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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA – MULTIVIX 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO 
 
SILVANA VENANCIO SILVA PASSABÃO 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA: UMA PESQUISA 
BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA VENÉCIA – ES 
2020 
 
 
 
 
SILVANA VENANCIO SILVA PASSABÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA: UMA PESQUISA 
BIBLIOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA VENÉCIA – ES 
2020 
Trabalho apresentado à disciplina 
de Histologia e Embriologia, como 
requisito de avaliação sob 
orientação da Profª.: Me. Daniele 
Giulianna de Vasconcelos 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução ..................... .................................................................................... 3 
Capítulo 1 – Tecido Epitelial ............................................................................... 3 
1.1 Tecido Epitelial de revestimento ................................................................... 4 
1.2 Tecido epitelial glandulares .......................................................................... 7 
Capítulo 2 – Tecido Conjuntivo ........................................................................ 10 
2.1 Tecido Conjuntivo propriamente dito .......................................................... 12 
2.2 Tecido Conjuntivo de propriedades especiais ............................................ 14 
2.3 Tecido Conjuntivo de Suporte .................................................................... 16 
Capítulo 3 - Tecido Muscular............................................................................ 19 
Capítulo 4 – Tecido Nervoso ............................................................................ 25 
Capítulo 5 – Sistema Hematopoiético .............................................................. 29 
Capítulo 6 – Sistema Circulatório .................................................................... 31 
Capítulo 7 – Gametogênese e fecundação (em humanos) .............................. 36 
7. 1 Meiose ....................................................................................................... 37 
7.2 Espermiogênese e Ovogênese ................................................................. 37 
7.3 Encontro de gametas ................................................................................. 40 
Considerações finais ........................................................................................ 42 
Referências bibliográficas ................................................................................ 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
Há anos se escuta falar que o corpo humano é uma máquina, isso porque 
cada célula funciona perfeitamente e em sincronia. Sabe-se que a vida se inicia 
a partir de uma única célula que se multiplica por diversas vezes, um processo 
chamado de diferenciação celular, que acontece durante a formação fetal, e isso 
é estudado na parte da ciência chamado de Embriologia, que pela qual, estuda 
as fases do desenvolvimento embrionário dos organismos vivos, é o que 
veremos nesta pesquisa. 
Pode-se observar com o avanço da ciência que o corpo do ser humano é 
constituído por diversas partes cada uma com milhares de células que 
apresentam distintas funções, isso sem contar a presença de órgãos e sistemas 
que trabalham de forma integral e cooperativa para garantir o funcionamento 
adequado do organismo. 
Esta pesquisa bibliográfica apresentará também, os quatro tipos de tecido 
que formam e ajudam no desempenho do corpo humano de forma histológica, 
ou seja, um método que analisa suas estruturas, origens e diferenciação da 
mesma maneira a pesquisa abordará os sistemas hematopoiéticos e 
circulatórios. 
 
Capítulo 1 – Tecido Epitelial 
 
A palavra epitélio origina-se do grego (epi - sobre; theleo – papila) ou seja, 
faz uma referência à localização desse tecido sobre o tecido conjuntivo (capítulo 
2). Este tecido apresenta várias funções como o revestimento, que cobre a 
superfície do corpo, protege-o, e também reveste os tratos digestório, 
respiratório e urogenital além das cavidades corporais e os vasos sanguíneos e 
linfático, ainda possui funções como absorção (intestinos), secreção (glândulas) 
e excreção (túbulos renais). O tecido epitelial apresenta células justapostas, ou 
seja, unidas com pouca substância intercelular, são avasculares, possui forte 
coesão entre as células e há presença de lâmina basal, que por sua vez é uma 
matriz rica em proteínas e polissacarídeos. Ademais, a superfície das células 
desse tecido pode conter microvilosidades, cílios e flagelos, o que facilita a 
movimentação de partículas. (MONTANARI, 2016) 
4 
 
 
Segundo Junqueira e Carneiro (2018) conforme a estrutura, disposição de 
suas células e função o tecido epitelial é dividido em epitélio de revestimento e 
glandulares, porem essa divisão pode ser vista como injustificada uma vez que 
que o epitélio que reveste a cavidade do estômago são células que secretam. 
 
1.1 Tecido Epitelial de Revestimento 
 
As células do tecido epitelial de revestimentos são arranjadas em uma ou 
mais camadas e sua principal função é revestir a superfície externa e as 
cavidades internas como vasos sanguíneos e todos os órgãos ocos. É também 
classificado quanto ao número de camadas e o formato das células desse tecido 
é variado, e em geral possuem núcleo o que pode ser observado na tabela a 
seguir: 
Quanto ao número de camadas: 
 
Quanto ao formato celular: 
 
Tabela 1: Classificação do tecido epitelial quanto ao número de camadas e formato celular. 
 
- Tecido epitelial simples: apresenta apenas uma camada de célula, sua base é 
anexada a uma base da membrana basal e a cavidade apical é voltada para a 
superfície livre. Esse tipo de tecido é dividido ainda em pavimentoso, cuja função 
5 
 
 
é de revestir o endotélio e a capsula de Bowman, localizada no rim; cúbico, 
encontrado nos folículos da tireoide e nos túbulos contorcidos do rim; prismático 
(cilíndrico) que por sua vez se encontra no aparelho digestivo, estômago, nos 
intestinos e outros órgãos como a vesícula biliar. Suas formas podem ser 
observadas na tabela 1. 
- Tecido epitelial estratificado: este é um tipo de tecido que apresenta duas ou 
mais camadas de células, a primeira camada está anexada a membrana basal 
e as demais se encontram uma sobre a outra, formando assim vários extratos. 
Este tipo também se subdivide em pavimentoso, que pelo qual há uma camada 
superficial de queratina, a pelo por exemplo, e outras áreas sem queratina no 
caso do esôfago; cúbico (diversas camadas de células em formato cubico); 
transição, caracterizado pela presença de células mais superficiais e formado 
diferenciado, pode ser encontrado na bexiga e ureter, possui esse nome porque 
as células sofrem alterações conforme o estado de distensão do órgão, é o que 
se pode observar na figura 1 abaixo: 
 
Figura1: Epitélio de transição (a); epitélio de transição contraído (b); epitélio de transição 
distendido. Fonte: http://biologia.ifsc.usp.br/bio1/apostila/bio1_parte_02.pdf 
 
- Tecido epitelial pseudoestratificado: formado por apenas uma camada de 
células, mas quando observado, em microscópio, seus núcleos indicam várias 
por estarem em diferentes alturas, isso ocorre pelo fato de que todas as células 
http://biologia.ifsc.usp.br/bio1/apostila/bio1_parte_02.pdf
6 
 
 
tocam na membrana basal, é classificado como colunar, pois, a maioria das 
células apresenta este formato. (MINELLO et al, 2019). IsTo é representado na 
figura 2 abaixo: 
 
Figura 2: Seta preta: Tecido epitelial pseudoestratificado 
Fonte: http://lovehistologia.blogspot.com/p/tecido-epitelial-de-revestimento_6.html 
 
Conforme a bióloga Denisele Neusa, (acesso em 14 de maio de 2020) 
local onde se encontra o tecido epitelial no corpo mostra sua origem embrionária, 
sendo assim os que formam as cavidades originaram-se do endoderma, do 
ectodermahttp://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=54&Itemid=71
http://projetos.unioeste.br/projetos/microscopio/
http://noticiasdobrunopontocom.blogspot.com/2016/07/tecido-epitelial.html
https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434173&chapterid=19988
45 
 
 
JUNQUEIRA, L. C. U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª ed. Editora 
Guanabara Koogan - Rio de Janeiro, 2008, p. 524. 
 
JUNQUEIRA, L. C. U. & CARNEIRO, J. autor coordenador Paulo Abrahamsohn 
- Histologia Básica: textos e atlas. 13ª ed. Editora Guanabara Koogan Rio de 
Janeiro, 2018 
 
KUNZLER, ALICE, at al. Citologia, histologia e genética – Editora SAGAH – 
Porto Alegre, 2018 
 
LANGMAN, Embriologia Médica – 13ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan, 2019 
 
Leda Negreiros – Histologia animal. Disponível em 
http://atricolinabiologa.blogspot.com/2016/11/histologia-animal-em-
montagem.html acesso em 18 de maio de 2020 
 
MAGALHÃS, LANA. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/tecido-
muscular/ acesso em 17 e 19 de maio de 2020 
 
MELO, T. et al, Contração do Musculo cardíaco, REVISTA DE TRABALHOS 
ACADÊMICOS - UNIVERSO RECIFE, VOL. 4, nº 2-1 2017, disponível em: 
http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article
&op=viewArticle&path%5B%5D=5132 acesso em 23 de maio de 2020. 
 
MINELLO, L. F; OLIVEIRA, L.B. O.; RHEINGANTZ, M. T. G.; RODRIGUES, R. 
F. Histologia dos Tecidos – guia prático. 1ª Edição. Pelotas, 2019 
 
MONTANARI, T. Histologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3ª ed. 
Porto Alegre, 2016. Disponível em: 
http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/2Epitel.pdf acesso em 14 de abril de 2020 
http://atricolinabiologa.blogspot.com/2016/11/histologia-animal-em-montagem.html
http://atricolinabiologa.blogspot.com/2016/11/histologia-animal-em-montagem.html
https://www.todamateria.com.br/tecido-muscular/
https://www.todamateria.com.br/tecido-muscular/
http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=5132
http://revista.universo.edu.br/index.php?journal=1UNICARECIFE2&page=article&op=viewArticle&path%5B%5D=5132
http://www.ufrgs.br/livrodehisto/pdfs/2Epitel.pdf
46 
 
 
 
MONTANARI, T. Embriologia: texto, atlas e roteiro de aulas práticas. 3ª ed. 
Porto Alegre, 2013. Disponível em: https://www.ufrgs.br/icbs-
labbiorepr/prodint/livros/livroembrio2013.pdf acesso em 01 de junho de 2020 
 
MOORE KL, Persaud TVN. Embriologia clínica. 8a ed. Rio de Janeiro (RJ): 
Elsevier; 2008. 
 
