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12/06/2013 1 QFL238 �Recuperação 12/07/2013 (sexta-feira) � Início: 18h00 �Permanência mínima até 19h00 �Turmas do diurno e do noturno Eletroforese Capilar Claudimir Lucio do Lago IQ – USP sala 1270 Eletroforese � Técnica de separação baseada na migração diferenciada dos componentes de uma mistura sob um campo elétrico controlado. � A eletroanalítica da ponte salina. Arne Tiselius Prêmio Nobel de Química 1948 Eletroforese Capilar � Capillary Electrophoresis (CE) � Capillary Zone Electrophoresis (CZE) � Separação eletroforética realizada em tubos de pequeno diâmetro interno (< 100 µm). � Por que usar tubos capilares? Equipamento básico de CE Fonte de alta tensão Eletrodo de metal nobre Reservatório do eletrólito de corrida Ambiente termostatizado Reservatório da amostra Detector 1987 – Perkin Elmer – Applied Biosystems 1989 – P/ACE – Beckman Coulter 1993 – P/ACE 5000 Equipamentos comerciais 12/06/2013 2 Agilent CE 7100 PA 800 Beckman Coulter Equipamentos comerciais Eletroferograma -0.600 -0.400 -0.200 0.000 0.200 0.400 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 time / min ou tp u t / V 1 2 3 4 5 1 Mobilidade Iônica Deslocamento em meio viscoso peso resistência F = m · a Deslocamento em meio viscoso F(m,g) F(η,v) viscosidade Mobilidade iônica + zeEFE =rvFF ηπ6−= campo elétrico FE – força exercida pelo campo elétrico z – carga do íon e – carga elementar E – campo elétrico FF – força exercida pelo solvente η – viscosidade r – raio iônico hidratado do íon v – velocidade do íon Válido para íons esféricos e pequenas moléculas de solvente. 12/06/2013 3 Mobilidade iônica Quando FE = -FF : r zeE v ηπ6 = r ze η µ π6 = Ev µ= zeEFE = rvFF ηπ6−= + 2+ Mobilidade iônica r ze η µ π6 = r ze ⋅⋅= ηpi µ 1 6 constante característica do meio característica do íon peso ou tamanho? � “Eu separo proteínas de acordo com o peso delas...” � Para compostos orgânicos: � tamanho da cadeia é proporcional ao número de carbonos � r ∝ nC � massa molar (M) é proporcional ao número de carbonos � Logo... r z ∝µ Isto é uma aproximação!!! M z ∝µ r ze ⋅⋅= ηpi µ 1 6 Mobilidade de algumas espécies espécie µ / 10-5 cm2 s-1 V-1 Li+ 40,1 Na+ 51,9 K+ 76,2 Ca2+ 61,7 Zn2+ 54,7 NH4+ 76,3 r ze ⋅⋅= ηpi µ 1 6 Em água a 25 ºC Mobilidade de algumas espécies espécie −µ / 10-5 cm2 s-1 V-1 F- 57,0 Cl- 79,1 Br- 80,9 [Fe(CN)6]3- 105 [Fe(CN)6]4- 114 CH3COO- 42,4 r ze ⋅⋅= ηpi µ 1 6 Em água a 25 ºC Mobilidade do Próton espécie |µ | / 10-5 cm2 s-1 V-1 H+ 362 OH- 206 Em água a 25 ºC H+ O H H H O H+ H D. Marx et al., “The nature of the hydrated excess proton in water”, Nature 397 (1999) 601-604. N. Agmon, “The Grotthuss mechanism”, Chem. Phys. Letters 244 (1995) 456-462. D. Marx et al., “The nature of the hydrated excess proton in water”, Nature 397 (1999) 601-604. N. Agmon, “The Grotthuss mechanism”, Chem. Phys. Letters 244 (1995) 456-462. Theodor von Grotthuss (1785-1822) 12/06/2013 4 2 Mobilidade Efetiva Mobilidade efetiva � A espécie A- tem mobilidade diferente de zero � A espécie HA tem mobilidade igual a zero � Qual delas devo considerar? � Se as reações direta e reversa estão ocorrendo com cinética elevada : � A mobilidade a ser considerada deve ser a média das mobilidades de cada forma ponderadas pelas respectivas frações do