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PRESENCIAL PEDIATRIA INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 1 INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - RESUMO 9 CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - CHECKLIST 12 CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - RESUMO 18 PUERICULTURA - CHECKLIST 21 PUERICULTURA - RESUMO 32 PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 37 PUBERDADE + HEBIATRIA - RESUMO 45 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 53 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - RESUMO 61 AMAMENTAÇÃO + TRIAGENS NEONATAIS - CHECKLIST 66 AMAMENTAÇÃO + TRIAGENS NEONATAIS - RESUMO 73 ICTERÍCIA NEONATAL - CHECKLIST 78 ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 91 TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 96 TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - RESUMO 102 HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 104 HÉRNIA INGUINAL - RESUMO 111 MAUS TRATOS - CHECKLIST 112 MAUS TRATOS - RESUMO 120 SUMÁRIO 1 INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Atendimento em pronto-socorro de pediatria em hospital secundário INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação - Sala de emergência - Laboratório de análises clínicas - Setor de radiologia com radiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia - Leitos de internação em enfermaria pediátrica DESCRIÇÃO DO CASO Paciente sexo feminino, 2 anos e 2 meses, é trazida ao pronto socorro pela mãe devido a queixa de febre e dor para urinar há 2 dias. ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Faça anamnese direcionada para o caso - Solicite o exame físico e interprete-o - Informe hipótese diagnóstica - Solicite exames laboratoriais caso julgue necessário - Oriente conduta adequada ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. 2 IMPRESSO 1 Paciente: Mariana Dados do nascimento: Peso do nascimento: 3 500g; comprimento: 51 cm; perímetro cefálico: 35,5 cm; APGAR 9/10/10. Amamentado na 1ª hora. Ortolani negativo. Teste reflexo vermelho: normal. Teste de pezinho: normal Teste auditivo (EOA): normal. Teste de coraçãozinho: normal. Vacinas recebidas: BCG: 1 dose Hepatite B: 1 dose VIP: 3 doses + VOP 1 dose Pentavalente: 3 doses + DTP 1 dose Rotavírus: 2 doses Pneumo 10-valente: 2 doses + 1 reforço Meningo C: 2 doses + 1 reforço Febre amarela: 1 dose Tríplice viral: 1 dose Tetraviral: 1 dose Hepatite A: 1 dose Influenza: 3 doses INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 3 IMPRESSO 2 EXAME FÍSICO Bom estado geral, hidratado, eupneico, febril (T 38,2°C), acianótico, anictérico Peso: 12,5 Kg (Z escore - 0,17) Altura: 90 cm (Z escore 0,13) IMC: 15,4 (Z escore - 0,46) Oroscopia: sem alterações Otoscopia: sem alterações Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem desconforto respiratório. FR 38 ipm Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC 120 bpm Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem massas ou visceromegalias. Doloroso à palpação de região suprapúbica Genitália típica feminina, sem alterações, sem lesões perianais INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 4 IMPRESSO 3 EXAMES LABORATORIAIS Paciente : Mariana Protocolo : 001.002.003 Idade : 2 anos e 2 meses Solicitante : Mundo Revalida URINA TIPO 1 Material: URINA Valores de referência DENSIDADE…...………………..: 1015 1005 a 1040 PH…………………………...……: 6,5 4,5 A 8,5 LEUCÓCITOS…………………..: 350.000/mL 0-5.000/mL HEMÁCIAS……..……………….: 5/campo 0-3/campo PROTEÍNAS.……………………: indetectável indetectável NITRITO…….…………………...: negativo negativo GLICOSE………………………..: negativo negativo UROCULTURA Material: URINA Aguarda resultado Notas: Valores de referência de acordo com idade e sexo TODO TESTE LABORATORIAL DEVE SER CORRELACIONADO COM O QUADRO CLÍNICO DO PACIENTE, SEM O QUAL A INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS É APENAS RELATIVA INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 5 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: (a) identifica-se; (b) cumprimenta a mãe de maneira adequada/ cordial; (c) mantém contato visual; (d) pergunta o nome da mãe e da criança. Adequado: realize os 4 itens Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 itens Inadequado: realiza 1 ou nenhum item 0 0,25 0,5 1.2 Solicita caderneta da criança Adequado: solicita Inadequado: não solicita 0 0,5 1.3 Realiza anamnese: a) grau da febre b) frequência da febre c) sintomas gastrointestinais d) sintomas urinários e) aceitação alimentar f) comorbidades g) quadro de infecção urinária prévio h) controle esfincteriano Adequado: pergunta 6 a 8 itens Parcialmente adequado: pergunta 4 ou 5 itens Inadequado: pergunta 3 itens ou menos 0 0,5 1,0 INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 6 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado EXAME FÍSICO 2.1 Solicita exame físico e interpreta: febre com dor abdominal em abdome inferior Adequado: solicita e interpreta Inadequado: não solicita e não interpreta 0 0,25 0,5 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA 3.1 Informa hipótese diagnóstica: infecção urinária Adequado: informa hipótese correta Inadequada: não informa ou informa hipótese inadequada 0 1,0 EXAMES COMPLEMENTARES 4.1 Solicita exames complementares: urina tipo 1 e urocultura Adequada: solicita os 2 Inadequado: não solicita os 2 0 1,0 4.2 Orienta forma de coleta: sondagem vesical de alívio Adequado: informa corretamente Inadequado: não informa corretamente 0 0,5 4.3 Interpreta exame de forma adequada: presença de leucocitúria compatível com infecção urinária Adequado: interpreta corretamente Inadequado: não interpreta corretamente 0 1,0 INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 7 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado CONDUTA 5.1 Orienta local de tratamento: em domicílio / ambulatorial Adequado: orienta adequadamente Inadequado: orienta internação 0 0,5 5.2 Prescreve antibioticoterapia: a) amoxicilina-clavula-nato / cefuroxima / cefalexina b) via oral Adequado: informa os 2 Parcialmente adequado: informa somente “antibiótico via oral” Inaqueado: não informa ou orienta tratamento parenteral 0 0,5 1,0 5.3 Informa necessidade de resultado de urocultura para confirmar diagnóstico Adequado: informa corretamente Inadequado: não informa corretamente 0 1,0 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 6. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 8 FALAS DO ATOR - Febre acima de 38°C - 3 picos diários - Apresentou 2 vômitos, sem diarreia. Tem dor abdominal em região inferior do abdome - Redução da diurese com urina mais escurecida e com odor forte. Chora toda vez que vai fazer xixi e coloca mão na região genital - Boa aceitação alimentar - Sem comorbidades - Nunca teve quadro semelhante prévio - Ainda usa fralda, sem controle esfincteriano - Depois que o candidato informar os exames a serem coletados, pergunta como vai ser a coleta da urina - Depois que o candidato informar a conduta, pergunta se o diagnóstico já está certo ou se precisa de algum exame a mais INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - CHECKLIST 9 FATORES PREDISPONENTES • MalformaçãoATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. ICTERÍCIA NEONATAL - CHECKLIST 79 IMPRESSO 1 CADERNETA DA CRIANÇA Paciente: Laura Dados da gestação: 8 consultas pré-natais, ultrassom morfológico sem alterações. Dados maternos: 24 anos, G1P1A0, sem intercorrências e medicamentos durante a gestação, exceto vitaminas e sulfato ferroso. Testes sorológicos inocentes. Tipagem sanguínea materna O Rh positivo Dados do parto: vaginal. Idade gestacional: 38 semanas e 6 dias. Dados do recém-nascido: Peso do nascimento: 3 310g; comprimento: 49 cm; perímetro cefálico: 35,1 cm; APGAR 9/10/10. Amamentado na 1ª hora. Ortolani negativo. Teste reflexo vermelho: normal. Teste de pezinho: normal Teste auditivo (EOA): normal. Teste de coraçãozinho: normal. Vacinas recebidas: BCG: 1 dose Hepatite B: 1 dose Dados antropométricos: Idade Peso Estatura Perímetro cefálico Nascimento 3310g 49 cm 35,1 cm 15 dias de vida 3500g 51 cm 36,0 ICTERÍCIA NEONATAL - CHECKLIST 80 IMPRESSO 2 EXAME FÍSICO Bom estado geral, hidratada, eupneica, afebril, acianótica, icterícia até região de joelhos e cotovelos Peso: 3790g Comprimento: 52cm Perímetro cefálico: 36,5 cm Otoscopia: sem alterações Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem desconforto respiratório. FR 42 ipm Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC 133 bpm Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem massas. Fígado palpável a 2 cm de rebordo costal direito Genitália típica feminina, sem alterações, sem lesões perianais ICTERÍCIA NEONATAL - CHECKLIST 81 IMPRESSO 3 Paciente : Laura Protocolo : 001.002.003 Idade : 25 dias Solicitante : Mundo Revalida HEMOGRAMA Material: SANGUE Valores de referência HEMOGLOBINA…...