Profª Dolores – Apostila Anatomia e Fisiologia Humana, 2016. Disponível em 
http://nicsaude.com/assets/sistema_hematopoietico.pdf acesso em 25 de maio 
de 2020 
 
Profº Andre Maia – Histologia - 
https://www.passeidireto.com/arquivo/64192530/histologia-tecido-epitelial-
glandular-prof-andre-maia acesso em: 15 de maio de 2020 
 
Profº MSC Roberpaulo Anacleto – Tecido Epitelal - PUC Goiais 
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15347/mat
erial/Tecido%20Epitelial%20e%20glandular.pdf acesso em 15 de maio de 2020 
 
RIBEIRO, K.; FONSECA, D. K. Tecido Conjuntivo – Brasil Escola. Disponível 
em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo.htm acesso em 02 
de maio de 2020. 
 
ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas. 7ª ed. Editora Guanabara 
Koogan – Rio de Janeiro, 2018 
 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Gametogênese. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/gametogenese.htm 01 de junho de 
2020 
https://www.ufrgs.br/icbs-labbiorepr/prodint/livros/livroembrio2013.pdf
https://www.ufrgs.br/icbs-labbiorepr/prodint/livros/livroembrio2013.pdf
http://nicsaude.com/assets/sistema_hematopoietico.pdf
https://www.passeidireto.com/arquivo/64192530/histologia-tecido-epitelial-glandular-prof-andre-maia
https://www.passeidireto.com/arquivo/64192530/histologia-tecido-epitelial-glandular-prof-andre-maia
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15347/material/Tecido%20Epitelial%20e%20glandular.pdf
http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/15347/material/Tecido%20Epitelial%20e%20glandular.pdf
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/tecido-conjuntivo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/gametogenese.htm
47 
 
 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Meiose"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/meiose.htm acesso em 01 de junho de 
2020. 
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Fecundação; disponível em: 
https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/fecundacao.htm 
acesso em 06 de junho de 2020 
 
Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008/2020.Tecido Muscular 
Esquelético. Disponível em: 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php acesso em 
20 de maio de 2020. 
 
TING, E. Histologia Básica (aula 8) Tecido Nervoso. Disponível em: 
https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/10342228032012His
tologia_Basica_Aula_8.pdf acesso em 22 de maio de 2020. 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/meiose.htm
https://www.biologianet.com/embriologia-reproducao-humana/fecundacao.htm
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Histologia/epitelio22.php
https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/10342228032012Histologia_Basica_Aula_8.pdf
https://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/10342228032012Histologia_Basica_Aula_8.pdfo tecido que reveste a parte externa, a epiderme, e do mesoderma 
originou-se os tecidos que revestem os vasos sanguíneos e as membranas que 
cobrem os órgãos das grandes cavidades do corpo. A figura 3, mostra de 
maneira resumida os tipos de epitélios de revestimento e onde são encontrados 
no corpo humano. 
 
 
http://lovehistologia.blogspot.com/p/tecido-epitelial-de-revestimento_6.html
7 
 
 
 
Figura 3: Tipos de epitélio de revestimento e locais que se encontram no corpo humano. 
Fonte:http://noticiasdobrunopontocom.blogspot.com/2016/07/tecido-epitelial.html 
 
1.2 Tecido Epitelial Glandulares 
A partir da proliferação das células do epitélio de revestimento, que pelas 
quais penetram no tecido conjuntivo (capítulo 2) surge as glândulas conforme 
pode ser observado na figura 4. Este tipo de tecido também teve sua origem 
embrionária onde do ectoderma surgiu as glândulas associadas a pele 
(sudoríparas, sebáceas e mamarias), do mesoderma as glândulas adrenais 
(corte adrenal) e do endoderma originou-se as glândulas associadas com o trato 
digestório (esofágicas, gástricas, intestinais, fígado e pâncreas). (PROF.: 
ROBERPAULO ANACLETO, acesso em 15 de maio de 2020) 
O tecido epitelial gandular se classifica quanto a conexão com a superfície 
do epitélio sendo exócrinas e endócrinas, onde a primeira é quando as células 
se mantem ligadas à superfície epitelial, formando um ducto e por ele a secreção 
chega a superfície, e a segunda quando as células não estão conectadas e 
desse modo a secreção é liberada para os vasos sanguíneos, que por sua vez 
é classificado como cordonal (células que formam cordões maciços) e vesicular 
(células que formam vesículas ou folículos). (MONTANARI, 2016) 
 
 
http://noticiasdobrunopontocom.blogspot.com/2016/07/tecido-epitelial.html
8 
 
 
 
Figura 4: Formação das glândulas a partir de epitélios de revestimento 
Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/cfi/6/30!/4/4/242/2/2@0:19.3 
 
As glândulas exócrinas podem ser classificadas pelo tipo de ductor 
excretor e pela forma de porção secretora: 
- Glândulas tubulares enoveladas simples: é um tubo que se enovela, aparece 
na pele e corresponde as glândulas sudoríparas. 
- Glândulas tubulares enoveladas compostas: apresentam a forma de um tubo 
ramificado, presentes no estômago e correspondem às glândulas gástricas. 
- Glândulas acinosas simples: apresentam um único ductor excretor não 
ramificado, como exemplo as glândulas sebáceas. 
- Glândulas acinosas compostas: forma de cacho de uva ou árvore como 
exemplos o pâncreas. (Figura 5) 
Também são classificadas conforme a natureza da porção secretora e o 
mecanismo de eliminação da secreção. Sendo que a primeira pode ser serosa, 
rica em proteínas e bastante fluida; mucosa, rica em mucina; e sero-mucosa, ou 
seja é mista, contém os dois tipos de secreção. E a segunda merócrina 
(exocitose de proteínas, exemplo o pâncreas), apócrina (célula comprime parte 
de seu conteúdo exemplo glândulas mamarias), holocrina (células morrem e 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/cfi/6/30!/4/4/242/2/2@0:19.3
9 
 
 
todo o conteúdo é eliminado com ela, exemplo glândula sebácea). (PROF.: 
ANDRÉ MAIA, acesso em 15 de maio de 2020) 
 
Figura 5: Classificação das glândulas exócrinas por tipo de ductor excretor e forma da porção 
secretora. 
Fonte:https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Patricia/Aul
a_Epitelio_glandular_09.pdf 
 
Já as glândulas endócrinas são organizadas pelo Sistema Nervoso, 
principalmente pelo hipotálamo, são responsáveis pela secreção de hormônios. 
Como dito anteriormente, podem ser classificadas como cordonal, como 
exemplo ilhotas de Langherans, (inúmeras glândulas pequenas no interior do 
pâncreas); adrenais, corpo lúteo e a hipófise dividida em adeno-hipófise, 
responsável pela produção do hormônio adrenocorticotrófica que por sua vez 
estimula e libera hormônios das glândulas suprarrenais principalmente o cortisol; 
e em neutro-hipófise, responsável pelo hormônio ocitocina, que estimula a 
musculatura do útero. (MAGALHÃES, acesso em 17 de abril de 2020) 
Outra classificação das glândulas endógenas é a chamada de folicular, 
que possuem um epitélio simples e cúbico, no seu interior acumula-se secreção, 
como exemplo a tireoide, localizada no pescoço, como pode ser observada na 
figura 6, responsável pela produção de três hormônios, triiodotironina (T3), 
tiroxina (T4), eles aceleram o metabolismo celular aumentando assim o consumo 
de oxigênio e produção de calor. E o outro hormônio produzido por essa glândula 
é o calcitonina, que diminui os níveis sanguíneos de cálcio e fosfato. Quando a 
glândula tireoide funciona de modo excessivo denomina-se hipertireoidismo, faz 
com que o metabolismo seja acelerado fazendo com que o indivíduo emagreça 
por estar gastando bastante energia. E quando isso ocorre de forma contraria, 
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Patricia/Aula_Epitelio_glandular_09.pdf
https://www2.ibb.unesp.br/departamentos/Morfologia/material_didatico/Profa_Patricia/Aula_Epitelio_glandular_09.pdf
10 
 
 
ou seja, a tireoide trabalhando menos, o metabolismo diminui, e a pessoa gasta 
menos energia, e como consequência a pessoa tende a engordar, esse fato se 
denomina hipotireoidismo. (MAGALHÃES, acesso em 17 de abril de 2020) 
 
 
Figura 6: Localização de algumas glandulas do corpo humano. 
fonte: https://www.gestaoeducacional.com.br/glandulas-do-corpo-humano-o-que-sao/ 
 
Capítulo 2 - Tecido Conjuntivo 
 De acordo com RIBEIRO (acesso em 02 de maio de 2020) o tecido 
conjuntivo tem origem embrionária mesodérmica, são inúmeros tipos de células 
separadas por abundante matriz extracelular, que por sua vez é formada por 
uma porção fibrosa, de natureza proteica dividido de acordo com o tecido se 
classificando como fibras colágenas, elásticas e reticulares (figuras 7). E por uma 
parte estrutural, chamada de substância estrutural amorfa (constituída por água, 
polissacarídeos e proteínas, pode ser rígida como o tecido ósseo ou líquida como 
o plasma sanguíneo). É vascularizado e inervado, com exceção do tecido 
cartilaginoso. 
 
 
https://www.gestaoeducacional.com.br/glandulas-do-corpo-humano-o-que-sao/
11 
 
 
 