tempo. HA(aq) � H+(aq) + A-(aq) Mobilidade efetiva HA(aq) � H+(aq) + A-(aq) 0 2 4 6 8 10 12 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 pKa pH α HA A- fração molar Mobilidade efetiva � Na verdade, a fração molar correspondente à fração do tempo em cada forma. HA(aq) � H+(aq) + A-(aq) ∑= iieff µαµ −− += AAHAHAeff µαµαµ Mobilidade efetiva Exemplo: Ácido Acético (pKa = 4,7) µHAc = 0 µAc-= -42,4 10-5 cm2 V-1 s-1 −− += AcAcHAcHAceff µαµαµ −− = AcAceff µαµ ∑= iieff µαµ 0 2 4 6 8 10 12 -40 -30 -20 -10 0 µ e ff / 10 -5 c m 2 V- 1 s- 1 pH Mobilidade efetiva ∑= iieff µαµ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 m o bi lid a de / 1 0- 5 cm 2 V- 1 s- 1 pH alanina 12/06/2013 5 Mobilidade efetiva ∑= iieff µαµ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 m o bi lid a de / 1 0- 5 cm 2 V- 1 s- 1 pH alanina tirosina Mobilidade efetiva ∑= iieff µαµ 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 m o bi lid a de / 1 0- 5 cm 2 V- 1 s- 1 pH alanina tirosina ácido aspártico Separação de aminoácidos 20 30 40 50 60 20 11 + 12 19 18 17 16 15 14 13 10 9 8 76 54 3 21 co nd ut iv id a de tempo / minutos Separação de aminoácidos em meio ácido: 1 mmol/L de (1) Lys, (2) Arg, (3) His, (4) Gly, (5) Ala, (6) Val, (7) Iso, (8) Leu, (9) Ser, (10) Thr, (11) Asn, (12) Met, (13) Gln, (14) Trp, (15) Glu, (16) Phe, (17) Pro, (18) Tyr (0,5mM), (19) Cys (0,5mM) e (20) Asp. Eletrólito de corrida 2,7 mol/L de ácido acético (pH 2.1) com hidroxietilcelulose 0,05%. Comprimento do capilar 82 cm (67 cm efetivos) e diâmetro interno de 50 µm. Injeção por pressão a 30 s e potencial de corrida de 28 kV. Detector C4D 1 MHz e 4 Vpp. 3 Fluxo Eletroosmótico Íons e moléculas sob ação do campo elétrico +- A superfície da sílica silanol siloxano silanóis geminais 12/06/2013 6 A superfície da sílica Si O OH O SiO Si O O O SiO Si O O O Si O Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O Si O Si O O O Si O Si O O O SiO Si O O O Si O Si OH OH OH OH OH OH Si O O - O SiO Si O O O SiO Si O O O Si O Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O SiO Si O O O Si O Si O O O Si O Si O O O SiO Si O O O Si O Si OH OH OH O - O - O - silanolato pH baixo pH alto A solução eletrolítica na região da superfície da sílica cátion livre cátion adsorvido silanol silanolato cátions e ânions livres O interior do capilar O interior do capilar +- Fluxo eletrosmótico fluxo eletrosmótico X fluxo laminar 12/06/2013 7 Fluxo laminar diâmetro interno do capilar: 100 µm comprimento do capilar: 60 cm coluna d’água: 5 cm tempo em milissegundos Fluxo eletrosmótico diâmetro interno do capilar: 75 µm campo elétrico: 200 V/cm tempo em milissegundos Fluxo eletrosmótico � A velocidade do EOF depende: � do campo elétrico. � da densidade de carga na superfície interna do capilar (pH e espécies adsorvidas); � da espessura da dupla camada elétrica (força iônica); � da viscosidade da região da dupla camada elétrica (solvente, aditivos, temperatura); Mobilidade do fluxo eletrosmótico dce eo E v η εζ = Ev eoeo µ= veo – velocidade do EOF ε – constante dielétrica ζ– potencial zeta E – campo elétrico ηdce – viscosidade na região da dupla camada elétrica dce eo η εζµ = Mobilidade e mobilidade... � Mobilidade Eletroforética � Tem origem microscópica: � carga, raio iônico, viscosidade... � Manifestação