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ANATOMIA DO CORPO HUMANO E FISIOLOGIA DO 
APARELHO DIGESTÓRIO 
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SUMÁRIO 
1. NOSSA HISTÓRIA ........................................................................................................................ 2 
2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3 
3. ANATOMIA HUMANA ................................................................................................................. 6 
a. Níveis De Organização Estrutural Do Corpo Humano........................................................... 9 
b. Sistemas ............................................................................................................................11 
c. Anatomia Aplicada à Clínica: Antropometria na Avaliação Nutricional ...............................18 
4. SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO ...............................................................................................21 
a. Morfologia do Estomago....................................................................................................23 
1.1.1 Célula Parietal Ou Oxíntica .........................................................................................24 
1. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................25 
 
 
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1. NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. INTRODUÇÃO 
 
A Anatomia é a ciência que estuda a constituição e o desenvolvimento macro 
e microscópicos dos seres vivos. A palavra Anatomia foi primeiramente usada por 
Aristóteles, e vem do grego anatome, sendo que “ana” quer dizer “através de” e “tome” 
significa “corte”. 
Os conhecimentos anatômicos são imprescindíveis para o profissional da área 
de saúde, o qual irá lidar, por toda a sua vida profissional, com o corpo humano. A 
Anatomia é a base para o entendimento de outras disciplinas fundamentais, como a 
Fisiologia, a Patologia e a Clínica, por exemplo. Por vezes, os estudantes somente 
percebem a devida importância da Anatomia ao se deparar ao lado de um leito com 
seu paciente. 
Pode-se dizer que a Anatomia cada vez mais, ao longo da história do estudo 
médico, passou a ser vista como central, visto que é por ela que se aprende a 
constituição natural e a regra geral, antes de lidar com os vários desvios dessa regra. 
Por isso, o "fim" da arte da anatomia seria o mesmo que o "fim" da arte da medicina. 
O atual progresso da medicina e da cirurgia acabou levando ao exagero da 
minúcia anatômica, quando o próprio cirurgião, já formado e experiente, tem retornado 
aos laboratórios de Anatomia a fim de sanar dúvidas a respeito de pormenores 
anatômicos para sua melhor atuação profissional. O laboratório de dissecação visa ao 
desenvolvimento de habilidades espaciais que permitam que os futuros clínicos 
interajam com futuros radiologistas e cirurgiões, sabendo explicar os resultados de 
exames de imagem. 
A abordagem do sistema digestório propiciará o conhecimento da estrutura e 
função de seus órgãos dentro da unidade do corpo humano e como eles respondem 
a alterações ambientais normais. A sensação de fome, o prazer da alimentação, a 
atividade ao ar livre, o esporte e a diversão são apresentados como condição 
fundamental para a qualidade de vida. 
Os seres vivos são constituídos de células, alguns são unicelulares (formados 
por uma única célula) e outros são multicelulares (apresentam várias células), como 
os seres humanos. Nestes, as células são organizados de forma a constituir os tecidos 
e estes os sistemas do organismo que apresentam suas particularidades. 
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O sistema digestório, por exemplo, é responsável pela obtenção e distribuição 
de nutrientes necessários a manutenção do metabolismo e, consequentemente, da 
vida do organismo. O sistema digestório é um conjunto de órgãos formado pela boca, 
faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, ânus, glândulas salivares, 
fígado e pâncreas. 
Estes, por sua vez, são formados por um conjunto organizado de células 
especializadas responsáveis pela transformação do alimento obtido, liberando a 
energia e os constituintes moleculares necessários ao corpo multicelular. 
Na boca se inicia o processo de digestão, onde, durante a mastigação, o 
alimento é triturado pela ação dos dentes, umedecido e digerido pela saliva, produzida 
pelas glândulas salivares. Na saliva encontra-se a enzima alfa amilase ou ptialina, que 
é responsável pela digestão parcial dos carboidratos. 
A digestão continua no estômago, órgão formado por células que produzem 
enzimas, como a pepsina que digere compostos orgânicos constituídos de proteínas. 
No estômago ocorre também a produção do ácido clorídrico sem o qual não se forma 
a pepsina, função esta que é exercida pelas células especializadas, parietais ou 
oxínticas, foco desta unidade didática. 
A digestão se completa no intestino delgado, de tal forma que os alimentos são 
reduzidos a pequenas moléculas para então serem absorvidos. Assim, se propõe, 
com o uso de atividades lúdicas, analisar a morfologia da célula parietal, sua 
organização tecidual e funcionalidade no desempenho digestório. 
O estômago é um dos órgãos presente no sistema digestório do corpo humano, 
envolvido principalmente no processo de digestão das proteínas. Apresenta a forma 
de uma bolsa musculosa que armazena os alimentos em seu meio interno para 
prosseguir a digestão. 
A superfície interna do estômago é recoberta por um tecido composto de 
diversos tipos celularesque se organizam formando o epitélio estomacal. Na região do 
fundo e corpo do estômago as células parietais, responsáveis pela produção do ácido 
clorídrico, se concentram no epitélio que se invagina formando as glândulas gástricas. 
Esse ácido, muito importante no processo de digestão, transforma o pepsinogênio em 
pepsina, enzima que atua diretamente na digestão das proteínas alimentares. Além 
disso, essas células colaboram com o organismo produzindo o fator intrínseco, 
glicoproteína que auxilia na absorção da vitamina B12 pelo intestino delgado, evitando 
doenças como a anemia. 
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As células parietais são muito dinâmicas, pois na presença do alimento elas 
são estimuladas e sofrem alterações morfológicas, o que é necessário para exercer 
as suas funções características. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. ANATOMIA HUMANA 
 