Figura 7: Tipos de fibras presentes no tecido conjuntivo. 
Fonte: https://www.proenem.com.br/enem/biologia/tecidos-conjuntivo-e-adiposo/ 
 
 
As principais funções do tecido conjuntivo são: 
- Suporte: formado por cartilagem, osso, tendão, ligamentos; 
- Nutrição e transporte: matriz rica em proteoglicanos; 
- Preenchimento: preenche os espaços entre as estruturas; 
- Defesa: a presença de células capazes de reconhecerem substâncias 
estranhas ao organismo e realizam a defesa, que também participam dos 
processos imunológicos; 
- Reparação: células que sintetizam os componentes da matriz extracelular. 
Conforme a quantidade de células e matriz extracelular presente no tecido 
conjuntivo, ele pode ser classificado de diversas maneiras (Figura 8): 
- Quando a quantidade de célula e de matriz é proporcional denomina-se tecido 
conjuntivo frouxo; 
- Quando a quantidade de células é superior ao de matriz é classificado como 
tecido adiposo, pois predomina adipócitos; tecido sanguíneo, pois há muitas 
células sanguíneas; tecido hematopoiético, pois há inúmeras células precursoras 
sanguíneas e tecido mesenquimal, que por sua vez há uma predominância de 
mesenquimais, “que são capazes de se transformar em fibroblastos e em 
miofibroblastos, contribuindo para o reparo do tecido, produzem também, 
citocinas e fatores de crescimento que influenciam a diferenciação de outras 
células”. (MONTANARI, 2016). 
- Quando a matriz celular apresenta suas próprias características, classifica-se 
o tecido como ósseo (matriz celular calcificada) ou cartilaginoso que por sua vez, 
sua matriz extracelular apresentaalta concentração de polissacarídeos que 
formam um gel firme; 
https://www.proenem.com.br/enem/biologia/tecidos-conjuntivo-e-adiposo/
12 
 
 
- Quando há uma predominância de matriz extracelular, os tecidos são 
classificados como: 
 Tecido conjuntivo mucoso (muita substância amorfa); 
 Tecido conjuntivo denso, que por sua vez pode ser modelado, isto é, 
quando as fibras colágenas estão na mesma direção, ou pode ser não 
modelado, ou seja, quando as fibras estão em várias direções; 
 Tecido reticular, quando há uma predominância de fibras reticulares, 
como o baco e fígado; 
 Tecido elástico que predomina fibras elásticas presentes, por exemplo, na 
coluna vertebral. (GLEREAN, 2013) 
 
 
Figura 8: Tipo de tecido conjuntivo 
Fonte: https://www.saladeestudorio.com.br/dicas-do-professor/caracteristicas-gerais-do-tecido-
conjuntivo/ 
 
2.1 Tecido conjuntivo propriamente dito 
O tecido conjuntivo propriamente dito está localizado abaixo da epiderme e 
se faz presente em todos os órgãos. É constituído principalmente por matriz 
extracelular rica em colágeno é um tecido vascularizado e inervado, além disso 
sua substância fundamental apresenta uma característica gelatinosa e mole, 
onde estão são situadas células que exercem muitas funções, tais como: 
https://www.saladeestudorio.com.br/dicas-do-professor/caracteristicas-gerais-do-tecido-conjuntivo/
https://www.saladeestudorio.com.br/dicas-do-professor/caracteristicas-gerais-do-tecido-conjuntivo/
13 
 
 
- Mastócitos: sua função é auxiliar as reações imunológicas. São originados de 
células precursoras hematopoiéticas que produzem sangue e se localizam na 
medula óssea. 
- Fibroblastos: realizam a síntese proteica, elas possuem muito reticulo 
endoplasmático rugoso e complexo de golgi. 
- Macrófagos: atuam como elemento de defesa, caracterizada pela função de 
fazer pinocitose e fagocitose, também possui complexo de golgi, muitos 
lisossomos e reticulo endoplasmático rugoso. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 
2018). 
Conforme Beu et al. (2017), o tecido conjuntivo propriamente se subdivide 
em conjuntivo denso e conjuntivo frouxo. Este primeiro é bem flexível e 
vascularizado, pouco resistente a trações, estão presentes células como 
fibroblastos e macrófagos além de migratórias, que atuam no mecanismo de 
defesa e migram dos vasos sanguíneos, em resposta a alguns estímulos. 
Também há fibras elásticas e colágenas. Ele pode ser encontrado em células 
musculares, na hipoderme entre outros lugares do corpo humano, e de outros 
animais. Já o segundo é pouco flexível, porém muito resistente às trações, 
possui poucas células e há predominância e fibras colágenas, além disso é 
classificado como modelado, ou seja, regular que por sua vez é formado por 
fibras colágenas organizadas em feixes com orientação fixa, o que faz com que 
o tecido seja caracterizado como resistente a tensão, estão situados nos 
tendões, estruturas que não são capazes de se encompridar, por possuir muito 
colágeno sua cor é esbranquiçada, eles fazem a ligação dos músculos aos ossos 
e também nos ligamentos que ligam os ossos entre si. Outra classificação do 
tecido conjuntivo denso é não modela, ou seja, irregular, e no que lhe concerne 
é formado por fibras entrelaçadas, arrumadas também em feixes, mas que não 
apresentam uma direção fixa, isso faz com que seja resistente e elástica, esse 
tipo de tecido pode ser encontrado nas capsulas de alguns órgãos, tais como 
baço, rim, pulmão, também nas fáscias e nas capsulas articulares e pericárdio. 
A figura 9 abaixo demonstra esse tipo de tecido: 
14 
 
 
 
Figura 9: (A)Tecido conjuntivo frouxo do estômago; (B) Esquema de tecido conjuntivo denso, 
lado esquerdo não modelado, lado direito, modelado. 
Fonte: https://histologianerd.blogspot.com/2013/04/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html 
 
2.2 Tecido conjuntivo de propriedades especiais 
As células dos tecidos conjuntivos especiais são bastantes diferentes, 
bem como suas funções. E conforme suas propriedades são divididos em: 
 Tecido adiposo: possui células denominadas adiposas ou adipócitos, 
nelas são armazenadas substâncias lipídicas. Este tecido é um grande 
deposito de energia, suas principais funções são de modelagem da 
superfície do corpo, proteção contrachoques mecânicos, também é um 
importante isolante térmico além disso atua na produção de calor. Este 
tecido pode ser classificado em: 
- Tecido adiposo branco (amarelo, comum ou unilocular) segundo 
Junqueira e Carneiro (2018), essa pigmentação existe devido a 
abundância de carotenos espalhados nas gotículas de gordura. Fatores 
como sexo, constituição genética e idade influenciam o acúmulo de 
gordura em determinados locais pelo corpo de adultos. Esse tipo de tecido 
é vascularizado devido a presença de uma divisão de tecido propriamente 
dito, como se pode observar na figura 10, nela contém vasos e nervos 
que servem as células adiposas, sustentando-as individualmente. 
- Tecido adiposo marrom (pardo ou multilocular) diferentemente do tecido 
branco, o tecido pardo é encontrado em regiões da cintura escapular e 
pélvica, em adultos sua presença é bem reduzida pois ele não cresce. Em 
comparação também ao tecido branco, suas células são menores em 
(A) 
(B) 
https://histologianerd.blogspot.com/2013/04/tecido-conjuntivo-propriamente-dito.html
15 
 
 
forma poligonal, “elas são organizadas formando massas compactas em 
associação a muitos capilares sanguíneos, assemelhando-se a glândulas 
endócrinas.” (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018) 
 
Figura 10: Tecido unilocular e septo de tecido conjuntivo propriamente dito. 
Fonte:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371391/mod_resource/content/1/TECIDO%20C
ONJUNTIVO%20DE%20PROPRIEDADES%20ESPECIAIS.pdf: 
 
 
Figura 11: Origem e desenvolvimento das 
células adiposas. A célula mesenquimal 
indiferenciada, além de formar outros tipos 
celulares, dá origem aos fibroblastos 
(esquerda) e aos lipoblastos (direita), que 
se diferenciam em células adiposas uni e 
multiloculares. Quando a gordura é 
mobilizada para atender às necessidades 
metabólicas do organismo, as células 
adiposas maduras podem voltar a 
apresentar apenas algumas gotículas em 
seu citoplasma. Nesse caso, elas voltam a 
um estágio anterior, pelo qual passaram 
durante a histogênese (setas nos dois 
sentidos). As células não foram 
desenhadas na mesma escala. A célula 
adiposa madura é maior em relação às 
outras mostradas na figura. 
 (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018) 
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371391/mod_resource/content/1/TECIDO%20CONJUNTIVO%20DE%20PROPRIEDADES%20ESPECIAIS.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4371391/mod_resource/content/1/TECIDO%20CONJUNTIVO%20DE%20PROPRIEDADES%20ESPECIAIS.pdf
16 
 
 
 Tecido Elástico: Montanari (2016) explana que este tecido é composto por 
fibras ou lâminas elásticas, são secretadas pelos fibroblastos. 
Segundo Junqueira e Carneiro (2018): 
O tecido elástico é composto por feixes espessos e 
paralelos de fibras elásticas. O espaço entre as fibras é 
ocupado por fibras delgadas de colágeno e fibrócitos. A 
abundância de fibras elásticas neste tecido lhe confere 
uma cor amarela típica e grande elasticidade. O tecido 
elástico não é muito frequente no organismo e está 
presente nos ligamentos amarelos da coluna vertebral e 
no ligamento suspensor do pênis. 
 