macroscópica: � bandas compostas pelos analitos se deslocando pela coluna... � Modelo matemático: � Mobilidade do Fluxo Eletrosmótico � Tem origem microscópica: � superfície interna do capilar... � Manifestação macroscópica: � bombeamento da solução de um reservatório para o outro... � Modelo matemático: dce eo η εζµ = r ze η µ π6 = Mobilidade aparente fluxo do rio 12/06/2013 8 Mobilidade Aparente Mobilidade aparente eoeffap µµµ += EOF EOF µµeo µap = µ + µeo -µ µeo µap = -µ + µeo Ev eoeo µ= Ev µ= Ev EEv vvv eoap eoap eoap )( µµ µµ += += += mobilidade aparente mobilidade efetiva mobilidade do EOF EOF com diferentes materiais PYREX SÍLICA TEFLON 3 4 5 6 7 8 4 3 2 1 pH M O B IL ID AD E EL ET R O O SM ÓT IC A (10 - 4 c m 2 V- 1 s - 1 ) Controle do EOF pela modificação da superfície interna do capilar � Ligação Covalente através de reações de silanização � C8H17Si(OCH3)3C18H37SiCl3 � Alterações Dinâmicas pela adição de polímeros ou compostos iônicos que adsorvam sobre sílica. � Álcool polivinílico (PVA) aumenta a viscosidade. � Brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB) ou Ca2+ permitem reverter o fluxo eletrosmótico. Reversão do EOF Um pouco de prática Ev apap µ= T ap m D L V t L µ= Ev eofeof µ= T eof eof D L V t L µ= eofeffap µµµ += Para o pico do analito: Para o pico de um marcador neutro: 12/06/2013 9 4 Modalidades de Eletroforese Modalidades de eletroforese � Modalidades a serem consideradas: � Eletroforese de zona livre (CZE) � espécies iônicas ou ionizáveis em geral � Eletroforese em gel (CGE) � macromoléculas (DNA, peptídeos...) � Cromatografia eletrocinética micelar (MEKC) � compostos neutros � Outras estratégias: � Eletrocromatografia capilar (CEC) � é praticamente HPLC... sem bomba � Focalização isoelétrica (CIEF) � separação de peptídeos � Isotacoforese (CITP) � se você não sabe o que é, tudo bem... ou quase Resolução − = lenta lentarápidaNR µ µµ 4 Quanto maior a diferença relativa de mobilidade, maior a resolução. ab r E WW tR + ∆ = 2 Resolução prevista em função do número de pratos e mobilidades: Eletroforese de Zona Livre (CZE ou CE) mecanismo agente aplicação ácido/base H+ ou OH– aminoácidos complexação com espécie neutra 18-crown-6 K+ e NH4+ complexação com espécie iônica B(OH)4- açúcares solvatação diferenciada CH3OH Ca2+ e Na+ derivatização HSO3- aldeídos 18-crown-6 Eletroforese Capilar em Gel (CGE) � A solução aquosa é substituída por gel. � Uma adaptação da eletroforese em gel – muito popular em aplicações bioquímicas. � Exemplos: agarose, poliacrilamida � Mecanismo: peneiramento em gel, isto é, moléculas menores têm maior mobilidade. r ze ⋅⋅= ηpi µ 1 6 Válida para moléculas esféricas e desde que as moléculas do solvente sejam pequenas. Cromatografia eletrocinética micelar (MEKC ou MECC) � Técnica baseada na utilização de meio micelar. � Micelas iônicas possuem mobilidade diferente de zero. 12/06/2013 10 Cromatografia eletrocinética micelar (MEKC ou MECC) EOF Uma espécie neutra na solução caminha em direção ao pólo negativo. Retida em uma micela negativa, ela caminha em direção ao pólo positivo. Detecção de Álcoois Alifáticos Eletrólito de corrida: 50 mM fosfato de sódio, 50 mM SDS (pH 6,9). Concentração dos analitos: 10 µL / mL Detector: 600 kHz (1) 2-propanol (2) 1-propanol (3) 2-methyl-2-propanol (4) 