Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
2 @dedaaladim
SumÁrio
Aula 1 - Povos indígenas 3
10
12
15
19
24
27
32
57
Aula 6 - Bandeirantismo
Aula 7 - Ciclo do ouro 
e Inconfidências
Exercícios
Gabarito
Aula 2 - Expansão marítima portuguesa 
e achamento do Brasil
Aula 3 - Administração colonial
Aula 4 - Economia colonial 
e “ciclo” do açúcar
Aula 5 - Invasões estrangeiras 
e revoltas coloniais
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
3 @dedaaladim
Aula 1
POVOS INDÍGENAS
Principais famílias e troncos linguísticos 
indígenas (século XVI)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
4 @dedaaladim
Daniel Munduruku
Relativismo Cultural: uma cultura não pode 
ser julgada a partir dos valores de outra 
sociedade – “cada qual considera bárbaro 
o que não se pratica em sua terra” – Montaigne
Havia mais de 1400 povos quando houve 
o ACHAMENTO do Brasil! Apesar da diversidade 
das etnias indígenas, os portugueses optaram por 
tratá-los de forma uniforme como selvagens para 
justificar a dominação colonizadora. Os europeus 
uniformizaram a população até mesmo ao nomear 
todos com a mesma palavra: índio. 
Nomenclaturas mais adequadas: povos 
originários, nativos. Também é comum vermos 
os termos pré-colombianos e pré-cabralinos, mas 
eles usam o europeu como referência.
Quatro principais grupos linguísticos e 
culturais: tupi-guarani, jê/macro-jê, karib/
caraíba e aruaque/aruak. Ainda assim, 
os 4 grupos contam com dezenas 
ou centenas de variações linguísticas 
espalhadas pela América do Sul e Central.
Reflexão: como o ritual antropofágico 
foi demonizado pelos europeus.
• Povos que vivem da pesca, caça e cultivo.
• Religiões diversas e politeístas, fortemente 
influenciadas pela natureza e com uma 
figura principal responsável pela cura e 
comunhão do ser humano com todas as 
formas de vida: o Xamã. 
• Divisão de trabalho por gênero.
• Guerras e conflitos com outras etnias.
• Antropofagia.
CARACTERÍSTICAS:
E por que eu não gostava que me 
chamassem de índio? Por causa das 
ideias e imagens que essa palavra trazia. 
Chamar alguém de índio era classificá-
lo como atrasado, selvagem e 
preguiçoso. E, como já contei, eu era 
uma pessoa trabalhadora e ajudava 
meus pais e meus irmãos e isso 
era uma honra para mim. Mas uma 
honra que ninguém levava em 
consideração. Para meus colegas, 
só contava a minha aparência… 
e não o que 
eu era e fazia.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
5 @dedaaladim
Boris Fausto
Desde o início houve exploração dos indígenas, 
seja por meio do escambo ou sua escravização. 
Além disso, a conquista também se deu por 
meio cultural, suprimindo seus idiomas, religião, 
práticas culturais e, literalmente, tirando suas 
vidas por assassinatos e epidemias.
Os católicos acreditavam que os nativos poderiam se tornar irmãos com a cristianização. 
Vale lembrar que estamos na contrarreforma, então era interessantíssimo para a Igreja 
converter a nova população e aumentar o catolicismo no mundo!
Guerra Justa: os índios que não aceitassem pacificamente a autoridade europeia poderia 
m ser capturados e escravizados
[Índios Botocudos : foto 17], 1909. Santa 
Leopoldina (ES) / Biblioteca Nacional
A chegada dos portugueses representou para 
os índios uma verdadeira catástrofe. (...) 
Os brancos eram ao mesmo tempo respeitados, temidos 
e odiados, como homens dotados de poderes especiais. 
Por outro lado, como não existia uma nação indígena e sim 
 grupos dispersos, muitas vezes em conflito, foi possível 
aos portugueses encontrar aliados entre os próprios 
indígenas, na luta contra os grupos que resistiam a eles. 
