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FÍSICAFÍSICA CAP. 04 LEIS DE NEWTON Exportado em: 03/02/2024 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER CAPÍTULOVER CAPÍTULO SLIDES DO CAPÍTULOSLIDES DO CAPÍTULO Rotina de pensamento: Ver-Pensar-Perguntar ROTINA DE PENSAMENTO O principal objetivo ao longo dos capítulos de Cinemática foi descrever a movimentação dos corpos. Neste momento, em Dinâmica, o foco será entender o que causa a movimentação dos corpos. Portanto, neste capítulo serão trabalhadas as razões e as maneiras a partir das quais os corpos interagem mecanicamente. Para perceber como interpretamos interações entre os corpos, reflita sobre as imagens a seguir e as questões propostas. shutterstock.com Para começar e refletirPara começar e refletir 1 shutterstock.com shutterstock.com 1. Descreva os elementos que você vê e chamam a atenção nessas imagens. 2. Quais relações você estabelece entre as observações feitas? 3. Com base no que você pensou, o que você perguntaria às imagens? Elabore hipóteses para explicar o que está acontecendo. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), esta rotina de pensamento ilustra três diferentes situações de interações mecânicas que utilizam palavras como inércia, massa e, principalmente, força para explicá- las. O objetivo dessa rotina de pensamento é promover uma reflexão sobre as diferentes maneiras de associação do termo força em diferentes contextos. A intenção é levantar alguns conhecimentos prévios e concepções dos(as) estudantes sobre como a força é concebida, no cotidiano e na Física. Ressaltamos a importância da sua mediação na condução 2 desta rotina. De maneira intencional, não utilizamos o termo força em nenhum momento desta página para que os(as) estudantes o levantassem espontaneamente. Além disso, como será estudado ao longo do capítulo, veremos que apenas responder que "uma (ou mais) força está atuando nas imagens" é pouco explicativo. Veremos como a concepção do que é força foi diferente ao longo da história da Física e mesmo entre contemporâneos. A intenção da primeira pergunta é que os(as) estudantes possam identificar, por exemplo, que houve uma interrupção inesperada do movimento e "por inércia" – que será contextualizada ao longo do capítulo – o boneco de teste colidiu com o vidro dianteiro (primeira imagem); que a existência de força não necessariamente está associada ao movimento (segunda imagem); e que há força sem contato direto entre os corpos (terceira imagem). A segunda pergunta é um desdobramento da primeira no sentido de relacionar os elementos da primeira pergunta. A intenção dessa segunda é fazer os(as) estudantes refletirem sobre as relações entre os objetos na imagem, conforme dito acima. A última pergunta desta rotina tem como objetivo o levantamento de hipóteses e curiosidades sobre o conteúdo do capítulo. O intuito é instigar os(as) estudantes e propiciar um momento de reflexão: o que é essa tal de "força" que está presente em situações tão diversas? É possível que, entre as respostas, os(as) estudantes digam que "força é massa vezes aceleração", uma vez que estudaram o conteúdo das Leis de Newton no 9º ano. Sugerimos que espere para problematizar essa questão na próxima página, na qual será feita exatamente essa pergunta de maneira reflexiva. Para mais orientações sobre a rotina Ver-Pensar-Perguntar você pode consultar nosso Manual de Rotinas de Pensamento. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), este capítulo será desenvolvido com apenas um objetivo de aprendizagem. O conteúdo trabalhado aqui, sobre as Leis de Newton, é abordado a partir da História e Filosofia da Ciência. Essa abordagem traz a oportunidade de relembrar com os(as) estudantes o desenvolvimento científico aliado à evolução histórica do pensamento físico, mostrando como os saberes científicos são construídos por meio da contribuição de diversas pessoas. Essa escolha está em consonância com as competências gerais da Educação Básica 1 e 2, uma vez que valoriza os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico para entender e explicar a realidade, e exercita a curiosidade intelectual recorrendo à análise crítica, reflexão e imaginação para reconhecer hipóteses e questionar causas do movimento ao longo da história da Dinâmica. Para que os(as) estudantes consigam se apropriar dos conceitos que formam as Leis de Newton, sugerimos que lhes peça para inicialmente lerem as páginas 2, 3 e 4 em casa. Assim, eles(as) podem trazer para a sala os pontos que acharem mais relevantes e, com a sua mediação, elaborarem possíveis sínteses. Esse conteúdo foi elaborado seguindo os preceitos da "sala de aula invertida", em que o foco é a aprendizagem ativa dos(as) estudantes a partir de um trabalho de leitura previamente feito por eles(as). Também, ressaltamos que alguns filósofos citados nessas páginas, como David Hume, René Descartes e Guilherme de Ockham, são apresentados no conteúdo de Filosofia do 1º ano. Assim, caso julgue pertinente, pode ser interessante realizar um trabalho interdisciplinar com o(a) professor(a) de Filosofia. Nas páginas 4 a 9, serão apresentadas as Leis de Newton em sua forma conceitual e com aplicações para que os(as) estudantes aprendam a explicar e aplicar esse conhecimento na Primeiras formulações de conceitos na DinâmicaPrimeiras formulações de conceitos na Dinâmica 3 https://drive.google.com/drive/folders/1ZHO_tfSMX6YyHl3h1ox4nx5Oy9xXdvtZ resolução de problemas. As páginas 10 a 16 se dedicam a apresentar com mais profundidade a Segunda e Terceira Lei de Newton em diferentes condições físicas que estão relacionadas entre si, como a força de atrito, força tensora, força centrípeta etc. Na página 17, propomos uma prática ativa para que eles(as) trabalhem os conceitos estudados e que servirá como mais uma evidência de aprendizagem do objetivo. A página 18 encerra o capítulo, retomando a discussão história da Dinâmica. Nesse momento, se julgar conveniente, você pode pedir para que eles(as) elaborem uma produção textual e/ou de expressão artística como evidência de aprendizagem. Destacamos que os conteúdos que relacionam as Leis de Newton nos contextos de plano inclinado, elevadores e polias são apresentados no capítulo suplementar "Aplicação das Leis de Newton". Em capítulos anteriores, foram estudados exclusivamente os tipos de movimento dos corpos, e não suas causas. Por exemplo: durante o rolamento de uma bolinha em uma mesa, não foi questionado sobre o que a fez rolar, foi apenas estudado seu movimento a partir das equações da Cinemática com a função horária da posição, por exemplo. Por outro lado, há situações e exemplos que demandam respostas sobre as perguntas "O que causou o movimento da bolinha? De que forma a causa está relacionada com o seu movimento?". As respostas a essas perguntas se dão no âmbito da Dinâmica, que teve o físico e matemático inglês Sir Isaac Newton (1643-1727) e o conceito de força como seus principais expoentes. Nas palavras de Newton: Se enxerguei mais longe, foi porque me apoiei sobre os ombros de gigantes. NEWTON, I. [Correspondência]. Destinatário: Robert Hooke. Inglaterra, 5 fev. 1675. 1 carta. Para compreender porque Newton foi um personagem marcante na história da Dinâmica, é necessário entender como os conceitos da Dinâmica chegaram até ele. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), nesta e nas próximas páginas, será trabalhada uma reconstrução histórica do conceito de força, massa e inércia, basilares na Dinâmica. Sugerimos, se julgar pertinente, que utilize a provocação "Força sempre foi uma grandeza vetorial do produto da massa pela aceleração?" para instigar a curiosidade dos(as) estudantes, uma vez que possivelmente eles(as) nunca tenham pensado sobre isso. Talvez eles(as) saibam, intuitivamente, que o conceito de força da Física começou, muito provavelmente, com analogia à sensação de força. Sabendo disso, o problema pode ser formulado de outras maneiras, como: o que aconteceu na Física para que o conceito de forçaagente externo, e não são iguais nos casos A e B. Reprodução (A) representa a mola em seu estado natural. (B) representa a mola esticada de um certo (C) representa a mola comprimida de um certo Observe que a força que a mola faz no corpo é sempre restauradora, ou seja, a mola tende a agir fazendo com que seu estado original seja retomado. A essa característica dá-se o nome de resiliência. As deformações da mola são chamadas elásticas quando não ultrapassam um certo limite, denominado limite de elasticidade da mola. Nesse caso, quando a força elástica deixa de atuar, as deformações desaparecem por completo. Verifica-se experimentalmente que as deformações elásticas de uma mola são proporcionais à intensidade da força elástica. 56 Matematicamente, a força elástica é determinada pela Lei de Hooke: O sinal negativo na expressão vetorial deve-se ao fato de que o sentido da força elástica é sempre contrário ao sentido da deformação. O módulo da força elástica será: Para determinar a deformação do corpo, subtrai-se o comprimento final da mola pelo seu comprimento inicial A constante elástica de um corpo pode ser determinada por meio de um gráfico do módulo da força elástica em função da deformação sofrida pelo corpo, como representado a seguir. Gráfico em linha reta que relaciona a força elástica e a deformação sofrida pelo corpo. Reprodução A constante da mola pode ser encontrada a partir da tangente do ângulo formado pela reta em um gráfico de força elástica pela deformação da mola: Sendo Como na qual então: 57 A unidade para medir a força elástica, no SI, é o newton Saiba mais: dinamômetro O dinamômetro é o instrumento que mede a intensidade de uma força. Nos dinamômetros mais simples, uma mola é deformada elasticamente pela força cuja intensidade se quer medir. A intensidade da força aplicada é proporcional à deformação causada. Reprodução O dinamômetro marca o valor da força feita no lado "móvel". Geralmente são utilizados fios para prender os corpos nos dinamômetros. Dessa forma, é muito comum dizer que o dinamômetro marca o valor da tração no fio esticado que está preso ao aparelho. Esquema de um dinamômetro e dos fios utilizados para dar sustentação ao instrumento e para prender o corpo cujo peso se deseja mensurar. Reprodução 58 A B C D E Agora é com você Questão 01 Uma mola está sustentando um corpo, conforme mostra a figura a seguir. O corpo tem peso P. Sobre essa situação, considere as seguintes proposições. I. A mola apresenta um alongamento porque a Terra exerce uma força P no extremo inferior da mola. II. Pela Lei de Ação e Reação, a mola atrai a Terra com força P. III. A mola apresenta deformação dupla da que apresentaria se só estivesse presa ao corpo e não ao teto. Analisando a situação e as proposições, podemos afirmar que: apenas I é verdadeira. apenas II é verdadeira. apenas III é verdadeira. I, II e III são verdadeiras. I, II e III são falsas. Força centrípetaForça centrípeta 59 Durante a curva, o que segura o carro na trajetória da pista é a ação da força de atrito da pista com os pneus do carro. shutterstock.com A inércia de um corpo faz com que ele, quando em movimento, permaneça sempre com a mesma velocidade e em linha reta, a menos que uma força modifique esse movimento. Por isso, os motoristas sabem tacitamente que não é possível realizar uma curva em alta velocidade, sob o risco de o automóvel derrapar, fazendo o veículo escorregar para fora da curva. É possível mudar apenas a direção da velocidade de um corpo a partir da ação de uma força perpendicular à trajetória. Essa força – que pode ser gravitacional, de atrito, de tração, magnética, entre outras – fará o corpo descrever uma trajetória curvilínea. Newton apresentou a força centrípeta em sua Definição V: Uma força centrípeta é aquela pela qual os corpos são dirigidos ou impelidos, ou tendem, de qualquer maneira, para um ponto ou centro. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Modernamente a força centrípeta é definida como uma força resultante que atua sobre corpos em trajetórias curvilíneas, apontando para o centro da trajetória. As forças estudadas no capítulo (peso, normal, tração, atrito e elástica) são forças físicas. Por outro lado, a força centrípeta não é uma força física, mas apenas uma resultante numa direção específica ao considerar a trajetória curvilínea. 60 Relembre: aceleração centrípeta O corpo que descreve uma trajetória circular possui uma velocidade linear constante em módulo, mas variável em direção e sentido. Tem‑se, aplicada ao corpo, uma aceleração na direção radial, denominada aceleração centrípeta Essa aceleração tem por função variar a direção do vetor velocidade mantendo o corpo em sua trajetória circular. O módulo da aceleração centrípeta é em função da velocidade angular, No movimento circular uniforme (MCU), não há alteração no módulo da velocidade, porém ocorre a mudança de direção e sentido do vetor velocidade ao longo da trajetória. Isso ocorre em virtude da ação de uma força denominada resultante centrípeta (às vezes chamada apenas de força centrípeta), pelo fato de puxar o corpo para o centro. Como o módulo da aceleração centrípeta é dado por pode-se utilizar a Segunda Lei de Newton para chegar a uma expressão para a força centrípeta: Logo, A expressão da força centrípeta descrita acima não deve ser incluída como uma força a mais nos cálculos, mas, sim, como resultado da ação de outras forças sobre um corpo, cujo efeito é manter o movimento circular. Como a resultante centrípeta não altera o valor da velocidade tangencial, deve-se ter como restrição que estes vetores são perpendiculares entre si. O vetor aceleração centrípeta tem a mesma orientação que a resultante centrípeta. 61 Nos movimentos circulares uniformes, o vetor velocidade tangencial e a aceleração centrípeta são perpendiculares em todos os pontos da trajetória. Reprodução Saiba mais: força centrífuga É comum ver pessoas relacionarem a força centrípeta com a "força centrífuga" falando que ambas formam um par de ação e reação. Isso está incorreto. Caso existisse uma força orientada para fora da curva, tal como a força centrífuga, com o intuito de equilibrar a força centrípeta, que aponta para o centro da trajetória, então a força resultante do movimento circular seria nula e o corpo tenderia a se mover em linha reta. Contudo, isso não é o que acontece, pois forças que formam par ação e reação não atuam sobre o mesmo corpo. Sabe-se que a força resultante no movimento circular é diferente de zero, pois no movimento circular há a aceleração centrípeta. Além disso, é necessário atenção ao utilizar o termo "força centrípeta", pois a força centrípeta é, na verdade, uma força resultante que aponta para o centro da trajetória. Diferentes forças podem atuar como resultante centrípeta: força de atração gravitacional, força de tração, força magnética, entre outras. 62 A B C D E Agora é com você Questão 01 Um homem, pilotando uma moto, faz uma curva circular horizontal de raio igual a , com determinada velocidade constante de módulo v. Sabendo que a força centrípeta atuante no conjunto (homem + moto) tem módulo igual ao peso total deles e considerando que a aceleração da gravidade g vale , o valor da velocidade v é: . . . . . A resultante centrípeta é obtida de diferentes maneiras a depender do exercício. Desse modo, é importante reconhecer o raciocínio de resolução e algumas particularidades de cada caso. Curva plana e horizontal Quando um móvel realiza uma curva, o atrito entre o solo e o pneu do carro faz o papel da força centrípeta Quando um carro entra em uma curva, uma força puxa o carro para o centro da trajetória. Reprodução Na imagem anterior, pode-se analisar as figuras A e B e obter a resultante centrípeta As forças queatuam no automóvel são o peso a força normal e a força de atrito Força centrípeta em exemplosForça centrípeta em exemplos 63 Por inércia, a tendência do automóvel é seguir uma linha reta, mas a força de atrito estático impede que isso ocorra; na vertical, a força normal e o peso se equilibram, visto que possuem módulos iguais Assim, a força resultante é a força de atrito, a qual aponta para o centro da circunferência. Matematicamente: Pela Segunda Lei de Newton: Mas então: Isolando na expressão anterior: Corpo preso a um fio girando na horizontal Considere a situação de um corpo preso a um fio, em movimento circular em um plano horizontal, conforme o esquema a seguir. Despreze o atrito entre o corpo e a superfície. Esquema de um corpo em movimento circular sobre uma superfície horizontal. Reprodução Reconhecendo as forças envolvidas, tem-se: 64 Forças que atuam sobre um corpo que descreve um movimento circular na horizontal. Reprodução Nesse caso, apenas a força de tração faz o papel da resultante centrípeta, já que a força peso e a força normal são ortogonais a ela e não contribuem para a realização do movimento. Assim, o módulo da tração será dado por: Pela Segunda Lei de Newton e sabendo que Note que a tração é diretamente proporcional à velocidade com a qual o corpo gira. Para uma dada massa e um dado tamanho de fio, representado por quanto mais rápido o corpo girar, maior será a tração no fio. Móvel passando por lombada Considere um veículo passando por um trecho de lombada. Ao reconhecer as forças que atuam no móvel nessa situação, tem-se: Situação na qual o móvel passa por uma lombada. Reprodução No ponto mais alto da trajetória, a força normal da superfície se contrapõe à força peso do carro. Como a proposta é realizar o traçado da lombada, a resultante centrípeta está direcionada ao centro da lombada. 65 Convenciona-se que as forças na direção da resultante centrípeta são positivas, ao passo que as contrárias são negativas. Pelo desenho, temos que: Pela Segunda Lei de Newton: Mas logo Isolando na expressão anterior: Note que a força normal diminui quanto maior for a velocidade do móvel. Por isso, tem-se a situação de "flutuação" dos passageiros de um carro ao passar por uma lombada. Móvel passando por vale Outra situação análoga à lombada é o vale. Considere um veículo passando por um trecho de vale. Ao reconhecer as forças que atuam no móvel nessa situação, tem-se: Situação na qual o móvel passa por um vale. Reprodução Para o ponto mais baixo, temos que a força normal da superfície é oposta à força peso. Nesse caso, porém, a resultante centrípeta deve estar direcionada para o centro do vale. Assim, tem-se: Pela Segunda Lei de Newton: 66 Mas logo Isolando na expressão anterior: Exercício resolvido 1. Um automóvel percorre um trecho curvo de uma estrada plana e horizontal. Sabe-se que o raio de curvatura desse trecho é a aceleração da gravidade tem módulo e o coeficiente de atrito estático entre os pneus e a estrada é Calcule o módulo da velocidade máxima que esse automóvel pode ter nesse trecho, sem derrapar. Resolução: As forças que atuam no automóvel são o peso a força normal e a força de atrito Na vertical, a força peso e a força normal se equilibram. Assim, a força que atua como resultante centrípeta é a força de atrito. Portanto, tem-se: Substituindo por e cancelando os termos: Isolando na expressão anterior: 67 Substituindo os dados do enunciado: Portanto, o módulo da velocidade máxima é: 2. Em alguns circos, existe um espetáculo conhecido como "globo da morte". No "globo da morte", um ou mais motociclistas movem-se dentro de uma gaiola esférica descrevendo múltiplas trajetórias sem colidirem entre si. Na figura abaixo, é mostrado um corte de maneira que a trajetória descrita pelo motociclista seja visualizada em duas dimensões. Suponha que a massa da moto, juntamente com o motociclista, seja que o raio do globo seja e que a aceleração da gravidade tenha módulo Calcule a menor velocidade com que o motociclista possa passar pelo ponto mais alto sem perder o contato com o globo. Resolução: Na parte mais alta, atuam no conjunto (moto + motociclista) a força normal mais a força peso, na mesma direção e sentido. Logo, a resultante será a soma dessas forças. Observando essa equação, vê-se que, à medida que v diminui, o valor de também diminui. Portanto, a velocidade mínima corresponde a Assim, quando a 68 velocidade for mínima: Uma outra maneira de interpretar esse resultado é reconhecer que, na situação limite, "basta" a força peso como resultante centrípeta, já que, por inércia, no ponto superior a velocidade instantânea é horizontal. Portanto: Isolando na expressão anterior: Substituindo os dados do enunciado: Assim, a menor velocidade com que o motociclista passa pelo ponto mais alto sem perder o contato com o globo é: 69 A B C D E A B C D E Agora é com você Questão 01 Um garoto gira sobre sua cabeça, na horizontal, um corpo de massa preso a um fio de de comprimento. Desprezando-se a massa do fio, qual é o módulo da força que traciona o fio quando a velocidade escalar do corpo é Questão 02 Em uma estrada em um plano horizontal, existe uma curva circular, de raio Devido a uma invasão de lama na pista, o coeficiente de atrito entre o pavimento e os pneus dos automóveis ficou reduzido a Calcule a maior velocidade com que um automóvel pode percorrer a curva sem derrapar. Dado: Questão 03 Um caminhão transporta, em sua carroceria, uma carga de toneladas. Determine, em newton, a intensidade da força normal exercida pela carga sobre o piso da carroceria quando o veículo, a passa pelo ponto mais baixo de uma depressão com de raio. Dado: Investigação sobre forças mecânicasInvestigação sobre forças mecânicas 70 Durante o estudo do capítulo, percebemos que as Leis de Newton são construídas a partir de conceitos como inércia, massa, força e aceleração. Combinadas, tais leis podem ser aplicadas em diferentes contextos (força de atrito, força elástica, força tensora etc.), possibilitando diversas práticas experimentais e investigativas. Assim, nesse momento, será realizada uma atividade para compreender na prática esses conceitos. Investigando: forças mecânicas PRÁTICA ATIVA O objetivo desta atividade é fazer um experimento que relacione os conceitos de força de atrito e força elástica. Neste momento, você utilizará os conhecimentos adquiridos ao longo do capítulo para realizar a investigação. Reúnam-se em pequenos grupos de três ou quatro colegas e resolvam o seguinte problema: evidenciem as relações entre a força de atrito e a força elástica de uma mola simples (helicoidal de metal) a partir da criação de um experimento. Utilizem os materiais que julgarem necessário. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), esta prática ativa está alinhada com o objetivo de aprendizagem a partir das habilidades EM13CNT204 e EM13CNT302, de forma a cumprir com a função de permitir a síntese dos conhecimentos adquiridos até o momento pelos(as) estudantes. O objetivo desta atividade é que eles(as) reconheçam e apliquem a conexão entre a Primeira Lei de Newton, a força de atrito, e a força elástica. Uma maneira de realizar o experimento é utilizar uma caixa com tampa (de plástico, madeira) na qual seja possível variar a sua massa (colocando materiais dentro) e prender a mola para puxá-la horizontal e paralelamente ao chão (caso não seja possível utilizar uma mola, pode-se usar um elástico de borracha. Contudo, os elásticos de borracha são suscetíveis à histerese, de modo que, dependendo do tempo de relaxamento imposto a eles, a Lei de Hooke pode não ser corroborada experimentalmente). A deformação da mola pode ser medida com uma régua. A força elástica terá o mesmo módulo da força de atrito estático na iminência do movimento. Quanto mais pesada for a caixa, mais a mola deformará. Também, quantomaior o coeficiente de atrito estático entre as superfícies, mais a mola deformará. Ressaltamos a parte experimental de tentativa e erro para obter o dado da deformação da mola na iminência do movimento. É possível que os(as) estudantes puxem forte demais no início e não dê para obter dados confiáveis. Assim, eles(as) terão que tentar novamente. É possível ver aqui uma montagem para o experimento. A lista de materiais para o experimento é abrangente para não limitar as possibilidades e disponibilidade dos materiais. O coeficiente de atrito entre superfícies pode ser consultada 71 https://ibb.co/VDFrkwj em algumas tabelas listadas na internet. Por exemplo, essa outra tabela indica que o coeficiente de atrito estático entre o plástico e a cerâmica está entre 0,40 e 0,85. Nesses casos, sugerimos que se utilize um valor intermediário e aproximado para facilitar os cálculos. É necessária uma balança para medir a massa dos corpos e estimar a intensidade da força peso e da força normal. Ao final, sugerimos que peça aos(às) estudantes que elaborem um gráfico que relacione a força elástica com a deformação obtida ao longo das experiências. A tangente da reta que passa pelos pontos do gráfico será numericamente igual à constante elástica devido à Lei de Hooke. Algumas questões que podem ser feitas são: qual é o tipo de atrito envolvido nesse experimento? Como a massa da caixa está relacionada com o comprimento do elástico? Qual é a constante elástica da mola utilizada? O que mudaria no experimento com a substituição da superfície de contato para um outro material, como uma folha de lixa espessa? Como forma de síntese e organização, sugerimos que peça aos(às) estudantes que elaborem um diário científico do experimento. Nesse diário, eles(as) deverão anotar os passos que fizeram e por que escolheram tais passos. No diário também deverão aparecer as estimativas e os cálculos feitos por eles(as). Essa elaboração do diário se assemelha às práticas científicas nas quais pesquisadores(as) precisam anotar – para posteriormente rever ou divulgar – cada passo realizado durante o experimento. Idealmente, as anotações devem ser claras o suficiente para que outra pessoa possa reproduzir o experimento a partir das informações do diário, assim como aconteceria em uma pesquisa científica. Desse modo, caso julgue pertinente, sugerimos que utilize os diários produzidos como mais uma forma de avaliação da aprendizagem. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), esta página fechará a discussão sobre a construção histórica do mais famoso conceito newtoniano, a força. Sugerimos que dê oportunidades aos(às) estudantes para que digam suas próprias reflexões sobre como o entendimento e a profundidade desse conceito mudaram ao longo da leitura. Nesse contexto, se julgar conveniente, você pode pedir uma produção textual como evidência de aprendizagem. O aspecto que destacamos é a percepção de que diversos pensadores sentiram a necessidade de estudar os problemas conceituais da Mecânica, e que estes definitivamente não terminaram com as Leis de Newton. Além disso, a Ciência é uma produção contínua de conhecimento e significado que não necessariamente cresce como um muro de tijolos bem definidos num progresso contínuo. Talvez o aspecto mais importante seja que eles(as) reconheçam e possam justificar que "força" possuiu muitos significados até se tornar um nome que representa uma relação de "massa vezes aceleração". Ao longo do capítulo, foram estudadas as diferentes concepções de conceitos da Mecânica, principalmente a força, no decorrer da história documentada. Enquanto a Física aristotélica era, sobretudo, um sistema essencialmente cinemático, a Física newtoniana introduziu interpretações dinâmicas aos movimentos dos corpos. É evidente a importância da contribuição de Newton para o edifício conceitual da Física no geral, e da Mecânica em particular. Porém, a história da Mecânica não terminou com a A Mecânica após NewtonA Mecânica após Newton 72 https://www.mspc.eng.br/dir10/for_atr_2.php https://www.ctborracha.com/borracha-sintese-historica/propriedades-das-borrachas-vulcanizadas/propriedades-tribologicas/ síntese newtoniana, e debates a respeito do papel do conceito de força continuaram. Junto de Galileu – mas diferente de muitos outros –, Newton evitou considerações sobre o que é a força de fato. Sua posição filosófica era pautada e respaldada pela experiência (com alguma influência de Deus em certos aspectos). Desse modo, Newton tratou a força como sendo algo matemático e nada mais. Essa maneira de tratar a força fez adeptos. O professor de Astronomia da Universidade de Oxford John Keill (1671-1721) sintetizou o que estava em jogo: "podemos manejar, medir ou computar os aspectos quantitativos das forças sem saber o que elas realmente são". Certamente, essa posição de "utilizar algo sem saber o que é" foi um terreno fértil para pensadores. Com isso, outros filósofos, como George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711-1776), entraram para o debate. Para Hume, tanto a força como a atuação a distância ou por contato sofriam de dificuldades lógicas e metafísicas. Para ele, era indiferente a escolha – atuar a distância ou por contato –, pois ambos eram apenas nomes para caracterizar relações empíricas e mensuráveis. Para outros protagonistas contemporâneos a Newton, como Henry More (1614-1687) e Andrew Baxter (1686-1750), força, na verdade, tem origem em Deus. Essa defesa de Deus como a origem última da força continuaria até o início do século XIX com Imannuel Kant (1724-1804) e outros. O cientista e pensador Pierre L. M. de Maupertuis (1698-1759) resumiu em seu livro Ensaio de Cosmologia o sentimento geral da época em relação ao conceito de força: Não há nenhuma palavra mais repetida do que essa e nenhuma que seja definida com tão pouca exatidão. Sua obscuridade tornou-a tão cômoda que não limitamos seu uso aos corpos que conhecemos. JAMMER, M. Conceitos de força: estudo sobre os fundamentos da dinâmica. Tradução: Vera Ribeiro e Antônio Mattoso. Rio de Janeiro: Contraponto e Ed. PUC-Rio, 2011. Nos séculos XVII e XVIII, houve grandes questionamentos de como interpretar conceitos da Mecânica. Na época, não era clara a distinção entre o que é Física e o que é Filosofia, tal como é mais claro nos dias atuais. 73 Por fim, a força tornou-se um nome Com o tempo, a estrutura conceitual proposta por Newton ficou cara demais para se sustentar. Havia fortes críticas em relação aos conceitos básicos de sua teoria, como força, causalidade, tempo e espaço. Assim, no século XIX, obtiveram sucesso outras teorias da Mecânica que adotaram um ponto de vista funcional para os principais conceitos. Para físicos e matemáticos como Ernst Mach (1838-1916), Gustav Kirchhoff (1824-1887), Heinrich Hertz (1857-1894), William Clifford (1845-1879) e Henri Poincaré (1854-1912), o conceito de força não tinha qualquer relação temporal, teológica ou causal. Força era apenas um nome que expressa o produto da massa pela aceleração, uma relação pura. Com a corrente de diversos pensadores no século XIX, a força na Mecânica ganhou a sua forma contemporânea: uma relação, um nome que poderia ser qualquer outro, que permite discutir as leis dos movimentos independentemente das condições físicas a que estão relacionados. 74 A B C D Leitura Complementar A força com a obra de Einstein Newton sabia dos pontos fracos conceituais da sua teoria, e isso era motivo de admiração por Albert Einstein (1879-1955). Reconhecendo lacunas conceituais na teoria newtoniana, Einstein se dedicou a reinterpretar o conceito de força. Na teoria newtoniana, o símbolo em se refere à causa da aceleração do corpo. Força, então, é um agente externo que age na matéria com massa inercial m, fazendo com que ela acelere com a. Na teoria da relatividade geral de Einstein, contudo, não há força externa. De fato, Einstein foi capaz de derivar a equação de Newton de considerações apenas geométricas. Ele viu a possibilidadede que toda força "externa" seja apenas aparente – ou seja, que o "efeito" de outra matéria possa ser representada pela generalização da geometria do espaço-tempo que descreve movimentos. STINNER, A. The story of force: from Aristotle to Einstein. Physics Education, v. 29, n. 2, p. 77-85, 1994. (tradução nossa). Questão 01 Em diversas situações do cotidiano, nota-se a predominância das leis de Newton. Nas figuras, estão representados os usos do cinto de segurança, da cadeirinha para crianças e do encosto de cabeça, que são artifícios utilizados para se atenuarem os efeitos da inércia. ação e reação. Segunda Lei de Newton. Terceira Lei de Newton. Pratique: Pratique: grandezas mecânicas nas Leis de Newtongrandezas mecânicas nas Leis de Newton 75 A B C D E A B C D E Questão 02 Apesar das modernas teorias da Física, a Teoria da Mecânica Clássica, devido ao gênio criativo de Newton, que relaciona os movimentos às suas causas, continua válida para descrever os fenômenos do cotidiano. Assim, um caminhão de massa toneladas, a que pode parar em está, neste intervalo, sob a ação de uma força resultante, cuja intensidade, em newtons, vale: Questão 03 Dois blocos, de massas , ligados por um fio inextensível, podem deslizar sem atrito sobre um plano horizontal. Esses blocos são puxados por uma força horizontal F, de módulo F = 6 N, conforme a figura a seguir. (Desconsidere a massa do fio.) A tensão no fio que liga os dois blocos é zero. Questão 04 No sistema da figura a seguir, despreze dissipação, inércia das rodas e resistência do ar. Os veículos são interligados por um fio leve, flexível e inextensível. 76 A B C D Determine: a) a aceleração do carro maior. b) a intensidade da força de tração no fio de ligação. Questão 05 Em 13 de janeiro de 1920, o jornal New York Times publicou um editorial atacando o cientista Robert Goddard por propor que foguetes poderiam ser usados em viagens espaciais. O editorial dizia: “É de se estranhar que o prof. Goddard, apesar de sua reputação científica internacional, não conheça a relação entre as forças de ação e reação e a necessidade de ter alguma coisa melhor que o vácuo contra a qual o foguete possa reagir. É claro que falta a ele o conhecimento dado diariamente no colégio.” Comente o editorial anterior, indicando quem tem razão e por quê, baseando sua resposta em algum princípio físico fundamental. Questão 06 Um jogador de tênis, ao acertar a bola com a raquete, devolve-a para o campo do adversário. Sobre essa situação, é correto afirmar que, de acordo com: a Terceira Lei de Newton, a raquete adquire, em módulo, a mesma aceleração que a bola. a Primeira Lei de Newton, a bola teve o seu movimento alterado devido à força exercida pela raquete. a Primeira Lei de Newton, após o impacto com a raquete, a aceleração da bola é grande, porque a sua massa é pequena. a Terceira Lei de Newton, a força que a bola exerce sobre a raquete é igual, em 77 A B C D E A B C D E módulo, à força que a raquete exerce sobre a bola. Questão 07 Um bloco de borracha de massa está em repouso sobre uma superfície plana e horizontal. O gráfico representa como varia a força de atrito sobre o bloco quando sobre ele atua uma força de intensidade variável paralela à superfície. O coeficiente de atrito estático entre a borracha e a superfície, e a aceleração adquirida pelo bloco quando a intensidade da força atinge são, respectivamente, iguais a: e e e e e Questão 08 Na figura a seguir, está representado um bloco de sendo pressionado contra a parede por uma força O coeficiente de atrito estático entre esses corpos vale e o cinético vale Considere Se então a reação normal e a força de atrito que atuam sobre o bloco valem, respectivamente, e e e e e 78 A B C D E Questão 09 Dois blocos A e B de massas e respectivamente, estão apoiados sobre uma mesa horizontal e movem-se sob a ação de uma força de módulo conforme representação na figura a seguir. Considere que o coeficiente de atrito dinâmico entre o corpo A e a mesa é e que o coeficiente entre o corpo B e a mesa é Com base nesses dados, o módulo da força exercida pelo bloco A sobre o bloco B é: Questão 10 Para fazer exercícios de fisioterapia, uma pessoa deve puxar e manter esticada uma mola. Uma das pontas da mola está fixa em uma parede, e a outra é puxada pela pessoa para que a elongação da mola com relação ao seu comprimento inicial seja x, conforme mostrado na figura a seguir. Após a pessoa variar o comprimento da mola em x, ela mantém a mola nessa posição, aplicando-lhe uma força de módulo F. Sabendo que x é igual a 0,2 m e que a constante 79 A B C D E A B C D E elástica da mola k é igual a 200 N/m, qual é o valor do módulo da força F? Questão 11 Uma pista de corridas de brinquedo é constituída de uma trajetória composta de dois segmentos retilíneos, B e D, e dois segmentos semicirculares, A e C. Um garoto, que prepara seu carrinho para uma competição, faz, com ajuda do controle remoto, o carrinho percorrer os segmentos B e C, mantendo o módulo da velocidade constante, e, nos segmentos D e A, aciona o controle de forma a aumentar gradativamente a velocidade do carrinho. Dessa forma, a resultante das forças sobre o carrinho é nula no segmento B e no C. B e no D. C, mas não é nula no segmento D. B, mas não é nula no segmento C. A, mas não é nula no segmento B. Questão 12 Coloca-se um corpo de massa m sobre um disco, na horizontal. O conjunto gira com velocidade angular O coeficiente de atrito entre ambos é Determine a maior distância, em relação ao centro do disco, a que se pode colocar o corpo para que ele não deslize. Questão 01 Segundo Aristóteles, uma vez deslocados de seu local natural, os elementos tendem Pratique: Pratique: Vestibulares e EnemVestibulares e Enem 80 A B C D E A B C D E espontaneamente a retornar a ele, realizando movimentos chamados de naturais. Já em um movimento denominado forçado, um corpo só permaneceria em movimento enquanto houvesse uma causa para que esse movimento ocorresse. Cessada essa causa, o referido elemento entraria em repouso ou adquiriria um movimento natural. PORTO, Claudio Maia. A física de Aristóteles: uma construção ingênua? Revista Brasileira de Ensino de Física. v. 31, n. 4. (adaptado) Posteriormente, Newton confrontou a ideia de Aristóteles sobre o movimento forçado por meio da Lei da: Inércia. Ação e Reação. Gravitação Universal. Conservação da Massa. Conservação da Energia. Questão 02 A figura a seguir representa um ventilador fixado em um pequeno barco, em águas calmas de certo lago. A vela se encontra em uma posição fixa, e todo o vento soprado pelo ventilador atinge a vela. Nesse contexto e com base nas leis de Newton, é correto afirmar que o funcionamento do ventilador: aumenta a velocidade do barco. diminui a velocidade do barco. provoca a parada do barco. não altera o movimento do barco. produz um movimento circular do barco. Questão 03 A imagem mostra um garoto sobre um skate em movimento com velocidade constante que, em seguida, choca-se com um obstáculo e cai. 81 A B C D E A B C D A queda do garoto justifica-se devido à(ao): Princípio da Inércia. pequena massa do garoto. Princípio da Ação e Reação. força de atrito exercida pelo obstáculo. impulso feito pelos pés do garoto no obstáculo. Questão 04 Um automóvel, com uma massa de tem uma velocidade de quando os freios são acionados, provocando uma desaceleração constante e fazendo com que o carro pare em A força aplicada ao carro pelos freios vale, em newtons, Questão 05 No estudo das leis do movimento, ao tentar identificar pares de forças de ação-reação, são feitas as seguintes afirmações. I. Ação: a Terra atrai a Lua. Reação: a Lua atrai a Terra. II. Ação: o pulso do boxeador golpeia o adversário. Reação: o adversário cai. III. Ação: o pé chuta a bola. Reação: a bolaadquire velocidade. IV. Ação: sentados em uma cadeira, empurramos o assento para baixo. Reação: o assento nos empurra para cima. 82 A B C D E A B C D A B C D E O Princípio da Ação e Reação é corretamente aplicado somente na afirmativa I. somente na afirmativa II. somente nas afirmativas I, II e III. somente nas afirmativas I e IV. nas afirmativas I, II, III e IV. Questão 06 É frequente observar, em espetáculos ao ar livre, pessoas sentarem nos ombros de outras para tentar ver melhor o palco. Suponha que Maria esteja sentada nos ombros de João, que, por sua vez, está em pé sobre um banquinho colocado no chão. Com relação à Terceira Lei de Newton, a reação ao peso de Maria está localizada no chão. banquinho. centro da Terra. ombro de João. Questão 07 Certo carro nacional demora para acelerar de Supondo sua massa igual a qual o módulo da força resultante que atua no veículo durante esse intervalo de tempo, em Zero. Questão 08 Um motoqueiro contou para o amigo que subiu, em alta velocidade, um viaduto e, quando chegou ao ponto mais alto deste, sentiu-se muito leve e por pouco a moto não perdeu o contato com o chão (veja figura a seguir). 83 A B C D E Pode-se afirmar que isso aconteceu em função de sua alta velocidade, que fez com que seu peso diminuísse um pouco naquele momento. o fato pode ser mais bem explicado levando-se em consideração que a força normal, exercida pela pista sobre os pneus da moto, teve intensidade maior que o peso naquele momento. isso aconteceu porque seu peso, mas não sua massa, aumentou um pouco naquele momento. este é o famoso "efeito inercial", que diz que peso e força normal são forças de ação e reação. o motoqueiro se sentiu muito leve porque a intensidade da força normal exercida sobre ele chegou a um valor muito pequeno naquele momento. Questão 09 Em um parque de diversões, uma das atrações que geram sempre muita expectativa é a montanha-russa, principalmente no momento do loop, em que se percebe que o passageiro não cai quando um dos carrinhos atinge o ponto mais alto, conforme se observa na figura seguinte. 84 A B C D E Considerando-se a aceleração da gravidade de e o raio de metros, pode-se afirmar que isso ocorre porque o módulo do peso do conjunto (carrinho-passageiro) é maior que o módulo da força centrípeta. a força centrípeta sobre o conjunto (carrinho-passageiro) é nula. a velocidade mínima do carrinho é de e independe do peso do passageiro. o módulo do peso do conjunto (carrinho-passageiro) é menor ou igual ao módulo da força centrípeta. o conjunto (carrinho-passageiro) está em equilíbrio dinâmico. Questão 10 A imagem abaixo mostra um trecho curvilíneo da ponte Rio-Niterói, cujo raio médio é de aproximadamente metros. Disponível em: google.com. Considere um veículo com massa de que percorre o trecho indicado com uma velocidade constante de Estime, em newtons, o módulo da força centrípeta que atua sobre esse veículo. Questão 11 O corpo de um aspirador de pó tem massa igual a Ao utilizá-lo, durante um dado intervalo de tempo, uma pessoa faz um esforço sobre o tubo 1 que resulta em uma força de intensidade constante igual a aplicada ao corpo do aspirador. A direção dessa força é paralela ao tubo 2, cuja inclinação em relação ao solo é igual a 60°, e puxa o corpo do aspirador para perto da pessoa. 85 A B C D A B C D E A Considere e também que o corpo do aspirador se move sem atrito. Durante esse intervalo de tempo, a aceleração do corpo do aspirador, em , equivale a: 0,5. 