2-butanol (5) 2-methyl-1-propanol (6) 1-butanol (7) 2-methyl-2-butanol (8) 3-methyl-1-butanol (9) 1-pentanol4 5 6 7 8 9 10-0.20 -0.15 -0.10 -0.05 0.00 0.05 b 98 765 43 21 De te ct o r Re sp o n se / V Time / min Exemplo para o PeakMaster NH2 CH3 NH2 CH3 NH2 CH3 NH2 CH3CH3 CH3 NH3 + CH3 NH2 CH3 + H+ pKa = 4,34 pKa = 4,68 pKa = 5,09 pKa = 4,38 5 Eletrólito Suporte Breve revisão sobre circuitos elétricos 9 V R1 R2 R3 1000 Ω 1500 Ω 500 Ω corrente = 3 mA ddp 3,0 V 4,5 V 1,5 V Breve revisão sobre circuitos elétricos 9 V R1 R2 R3 1000 Ω 1500 Ω 500 Ω ddp 3,0 V 4,5 V 1,5 V 0,0 V 1,5 V6,0 V9,0 V 12/06/2013 11 Breve revisão sobre circuitos elétricos 9 V R1 R2 R3 1000 Ω 10 000 Ω 100 Ω corrente = 811 µA ddp 0,811 V 8,11 V 81,1 mV 0 V 9 V Extrapolando para eletroforese... 20 kV R1 R2 R3 10 GΩ 10 kΩ 10 GΩ corrente = 1,0 µA Qual a d.d.p. sobre a região da amostra? amostra 10 mV água Cálculo da velocidade de um íon � Se a região da amostra compreender 2 mm de extensão, qual o campo elétrico para uma d.d.p. de 10 mV? � 5 mV/mm ou 50 mV/cm � Qual a velocidade do íon potássio sob este campo elétrico? (µK+ = 7,62 10-4 cm2 s-1 V-1) � 0,05 V cm-1 x 7,62 10-4 cm2 s-1 V-1 = 0,000038 cm/s ou 1,4 mm/h. � 20 kV em uma coluna de 50 cm � E = 400 V/cm � K+ move-se a 0.3 cm/s ou 1 m/h. � Como solucionar este problema? A importância do eletrólito suporte � Se o meio é uma solução de um eletrólito ao invés de água pura, a condutividade será maior. � � maior d.d.p. sobre a zona da amostra � � maior campo elétrico sobre a zona da amostra � � maior velocidade dos íons de interesse � Eletrólito suporte, eletrólito de corrida...(BGE – background electrolyte) � Tampão de corrida (buffer) tem dupla finalidade: � regular o campo elétrico � regular o pH 6 Eficiência, Efeito Joule e Capilares Base da eletroforese � “A eletroforese, como técnica analítica, é uma eterna luta entre a migração diferenciada e a difusão”. � Migração eletroforética ocorre somente durante o período em que o campo elétrico é aplicado. � Difusão ocorre o tempo todo. 12/06/2013 12 Base da eletroforese � O eletroferograma é um reflexo do que ocorre no interior da coluna. � Um pico largo significa que a espécie está dispersa pela coluna. banda larga ↔ pico largo Eficiência de Separação � A eficiência está relacionada com a capacidade potencial de um sistema em resultar em boas separações (cromatográficas ou eletroforéticas). � O parâmetro que determina a eficiência é o número de pratos “teóricos”. � Quanto maior o número de pratos, melhor! � O parâmetro definitivo sobre a qualidade de separação de dois analitos é a resolução. � A resolução é função da eficiência, mas não apenas dela. Difusão e largura de banda Partindo de um injeção pontual e considerando a lei de Fick: Dt x e Dt m txc 4 2 4 ),( −= pi c – concentração x – posição relativa ao centro t – tempo m – número de mols/área inicialmente injetado D – coeficiente de difusão x 0 Número de pratos teóricos tm e σt devem ser dados na mesma unidade: segundos, minutos, cm, polegadas... 