(...) No conjunto, a palavra “catástrofe” é mesmo a mais 
adequada para designar o destino 
da população ameríndia. 
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
6 @dedaaladim
Obviamente também houve resistência 
indígena e guerras foram travadas contra 
os portugueses. Uma forma de resistência 
dos índios foi o isolamento, por meio 
de contínuos deslocamentos para 
regiões cada vez mais pobres e afastadas.
Padre Anchieta reúne a primeira gramática 
Tupi em 1595: a partir daí surge a língua geral.
• Expulsão dos jesuítas em 1759 e transferência do controle dos indígenas 
para a Coroa Portuguesa, que criou o Diretório dos índios.
• É abolida a distinção entre índios e portugueses e incentivado o casamento 
entre eles, para obter o branqueamento da população.
• Rituais e religiões indígenas continuam condenáveis.
• Português é imposto como língua obrigatória e a língua geral é proibida.
proibição da escravidão indígena e índios passam a ser súditos livres da 
Coroa – mas continuaram sendo capturados e escravizados ilegalmente 
(especialmente pelos Bandeirantes nas bandeiras de apresamento).
Edição histórica de “Arte de gramática da língua mais usada 
na costa do Brasil”, de José de Anchieta. Foto: Biblioteca Nacional.
O Marquês de Pombal, c. 1770, por Joana do Salitre. 
Atualmente no Museu de Lisboa (Palácio Pimenta).
POLÍTICA POMBALINA:
Marquês de Pombal
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
7 @dedaaladim
Iracema, José Maria 
de Medeiros, 1884. 
Acervo Museu Nacional 
de Belas Artes.
Moema, Victor 
Meirelles, 1866. 
Acervo MASP.
OS INDÍGENAS APÓS A 
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
No século XIX, o indígena é resgatado e tratado como bom selvagem na tentativa de formação 
da identidade nacional brasileira Temos, nessa época, a fase do ROMANTISMO, e vemos a 
romantização e europeização da imagem do índio em pinturas, obras como “Iracema” de José de 
Alencar e poemas.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
8 @dedaaladim
Durante a Era Vargas houve outra tentativa de 
integração indígena ao conceito de identidade 
nacional. Esse trabalho era feito através dos 
sertanistas, que percorriam o interior do Brasil 
para registrar diversas culturas. Lembrando 
que é característico da era vargas o sentimento 
nacionalista, patriotismo e ufanismo. 
Percebe-se que sempre é a elite que decide onde 
fica o índio na sociedade, em nenhum momento 
pergunta-se ao índio como ele quer participar 
ou se ele se sente brasileiro. Além disso, os 
indígenas são constantemente embranquecidos 
e tolhidos de sua cultura para se encaixarem na 
sociedade brasileira. 
Durante a ditadura militar foi criado o estatuto do 
índio e a Funai, mas apenas com a constituição de 
1988 o indígena passou a ter o direito garantido 
de preservar a sua cultura e terra.
Indígenas comemoram a inclusão de seus direitos 
territoriais na Constituição de 1988. Foto: Beto Ricardo-ISA
Mobilização Nacional Indígena em Brasília em defesa 
dos direitos indígenas assegurados na Constituição. 
Foto: Fabio Nascimento
Uma das fotos da exposição mostra indígenas de várias etnias em vigília no Congresso Nacional, em 
Brasília, para garantir seus direitos no texto final da Constituição, 1988. Foto: Beto Ricardo-ISA.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
9
Vemos portanto, dois conflitos sempre 
presentes na história indígena:
Daniel 
Munduruku
INTERESSES: MÃO 
DE OBRA INDÍGENA
TERRAS 
INDÍGENAS
INTEGRAR 
O indígena
RESPEITAR A 
ALTERIDADE
Soldados índios da província de Curitiba escoltandoindígena frente aos europeus, já que os Tamoios e os 
Tupiniquins tinham seus próprios motivos para se aliarem aos franceses ou aos portugueses.
(Adaptado de Manuela Carneiro da Cunha, Introdução a uma história indígena. São Paulo: Companhia das Letras/Fapesp, 
1992, p. 18.)