 
 Tecido reticular: “O tecido reticular é muito delicado e forma uma rede 
tridimensional que suporta as células de alguns órgãos. ” (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO, 2018). Este tecido é formado por fibras reticulares que são 
ligadas a fibroblastos especializados, isso faz com que ele dê aos órgãos 
linfoide e hematopoiéticos um agradável e confortável ambiente. Forma-
se uma estrutura muito parecida com uma esponja, esses filamentos 
cruzados encontram-se células e fluidos que se movem livremente. 
 Tecido Mucoso: Neste tipo de tecido predomina substância fundamental 
amorfa,constituída por ácido hialurônico. Nele há também uma 
predominância de matriz extracelular e por isso sua consistência é 
gelatinosa, além disse contém fibras colágenas e suas principais células 
são os fibroblastos. É encontrado na polpa jovem do dente, restrito em 
adultos, e no cordão umbilical, conhecido como geleia de Wharton. 
2. 3 Tecido conjuntivo de suporte 
Este tipo de tecido participa na defesa do organismo, e possuem a mesma 
origem embrionária, mesodérmica. Eles se dividem em: 
 Tecido cartilaginoso: além de formar a cartilagem dos esqueletos dos 
vertebrados, tem função de sustentação e de revestir superfícies 
articulares facilitando os movimentos, essencial para o crescimento dos 
ossos longos. Presente principalmente no nariz e orelhas, mas também a 
laringe, a traqueia, os brônquios e as extremidades ósseas, cobrindo a 
superfície para diminuir o atrito entre os ossos graças a presença de um 
líquido sinovial, funciona como lubrificante. O pericôndrio é uma bainha 
de tecido conjuntivo cuja função é manter as células vivas alimentando-
17 
 
 
as. (Leda Negreiros, acesso 18 de maio de 2020). A cartilagem recebe o 
nome de hialina (Figura 12), quando possui somente fibras colágenas, 
sua principal função é formar o esqueleto do embrião, presente também 
entre a diáfise e a epífise dos ossos longos, com a função de crescimento 
do osso em extensão, além disso é vascularizada e revestida pelo 
pericôndrio, exceto a cartilagem articular. 
Figura 12: 
Cartilagem Hialina 
(Traqueia) 
 
C = condrócitos; 
M = matriz; 
P = Pericondrio; 
Gi = grupo 
isogênico; 
Cb = 
condroblastos 
Fonte:http://image.slidesharecdn.com/tecidoadiposoecartilaginoso-101019193728-
phpapp01/95/tecido-adiposo-e-cartilaginoso-23-728.jpg?cb=1287517171 
 
A cartilagem pode ser do tipo ser elástica, isso quando possui fibras 
elásticas, pode ser encontrada no pavilhão auditivo também na epiglote, 
é avascular e revestida pelo pericôndrio. Quando possui os dois tipos de 
fibras, porém com predominância das fibras colágenas é denominada 
cartilagem fibrosa, encontra-se em discos intervertebrais presente 
também na sínfise pubiana. É geralmente avascular e não possui 
pericôndrio. As principais células são os condrócitos, elas ficam 
preenchidas de uma matriz densa e não se comunicam. Essa matriz, por 
sua vez, pode apresentar fibras colágenas e elásticas, de formas distintas, 
faz com que tenha maior rigidez ou maior elasticidade, deste modo o 
tecido cartilaginoso faz a sustentação de variadas partes do corpo com 
flexibilidade. (BIO MANIA, acesso em 18 de maio de 2020). 
 
 
http://image.slidesharecdn.com/tecidoadiposoecartilaginoso-101019193728-phpapp01/95/tecido-adiposo-e-cartilaginoso-23-728.jpg?cb=1287517171
http://image.slidesharecdn.com/tecidoadiposoecartilaginoso-101019193728-phpapp01/95/tecido-adiposo-e-cartilaginoso-23-728.jpg?cb=1287517171
18 
 
 
 Tecido ósseo: Esse tipo de tecido se desenvolve por meio da substituição 
do tecido conjuntivo preexistente, há dois processos que levam a 
formação do osso, a ossificação intramembranosa que pelo qual o molde 
mesenquimal do esqueleto é produzido por tecido ósseo sem passar pelo 
processo de cartilagem. Deste processo se origina os ossos chatos, isso 
ocorre durante a oitava semana de gestação. O outro processo de 
formação do osso chama-se ossificação endocondral, que por sua vez 
substitui a cartilagem hialina que modela o futuro osso. Esse tipo de 
ossificação acontece os ossos longos e em ossos irregulares como as 
vértebras. (Figura 13). A matriz do tecido ósseo é rica em sais de cálcio, 
fósforo e magnésio, isso faz com que seja um tecido duro, além disso a 
matriz também é rica em fibras colágenas, que dão flexibilidade ao osso. 
Os ossos apresentam certa sensibilidade isso devido a sua estrutura 
inervada e irrigada, possuem alto metabolismo e capacidade de 
regeneração. Pode-se classificar o osso em duas partes, uma chamada 
de osso compacto quando não possui cavidades (encontrado nas 
diáfises) e outra denominada esponjoso (encontrado nas epífises) pois 
possui muitas cavidades (Figura 14). A estrutura microscópica do osso é 
formada por várias unidades denominadas sistemas de Havers, onde 
cada uma apresenta camada semelhante a matriz mineralizada, 
colocadas ao redor de um canal central, cujo existem vasos sanguíneos 
e nevos que servem o osso. O interior dos ossos é recheado pela medula 
óssea, que pode ser amarela, formada por tecido adiposo, e a vermelha 
cuja função é formar células sanguíneas. Há três tipos de células as 
chamadas osteócitos localizados nos vãos existentes no interior da 
matriz, os osteoblastos que produzem a parte orgânica dos ossos, e por 
fim e não menos importante os osteoclastos, sua função é reabsorver 
tecido ósseo e participam dos processos de reestruturação do osso, elas 
são bem grandes, moveis e multinucleadas. O tecido ósseo é formado 
por várias camadas, uma interna que possui células osteogênicas 
denominada de Endósteo, outra externa que possui o mesmo tipo de 
célula, é chamada de Periósteo. Além dessas, nas pontas revertidas por 
cartilagem é denominada Epífise. A parte do osso entre as epífises, é 
19 
 
 
chamada de Diáfise que por sua vez, é envolvida pelo periósteo. (Leda 
Negreiros, acesso em 18 de maio de 2020) 
 
Figura 13: O osso e o crescimento. 
Fonte: https://aessenciadaciencia.blogspot.com/2013/08/histologia.html 
 
 
 
Figura 14: Corte longitudinal de um osso longo da coxa (fêmur). 
Fonte: https://www.coladaweb.com/biologia/histologia/tecido-osseo 
 
Capítulo 3 – Tecido Muscular 
De acordo com a bióloga Lana Magalhães (acesso em 19 de maio de 
2020) o tecido muscular está relacionado com toda a movimentação do corpo 
suas principais características são a excitabilidade, contratilidade, 
extensibilidade e elasticidade. As células deste tecido apresentam característica 
alongadas e são chamadas de fibras musculares ou miócitos, que pelas quais 
https://aessenciadaciencia.blogspot.com/2013/08/histologia.html
https://www.coladaweb.com/biologia/histologia/tecido-osseo
20 
 
 
são ricas em actina e miosina. Os elementos que compõe o tecido muscular 
levam nomes diferenciados: Célula = fibra muscular; Membrana Plasmática = 
sarcolema; Citoplasma = sarcoplasma; Retículo endoplasmático liso = reticulo 
sarcoplasmático. 
O tecido muscular é composto por células que tem a capacidade 
de contração, que se traduz por redução de seu comprimento. 
As células musculares são especialmente adaptadas para esta 
função, pois são alongadas e, por essa razão, também 
denominadas fibras musculares. (ABRAHAMSOHN, 2016, 
p.155) 
 
Dentre as funções do tecido muscular estão o movimento do corpo, que não 
funciona sozinho, precisa do trabalho integrado dos ossos e articulações. Alguns 
elementos como o sangue e alimentos, também são movimentados por esse 
tecido dentro do corpo. Além disso os músculos do pescoço sustentam a cabeça, 
este tecido também é produtor de calor. 
Existem três tipos de tecido muscular: 
 Tecido muscular estriado esquelético: É assim chamado pois cobre 
totalmente o esqueleto, preso aos ossos, popularmente chamado de 
carne. Sua contração é voluntária, ou seja, se movimenta quando o 
indivíduo desejar. Este tecido é composto por milhares de células 
alongadas, tendo entre 25 a 30 cm, denominadas de fibras musculares, 
são organizadas paralelamente em feixes. No citoplasma dessas células 
possui fibras contrateis chamadas miofibrilas, arranjadas 
longitudinalmente. Cada uma apresenta dois tipos de proteína, a miosina, 
espessa e a actina, fina. Elas são dispostas de maneira que originam 
bandas transversais, claras que recebem o nome de Banda I e escuras 
que recebe o nome de banda A. (KUNZLER, 2018). 
Segundo o autor do site SóBiologia (acesso em 20 de maio de 2020), 
essas células possuem uma linha Z que pela qual, é transversal escura 
localizada no centroda banda I. Além disso também possui uma banda 
H, linha clara situada no centro da banda A. Juntas elas formam o 
sarcômero, que por sua vez está localizado entre as linhas Z e, há 
também, uma banda A entre as duas semibandas, ou seja, é uma 
repetição linear de sarcômeros que forma uma miofibrila. Conforme 
Junqueira e Carneiro (2018) quando ocorre a contração, a banda I reduz 
21 
 
 
o tamanho, isso acontece por conta dos filamentos de actina atravessam 
a banda A. No mesmo instante a banda H também reduz de tamanho, ao 
passo que os filamentos finos se justapõem aos grossos completamente. 
Desse modo a fibra muscular sofre encurtamento, tudo isso pode ser 
observado nas figuras 15 e 16. 
 