2 = t mtN σ Utilizando a largura a meia altura (W1/2)... ( ) σ⋅= 2ln222/1W 2 2/1 55,5 = W tN m 2 16 = base m W tNou considerando um pico triangular 2 = σ LN Eficiência em eletroforese eletrodoeletrodo injeção detecção LT V TL VE = Ld largura ∝ σ 2 = d dLN σ m d t L v = Ev ⋅= µ Eficiência TL VE = md Dt2=σ Considerando que a difusão longitudinal é a única causa de alargamento da banda D – coeficiente de difusão tm – tempo de migração v L t dm = Ev ⋅= µ Td d d d m d L V LD L L E D L Dt LN ⋅⋅=⋅== µµ 222 222 DL LVN T d µ ⋅⋅= 2 2 = d dLN σ 12/06/2013 13 Eficiência � Há uma dependência entre mobilidade e coeficiente de difusão: µ = ezD/kT � N = zeV/2kT � Quanto maior a carga do íon, maior a eficiência � V e T podem ser controlados � Temperatura não pode ser amplamente variada. � Quanto maior o potencial de corrida, maior a eficiência!! � Parece que o número de pratos independe do comprimento do percurso. Quanto maior o capilar, maior o trajeto de separação, porém menor o campo elétrico. � Se o número de pratos independe do tamanho do capilar, por que utilizar um capilar tão longo? D VN µ⋅= 2DL LVN T d µ ⋅⋅= 2 detecção na ponta do capilar Eficiência Dt2=σ Modelo atual: -Difusão longitudinal é o único fator que leva à dispersão -Detecção pontual -Injeção pontual ∑=+++= i i 22 3 2 2 2 1 2 ... σσσσσ Vários fatores contribuem para o alargamento do pico: Remodelando a eficiência � A largura do pico depende do processo de eletroforese (mobilidade, campo elétrico, difusão, pH do meio...). � A largura do pico depende do equipamento (tamanho do detector, sistema e tamanho do plug de amostra). ... 2222 +++= detecçãoinjeçãodifusão σσσσ Remodelando a separação � 1ª correção: A injeção não é pontual. tempo material injetado tempo material injetado eletroferograma hipotético (sem difusão) Remodelando a separação � 2ª correção: A detecção não é pontual. tempo tempo eletroferograma hipotético (sem difusão) região de detecção região de detecção Remodelando a eficiência L E DL v D difusão ⋅ == µ σ 222 ... 2222 +++= detecçãoinjeçãodifusão σσσσ V LD difusão ⋅ ⋅⋅ = µ σ 2 2 2 ( ) 12 2 2 injeçãoinjeção x∆ =σ ( ) 12 2 2 detecção detecção x∆ =σ ∆xinjeção – comprimento do plug de amostra ∆xdetecção – comprimento da região de detecção 2 = σ LN 12/06/2013 14 Remodelando a eficiência � Se a injeção e a detecção forem pontuais, a eficiência não dependerá do tamanho da coluna. � Como as regiões de injeção e detecção são finitas, então “Quanto maior a coluna, melhor” ( ) ( ) 1212 2 222 2 detecçãoinjeção xx V DL LN ∆ + ∆ + = µ Tamanho da coluna � Considerando o íon K+ (D = 1,96·10-9 m2s-1 e µ = 76,2·10-9 m2s-1V-1) e fonte de alta tensão a 25 kV. ( ) ( ) 1212 2 222 2 detecçãoinjeção xx V DL LN ∆ + ∆ + = µ 2 = σ LN coluna de 50 cm coluna de 5 cm σcoluna = 0,72 mm � N = 482 000 σcoluna = 0,072 mm � N = 482 000 coluna de 50 cm coluna de 5 cm σcoluna = 0,72 mm � N = 370 000 σcoluna = 0,072 mm � N = 15 000 � ∆xinj = 0 mm e ∆xdet = 0 mm : � σinj = 0,0 mm e σdet = 0,0 mm � ∆xinj = 1 mm e ∆xdet = 1 mm : � σinj = 0,29 mm e σdet = 0,29 mm Tamanho da coluna n 0 0.5 1 1.5 2 2.5 0 2 .105 4 .105 430000 0.79 � Para o exemplo dado, uma coluna de 80 cm apresenta 90% da eficiência de uma coluna de 160 cm. tamanho / m N Eficiência e Número de Pratos ( ) ( ) 1212 2 22 2 detecçãoinjeçãoTD D xx V LDL LN ∆ + ∆ + = µ LT – comprimento total do capilar LD – comprimento do capilar até o detector D – coeficiente de difusão µ – mobilidade ∆xinjeção – extensão da coluna preenchida com a amostra ∆xdetecção – extensão da coluna percebida pelo detector V – potencial aplicado LT LD ∆xinjeção ∆xdetecção Quanto menor o volume de injeção e detecção, melhor. Eficiência e Número de Pratos T D DL VLN 2 µ = LT – comprimento total do capilar LD – comprimento do capilar até o detector D – coeficiente de difusão µ – mobilidade V – potencial aplicado LT LD Quanto maior o percurso até o detector, melhor. injeção detecção ( ) ( ) 1212 2 22 2 detecçãoinjeçãoTD D xx V LDL LN ∆ + ∆ + = µ Eficiência e Número de Pratos Daria para reduzir o coeficiente de difusão? injeção detecção D VN 2 µ = D – coeficiente de difusão µ – mobilidade V – potencial aplicado T D DL VLN 2 µ = 12/06/2013 15 Eficiência e Número de Pratos Melhor: -maior carga -maior potencial -menor temperatura D VN 2 µ = D – coeficiente de difusão µ – mobilidade V – potencial aplicado kT ezD =µ e – carga elementar z – carga do íon k – constante de Boltzmann T – temperatura em Kelvin Relação de Einstein: kT zeVN 2 = Quanto maior o potencial, melhor. O Aquecimento Joule ... ou o preço a ser pago pelo elevado potencial aplicado. DL VLN T D µ ⋅= 2 R VP 2 = R Vi = Aquecimento Joule R VP 2 = calor gerado pelo efeito Joule viscosidademobilidadecondutância iônica molar condutividade da solução resistência elétrica da solução = T f 1η diferença de temperatura entre interior e exterior )(PfT =∆ r ze η µ π6 = Fzµλ = ∑= i iiCλκ A LR T κ 1 = A questão do diâmetro do capilar � Verdade: A redução do diâmetro da coluna diminui a quantidade do calor gerado. � Mentira: Esta é a razão para utilizar coluna capilar (calor menor gerado em volume também menor). A LR T κ 1 = Tmcq ∆= t R VPdtTmcq 2 ==∆= ∫ t mcR VT 2 =∆ t mcL AVT T κ2 =∆ ALvolume T= AL m volume m T ==ρ ALm Tρ= t AcLL AVT TTρ κ2 =∆ t c ET ρ κ2 =∆ A questão do diâmetro do capilar � Por que os mamíferos das regiões frias são grandes? � Por que os elefantes têm orelhas grandes? Superfície de contato e troca de calor � A temperatura de equilíbrio é dada pela taxa de aquecimento e taxa de transferência de calor. � A redução da área de secção de corte do meio melhora a troca de calor. dLd dL T T 4 4 volume superfície 2 == pi pi Para um cilindro: 12/06/2013 16 Superfície de contato e troca de calor d 4 volume superfície =Para um cilindro: µm ao invés de mm Capilares de sílica fundida � Sílica (SiO2) – transparente no UV e visível � Revestimento de poliimida para aumentar a resistência mecânica – transparente, mas avermelhado 75 µm 36 0 µm Capilares de sílica fundida Inner Diameter Wall temperature Temperature Difference 25 µm 26º C 0.53º C 50 µm 28.2º C 1.39º C 75 µm 31.2º C 3.14º C 100 µm 34.7º C 5.58º C Pontos de atuação para minimizar o Efeito Joule R VP 2 = = T f 1η )1,( d PfT =∆ r ze η µ π6 = Fzµλ = ∑= i iiCλκ A LR T κ 1 = •ventilação forçada •refrigeração líquida •coluna capilar •espécies volumosas e monovalentes •aumento da viscosidade •baixa concentração •redução do potencial � 7 Injeção de amostra Equipamento para eletroforese Fonte de alta tensão Eletrodo de metal nobre Reservatório do eletrólito de corrida Ambiente termostatizado Reservatório da amostra Detector 12/06/2013 17 Injetando uma amostra no capilar � Quanto maior o volume injetado, maior a área do pico � Quanto maior o volume injetado, menor a eficiência � Limite inferior: ∆xinj ≈ ∆xdet � Limite superior: resolução dos picos e faixa linear do detector � Devido às