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“A encenação nos Performances Studies: 
Algumas Questões”
(PAVIS, 2013, p. 9)
Excerto do livro “A Encenação Contemporânea”, de Patrice Pavis
Luis Guilherme Barbosa dos Santos
Mestrando do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Performances Culturais - UFG
“(...) os performances studies
imaginaram recolocar os espetáculos
num conjunto (mais que uma teoria,
senão no raro sentido de desfile de
pessoas e coisas), num desfile de
manifestações espetaculares”. (PAVIS,
2013, p. 6).
“A oposição entre espetáculo e ação
performativa (ritual, cerimônia e jogo)
choca-se com a dificuldade de separar a
estética e a antropologia”. (PAVIS, 2013,
p. 6).
Patrice Pavis (1947-). Professor de Teorias do Teatro. 
Patrice Pavis. Fonte: http://www.critical-stages.org/12/performance-reviews-international-reviewing/
“(...) não se trata absolutamente de reconstituir a gênese da
representação, como pensa a genética dos espetáculos, mas
sim emitir uma hipótese sobre o seu funcionamento ou, pelo
menos, do seu sentido, de abrir uma negociação entre o
objeto percebido e o sujeito que percebe”. (PAVIS, 2013, p. 6)
“(...) mas, antes de tudo, da construção ou reconstrução que
efetuamos a partir de alguns índices que nos ajudam a
imaginar sua forma e seu funcionamento”. (PAVIS, 2013, p. 7)
“Segundo a definição de Richard Schechner, ‘não importa qual é a ação enquadrada,
oferecida, sublinhada ou exposta numa performance’. Para os espetáculos trata-se, mais
especificamente de um showing doing, de mostrar aquilo que um indivíduo ou um grupo
faz para provocar a atenção de no mínimo um espectador”. (PAVIS, 2013, p. 7)
O querer mostrar indica que a ação não tem um objetivo apenas utilitário (‘performar’
uma cerimônia, um ritual), mas que é ficcional e estética, estando à procura do belo”.
(PAVIS, 2013, p. 7)
O querer mostrar indica que a ação não tem um objetivo apenas utilitário (‘performar’
uma cerimônia, um ritual), mas que é ficcional e estética, estando à procura do belo”.
(PAVIS, 2013, p. 7)
“Neste livro justapomos vários objetos pouco compatíveis, aos
quais correspondem a diferentes tipos de performance:
• a leitura cênica, tomada como uma não-encenação;
• a performance, invenção dos anos de 1960;
• o “pôr em jogo” de textos criados para o palco;
• a performance etnográfica de um oh!;
• a criação de espetáculos contemporâneos na Coreia;
• o espetáculo que faz apelo a diversas mídias;
• a representação desconstruída;
• a dramaturgia do ator”. (PAVIS, 2013, p. 7).
“A dificuldade é mixar não somente os espetáculos, mas os
métodos de análise, os olhares e, sobretudo, as
epistemologias desses métodos. Um triplo movimento deve
ser levado em conta: a transferência para o espectador de
competências para 1. a análise, especialmente
fenomenológica; 2. a faculdade de descrever as formas e as
redes de signos graças à semiologia. 3. a desconstrução, de
inspiração derridiana, para apreender a estratégia de uma
encenação, o percurso em ‘destinerrância’ de quem olha”.
(PAVIS, 2013, p. 8).
“(...) a performance (...) Ela é a outra encenação, o seu duplo,
aquela que não se deixa traduzir por si mesma, o que
permanece incompatível. É preciso, também, que se confie
em que a profecia de Schechner não se realizará nunca, pois ‘a
maldição da Torre de Babel está a ponto de se tornar velha
história’. Exatamente porque uma produção cultural não é
traduzível, ou redutível a uma outra, é que devemos procurar
os meios específicos para analisá-la, sem necessariamente
ceder ao relativismo ou ao particularismo, sem renunciar a
um mínimo de cientificidade”. (PAVIS, 2013, p. 9).
Referência
PAVIS, Patrice. A encenação contemporânea. São Paulo:Perspectiva, 2013.

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