1,0. 1,5. 2,0. Questão 12 Para um observador inercial, um corpo que parte do repouso, sob ação exclusiva de uma força constante, adquire a velocidade de módulo após certo intervalo de tempo. Qual seria, para o mesmo observador, o módulo da velocidade adquirida pelo corpo, após o mesmo intervalo de tempo, supondo que ele já tivesse inicialmente a velocidade e que a força exercida sobre ele fosse Questão 13 A massa de um veículo em repouso é Esse veículo entra em movimento em uma estrada pavimentada e é acelerado até sua velocidade atingir Considerando-se é correto afirmar que: à medida que a velocidade do veículo aumenta, o seu peso diminui e, a seu peso é mínimo. 86 B C D A B C D à medida que a velocidade do veículo aumenta, aumenta também sua aderência ao solo, fazendo com que seu peso aumente. até a velocidade de , o peso do veículo não se altera; porém, para velocidades muito maiores que o peso do veículo vai reduzindo de maneira muito acentuada. o peso do veículo é o mesmo, estando ele em repouso ou em alta velocidade. Questão 14 Um reboque de 16 toneladas é puxado por um caminhão através de um cabo de aço. Sabe- se que a aceleração do conjunto caminhão-reboque corresponde a e que a massa do cabo de aço é desprezível em relação às massas do caminhão e do reboque. Estime, em newtons, a tração no cabo de aço. Questão 15 Uma luminária com peso de está suspensa por um aro e por dois fios ideais. No esquema, as retas AB e BC representam os fios, cada um medindo , e D corresponde ao ponto médio entre A e C. Sendo BD = e A, C e D pontos situados na mesma horizontal, a tração no fio AB, em newtons, equivale a: 47,5. 68,0. 95,0. 102,5. ResumoResumo 87 • • • • • • Um dos pilares da Dinâmica, o conceito de força, passou por diversas interpretações antes, durante e após Newton. A tabela a seguir apresenta um resumo das posições apresentadas no capítulo. Uma síntese, não excludente, das concepções do conceito de força para alguns pensadores e cientistas. Mesmo que os nomes compartilhem da mesma célula, há diferenças em alguns detalhes de como cada um conceitualizava a força. Reprodução Dica para o(a) professor(a) Professor(a), sugerimos que enfatize com os(as) estudantes que o importante desta tabela não são os nomes dos personagens históricos. O importante é mostrar que o edifício conceitual da Mecânica só foi possível devido ao trabalho conjunto, concordâncias e discordâncias, antes, durante e após Newton. Modernamente, entende-se massa como uma grandeza física escalar que representa a quantidade de matéria apresentada por um corpo quando este ocupa lugar no espaço. Na Mecânica newtoniana, força é uma grandeza vetorial que provoca variação na velocidade dos movimentos apresentados pelos corpos, deformações em suas estruturas físicas ou mudanças em suas trajetórias. A unidade de força no SI é o newton (N) e pode ser medida por um aparelho chamado dinamômetro. Em nível macroscópio, as forças podem ser classificadas em dois tipos. A força de contato, como a força de atrito, normal e tração, e a força de campo, à qual não é necessário contato entre os corpos, como a força gravitacional, a magnética, a elétrica entre outras. A Primeira Lei de Newton afirma que um corpo tende a manter seu estado de movimento, seja em repouso ou em velocidade constante, até que uma força altere seu estado. Ela também é conhecida como Lei da Inércia, visto que inércia é a tendência de oferecer resistência à mudança de estado de movimento. A Segunda Lei de Newton afirma que a aceleração de um corpo é diretamente 88 • • • • • • • proporcional à força a que foi submetido e inversamente proporcional à sua massa. Matematicamente ela é expressa por Ressalta-se que a força nessa expressão é a força resultante, isto é, a soma vetorial de todas as forças aplicadas sobre um corpo, considerando módulo, direção e sentido. A Terceira Lei de Newton afirma que toda ação aplicada por um agente sobre um corpo implica uma reação simultânea (de mesma intensidade e direção, porém, com sentido oposto) sobre o agente. Um exemplo desta lei é o lançamento do foguete, no qual as turbinas expelem combustível em um sentido para movimentarem o foguete no outro. A direção da força peso será sempre dada pela reta que passa pelo centro da Terra e pelo centro do corpo. O sentido do vetor será sempre apontadopara o centro da Terra. A reação da força peso está no centro da Terra. A força normal ocorre quando existe um contato direto entre dois corpos impedindo que eles se atravessem. Essa resistência promovida pelos corpos sempre tem direção perpendicular à superfície de contato e atua no sentido de repelir os corpos. Quando se puxa um objeto por meio de uma corda ou um fio, a força aplicada se transmite de uma extremidade a outra. Essa transmissão de força que ocorre em fios ou mesmo em barras rígidas é chamada de força de tração A força de atrito aparece em função das irregularidades presentes nas superfícies de contato dos corpos, impedindo ou dificultando o seu deslizamento. Sua direção é a própria direção do movimento, mas o seu sentido é sempre contrário ao movimento ou à tendência de movimento. Quanto menos rugosa for a superfície, menor será a força de atrito. A força de atrito pode ser dividida em duas: a força de atrito estático e a força de atrito dinâmico. A força de atrito estático é variável, tendo o mesmo valor da força externa aplicada, até chegar ao limite da força de atrito. Matematicamente a força atrito estático máximo é calculada por Após vencida a barreira do atrito estático, os corpos passam a deslizar-se entre si, ocorrendo o movimento. Nesse ponto, passa a agir a força de atrito dinâmico (ou cinético). Diferentemente do atrito estático, o dinâmico apresenta um módulo constante, calculado pela expressão: A força elástica é responsável pela restauração dos corpos elásticos deformados, como as ligas e as molas. Matematicamente, a força elástica é determinada pela Lei de Hooke: O sinal negativo na expressão vetorial deve-se ao fato de que o sentido da força elástica é sempre contrário ao sentido da deformação. O módulo da força elástica é expressa por O na fórmula indica a constante elástica da mola. 89 • A força centrípeta é definida como uma força resultante que atua sobre corpos em trajetórias curvilíneas, apontando para o centro da trajetória. Seu módulo é expresso por 90 A B C D E QUESTÕES EXCLUSIVASQUESTÕES EXCLUSIVAS Questão 01 Um dos esportes das Olimpíadas de Sochi é o Curling, que é um esporte coletivo praticado em uma pista de gelo cujo objetivo é lançar pedras de granito o mais próximo possível de um alvo, utilizando para isso a ajuda de varredores. O nome do esporte origina-se do verbo em inglês to curl, que significa girar, pois as pedras são levemente giradas no ato do lançamento, descrevendo uma parábola em sua trajetória. O lançamento das pedras deve ser feito a partir dos blocos de apoio, e os lançadores destros devem se apoiar no bloco da esquerda, enquanto os canhotos no bloco da direita. Caso o lançamento seja feito com apoio no bloco errado, a pedra deve ser imediatamente removida. No ato do lançamento, a pedra deve estar claramente solta da mão do lançador antes de ultrapassar a hog line próxima deste, sendo removida a que infringir a regra. Em competições, as pedras possuem um dispositivo interno que acende pequenas luzes na alça após o lançamento: verde se não houver uma violação desta regra e vermelha se o lançador não soltar a pedra antes da hog line. Disponível em: Após o lançamento, a pedra continua seu movimento devido à ação do Princípio da Ação e Reação. do Princípio da Inércia. do Princípio Fundamental. do Princípio da Gravitação Universal. da Primeira Lei da Termodinâmica. 91 A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 02 UFC Um pequeno automóvel colide frontalmente com um caminhão cuja massa é cinco vezes maior que a massa do automóvel. Em relação a essa situação, marque a alternativa que contém a afirmativa correta. Ambos experimentam desaceleração de mesma intensidade. Ambos experimentam força de impacto de mesma intensidade. O caminhão experimenta desaceleração cinco vezes mais intensa que a do automóvel. O automóvel experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do caminhão. O caminhão experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do automóvel. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 03 Durante uma faxina, a mãe pediu que o filho a ajudasse, deslocando um móvel para mudá-lo de lugar. Para escapar da tarefa, o filho disse ter aprendido na escola que não poderia puxar o móvel, pois a Terceira Lei de Newton define que se puxar o móvel, o móvel o puxará igualmente de volta, e assim não conseguirá exercer uma força que possa colocá-lo em movimento. Qual argumento a mãe utilizará para apontar o erro de interpretação do garoto? 92 A B C D E A B C D E A força de ação é aquela exercida pelo garoto. A força resultante sobre o móvel é sempre nula. As forças que o chão exerce sobre o garoto se anulam. A força de ação é um pouco maior que a força de reação. O par de forças de ação e reação não atua em um mesmo corpo. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 04 No clássico problema de um burro puxando uma carroça, um estudante conclui que o burro e a carroça não deveriam se mover, pois a força que a carroça faz no burro é igual, em intensidade, à força que o burro faz na carroça, mas com sentido oposto. Sob a luz do conhecimento da Física, pode-se afirmar que a conclusão do estudante está errada porque: o estudante esqueceu de considerar as forças de atrito das patas do burro e das rodas da carroça em relação à superfície. ele considerou somente as situações em que a massa da carroça é maior que a massa do burro, pois se a massa fosse menor, ele concluiria que o burro e a carroça poderiam se mover. as leis da Física não podem explicar esse fato. o estudante não considerou que mesmo que as duas forças possuam intensidades iguais e sentidos opostos, elas atuam em corpos diferentes. na verdade, as duas forças estão no mesmo sentido, e, por isso, elas se somam, permitindo o movimento. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 05 93 A B C D E UNESP A tirolesa é uma prática recreativa na qual uma pessoa, presa a um sistema de roldanas que permite o controle da velocidade, desliza por um cabo tensionado. A figura mostra uma pessoa praticando tirolesa e quatro possíveis direções e sentidos da força resultante sobre ela. Disponível em: http://hillpost.in (adaptado). Supondo-se que, em dado instante, a pessoa desce em movimento acelerado, a força resultante sobre ela tem intensidade nula. direção e sentido indicados pela seta 3. direção e sentido indicados pela seta 1. direção e sentido indicados pela seta 4. direção e sentido indicados pela seta 2. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 06 Analise a afirmativa a seguir. Em uma colisão entre um carro e uma moto, ambos em movimento e na mesma estrada, mas em sentidos contrários, observou-se que, após a colisão, a moto foi jogada a uma distância maior do que a do carro. Com base em seus conhecimentos sobre Mecânica e na análise da situação descrita 94 A B C D E A B C D anteriormente, bem como no fato de que os corpos não se deformam durante a colisão, é correto afirmar que, durante o impacto: a força de ação é menor do que a força de reação, fazendo com que a aceleração da moto seja maior que a do carro após a colisão, já que a moto possui menor massa. a força de ação é maior do que a força de reação, fazendo com que a aceleração da moto seja maior que a do carro após a colisão, já que a moto possui menor massa. as forças de ação e reação apresentam iguais intensidades, fazendo com que a aceleração da moto seja maior que a do carro após a colisão, já que a moto possui menor massa.a força de ação é menor do que a força de reação, porém, a aceleração da moto, após a colisão, depende das velocidades do carro e da moto imediatamente anteriores à colisão. exercerá maior força sobre o outro aquele que tiver maior massa, portanto irá adquirir menor aceleração após a colisão. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 07 De um modo simplificado, pode-se descrever mecanicamente um amortecedor automotivo como uma haste cujo tamanho varia mediante a aplicação de uma força de tração ou compressão na direção de seu comprimento. Essa haste oferece uma força de resistência oposta à força aplicada. Diferentemente de uma mola helicoidal, cuja força é proporcional ao deslocamento, no amortecedor, a força é proporcional à velocidade de compressão ou de distensão. Nesse amortecedor ideal, ao ser aplicada uma tração que faça seu comprimento variar como sendo o tempo, a força de resistência é: sempre decrescente. sempre constante e não nula. sempre crescente. sempre nula. 95 E inicialmente crescente e depois decrescente. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 08 PUC - SP Uma caminhonete de tenta resgatar um operário de um precipício, usando um cabo inextensível que liga o veículo ao infortunado trabalhador, de massa de Dado: Shutterstock.com Se o homem sobe com aceleração de determine: a) Qual a força que movimenta a caminhonete? b) O cabo suporta no máximo uma tração de Será possível o resgate com essa aceleração sem que ele arrebente? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 96 A B C D A B C D E Questão 09 Em abril de 2016, o físico Stephen Hawking e o bilionário russo Yuri Milner lançaram o projeto Breakthrough Starshot, que pretende enviar uma nanonave espacial para a estrela mais próxima do Sistema Solar, a Alfa Centauri, para coleta de imagens em alta resolução. Caso o feito seja realizado, será a primeira viagem interestelar da humanidade. A proposta é enviar, partindo do repouso, um dispositivo que será acelerado a da velocidade da luz no vácuo em questão de minutos, por meio do uso de lasers de alta potência. Se a massa do dispositivo a ser acelerado for igual a e o tempo de ação dos lasers for 5 minutos, a força média exercida no dispositivo pelos lasers será de (Utilize velocidade da luz no . Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 10 FAAP A Terceira Lei de Newton é o Princípio da Ação e Reação. Esse princípio descreve as forças que participam na interação entre dois corpos. Pode-se afirmar que: duas forças iguais em módulo e de sentidos opostos são forças de ação e reação. enquanto a ação está aplicada em um dos corpos, a reação está aplicada no outro. a ação é maior que a reação. ação e reação estão aplicadas no mesmo corpo. a reação, em alguns casos, pode ser maior que a ação. 97 A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 11 FEI Um veículo de massa percorre um trecho de estrada (desenhada em corte na figura e contida em um plano vertical) em lombada, com velocidade de A intensidade da força, em Newtons, que o leito da estrada exerce no veículo quando este passa pelo ponto mais alto da lombada é Dado: Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 12 98 A B C D E Um parque de diversões é um local formado por um conjunto de brinquedos radicais que proporcionam emoções e muita adrenalina. A montanha russa, o crazy dance e o kamikaze (ou ranger) são alguns desses brinquedos. Esse último é um brinquedo fechado cujos giros chegam a ser de No ponto mais alto da trajetória (ponto A), a força resultante centrípeta atuante na pessoa é composta pelo(a) força peso. força normal. força de atrito entre o banco e a pessoa. somatório da força normal com a força peso. somatório da força peso com a força de atrito que atua na pessoa. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 13 Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, pois funcionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado, liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de frenagem é governada pelo atrito cinético. As representações esquemáticas da força de atrito entre os pneus e a pista, em 99 A B C D E função da pressão aplicada do pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS, respectivamente, são: Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 14 PUC-PR A figura a seguir representa um corpo de massa apoiado em uma superfície horizontal. 100 A B C D E A B O coeficiente de atrito entre as superfícies em contato é 0,4. Em determinado instante, é aplicada ao corpo uma força horizontal de Considere e marque a alternativa correta. A força de atrito atuante sobre o corpo é A velocidade do corpo, decorridos é A aceleração do corpo é A aceleração do corpo é e sua velocidade, decorridos é O corpo não se movimenta e a força de atrito é Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 15 PUC-SP Um garoto corre com velocidade de em uma superfície horizontal. Ao atingir o ponto A, passa a deslizar pelo piso encerado até atingir o ponto B, como mostra a figura. Considerando a aceleração da gravidade o coeficiente de atrito cinético entre suas meias e o piso encerado é de: 101 C D E A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 16 PUC-PR Dois corpos A e B, de massas e estão apoiados em uma superfície horizontal sem atrito. Sobre eles, são aplicadas forças iguais. A variação de suas velocidades é dada pelo gráfico a seguir. Para os corpos, é correto afirmar que Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 102 A B C D E Questão 17 Sobre um paralelepípedo de granito de massa apoiado sobre um terreno plano e horizontal, um rapaz aplica uma força paralela ao plano de Os coeficientes de atrito dinâmico e estático entre o bloco de granito e o terreno são e respectivamente. Considere a aceleração da gravidade local igual a Estando inicialmente em repouso, a força de atrito que age no bloco é, em newtons, Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 18 ENEM Slackline é um esporte no qual o atleta deve se equilibrar e executar manobras estando sobre uma fita esticada. Para a prática do esporte, as duas extremidades da fita são fixadas de forma que ela fique a alguns centímetros do solo. Quando uma atleta de massa igual a está exatamente no meio da fita, esta se desloca verticalmente, formando um ângulo de com a horizontal, como esquematizado na figura. Sabe-se que a aceleração da gravidade é igual a e 103 A B C D E Qual é a força que a fita exerce em cada uma das árvores por causa da presença da atleta? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 19 104 A B C D E Reprodução Em alguns parques de diversões, há um interessante brinquedo conhecido como rotor, como mostra a figura. Ele consiste em uma estrutura cilíndrica giratória, dentro da qual as pessoas ficam encostadas. A partir de certa velocidade angular, é possível remover seu piso sem que aspessoas caiam. Admitindo que uma pessoa esteja apoiada, em pé, sobre o fundo de um rotor de 4 m de raio, que gira em torno de seu eixo vertical, e considerando e o coeficiente de atrito estático entre a roupa e a superfície interna do rotor igual a 0,4, pode-se afirmar que a menor velocidade angular que o cilindro deve ter para que o fundo do rotor possa ser retirado e as pessoas não caiam é 1,5 rad/s. 2,5 rad/s. 3,5 rad/s. 4,5 rad/s. 5,5 rad/s. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 105 A B C D E Questão 20 Sobre uma superfície horizontal lisa repousam 6 cubos de madeira de igual massa. Uma força constante F atua sobre o cubo 1, como mostrado na figura seguinte. Analise a referida situação e assinale a alternativa correta. A força resultante que atua sobre o cubo 2 vale . A força resultante que atua sobre o sistema formado pelos cubos 5 e 6 vale . A força resultante que atua sobre o cubo 4 vale . A força resultante que atua sobre o cubo 5 vale . A força resultante que atua sobre o cubo 1 é igual à força resultante que atua sobre o sistema de 6 cubos. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 21 UERJ Em um experimento, os blocos I e II, de massas iguais a 10 kg e a 6 kg, respectivamente, estão interligados por um fio ideal. Em um primeiro momento, uma força de intensidade F igual a 64 N é aplicada no bloco I, gerando no fio uma tração . Em seguida, uma força de mesma intensidade F é aplicada no bloco II, produzindo a tração . Observe os esquemas: 106 A B C D Desconsiderando os atritos entre os blocos e a superfície S, a razão entre as trações corresponde a: Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 22 A figura a seguir ilustra dois blocos A e B de massas e Não existe atrito entre o bloco B e a superfície horizontal, mas há atrito entre os blocos. Os blocos se movem com aceleração de ao longo da horizontal, sem que haja deslizamento relativo entre eles. Se sen (θ) = 0,60 e cos (θ) = 0,80, qual o módulo, em newtons, da força aplicada no bloco A? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 107 A B C D A B C D Questão 23 Na figura a seguir, têm-se dois corpos de massas iguais a cada um, ligados por fios de de comprimento cada, girando em um plano horizontal, sem atrito e com velocidade angular constante em torno do ponto fixo O. As intensidades das trações nos fios (1) e (2) são, respectivamente, iguais a e e e e Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 24 UPE SSA Uma grandeza física Y é descrita a partir da equação , onde v tem unidades de medida de velocidade, m tem unidades de medida de massa e d possui unidades de medida de distância. Dessa forma, no Sistema Internacional de Unidades, Y possui unidades de volume. força. tempo. trabalho. 