As fibras musculares são envolvidas por bainhas de 
tecido conjuntivo (epimísio = recobre o músculo inteiro; 
perimísio = envolve os feixes de fibras; endomísio = 
envolve cada fibra muscular), que mantem as fibras 
musculares unidas, permitindo que a força de contração 
gerada por cada fibra individualmente atue sobre o 
musculo inteiro. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2008, p. 
254) 
 
Figura 15: Músculo estriado observado em várias dimensões. Em destaque, as miofibrilas que 
constituem o aparelho contrátil e seus componentes estruturais e moleculares. 
FONTE: Junqueira e Carneiro, 2018, p.188 
22 
 
 
 
Figura 16: Processo da contração muscular. 
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2018, p. 196 
 
A contração muscular se inicia pela combinação de íons Ca2+ 
com a subunidade TnC da troponina, o que expõe o sítio ativo 
da actina (área hachurada), que se combina com a miosina. Em 
seguida, a cabeça da miosina age sobre uma molécula de 
trifosfato de adenosina (ATP), formando difosfato de adenosina 
(ADP) e fosfato inorgânico (Pi), e liberando energia. Essa 
energia é usada para movimentar a cabeça da miosina, que 
traciona o filamento, fazendo-0 deslizar sobre o filamento 
grosso. Esse processo, que se repete muitas vezes durante um 
ciclo de contração, leva a uma sobreposição completa dos 
filamentos de actina e miosina e aos encurtamentos da fibra 
muscular. (Junqueira e Cardoso, 2018, p. 197) 
 
 Tecido muscular estriado cardíaco: esse tecido é encontrado no coração, 
miocárdio, suas são ligadas umas às outras em suas extremidades por 
algumas ligas chamadas de discos intercalares, sua principal função é 
fazer com que se alastrem rapidamente de forma sincronizada às 
contrações do musculo cardíaco. Assim como as fibras esqueléticas, 
essas células também possuem estrias atravessadas, porém com um ou 
dois núcleos centrais, são ramificadas e alongadas, porém mais curtas 
que as fibras do músculo esquelético. Sua contração é involuntária, 
consecutiva, é muito rápida (Figura 17). As fibras, são organizadas em 
feixes irregulares, ou seja, podem se dispor longitudinalmente, 
obliquamente ou de maneira transversal. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 
2018). 
De acordo com Brancalhão et al. (2016) os discos intercalares surgem 
como linhas mostrando uma aparência escalariforme e o retículo 
23 
 
 
endoplasmático é menos desenvolvido se comparado ao músculo 
estriado esquelético, e a necessidade de cálcio é complementada pelo íon 
originário do meio extracelular. Ao contrário do músculo liso, apresenta 
túbulos T. quando analisado histologicamente, observa-se uma fina 
bainha de tecido conjuntivo, correspondente ao endomísio do músculo 
esquelético, que envolve as células cardíacas. Também há a presença de 
lâmina basal. As células do músculo cardíaco não possuem capacidade 
de regeneração. 
O coração é formado por três tipos de músculo cardíaco: 
musculo atrial, musculo ventricular e as fibras 
musculares excitatórias e condutoras. Elas se 
especializaram na ritmicidade e na propagação, 
formando um sistema excitatório que controla a 
ritmicidade e a contração cardíaca. A contração do 
musculo cardíaco é um sistema intrínseco, pois o 
coração funciona como um grande sincício, onde as 
fibras musculares encontram-se interconectadas por 
discos intercalares, que promovem a propagação do 
potencial de ação, provocado pela abertura de dos 
canais de sódio e de cálcio por toda a treliça de 
intercomunicações, proporcionando sua contração. 
Esse mecanismo é especializado na condução átrio-
ventricular que é chamado feixe A-V, formado pelo Nodo 
Sinoatrial, Nodo Atrioventricular, Feixe de His e Fibras 
de Purkinje. O ciclo cardíaco é iniciado a partir de um 
potencial de ação gerado pelo nodos sinusal que atinge 
o feixe AV e depobifurca-se para formar os ramos 
esquerdo e direito. No ápice ventricular, os ramos direito 
e esquerdo do feixe se ramificam nas fibras de purkinge, 
que carreia o potencial de ação pelas paredes internas 
de ambos os ventrículos. (MELO et al., 2017) 
 
Figura 17: Contração do músculo cardíaco. 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/46431/ 
https://slideplayer.com.br/slide/46431/
24 
 
 
 
 Tecido muscular liso: tem como característica principal a ausência de 
estriações, isso se deve aos filamentos de actina e miosina não são 
organizados no padrão regular que as células estriadas apresentam. 
Pode ser encontrado em órgãos viscerais tais como estomago, intestino, 
bexiga etc. ele é responsável pelos movimentos internos, como exemplo, 
leva os alimentos através do tubo digestivo. Sua contração é involuntária 
e lenta. (KUNZLER, 2018). “O estímulo é variado: pode ser proveniente 
de inervação do sistema nervoso autônomo via estímulo hormonal ou 
desencadeado por estiramento mecânico”. (AARESTRUP, 2018, p. 148). 
Segundo KUNZLER a partir do sistema nervoso autônomo a maioria das 
fibras musculares lisas contraem-se ou relaxam. A autora destaca que um 
dos estímulos mais significativo é a distensão do órgão, isso faz com que 
ocorra um alongamento das fibras musculares, é o que ocorre com a 
bexiga urinaria, no útero e nos intestinos. Ademais, esse processo ocorre 
em resposta a hormônios ou fatores locais como temperatura, mudanças 
de pH. “A contração do musculo liso é regulada pela concentração 
intracelular de íons de cálcio; apesar disso a resposta da célula é diferente 
da contração dos músculos estriados.” (KUNZLER, 2018, p. 219) 
 
Além disso ela possui importante papel nos ductos das 
glândulas exócrinas. Ela cumpre carias tarefas como o 
fechamento de orifícios (ex.: piloro, óstio uterino) ou o 
transporte do quimo através de contrações em onda do 
tubo intestinal. Se por um lado as células musculares 
lisas se contraem mais lentamente que as células 
musculares esqueléticas, por outro lado elas são mais 
fortes, mais sustentadas e requerem menos energia. 
(AARESTRUP, 2018, p. 148). 
 
Os três tipos de tecido muscular citados mostram algumas diferenças 
quanto a regeneração. O músculo estriado cardíaco não se regenera, caso 
houver uma lesão, como infarto, os fibroblastos entrarão na parte lesionada e 
produzirão fibras colágenas, desse processo formará uma cicatriz de tecido 
conjuntivo denso. As fibras do tecido muscular esquelético não se dividem, mas 
ainda assim este tecido possui uma mínima capacidade de regeneração. O 
músculo liso tem uma alta capacidade de regeneração, caso houver algum tipo 
de dano, as células desse tecido entram em mitose e fazem a reconstrução do 
25 
 
 
tecido lesionado. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018). A figura 18, mostra cada 
tipo de tecido e suas características e funções. 
 
 
 
 Figura18: Características histológicas dos três tipos de tecido muscular. Na coluna à esquerda, 
o aspecto desses tecidos em cortes longitudinais e, à direita, em cortes transversais. O músculo 
esquelético é constituído por fibras com grande diâmetro, longas e multinucleadas. Os núcleos 
situam-se na periferia da fibra. O músculo cardíaco é constituído por células curtas e unidas 
pelos discos intercalares. Cada célula tem apenas um ou dois núcleos, localizados no centro. O 
tecido muscular liso é um agregado de células fusiformes, com um núcleo na parte mais dilatada 
da célula. 
Fonte: Junqueirae Carneiro, 2018, p. 186. 
 
Capítulo 4 – Tecido Nervoso 
De acordo com Glerean (2013) o tecido nervoso se origina da 
neuroectoderma e forma um esqueleto dividido anatomicamente em Sistema 
Nervoso Central (SNC), que pelo qual é situado no interstício craniana e do canal 
vertebral, é constituído pelo encéfalo e pela medula espinal, possui pouca 
substância intercelular; e Sistema Nervoso Periférico (SNP), que por sua vez faz 
a união do SNC com os órgãos, é formado de neurônios e células da glia. O 
tecido nervoso estar associado com a conhecimento das condições ligadas ao 
ambiente exterior e interior do corpo, e a produzir uma resposta para que o 
26 
 
 
organismo se ajuste às circunstâncias. “O tecido nervoso é formado por dois 
tipos de células: os neurônios e as células de sustentação. Os neurônios são 
responsáveis pela transmissão de informações capazes de receber estímulos de 
outras células.” (TING, aula 8, p. 110, acesso em 22 de maio de 2020.) 
Os neurônios possuem a função de responder aos estímulos nervosos, 
isso possibilita ao organismo efetuar respostas para a manutenção da 
homeostase, ou seja, eles reagem aos estímulos mecânicos e químicos. Para 
que consiga desempenhar essa função há duas propriedades que os ajudam: a 
condutibilidade; a excitabilidade, o que permite as células responder aos 
estímulos sendo eles internos ou externos. No SNC os neurônios se localizam 
em diferentes partes, os que se concentram no encéfalo é denominado de 
substância cinzenta e o que fica na medula espinhal substância branca. 
(JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018) 
 Os autores Junqueira e Carneiro (2018), afirmam que os neurônios são 
formados por três partes: Pericário /Corpo celular/soma: possui corpúsculos de 
Nissl, é onde se localiza o núcleo, é claro e grande e seu nucléolo é bastante 
visível, possui também a capacidade de receber estímulos; Dendritos: muitos 
alongamentos ramificados, onde recebe os estímulos sensoriais e de outros 
neurônios. Nos dendritos mais grossos também pode encontrar corpúsculos de 
Nissl; Axônio: pode ou não ter bainha de mielina que no sistema nervoso central 
é produzida pelos oligodendrócitos e no sistema nervoso periférico é produzida 
pelas células de Schwann. É formado por um único prolongamento cuja função 
é transmitir para outras células as informações dos neurônios. Eles também são 
divididos em três grupos: 
- Neurônios sensoriais (aferentes): são os que fazem a transmissão dos impulsos 
nervosos de receptores periféricos ao SNC, por meio das fibras aferentes 
somáticas que reproduz sensação de dor, tato entre outras, e as fibras aferentes 
viscerais reproduz impulsos de dor e outras sensações da membrana da 
mucosa; 
- Neurônios motores (eferentes): leva os impulsos nervosos do SNC para as 
células efetoras musculares; 
- Neurônios intercalares (associativos): também conhecidos como 
interneurônios, sua função é unir a comunicação entre os neurônios sensórias e 
os motores. (ROSS & PAWLINA, 2018). 
27 
 
 
 Conforme o prolongamento dos neurônios eles se dividem em: Neurônios 
multipolares, quando possui dois ou mais dendritos e apenas um axônio; os 
neurônios bipolares, neles há apenas um dendrito e um axônio e por fim podem 
ser chamados de neurônios unipolares, também conhecidos como pseudo-
unipolares, neste tipo há um axônio que se divide próximo ao corpo celular em 
dois prolongamentos longos. (Figura 19) (ROSS & PAWLINA, 2018). 
 