A Anatomia (anatome = cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo 
da estrutura e das relações entre estas estruturas. A fisiologia (physis + lógos + ia) 
lida com as funções das partes do corpo (figura 1), isto é, como elas trabalham. A 
função nunca pode ser separadacompletamente da estrutura, por isso você 
aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. 
Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma 
função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua 
função. Por exemplo, os pêlos que revestem o nariz filtram o ar que inspiramos. Os 
ossos do crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo. Os ossos dos 
dedos, em contraste, estão unidos mais frouxamente para permitir vários tipos de 
movimento. 
Figura 1 - Órgãos do Corpo Humano 
 
Fonte: biologianet, 2020. 
 
Assim, a Anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e organização 
dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. E a Fisiologia é a ciência que 
estuda o funcionamento da matéria viva, investiga as funções orgânicas, processos 
ou atividades vitais. 
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A Anatomia macroscópica humana estuda o corpo humano e conforme o 
enfoque, recebe várias denominações: 
ANATOMIA SISTEMÁTICA OU DESCRITIVA: estuda de modo analítico 
(separação de um todo em seus elementos ou partes componentes) e separadamente 
as várias estruturas dos sistemas que constituem o corpo, o esquelético, o muscular, 
o circulatório, etc. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA OU REGIONAL: estuda, de uma maneira sintética 
(método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes e fundi-
los num todo), as relações entre as estruturas de regiões delimitadas do corpo; 
ANATOMIA DE SUPERFÍCIE OU DO VIVO: estuda a projeção de órgãos e 
estruturas profundas na superfície do corpo, é de grande importância para a 
compreensão da semiologia clínica (estudo e interpretação do conjunto de sinais e 
sintomas observados no exame de um paciente); 
ANATOMIA FUNCIONAL: estuda segmentos funcionais do corpo, 
estabelecendo relações recíprocas e funcionais das várias estruturas dos diferentes 
sistemas; 
ANATOMIA APLICADA - salienta a importância dos conhecimentos anatômicos 
para as atividades médicas, clínica ou cirúrgica e mesmo para as artísticas; 
ANATOMIA RADIOLÓGICA: estuda o corpo usando as propriedades dos raios 
X e constitui, com a Anatomia de Superfície, a base morfológica das técnicas de 
exploração clínica; 
ANATOMIA COMPARADA: estuda a Anatomia de diferentes espécies animais 
com particular enfoque ao desenvolvimento ontogenético (desenvolvimento de um 
indivíduo desde a concepção até a idade adulta) e filogenético (história evolutiva de 
uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico) dos diferentes órgãos. 
PARTES CONSTITUINTES DO CORPO HUMANO 
1) Cabeça (pescoço) 
2) Tronco a) Tórax b) Abdome 
3) Membros 
a) Superiores 
I) ombros (raiz) 
II) braços 
III) antebraços 
IV) mãos 
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b) Inferiores 
I) quadril (raiz) 
II) coxas 
III) pernas 
IV) pés 
NOMENCLATURA ANATÔMICA 
1. Posição Anatômica (Figura 2). Na anatomia, existe uma convenção internacional 
de que as descrições do corpo humano assumem que o corpo esteja em uma posição 
específica, chamada de posição anatômica. Na posição anatômica, o indivíduo está 
em posição ereta, em pé (posição ortostática) com a face voltada para a frente e em 
posição horizontal, de frente para o observador, com os membros superiores 
estendidos paralelos ao tronco e com as palmas voltadas para a frente, membros 
inferiores unidos (calcanhares unidos), com os dedos dos pés voltados para a frente. 
Toda descrição anatômica é feita considerando o indivíduo em posição anatômica. 
Figura 2. Posição Anatômica. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
 