108 E A B C D E área. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 25 ENEM No seu estudo sobre a queda dos corpos, Aristóteles afirmava que se abandonarmos corpos leves e pesados de uma mesma altura, o mais pesado chegaria mais rápido ao solo. Essa ideia está apoiada em algo que é difícil de refutar, a observação direta da realidade baseada no senso comum. Após uma aula de física, dois colegas estavam discutindo sobre a queda dos corpos, e um tentava convencer o outro de que tinha razão: Colega A: “O corpo mais pesado cai mais rápido que um menos pesado, quando largado de uma mesma altura. Eu provo, largando uma pedra e uma rolha. A pedra chega antes. Pronto! Tá provado!”. Colega B: “Eu não acho! Peguei uma folha de papel esticado e deixei cair. Quando amassei, ela caiu mais rápido. Como isso é possível? Se era a mesma folha de papel, deveria cair do mesmo jeito. Tem que ter outra explicação!”. HÜLSENDEGER, M. Uma análise das concepções dos alunos sobre a queda dos corpos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, n. 3, dez. 2004 (adaptado). O aspecto físico comum que explica a diferença de comportamento dos corpos em queda nessa discussão é o(a) peso dos corpos. resistência do ar. massa dos corpos. densidade dos corpos. aceleração da gravidade. 109 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 26 UEL Um toldo de calçada é fixado a uma parede nos pontos e Em cada ponto A e existe uma rótula que permite ao toldo girar para cima. Em cada ponto B e , existe um parafuso que fixa o toldo à parede de tal forma que este não possa girar. Num dia chuvoso, um forte vento faz com que as linhas de corrente de ar passem pelo toldo, como apresentado na figura ao lado. Em 1, a velocidade do ar é de e, em 2, ela é de Sabendo-Sabendo-se que a área do toldo é de que a força que prende o toldo à parede no ponto B é de e que a densidade do ar é de considere as afirmativas a seguir. I. O toldo irá girar para cima. II. O torque gerado pelo vento será maior que o torque gerado pela força em B e ′. III. O toldo permanecerá preso à parede em A, , B e . IV. O torque gerado pelo vento será menor que o torque gerado pela força em B e . 110 A B C D E Assinale a alternativa correta. Somente as afirmativas I e II são corretas. Somente as afirmativas I e IV são corretas. Somente as afirmativas III e IV são corretas. Somente as afirmativas I, II e III são corretas. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 27 OBF dispositivo representado consta de um eixo que gira com uma velocidade angular constante que tem preso, por meio de fios iguais, flexíveis e inextensíveis, duas bolas com massa de cada. Para uma determinada velocidade, o ângulo é igual a e o raio da trajetória circular é de Nestas condições, determine: 27.a) o valor da força de tração T a que fica submetido um dos fios; 27.b) o valor da velocidade angular 111 A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 28 OBF Um automóvel sobe uma ladeira retilínea mantendo a velocidade máxima permitida. Analise os diagramas abaixo e indique aquele que mostra a melhor representação da resultante das forças que atuam no automóvel. 112 A B C D Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 29 UEC Considere uma gangorra defeituosa, em que o ponto de apoio não está no centro. É possível que, mesmo assim, haja equilíbrio estático, com a gangorra na horizontal e uma criança em cada extremidade, desde que a soma dos torques sobre a gangorra seja oposta à força peso das crianças. o torque exercido sobre a gangorra em uma das extremidades seja igual à força peso na outra extremidade as crianças tenham a mesma massa. a soma dos torques sobre a gangorra seja nula. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 30 OBF No sistema representado e em equilíbrio, a mola tem uma constante elástica igual a a bola tem um peso igual a o ângulo vale e o corpo suspenso tem peso igual a Nessas condições, calcule: 113 A B 30.a) a força de reação N que o plano de apoio exerce sobre a bola; 30.b) a deformação x provocada na mola para garantir o equilíbrio. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 31 OBF Estando a segurar uma placa de madeira apertando-a entre as suas mãos, uma pessoa percebeu que a placacomeçou a deslizar. Para evitar que ela caia, essa pessoa deverá apertá-la mais, pois assim conseguirá: diminuir a força de reação, perpendicular à face maior da placa, aumentando assim a força de atrito entre a placa e as mãos. aumentar a força de reação, perpendicular à face maior da placa, aumentando 114 C D E assim a força de atrito entre a placa e as mãos. aumentar a força de atrito, perpendicular à face maior da placa. diminuir a força de reação, paralela à face maior da placa, aumentando assim a força de atrito entre a placa e as mãos. aumentar a força de reação, paralela à face maior da placa, aumentando assim a força de atrito entre a placa e as mãos. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 32 UFJF-PISM 1 O poço do elevador é o espaço físico situado abaixo do nível do andar mais baixo de um edifício. Neste poço, estão instalados diversos equipamentos destinados ao funcionamento e segurança dos elevadores, entre eles uma mola. Por causa de um problema técnico, este elevador cai pelo poço e colide com a mola situada no fundo do poço, comprimindo-a. Considere a constante elástica da mola como e a massa do elevador com os passageiros igual a Após iniciada a colisão, o elevador para em Calcule a força média resultante sofrida pelo elevador durante a compressão da mola. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 33 OBF 115 A Um objeto de peso P é preso, através de uma corda, ao eixo de uma roldana móvel, de massa desprezível, como mostra a figura. Considere todas as cordas e roldanas do sistema como ideais. 33.a) Que força F deve ser aplicada, à extremidade livre da corda, de modo que o sistema se mova com aceleração constante a? 33.b) Determine o valor da força F para que o corpo fique em equilíbrio estático. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 34 UFJF-PISM 1 A mecânica clássica, ou mecânica newtoniana, permite a descrição do movimento de corpos a partir de leis do movimento. A primeira Lei de Newton para o Movimento, ou Lei da Inércia, tem como consequência que: Se um determinado objeto se encontrar em equilíbrio, então nenhuma força atua sobre ele. 116 B C D E Se um objeto estiver em movimento, ele está sob ação de uma força e, assim que essa força cessa, o movimento também cessa. Se a soma das forças que agem num objeto for nula, ele estará com velocidade constante ou parado em relação a um referencial inercial. Se um objeto se deslocar com velocidade constante, em nenhuma hipótese ele pode ser descrito como estando parado. Se um objeto estiver com velocidade constante em relação a um referencial inercial, a soma das forças que atuam sobre ele não é nula. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 35 PAS-UNB Como egípcios ergueram blocos tão pesados? 117 A B Estudiosos divergem sobre como os blocos foram levados a cada camada da pirâmide. É possível que houvesse uma rampa em espiral, ao longo do perímetro. Para o arquiteto francês Jean Pierre Houdin, ela era interna: imagens de microgravimetria revelaram uma espiral de maior densidade nas paredes maciças da pirâmide. Internet: (com adaptações). A figura a seguir ilustra um grupo de trabalhadores puxando um bloco de massa na subida de uma rampa com de inclinação. Se o bloco for solto, ele permanece estático, em equilíbrio, na iminência do movimento. A altura H é igual a e, nessa situação, o coeficiente de atrito dinâmico é metade do coeficiente estático. Com referência ao texto apresentado e à situação descrita, julgue o item a seguir, considerando como o valor da aceleração da gravidade. Para iniciar o movimento de subida do bloco na rampa, os trabalhadores deverão aplicar no bloco uma força superior a CERTO ERRADO Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 36 OBM Dois blocos A e B com a forma de paralelepípedo são feitos de mesma madeira, têm 118 A B C D E suas faces bem lisas e as seguintes dimensões: bloco A: de largura, de comprimento e 5 cm de altura bloco B: de largura, de comprimento e de altura. Numa experiência em sala de aula, os blocos são colocados ao mesmo tempo sobre uma mesinha cujo tampo está bem regular e liso, apoiados por sua face maior e é solicitado a um aluno que vá inclinando a mesinha lentamente, até que os blocos comecem a deslizar. A respeito dessa situação pode-se afirmar que: o bloco A começará a deslizar antes do B, pois o coeficiente de atrito entre as superfícies é inversamente proporcional às massas dos blocos. o bloco A começará a deslizar depois do B, pois o coeficiente de atrito entre as superfícies é diretamente proporcional às massas dos blocos. os blocos começarão a deslizar praticamente ao mesmo tempo, pois o coeficiente de atrito entre eles e a superfície da mesinha independe das massas dos blocos. os blocos começarão a deslizar praticamente ao mesmo tempo, pois o coeficiente de atrito entre eles e a superfície da mesinha é diretamente proporcional à reação de apoio que atua sobre eles. o bloco B começará a deslizar antes do A, pois a inclinação que permite o deslizamento é diretamente proporcional às massas dos blocos. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 37 FUVEST Um esqueitista treina em uma pista cujo perfil está representado na figura abaixo. O trecho horizontal AB está a uma altura em relação ao trecho, também 119 A B C D E horizontal, CD. O esqueitista percorre a pista no sentido de A para D. No trecho AB, ele está com velocidade constante, de módulo em seguida, desce a rampa BC, percorre o trecho CD, o mais baixo da pista, e sobe a outra rampa até atingir uma altura máxima H, em relação a CD. A velocidade do esqueitista no trecho CD e a altura máxima H são, respectivamente, iguais a NOTE E ADOTE Desconsiderar: - Efeitos dissipativos. - Movimentos do esqueitista em relação ao esqueite. e e e e e Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 38 OBF 120 A B C D E O campo gravitacional na superfície de Marte é aproximadamente igual a um terço do campo gravitacional terrestre. Partindo do repouso, e em queda livre nas proximidades da superfície da Terra, um corpo demora t segundos para chegar ao solo. Nas proximidades da superfície marciana demorará, em um experimento equivalente, um intervalo de tempo igual a: Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 39 UEL Peça publicitária veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, em 18 de maio de 2003, p. A 21. Na peça publicitária, aos dias da semana são associados diferentes objetos. Cada um possui um princípio de funcionamento relacionado ao seu uso cotidiano. Assinale a alternativa que associa corretamente os dias da semana com o conceito envolvido na 121 A B C D E interpretação do funcionamento dos objetos no seu uso cotidiano. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 40 OBF Sobre um plano horizontal sem atrito há, no ponto O, uma pequena esfera de massa m e carga q, presa a uma mola ideal de constante elástica desconhecida k e não distendida (Figura). Colocando uma carga puntiforme fixa, a uma distância 4 d de O, a esfera se desloca para o ponto A, que está à distância de O, ficando o sistema em equilíbrio. Considerando que a mola obedece a lei de Hooke, determine: 40.a) 122 A B C D A constante da mola k. 40.b) A energia potencial eletrostáticado sistema de cargas nesta situação de equilíbrio 40.c) Após certo tempo retira-se subitamente a carga q2 e, devido à força de restituição da mola, a esfera passa a oscilar. Determine o período de oscilação da esfera. 40.d) Calcule a energia mecânica total do sistema esfera – mola. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 41 OBF Um dos aspectos de direção de curvas que gostaria de chamar atenção é que, para evitar desequilíbrios ao entrar na curva com muita velocidade, constroem-se curvas inclinadas (figura abaixo). Digam qual é a expressão da força centrípeta devido a inclinação da curva ? 123 E A B C D Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 42 UEL Um estudante resolve transportar, de um quarto para outro, os seus livros de estudo. Ele os organiza em duas pilhas de mesmo peso, amarrando-os da mesma maneira e com barbantes do mesmo carretel. No entanto, ao final, ele percebe que uma das amarrações está um pouco mais frouxa que a outra. Na figura a seguir representações das forças envolvidas nas duas amarrações são mostradas. Assim que o estudante pega as pilhas, pela extremidade superior da amarração, o barbante de uma das pilhas se rompe. Com base no texto e nos conhecimentos de mecânica, é correto afirmar: O barbante da amarração mais frouxa arrebentou. Em condições de equilíbrio, o aumento da componente vertical da tensão no barbante, com a diminuição do ângulo , determina a ruptura na amarração mais frouxa. Em condições de equilíbrio, a dependência da tensão no barbante com o ângulo determina a ruptura na amarração mais rente. Em condições de equilíbrio, a dependência da tensão no barbante com o ângulo 124 E determina a ruptura na amarração mais frouxa. O rompimento foi totalmente acidental. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 43 OBF No esquema, os corpos A, B e C têm massas que valem respectivamente , e e as roldanas e o cabo que une os corpos têm suas inércias e atritos irrelevantes. Sustentado pela mão de um operador o sistema é mantido em equilíbrio. 43.a) Determine o valor da tração no cabo que interliga as roldanas quando o corpo A estiver sendo sustentado pela mão do operador. 43.b) Determine o valor da tração no cabo que interliga as roldanas após o operador largar o corpo A. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 125 Questão 44 OBF Um corpo em forma de paralelepípedo, de massa está apoiado na extremidade de uma tábua. Uma pessoa suspende a tábua até que, quando o ângulo formado entre a tábua e o plano horizontal é de o corpo entra em movimento uniforme. Para essa situação, determine: 44.a) a força de atrito, em N, a que fica submetido o corpo quando em movimento uniforme; 44.b) a força de reação à compressão que o corpo faz sobre a tábua quando está deslizando. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 45 OBF Um paralelepípedo B está sobre um plano horizontal. O coeficiente de atrito cinético entre eles vale . Um fio inextensível e sem peso é preso aele e, passando por uma polia, é ligado a um outro corpo A que está pendurado. Sobre o bloco B encontra-se um carro, como mostra a figura 5. Este carro é acelerado de maneira que o corpo A sobe com velocidade constante. Considerando que as massas dos corpos A, B e do carro são iguais, determine: 126 A B C 45.a) o sentido da aceleração do carro. Justifique. 45.b) o valor desta aceleração em função de μ e da aceleração da gravidade g. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 46 UEC Considere uma caixa com tijolos sendo erguida do solo ao último andar de um prédio em construção. A carga é erguida por uma corda vertical acoplada a uma polia no ponto mais alto da construção. Suponha que o módulo da velocidade da caixa aumente linearmente com o tempo dentro de um intervalo de observação. Caso os atritos possam ser desprezados, é correto afirmar que, durante esse intervalo, a tensão na corda é proporcional ao quadrado do tempo. proporcional ao tempo. constante. 127 D zero. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 47 OBF Um trecho de uma montanha russa apresenta uma depressão de raio de curvatura R igual a Determine a velocidade que deve ter um vagonete para que, descendo, seus passageiros sofram, no ponto mais baixo da depressão, uma sensação que seu peso triplicou. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 48 UEC Para fazer o transporte de peixes de um açude, um caminhão transporta um depósito 128 A B C D A B C D E cúbico de aresta A com água até sua metade em uma estrada plana horizontal ao longo de um comprimento de A velocidade do caminhão é constante. O desnível da superfície da água no depósito em relação à superfície da estrada é tal que Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 49 OBF Sendo mantidos no repouso, uma determinada mola deforma-se 4,0 mm quando é nela pendurado um corpo de massa . A constante elástica dessa mola, em N/m, é igual a: 2500 4000 25000 5000 40000 129 A B C D Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 50 UEC Uma escada, em equilíbrio estático, é apoiada em uma parede vertical e repousa formando um ângulo de com uma calçada horizontal. Sobre as forças de contato atuando na escada, é correto afirmar que as forças normais nos dois pontos de contato formam um ângulo de entre si as forças normais nos dois pontos de contato são perpendiculares entre si. a força normal sobre a escada no ponto de apoio com a parede forma um ângulo de com a vertical. a força normal sobre a escada no ponto de apoio com a parede forma um ângulo de com a vertical. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 51 UFJF-PISM 1 Um pequeno bloco de é solto do repouso de uma altura de do solo, realizando assim um movimento de queda livre em que o atrito com o ar pode ser desprezado. Considere Determine o peso do bloco. 130 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 52 OBF Dois corpos com massas e estão conectados por uma corda (inextensível e de massa desprezível) que passa sobre uma roldana ideal fixa. No instante t = 0 , quando o desnível entre os corpos é h (veja figura 4), eles são abandonados, a partir do repouso, de modo que o corpo de massa desliza para baixo. Considere o coeficiente de atrito cinético entre os corpos e as superfícies 52.a) Determine a aceleração que os corpos adquirem. 52.b) Após um tempo ambos os corpos estarão a uma mesma altura. Determine . Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 53 OBF O dispositivo representado contém polias acopladas conforme mostrado. As polias 131 maiores apresentam uma velocidade angular e são interligadas por uma barra, sobre a qual um corpo de massa m se encontra simplesmente apoiado. A distância do eixo de rotação das polias ao pino que as liga à barra vale R e o coeficiente de atrito estático entre o corpo e a barra vale Com estes dados, desenvolva uma equação que mostre o valor máximo de 53.a) para que o corpo continue apoiado na barra quando está no ponto mais alto de sua trajetória. 53.b) para que o corpo continuese tornasse, além de uma sensação física, o produto da massa pela aceleração? A força na Antiguidade 4 Na Antiguidade, a força na natureza era do mesmo tipo que a força do ser humano. shutterstock.com Na Antiguidade, força era um conceito construído, muito provavelmente, a partir dos esforços físicos que temos para realizar ações cotidianas, como caminhar ou levantar objetos. Além disso, força também estava associada à resistência de empurrar ou puxar objetos e perceber que eles não se movimentavam. Desse modo, não havia uma distinção conceitual entre a força exercida durante o movimento de um objeto (como carregar uma pedra nos ombros) e a força exercida para tentar mover o objeto (como empurrar uma pedra muito pesada e ela permanecer imóvel). Com as situações vivenciadas, as palavras "força", "esforço", "vigor" e outras eram tidas como sinônimos, como até hoje são na linguagem cotidiana. Com o tempo, dotou-se a natureza com as sensações humanas. Assim, objetos inanimados – como os rios e o vento – foram dotados de força. Na Antiguidade, objetos, deuses e entes espirituais eram dotados de força, do mesmo tipo que o ser humano reconhecia em si próprio. A força para alguns filósofos gregos 5 Estátua em homenagem ao pensador grego Aristóteles. shutterstock.com Essa concepção de força, como algo intrínseco à matéria, estava em consonância com a visão defendida pelo filósofo grego Platão (427-347 a.C.). Para ele, a matéria tinha alma – imortal e de origem divina – e, se havia alma, então deveria ter forças associadas. Seu discípulo mais famoso foi Aristóteles (384-322 a.C.), que contribuiu para diversas áreas do conhecimento humano, inclusive a Física. Aristóteles adotou a concepção de seu mestre e foi além. Assim, para ele, havia dois tipos de força: a concepção platônica de força intrínseca à matéria, e a força como uma emanação do corpo ou substância. Essa segunda concepção era a responsável pelas forças de empurrar ou puxar, de causar um movimento em um outro corpo além de si mesmo. No seu livro Metafísica, Aristóteles sintetizou sua ideia: "Tudo o que é movido, o é por alguma coisa". Qualitativamente, se a força fosse constante, o móvel se moveria em velocidade constante; se a intensidade da força variasse, a velocidade sofreria uma alteração correspondente. Desse modo, Aristóteles associou velocidade constante à força constante. Para Aristóteles, força é responsável por contrariar o movimento natural do corpo ou substância. Ela estava localizada no sujeito, alguém portava a força. Há uma relação de causa e efeito: força é apenas quando algo é movido ou colocado em repouso através de uma ação por contato. Aristóteles concebia a força como um fluido ou emanação da substância. 