Figura 19: Tipos de neurônios. 
Fonte: Junqueira e Carneiro, 2018, p. 157 
 
 No tecido nervoso também há outros tipos de células além dos neurônios, 
as chamadas células da glia, já mencionadas anteriormente, que relacionam os 
astrocitos, oligodendrócitos, microgliócitos e células ependimárias, essas células 
exercem várias funções como por exemplo, suporte e nutrição de neurônios; as 
fibras nervosas, que pela são formadas de axônio e células de revestimento, elas 
são organizadas em feixes, esses feixes recebem o nome de nervos, no SNC o 
revestimento é feito pelas células da glia e recebe o nome de oligodendrito, no 
SNP o revestimento pelas células de Schwan. (ABRAHAMSOHN, 2016) 
28 
 
 
 Os neurônios se ligam a outros neurônios e até mesmo a outras células, 
esse encontro transmite informações para que o organismo funcione 
adequadamente, o local desse encontro é chamado de sinapse, cuja principal 
função é mudar o sinal elétrico do neurônio pré-sináptico em um sinal químico, 
que atuará em uma célula pós-sináptica. Este sinal, na verdade, são 
neurotransmissores que irão unir a receptores, essa ligação induzirá a abertura 
ou fechamento de alguns canais de iônicos ou pode provocar a liberação de 
vários eventos via outros mensageiros. (ROSS & PAWLINA, 2018) 
Há dois tipos de sinapse: químicas e elétricas. As sinapses elétricas são 
constituídas por junções do tipo comunicante, que possibilitam a 
passagem de íons de uma célula para outra [...] elas existem em vários 
locais do SNC, e a transmissão de informação por meio dela é mais 
rápida. As sinapses químicas, que predomina sobre o outro tipo [...] esta 
consiste em moléculas denominadas neurotransmissores, que são 
liberados para o meio extracelular por excitose. [...] A maioria dos 
neurotransmissores são aminas, aminoácidos ou pequenos peptídios. 
Porém, outros tipos de moléculas e atÉ compostos inorgânicos, como o 
gás óxido nítrico, são utilizados pelos neurônios como 
meurotransmissores. (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018, p. 162). Figura 
20. 
 
Figura 20: Principais componentes de uma sinapse química e sequência de eventos que 
conduzem à transmissão de sinalização para outra célula. REL: retículo endoplasmático liso. 
Fonte: JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2018, p. 162. 
29 
 
 
 As sinapses são classificadas conforme a posição da fenda sináptica no 
neurônio pré-sináptico, podendo ser sinapse axossomática, quando a parte final 
do axônio está encontrando com o corpo celular do neurônio pós-sináptico; 
sinapse axodendrítica, quando o terminal axônico está em contato com os 
dendritos do neurônio pós-sináptico; sinapse axoaxônica que é quando o 
terminal axônico está em contato com o axônio de neurônio pós-sináptico. Isso 
pode ser observado na figura 21. (MINELLO et al., 2019) 
 
Figura 21: tipos de sinapses. 
Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/3025171/ 
 
Capítulo 5 – Sistema Hematopoiético 
O processo de formação e desenvolvimento dos constituintes do sangue, 
eritrócitos, leucócitos e plaquetas é chamado de Hematopoiese, que começa a 
partir da célula-tronco, também chamada de célula hematopoiética. Na fase da 
infância e vida adulta a medula óssea, localizada no centro dos ossos longos, é 
a responsável pela produção de células sanguíneas. (DOLORES, acesso em 25 
de maio de 2020). 
Em conformidade com Glerean (2013), a partir da medula óssea surgem 
muitas células que ajudam no processo de defesa do organismo, a principal 
célula produzida são as estaminais hematopoiéticas, que pelas quais são 
responsáveis pela produção de todas as demais células sanguíneas, sendo 
assim, elas produzem dois tipos de células dominadas mieloides 
(megacariócitos, granulócitos, eritrócitos, macrófagos, etc.) e linfoide (linfócitos 
T e linfócitos B assassinas naturais). 
https://slideplayer.com.br/slide/3025171/
30 
 
 
“Para a formação adequada das hemácias, várias substancias são 
essenciais, dependendo assim de uma ingestão adequada de proteínas, 
vitamina B12, ácido fólico e ferro. Qualquer deficiência pode levar a anemia. ” 
(GLEREAN, 2013) 
O sangue é um tecido de natureza conjuntiva, constituído de 
glóbulos sanguíneos e plaquetas, suspensos em um meio liquido 
denominado plasma sanguíneo. Circula dento do sistema 
vascular transportando oxigênio e nutrientes para todos os 
tecidos do organismo. (GLEREAN, 2013, cap. 11) 
 
O sangue é um importante meio de transporte, ele leva o oxigênio e gás 
carbônico. Além disso serve para transportar outros nutrientesfundamentais ao 
organismo, possibilitando assim a troca de informações químicas entre os 
órgãos. Possui também a função de regular a distribuição de calor. (JUNQUEIRA 
E CARNEIRO, 2018) 
O sangue é composto basicamente pelo plasma, uma solução aquosa 
formada por proteínas plasmáticas tais como albuminas responsáveis por 
manter a pressão osmótica do sangue, gamaglobulinas essas são chamadas de 
imunoglobinas pois são anticorpos, lipoproteínas, e as proteínas responsáveis 
pela coagulação sanguínea como protrombina e fibrinogênio, sais inorgânicos, 
aminoácidos, vitaminas hormônios e glicose; e pelos glóbulos sanguíneos 
eritrócitos/hemácias; plaquetas; leucócitos/glóbulos brancos que, por sua vez 
são nucleados, sem cor, e protegem o organismo de infecções. (JUNQUEIRA E 
CARNEIRO, 2018) 
 
Figura 22: Composição sanguínea. 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sangue/ 
https://www.todamateria.com.br/sangue/
31 
 
 
Segunda Dolores (acesso em 25 de maio de 2020), cada pessoa possui 
um certo número de leucócitos que permanece no corpo um determinado tempo, 
deste modo de diminuírem ou aumentarem é sinal de que algo não está certo. A 
autora menciona que há três tipos de leucócitos: os granulócitos, cujo a origem 
é da linhagem dos mielóide, possui alguns grânulos em seu citoplasma e podem 
ser ainda de três tipos, neutrófilo, eosinófilo e basófilo; linfócitos, como 
mencionados anteriormente podem ser do tipo T, que é responsável pela 
imunidade celular do tipo tardio e do tipo B, que é responsável pela iminidade 
humoral; por fim os monócitos, se originam no tecido linfoide e se transformam 
em células fagocitárias, denominadas macrófagos. 
Glerean (2013) escreve algumas funções do sangue, entre elas estão: 
- Transporte de gases: dissolvido no plasma ou aderido à superfície celular, 
exemplo transporte de oxigênio e gás carbônico; 
- Nutrição: no plasma pode-se encontrar substancias como aminoácidos, 
lipídeos, açúcares, vitaminas, íons etc., que vão nutrir as células; 
- Via de distribuição ou de remoção de substancias: substâncias originarias 
do metabolismo, tais como mediadores químicos, hormônios, passam pelo 
sangue realizando suas devidas funções, e mais tarde serão eliminados por 
outros órgãos. 
- Distribuição de calor: o sangue distribui o calor pelo corpo; 
- Defesa do organismo: os leucócitos fazem a defesa do corpo contra agentes 
agressores. 
- Coagulação: realizadas pelas plaquetas e proteínas do plasma. 
 