……………: 11,5 g/dL 9,0 a 14,0 g/dL HEMATÓCRITO…………...……: 35,0% 35,0 A 45,0% LEUCÓCITOS…………………..: 15.000 mm³ 5000 a 19.500 mm³ SEGMENTADOS……………….: 46% LINFÓCITOS……………………: 44% MONÓCITOS…….………...…...: 8% EOSINÓFILOS...………………..: 1% BASÓFILOS……………………..: 1% PLAQUETAS…………………….: 350.000 mm³ 150.000 a 450.000 mm³ RETICULÓCITOS Material: SANGUE RETICULÓCITOS………………: 2,2% 0,5 a 1,8% Contagem corrigida para Hb….: 1,4% BILIRRUBINA TOTAL E FRAÇÕES Material: SANGUE BILIRRUBINA TOTAL……….: 13 mg/dLpositivo. Precisa de sensibilização prévia • ABO: mãe O e RN A ou B. Pode ocorrer desde a primeira gestação • Leva a quadro se Anemia + icterícia • Defeito na membrana de eritrócitos: eferocitose • Deficiências enzimáticas: deficiência de G6PD ou piruvatoquinase • Coleções sanguíneas: Cefalohematoma • Policitemia: PIG, mãe com DMG Diminuição da conjugação • Definição de glucoruniltransferase: Crigler-Najar, Gilbert • Hipotireoidismo congênito • Sepse • Galactosemia • Leite humano: icterícia de início tardio é longa duração • RN saudável, sem dificuldade na amamentação, bom ganho ponderal Aumento da circulação enterro-hepático • Aleitamento materno: RN com dificuldade na amamentação e baixo ganho ponderal • Jejum • Íleo paralítico Redução da secreção biliar • Aumento de BD (> 1) • Doença hepática e de vias biliares • Principal etiologia: Atresia de vias biliares CLASSIFICAÇÃO • Fisiológica: geralmente início tardio (> 24 horas de vida) ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 92 RNT RNPT Pico 3-5 DV 5-7 DV BT 12-13 15 Duração 1 semana 2 semanas MANEJO • Avaliação da icterícia a cada 8-12h pelas zonas de Kramer: ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 93 ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 94 • Avaliação do percentil da BT pelo gráfico de Buthani: ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 95 • Gráfico da AAP para considerar foto de acordo com IG: ATRESIA DE VIAS BILIARES • Investigar em todos com icterícia que dura mais 2-3 semanas, com elevação de BD (> 1 mg/dl) e presença de sintomas de colestase (colúria e acolia fecal) • USG de abdome + perfil hepático • Encaminhamento precoce para cirurgia pediátrica: Cirurgia de Kasai deve ser feita preferencialmente até 6 semanas de vida ICTERÍCIA NEONATAL - RESUMO 96 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Sala de parto de maternidade de referência municipal INFRAESTRUTURA - Leitos de internação de alojamento conjunto, berçário e unidade de terapia intensiva neonatal - Unidade de terapia intensiva neonatal - Laboratório de análises clínicas - Radiologia com radiografia e ultrassonografia DESCRIÇÃO DO CASO Você está de plantão na sala de parto e se prepara para receber recém-nascido sexo masculino, termo (idade gestacional de 38 semanas e 2 dias), em programação de parto cesáreo. Mãe com diagnóstico de HIV. ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Faça anamnese com a mãe direcionada ao caso - Informe conduta para a mãe no momento do parto - Informe condutas imediatas em sala de parto para o recém-nascido após o parto, levando em consideração que apresente vitalidade adequada e parto sem intercorrências - Oriente demais condutas para o recém-nascido durante internação ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 97 IMPRESSO 1 CADERNETA DA GESTANTE Nome: Vanessa Idade: 27 anos Tipo de gestação: única Paridade: G1P1A0 Nº de consultas de pré-natal: 9 consultas Exames: Tipagem sanguínea: A Rh positivo VDRL: • 1º trimestre: não reagente • 2º trimestre: não reagente • 3º trimestre: não reagente HIV: • 1º trimestre: reagente • 2º trimestre: reagente • 3º trimestre: reagente • Carga viral 36 semanas: 1500 cópias AgHBS: • 1º trimestre: não reagente • 3º trimestre: não reagente Anti-HBS: reagente Toxoplasmose: • 1º trimestre: IgM não reagente / IgG reagente Suplementações: sulfato ferroso e ácido fólico TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 98 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: identifica-se e cumprimenta a mãe de maneira adequada/cordia Adequado: realize adequadamente Inadequado: não realiza 0 0,5 1.2 Solicita caderneta da gestante Adequado: solicita Inadequado: não solicita 0 0,5 1.3 Realiza anamnese: a) quando foi feito diagnóstico de HIV b) início de tratamento c) adesão terapêutica d) presença de lesões genitais ou corrimento e) outras intercorrências na gestação Adequado: pergunta os 5 Parcialmente adequado: pergunta 3 ou 4 Inadequado: pergunta 2 ou menos 0 1,0 2,0 CONDUTA PARA A MÃE NO PARTO 2.1 Indica conduta: uso de zidovudina 3h antes da cesárea até clampeamento do cordão Adequado: indica conduta adequada Parcialmente adequado: indica zidovudina mas não informa tempo de realização Inadequado: não informa uso de zidovudina 0 0,5 1,0 CONDUTAS EM SALA DE PARTO TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 99 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 3.1 Informa clampeamento imediato de cordão Adequado: informa adequadamente Inadequada: informa clampeamento tardio ou não informa 0 1,0 3.2 Orienta sobre banho com água corrente secando com compressas macias: Adequado: orienta adequadamente Inadequado: não orienta 0 0,5 3.3 Orienta aspiração: caso necessário fazer com cuidado para não ter sangramento Adequado: orienta adequadamente Inadequado: não orienta 0 0,5 DEMAIS CONDUTAS 4.1 Informa necessidade de notificação de crianças exposta a HIV Adequado: orienta adequadamente Inadequado: não orienta 0 0,5 4.2 Informa contraindicação absoluta à amamentação Adequado: orienta adequadamente Inadequado: não orienta 0 1,0 TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 100 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 4.3 Indica profilaxia medicamentosa adequada: a) Zidovudina + raltregravir + lamivudina b) início até 4 horas de vida c) manter por 28 dias Adequado: informa os 3 Inadequado: informa 2, incluindo obrigatoriamente letra “a” Inadequado: Informa 1 ou não informa letra “a” 0 1,0 2,0 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 6. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 101 FALAS DO ATOR - Diagnóstico no começo da gestação - Teve dificuldade de aceitar diagnóstico e só iniciou o tratamento na segunda metade de gestação - Depois que iniciou tratamento não teve falha de adesão - Nega corrimento ou lesões genitais - Sem intercorrências na gestação TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - CHECKLIST 102 O maior risco de transmissão de HIV é durante o parto. O manejo vai variar de acordo com o risco de transmissão: • BAIXO RISCO: uso de TARV na gestação + CV indetectável a partir de 28 semanas + sem falha na adesão • ALTO RISCO: mãe sem pré-natal, sem TARV na gestação, sem profilaxia no parto, início da TARV após 2ª metade da gestação, infecção aguda na gestação ou durante aleitamento, CV detectável no 3o trim ou desconhecida, TR positivo na maternidade sem diagnóstico prévio MANEJO DO PARTO • Realizar carga viral (CV) com 34-35 semanas de gestação para decidir via e manejo do parto • CV desconhecida ou > 1000 = parto cesáreo empelicado com 38 semanas + AZT (zidovudina) • CV escolha de medicamentos depende do risco e idade gestacional • ALTO RISCO: • 37 semanas ou mais: AZT (zidovudina) + 3TC (lamivudina) + RAL (raltegravir) • 34-37 semanas: AZT + 3TC por 28 dias + NVP (nevirapina) por 14 dias •103 CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO TRANSMISSÃO VERTICAL HIV - RESUMO 104 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Atendimento em pronto-socorro de pediatria em hospital secundário INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação - Sala de emergência - Laboratório de análises clínicas - Setor de radiologia com radiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia - Leitos de internação em enfermaria pediátrica DESCRIÇÃO DO CASO Paciente sexo masculino, 6 meses, é trazido para consulta pela mãe devido a queixa de aumento de volume de bolsa escrotal direita ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Faça anamnese direcionada para o caso - Solicite o exame físico e interprete-o - Informe hipótese diagnóstica e justifique - Solicite exames complementares caso julgue necessário - Oriente conduta adequada ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 105 IMPRESSO 1 Paciente: Rafael Dados do nascimento: Peso do nascimento: 3 320g; comprimento: 50 cm; perímetro cefálico: 35 cm; APGAR 9/10/10. Amamentado na 1ª hora. Ortolani negativo. Teste reflexo vermelho: normal. Teste de pezinho: normal Teste auditivo (EOA): normal. Teste de coraçãozinho: normal. Sem intercorrências no período neonatal. Vacinas: atualizadas HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 106 IMPRESSO 2 EXAME FÍSICO Bom estado geral, hidratado, eupneico, afebril, acianótico, anictérico Oroscopia: sem alterações Otoscopia: sem alterações Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem desconforto respiratório. FR 30 ipm Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC 123 bpm Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem massas ou visceromegalias. Genitália típica masculina, abaulamento em região de bolsa escrotal a direita, redutível a manipulação. Sinal de transluminação escrotal negativo. Espessamento de cordão inguinal HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 107 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: (a) identifica-se; (b) cumprimenta a mãe de maneira adequada/ cordial; (c) mantém contato visual; (d) pergunta o nome da mãe e da criança. Adequado: realize os 4 itens Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 itens Inadequado: realiza 1 ou nenhum item 0 0,25 0,5 1.2 Solicita caderneta da criança Adequado: solicita Inadequado: não solicita 0 0,5 1.3 Realiza anamnese: a) tempo início dos sintomas b) abaulamento em região inguinal c) variação abaulamento durante o dia d) fatores de piora e) dor local f) comorbidades Adequado: pergunta 5 a 6 itens Parcialmente adequado: pergunta 4 itens Inadequado: pergunta 3 itens ou menos 0 1,0 2,0 EXAME FÍSICO 2.1 Solicita exame físico Adequado: solicita Inadequado: não solicita 0 0,5 HIPÓTESE DIAGNÓSTICA HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 108 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 3.1 Informa hipótese diagnóstica: hérnia inguinal indireta Adequado: informa hipótese de hérnia inguinal indireta Parcialmente adequado: informa hipótese de hérnia inguinal, mas não menciona indireta Inadequada: não informa hipótese de hérnia inguinal 0 1,0 2,0 3.2 Indica achados que corroboram hipótese: a) abaulamento intermitente b) espessamento de cordão inguinal c) sinal da transluminação negativo Adequado: informa os 3 Parcialmente adequado: informa 2 Inadequado: informa 1 0 0,5 1,0 EXAMES COMPLEMENTARES 4.1 Informa não haver indicação de exames complementares Adequada: não indica exames complementares Inadequado: indica exames complementares 0 1,0 CONDUTA 5.1 Orienta encaminhamento para cirurgião pediátrico para cirurgia eletiva Adequado: encaminha para cirurgia pediátrica para cirurgia eletiva Inadequado: não encaminha para cirurgia ou informa cirurgia de urgência 0 2,0 HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 109 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado REALIZAÇÃO DE TAREFAS 6. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 110 FALAS DO ATOR - Percebeu os sintomas há 2 semanas - Também abaula região inguinal - Varia durante o dia - Piora quando chora ou evacuar - as vezes sente dor - nega comorbidades HÉRNIA INGUINAL - CHECKLIST 111 • Encarcerada: obstrução sem sinal de sofrimento de alça / Estrangulada: sofrimento de alça • Fisiopatologia: persistência de conduto peritônio-vaginal > na criança a hérnia inguinal é sempre INDIRETA • Fatores associadas: aumento de pressão abdominal e alterações do tecido conectivo • Diagnóstico: clínico > espessamento do cordão inguinal, sinal da seda (abaulamento nem sempre presente) > não precisa de exames complementares • História clínica clássica: abaulamento inguinal intermitente • Tratamento: sempre encaminhar para cirurgia pediátrica para operar > HERNIA DIAGNOSTICADA = HÉRNIA OPERADA • Sem complicações: cirurgia eletiva • Encarcerada: redução manual e depois encaminhar para cirurgia na mesma internação • Estrangulador: cirurgia na urgência HÉRNIA INGUINAL - RESUMO 112 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Atendimento em pronto-socorro de Pediatria INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de emergências - Leitos de observação, enfermaria e unidade de terapia intensiva pediátrica - Centro cirúrgico - Laboratório de análises clínicas - Setor de radiologia com radiografia simples, ultrassonografia e tomografia computadorizada DESCRIÇÃO DO CASO Você está no atendimento em pronto-socorro de pediatria e atende paciente de 1 mês, sexo feminino, trazida pela mãe por queixa de queda da cama há 20 min. ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Faça anamnese direcionada para o caso - Solicite o exame físico e interprete-o Solicite avaliação complementar que julgue necessária - Informe hipótese diagnóstica - Indique a conduta adequada ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. MAUS TRATOS - CHECKLIST 113 IMPRESSO 1 EXAME FÍSICO Regular estado geral, hidratada, eupneica, afebril, acianótica, anictérica Otoscopia: sem alterações Oroscopia: sem alterações Pele: hematomas arroxeados, esverdeados e amarelados em membros e tronco Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem desconforto respiratório. FR 42 ipm, SatO2 98% Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC 130 bpm Abdome: semigloboso, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotensão. Sem massas ou visceromegalias. Genitália típica masculina, testículos tópicos Neurológico: criança sonolenta, hipoativa, reage a estímulos vocais. Sem lesões em calota craniana. Fontanela anterior normotensa. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. MAUS TRATOS - CHECKLIST 114 IMPRESSO 2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO Paciente : Júlia Protocolo : 001.002.003 Idade : 1 mês Solicitante : Mundo Revalida MAUS TRATOS - CHECKLIST 115 IMPRESSO 3 MAUS TRATOS - CHECKLIST 116 IMPRESSO 4 RADIOGRAFIA DE CORPO INTEIRO Paciente : Júlia Protocolo : 001.002.003 Idade : 1 mês Solicitante : Mundo Revalida Fratura de 2 arcos costais posteriores à direita e 1 à esquerda MAUS TRATOS - CHECKLIST 117 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS InadequadoParcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresenta-se e cumprimenta a mãe 0 0,5 1.2 Investiga queixa a) mecanismo de trauma b) perda de consciência c) alteração de comportamentos d) vômitos e) crise convulsiva Adequado: pergunta 4 ou 5, incluindo obrigatoriamente mecanismo de trauma Parcialmente adequado: pergunta 3, incluindo obrigatoriamente mecanismo de trauma Inadequado: pergunta 2 ou menos ou não pergunta sobre mecanismo de trauma 0 0,5 1,0 1.3 Pergunta sobre período neonatal: a) idade gestacional b) peso de nascimento c) intercorrências Adequado: pergunta os 3 Parcialmente adequado: pergunta 2 ou 1 Inadequado: não pergunta 0 0,25 0,5 1.4 Pergunta sobre internações e traumas prévios 0 0,5 EXAME FÍSICO 2.1 Interpreta exame físico: a) hematomas em diferentes fases de evolução b) rebaixamento de nível de consciência Adequado: cita os 2 Inadequado: cita 1 ou nenhum 0 0,5 AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR MAUS TRATOS - CHECKLIST 118 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 3.1 Solicita exames a) TC de crânio b) Fundo de olho c) Radiografia simples de corpo inteiro Adequado: solicita os 3 Parcialmente adequado: solicita 2 Inadequado: solicita 1 ou nenhum 0 0,5 1,0 3.2 Informa diagnóstico de hematoma subdural 0 1,0 3.3 Informa diagnóstico de hemorragia retiniana 0 1,0 DIAGNÓSTICO 4.1 Informa diagnóstico: síndrome do bebê sacudido Adequado: síndrome do bebê sacudido Parcialmente adequado: maus tratos Inadequado: não informa diagnóstico adequado 0 0,5 1,0 CONDUTA 5.1 Internação em leito de UTI 0 0,5 5.2 Fazer notificação ao SINAN 0 0,5 5.3 Fazer notificação ao conselho tutelar 0 0,5 5.4 Fazer notificação à vara da infância e juventude 0 0,5 5.5 Orientar realização de boletim de ocorrência por membro do conselho tutelar 0 0,5 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 6. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 MAUS TRATOS - CHECKLIST 119 FALAS DO ATOR - Refere que há 20 minutos a criança estava deitada na cama quando rolou e caiu. Queda de aproximadamente 60 cm - Nega vômitos, crise convulsiva, perda de consciência ou sangramento, mas criança está sonolenta - IG 38 semanas, peso de nascimento 3,5 kg, sem intercorrências - Nega internações ou traumas prévios MAUS TRATOS - CHECKLIST 120 SUSPEITA: história incompatível, demora procura atendimento, mecanismo de trauma incompatível com DNPM da criança, lesões em diferentes estágios de evolução, criança amedrontada, lesões em locais não usuais EXAMES COMPLEMENTARES: a depender do quadro clínico • Rx de corpo todo: criança 2 anos ou que não se comunica + suspeita de violência física SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO: lesões em SNC emdo trato genitourinário • Refluxo vesico-ureteral • Cor branca • História prévia de ITU • Meninas • Meninos não circuncidados QUADRO CLÍNICO • RN: sepse > baixo ganho ponderal, dificuldade de amamentação, hipotermia, icterícia • Lactente: febre, hiporexia, vômitos • Pré-escolares/escolares: febre, dor abdominal, urina fétida, urgência, enurese, disúria, incontinência MÉTODOS DE COLETA DE URINA • Jato médio: ideal nas crianças que já apresentam controle miccional • Esperar 2h da última diurese • Saco coletor: alto risco de contaminação • Não realizar urocultura • Útil quando resultado negativo • Se resultado alterado: coletar por outro método • Sonda vesical de alívio: método invasivo • Realizar na ausência de vulvovaginite, balanopostite e alterações anatômicas • Punção supra-púbica: método invasivo realizado quando não possível outro método de coleta DIAGNÓSTICO LABORATORIAL • Urina tipo 1: • Leucócitos / piócitos: 5 ou mais por campo ou mais de 10 mil por ml • Esterase leucocitária: indicativo de leucocitúria • Nitrito: detecção indireta de bactérias gram negativas / presença de urina pelo menos 4h da última micção • Gram • Urocultura: bactérias mais comuns > E.coli, Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter, Proteus, Serratia, S.saprophyticus Jato médio > 50-100 mil UFC de 1 patógeno Sondagem vesical de alívio 1000-5000 UFC de 1 patógeno Aspiração suprapúbica qualquer crescimento bacteriano INFECÇÃO URINÁRIA NA CRIANÇA - RESUMO 10 TRATAMENTO • Internação:na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - CHECKLIST 17 FALAS DO ATOR - Crise convulsiva que iniciou com abalos em 4 membros associada a sialorreia e eversão ocular. - Duração de 3 min - Ficou um pouco sonolento após - Retornou ao estado basal em menos de 5 min - Refere febre de início hoje, máximo 38,3, estando febril no momento da crise. - Associado a febre apresentou sintomas respiratórios (tosse, obstrução nasal e rinorreia) que iniciaram há 5 dias - Nega alterações urinárias ou gastrointestinais. - Nega alterações comportamentais - Nega crise convulsiva prévia, comorbidades e uso de medicações contínuas - Mãe teve crise convulsiva febril na infância - Após candidato dar as condutas, fazer as perguntas: - Pergunta sobre risco de sequela neurológica - Pergunta risco de recorrência - Pergunta se a criança tem epilepsia - Pergunta se vai precisar usar medicação contínua CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - CHECKLIST 18 CRISE FEBRIL DEFINIÇÃO Acometimento neurológico caracterizado por vulnerabilidade do SNC de uma criança em desenvolvimento associado à suscetibilidade genética. Ocorre numa faixa etária esperada de 6 meses a 5 anos, com pico com 18 meses. A febre pode preceder ou suceder a crise em até 24h. • Sempre excluir: infecção/inflamação SNC, anormalidade metabólica sistêmica e história e crises afebris anteriores FATORES DE RISCO • Infecção viral: presente em 80% dos casos • Vacinação: principalmente DTP e tríplice viral • Suscetibilidade genética: 25-40% dos pacientes têm histórico positivo em parente de 1°grau CLASSIFICAÇÃO • Simples: crise tônico-clônico generalizada + duração 15 min OU recorrência em 24h OU presença de sintomas focais como paralisia de Todd no pós-ictal EXAMES COMPLEMENTARES Realizados com objetivo de identificar foco da febre ou na crise complexa • Líquor: realizado em crianças primeira linha de tratamento agudo é o fenobarbital CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - RESUMO 19 COMPLICAÇÕES • Recorrência: ⅓ das crianças vão ter recorrência, principalmente no 1º ano após a primeira crise • Epilepsia futura: risco de 1-2% de desenvolver epilepsia, sendo maior o risco nas crises complexas, história familiar de epilepsia, alteração DNPM • Prognóstico: sequelas raras PREVENÇÃO • Uso de medicações como forma de profilaxia (benzodiazepínico intermitente ou anticonvulsivante contínuo) têm indicações específicas orientadas pelo especialista OTITE MÉDIA AGUDA Principal complicação bacteriana de infecção viral de vias aéreas superiores. Causada por aumento de muco em nasofaringe associada a disfunção de tuba auditiva, acúmulo de líquido em orelha média com infecção bacteriana secundária. AGENTES ETIOLÓGICOS: S.pneumoniae (25-50%), H.influenzae não tipável (15-30%) e M.catarrhalis (2-10%) FATORES DE RISCO: frequentar creche, predisposição familiar, tabagismo passivo, desmame precoce, baixo nível socioeconômico, 2 anos Uni ou bilateral Observação CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - RESUMO 20 • Na presença de sinais de alarme antibioticoterapia é obrigatória: otalgia moderada a grave, otalgia com duração > 48h ou febre ≥ 39°C • Tratamento inicial com Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 7-10 dias • Suspeita pneumococo resistente: amoxicilina 90 mg/kg/dia • Suspeita H.influezae ou M.cattarrhalis resistente: amoxicilina-clavulanato • Impossibilidade de ingestão via oral: ceftriaxona 50 mg/kg/dia IM por 3 dias CRISE FEBRIL + OTITE MÉDIA AGUDA - RESUMO 21 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Atendimento de puericultura em unidade básica de saúde INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação e vacina - Laboratório de análises clínicas - Farmácia DESCRIÇÃO DO CASO Mãe leva sua filha de 4 meses e 5 dias para consulta de puericultura de rotina ATENÇÃO: PACIENTE SIMULADO E MATERIAIS DISPONÍVEIS PODEM SER USADOS NA SIMULAÇÃO NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Realizar anamnese dirigida à mãe - Orientar passo a passo de realização das medidas antropométricas - Plotar valores de dados antropométricos nos gráficos e classifique-os - Solicitar e interpretar demais achados do exame físico - Indicar condutas adequadas ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. PUERICULTURA - CHECKLIST 22 IMPRESSO 1 CADERNETA DA CRIANÇA Nome: Alice Triagens neonatais: Ortolani negativo. Teste reflexo vermelho: normal. Teste de pezinho: normal Teste auditivo (EOA): normal. Teste de coraçãozinho: normal. Vacinas recebidas: BCG: 1 dose Hepatite B: 1 dose VIP: 1 dose Penta: 1 dose Rotavírus: 1 dose VIP: 1 dose Meningo C: 1 dose Dados antropométricos: Idade Peso Estatura Perímetro cefálico Nascimento 3310g 49 cm 35 cm 1 mês 4100g 54 cm 36,5 2 meses 5100g 58 cm 38 cm 3 meses 5900g 60 cm 39,5 cm PUERICULTURA - CHECKLIST 23 IMPRESSO 2 DADOS ANTROPOMÉTRICOS Peso: 6800g Comprimento: 63,5 cm Perímetro cefálico: 41 cm PUERICULTURA - CHECKLIST 24 IMPRESSO 3 Gráfico Peso x Idade (0 a 2 anos) Gráfico Comprimento x Idade (0 a 2 anos) PUERICULTURA - CHECKLIST 25 Gráfico Perímetro cefálico x Idade (0 a 2 anos) PUERICULTURA - CHECKLIST 26 IMPRESSO 4 EXAME FÍSICO Paciente em bom estado geral, sorrindo durante o exame, corada, hidratada, acianótica, anictérica, afebril, eupneica, sem linfonodomegalia. Ausculta respiratória: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios. Frequência respiratória: 34 irpm. Ausculta cardíaca: bulhas rítmicas, normofonéticas, em dois tempos, sem sopros. Frequência cardíaca: 125 bpm. Abdome: plano, flácido, inocente, sem visceromegalias; ruídos hidroaéreos presentes. Otoscopia: sem alterações. Oroscopia: sem alterações. Genitália: sem alterações. Sistema neurológico: fontanela anterior de 2 cm, plana e normotensa. Boa atividade ao exame. No colo da mãe, já firma o pescoço e se interessa pelo ambiente AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS PUERICULTURA - CHECKLIST 27 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmenteadeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: (a) identifica-se; (b) cumprimenta a mãe de maneira adequada/ cordial; (c) mantém contato visual; (d) pergunta o nome da mãe e da criança. Adequado: realize os 4 itens Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 itens Inadequado: realiza 1 ou nenhum item 0 0,25 0,5 1.2 Solicita caderneta da criança Adequado: solicita Inadequado: não solicita 0 0,5 1.3 Realiza anamnese: a) pergunta sobre queixa e intercorrências desde última consulta b) pergunta sobre antecedentes perinatais. c) Pergunta sobre a alimentação. d) Pergunta sobre o desenvolvimento neuromotor. e) Pergunta sobre o sono. f) Pergunta sobre evacuações e urina. g) Pergunta sobre medicações ou vitaminas. h) Pergunta sobre antecedentes familiares. i) investiga condições sociais/moradia. j) prevenção de acidentes. Adequado: investiga de 7 a 10 elementos Parcialmente adequado: investiga de 5 a 6 elementos apenas Inadequado: investiga até 4 elementos 0 1,0 2,0 PUERICULTURA - CHECKLIST 28 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado EXAME FÍSICO 2.1 Orienta passo a passo de aferição do peso: a) colocar papel toalha na balança b) calibrar balança antes de fazer a medida do peso c) solicita retirar roupa do bebê, incluindo calçado e fralda d) posiciona o bebê no centro da balança Adequado: realiza os 4 passos Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 passos Inadequado: realiza 1 ou menos 0 0,5 1,0 2.2 Orienta passo a passo de aferição do estatura: a) solicita retirar calçados e adereço de cabeça b) posicionar bebê no centro da régua antropométrica c) manter cabeça do bebê encostada na parte fixa do equipamento d) pressiona cuidadosamente os joelhos do bebê para baixo para que fiquem estendidos e) junta os pés do bebê e leva a parte móvel da régua até a planta dos pés Adequado: realiza os 5 passos Parcialmente adequado: realiza 3 ou 4 passos Inadequado: realiza 2 ou menos 0 0,5 1,0 2.3 Orienta passo a passo de aferição do perímetro cefálico: a) solicita retirar adereços de cabeça b) passa fita métrica sobre glabela e proeminência occipital Adequado: realiza os 2 passos Parcialmente adequado: não realiza os 2 passos 0 0,5 PUERICULTURA - CHECKLIST 29 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 2.4 Interpreta dados antropométricos de forma adequada: a) peso adequado b) comprimento adequado c) perímetro cefálico adequado Adequado: interpreta os 3 corretamente Parcialmente adequado: interpreta 2 corretamente Inadequado: interpreta 1 corretamente ou nenhum 0 0,5 1,0 2.5 Solicita demais exame físico e interpreta corretamente: criança bem e sem sinais de alarme Adequado: solicita o exame físico e interpreta de forma correta. Inadequado: não solicita o exame físico, ou solicita-o e o interpreta de forma errada. 0 0,25 0,5 CONDUTA 3.1 Indica suplementação de vitamina D Adequado: menciona a necessidade de suplementação de vitamina D. Inadequado: não menciona a necessidade de suplementação de vitamina D. 0 0,5 3.1 Informa não haver indicação no momento de suplementação de ferro Adequado: informa não haver indicação Inadequado: informa necessidade de uso de suplementação de ferro 0 0,5 PUERICULTURA - CHECKLIST 30 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado 3.2 Informa sobre vacinas de 4 meses: VIP, penta, penumo-10-valente, rotavírus Adequado: informa adequadamente Inadequado: não informa adequadamente 0 1,0 3.3 Informa sobre reação adversa principal da vacina rotavírus: invaginação / intussuscepção intestinal Adequado: informa adequadamente Inadequado: não informa adequadamente 0 0,5 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 4. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem solicitada 0 0,5 PUERICULTURA - CHECKLIST 31 FALAS DO ATOR - Veio para consulta de puericultura, sem queixas - Sem intercorrências desde a última consulta - Nasceu termo, sem intercorrências no período neonatal, alta com 48 horas de vida. Sem intercorrências gestacionais - Aleitamento materno exclusivo, sem dificuldades - DNPM adequado: sustenta pescoço, balbucia, tenta pegar brinquedo com a mão, começou a rolar, leva mãe na boca - Dorme bem, acorda 1-2 vezes para mamar - Diurese e evacuação sem alteração - Não usa medicações, não faz suplementação de vitaminas - Sem antecedentes familiares significativos - Mora em casa alugada com mãe, pai e irmão de 5 anos. Pais são professores da escola municipal, mãe de licença maternidade - Dorme em berço próprio no quarto dos pais, sem objetos soltos no berço - Transporte no carro em bebê conforto no banco de trás voltado para vidro traseiro - Pais sempre checam temperatura da água no banho e não deixam criança desacompanhada nenhum momento - Caso candidato não fale, pergunta se tem indicação de fazer suplementação de ferro - Pergunta sobre quais são vacinas de 4 meses - Pergunta qual reação adversa principal da vacina de gotinha feita aos 4 meses PUERICULTURA - CHECKLIST 32 CRESCIMENTO • Em recém-nascido pré-termo usar idade gestacional corrigida até 2-3 anos de idade para plotar valores em gráficos • IG corrida = idade cronológica em semanas - (40 semanas - idade gestacional do nascimento) • Curvas especiais: • Prematuro (Intergrowth 21): pode ser usada até 64 semanas de idade pós-concepcional • Síndrome de Down • Paralisia cerebral Perímetro cefálico • Gráfico de 0-5 anos • Mediar em todas as consultas até 2 anos • Crescimento: • 1º trimestre: 2 cm/mês • 2º trimestre: 1 cm/mês • 2° semestre: 0,5 cm/mês • Interpretação curva: Z +2 PC acima do esperado Estatura • Gráfico 0-19 anos • 0-24 meses: antropômetro horizontal • > 24 meses: estadiômetro de parede • Crescimento: • 0-12 meses: 25 cm • 12-24 meses: 12 cm • 2-4 anos: 7-8 cm/ano • 4 anos-puberdade: 6 cm/ano • Puberdade: meninas 8-12 cm/ano e meninos 9-13 cm/ano • Velocidade de crescimento nunca é inferior a 5 cm/ano • Interpretação curva: Z +2 Peso elevado ESTADO NUTRICIONAL • Gráfico 0-19 anos +1 e ≤ +2 Risco sobrepeso Sobrepeso > +2 e ≤ +3 Sobrepeso Obesidade Z > +3 Obesidade Obesidade grave VACINAS • Nascimento: BCG e Hepatite B • 2 meses: VIP, Penta, Pneumo-10, rotavírus • 3 meses: Meningo C • 4 meses: VIP, Penta, Pneumo-10, rotavírus • 5 meses: Meningo C • 6 meses: Penta, VIP / Influenza PUERICULTURA - RESUMO 34 • 9 meses: Febre amarela • 12 meses (três melhores presentes): Tríplice viral, Meningo C, Pneumo 10 • 15 meses (a debutante vomita tequila): Hepatite A, DTP, VOP, Tetraviral • 4 anos: DTP, VOP, Varicela, febre amarela ALIMENTAÇÃO • Aleitamento materno exclusivo até 6 meses > introdução alimentar com alimentos amassados / picados, introduzir e aumentar consistência de forma progressiva, sem suco ou alimentos açucarados antes de 1-2 anos • Pega adequada: lactente com corpo e barriga voltados para a mãe, tronco bem apoiado e alinhado, lábios evertidos, boca aberta abocanhando grande parte da aréola, queixo tocando a mama, nariz livre, bochechas enchendo ao sugar • Armazenamento leite ordenhado: 12h na geladeira e 15 diasno freezer, descongelar em banho- maria Suplementação de vitamina D: indicada pela Sociedade Brasileira de Pediatria em lactentes em aleitamento materno exclusivo, uso de fórmula láctea 12 meses: 600UI/dia Suplementação ferro: Recomendações da SBP: • Recém-nascido a termo, peso adequado para idade gestacional, em aleitamento exclusivo por 6 meses, sem fator de risco: 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando aos 180 dias de vida e mantido até 24 meses • Recém-nascido a termo, peso adequado para idade gestacional, independente da alimentação, com fator de risco (insuficiência placentária, síndrome hemorrágica no 3º trimestre de gestação, má nutrição materna, falta de suplementação de ferro da gestante e lactante, clampeamento de cordão umbilical 10 anos: pode usar assento dianteiro PUERICULTURA - RESUMO 37 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Ambulatório de pediatria de hospital secundário INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação e vacina - Laboratório de análises clínicas - Farmácia - Radiologia com radiografia e ultrassonografia DESCRIÇÃO DO CASO Adolescente de 14 anos, sexo feminino, comparece à consulta ambulatorial com queixa de ainda não ter apresentado menarca. ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Realizar anamnese dirigida para o quadro - Solicite exame físico e interprete-o - Solicite exames complementares caso julgue necessário - Indique principal hipótese diagnóstica - Informe condutas adequadas ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 38 IMPRESSO 1 CADERNETA VACINAL BCG: 1 dose Hepatite B: 2 doses VIP: 3 doses + VOP 1 dose Pentavalente: 3 doses + DTP 1 dose (última dose 2013) Rotavírus: 2 doses Pneumo 10-valente: 2 doses + 1 reforço Meningo C: 2 doses + 1 reforço Meningo ACWY: 1 dose Febre amarela: 1 dose Tríplice viral: 1 dose Hepatite A: 1 dose HPV: 1 dose AVALIAÇÃO DE HABILIDADES CLÍNICAS PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 39 IMPRESSO 2 EXAME FÍSICO Bom estado geral, hidratada, eupneica, afebril, acianótica, anictérica Oroscopia: sem alterações Otoscopia: sem alterações Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, sem desconforto respiratório. FR 20 ipm Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. FC 92 bpm Abdome: plano, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem visceromegalias ou massas palpáveis PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 40 IMPRESSO 3 Exame físico região genital e mamária PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 41 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: (a) identifica-se; (b) cumprimenta a mãe de maneira adequada/ cordial; (c) mantém contato visual; (d) pergunta o nome da mãe e da criança. Adequado: realize os 4 itens Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 itens Inadequado: realiza 1 ou nenhum item 0 0,25 0,5 1.2 Solicita caderneta de vacina 0 0,5 1.3 Investiga queixa principal: (a) início telarca (b) crescimento (c) início da puberdade em familiares (d) uso de medicações Adequado: pergunta 3 ou 4 Parcialmente adequado: pergunta 2 Inadequado: pergunta 1 ou nenhum 0 0,5 1,0 1.4 Realiza anamnese direcionada ao adolescente (a) ambiente domiciliar (b) escola (c) distúrbios alimentares (d) atividades de lazer (e) uso de drogas (f) sexualdiade (g) segurança / tentativa de suicídio Adequado: pergunta 6 ou 7 Parcialmente adequado: pergunta 4 ou 5 Inadequado: pergunta 3 ou menos 0 1,0 2,0 PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 42 EXAME FÍSICO 2.1 Solicita e interpreta exame físico: sem alterações Adequado: solicita o exame físico e interpreta de forma correta. Inadequado: não solicita o exame físico, ou solicita-o e o interpreta de forma errada. 0 0,5 2.2 Faz classificação de estágio de Taner: M4P4 Adequado: classifica estágio de Taner de forma adequada Inadequado: não classifica estágio de Taner de forma adequada ou não faz a classficação 0 1,0 DIAGNÓSTICO 3.1 Indica principal hipótese diagnóstica: puberdade normal / adequada Adequado: indica puberdade adequada Inadequado: não indica puberdade adequada 0 1,0 CONDUTA 4.1 Informa sobre sigilo médico: sigilo médico não irá ser quebrado Adequado: informa adequadamente Inadequado: não informa adequadamente 0 1,0 4.2 Realiza aconselhamento breve sobre uso de drogas Adequada: realiza adequadamente Inadequado: não realiza 0 0,5 PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 43 4.3 Informa sobre atualização de cartão vacinal: (a) 1 dose de hepatite B (b) 1 dose tríplice viral (c) 1 dose dT (d) 1 dose HPV Adequado: informa os 4 corretamente Parcialmente adequado: informa 3 corretamente Inadequado: informa 2 ou menos corretamente 0 0,5 1,0 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 4. Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participanteAdequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem 0 0,5 PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 44 FALAS DO ATOR - Paciente vem a consulta preocupada pois todas suas amigas já menstruaram, menos ela - Telarca com 12 anos - Mãe menstruou com 14 anos - Refere ter crescido bastante nos últimos meses, perdendo algumas roupas - Nega comorbidades e uso de medicações contínuas - Mora com pais e irmã de 12 anos, tem boa relação com família, sem grandes conflitos - Estuda no 2º ano do ensino médio de escola municipal. Tem bom desempenho escolar e boa relação com colegas e professores. Pretende fazer vestibular apra direito - Alimentação adequada, nega alteração de imagem corporal, nega purgação - Nos tempos livres gosta de ir ao shopping e cinema com as amigas - Refere ter experimentado álcool e maconha 2x em festas de aniversários de amigos - Não está namorando, nega relações sexuais prévias - Nega situações de violência no seu entorno - Nega ideação suicida - Após candidato informar diagnóstico e condutas, perguntar se o médico vai precisar contar para seus pais que ela fez uso de álcool e maconha PUBERDADE + HEBIATRIA - CHECKLIST 45 ESTÁGIOS TANNER PUBERDADE + HEBIATRIA - RESUMO 46 DESENVOLVIMENTO EM MENINAS • LH e FSH liberados pela hipófise estimulam o ovário a produzir estrógeno e progesterona que levam a: • Aumento da mama, útero e ovário • Aceleração do crescimento • Avanço da idade óssea • Andrógenos produzidos pela adrenal levam a surgimento de pelos, odor axilar e acne • Início da puberdade: telarca (8-13 anos) • Menarca: 2 a 2,5 anos após telarca • Estirão de crescimento: em M3, velocidade de crescimento de 8-12 cm/ano DESENVOLVIMENTO EM MENINOS • LH e FSH liberados pela hipófise estimulam os testículos a produzirem testosterona que leva a: • Desenvolvimento genital, pelos faciais, mudanças vocal, aceleração de crescimento • Estrógeno produzido pela conversão periférica leva a Ginecomastia em alguns meninos além de avanço de idade óssea • Início da puberdade: aumento do volume testicular maior ou igual 4 ml (9-14 anos) • Estirão de crescimento: em G4, velocidade de crescimento de 9-14 cm/ano PUBERDADE + HEBIATRIA - RESUMO 47 Ginecomastia puberal PUBERDADE PRECOCE Ocorre em meninosa uma consulta habitual com uma criança. A consulta do adolescente deve ser dividida em, pelo menos, 2 momentos: o primeiro momento com o adolescente e os responsáveis e o segundo momento somente com o adolescente. A avaliação somente com o paciente não deve ser realizada se o paciente tiver algum déficit intelectual, distúrbio psiquiátrico grave ou não desejar esse momento da consulta. Primeiro momento (adolescente + responsável) - Motivo da consulta - Histórico da situação atual - Estado vacinal - Dados da gestação, parto e nascimento - Hábitos alimentares - Condições de habitação, ambiente, rendimento escolar, exposição a ambientes violentos, uso de tecnologia da informática - História familiar - Sono, atividades culturais, exercícios físicos, religião Segundo momento (somente o adolescente) - Percepção corporal e autoestima - Relacionamento com a família - Utilização de horas de lazer, relações sociais, grupo de iguais, desenvolvimento afetivo / emocional / sexual - Conhecer espaços onde adolescente transita - Crenças e atividades religiosas - Investigar situações de risco e vulnerabilidade - Comportamento sexual, gênero e orientação sexual, saúde reprodutiva - Tempo de exposição a telas PUBERDADE + HEBIATRIA - RESUMO 52 PONTOS ABORDADOS NA CONSULTA • Home (ambiente familiar) • Escola • Atividades de lazer • Drogas • Sexualidade • Seguraça • Suicídio VACINAS OBRIGATÓRIAS DO ADOLESCENTE • Hepatite B: 3 doses • Tríplice viral: 2 doses • Febre amarela: 1 dose • Meningo ACWY: 1 dose (11 a 14 anos) • HPV: 2 doses (9 a 14 anos) • dT: 1 dose a cada 10 anos PUBERDADE + HEBIATRIA - RESUMO 53 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Pronto socorro de pediatria INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação - Sala de emergência - Laboratório de análises clínicas - Radiologia com radiografia e ultrassonografia - Leitos de internação em enfermaria e UTI pediátrica DESCRIÇÃO DO CASO Criança 3 anos de idade, sexo masculino, comparece a pronto socorro de pediatria devido a quadro de início súbito de agitação, vômitos e sudorese há 30 min. ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Realizar anamnese dirigida para o quadro - Solicite exame físico e interprete-o - Indique principal hipótese diagnóstica - Solicite exames complementares caso julgue necessário - Informe condutas adequadas ATENÇÃO: VOCÊ DEVERÁ, OBRIGATORIAMENTE, REALIZAR AS TAREFAS NA SEQUÊNCIA DESCRITA ACIMA. ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 54 IMPRESSO 1 EXAME FÍSICO Regular estado geral, afebril, acianótico, sudoreico, agitado e choroso Sinais vitais: FC 150 bpm; FR 45 ipm; SatO2 98% Oroscopia: sem alterações Otoscopia: sem alterações Aparelho respiratório: murmúrios vesiculares presentes bilateralmente, sem ruídos adventícios, taquipneico sem desconforto respiratório Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas e normofonéticas em 2 tempos, sem sopros. Pulsos cheios e simétricos. Abdome: plano, ruídos hidroaéreos presentes, timpânico, normotenso. Sem visceromegalias ou massas palpáveis Lesão hiperemiada em pé esquerdo de aproximadamente 0,5 cm ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 55 IMPRESSO 2 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 56 IMPRESSO 3 ECG: sem alterações ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 57 ITENS DE DESEMPENHO AVALIADOS Inadequado Parcialmente adeq Adequado ANAMNESE 1.1 Apresentação: (a) identifica-se; (b) cumprimenta a mãe de maneira adequada/ cordial; (c) mantém contato visual; (d) pergunta o nome da mãe e da criança. Adequado: realize os 4 itens Parcialmente adequado: realiza 2 ou 3 itens Inadequado: realiza 1 ou nenhum item 0 0,25 0,5 1.2 Investiga queixa principal: (a) início dos sintomas (b) presença e frequência de vômitos (c) diarreia (d) alterações urinárias (e) desconforto respiratório (f) quadros semelhantes prévios (g) contato com animais peçonhentos Adequado: pergunta 6 ou 7 Parcialmente adequado: pergunta 4 ou 5 Inadequado: pergunta 3 ou menos 0 1,0 2,0 1.3 Investiga passado médico (a) comorbidades (b) uso de medicações (c) alergias (d) internações prévias Adequado: pergunta 4 Parcialmente adequado: pergunta 3 Inadequado: pergunta 2 ou menos 0 0,5 1,0 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 58 EXAME FÍSICO 2.1 Solicita e interpreta exame físico Adequado: solicita o exame físico e interpreta de forma correta. Inadequado: não solicita o exame físico, ou solicita-o e o interpreta de forma errada. 0 0,5 DIAGNÓSTICO 3.1 Indica principal hipótese diagnóstica: acidente escorpiônico moderado Adequado: indica corretamente o diagnóstico e a gravidade Parcialmente: não indicada a gravidade de forma adequada Inadequado: não informa diagnóstico correto 0 1,0 EXAMES COMPLEMENTARES 4.1 Solicita Rx de tórax e ECG Adequado: solicita ambos Parcialmente adequado: solicita 1 Inadequado: não solicita nenhum 0 0,5 1,0 CONDUTA 5.1 Internação em leito de UTI Adequado: informa adequadamente Inadequado: não informa 0 1,0 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 59 5.2 Orienta analgesia: (a) dipirona de horário (b) compressa morna local (c) considerar bloqueio local Adequado: realiza adequadamente os 3 Parcialmente adequado: realiza 2 corretamente Inadequado: realiza 1 ou nenhum 0 0,5 1,0 5.3 Informa sobre necessidade de soroterapia: antiescorpiônico ou antiaracnídeo Adequado: informa corretamente Inadequado: não informa adequadamente 0 1,0 5.4 Realiza notificação compulsória Adequado: realiza Inadequado: não realiza 0 0,5 REALIZAÇÃO DE TAREFAS 6.1 Realiza adequadamente tarefas, conforme solicitado nas orientações ao (à) participante Adequado: realiza todas as tarefas propostas na ordem solicitada Inadequado: não realiza as tarefas propostas na ordem 0 0,5 ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 60 FALAS DO ATOR - Criança estava bem, brincando no quarto, quando subitamente começou a chorar e fica muito agitada - Logo depois passou a ter episódios de vômitos (4 até o momento) e começar a ficar muito suada - Nega desconforto respiratório - Nega febre, sintomas respiratórios, diarreia ou sintomas urinários - Nega quadros semelhantes prévios - Boa aceitação da dieta - Se o candidato perguntar: já encontrou escorpiões no quarto da criança previamente - Nega comorbidades, internações prévias, alergias ou uso de medicações contínuas ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - CHECKLIST 61 • Animais peçonhetos: aqueles que produzem peçonha (veneno) e tem condições naturais para injetá-los em presas / predadores • Agravo de notificação compulsória desde 2010 • Em crianças os mais comuns são: escorpião > aranha > abelha / serpente REGRAS GERAIS • Procurar atendimento médico imediatamente • Informar máximo possível de características do inseto (tipo, cor e tamanho) • Se possível, e caso não atrase a ida do paciente ao PS, lavar o local com água e sabão, manter a vítima em repouso e membro elevado • Se picada ou ferroada na extremidade do corpo, retire acessórios que possam comprimir e comprometer a circulação (anéis, fitas, calçados) • NÃO FAZER: não amarrar ou fazer torniquete do membro acometido, não cortar / furar e/ou aplicar substâncias no local da picada, não oferecer bebidas alcoólicas / querosene / outros tóxicos, não esfregar nem tentar sugar o veneno SERPENTES Acidente Botrópico • Mais comum (75-90%) > jararaca (não é o mais letal) • Manifestação local: dor, edema endurado no local da picada > instalação precoce e caráter progressivo • Equimoses e sangramentos no ponto da picada, pode ter necrose • Manifestações sistêmicas: gengivorragia, epistaxe, hemtêmese, hematúria, choque, náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão, hipotermia • Complicações: síndrome compartimental, abscesso, necrose, choque, sangramento grave, LRA ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - RESUMO 62 Acidente Crotálico • 2º mais comum e o 1º mais letal:Cascavéis • Manifestações locais: dor em pequena intensidade, parestesia com edema ou eritema discreto no local • Manifestações sistêmicas: mal estar, sudorese, vômitos, boca seca, prostração, inquietação, visão turva, diplopia, midríase, flacidez na face, mialgia, hematúria (rabdomiólise) • Fáceis neurotóxicos: ptose palpebral > tenta levantar com testa • Complicações: parestesia duradoura, LRA com NTA Acidente Elapídico • 3º mais comum (0,5%): coral verdadeira • Não possui fosseta loreal, não são agressivos • Acidente raro mas grave pelo risco de IRpA • Manifestação local: dor discreta (muitas ausentes), parestesia • Manifestações sistêmicas: fraqueza muscular progressiva, ptose palpebral, sonolência, perda de equilíbrio, sialorreia, oftalmoplegia , fáceis miastênica, mialgia • Paralisia flácida > comprometimento musculatura respiratória > apneia e IRpA Acidente Laquético • Surucucu • Maior serpente peçonhenta das Américas, acidente raro • Floresta amazônica, mata atlântica, algumas áreas do nordeste • Manifestações locais: acidente botrópicos • Manifestações sistêmicas: hipotensão, tontura, escurecimento de visão, bradicardia, cólicas abdominais, vômitos e diarreia = síndrome vagal ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - RESUMO 63 Exames complementares • Tempo de coagulação (TC) • Normal: até 10 min • Alterado: 10-30 min • Incoagulável: > 30 min • Hemograma • Coagulograma • Fibrinogênio • Urina • Eletrólitos • Função renal • CK, DHL, TGO, TGP Tratamento • Soroterapia • Analgesia • Hidratação: manter diurese adequada • Diuréticos se necessário: principalmente crotálico • Profilaxia tétano ARANHAS • 3 gêneros: Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom), Latrodectus (viúva negra) • Sem importância médica: Lycosa (jardim) e caranguejeira • Caranguejeira: pelos urticantes com acometimento ocular Phoneutria • Armadeira: agressiva (ergue-se apoiada nas pernas traseiras), não usam teias, são errantes, hábito noturno • Dor intensa > realizar bloqueio local e analgesia sistêmica + compressa morna • Muito semelhante ao escorpião ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - RESUMO 64 Loxosceles • Aranha marrom: fazem teias, não são agressivas • Picada indolor e com evolução em 3 fases • Incaracterística: bolha serosa, edema, calor e rubor, com ou sem dor em queimação • Sugestiva: enduração, bolha, equimose e dor em