6 Relembre: o movimento para Aristóteles Para Aristóteles, tudo era constituído de quatro elementos básicos: ar, terra, água e fogo. Todos os constituintes desses corpos tenderiam a voltar para seu lugar original, por exemplo: a pedra é feita de terra, logo, procuraria a terra para repousar. Esses movimentos eram classificados como movimentos naturais. Segundo essa filosofia, o repouso dos corpos em seus lugares naturais não necessita de maiores explicações. Por outro lado, há outra categoria de movimentos, causados pela força, chamados de movimentos forçados. Nesses casos, um corpo deixaria seu lugar natural de repouso apenas se fosse violentado por uma ação contínua de um agente externo. A concepção aristotélica de força perdurou por séculos até a Idade Média, mesmo que tenham surgido outras teorizações. Por exemplo, para o filósofo grego Posidônio (135-51 a.C.), a força era o conceito mais fundamental – não a substância ou matéria, como pregavam Platão e Aristóteles –, e ela relacionava dois corpos, sendo simultânea a eles na interação. A concepção de Posidônio da força como relação não teve muitos adeptos à época, sendo resgatada somente séculos mais tarde. A concepção aristotélica de força por contato não conseguia explicar plenamente os corpos em órbita da Terra (na época, defendia-se a Terra no centro do Universo). Assim, o movimento dos astros era associado ao "movimento natural" e nada precisava ser dito a respeito de suas causas. Tentativas de explicar a dinâmica na Gravitação começariam a ganhar força no século XIII. A força antes de NewtonA força antes de Newton 7 Estátua em homenagem ao pensador inglês Roger Bacon. Wikimedia Commons Na Idade Média, no século XIII, o conceito de força passou por outra transformação. Nesse período, aconteceu uma incorporação da filosofia aristotélica às bases canônicas do cristianismo, promovida por Tomás de Aquino (1225-1274) e outros. Assim, houve uma retomada do interesse europeu pelo pensamento aristotélico, tanto no sentido de corroboração quanto no de contestação. Impulsionado pelo pensador inglês Roger Bacon (1220-1292), o problema em aberto da força entre os corpos celestes não era nem um movimento natural, nem uma força que atuava a distância. Para Bacon e seus discípulos, como o francês Pierre Jean Olivi (1248-1298), a força era uma ação contígua. Isto é, a força era transmitida por contato, pelo meio, de partícula a partícula, até chegar aos corpos. Desse modo, vigorava ainda a concepção de Aristóteles, de força por contato, que se mantinha viva com a expressão "nihil agit in distans nisi prius agit in medium" (em latim: nada age a distância, a não ser que aja anteriormente no meio). Mesmo com oposição, como a oferecida pelo inglês Wilhelm von Ockham (1285-1347), a força por contato imediato era a verdade na época. Pouco tempo depois, tiveram destaque novas concepções de força. Na esteira da teoria do impetus para explicar o movimento dos corpos e nas ideias de Platão, a força era um princípio intrínseco da matéria. 8 Relembre: teoria do impetus Na teoria do impetus como apresentada por Jean Buridan (1301-1358), um corpo armazenaria uma força interna, transmitida pelo lançador ao arremessá-lo. Segundo Buridan, quando um corpo é lançado, o lançador imprime ao corpo um certo impetus, isto é, uma força que permite ao corpo se mover na direção que o lançador externo a submeteu inicialmente. Assim, a força estaria sediada no próprio corpo que se move. Desse modo, abandona-se a visão aristotélica de força como emanação da matéria e assume-se força como algo próprio da matéria. Alguns defensores dessa visão foram o francês Jean de Jandum (1280-1328) e o escocês Duns Scott (1266-1308). No século XVI, havia um certo entendimento genérico de força como resultado de um princípio de que corpos semelhantes possuem a tendência de atrair corpos semelhantes (essa concepção influenciou a teoria copernicana da gravitação e também estava presente nas outras áreas da Física, como o magnetismo). Selo postal ucraniano em homenagem ao astrônomo, físico e matemático Johannes Kepler. aquatarkus / shutterstock.com Johannes Kepler (1571-1630) foi um astrônomo alemão e personagem importante no que ficou conhecida como revolução copernicana. Com as observações e a análise dos 9 movimentos dos planetas, o estudo da força em Kepler era principalmente voltado à força gravitacional (e não à força como empregada na estática). Assim, para ele, força era um conceito intermediário, matemático, que explicava a relação de causa e efeito entre a distância dos planetas e suas respectivas velocidades ao redor do Sol. Nesse contexto, a força só podia ser reconhecida por conta de seus efeitos em corpos extensos. Um ponto matemático não poderia exercer força de atração, por exemplo. Em relação ao que é a força de fato, Kepler assumiu em sua primeira obra, Astronomia Nova, de 1609, uma interpretação de força como algo incorpóreo, imaterial, uma "faculdade animadora". Essa posição incorpórea da força era compartilhada por outros, como Leonardo da Vinci (1452-1519). No entanto, a interpretação de Kepler mudara em 1621 com a segunda edição do Mistério Cosmográfico, de sua autoria:apoiado na barra, sem deslizar, quando está no ponto intermediário da trajetória, descendo, entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 54 UFU-MG Ao se projetar uma rodovia e seu sistema de sinalização, é preciso considerar variáveis que podem interferir na distância mínima necessária para um veículo parar, por exemplo. Considere uma situação em que um carro trafega a uma velocidade constante por uma via plana e horizontal, com determinado coeficiente de atrito estático e dinâmico e que, a partir de um determinado ponto, aciona os freios, desacelerando uniformemente até parar, sem que, para isso, tenha havido deslizamento dos pneus do veículo. Desconsidere as perdas pelas resistência do ar e o atrito entre os componentes mecânicos do veículo. A respeito da distância mínima de frenagem, nas situações descritas, são feitas as seguintes afirmações: 132 A B C D I. Ela aumenta proporcionalmente à massa do carro. II. Ela é inversamente proporcional ao coeficiente de atrito estático. III. Ela não se relaciona com a aceleração da gravidade local. IV. Ela é diretamente proporcional ao quadrado da velocidade inicial do carro. Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas. I e II. II e IV. III e IV. I e III. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 55 UEL Um garoto, apoiando-se em uma bengala, encontra-se em cima de uma balança que marca . Se o garoto empurrar fortemente a bengala contra a balança e, se durante essa ação, ele não tirar os pés da balança, mantendo o corpo numa posição rígida, como mostra a figura, podemos afirmar que: 133 A B C D E A B C D É a lei da Gravitação Universal que rege o funcionamento da balança. A balança marcará menos de . A balança marcará mais de . Nada se pode concluir, pois não sabemos o valor da força que a bengala faz sobre a balança. A balança marcará os mesmos . Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 56 UEC Um cilindro homogêneo de de comprimento e massa de que se encontra em repouso com seu eixo de simetria paralelo a uma superfície horizontal sem atrito, é submetido à ação de duas forças opostas, com intensidades e aplicadas ao longo de seu eixo, tracionando-o. Considerando que uma seção transversal localizada a do ponto de aplicação da força de menor intensidade divide o cilindro em duas partes que se mantêm em contato, é correto dizer que a força que mantém as duas porções unidas e atua ao longo da seção transversal corresponde a Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 134 A B C D E A B C Questão 57 UFJF-PISM 1 Um malabarista de circo faz uma pequena bola incandescente girar em uma trajetória circular em um plano vertical. A bola está presa à mão do malabarista por um fio inextensível. Sejam P o módulo da força peso da bola e T o módulo da tração no fio que atuam na bola. Considere três posições diferentes na trajetória: (i) o ponto mais alto da trajetória, (ii) o ponto mais baixo e (iii) um dos pontos à mesma altura do centro do círculo descrito pela bola. Qual é o módulo da força centrípeta em cada uma dessas posições, respectivamente? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 58 UFU-MG No século XVI, as pessoas acreditavam que a Terra não se movia. Todavia, atualmente sabemos que ela se move, e um conceito físico que sustenta e auxilia na justificativa dessa ideia é o da: pressão. quantidade de movimento. inércia. 135 D ação e reação. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 59 OBF Em um pêndulo cônico temos uma corda de comprimento e na sua extremidade um corpo de massa m, que realiza um movimento circular no plano (veja figura). Como conseqüência deste movimento, a corda descreve a figura de um cone, razão pela qual o pêndulo adquire esse nome. Determine: A velocidade angular do corpo em função da aceleração da gravidade g, do comprimento e do ângulo θ de inclinação da corda O tempo para o corpo dar uma volta completa no círculo. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 136 Questão 60 FUVEST Uma pessoa pendurou um fio de prumo no interior de um vagão de trem e percebeu, quando o trem partiu do repouso, que o fio se inclinou em relação à vertical. Com auxílio de um transferidor, a pessoa determinou que o ângulo máximo de inclinação, na partida do trem, foi Nessas condições, NOTE E ADOTE: tg = 0,25. aceleração da gravidade na Terra, Verifique se o diagrama foi impresso no espaço reservado para resposta. Indique a resolução da questão. Não é suficiente apenas escrever as respostas. indique, na figura da página de resposta, o sentido de movimento do trem. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 61 OBF 137 Duas placas de madeira são interligadas em uma extremidade de maneira a permanecerem sempre perpendiculares. São presas polias nestas placas e por elas passam um fio leve, flexível e inextensível que em suas extremidades sustentam massas iguais a que escorregam sobre as placas. As placas podem girar em torno do ponto O conforme o desenho abaixo. Para que ângulo(s) a aceleração dos corpos é máxima? Determine a tensão no fio para cada caso. Despreze a inércia das polias e o atrito das massas com as placas. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 62 FUVEST Um acrobata, de massa quer realizar uma apresentação em que, segurando uma corda suspensa em um ponto Q fixo, pretende descrever um círculo de raio , de tal forma que a corda mantenha um ângulo de com a vertical. Visando garantir sua total segurança, há uma recomendação pela qual essa corda deva ser capaz de suportar uma tensão de, no mínimo, três vezes o valor da tensão a que é submetida durante a apresentação. Para testar a corda, com ela parada e na vertical, é pendurado em sua extremidade um bloco de massa calculada de tal forma que a tensão na corda atenda às condições mínimas estabelecidas pela recomendação de segurança. Nessa situação: NOTE E ADOTE: Força centrípeta Adote 138 Estime o tempo em segundos, que o acrobata leva para dar uma volta completa em sua órbita circular. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 63 Considere o módulo da aceleração da gravidade como ; o módulo da carga do elétron como ; massa do próton ; massa do elétron . Utilize , constante de Planck ou e a velocidade da luz como Um bloco de massa pode deslizar ao longo de uma superfície horizontal, cujos coeficientes de atrito estático e cinético entre o bloco e a superfície são, respectivamente, 0,5 e 0,3, conforme a figura ao lado. O bloco está conectado a uma barra delgada, de comprimento L e de densidade linear de massa uniforme é igual a Então, para que o bloco de massa M não deslize, o maior comprimento da barra delgada deve ser 139 A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 64 UFJF-PISM 1 O poço do elevador é o espaço físico situado abaixo do nível do andar mais baixo de um edifício. Neste poço, estão instalados diversos equipamentos destinados ao funcionamento e segurança dos elevadores, entre eles uma mola. Por causa de um problema técnico, este elevador cai pelo poço e colide com a mola situada no fundo do poço, comprimindo-a. Considere a constanteelástica da mola como e a massa do elevador com os passageiros igual a Sabendo que a compressão máxima da mola nessa colisão foi de 10 cm, calcule a velocidade do elevador no instante inicial da colisão com a mola. 140 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 65 OBF A estrutura representada sustenta, em equilíbrio, dois corpos de pesos e Como os ângulos e são iguais respectivamente a e calcule: 65.a) o valor do esforço de tração que ocorre no cabo identificado pela letra c; 65.b) a relação P1/P2. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 66 UFU-MG Um guindaste arrasta por metros, com velocidade constante, um caixote de , por meio de um cabo inextensível e de massa desprezível, conforme esquema a seguir. Nessa situação, o ângulo formado entre o cabo e o solo é de e o coeficiente de atrito cinético entre o caixote e o solo é . 141 A partir de tal situação, faça o que se pede. 66.a) Represente o diagrama de forças que agem sobre o caixote quando ele está sendo arrastado. 66.b) Calcule o valor do trabalho da força que o guindeste faz sobre o caixote quando ele é arrastado por 100 metros. Dados: , e Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 67 UEL Um professor, pretendendo demonstrar a existência de forças eletromagnéticas entre dois condutores, faz a seguinte montagem experimental na sala de aula. Sendo: as baterias, as chaves do circuito, L o comprimento do fio, d a separação entre os fios, representam as correntes. 142 A B C D E Nessa montagem, os fios rígidos, desenhados em linha cheia, devem ficar suspensos livremente. Quando acionamos as chaves, as correntes vão passar em cada circuito, de modo que interagem magneticamente um com o outro, alterando a distância entre os fios. Considerando que são dados os valores da permeabilidade magnética ,as correntes e as dimensões geométricas da montagem: e , assinale a alternativa que indica o valor correto para a intensidade da resultante das forças de interação entre os dois fios, bem como se as forças são atrativas ou repulsivas: A intensidade é de , e as forças são atrativas. A intensidade é de , e as forças são repulsivas. A intensidade é de , e as forças são atrativas. A intensidade é de , e as forças são atrativas. A intensidade é de , e as forças são repulsivas. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 68 UEL 143 ESCHER apud TASCHEN, Benedict. M. C. Escher: gravuras e desenhos. Germany: GmbH, 1994. p. 16. Leia a seguinte afirmação do autor da gravura Waterfall: “Se seguirmos com os olhos todas as partes desta construção, não se pode descobrir um único erro. No entanto, é um todo impossível porque de repente surgem mudanças na interpretação da distância entre os nossos olhos e o objeto.” A gravura de Escher forma um “todo impossível” ao assumir que: I. Corpos podem subir rampas sem a propulsão de agentes externos, violando a Terceira Lei de Newton (ação e reação). II. Corpos podem permanecer em rotação, sem a propulsão de agentes externos, violando a Lei da Conservação do Momento Linear. III. A roda d’água pode ser utilizada para a realização de trabalho, violando o Princípio de Conservação da Energia. IV. A água pode mover-se livremente em um circuito fechado, sem a ação de um agente externo, propondo um moto-contínuo. Estão corretas apenas as afirmativas: 144 A B C D E I e II. II e IV. III e IV. I, II e III. I, III e IV. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 69 OBF Dois blocos homogêneos e em forma de paralelepípedo, de massas e estão apoiados num piso e formam um sistema confome a figura. Por meio de um cordão, deseja-se puxar e imprimir um movimento retilíneo uniformemente acelerado ao sistema, inicialmente em repouso. Considerando que o coeficiente de atrito cinético entre a superfície de B e a do piso vale que entre as superfícies de A e de B vale que a medida “a” vale e que o operador puxa o bloco B com uma força calcule: 69.a) a intensidade da aceleração do bloco A; 69.b) depois de quanto tempo o centro do bloco A ficará alinhado verticalmente com a lateral do bloco B? 145 A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 70 OBF Analise as situações abaixo descritas: I – Uma pessoa num carrinho de uma montanha russa tem uma sensação de aumento de peso quando este, num trecho de descida seguido de uma subida, passa pelo seu ponto mais baixo. II – Uma pessoa num carrinho de uma montanha russa tem uma sensação de aumento de peso quando este, num trecho de subida seguido de uma descida, passa pelo seu ponto mais alto. III – Um astronauta tem uma sensação de aumento de peso quando o foguete parte da Terra. IV – Uma pessoa tem uma sensação de diminuição de peso quando, dentro de um elevador descendo, este está parando num andar. Está(ão) correta(s): I e II apenas II e III apenas III e IV apenas I e III apenas I, II, III e IV 146 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 71 FUVEST Um acrobata, de massa quer realizar uma apresentação em que, segurando uma corda suspensa em um ponto Q fixo, pretende descrever um círculo de raio , de tal forma que a corda mantenha um ângulo de com a vertical. Visando garantir sua total segurança, há uma recomendação pela qual essa corda deva ser capaz de suportar uma tensão de, no mínimo, três vezes o valor da tensão a que é submetida durante a apresentação. Para testar a corda, com ela parada e na vertical, é pendurado em sua extremidade um bloco de massa calculada de tal forma que a tensão na corda atenda às condições mínimas estabelecidas pela recomendação de segurança. Nessa situação: NOTE E ADOTE: Força centrípeta Adote 147 Represente, no esquema da folha de respostas, a direção e o sentido das forças que agem sobre o acrobata, durante sua apresentação, identificando-as, por meio de um desenho em escala. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 72 OBF Na figura os corpos possuem massas e . Considere desprezível o atrito nos planos e nas polias. A corda AC é horizontal e a corda DB é paralela ao plano. 148 A B Calcule o peso P necessário para manter o sistema em equilíbrio e determine a reação do plano sobre o corpo 1. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 73 OBF No sistema representado ao lado, a massa da polia e da corda são desprezíveis, assim como os atritos. Sendo a massa do corpo A maior que a do corpo B, para que a aceleração do sistema tenha módulo igual a um terço da aceleração gravitacional, a razão entre a menor e a maior massa deverá ser igual a: 149 C D E A B C D E Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 74 OBF Usando um dinamômetro, um aluno está tentando suspender uma caixa de massa que está apoiada numa mesa. Quando o dinamômetro estiver marcando 15 N, o valor da força que a mesa aplica no fundo da caixa, em N, é: 0,0 6,0 15 45 60 150 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 75 OBF Interpretem, por favor, estas duas fotos abaixo. - A primeira é bem simples, temos um automóvel em velocidade alta fazendo uma curva para a direita em que houve muita transferência de peso para a dianteira do automóvel (90% é o valor estimado pelos especialistas).No detalhe desta foto observa-se que o pneu traseiro direito toca pouco no asfalto. - Concordo. Na segunda foto parece que o motorista experiente sentiu que, devido a alta velocidade com que vinha, não tinha tração na roda para fazer a curva. Preferiu frear e depois ir embora. Considerando este diálogo entre os dois alunos e o que entendeu do texto 3, avalie as seguintes afirmações: Considerando este diálogo entre os dois alunos e o que entendeu do texto 3, avalie as seguintes afirmações: I) Na primeira foto, o motorista fez a curva com uma velocidade muito alta, assim a ação conjunta da inércia do veículo e da altura do CG faz com que a traseira do veículo 151 A B C D E levantasse, inclusive com perigo de capotamento. II) Na segunda foto, o motorista vinha com velocidade muito alta e como não poderia fazer a curva, para evitar o capotamento, preferiu frear, deixando apenas as marcas do pneu no asfalto. III) Para se fazer curvas em estradas, gira-se o volante do automóvel de forma que a interação da força de atrito entre pneu e o asfalto mude o automóvel para uma nova direção. Em relação a estas afirmações podemos dizer que: Apenas a afirmação III está correta. As afirmações I e II estão corretas. As afirmações I e III estão corretas. Todas as afirmativas estão corretas. Apenas a afirmação II está sempre correta. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 76 FUVEST Um acrobata, de massa quer realizar uma apresentação em que, segurando uma corda suspensa em um ponto Q fixo, pretende descrever um círculo de raio , de tal forma que a corda mantenha um ângulo de com a vertical. Visando garantir sua total segurança, há uma recomendação pela qual essa corda deva ser capaz de suportar uma tensão de, no mínimo, três vezes o valor da tensão a que é submetida durante a apresentação. Para testar a corda, com ela parada e na vertical, é pendurado em sua extremidade um bloco de massa calculada de tal forma que a tensão na corda atenda às condições mínimas estabelecidas pela recomendação de segurança. Nessa situação: 152 NOTE E ADOTE: Força centrípeta Adote Estime o valor da massa em kg, que deve ser utilizada para realizar o teste de segurança. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 77 OBF Um jovem de massa fixado pelos tornozelos a um cabo elástico, solta-se do parapeito de uma ponte (A) para praticar "bungee jump". A superfície do rio encontra- se abaixo do parapeito da ponte. O cabo elástico tem um comprimento não deformado igual a e uma constante elástica igual a 77.a) Calcule o maior comprimento atingido pelo cabo elástico. 153 77.b) Se a máxima aceleração desejada pelos responsáveis pelo brinquedo é igual a verifique se este valor é ultrapassado calculando o valor da máxima aceleração a que o jovem fica submetido. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 78 OBF Texto 4 A segunda lei de Newton, vista no texto 3, aplicada às principais forças que atuam sobre o automóvel é expressa, para o caso unidimensional, como: O primeiro termo do lado direito da igualdade é a parte da força, que vem do motor híbrido através do sistema de engrenagens, a qual termina com a aplicação da força pelo pneu ao chão. Depois, vemos as forças chamadas genericamente de forças dissipativas, pois impedem o máximo aproveitamento dos mecanismos de tração do automóvel. A primeira é a força de atrito cinético do pneu com o chão e a segunda é força da resistência do ar. Do lado esquerdo da equação temos a massa m do automóvel e, por fim, a aceleração a do veículo em funcionamento. Para melhor compreensão, as fórmulas das duas últimas forças acompanham a figura a seguir. A unidade de é Newton e algumas constantes foram simplificadas para aparecer o valor na força de resistência do ar. 154 A B C D E Considere, por simplicidade, que o Prius tem uma área A virtual de . Suponha que aumentemos a sua velocidade de para . Neste contexto, a força de resistência do ar será aumentada em: 100 % 200 % 300 % 400 % 500 % Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 79 OBF Um automóvel está subindo com velocidade constante uma ladeira íngreme de inclinação , usando o MCI e o MEG. Desprezando as forças dissipativas, qual é o valor da força do motor do automóvel nas rodas devido à inclinação da ladeira? 155 A B C D E A B C D Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 80 FUVEST Considere as seguintes afirmações: I. Uma pessoa em um trampolim é lançada para o alto. No ponto mais alto de sua trajetória, sua aceleração será nula, o que dá a sensação de “gravidade zero”. II. A resultante das forças agindo sobre um carro andando em uma estrada em linha reta a uma velocidade constante tem módulo diferente de zero. III. As forças peso e normal atuando sobre um livro em repouso em cima de uma mesa horizontal formam um par ação-reação. De acordo com as Leis de Newton: Somente as afirmações I e II são corretas. Somente as afirmações I e III são corretas. Somente as afirmações II e III são corretas. Todas as afirmações são corretas. 156 E Nenhuma das afirmações é correta. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 81 PAS-UNB Como egípcios ergueram blocos tão pesados? Estudiosos divergem sobre como os blocos foram levados a cada camada da pirâmide. É possível que houvesse uma rampa em espiral, ao longo do perímetro. Para o arquiteto francês Jean Pierre Houdin, ela era interna: imagens de microgravimetria revelaram uma espiral de maior densidade nas paredes maciças da pirâmide. Internet: (com adaptações). A figura a seguir ilustra um grupo de trabalhadores puxando um bloco de massa na subida de uma rampa com de inclinação. Se o bloco for solto, ele permanece estático, em equilíbrio, na iminência do movimento. A altura H é igual a 157 A B A B C D e, nessa situação, o coeficiente de atrito dinâmico é metade do coeficiente estático. Com referência ao texto apresentado e à situação descrita, julgue o item a seguir, considerando como o valor da aceleração da gravidade. A partir das informações apresentadas, infere-se que, na rampa, o coeficiente de atrito dinâmico é igual a CERTO ERRADO Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 82 OBF Considere um ponto na superfície terrestre que não se localiza nem no equador nem no eixo de rotação da Terra. Unicamente por causa da rotação terrestre é possível afirmar que ele está submetido a uma aceleração: nula, pois a velocidade angular da Terra é constante. tangente à superfície da Terra, mas que não passa pelo eixo terrestre. voltada para o centro da Terra. perpendicular ao eixo de rotação da Terra. 158 E A B C D E voltada para fora do centro da Terra. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 83 OBF Se um veículo na estrada está sendo acelerado, qual é a força que atua neste veículo para produzir a esta aceleração? A força dos motores nas rodas. A força do atrito estático dos pneus no asfalto. A força do atrito estático do asfalto sobre os pneus. A força de atrito cinético dos pneus no asfalto. A força normal da estrada sobre o automóvel. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 84 159 OBF A figura na outra página mostra dois baldes, A e B, de massas iguais. É colocado no balde A uma massa de água M. Qual a massa de água que deveser colocada no balde B para que eles fiquem em equilíbrio? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 85 OBF O caminhão representado na figura transporta uma bobina de aço. Os coeficientes de atrito estático e cinemático entre a bobina e a carroceria são respectivamente iguais a 0,18 e 0,15. Considere que o caminhão esteja se movendo com uma velocidade escalar igual a em uma estrada em duas situações distintas: a primeira, num trecho horizontal da estrada que apresenta uma curva circular com a pista inclinada lateralmente (fig.1), e a segunda (fig.2), em um trecho reto e horizontal da estrada 160 85.a) Calcule, no primeiro caso, o menor valor do raio de curvatura da pista ocupada pelo caminhão que possibilite que ele complete a curva sem que a sua carga deslize na carroceria. 85.b) Calcule, no segundo caso, a velocidade com que a bobina de aço colide contra a cabina do veículo quando ele é obrigado a frear com uma desaceleração constante e parar em exatos 10s. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 86 OBF O diagrama mostra um arranjo com os corpos “A“, “B“ e “C“ de massas iguais a , e respectivamente, mantido nessa situação porque o corpo “C” está sendo sustentado por um operador. Considerando não haver nenhum atrito entre as superfícies e a massa da polia ser irrelevante, é possível afirmar que, ao ser liberado, a aceleração do corpo “C“, em , valerá: 161 A B C D E 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 87 UFU-MG Um episódio impressionante passou despercebido durante o treino oficial do GP da Austrália de Fórmula 1. Durante a volta rápida que lhe rendeu a pole position, Lewis Hamilton foi submetido a uma força de surreais na curva 11 do circuito de rua de Melbourne. O gráfico comparativo da transmissão indicou um aumento de em relação ao pico registrado na mesma prova da temporada anterior, conforme indicado no canto inferior esquerdo da figura. 162 A B C D Disponível em: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/o-aumento- na-forca-g-nos-carros-de-f-1-pode-afetar-asaude- dos-pilotos/. Acesso em: 20 fev. 2020. Considerando-se o trecho da pista plano e horizontal e um observador em repouso no solo e na lateral da pista, é correto afirmar que a força de possui: sentido para cima, e sua reação está localizada entre os pneus e o solo. sentido para o centro do planeta Terra e tem sua origem na ação da gravidade. sentido para fora da curva e recebe o nome de força centrípeta. sentido para dentro da curva e resulta da ação de partes do carro sobre o piloto. Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 88 FUVEST Pedro atravessa a nado, com velocidade constante, um rio de 60 m de largura e margens paralelas, em 2 minutos. Ana, que boia no rio e está parada em relação à água, observa Pedro, nadando no sentido sul-norte, em uma trajetória retilínea, perpendicular às margens. Marta, sentada na margem do rio, vê que Pedro se move no sentido sudoeste-nordeste, em uma trajetória que forma um ângulo θ com a linha perpendicular às margens. As trajetórias, como observadas por Ana e por Marta, estão indicadas nas figuras abaixo, respectivamente por PA e PM. Se o ângulo θ for tal que 163 A B C D qual o valor do módulo da velocidade de Pedro em relação à água? Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA Questão 89 CEFET - MG Na teoria de Newton, o conceito de força desempenha um importante papel para o estudo dos movimentos dos objetos. Esse conceito pode ser associado à capacidade de colocar um objeto em movimento bem como de trazê-lo ao repouso. Com base nessa teoria, o airbag – dispositivo de segurança dos automóveis que aciona uma reação química produtora de um gás capaz de encher rapidamente um balão de ar – diminui o risco de morte durante as colisões, devido a sua capacidade de reduzir o valor da inércia do ocupante do veículo. direcionar o impacto para a estrutura metálica do veículo. aplicar uma força no mesmo sentido de movimento do carro. aumentar o tempo necessário para o ocupante do carro entrar em repouso. 164 Escaneie com o leitor de QR Code da busca de capítulos na aba ConteúdoConteúdo VER RESPOSTAVER RESPOSTA 165 FÍSICA VER CAPÍTULO SLIDES DO CAPÍTULO Para começar e refletir Primeiras formulações de conceitos na Dinâmica A força antes de Newton A Era Newton Primeira Lei de Newton: Lei da Inércia Segunda Lei de Newton: Princípio Fundamental da Dinâmica A Segunda Lei de Newton na prática Terceira Lei de Newton: Princípio da Ação e Reação A Terceira Lei de Newton na prática Força peso Força normal Força de tração Força de atrito Força elástica Força centrípeta Força centrípeta em exemplos Investigação sobre forças mecânicas A Mecânica após Newton Pratique: grandezas mecânicas nas Leis de Newton Pratique: Vestibulares e Enem Resumo QUESTÕES EXCLUSIVAS VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTA VER RESPOSTACheguei à conclusão de que essa força [gravitacional] é alguma coisa corpórea, se não propriamente dita, ao menos em certo sentido. JAMMER, M. Conceitos de força: estudo sobre os fundamentos da dinâmica. Tradução: Vera Ribeiro e Antônio Mattoso. Rio de Janeiro: Contraponto e Ed. PUC-Rio, 2011. Outra contribuição de Kepler na construção do conceito de força foi perceber a sua reciprocidade. Isto é, se o corpo A atrai o corpo B, então o corpo B atrai o corpo A. Por fim, Kepler reinterpretou o conceito de força como um conceito recíproco e relacional. Isto é, para existir força, deve existir uma relação entre pelo menos dois corpos. Desse modo, abandona-se a ideia platônica de que a força pertencia ao objeto. 10 Saiba mais: a Mecânica para Descartes As interpretações de Kepler para a força foram lentamente difundidas pela Europa. Mas houve quem discordasse. Um nome de destaque foi o matemático e filósofo francês René Descartes (1596-1650). Entre seus escritos, ele rejeitava a ação a distância. Para justificar os movimentos dos corpos, Descartes propôs uma complexa teorização de movimentos no éter, uma espécie de "névoa" que preencheria todo o espaço. Além disso, Descartes rejeitava o conceito de força, pois considerava que os princípios da física deveriam estar na geometria e na matemática abstrata. Desse modo, o francês desenvolveu teorias mecânicas sem o conceito de força, apenas considerando o éter, a extensão dos corpos e seus movimentos. As ideias cartesianas foram influentes e tiveram adeptos entre os cientistas e matemáticos de toda a Europa, como o holandês Christiaan Huygens (1629-1695), o suíço Jean Bernoulli (1667-1748), e os franceses Pierre Varignon (1654-1722) e Joseph Saurin (1659-1737). Outro astrônomo importante, contemporâneo a Kepler, foi o italiano Galileu Galilei (1564- 1642). Galileu muito contribuiu para o desenvolvimento da Cinemática. Contudo, em relação às justificativas dos movimentos, Galileu optou por suspender o juízo, evitando criar hipóteses sobre essência da força (o mesmo seria feito por Newton anos mais tarde). Mesmo que Galileu reconhecesse que a essência da força estava fora do alcance da época, isto não lhe impediu de contribuir com o reconhecimento de seus efeitos. Com seus estudos, Galileu propôs a força como uma sequência contínua de impulsos instantâneos que causava a mudança da velocidade. Galileu tateava o princípio da inércia, mas lhe faltava uma concepção mais clara de massa. De todo modo, o italiano contribuiu preparando o terreno para as conclusões de Newton. 11 • • • • Curiosidade Não é simples para historiadores(as) estudarem o desenvolvimento de um conceito. Uma das razões é a utilização de diferentes termos para se referir à mesma ideia. Esse caso é particularmente marcante nas obras de Galileu, pois o italiano utilizava diversos nomes como sinônimos de "força": "forza, potenza, virtú, possanza, momento della potenza", entre outros. Organizando as ideias: relação entre força, aceleração e velocidade até Newton Muito provavelmente, as primeiras concepções de força estavam ligadas aos esforços físicos. Não havia clara distinção entre os termos "força", "energia", "esforço", entre outros. Além de a força estar associada ao contato, ela era propriedade de objetos e deuses. Posteriormente, com Platão, a concepção de força foi entendida como intrínseca à matéria. Aristóteles avançou e distinguiu dois tipos de força: uma intrínseca à matéria e outra que emanava do corpo, responsável por empurrar ou puxar corpos. Portanto, a força ainda era por contato e estava associada à velocidade. Na Idade Média, a ideia de força por contato foi reinterpretada. Não era necessário um contato entre corpos extensos. A força era por contato imediato, uma ação contígua, que se propaga de partícula a partícula até chegar aos corpos. Retoma-se a concepção platônica, que defendia a força como algo próprio do corpo. Nos séculos XVI e XVII, foram feitas diferentes teorizações da Mecânica. Na escola de pensamento cartesiana, força era fictícia e não tinha espaço no edifício conceitual. Para Galileu e Kepler, força estava associada a mudança da velocidade. Kepler ainda reconheceria a força como recíproca e relacional. O debate acerca de a força atuar a distância ou por contato ainda estava em aberto. A Era NewtonA Era Newton 12 Contracapa da primeira edição do Principia, 1687. Wikimedia Commons Nos séculos XVII e XVIII, houve importantes contribuições para o entendimento e a formalização do conceito de força. Não apenas devido aos trabalhos de Newton, mas também de seus contemporâneos que sustentaram posições a favor e contra. A obra mais famosa de Newton, Philosophiae naturalis principia mathematica (Princípios Matemáticos de Filosofia Natural), abreviada como Principia, foi publicada em 1687 pela Royal Society (Academia de Ciências do Reino Unido). Nela, Newton apresenta algumas definições iniciais para então propor suas leis da Dinâmica. Além disso, Newton, em posição semelhante a Galileu, opta por suspender o juízo a respeito do que seria de fato uma força para além da experiência sensível. A esse respeito, tem-se a célebre frase de Newton "hypotheses non fingo" (em latim: não invento hipóteses), no final do seu terceiro livro: Até hoje, entretanto, não pude descobrir a causa dessas propriedades da gravitação a partir dos fenômenos, e não invento hipóteses. Pois o que não for deduzido dos fenômenos deve 13 • • ser chamado de hipótese, e as hipóteses, sejam metafísicas ou físicas, referentes a qualidades ocultas ou mecânicas, não têm lugar na filosofia experimental. JAMMER, M. Conceitos de força: estudo sobre os fundamentos da dinâmica. Tradução: Vera Ribeiro e Antônio Mattoso. Rio de Janeiro: Contraponto e Ed. PUC-Rio, 2011. Definição de massa Quando Newton se dedicou ao estudo da Mecânica, estavam em voga problemas relacionados à movimentação dos corpos celestes. Com análises de obras de seus antecessores e mediante novos cálculos, Newton foi levado a distinguir peso e massa, chamando esta última de quantidade de matéria. Embora a ideia de quantidade de matéria como sendo a massa de um corpo já ter sido concebida por Galileu, Kepler e outros, ela não foi explicitamente reconhecida como conceito fundamental para a Mecânica. Desse modo, a tradução do latim para o português da Definição I que Newton apresenta no Principia diz: A quantidade de matéria é a medida da massa, obtida conjuntamente a partir de sua densidade e volume. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Modernamente, entende-se massa como uma grandeza física escalar que representa a quantidade de matéria apresentada por um corpo quando este ocupa lugar no espaço. A unidade utilizada para representar a massa segundo o Sistema Internacional de unidades (SI), é o quilograma a partir do qual é possível fazer conversões para a obtenção de outras unidades de massa: 14 Saiba mais: o quilograma Até 2019, o quilograma era definido como a medida da massa de um objeto constituído por uma liga metálica formada por 90% de platina e 10% de irídio denominado como Protótipo Internacional do Quilograma. A massa dos corpos é, então, determinada com base na comparação com esse quilograma padrão. Um dos protótipos do quilograma guardado no Instituto Nacional de Medidas e Tecnologia nos Estados Unidos. Wikimedia Commons Na imagem, observa-se uma representação do Protótipo Internacional do Quilograma, com formato cilíndrico reto, de altura igual ao diâmetro e equivalente a O quilograma padrão é mantido no Escritório Internacional de Pesos e Medidas, na região de Sèvres, no subúrbio de Paris. Atualmente, contudo, o quilograma é obtido a partir de valores definidos para a constante de Planck – uma constante fundamental da natureza presente na Física Quântica – a velocidade da luz e a frequênciado átomo Césio-133. Definição de força O termo "força" aparece pela primeira vez na Definição III: A vis insita, ou força inata da matéria, é um poder de resistir, através do qual todo o corpo, no que depende dele, mantém seu estado presente, seja ele de repouso ou de movimento uniforme em linha reta. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Ao apresentar força, Newton também apresenta o conceito de inércia. A "vis insita" pode ser chamada de inércia, pois um corpo não tem seu estado de movimento ou repouso 15 • alterado espontaneamente. A "força inata da matéria" é a inércia, que, como disse Newton, "é um poder de resistir" à variação do seu estado atual. Mais adiante, na Definição IV, Newton traz a "força imprimida", em contraste com a "força inata" (inércia): Uma força imprimida é uma ação exercida sobre um corpo a fim de alterar seu estado, seja de repouso, seja de movimento uniforme em linha reta. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Desse modo, Newton utiliza o termo "força imprimida" (vis impressa, em latim) para conceitualizar força: uma ação que é exercida sobre um determinado corpo. Ela tem um caráter transitório, diferente da inércia. Portanto, o que é intrínseco e universal da matéria é a inércia, não a força, como sugeriu Platão e Aristóteles. A consequência desse efeito é alterar seu estado de movimento. Sua definição, portanto, serve como um resumo da propriedade da força: determinar aceleração. Modernamente, para fins práticos, a força é uma grandeza vetorial que provoca variação na velocidade dos movimentos apresentados pelos corpos, deformações em suas estruturas físicas ou mudanças em suas trajetórias. A unidade de força no SI é o newton e pode ser medida por um aparelho chamado dinamômetro. Por ser uma grandeza física vetorial, a força apresenta módulo, direção e sentido. O módulo evidencia a intensidade da força. Por exemplo, uma pessoa puxando uma caixa por meio de uma corda pode fazê-lo aplicando uma força com as seguintes características: Homem movimentando uma caixa com o auxílio de uma corda (Cores-fantasia; imagem sem escala.). Reprodução módulo: 16 • • ► ► direção: horizontal; sentido: da direita para a esquerda. Tipos de força Em nível macroscópico, as forças podem ser classificadas como forças de contato, quando efetivamente ocorre o contato, ou forças de campo, como a ação de repulsão de dois ímãs com mesma polaridade, na qual não há necessidade de contato. Desse modo, as forças são classificadas em termos de seu potencial de atuação: Forças de contato: aquelas para as quais há necessidade do contato, como a força normal, de atrito e de tração. Força de campo: a mediação dessas forças é pela presença de um campo, não existindo a necessidade do contato, como a força gravitacional, a magnética (entre ímãs), a elétrica e a nuclear. Agora é com você Questão 01 Qual é a diferença de inércia (força inata) e força (força imprimida) para Newton? Primeira Lei de Newton: Lei da InérciaPrimeira Lei de Newton: Lei da Inércia 17 Retrato de Newton em 1689. Godfrey Kneller / Wikimedia Commons Ao longo do Principia, Newton apresenta mais algumas definições. Após oito definições, ele considera que preparou o leitor adequadamente, estabelecendo d como os termos devem ser entendidos ao longo da obra. É interessante notar que Newton não apresentou definições para tempo e lugar. Em suas palavras, "não defino tempo, espaço, lugar e movimento por serem bem conhecidos de todos". A tradução do latim para o português da Primeira Lei de Newton enuncia: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que ele seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Modernamente, interpreta-se a Primeira Lei de Newton como: um corpo tende a manter seu estado de movimento, seja em repouso ou em velocidade constante em trajetória retilínea, até que uma força altere seu estado. Perceba que, na Primeira Lei, está contido o conceito de inércia, apresentada anteriormente por Newton em sua definição de força. 