Com base no excerto e nos seus conhecimentos sobre os primeiros contatos entre europeus 
e indígenas no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) A população ameríndia era heterogênea e os conflitos entre diferentes grupos étnicos 
ajudaram a definir, de acordo com suas próprias lógicas e interesses, a dinâmica dos seus 
contatos com os europeus.
b) O fato de Tamoios e Tupiniquins serem grupos aliados contribuiu para neutralizar as 
disputas entre franceses e portugueses pelo controle do Brasil, pelo papel mediador que 
os nativos exerciam.
c) Os indígenas, agentes de sua história, desde cedo souberam explorar as rivalidades entre 
os europeus e mantê-los afastados dos seus conflitos interétnicos, anulando o impacto 
da presença portuguesa.
d) As etnias indígenas viviam em harmonia umas com as outras e em equilíbrio com 
a natureza. Esse quadro foi alterado com a chegada dos europeus, que passaram 
a incentivar os conflitos interétnicos para estabelecer o domínio colonial.
23 - (UNICAMP 2020)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
48 @dedaaladim
Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que:
a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.
b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma 
de facilitar a defesa do território.
c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, 
em 1555.
d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem 
a ser chamados de vice reis.
e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande 
sucesso da cultura canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.
(...) Desde a saída do Conde Maurício de Nassau do governo dominado pelos holandeses 
na América, em 1644, foi-se ampliando um clima de descontentamento entre os colonos 
em Pernambuco, provocado por incompatibilidades com o novo rumo dado à administração 
da capitania pela Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus negócios. Entre 
outras coisas, a Companhia passou a cobrar os empréstimos concedidos por Nassau, e 
quando esses não eram pagos, os juros aplicados eram extorsivos. Em 1645 teve início um 
movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido como Insurreição 
Pernambucana.
Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br. Acesso em: 14 set. 2020.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia 
portuguesa devido ao fato de os holandeses:
a) terem se negado a vender o açúcar brasileiro, que passou a ser substituído pelo açúcar 
estadunidense.
b) terem se aliado à França para produzir açúcar a fim de dividirem o lucrativo mercado 
açucareiro europeu.
c) terem iniciado a própria produção de açúcar nas Antilhas quebrando o monopólio do 
açúcar brasileiro.
d) terem iniciado a produção de açúcar junto a países árabes acabando com o monopólio 
do açúcar brasileiro.
e) iniciarem uma campanha difamatória afirmando que o açúcar brasileiro era impuro 
devido ao fato de ser produzido por escravizados africanos.
25 - (UNICHRISTUS - MEDICINA 2021)
24 - (ESPCEX (AMAN))
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
49 @dedaaladim
Estátuas famosas da cidade de São Paulo como a do bandeirante Borba Gato, em Santo 
Amaro, na Zona Sul, e a de Bartolomeu Bueno da Silva, no Parque Trianon, na Avenida Paulista, 
ganharam um “adereço macabro” nas últimas semanas. Com o objetivo de ressignificar a 
história das figuras que elas representam, um grupo de manifestantes colocou caveiras em 
frente a essas estátuas e as fotografou. As fotos viralizaram nas redes sociais. Bandeirantes 
como Borba Gato desbravaram territórios no interior do país e capturaram e escravizaram 
indígenas e negros. Isso quando não os matavam em confrontos que acabaram por dizimar 
etnias, segundo historiadores.
(Bárbara Muniz Vieira. “Crânios são colocados ao lado de monumentos de bandeirantes para ressignificar história de 
SP”. g1.globo.com, 27.10.2020. Adaptado.)
Do ponto de vista histórico, a proposta de “resinificar monumentos”, realizada pelo grupo,
a) é uma transferência para a história e a historiografia da prática de cancelamento de 
pessoas nas redes sociais.
b) entende a função da história como celebração dos mitos e heróis do passado.
c) representa uma análise crítica e um esforço de revisão da memória histórica.
d) demonstra uma percepção otimista e ufanista da identidade e do passado brasileiros.
e) mostra clara descrença na história e a valorização do trabalho de artistas consagrados.