 
 
 
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a. Níveis De Organização Estrutural Do Corpo Humano 
 
O corpo humano consiste de vários níveis de organização estrutural que estão 
associados entre si. O nível químico inclui todas as substâncias químicas necessárias 
para manter a vida. 
As substâncias químicas são constituídas de átomos, a menor unidade de 
matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o 
nitrogênio (N), o cálcio (Ca), o potássio (K) e o sódio (Na) são essenciais para a 
manutenção da vida. Os átomos combinam-se para formar moléculas; dois ou mais 
átomos unidos. Exemplos familiares de moléculas são as proteínas, os carboidratos, 
as gorduras e as vitaminas. 
As moléculas, por sua vez, combinam-se para formar o próximo nível de 
organização: o nível celular. As células são as unidades estruturais e funcionais 
básicas de um organismo. Entre os muitos tipos de células existentes no corpo estão 
as células musculares, nervosas e sangüíneas. A Figura ao lado mostra quatro tipos 
diferentes de células de revestimento do estômago. Cada uma tem uma estrutura 
diferente e cada uma desenvolve uma função diferente. 
O terceiro nível de organização é o nível tecidual. Os tecidos são grupos de 
células semelhantes que, juntas, realizam uma função particular. Os quatro tipos 
básicos de tecido são tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido 
nervoso. As células na Figura acima formam um tecido epitelial que reveste o 
estômago. Cada célula tem sua função específica na digestão. 
Quando diferentes tipos de tecidos estão unidos, eles formam o próximo nível 
de organização: o nível orgânico. Os Órgãos são compostos de dois ou mais tecidos 
diferentes, têm funções específicas e geralmente apresentam uma forma 
reconhecível. Exemplos de órgãos são o coração, o fígado, os pulmões, o cérebro e 
o estômago. A Figura acima mostra os vários tecidos que constituem o estômago. A 
túnica serosa é uma camada de tecido conjuntivo e tecido epitelial, estando localizada 
na superfície externa do estômago, que o protege e reduz o atrito quando o estômago 
se move e roça em outros órgãos vizinhos. As camadas de tecido muscular do 
estômago estão localizadas abaixo da túnica serosa e contraem-se para misturar o 
bolo alimentar e transportá-la para o próximo órgão digestório (intestino delgado). A 
camada de tecido epitelial que reveste o estômago produz muco, ácido e enzimas que 
auxiliam na digestão. 
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O quinto nível de organização é o nível sistêmico. Um sistema consiste de 
órgãos relacionados que desempenham uma função comum. O sistema digestório, 
que funciona na digestão e na absorção dos alimentos, é composto pelos seguintes 
órgãos: boca, glândulas salivares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas. 
O mais alto nível de organização é o nível de organismo. Todos os sistemas do 
corpo funcionando como um todo compõem o organismo - um indivíduo vivo. 
 
Figura 3: Corpo Humano: Fundamentos De Anatomia E Fisiologia Níveis De Organização 
Estrutural Do Corpo Humano. Os Níveis De Organização Estrutural São: Químicos, Celular 
Tecidual, Orgânico, Sistêmico E De Organismo. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
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b. Sistemas 
Sistema Esquelético; Sistema Muscular; Sistema Tegumentar; Sistema 
Nervoso; Sistema Endócrino; Sistema Circulatório; Sistema Respiratório; Sistema 
Digestivo; Sistema Urinário; Sistema Genital Masculino; Sistema Genital Feminino; 
1. Sistema Esquelético Principais funções: sustentação, movimento e proteção. 
Principais componentes: ossos e articulações (figura 4). 
 