18 ► ► Inércia é a tendência de oferecer resistência à mudança de estado de movimento. De maneira geral, os corpos tendem a estados de equilíbrio, ou seja, condições nas quais não há variações no seu estado de movimento. Na Mecânica, o equilíbrio pode apresentar duas naturezas: Equilíbrio estático: o corpo está em repouso, ou seja, parado. Equilíbrio dinâmico: o corpo está se movimentando com velocidade constante, ou seja, em movimento uniforme. A Primeira Lei de Newton na prática Evidenciando a inércia de um passageiro na parada de um ônibus. Reprodução O conceito de inércia pode ser evidenciado em diversas situações do dia a dia. Por exemplo, considere pessoas em um veículo, como um carro ou ônibus que se move a certa velocidade em linha reta. De repente, o motorista freia bruscamente. Essa rápida alteração de movimento faz com que as pessoas dentro do carro sejam jogadas para frente. Em um ônibus, esse cenário é ainda mais perigoso, visto que muitas pessoas podem estar de pé e sem apoios. Em uma colisão, os corpos de dentro do carro tendem a manter o movimento de antes da batida, por este motivo o cinto de segurança se faz necessário. (Imagem sem escala). Reprodução Apesar de o carro ter trocado o estado de movimento (do movimento para o repouso), as pessoas continuaram no movimento original. Essa tendência de continuar no movimento original é consequência da inércia intrínseca dos corpos. 19 Acesse: um físico tirando a toalha da mesa Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o professor Paulo Roberto demonstra como tirar uma toalha da mesa sem derrubar ou mexer os objetos que estão sobre ela. Veja o vídeo sobre esse experimento, que evidencia a inércia dos corpos. Leitura Complementar A importância do cinto de segurança Hoje em dia, todos os carros são equipados com cintos de segurança. No Brasil, esse equipamento de segurança é obrigatório desde 1994 no banco da frente, e desde 1998 para todos os ocupantes do veículo. Há três diferentes modelos de cinto de segurança: O Cinto de Três Pontos: oferece maior proteção porque a força do impacto é distribuída e absorvida por ele em toda área de contato com o corpo, trabalhando com a estrutura esquelética humana adulta. Para usá-lo corretamente devemos sentar com a coluna ereta, fazendo um ângulo de noventa graus com as pernas, daí o cinto diagonal passa pelo meio do ombro e se estende pela coluna vertebral até o engate nos quadris, e o cinto sub-abdominal ou pélvico deve ser colocado na articulação dos quadris, e não na barriga. O Cinto Diagonal: preso atrás do ombro e ao lado do quadril, impede que a pessoa seja lançada para a frente, mas o corpo pode passar por baixo do cinto, causando lesões no pescoço e até mesmo estrangulamento. Isso é chamado efeito submarino. Cinto de Dois Pontos, Sub-Abdominal ou Pélvico: colocado na articulação dos quadris, não impede que o corpo se dobre e seja arremessado para a frente, causando lesões no tórax, pescoço e cabeça. DETRAN, Paraná. Cinto de segurança. Disponível em: . Acesso em: 15 jun. 2021. 20 https://www.youtube.com/watch?v=vU0_C9n2kog A B C D E Agora é com você Questão 01 Utilize um exemplo para explicar o conceito de inércia com suas palavras. Questão 02 Em uma história em quadrinhos, as personagens fizeram uma viagem de avião e, como não havia assentos, permaneceram em pé e soltas durante toda a viagem. Considerando-se as condições normais, as personagens, nos momentos de decolagem e de aterrissagem,foram deslocadas: no sentido da cauda do avião, na decolagem, e no sentido da cabine de comando, na aterrissagem. no sentido da cabine, na decolagem, e no sentido da cauda do avião, na aterrissagem. sempre no sentido da cabine do avião. sempre no sentido contrário ao da cabine de comando. sempre na direção vertical, no sentido do teto do avião. Até o momento, tem-se considerado situações em que os corpos estão parados ou em movimento uniforme. E o que dizer das situações em que um corpo não está em equilíbrio? Para o estudo dessas situações, faz-se necessário o conhecimento da Segunda Lei de Newton. A tradução do latim para o português da Segunda Lei de Newton enuncia: A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Segunda Lei de Newton: Princípio Fundamental daSegunda Lei de Newton: Princípio Fundamental da DinâmicaDinâmica 21 Curiosidade Manuscritos de Newton guardados na biblioteca da Universidade de Cambridge revelam que Newton tentou oito diferentes maneiras de organização dos termos para enunciar sua segunda lei. Sete dessas tentativas estavam riscadas. A que sobrou foi a que deu origem à enunciação em sua forma final. Modernamente, interpreta-se a Segunda Lei de Newton como: a aceleração que um corpo experimenta é diretamente proporcional à força resultante a que foi submetido e inversamente proporcional à sua massa. Matematicamente, a Segunda Lei de Newton é expressa como: O subíndice "R" na expressão acima indica que é a força resultante. Força resultante é a soma vetorial de todas as forças aplicadas sobre um corpo, considerando módulo, direção e sentido. Levando em conta a enunciação de Newton mostrada anteriormente, é possível fazer o seguinte paralelo: o trecho "a mudança de movimento" pode ser entendida como aceleração; o trecho "força motora imprimida" é a resultante das forças; a constante de proporcionalidade é dada pela massa inercial, e a "produção da mudança de movimento na linha de atuação da força" corresponde aos vetores paralelos e Caso seja necessário apenas o módulo da força resultante, então: 22 Importante: a inércia de um corpo é quantificada pela sua massa É mais difícil empurrar objetos maiores, como uma geladeira, do que objetos menores, como um livro. Isso ocorre porque a geladeira tem uma massa maior, apresentando maior inércia. Logo, tem-se a equivalência numérica entre a inércia e a massa de um corpo: um corpo com grande massa tem grande inércia, e o contrário também é verdade. Agora é com você Questão 01 Por que podemos considerar o movimento retilíneo uniforme como um caso de equilíbrio? 23 Leitura Complementar A expressão F = ma nunca foi escrita por Newton A formulação da Segunda Lei de Newton associando força resultante à aceleração através da expressão não foi escrita por Newton. Alguns(Algumas) historiadores(as) defendem que não é possível inferir que Newton havia de fato indicado que força resultante e aceleração eram proporcionais tanto nas páginas dos Principia quanto em outros escritos conhecidos. foi escrito apenas em 1752 [25 anos após a morte de Newton] no artigo Découverte d’un nouveau principe de Mécanique (Descoberta de um novo princípio da Mecânica) por Leonhard Euler. De fato, a enunciação de Newton parece corresponder a não a como já foi apontado pela pesquisadora Penha M. C. Dias em outro artigo. [...] A formulação de Euler que culminou em foi construída a partir de instrumentos não utilizados por Newton e elementos conceituais que ainda não estavam disponíveis em sua época. Em outras palavras, houve uma evolução conceitual entre a enunciação de Newton e portanto não pode ser considerada uma notação de sua enunciação. SITKO, C. M. Why Newton's Second Law is not F = ma. Acta Scientiae, Canoas, v. 21, n. 1, p. 83-94, 2019. (tradução nossa, adaptado). Atletas mudam seus estados de movimento (saem do repouso) devido a uma força resultante não nula. xdpsowe / GIPHY A Segunda Lei de Newton é evidenciada nas diversas práticas diárias do cotidiano ou nas experimentações em laboratório. Por exemplo, em todos os esportes de atletismo, nos quais os(as) atletas saem do repouso (ou lançam objetos), há aceleração, portanto, há força resultante. Conforme Newton enunciou, a força resultante e a aceleração sempre vão apresentar a mesma direção e sentido. A Segunda Lei de Newton na práticaA Segunda Lei de Newton na prática 24 • • Bloco de massa que se move com aceleração devido a uma força resultante não nula Reprodução Na situação da imagem anterior, a força resultante é a própria força pois esta é a única força que atua sobre o corpo. Se a massa do bloco for e o módulo da aceleração for então pela Segunda Lei de Newton: Uma outra situação é quando a força resultante que atua sobre o corpo é nula. Considere duas forças com a mesma intensidade, que atuam na mesma direção, mas em sentidos opostos. Nesse caso, a resultante das forças que atuam em um corpo é nula. Reprodução Matematicamente, expressa-se esse resultado como: Sendo logo: Como a massa de um corpo não pode ser nula, o corpo terá, obrigatoriamente: Quando a aceleração de um corpo é zero há duas possibilidades físicas: O corpo pode estar em repouso. Com aceleração nula, ele nunca entrará em movimento. O corpo pode estar em movimento retilíneo uniforme, ou seja, deslocando-se com velocidade constante, em módulo. 25 • • • Quanto maior a massa de um corpo, maior deve ser a intensidade da força resultante para fazê-lo atingir determinada velocidade em um determinado intervalo. Determinação da força resultante Às vezes, há mais de uma força agindo sobre um corpo. A força resultante será então o resultado de todas as forças que estejam aplicadas a ele. Ela será responsável pela mudança em sua velocidade, trajetória ou em sua deformação física. No caso de duas ou mais forças agirem sobre o mesmo corpo, o módulo da força resultante pode ser determinado de acordo com os seguintes casos particulares: Forças de mesma direção e sentido: A intensidade da força resultante entre duas forças que atuam num corpo e apontando no mesmo sentido é igual à soma das intensidades dessas duas forças. (Imagem sem escala.) Reprodução Forças de mesma direção e de sentidos opostos: pois A intensidade da força resultante entre duas forças que atuam num corpo e apontando em sentidos opostos é igual à subtração das intensidades dessas duas forças. (Imagem sem escala.) Reprodução Forças perpendiculares ou ortogonais: 26 • A intensidade da força resultante entre duas forças que atuam em direções ortogonais em um corpo é encontrada pelo Teorema de Pitágoras. Reprodução Forças entre as quais há um ângulo Quando duas forças atuam em um corpo formando um angulo α, a intensidade da força resultante é encontrada utilizando a lei dos cossenos. Dica para o(a) professor(a) Professor(a), caso julgue necessário retomar com os(as) estudantes o cálculo vetorial, sugerimos que utilize o capítulo "Vetores", que traz mais explicações sobre adição e subtração de vetores, além da lei dos cossenos. Saiba mais: quilograma-força A força também pode ser expressa em um sistema de unidade conhecido como quilograma-força Uma unidade de quilograma-força é o módulo do peso de um corpo de massa igual a ao nível do mar e a uma latitude de A localização do corpo, nesse caso, estaria submetida a uma aceleração gravitacional de, aproximadamente, Nessas condições, um quilograma-força equivale a newtons, pois: Portanto, 27 Exercício resolvido 1. Considere um bloco de 1 quilograma em repouso sobre uma superfície horizontal. No bloco, atuam-se três forças horizontais de intensidades respectivamente. Determine a intensidade da força resultanteque atua sobre o bloco se: a) todas as forças possuem mesmo sentido. b) possui sentido contrário a e Resolução: Do enunciado, sabe-se que as três forças atuam horizontalmente no bloco. Com isso, no caso a) todas as forças têm o mesmo sentido. Portanto: Em b) e possuem ambas o mesmo sentido, que é contrário ao sentido de Assim, tem-se: 2. (Mackenzie) Uma força constante age sobre um corpo de 100 quilogramas, e em 5 segundos varia sua velocidade de para A intensidade mínima dessa força deve ser de: Resolução: Primeiro determina-se a aceleração a partir das equações da Cinemática: Com os dados do enunciado, tem-se: Pela Segunda Lei de Newton: Portanto, é a força mínima que deve ser aplicada ao corpo. Isso significa que 28 A B C D E ela está paralela à direção da velocidade. Agora é com você Questão 01 Decorrido algum tempo após o salto do avião, os paraquedistas, mesmo antes de abrirem o paraquedas, passam a descer com velocidade constante. Nessa situação, a força resultante sobre um paraquedista de peso tem intensidade, em newtons, igual a: zero. Tanto a Primeira quanto a Segunda Lei de Newton vistas anteriormente acrescentam poucas informações sobre o conceito de força que Newton apresentou em suas definições. Contudo, a Terceira Lei fornece uma característica importante da força: ela se manifesta em um aspecto duplo, ação e reação. Embora Kepler já tivesse chegado à conclusão de que a força é um conceito que demanda reciprocidade, ele não reconheceu a igualdade das duas forças e seus sentidos opostos. Newton foi quem formulou essa ideia em um princípio quantitativo geral. A tradução do latim para o português da Terceira Lei de Newton enuncia: A toda ação há sempre oposta uma reação igual ou as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas. NEWTON, I. Principia: Princípios Matemáticos de Filosofia Natural. Livro I. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2012. Terceira Lei de Newton: Princípio da Ação e ReaçãoTerceira Lei de Newton: Princípio da Ação e Reação 29 Modernamente, escreve-se a Terceira Lei de Newton como: toda ação aplicada sobre um corpo gera uma reação, de mesma intensidade e direção, porém com sentido oposto e aplicado em corpos diferentes. Leitura Complementar Argumento utilizado por Newton para defender a validade da sua Terceira Lei Suponhamos que dois corpos, A e B, atraem-se mutuamente; imaginemos então que A, por exemplo, atrai B com uma intensidade maior do que B atrai A; suponhamos também que se interponha um obstáculo para impedir o encontro desses dois corpos; nesse caso, nossa suposição levaria à conclusão de que o sistema inteiro (A-obstáculo- B) se moveria na direção de B para A, pois o obstáculo, no dizer de Newton, "será mais fortemente instigado pela pressão" do corpo B do que pela pressão do corpo A; consequentemente, não permanecerá em equilíbrio, mas se acelerá ad infinitum. JAMMER, M. Conceitos de força: estudo sobre os fundamentos da dinâmica. Tradução: Vera Ribeiro e Antônio Mattoso. Rio de Janeiro: Contraponto e Ed. PUC-Rio, 2011. A Terceira Lei de Newton é uma aplicação do conceito de força à ação de um corpo sobre outro, o que gera alteração no seu estado de movimento ou deformação. Ou seja, quando aplicamos uma força para empurrar uma geladeira, em uma tentativa de alterar seu estado de movimento, ela também aplica uma força sobre nós. Para toda ação de uma força existe uma força de reação com a mesma direção e sentido contrário. Reprodução A Terceira Lei de Newton promove duas conclusões importantes: 1. Todas as forças têm uma forma de reação, desde o soco dado no saco de areia até a força entre ímãs. 2. As forças de ação e reação, no contato entre os corpos, têm a mesma intensidade e são 30 A B C D E simultâneas, independentemente da inércia dos corpos envolvidos. O que pode ser diferente é a consequência dessas forças: em uma batida de um caminhão com uma moto, a força de ação e reação entre eles será igual, porém, o estrago na moto será muito maior. Inseto atacando um dedo humano. xdpsowe / GIPHY Dica para o(a) professor(a) Professor(a), sugerimos que utilize esse GIF como um momento oportuno para perguntar aos(às) estudantes sobre a Terceira Lei de Newton. A enunciação e a explicação nesta página oferecem subsídios aos(às) estudantes para que eles(as) possam interpretar corretamente o GIF. Na página seguinte, continuaremos a discussão sobre a Terceira Lei, apresentando-a em outros contextos e resolvendo exercícios. Agora é com você Questão 01 A Terra atrai um pacote de arroz com uma força de Pode-se, então, afirmar que o pacote de arroz: atrai a Terra com uma força de atrai a Terra com uma força menor do que não exerce força nenhuma sobre a Terra. repele a Terra com uma força de repele a Terra com uma força menor do que Considere dois jovens, A e B, usando patins, inicialmente em repouso em uma pista lisa. Quando o patinador A empurra o patinador B, ambos entram em movimento: B para a direita e A para a esquerda, conforme a ilustração a seguir. A Terceira Lei de Newton na práticaA Terceira Lei de Newton na prática 31 Ilustração da Terceira Lei de Newton no contexto de patinadores no gelo. Reprodução De acordo com o exposto, pode-se concluir que a velocidade de B variou e a de A também. Sabe-se, ainda, que a variação de velocidade é causada por uma força. Assim, o fato ocorrido é explicado da seguinte maneira: o patinador B recebeu do patinador A uma força na horizontal orientada para a direita e o patinador A recebeu do patinador B uma força horizontal orientada para a esquerda. Essas forças formam um par ação e reação. Como a ação e a reação sempre estão aplicadas em corpos diferentes – nesse caso, nos patinadores A e B –, elas não se anulam. Caso contrário, se elas se anulassem, nenhum dos patinadores do exemplo entraria em movimento. Embora a ação e a reação tenham a mesma intensidade e atuem durante um mesmo intervalo, os módulos das velocidades adquiridas pelos patinadores vão depender de suas massas. De acordo com a Segunda Lei de Newton, o patinador de maior massa adquirirá menos velocidade, pois possuirá uma aceleração menor. Em qualquer interação, isto é, em qualquer troca de forças, seja ela de contato ou de campo, vale o seguinte princípio, denominado Princípio da Ação e Reação: 32 • • • • Quando um corpo A exerce em um corpo B uma força B exerce em A uma força de reação de modo que e possuem mesma intensidade; possuem mesma direção; possuem sentidos opostos; agem em corpos distintos, por isso não se anulam. Par ação-reação. A linha de ação das forças passa pelo centro dos corpos. Reprodução Saiba mais: o lançamento de foguetes 33 A força exercida sobre a terra pelos propulsores produz uma força de reação que impulsiona o foguete na subida. Reprodução Viagens espaciais, em geral, são tarefas bastante complexas por envolverem diversos fatores, como o gerenciamento do calor, mecânica orbital, detritos do espaço, radiação solar, entre outros. Um dos problemas começa já no lançamento para colocar um foguete em órbita. Seus motores funcionam com base no Princípio da Ação e Reação. Os motores do foguete expelem massa (gases resultantes do processo de combustão) para um sentido, e o foguete como um todo se beneficia da reação que ocorre no sentido oposto como resultado. Como a Terceira Lei de Newton está presente sempre que há ação de um corpo sobre outro, é possível identificá-la em diferentes contextos. 1. Quando se atira com uma espingarda, especialmente uma grande, sente-se um "coice" bem forte. Esse coice é uma reação. Uma espingarda atira com cerca de gramas de metal em um sentido a, aproximadamente, e o ombro do atirador recebe o impacto da reação. Se a pessoa estivesse usando patins ou skate ao atirar com a arma, esta atuaria como um motor de foguete, e a pessoa reagiriamovendo-se no sentido oposto. 2. Para segurar uma mangueira de incêndio jorrando água, às vezes são necessários dois ou 34 três bombeiros. A mangueira está atuando como um motor de foguete. Ela está jogando água em um sentido, e os bombeiros estão usando sua força e inércia para contrabalançar a reação. Se eles soltassem a mangueira, ela ficaria batendo em tudo à sua volta descontroladamente. Se os bombeiros estivessem em skates, a mangueira iria empurrá-los para trás facilmente. 