = 0 Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 0 s’v = sv-u = 0 Tensão Efetiva Vertical PONTO A z (m) sv (kPa) s’v (kPa) sv=Sg.h = 17 . 3 sv= 51 kPa Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 0 s’v = sv-u = 51 kPa Tensão Efetiva Vertical PONTO B sv=17 . 3 + 20 . 2 sv= 91 kPa Tensão Total Vertical Poropressão u = gw . Hw u = 10 . 2 u= 20 kPa Tensão Efetiva Vertical PONTO C s’v = 91-20 = 71 kPa sv=17 . 3 + 20 . 2 + 19 . 4 sv= 167 kPa Tensão Total Vertical Poropressão u = gw . Hw u = 10 . 6 u= 60 kPa Tensão Efetiva Vertical PONTO D s’v = 167-60 = 107 kPa 33 34 11/08/2021 18 35 Exercícios Faça um gráfico que mostre a variação dos valores da tensão vertical total e da tensão vertical efetiva em relação à profundidade. z (m) sv (kPa) s’v (kPa) 51 91 71 167 107 u u 36 Exercícios Determine a distribuição de tensão total horizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. 35 36 11/08/2021 19 37 Exercícios Determine a distribuição de tensão total horizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . ko sh = s’h + u A 0,0 B -1,0 C -2,0 D - 7,0 E - 10,0 3m sv=Sg.h = 0 Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 0 s’v = sv-u = 0 Tensão Efetiva Vertical PONTO A Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . Ko = 0 sh = s’h + u = 0 sv=Sg.h = 17,5 . 1 Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 0 s’v = sv-u = 17,5 kPa Tensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . Ko = 17,5 . 0,5 sh = s’h + u = 8,75 + 0 = 8,75 kPa PONTO B sv=Sg.h = 17,5 kPa s’h = s’v . Ko = 8,75 kPa 38 Exercícios Determine a distribuição de tensão totalhorizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . ko sh = s’h + u A 0,0 B -1,0 C -2,0 D - 7,0 E - 10,0 3m PONTO C sv=Sg.h = 17,5 . 1 + 18,5 . 1 = 36 kPaTensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 10 . 1 = 10 kPa s’v = sv-u = 36 – 10 = 26 kPaTensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal (↑) Tensão Total Horizontal (↑) s’h = s’v . Ko = 26 . 0,5 = 13 kPa sh = s’h + u = 13 + 10 = 23 kPa s’h = s’v . Ko = 8,75 kPa Tensão Efetiva Horizontal (↓) s’h = s’v . Ko = 26 . 0,65 = 16,9 kPa Tensão Total Horizontal (↓) sh = s’h + u = 16,9 + 10 = 26,9 kPa 37 38 11/08/2021 20 39 Exercícios Determine a distribuição de tensão total horizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . ko sh = s’h + u A 0,0 B -1,0 C -2,0 D - 7,0 E - 10,0 3m PONTO D sv=Sg.h = 17,5 . 1 + 18,5 . 1 + 16 . 5 = 116 kPaTensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 10 . 6 = 60 kPa s’v = sv-u = 116 – 60 = 56 kPaTensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal (↑) Tensão Total Horizontal (↑) s’h = s’v . Ko = 56 . 0,65 = 36,4 kPa sh = s’h + u = 36,4 + 60 = 96,4 kPa s’h = s’v . Ko = 8,75 kPa Tensão Efetiva Horizontal (↓) s’h = s’v . Ko = 56 . 0,60 = 33,6 kPa Tensão Total Horizontal (↓) sh = s’h + u = 33,6 + 60 = 93,6 kPa 40 Exercícios Determine a distribuição de tensão total horizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. sv=Sg.h Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . hw s’v = sv-u Tensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . ko sh = s’h + u A 0,0 B -1,0 C -2,0 D - 7,0 E - 10,0 3m PONTO E sv=Sg.h = 17,5 . 