dimensões do capilar, válvulas injetoras são proibitivas. � Estratégias mais empregadas: � Injeção hidrodinâmica � Injeção eletrocinética ( ) ( ) 1212 2 222 2 detecçãoinjeção xx V DL LN ∆ + ∆ + = µ Modalidades de Injeção � Injeção Hidrodinâmica: � Pressurização do reservatório de amostra � Despressurização do reservatório oposto � Desnivelamento favorável ao reservatório da amostra � Injeção Eletrocinética: � Introdução de amostra sob ação de campo elétrico Injeção Hidrodinâmica reservatórios e capilar preenchidos com tampão de corrida Injeção Hidrodinâmica ∆∆∆∆h hgP ∆⋅⋅=∆ ρ ∆P – diferença de pressão ρ – densidade do eletrólito de corrida g – aceleração da gravidade ∆h – desnível entre os reservatórios Alternativas: aplicar pressão positiva na amostra ou negativa na saída. Injeção Hidrodinâmica TL tdP volume ⋅⋅ ⋅⋅⋅∆ = η128 π 4 volume – volume injetado ∆P – diferença de pressão d – diâmetro interno do capilar t – tempo de injeção η – viscosidade LT – comprimento total do capilar O volume injetado depende da temperatura. Injeção eletrocinética Fonte AT 25 kV Fonte AT amostra 5 kV injeção: corrida: 12/06/2013 18 Injeção eletrocinética tCrEQ a t eo ⋅⋅⋅⋅ ⋅+= 2π)( κ κµµ Q – quantidade injetada (g ou mol) µ – mobilidade eletroforética µeo – mobilidade do fluxo eletroosmótico r – raio interno do capilar t – tempo de injeção E – campo elétrico κt – condutividade do tampão de corrida κa – condutividade da amostra C – concentração do analito (g/L ou mol/L) A quantidade injetada depende da temperatura. 8 Sistemas de Detecção Sistemas de Detecção � São utilizadas várias técnicas já conhecidas e adaptadas às condições de eletroforese capilar. � Muitas foram “herdadas” de HPLC � Exemplos de detectores: espectrofotométrico (UV- Vis), por fluorescência, eletroquímico, espectrometria de massas, ... � Principal problema: � dimensões reduzidas � dificuldades mecânicas, baixa sensibilidade, isto é, baixa relação sinal/ruído (SNR). Detecção espectrofotométrica � Sílica é transparente � A camada de poliimida absorve na região do UV-Vis. � Remoção com ácido ou por aquecimento Detecção espectrofotométrica � Sílica é transparente � A camada de poliimida absorve na região do UV-Vis. � Remoção com ácido ou por aquecimento Detecção espectrofotométrica � Sílica é transparente � A camada de poliimida absorve na região do UV-Vis. � Remoção com ácido ou por aquecimento 12/06/2013 19 Detecção espectrofotométrica � Sílica é transparente � A camada de poliimida absorve na região do UV-Vis. � Remoção com ácido ou por aquecimento Detecção espectrofotométrica Como ocorre a detecção? picos positivos, picos negativos, sem picos... Como ocorre a detecção? 0 10 20 30 40 0.00 0.04 20.0 20.1 K+Li+ Cl- Na+ co n ce n tra çã o / m M posição / mm Perfis de concentração ao longo dos 40 mm iniciais da coluna após 10 s Condições: eletrólito NaCl20 mM Campo elétrico: 333 V/cm Amostra: LiCl e KCl 50 µM ocupando inicialmente 6 mm na ponta. Detector sensível a K+ 0 10 20 30 40 0.00 0.04 20.0 20.1 K+Li+ Cl- Na+ co nc e nt ra çã o / m M posição / mm 0 10 20 30 40 50 0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 Re sp o st a do de te ct o r posição / mm eletrólito NaCl analitos: K+ e Li+ Detector sensível a Na+ 0 10 20 30 40 0.00 0.04 20.0 20.1 K+Li+ Cl- Na+ co nc e nt ra çã o / m M