 
Capítulo 6 – Sistema Circulatório 
De acordo com os autores Ross e Pawlina (2018), o sistema circulatório 
é constituído por dois outros sistemas: 
 O sistema vascular sanguíneo (SVS): 
É um sistema fechado onde o sangue sai do coração e circula de uma parte para 
outra repetidamente, tendo apenas um direcionamento, através de artérias de 
grande, médio e pequeno porte, arteríolas e capilares. No decorrer deste 
caminho os vasos diminuem de tamanho gradualmente. As artérias se 
subdividem durante a trajetória, e as veias são compostas pela ligação de 
32 
 
 
vênulas e veias menores. Diante disse, pode-se afirmar que sua principal função 
é preparar o sangue para que transporte nutrientes e oxigênio para todas as 
partes do corpo e com isso, coletando gás não oxigenado. 
 Junqueira e Carneiro (2018) explana que o coração exerce a função de 
bombear sangue, composto por três túnicas: 
- Endocárdio = autentica na íntima dos casos sanguíneos. Liga o miocárdio à 
camada subendotelial, possui uma base de tecido conjuntivo. A parte 
subendocordinal contem veias, nervos e ramos do sistema de condução do 
impulso do coração (células de Purkinje). 
- Miocárdio = constituída de células musculares cardíacas, é a mais grossa em 
relação as outras. 
- Epicárdio = mesotélio sustentado em uma camada de tecido conjuntivo fino. 
Os vasos sanguíneos são ramificados, apresentam algumas camadas 
como a túnica intima: constituída por tecido conjuntivo frouxo, bem delicado, 
possui algumas aberturas o que admite a difusão de nutrientes para as demais 
células do organismo; túnica média: é feita com células musculares lisas, em sua 
totalidade, além disso contém uma quantidade considerável de material elástico 
e fibras reticulares e por fim, a chamada túnica adventícia: formada por tecido 
conjuntivo frouxo, continua com o tecido conjuntivo do órgão que o vaso 
sanguíneo está passando. Os vasos sanguíneos também são divididos em três 
partes: - 
- Artérias = sua função é levar o sangue do coração para os órgãos, são 
denominadas artérias de grande calibre, de médio calibre e são denominadas de 
arteríolas quando muito pequenas; 
- Capilares (Figura 23) = são minúsculas, são formados praticamente de 
endotélio, podem ser agrupadas em três grupos: capilar contínuo, não possui 
fenestras, encontra-se esse tipo de vaso capilar no tecido muscular, tecido 
conjuntivo nas glândulas exócrinas e também no tecido nervoso; capilar 
fenestrado: ele possui pequenos buracos, é encontrado em tecidos onde há 
muitas trocas de substancias entre a célula e o sangue, como por exemplo o rim; 
capilar sinusóide: possui uma grande quantidade de poros; há macrófagos entre 
as células endoteliais, pode encontrar esse tipo de capilar na medula óssea e no 
baço. (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2018) 
33 
 
 
 
Figura 23: Tipos de capilares 
Fonte: Ross e Pawlina, Histologia – Textos e Atlas, 2018, p. 427 
 
- Veias (Figura 24) = são formadas através da união dos capilares que formaram 
vênulas. Possuem paredes finas com uma pequena quantidade de tecido 
muscular. Elas são classificadas em quarto tipos: vênulas (pós-capilares e 
musculares) sua função é receber o sangue dos capilares; veias de pequeno 
calibre são continuas; veias de médio calibre; por fim as veias de grande calibre 
que são a veia cava e a veia porta do fígado, por exemplo. Geralmente as veias 
que fazem o transporte do sangue contra a gravidade, possuem uma espécie de 
válvulas que permitem o fluxo do sangue volte somente para o coração. (ROSS 
E PAWLINA, 2018) 
 
Figura 24: Diferença entre artéria e veia 
Fonte: https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-circulatorio/ 
 
https://www.unifal-mg.edu.br/histologiainterativa/sistema-circulatorio/
34 
 
 
 
 O sistema vascular linfático: 
É um sistema unidirecional, da periferia para o centro. É formado pela linfa, 
que por sua vez é um liquido amarelado corre em nosso organismo por meio dos 
vasos linfáticos e órgãos como os linfonodos, o baço, o timo e as tonsilas 
palatinas. O líquido intercelular/intersticial é a parte do plasma sanguíneo que 
derrama dos vasos capilares, formando algo liquido entre as células dos mais 
diferentes organismos. A principal função deste sistema é retornar ao sangue o 
proveniente dos espaços teciduais, que ao entrar na nos capilares linfáticos 
contribuem para a formação da linfa. Esse sistema começa nos capilares 
linfáticos que aos poucos se ligam em vasos de calibres maiores e terminam o 
sistema vascular sanguíneo, chegando em grandes veias próximo do coração. 
(ROSS E PAWLINA, 2018) 
 
Figura 25: Visão geral das 
estruturas que constituem o 
sistema linfático. 
Fonte: Ross e Pawlina, 2018, p. 
447 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 Em resumo pode-se dizer que o sistema circulatório se divide em 
sistêmico ou também chamada de periférica, e pulmonar que também é 
conhecida como pequena circulação. Conforme pode-se observar na figura 26, 
as artérias pulmonares saem do ventrículo direito para os pulmões, levando 
sangue venoso. Chegando aos pulmões esse sangue é oxigenado e mandado 
de volta ao coração por meio das veias pulmonares para o átrio esquerdo, esse 
processo recebe o nome de circulação pulmonar. Deste modo, o sangue é 
passado para o ventrículo esquerdo e será distribuído para todo o corpo através 
das artérias, essas de grande calibre, que se dividem em vasos menores, o 
sangueentão chega até as arteríolas e capilares o que levarão o nutrientes e 
oxigênio para os demais tecidos, e também acontecerá o recebimento de gás 
carbônico. O sangue procede sua trajetória pelos capilares chegando as veias 
de pequeno calibre até chegar às veias cava superior e inferior que terminam no 
átrio direito, carregando sangue não oxigenado. (E.Disciplinas, acesso em 30 de 
maio de 2020) 
 
Figura 26: Processo da circulação sanguínea - Sistema Circulatório 
Fonte: http://www.poderdasmaos.com.br/sistema-circulatorio-3/ 
http://www.poderdasmaos.com.br/sistema-circulatorio-3/
36 
 
 
Capitulo 7 – Gametogênese e fecundação (em humanos) 
 O processo pelo qual são produzidos os gametas é chamado de 
gametogênese. No homem a gametogênese ocorre nos testículos, denominado 
de espermatogênese, na mulher nos ovários, que recebe o nome de ovogênese 
ou de oogênese. A figura 27 demonstra a gametogênese em homens e 
mulheres. (SANTOS, acesso em 01 de junho de 2020). 
A gametogênese tem grande importância, pois é o processo 
fisiológico que viabiliza a formação e produção de gametas nos 
seres vivos que se reproduzem através de reprodução sexuada. 
O termo gametogênese se refere à “formação de gametas”, ou 
seja, é o processo pelo qual são formados às células 
germinativas especializadas [...] denominadas espermatozoides 
e ovócitos. (KUNZLER, 2018, p. 53) 
 
Conforme Langman (2019) a fertilização se inicia pela união dos gametas 
masculino e femininos (espermatozoide e oócito), o que formando assim o 
zigoto. No decorrer da segunda semana os gametas se movimentam através de 
sulcos durante a gratulação e mudam-se para o saco vitelino. O autor menciona 
que quando chega a quarta semana, essas células se redirecionam para às 
gônadas. Ao passar por essas mudanças as células sofrem divisões mitóticas, 
assim aumentando seu número. Para a fertilização “as células germinativas 
sofrem gametogênese, que inclui a meiose, para reduzir seu número de 
cromossomos, e citodiferenciação, para completar sua maturação. ” (LANGMAN, 
2019, p.12) 
 
Figura 27: Representação dos gametas masculino (espermatozoide) e feminino (óvulo). 
https://www.todamateria.com.br/como-ocorre-a-fecundacao-humana/ 
https://www.todamateria.com.br/como-ocorre-a-fecundacao-humana/
37 
 
 
7. 1 Meiose 
 A meiose é o processo de divisão de células vivas, dessa divisão surge 
quatro células-filhas, podendo não sofrer outras duplicações, elas possuem 
metade dos cromossomos femininos. Esse processo precede a formação de 
células reprodutoras, os gametas. A meiose é constituída por duas divisões 
nucleares, fazendo com que o número haploide, ou seja, a metade de um 
numero de cromossomos de um ovo fecundado, que é exatamente sua principal 
função, garantindo que cada fruto haploide tenha um conjunto de cromossomos 
além de assegurar a diversidade genética entre os produtos. (ZUNKLER, 2018) 
 A meiose possui duas fases, a primeira se divide em: Prófase I = a mais 
longa e importante das etapas, é subdividida em cinco fases: leptóteno, zigóteno, 
paquíteno, diplóteno e diacenese; Metáfase I; Anáfase I; Telófase I. logo após 
esses processos surgem duas células, que por sua vez entram juntas na meiose 
II, que ocorre em quatro fases: prófase II; metáfase II; anáfase II e telófase II. O 
resultado desse processo são quatro células filhas como pode-se observar na 
figura 27. (SANTOS, acesso em 01 de junho de 2020) 
 
Figura 28: Divisão meiótica. 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/meiose.htm 
 
 
7.2 Espermatogênese e Ovogênese 
 
Kunzler (2018), cita as diferenças entre a ovogênese e espermatogênese, 
começar por essa última, quando chega ao seu final, tem-se como resultado 
quatro espermatozoides, deve-se frisar que durante a sétima semana do 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/meiose.htm
38 
 
 
desenvolvimento embrionário inicia-se a formação dos testículos, e por voltas 
dos oito anos, as células germinativas diferenciam-se nas espermatogônias, 
além disso ela acontece no início da puberdade, por divisões mitóticas, e se 
estende em toda a vida do homem, entretanto a ovogênese, processo que a 
ovogônia se divide em oócitos maduros, começa a ser formada ainda no período 
embrionário, e não se dividem mais, no fim da ovogênese resulta em apenas um 
ovócito. A figura 28, demonstra como ocorre o processo. Além disso para 
exercerem suas funções, o espermatozoide e o ovócito também apresentam 
diferenças. 
Para o espermatozoide efetuar a função, é necessária uma serie 
de transformações que lhe possibilitem se mover, levando seu 
genoma com o menor gasto de energia possível. Assim durante 
a passagem de espermátide para espermatozoide, o gameta 
masculino se desvencilha de tudo o que lhe possa ser supérfluo, 
sendo que ocorre uma serie de transformações morfológicas. 
(GARCIA, 2012, Cap. 3, p. 35) 
 