Figura 4: Sistema Esquelético 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
2. Sistema Muscular Principais funções: sustentação e movimento. Principais 
componentes: músculos e tendões (figura 5). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 5: Sistema Muscular 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
3. Sistema Tegumentar Principais funções: proteção, controle da temperatura. 
Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme) 
(figura 6). 
Figura 6: Sistema Tegumentar 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
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4. Sistema Nervoso Principais funções: ajustamento do organismo ao 
ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem 
como as condições reinantes dentro do própriocorpo e elaborar respostas que 
adaptem a essas condições. Função Sensorial, Integrativa e Motora. Principais 
componentes: Sistema Nervoso Central(encéfalo e medula) e Sistema Nervoso 
Periférico (figura 7). 
Figura 7: Sistema Nervoso. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
5. Sistema Endócrino Principais funções: junto com o sistema nervoso, 
promove a manutenção do equilíbrio do organismo (homeostase), por meio do 
controle das funções biológicas. Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise 
(Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo da laringe) ,Supra-renais (superior aos 
rins), Pâncreas, Ovários e Testículos (figura 8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 8: Sistema Endócrino. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
6. Sistema Circulatório Principais funções: transporte de O2, nutrientes, 
hormônios para as células e remoção de produtos indesejáveis; defesa do organismo 
(por meio do transporte de anti-toxinas e glóbulos brancos); também auxilia na 
manutenção do conteúdo de H2O e íons, pH e temperatura do corpo. Principais 
componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares) (figura 9). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 9: Sistema Circulatório. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
7. Sistema Respiratório Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – 
remoção de CO2). Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, 
laringe, traquéia (que se ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões (figura 10). 
 
Figura 10: Sistema Respiratório. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
8. Sistema Digestivo Principais funções: realiza a digestão: quebra de 
alimentos, absorção dos componentes nutritivos e eliminação de substâncias 
indesejáveis). Principais componentes: boca (língua, dentes, etc.), faringe, esôfago, 
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estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: 
glândulas salivares, fígado e pâncreas (figura 11). 
 
Figura 11: Sistema Digestitvo. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
9. Sistema Urinário Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o 
equilíbrio hídrico e o controle de íons. Principais componentes: dois rins, dois ureteres, 
bexiga e uretra (figura 12). 
Figura 12: Sistema Urinário. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
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10. Sistema Genital Feminino Principais funções: reprodução. Principais 
componentes: ovários, trompas, útero e vagina (figura 13). 
 
Figura 13: Sistema Genital Feminino. 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
11. Sistema Genital Masculino Principais funções: reprodução. Principais 
componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, 
vesículas seminais, próstata e pênis (figura 14). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 14: Sistema Genital Masculino 
 
Fonte: COSTA, 2008. 
 