posição / mm 0 10 20 30 40 50 19.92 19.94 19.96 19.98 20.00 20.02 20.04 20.06 20.08 20.10 20.12 R e sp o st a do de te ct o r posição / mm eletrólito NaCl analitos: K+ e Li+ 12/06/2013 20 Detector sensível a Cl- 0 10 20 30 40 0.00 0.04 20.0 20.1 K+Li+ Cl- Na+ co nc e nt ra çã o / m M posição / mm 0 10 20 30 40 50 19.98 20.00 20.02 20.04 20.06 20.08 20.10 Re sp o st a do de te ct o r posição / mm eletrólito NaCl analitos: K+ e Li+ Detector Condutométrico 0 10 20 30 40 0.00 0.04 20.0 20.1 K+Li+ Cl- Na+ co nc e nt ra çã o / m M posição / mm 0 10 20 30 40 0.2528 0.2532 0.2536 0.2540 κ / S m - 1 position / mm eletrólito NaCl analitos: K+ e Li+ ∑= i iii CzF µκ ( )++++−−++ +++= LiLiKKClClNaNa CCCCF µµµµκ Formas de Detecção � Exemplo: � Eletrólito NaCl � Amostra Li+ e K+ � O detector pode ser sensível ao: � analito exclusivamente (Li+ e K+) � co-íon presente no tampão (Na+) � contra-íon presente no tampão (Cl–) � conjunto de duas ou mais espécies detecção indireta 9 Resumo ... e considerações finais Recursos PeakMaster 5.3: http://web.natur.cuni.cz/~gas/ Resumo � A qualidade da separação eletroforética é altamente dependente do campo elétrico. � O campo elétrico é dependente do potencial aplicado e do tamanho da coluna (E = V / L). � A coluna necessita possuir um tamanho mínimo de ~ 100 vezes o comprimento da região de injeção e detecção. � O potencial deve ser tão elevado quanto possível. 12/06/2013 21 Resumo � O calor gerado depende da ddp, da geometria da coluna e da condutividade do eletrólito de corrida (Aquecimento Joule). � A diminuição do diâmetro do capilar leva à melhora da eficiência de dissipação de calor. � A redução do diâmetro do capilar está limitada por: � sensibilidade do detector � efeito do fluxo eletrosmótico � adsorção dos analitos � problemas com entupimento Resumo � O eletrólito de corrida tem a função de regular o campo elétrico. � A viscosidade do meio determina: � a mobilidade das espécies, � o fluxo eletrosmótico, � o volume injetado � e, em alguns casos, o comportamento do detector � A viscosidade é altamente dependente da temperatura (em meio aquoso, ~ 2% / oC) � necessidade de controle da temperatura Resumo � O fluxo eletrosmótico está sempre presente e deve ser considerado (eliminado ou aproveitado). � O EOF pode ser modificado por: � pH � silanização � tensoativos � polímeros solúveis � força iônica Resumo � Durante o processo eletroforético, o perfil de concentração de todas as espécies iônicas (amostra + eletrólito) são alterados. � É possível basear um sistema de detecção em sensores para: � os analitos (detecção direta) � o co-íon (detecção indireta) � o contra-íon (detecção indireta) � combinação deles Resumo � A detecção espectrofotométrica e por fluorescência são as técnicas de detecção mais utilizadas. Técnicas seletivas. � A detecção condutométrica sem contato é uma técnica robusta e, apesar de ser uma técnica eletroquímica, não está sujeita aos efeitos do campo elétrico de separação. Técnica não seletiva. Resumo � A separação em eletroforese é conseguida quando as espécies possuem mobilidade iônica diferenciadas. � O meio é importante para determinar o processo de separação: � pH � complexantes � micelas (MEKC) � gel (CGE) � solventes orgânicos (NACE)
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