1 + 18,5 . 1 + 16 . 5 + 16,5 . 3 Tensão Total Vertical Poropressão u= gw . Hw = 10 . 9 = 90 kPa s’v = sv-u = 165,5 – 90 = 75,5 kPaTensão Efetiva Vertical Tensão Efetiva Horizontal Tensão Total Horizontal s’h = s’v . Ko = 75,5 . 0,6 = 45,3 kPa sh = s’h + u = 45,3 + 90 = 135,3 kPa s’h = s’v . Ko = 8,75 kPa sv=165,5 kPa 39 40 11/08/2021 21 41 Exercícios Determine a distribuição de tensão total horizontal no perfil abaixo, até 10m de profundidade. A 0,0 B -1,0 C -2,0 D - 7,0 E - 10,0 3m z (m) sh (kPa) 8,75 23,0 26,9 96,4 93,6 135,3 TENSÕES NOS SOLOS Capilaridade 42 41 42 11/08/2021 22 Capilaridade Franja de capilaridade: é a região mais próxima ao nível d’água do lençol freático, onde a umidade é maior devido à presença da zona saturada logo abaixo. 43 A altura capilar que a água alcança em um solo se determina, considerando sua massa como um conjunto de tubos capilares, formados pelo seus vazios, sendo que estes tubos são irregulares e informes. Conjunto de tubos capilares (Caputo, 2000) 44 Capilaridade 43 44 11/08/2021 23 No exemplo ao lado vemos que o solo superficial é uma areia fina, cuja a ascensão capilar foi igual a um metro. A água tende a subir por capilaridade e toda faixa superior ao N.A. poderá estar saturada, com água em estado capilar. A relação geral entre a tensão total, tensão efetiva e poropressão é dada por: 𝜎′ = 𝜎 − 𝑢 A poropressão em um ponto de solo saturado pela ascensão capilar é igual a: 𝑢 = −𝛾𝑤. ℎ Onde: h = altura do ponto considerado, medida a partir do lençol freático. Tensões no subsolo, considerando as tensões capilares (PINTO, 2000) 45 Capilaridade -4 -3 -2 -1 0 𝜎′ 19 10 NA 37 𝜎𝑉0 = 19 × 0 = 0 𝑢0 = −𝛾𝑤. 𝑧𝑤 = −10 × 1 = −10𝑘𝑁/𝑚2 𝜎′𝑉0 = 0 − (−10) = 10𝐾𝑁/𝑚2 𝜎𝑉1 = 19 × 1 = 19𝐾𝑁/𝑚2 𝑢1 = 𝛾𝑤. 𝑧𝑤 = 10 × 0 = 0 𝜎′𝑉1 = 19 − (0) = 19𝐾𝑁/𝑚2 𝜎𝑉3 = 19 × 3 = 57𝐾𝑁/𝑚2 𝑢3 = 10 × 2 = 20𝐾𝑁/𝑚2 𝜎′𝑉3 = 57 − 20 = 37𝐾𝑁/𝑚2 Neste caso, ocorre aumento da tensão efetiva na camada acima do Nível D’água. 46 Capilaridade TENSÕES NO NÍVEL DO TERRENO (Z=0) TENSÕES NO NÍVEL D’ÁGUA (Z=1m) TENSÕES NA DIVISA ENTRE AREIA E SILTE (Z=3m) 45 46 11/08/2021 24 Como podemos ver a pressão neutra varia linearmente, desde zero na cota do nível d’água até o valor negativo na superfície, correspondente à diferença de cota. Portanto a camada superior, de 1 m, não está seca, a tensão efetiva passa a ser de 10kN/m2 e não nula. Como a resistência das areias é diretamente proporcional à tensão efetiva, a capilaridade confere a este terreno uma sensível resistência na superfície. 47 Capilaridade -4 -3 -2 -1 0 𝜎′ 19 10 NA 37 ▰ Considere o perfil geotécnico abaixo. A. 13 − 69 − 181. B. 53 − 69 − 101. C. 13 − 29 − 101. D. 53 − 0 − 181. E. -33 − 69 − 141. Sabendo-se que a argila siltosa encontra-se saturada por capilaridade acima do nível da água (NA), os valores das tensões efetivas nos pontos A, B e C são, respectivamente, em kPa, 48 Exercício sobre Capilaridade 47 48 11/08/2021 25 49 ENCONTRO PELO APLICATIVO MICROSOFT TEAMS E fique por dentro de tudo o que acontece no UGB/FERP @ugbferp 50 49 50