c. Anatomia Aplicada à Clínica: Antropometria na Avaliação Nutricional 
A antropometria é o ramo da morfologia que tem como objetivo o estudo dos 
caracteres mensuráveis da anatomia humana. A utilização da antropometria na clínica 
baseia-se em dados objetivos que incluem peso (ou massa corporal) e medidas 
lineares como altura (ou estatura), espessura das pregas cutâneas, largura de 
segmentos ósseos e circunferências/perímetros obtidos em diversos segmentos. 
Alguns são clinicamente úteis quando usados de forma direta e imediata. Por 
exemplo, o perímetro abdominal tem sido apontado como um parâmetro importante 
na definição do risco vascular individual. Contudo, muitos dados obtidos diretamente 
são utilizados para calcular medidas indiretas ou compostas, que permitem melhor 
avaliação global e/ou avaliação de setores morfológicos e funcionais específicos. 
Classicamente, o Índice de Massa Corporal relaciona o peso com a altura 
permitindo classificar os indivíduos como magros, eutróficos ou com excesso de peso/ 
obesidade, classificação essa que seria impossível se dispusesse apenas do peso. A 
Prega Cutânea Tricipital reflete o tecido adiposo subcutâneo. 
Conhecendo o Perímetro Braquial e a Prega Cutânea Tricipital podemos 
calcular a Circunferência Muscular do Braço ou a Área Muscular do Braço que refletem 
a massa muscular estriada global. Tem sido descrito um grande número de 
parâmetros antropométricos de determinação direta ou indireta através de cálculo mas 
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cada área da investigação e da prática clínica tende a utilizar apenas um pequeno 
número, de acordo com as suas necessidades específicas. 
Doentes com disfagia prolongada necessitam de nutrição entérica por 
gastrostomia. A avaliação nutricional destes doentes é difícil, apoiando-se em dados 
objetivos, incluindo dados antropométricos. 
O estado nutricional dos indivíduos saudáveis reflete uma grande variedade de 
processos que incluem a ingestão alimentar, a formação e mobilização de reservas, o 
consumo dos nutrientes para manter a homeostasia, produzir calor e para todas as 
atividades diárias. 
Nos doentes, reflete, ainda, as alterações induzidas pela doença que tendem a 
produzir anorexia, utilização de reservas e catabolismo aumentado. Como 
consequência desta multiplicidade de influências, a avaliação nutricional de doentes 
e indivíduos saudáveis é complexa. 
Não há um teste, uma análise ou uma metodologia, que seja considerada uma 
referência, um gold standard. Na avaliação nutricional de doentes são usados dados 
anamnésticos e do exame objetivo, antropométricos, laboratoriais e imunológicos. A 
estes podem juntar-se dados da composição corporal e avaliação funcional da força 
muscular. 
Estão validados instrumentos compostos que podem integrar aspetos clínicos, 
antropométricos e laboratoriais, permitindo classificar o estado nutricional. Mas, 
embora seja desejável que a avaliação inclua vários aspetos, refletindo diferentes 
influências, em muitos doentes é impossível obter dados anamnésticos credíveis ou 
proceder a avaliação funcional. 
Doentes disfágicos necessitam de suporte nutricional especial com 
alimentação de consistência modificada ou sob a forma de nutrição entérica 
administrada através de tubos que colocam os alimentos diretamente no estômago, 
ultrapassando a ingestão oral e a deglutição. No contexto clínico da disfagia grave de 
longa duração, isto é, aquela que dura mais de 3 - 4 semanas, o acesso nutricional de 
referência é a gastrostomia percutânea endoscópica (PEG). 
O acesso é construído sob a orientação de uma endoscopia digestiva, 
colocando um tubo de alimentação através da parede abdominal até ao estômago. 
Permite manter uma nutrição globalmente fisiológica durante períodos prolongados, 
seja como medida transitória, seja como opção definitiva. 
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Beneficiam desta abordagem doentes com disfagia por doença neurológica ou 
com lesões cervicofaciais, habitualmente neoplasias da boca, faringe, laringe ou 
esófago cervical. Mas as doenças que provocam este tipo de disfagia prolongada 
tendem, também, a criar dificuldades na expressão verbal que prejudicam a avaliação 
clínica e impedem a colheita de dados anamnésticos. 
Os instrumentos de avaliação nutricional alicerçados em informação subjetiva 
fornecida pelos doentes, são inadequados quando é difícil ou impossível a 
comunicação verbal. Assim, as equipas clínicas que tratam doentes disfágicos têm de 
se apoiar em dados objetivos, incluindo antropométricos e laboratoriais. 
O Índice de Massa Corporal (IMC) ou Índice de Quételet é o mais divulgado 
parâmetro antropométrico. Foi criado por Lambert Quételet um matemático do início 
do século XIX interessado nas ciências sociais e na saúde pública. Obtém-se dividindo 
o peso pelo quadrado da altura: IMC = peso / (altura). A classificação proposta por 
Garrow e Webster com base no IMC foi posteriormente adaptado pela Organização 
Mundial de Saúde, classificando os indivíduos em eutróficos (normais) ou sofrendo de 
magreza ou excesso peso/obesidade com vários graus de gravidade. 
Muito útil devido à sua simplicidade, apresenta váriaslimitações. Tem 
importantes variações com a idade, sendo necessária adequação para crianças 
através de tabelas específicas. Para adultos idosos, tem sido sugerida a utilização de 
valores de normalidade mais elevados. Mesmo em adultos jovens o IMC não distingue 
as alterações decorrentes de variações da composição corporal: um adulto muito 
musculado pode ficar classificado como obeso ou um doente com excessivo tecido 
adiposo mas reduzida massa muscular pode ser considerado eutrófico. 
Embora formalmente corretas de acordo com o cálculo do IMC, estes 
posicionamentos classificativos resultam clinicamente erróneos. Assim, na avaliação 
clínica individual, o IMC não deve ser utilizado de forma isolada mas em conjunto com 
instrumentos que permitam considerar a composição corporal e a situação clínica. 
Perímetros ou circunferências são medidas circulares tiradas no plano 
horizontal, perpendicularmente ao eixo longitudinal do segmento que se pretende 
medir. Os Perímetros medem a totalidade do segmento, ou seja, osso, músculo, tecido 
adiposo e pele. O Perímetro Braquial (PB) e o Perímetro Geminal ou da Pantorrilha 
são facilmente acessíveis, mesmo em doentes muito dependentes ou acamados. 
Pregas Adiposas são medidas locais de espessura de uma camada dupla de pele e 
gordura subcutânea. 
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Permitem avaliar o tecido adiposo subcutâneo e estimar as reservas adiposas. 
A Prega Cutânea Tricipital (PCT) é medida na face posterior do braço, paralelamente 
ao eixo longitudinal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda 
súpero-lateral do acrómio e o olecrânio. Com o PB e a PCT é possível calcular a Área 
Adiposa do Braço, uma outra forma de avaliar o tecido adiposo subcutâneo e estimar 
reservas adiposas e, também, a Circunferência Muscular do Braço (CMB) e a Área 
Muscular do Braço que permitem estimar a massa muscular. 
 