queimação • Característica: dor em queimação, lesão hemorrágica focal mescladas com áreas pálidas de isquemia (placa marmórea) e necrose (diagnóstico) ACIDENTE ANIMAIS PEÇONHENTOS - RESUMO 65 Latrodectus • Viúva negra • Acidentes causados por fêmeas • Casos graves podem cursar com alterações hematológicas (leucocitose, linfopenia, eosinopenia), bioquímicas (hiperglicemia, hiperfosfatemia), sedimento urin;raio (albuminúria, hematúria, leucocitúria e clindrúria) e ECG (arritmias) • Nessas casos podem ser usados analgesia + soro + diazepam + Gluconato Ca + Clorpromazina ESCORPIÃO • Acidente com maior número de casos • Tityus serrulatus: espécie de maior preocupação > maior potencial de gravidade / mais comum • Faixa pediátrica: maior risco para gravidade • Manter todos os casos em observação por pelo menos 6h (principalmente criança introdução alimentar com alimentos amassados / picados, introduzir e aumentar consistência de forma progressiva, sem suco ou alimentos açucarados antes de 1-2 anos • Pega adequada: lactente com corpo e barriga voltados para a mãe, tronco bem apoiado e alinhado, lábios evertidos, boca aberta abocanhando grande parte da aréola, queixo tocando a mama, nariz livre, bochechas enchendo ao sugar • Armazenamento leite ordenhado: 12h na geladeira e 15 dias no freezer, descongelar em banho- maria TRIAGENS NEONATAIS TESTE DO CORAÇÃOZINHO Realizado para diagnóstico precoce de cardiopatias congênitas críticas (necessitam de abordagem cirúrgica / cateterismono 1º ano de vida). • Fluxo pulmonar dependente de canal: Atresia de valva pulmonar ou estenose pulmonar de grau acentuado > comprometimento do coração direito • Fluxo sistêmico dependente de canal: Atresia ou estenose crítica da valva aórtica ou obstrução crítica no arco aórtico > comprometimento do coração esquerdo • Circulação em paralelo: transposição de grandes vasos Rotina de realização • Todos RN com mais de 34 semanas de idade gestacional a partir de 24 horas de vida • Oximetria de membro superior direito + algum membro inferior • SatO2 ≥ 95% em ambos membros ou diferença entre eles 5 dias • Necessidade de ventilação extracorpórea, ventilação assistida, exposição a drogas ototóxicas (aminoglicosídeo, diurético de alça), hiperbilirrubinemia importante, anóxia neonatal grave • Peso nascimento avaliação a via de condução da audição (orelha externa até cóclea) • PEATE = potencial evocado de tronco encefálico > avalia a via neurossensorial da audição (cóclea até tronco encefálico) • Acompanhamento = rotina de puericultura habitual • Monitoramento = rotina de puericultura habitual + avaliação fonoaudiológica entre 7-12 meses REFLEXO DO OLHO VERMELHO Rastreia alterações que comprometem transparência dos meios oculares (catarata, glaucoma, toxoplasmose, retinoblastoma) • Realizado com oftalmoscópio direto com distância de 30 cm do olho do paciente em sala escura • Normal: reflexo vermelho bilateral • Resultado alterado: solicitar avaliação do oftalmologista TESTE DO PEZINHO Diagnóstico de doenças assintomáticas com testes de boa sensibilidade sendo capaz de interferir no curso da doença permitindo tratamento precoce específico ou eliminação de sequelas AMAMENTAÇÃO + TRIAGENS NEONATAIS - RESUMO 76 HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO • Etiologias: • Disgenesia (85%): agenesia, ectópica, hipoplasia • Disormonogênese (10-15%) • Transitório: mãe com uso de amiodarona, mãe com hipotireoidismo com presença de anticorpos • Quadro clínico: hipotonia muscular, dificuldade respiratória, cianose, icterícia prolongada, constipação, atraso para eliminação de mecônio, bradicardia, sopro cardíaco, anemia, sonolência e dificuldade de amamentação, choro rouco, hérnia umbilical, alargamento de fontanela, déficit de crescimento, retardo da maturação óssea, atraso desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência intelectual • Diagnóstico: dosagem de TSH • 20 = avaliação médica + TSH e T4L séricos • Iniciar Levotiroxina o mais precoce possível (preferencialmente nas primeiras 2-4 semanas de vida) para evitar sequelas neurológicas e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor HIPERPLASIA ADRENAL CONGRESSO • O tipo mais comum ocorre por mutação na enzima 21 hidroxilase que participa do metabolismo da progesterona na adrenal. A ausência dessa enzima leva uma redução na produção da aldosterona e cortisol, levando a crise adrenal, e aumento na produção de testosterona e 17 OH progesterona, levando a virilização • Diagnóstico: elevação de 17 OH progesterona > confirmação com dosagem sérica • Quadro clínico: • Forma clássica perdedora de sal: virilização da genitália externa + crise adrenal (desidratação, hiponatremia, hipercalemia) • Forma clássica não perdedora de sal: virilização da genitália • Forma não clássica: pubarca precoce, oligossintomática em meninos • Tratamento: reposição hormonal (hidrocortisona / fludrocortisona) • Crise adrenal: expansão volêmica + correção glicemia + correção distúrbios hidroelétricos + corticoide (hidrocortisona / fludrocortisona) HEMOGLOBINOPATIAS • Alteração na quantidade ou formação de cadeias de hemoglobina • Diagnóstico confirmado com eletroforese de hemoglobina aos 6 meses de vida, quando há queda na Hb fetal FENILCETONÚRIA • Fenilanina é um aminoácido essencial que através da fenilalanina hidroxilase leva a formação de neurotransmissores. Na Fenilcetonúria há uma ausência dessa enzima levando a um acúmulo de fenilalanina associado a uma redução de produção de neurotransmissores o que causa um atraso global do DNPM e deficiência intelectual • Diagnóstico: dosagem de Fanilalanina com confirmação repetindo teste do pezinho • 10-20 = Fenilcetonúria leve • > 20 = Fenilcetonúria clássica AMAMENTAÇÃO + TRIAGENS NEONATAIS - RESUMO 77 • Tratamento com redução da ingestão do aminoácido com dieta hipoproteica • Não há contraindicação ao aleitamento materno FIBROSE CÍSTICA • Doença autossômica recessiva com mutação do canal de condutância transmembrana (CFTR) responsável pelo transporte de cloro e fluidificação das secreções • Quadro clínico: variável e extenso pelo acometimento de vários órgãos e diferentes mutações com diferentes graus de acometimento da função do canal Respiratório infecções crônicas e de repetição, bronquiectasia Pancreático Insuficiência endócrina e exócrina Nutricional Desnutrição Hepatobiliar Esteatose, cirrose biliar Intestinal Íleo meconial Sistema reprodutor Infertilidade Glândulas sudoríparas Desidratação • Diagnóstico com 2 testes do pezinho com IRT aumentando + teste do cloro no suor alterado • Na presença de íleo meconial diagnóstico somente com teste de cloro no suor • Tratamento: acompanhamento multidisciplinar em centro de referência com manejo nutricional, tratamento de complicações, fisioterapia respiratória e tratamento direcionado a mutação em vigência TOXOPLASMOSE CONGÊNITA • Quadro clínico: maioria assintomático • Clássico: Coriorretinite, calcificações intracerebrais, Proteinorraquia • Diagnóstico: IgM para toxoplasmose • Teste alterado: solicitar sorologia materna e fetal, fundo de olho, USG de crânio, TC de crânio, liquor, PEATE, hemograma e transaminases DEFICIÊNCIA DE BIOTINIDASE • Deficiência do metabolismo de biotina levando a quadro de crise convulsiva, hipotonia, microcefalia, atraso DNPM, distúrbios visuais e auditivos • Diagnóstico: 2 testes do pezinho alterados • Tratamento: reposição de biotina AMAMENTAÇÃO + TRIAGENS NEONATAIS - RESUMO 78 INSTRUÇÕES PARA O PARTICIPANTE CENÁRIO DE ATUAÇÃO - Atendimento em pronto-socorro de pediatria em hospital secundário INFRAESTRUTURA - Consultórios para atendimento - Sala de medicação - Sala de emergência - Laboratório de análises clínicas - Setor de radiologia com radiografia, tomografia computadorizada e ultrassonografia - Leitos de internação em enfermaria pediátrica DESCRIÇÃO DO CASO Paciente sexo feminino, 25 dias de vida, é trazida ao pronto socorro pela mãe devido a queixa de pele amarelada ATENÇÃO: MÃE E PACIENTE SIMULADOS NÃO DEVERÃO SER TOCADOS DURANTE O ATENDIMENTO. NOS PRÓXIMOS 10 MINUTOS VOCÊ DEVERÁ EXECUTAR AS TAREFAS A SEGUIR: - Faça anamnese direcionada para o caso - Solicite o exame físico e interprete-o - Solicite exames complementares caso julgue necessário - Informe diagnóstico - Oriente conduta adequada