Através da glândula hipófise, o hormônio luteinizante (LH) coordena a 
espermatogênese. Esse hormônio une-se a receptores nas células de Leydig, 
desse modo a produção de testosterona é ativada, pela qual, une-se a células 
de Sertoli desenvolvendo assim a espermatogênese. (GARCIA. 2012) 
A espermiogênese é o processo pelo qual a espermátide se transforma 
em espermatozoides, passando por várias mudanças tais como a construção de 
acrossomo, contendo enzimas que auxiliam na penetração do ovócito; a 
condensação do núcleo; a formação do colo, da porção media e da cauda; e por 
fim, a perda de boa parte do citoplasma e dos corpúsculos residuais. Esse 
processo leva cerca de 74 dias, produzindo aproximadamente 300 milhões de 
espermatozoides todos os dias, a partir do momento em que estão totalmente 
formados, os espermatozoides deslocam-se para o lúmen do túbulo seminífero, 
que por sua vez, contraem-se e levam os espermatozoides para o epidídimo. 
(LANGMAN, 2019) 
Quando a oogônia de divide em oócitos maduros é um processo chamado 
de ovogênese ou oogênese. “Ao final do quinto mês de desenvolvimento pré-
natal, o número de células germinativas no ovário alcança seu máximo, estimado 
em 7 milhões. “ (LANGMAN, 2019, p. 22). Ainda na fase embrionária as células 
germinativas primordiais se transformam em oogônias, que se dividem pelo 
processo de mitose, durantes os três primeiros meses de gestação, assim 
39 
 
 
surgem os oócitos primários, que por sua vez inicia sua primeira divisão meiótica, 
entretanto, é um processo encerrado no diplóteno da prófase, em torno do sétimo 
mês de gestação; os oócitos primários se estende até a puberdade. 
(MONTANARI, 2013). 
Em concordância com Kunzler (2018) ao atingir a puberdade, a divisão 
meiótica dos ovócitos é retomada, o que resulta em duas células: uma grande 
contendo uma grande quantidade de citoplasma, denominada de ovócito 
secundário, e uma outra menor chamada de corpúsculo polar, essa é com 
pouquíssimo citoplasma. Processo este, que ocorre desde a menarca até 
aproximadamente aos 45 anos da mulher, conhecido como menopausa. A tuba 
uterina libera o ovócito secundário, que pelo qual, realiza a segunda divisão 
meiótica, originando duas células de tamanhos diferentes, uma chamada de 
óvulo (parte que é fecundada) e o segundo corpúsculo polar (excretado quando 
há fecundação). 
 
Figura 29: Processo de gametogênese em homens e mulheres. 
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gametogenese.htm# 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/gametogenese.htm
40 
 
 
Durante a puberdade ocorre algumas mudanças no ciclo ovariano, isso 
acontece devido a produção de hormônios luteinizante (LH) e hormônio folículo 
estimulante (FSH) produzidos pela hipófise, eles fazem com que o ovário expele 
estrógeno e progesterona, que são responsáveis pelo ciclo uterino (fase 
menstrual, durando cerca de 4 a 5 dias, ocorrendo sangramento, cuja principal 
função é preparar o sistema reprodutor para a gravidez), juntamente com o ciclo 
ovariano, este que envolve a fase folicular: instruídapelo FSH, sua duração é 
em torno de 12 a 16 dias, nesta fase há um aumento de estrógeno, o que resulta 
no aumento pré-ovulatório de LH, iniciando a ovulação; e a fase luteínica tem 
praticamente a mesma duração, porém é responsável pela formação de 
progesterona resultando na formação de um corpo lúteo. Depois da menstruação 
dá-se aumento do estimulo estrogênico, fazendo com que o endométrio seja 
restruturado, essa fase é chamada de proliferativa. (MOORE, 2008) 
 
7. 3 Encontro de Gametas 
 “Os gametas produzidos nos testículos e nos ovários devem se encontrar 
para a formação de um novo ser. Os espermatozoides são expelidos [...] e 
entram no trato reprodutor feminino, onde ocorre a fertilização. ” (MONTANARI, 
2013, p. 35). Este processo parece simples, porém inclui muitos pontos até a 
formação do zigoto. O óvulo emite substâncias químicas que fazem com que os 
espermatozoides se sintam atraídos, desse modo se movimentam ao encontro 
dele. Esse processo leva a morte de milhões de espermas, pois a vagina é um 
meio ácido, além de conter células de defesa conta invasores, quando o 
espermatozoide encontra o ovócito, acontecerá então a fecundação, processo 
que se inicia com a entrada do espermatozoide no ovócito secundário e termina 
com a mistura de cromossomos maternos e paternos. A figura 29, demonstra os 
tipos de gametas. (BARBOSA, 2010) 
A fertilização geralmente ocorre na ampola. Ela é o segmento 
mais longo, compreendendo dois terços da tuba. Apresenta 
pregas bem desenvolvidas da mucosa, mas a camada muscular 
é delgada. O istmo tem luz mais estreita, menor número de 
pregas e uma camada muscular espessa. A região intramural 
mede 1 cm de comprimento e é localizada na parede do útero. 
[...] o transporte do embrião pela tuba leva três a quatro dias, 
sendo que há um transporte lento na ampola (cerca de 72h) e 
um mais rápido pelo istmo e pela região intramural. (8h). Sob a 
41 
 
 
influência da progesterona, a junção uterotubária relaxa e 
permite a entrada do embrião. (MONTANARI, 2013, p. 43) 
 
Babosa (2010) explana a preocupação de que há varias episódios durante 
o processo de fecundação, caso haja falha em alguma dessas fases, pode 
acarretar problemas na vida do embrião. O primeiro evento que o autor cita é o 
fato do espermatozoide ter que passar pelas células da corona radiata, fase em 
que, atualmente, acredita-se acontecer devido ao movimento do flagelo, em 
seguida o esperma deve atingir, e passar pela zona pelúcida, formada por 
proteínas estruturais (ZP1 e ZP2), e proteína receptora (ZP3 - especifica de 
espermatozoides) quando a membrana do espermatozoide se une a proteína 
ZP3, faz com que haja uma liberação de enzimas acrossômicas, que por sua vez 
apresenta a função de passar o espermatozoide através da zona pelúcida, 
finalmente a membrana do espermatozoide e a membrana do ovócito se unem, 
o que concede a entrada no citoplasma do ovócito, como demonstrado na figura 
30. 
 
Figura 30: O processo de fertilização do óvulo. 
https://www.todamateria.com.br/como-ocorre-a-fecundacao-humana/ 
https://www.todamateria.com.br/como-ocorre-a-fecundacao-humana/
42 
 
 
 Nesta ocasião, a penetração de outros espermatozoides é bloqueada pela 
membrana plasmática do ovócito. E é neste momento também que o ovócito 
finalmente termina a sua divisão meiótica, e é liberado o segundo corpúsculo 
polar. Durante essa fase é formado o chamado pronúcleo feminino que se une 
com o masculino, os cromossomos ficam disponíveis ao citoplasma e começa a 
mitose, as células passam a ter 46 cromossomos, assim forma-se o zigoto, 
dando início ao desenvolvimento embrionário. (SANTOS, acesso em 06 de 
junho de 2020) 
 Contudo, para haver o desenvolvimento do embrião ele ainda passar por 
mais três eventos: a segmentação ou clivagem, onde o zigoto começa a se dividir 
diversas vezes, inicialmente denominado de blastômeros, e quando chega a se 
fixa na parede do útero é denominado de blastocisto, iniciando a terceira fase 
embrionária chamada de gastrulação, fase em que é produzido os três folhetos 
embrionários, e as camadas celulares darão início a formação dos tecidos e 
órgãos, e também a ectoderma, mesoderma e endoderma. E por fim, chega-se 
a organogênese, fase em que acontece a identificação dos tecidos e dos órgãos, 
o processo de neurulação forma o tubo neural, assim o embrião recebe o nome 
de nêurula, este processo ocorre por volta da oitava semana de gestação, ao 
chegar na nona, recebe o nome de feto, onde vai se desenvolvendo e em 
aproximadamente trinta e oito a quarenta semanas, nascerá o bebê. (GARCIA, 
2012) 
 
Considerações finais 
 
 A presente pesquisa, possibilitou um maior entendimento acerca do 
funcionamento do corpo humano. Iniciando pela histologia, ciência que estuda a 
formação, função, organização e constituição dos tecidos do corpo. Essa área 
possibilitou que cientistas e médicos analisassem/descobrissem doenças ou 
curas através do comparativo entre tecidos, e para isso é preciso que as 
amostras de tecido sejam cortes finíssimos, passando por processo de coloração 
e fixação, e claro, são observados em microscópicos, desde o simples ao mais 
avançado. 
 
43 
 
 
Esse estudo, mostrou que os tecidos são formados principalmente pela 
matriz extracelular, contudo, cada célula apresenta uma função diferenciada 
dependendo do tipo de tecido, apesar de todas elas terem uma determinada 
ligação no organismo. O corpo humana muitas das vezes é chamado de 
“maquina perfeita”, o que se dá ao fato dos sistemas serem compostos por vários 
órgãos, cada um exercendo uma função especifica, de maneira incrivelmente 
organizada. 
Esta busca nos propiciou ao conhecimento a Embriologia, que pela qual 
é responsável pelo estudo relacionados ao desenvolvimento dos embriões, ou 
seja, ela nos conta como é formado os seres e cada uma de suas partes, tecidos 
e órgãos. Pode-se averiguar a importância dessa ciência para a humanidade, 
pois além dela possibilitar a análise do desenvolvimento fetal, é através dela a 
capacidade de se detectar doenças congênitas, ou até mesmo genéticas, dando 
assim uma melhor chance a mais para tratamento e assistência às gestantes e 
bebês. É com a embriologia pode-se realizar uma fecundação em laboratório, 
ajudando assim muitos casais a realizarem o sonho de serem mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
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