 
 
 
4. SISTEMA DIGESTÓRIO HUMANO 
 
O sistema digestório humano é um longo tubo musculoso que participa do 
processo de digestão, é formado pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, ânus e pelas glândulas anexas (salivares, fígado e 
pâncreas). Moléculas grandes como proteínas, lipídeos e carboidratos são quebrados 
em moléculas pequenas, facilmente absorvíveis no intestino delgado. 
O primeiro passo deste complexo processo de transformação ocorre na boca, 
onde o alimento é triturado pelos dentes na mastigação e umedecido pela saliva 
produzida pelas glândulas salivares, formando o bolo alimentar. 
Na boca, a saliva inicia o processo de digestão onde a enzima amilase ou 
ptialina digere e transforma as grandes moléculas de amido em moléculas menores, 
a maltose. Da boca, o bolo alimentar desce pela faringe, pelo esôfago e chega ao 
estômago onde o processo se continua. 
No estômago ocorre produção do suco gástrico que fornece um meio ácido 
para a digestão das proteínas pela enzima pepsina. Do estômago, o bolo alimentar 
 SAIBA MAIS: 
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=CKgzFFgBsGw 
para saber mais sobre:APRENDA ANATOMIA HUMANA EM 15 MINUTOS - 
Vídeo Aula 133 - 
 
 
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passa ao intestino delgado, onde na porção anterior (duodeno) a tripsina e a amilase 
pancreática, enzimas produzidas pelo pâncreas continuam a digestão das proteínas 
e do amido, respectivamente. As enzimas lípases produzidas também no pâncreas 
digerem os lipídeos após estes terem sido emulsificados pelo suco biliar produzido no 
fígado. Na porção seguinte do intestino delgado (jejuno e íleo) as enzimas peptidases 
completam a digestão das proteínas em aminoácidos e a maltase, enzima produzida 
pelo intestino, transforma a maltose em glicose. E assim, as moléculas transformadas 
pelas enzimas são absorvidas nessa região e transportadas para os vasos 
sanguíneos que as distribuirão para todo o organismo oferecendo energia necessária 
para sua sobrevivência. 
Os restos alimentares não digeridos chegam ao intestino grosso, onde continua 
ocorrendo a absorção de água, e simultaneamente, nesse órgão, são formadas as 
fezes pastosas que são eliminadas do corpo através de um orifício, o ânus (figura 15). 
 
 
 
 
Figura 15: Diagrama de Representação da Fisiologia Gastroinesinal. 
 
Fonte: UNESC, V.3, 1ª fase, 2018. 
 