3. Quando se enche uma bexiga e se deixa que ela voe por toda a sala, está se criando um motor de foguete. Nesse caso, o que está sendo jogado são as moléculas de ar que estão dentro da bexiga. Quando elas saem pela boca da bexiga, o resto da bexiga reage no sentido oposto. Importante: o paradoxo do burro e da carroça Como o burro consegue puxar a carroça? A força não deveria se cancelar, visto que ela forma um par ação e reação, com mesma intensidade, direção, mas sentidos opostos? Logo, a força resultante seria nula. A carroça e o burro não deveriam sair do repouso. A solução consiste em perceber que o par ação e reação atuam sobre corpos diferentes. Desse modo, a força que o burro exerce no conjunto corda-carroça atua na carroça puxando, por exemplo, para a esquerda. A reação que o conjunto corda- carroça atua no burro, puxando-o para direita. Como as forças atuam em corpos distintos, elas não podem produzir uma força resultante nula, conforme sugere o paradoxo. A força que o burro exerce na carroça e a força que a carroça exerce no burro formam um par de ação e reação. Elas atuam em corpos distintos. shutterstock.com 35 A B C D Agora é com você Questão 01 Uma pessoa está empurrando um caixote. A força que essa pessoa exerce sobre o caixote é igual e contrária à força que o caixote exerce sobre ela. Com relação a essa situação, assinale a alternativa correta. A pessoa poderá mover o caixote porque aplica a força sobre este antes de ele poder anular essa força. A pessoa poderá mover o caixote porque as forças citadas não atuam no mesmo corpo. A pessoa poderá mover o caixote se tiver uma massa maior do que a massa do caixote. A pessoa terá grande dificuldade para mover o caixote, pois nunca consegue exercer uma força sobre ele maior do que a força que esse caixote exerce sobre ela. Conforme discutido ao longo do capítulo, todos os corpos possuem a propriedade intrínseca da inércia, que é numericamente igual à massa do corpo. A força peso é a força com que os corpos são atraídos à Terra, e sua intensidade é calculada obtendo-se o produto da massa pela aceleração da gravidade. Assim, tem-se matematicamente que: Um corpo em um campo gravitacional sujeito apenas à força peso realiza um movimento uniformemente acelerado, pois, da Segunda Lei de Newton, sabe-se que a força resultante é igual à massa multiplicada pela aceleração: Além disso, temos que Como na queda livre os corpos são sujeitos somente à ação da força peso, então a força peso é a própria força resultante, de tal modo que: Força pesoForça peso 36 Assumindo a aceleração gravitacional constante, tem-se que o corpo realiza um movimento uniformemente variado. A direção da força peso será sempre dada pela reta que passa pelo centro da Terra e pelo centro do corpo. O sentido do vetor será sempre apontado para o centro da Terra. A força peso é perpendicular para baixo, apontando para o centro da Terra. Reprodução Corpos próximos à superfície terrestre são acelerados devido ao campo gravitacional da Terra. A força peso dos corpos tem direção em sentido para o centro da Terra. Devido à Terceira Lei de Newton, há uma força de reação à força peso, localizada no centro da Terra. Reprodução Quando uma pessoa sobe em uma balança e aparece a indicação " ", seria correto ela dizer "peso "? Deve-se estar atento(a), pois a unidade de massa é o quilograma, e a unidade de peso é o newton. Considerando que a balança está graduada em unidades de massa, então o peso dessa pessoa, na realidade, é de aproximadamente Para descobrir o peso de um objeto, é necessário multiplicar a massa pela aceleração da gravidade, cujo valor na Terra é aproximadamente constante, próxima a Vale lembrar que a massa de uma pessoa na Terra é a mesma na Lua, em Marte, ou em qualquer outro lugar do espaço. No entanto, o seu peso é, aproximadamente, vezes menor na Lua, pois 37 Assim, um corpo de na Terra terá o peso na Terra e na Lua igual a: Importante: diferença entre massa e peso O peso de um corpo é uma grandeza vetorial, uma força. Ele muda de acordo com o local onde o corpo se encontra, pois a aceleração da gravidade sofre alteração em sua intensidade conforme a altitude e a latitude. Na Terra, a aceleração gravitacional aumenta da linha do Equador em direção aos polos. A massa de um corpo, no entanto, é sempre a mesma em qualquer local, seja na Terra ou na Lua, por exemplo. Força peso e força normal atuando em um notebook sobre a mesa. Eles não formam um par ação e reação porque atuam no mesmo corpo, o notebook. Reprodução Imagine que uma pessoa está utilizando um notebook para estudar. O notebook dela está apoiado em cima de uma mesa. Nessa situação – ou outras nas quais existe um contato entre dois corpos –, aparecerá o que denominamos força normal. O computador exerce uma força de compressão sobre a área de contato da mesa, e a mesa reage com uma força em sentido contrário. As forças e constituem um par de forças de ação e reação. Força normalForça normal 38 A força normal ocorre quando existe um contato direto entre dois corpos impedindo que eles se atravessem. Essa resistência promovida pelos corpos sempre tem direção perpendicular à superfície de contato e atua no sentido de repulsão entre os corpos. A força normal é sempre perpendicular à superfície em que o corpo está encostado. A força peso é sempre vertical, em sentido ao centro da Terra. Representação das forças peso e normal em diferentes situações: superfície horizontal; superfície vertical; superfície inclinada, respectivamente. Reprodução Importante: força normal e força peso não formam um par de ação e reação A força normal não forma um par de ação e reação com a força peso. Embora, em uma superfície horizontal a força peso e a força normal que atuam em um corpo equilibrem-se, nem sempre a força peso tem a mesma direção da força normal. Além disso, a força peso é uma força que a Terra exerce sobre um corpo pelo fato de ambos terem massa, e a força normal é uma força que uma superfície exerce sobre um corpo pelo fato de exercerem compressão um sobre o outro. Desse modo, a força peso e a força normal correspondem a interações diferentes, portanto não correspondem a um par ação e reação. A força normal, assim como qualquer tipo de força medida no SI, possui como unidade o newton No esquema a seguir, é apresentada a interação entre um corpo e uma mesa no campo gravitacional terrestre. A força da mesa sobre a corpo apresenta como par ação e reação a força do corpo sobre a mesa 39 A interação gravitacional entre a Terra e o conjunto corpo-mesa é obtida pela força peso , que é a força da Terra sobre o conjunto. A reação a essa força é , que é a força que o conjunto realiza sobre a Terra. O módulo das forças envolvidas no esquema é o mesmo. Isso significa que o conjunto corpo e mesa atrai a Terra com a mesma intensidade que a Terra atrai o conjunto. Como o corpo está em equilíbrio, a força normal possui a mesma intensidade da força peso. (Cores-fantasia; imagem sem escala.) Reprodução Agora é com você Questão 01 Um bloco encontra-se sobre uma mesa horizontal sob a ação de uma força F. Compare as situações esboçadas a seguir, em que o módulo de F é sempre o mesmo, mas sua direção varia. 40 A B C D E Com relação ao módulo da força normal (N) exercida pela mesa sobre o bloco, é correto afirmar que > > . > > . > > . > > . > > . Força de traçãoForça detração 41 Ilustração do transporte de um monumento que comporia templos e outras construções. shutterstock.com A pirâmide de Gizé, no Egito, é considerada uma das 7 maravilhas do mundo antigo. As pirâmides geralmente tinham a função, no Egito Antigo, de preservar o corpo e a imagem do faraó. Algumas pinturas encontradas em papiros ou em murais retrataram a construção dessas pirâmides 25 séculos antes de Cristo. Um dos mecanismos utilizados para movimentar os blocos era amarrar as pedras e outros objetos que comporiam a arquitetura das construções utilizando cordas. Enfileiradas e com o auxílio de diversas cordas e outros recursos, as pessoas eram capazes de carregar tais blocos por grandes distâncias. Curiosidade Em 1798, Napoleão Bonaparte (1769-1821) estimou o número de pedras usadas para a construção da Grande Pirâmide. De acordo com suas contas, aquelas pedras dariam para fazer um muro ao redor da França, pois é formada por cerca de 2,3 milhões de blocos de pedra, cada um com aproximadamente 2,5 toneladas. Ao puxar um objeto por meio de uma corda ou um fio, a força aplicada é transmitida de uma extremidade a outra. Essa transmissão de força que ocorre em fios ou mesmo em barras rígidas é chamada de força de tração Desse modo, o fio será o agente físico transmissor da força de uma extremidade a outra. Para facilitar a Física e a Matemática envolvidas, são considerados fios ideais. Os fios ideais: 42 • • • são inextensíveis, ou seja, aqueles cujo comprimento não se altera quando são tracionados. apresentam massa desprezível em relação aos corpos tracionados. possuem flexibilidade, ou seja, não é possível empurrar um corpo com esse tipo de fio. Considere uma pessoa que começa a puxar um objeto com uma corda. O movimento é dividido em três partes. 1. Antes de puxar a corda, a tração é nula. Reprodução 2. Antes do movimento, a tração é diferente de zero, mas não grande o suficiente para movimentar o corpo. Reprodução 3. Em movimento, a tração é diferente de zero. Reprodução 43 Quando a corda for puxada ou tracionada, ela tentará impedir a separação entre os corpos. Assim, o homem aplicará uma força no objeto, e o objeto aplicará uma força sobre o homem, utilizando um agente transmissor: a corda. Também é possível ligar mais de um bloco com um fio, conforme ilustrado a seguir. Dois blocos ligados por um fio. Um deles sofre a ação de uma força (F). Quando o fio é esticado, os dois corpos sofrem a ação da força de tração exercida pelo fio. Reprodução Analisando separadamente as trações que atuam nos blocos e no fio, tem-se: Reprodução Sendo o fio um fio ideal, logo sua massa é desprezível. Então, pela Segunda Lei de Newton: mas então: Logo: Portanto, não há força resultante nas extremidades do fio. Isso indica que as forças de tração nas extremidades de um fio ideal têm sempre a mesma intensidade. Segundo a imagem anterior: Exercício resolvido 1. O sistema a seguir é puxado por uma força de Sabendo que os blocos e têm massas iguais a e respectivamente, determine a força de tensão no fio que une os blocos. Despreze efeitos de atrito. 44 Resolução: Para visualizar melhor o exercício, deve-se refazer o desenho indicando todas as forças envolvidas e aplicando para cada bloco. Sabe-se que as forças peso e normal se equilibram para ambos os blocos. Da Segunda Lei de Newton no bloco B: Da Segunda Lei de Newton no bloco A: Resolvendo o sistema de equações anterior: Em seguida, substituem-se os valores na equação: Para que seja determinada a intensidade da força de tração, basta substituir a aceleração encontrada na equação para o bloco ou na equação para o bloco Será usada equação para o bloco 45 Agora é com você Questão 01 Dois corpos, de massas e , são presos por um fio inextensível perfeitamente flexível e sem massa (fio ideal). Puxa-se o sistema com uma força de intensidade conforme a figura abaixo. Supondo o atrito desprezível, determine a aceleração do sistema e a intensidade da força de tração no fio. Na prática, para o trabalho de carregamento de pedras que formaram as pirâmides – bem como outros movimentos em geral –, é necessário levar em conta outra força além da tração: a força de atrito. Homem puxando caixas com uma corda. No objeto puxado, atuam tanto a força de tração como a força de atrito. Reprodução A experiência cotidiana vivenciada ou assistida na televisão mostra que corpos sobre superfícies mais lisas, como gelo ou asfalto durante a chuva, tendem a sofrer escorregões e deslizamentos. É o atrito com a superfície (e com o ar) que faz os corpos pararem após terem sido postos em movimento. Caso não houvesse força resultante atuando sobre o Força de atritoForça de atrito 46 corpo após o momento inicial – por exemplo, uma espaçonave que fica sem combustível –, o corpo se moveria indefinidamente devido à Primeira Lei de Newton. Essas experiências indicam que a força de atrito está relacionada ao contato entre os corpos e as superfícies de tal modo que: A força de atrito aparece em função das irregularidades presentes nas superfícies de contato dos corpos, impedindo ou dificultando o seu deslizamento. Sua direção é a própria direção do movimento, mas o seu sentido é sempre contrário ao movimento ou à tendência de movimento. Quanto menos rugosa for a superfície, menor será a força de atrito. Saiba mais: o perigo dos pneus gastos Os pneus não são lisos. Eles possuem sulcos que ajudam a estabilizar o carro em pistas molhadas. shutterstock.com Note que os pneus comuns possuem diversas ranhuras. Essas entradas nas borrachas permitem dar mais estabilidade para o automóvel em pistas molhadas. Quando os pneus do carro estão "carecas", isto é, quando os sulcos que permitem o contato com o chão ficam gastos, o contato diminui e, em situações de chuva, isso possibilita que a água ocupe esse lugar, provocando a aquaplanagem. Os sulcos podem ter vários formatos e direções, mas precisam apresentar certa profundidade, sendo limite mínimo estabelecido pelo Código Brasileiro de Trânsito de 1,6 milímetro. As características das forças de atrito são: 47 • • • A força de atrito não depende da área de contato entre a superfície do corpo e a superfície em que ele se encontra. A força de atrito é proporcional à força normal que a superfície realiza sobre a massa do corpo que ali se encontra. A força de atrito se opõe ao movimento ou à tendência de movimento de um corpo sobre uma superfície, devendo ser analisada sempre em função do movimento relativo entre ambos. A força de atrito atua de duas formas: uma antes de ocorrer o movimento, denominada de atrito estático, e outra durante o movimento, chamada de atrito dinâmico (ou cinético). Força de atrito estático A força de atrito estático é aquela causada pelo contato entre superfícies e que se opõe à tendência do movimento. Por exemplo, essa força ocorre quando se empurra um bloco, sem conseguir movimentá-lo. Dessa forma, a força externa aplicada sobre o bloco não é suficiente para movimentá-lo, fazendo com que permaneça em repouso. À medida que a força aumenta, percebe-se um ponto em que o corpo cede e passa a se movimentar. O valor mínimo para que ocorra a iminência do movimento é chamado de atrito estático máximo, ou de força de atrito de destaque. Nesse ponto, as rugosidades de cada superfície se desencontram e ocorre o deslizamento. A força de atrito estático é variável e atua em um corpo em repouso, enquanto está sendo aplicada uma força sobre ele para que seja colocado em movimento, até que atinja seu valor máximo. Depois disso, a força de atrito diminui e passa a ser a força de atrito cinético. No gráfico, esses dois momentos estão separados pela linha pontilhada vertical. O eixo horizontal se refere à força externa aplicada. Reprodução Conclui-se que a força de atrito estático é variável, tendo o mesmo valor da força externa aplicada, até chegar ao limite da força deatrito de destaque. A partir desse ponto, ocorre o 48 movimento do corpo. A força atrito estático máximo apresenta sua intensidade calculada pela expressão: O fator é o coeficiente de atrito estático. é o módulo da força normal que a superfície exerce sobre o corpo. Importante: força de atrito estático A força de atrito estático impede o movimento do corpo, tendo a mesma intensidade da força externa aplicada. O corpo somente vai se movimentar se a força aplicada for maior que a força de atrito estático. Força de atrito dinâmico Após vencida a barreira do atrito estático, os corpos passam a deslizar entre si, ocorrendo o movimento. Nesse ponto, passa a agir a força de atrito dinâmico (ou cinético). Diferentemente do atrito estático, ele apresenta um módulo constante, calculado pela expressão: O fator é o coeficiente de atrito dinâmico entre as superfícies, tendo o mesmo papel e função que o Apesar de as e serem semelhantes, guardam uma relação entre os coeficientes de atrito: Assim, é mais difícil vencer o atrito para iniciar o movimento do que para mantê- 49 lo nesse estado de movimento. A força de atrito dinâmico deve ser sempre menor que a força aplicada sobre o corpo Forças que atuam sobre um corpo em movimento horizontal. Reprodução A tabela a seguir mostra alguns coeficientes de atrito, dinâmicos e estáticos, entre algumas superfícies muito utilizadas. Note que o coeficiente de atrito estático é sempre maior que o coeficiente de atrito dinâmico Valores para os coeficientes de atrito entre diferentes superfícies. Em geral, são grandes as margens de erro associadas aos valores tabelados de coeficientes de atrito, justamente em função das dificuldades de se fabricar objetos com alto grau de homogeneidade superficial. Reprodução 50 Saiba mais: a força de atrito ao andar Às vezes, dizem que a força de atrito que age no pé de uma pessoa tem o mesmo sentido do movimento dela. E isso está correto, pois, quando uma pessoa se desloca para a direita, seu pé empurra para a esquerda em relação ao chão e, como a força de atrito age no sentido contrário ao movimento, ela agirá no pé para a direita. Em outras palavras, a força de atrito age de maneira contrária ao movimento desejado pelo pé e igual ao sentido que a pessoa se movimentará. O pé é que está em contato com o chão, e a pessoa só vai para frente se o pé empurrar o chão para trás. O caminhar só é possível porque as superfícies não são perfeitamente lisas. Reprodução Exercício resolvido 1. (UDESC) O gráfico a seguir representa a força de atrito entre um cubo de borracha de e uma superfície horizontal de concreto, quando uma força externa é aplicada ao cubo de borracha. Assinale a alternativa correta, em relação à situação descrita pelo gráfico anterior. a) O coeficiente de atrito cinético é b) Há movimento relativo entre o cubo e a superfície antes que a força de atrito 51 alcance o valor de c) O coeficiente de atrito estático é d) O coeficiente de atrito cinético é e) Há movimento relativo entre o cubo e a superfície para qualquer valor da força de atrito. Resolução: Pelo diagrama, o cubo estava em repouso e, a partir do instante passa a sofrer a ação de uma força de intensidade variável. O cubo permanece em repouso até a força de atrito estática atingir seu valor máximo de o que invalida as alternativas B e E. A força externa continua atuando sobre o cubo até que este entra em movimento e a força de atrito passa a ser a cinética, cujo coeficiente é menor que o estático. A força de atrito cinética é dada por Como a superfície é horizontal, Então: Portanto, a alternativa correta é a) o coeficiente de atrito cinético é 2. (UFRJ) A figura seguinte mostra um bloco de apoiado sobre um bloco de O bloco por sua vez, está apoiado sobre uma superfície horizontal muito lisa, de modo que o atrito entre eles é desprezível. O conjunto é acelerado para a direita por uma força horizontal de módulo igual a aplicada no bloco a) Determine a direção e o sentido da força de atrito exercida pelo bloco sobre o bloco e calcule seu módulo. b) Determine a direção e o sentido da reação calcule seu módulo e indique em que corpo está aplicada. 52 Resolução: O corpo ao ser empurrado pela força exercerá sobre uma força de atrito para frente, o que fará ser levado junto com o bloco Pela Terceira Lei de Newton, pode-se afirmar que exercerá sobre uma força de atrito de mesmo módulo, de mesma direção, mas de sentido contrário ao de Uma outra maneira de compreender a direção e o sentido da força de atrito é reconhecer que, quando o bloco é empurrado, o bloco tende, por inércia, a permanecer em repouso. Portanto, a tendência de movimento relativo entre e ocorre com B tendendo a ir para a direita de e com tendendo a ir para a esquerda de Como a força de atrito é oposta à tendência de movimento, a força de atrito sobre é para a direita e sobre para a esquerda. a) Esquematizando as forças em cada bloco: 53 A B C D E Essa força exercida por em é horizontal e para a direita. b) Pelo que foi comentado no início desta resolução, o atrito exercido por em tem mesmo módulo mesma direção, mas sentido contrário ao do atrito exercido por em Logo, a reação é horizontal e para a esquerda. Ela é aplicada em e vale Agora é com você Questão 01 Um estudante analisou uma criança brincando em um escorregador com uma leve inclinação. A velocidade foi constante em determinado trecho do escorregador em razão de o(a) aceleração ter sido maior que zero. atrito estático ter sido igual a zero. atrito estático ter sido menor que o atrito cinético. atrito estático ter sido igual ao atrito cinético. aceleração ter sido igual a zero. Questão 02 Um bloco de é puxado por uma força horizontal e constante, cuja intensidade é de Sabe-se que a aceleração adquirida pelo bloco é constante e tem módulo Sendo determine o valor do coeficiente de atrito entre o bloco e a superfície de apoio. Força elásticaForça elástica 54 A invenção da pólvora deu-se no século IX, na China, e as primeiras armas de fogo, muito rudimentares, surgiram pouco depois. Contudo, seria somente no século XVI, com o surgimento do mosquete, que as armas de fogo ganhariam amplo espaço nos campos de batalha. Até essa época, enquanto o conceito de força ainda era entendido como estando sediado no próprio corpo, soldados e gladiadores utilizavam arco e flecha além de espadas. A corda do arco exerce uma força sobre a flecha que a impulsiona, fazendo-a entrar em movimento. Reprodução O arco e flecha funciona devido à ação da força elástica Ao puxar a corda, o arqueiro a deforma. Quando a corda, por meio das propriedades elásticas, volta ao seu estado inicial, ela aplica na flecha uma força elástica proporcional à deformação causada pelo arqueiro. Esse processo lança a flecha com alta velocidade. Desse modo, a força elástica é a força responsável pela restauração elástica de corpos como as ligas e as molas. Um sistema físico importante para as situações do cotidiano se dá com a utilização de molas. As molas constituem um sistema elástico fundamental, usado para diversas finalidades, que vão desde o mecanismo de canetas a amortecedores em automóveis. O cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) notou experimentalmente que, quando uma força é aplicada em uma mola de forma longitudinal, esta sofrerá uma deformação em seu comprimento. A deformação depende do tipo de material usado, como também da sua espessura. Todas essas características do corpo serão representadas pela letra que corresponde à constante elástica. Força elásticaForça elástica 55 • • • À esquerda, tem-se uma mola em seu estado natural. À direita, tem- se a mesma mola deformada de devido à ação de um agente externo Reprodução De maneira geral, uma mola sempre terá três estados possíveis: normal, esticada ou comprimida. Nota-se que força realizada pelo