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a. Morfologia do Estomago 
O estômago é um órgão do sistema digestório humano envolvido 
principalmente no processo de digestão das proteínas do alimento ingerido. Localiza-
se entre o esôfago e o duodeno, primeira porção do intestino delgado, no lado 
esquerdo da cavidade abdominal. 
O estômago tem forma de uma bolsa podendo armazenar cerca de um litro e 
meio de alimento, apresenta, sobretudo uma função mecânica onde através de 
movimentos peristálticos (de vaivém) mistura o alimento transformando-o em 
pequenas partículas que irão facilitar a digestão. 
Os sucos digestivos (gástrico), são secretados3 pelas glândulas gástricas que 
recobrem quase toda a parede do estômago. Durante um tempo de cerca de 20 a 30 
minutos, ocorre uma série de contrações peristálticas o que mistura o bolo alimentar 
com o suco gástrico formando o quimo que será enviado ao intestino delgado para 
continuar o processo de digestão. 
As glândulas gástricas são formadas por invaginações do epitélio do estômago 
que por sua vez é constituído de células parietais ou oxínticas, principais ou 
zimogênicas, neuroendócrinas ou célula G e mucosas. Cada uma destas células são 
responsáveis pela produção de substâncias que atuam no alimento ingerido. Assim, 
as células parietais produzem o ácido clorídrico (HCl) e fator antianêmico intrínseco 
(glicoproteína que facilita a absorção da vitamina B12 no intestino); as células 
principais produzem o pepsinogênio, substância que será ativada na presença do HCl, 
tranformando-se em pepsina; as células neuroendócrinas ou célula G produzem o 
hormônio gastrina que induz a produção do ácido clorídrico, necessário para formar a 
pepsina para digerir proteínas e; as células mucosas produzem um muco que protege 
a parede do estômago contra a acidez presente no suco gástrico; 
O estômago é um órgão dividido em quatro regiões: cárdia, fundo, corpo e 
piloro. Na região da cárdia predominam células mucosas e principais; no fundo e corpo 
predominam as células mucosas, principais e parietais e; no piloro as células mucosas 
e neuroendócrinas. Em todas essas regiões o revestimento epitelial superficial é igual 
e constituído por células mucosas produtoras do muco. A superfície interna do 
estomago é caracterizada pela presença de invaginações formando depressões 
chamadas fossetas gástricas e no fundo dessas fossetas se abrem as glândulas 
gástricas. As células parietais das glândulas gástricas da região do fundo e corpo, 
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onde estas predominam, encontram-se principalmente na região do colo (pescoço da 
glândula). 
 
1.1.1 Célula Parietal Ou Oxíntica 
 
As células parietais encontram-se principalmente na região do colo e 
apresentam uma forma arredondada ou piramidal, com um núcleo esférico em posição 
central. Ocasionalmente, podemos encontrar células bi ou multinucleadas. 
O citoplasma da célula parietal em repouso é finamente granular e apresenta 
muitas mitocôndrias globosas ou alongadas. As mitocôndrias estão relacionadas com 
a necessidade de grande quantidade de moléculas de ATP para o transporte dos 
íons5 através da membrana celular, principalmente os íons hidrogênio. Na região 
apical do citoplasma encontra-se também, grande quantidade de retículo 
endoplasmático liso, túbulos e vesículas, de superfície lisa. 
Quando a célula é estimulada a produzir ácido clorídrico, os túbulos e vesículas 
se fundem com a membrana plasmática e desaparecem do citoplasma. Por outro lado, 
surgem inúmeras microvilosidades6 que se projetam de sulcos intracitoplasmáticos 
profundos, mudando assim, a morfologia celular. 
As células parietais, além de secretar o ácidoclorídrico e cloreto de potássio, 
realizam o importante papel de secretar íons H+, originado da dissociação do ácido 
carbônico produzido pela anidrase carbônica, uma enzima abundante nessas células. 
A célula parietal também é o local de produção do fator antianêmico intrínseco. Esse 
fator é uma glicoproteína que possui muita afinidade com a vitamina B12 e é essencial 
para absorção dessa vitamina na região do intestino delgado. 
 
 
 
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1. REFERÊNCIAS 
 
Natália Contreiras Calazans. O Ensino E O Aprendizado Práticos Da Anatomia 
Humana: Uma Revisão De Literatura. Salvador (Bahia) 2013. 
 
Valéria CatelliInfantozzi Costa. ANATOMIA GERAL HUMANA - Apostila Para Fins 
Didáticos. Ribeirão Preto 2008 . 
 
Jorge FONSECA e Carla Adriana SANTOS. Anatomia Aplicada à Clínica: 
Antropometria na Avaliação Nutricional de 367 Adultos Submetidos a 
Gastrostomia Endoscópica. Acta MedPort 2013 May-Jun;26(3):212-218. 
 
RoneideDamiatiAzevedo. Sistema Digestório: Estratégias Lúdicas no Ensino de 
Células Parietais. UNIOESTE- Campus de Cascavel. Ciências – 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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