A produção de açúcar no Brasil colonial era parte de um conjunto de processos e relações 
que ultrapassavam os limites da colônia e incluíam:
a) a estruturação do engenho como unidade produtiva, a disposição portuguesa de povoar 
a colônia e o comércio sistemático com a América espanhola.
b) as técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana procedentes do mundo árabe 
e a intermediação britânica na comercialização.
c) a adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhecimento técnico dos imigrantes 
e a atuação holandesa no transporte marítimo.
d) a constituição da grande propriedade, o tráfico de africanos escravizados e a existência 
de amplo mercado consumidor na Europa.
e) o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o recurso à mão de obra nativa 
e o crescimento do gosto pelos sabores doces na Europa.
26 - (UNESP 2022)
27 - (UNESP 2021)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
50 @dedaaladim
Após as primeiras expedições, os enviados da Coroa portuguesa perceberam que não seria 
possível obter aqui [no Brasil] lucros fáceis e imediatos.
(COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. p. 217)
Qual foi o principal motivo que levou os colonizadores portugueses a entenderem 
que a exploração da colônia na América do Sul não seria fácil?
a) A incapacidade de utilizar a mão de obra indígena na nascente produção agrícola do café.
b) O alto custo do cativo africano que dificultava a utilização do trabalho escravo em larga 
escala no plantio da cana-de-açúcar.
c) A ação econômica e militar de nações europeias que não reconheciam o Tratado de 
Tordesilhas assinado entre Portugal e Espanha.
d) Os portugueses não encontraram jazidas de ouro como ocorrera em outras regiões da 
América do Sul, especialmente em áreas exploradas pelos espanhóis.
e) A escassa população portuguesa que inviabilizava uma imigração em número suficiente 
para colonizar o Brasil.
Nos dois primeiros séculos de colonização, a empresa colonial giraria em torno da cana: a 
formação de vilas e cidades, a defesa de territórios, a divisão de propriedades, as relações 
com diferentes grupos sociais e até a escolha da capital.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018. Adaptado.)
O excerto apresenta o avanço da produção de cana-de-açúcar no Brasil colonial como:
a) a adoção de uma sociedade de modelo feudal, que determinou a forte dependência 
da economia brasileira em relação às grandes potências europeias do período.
b) a definição de um perfil para a ação portuguesa na América, que incluiu a produção 
voltada ao mercado externo e a consolidação da ocupação territorial.
c) o estabelecimento de mecanismos reguladores da relação colônia-metrópole, 
que passava a funcionar a partir do princípio da liberdade comercial.d) a conformação de uma economia diversificada, que assegurava a expansão territorial 
e uma distribuição equilibrada dos recursos metropolitanos nas áreas de colonização.
e) o deslocamento do eixo econômico da colônia, que avançou para o centro do território 
e passou a privilegiar a agricultura extensiva baseada em mão de obra indígena.
28 - (ESA 2023)
29 - (ALBERT EINSTEIN - MEDICINA 2022)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
51 @dedaaladim
Uma sombra pairava sobre as tão esperadas descobertas auríferas: a multidão de 
aventureiros que se espalhara por serras e grotões mostrava-se criminosa e desobediente 
aos ditames da Coroa ou da Igreja. Carregavam consigo tantos escravos que o preço da mão 
de obra começara a aumentar na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ao fim de dez anos, 
a tensão entre paulistas e forasteiros, entre autoridades e mineradores, só fazia aumentar.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Planeta, 2010.
No contexto abordado, do início do século XVIII, a medida tomada pela Coroa lusitana 
visando garantir a ordem na região foi a
a) regulamentação da exploração do trabalho.
b) proibição da fixação de comerciantes.
c) fundação de núcleos de povoamento.
d) revogação da concessão de lavras.
e) criação das intendências das minas.
A primeira missa no Brasil é um momento emblemático do início da colonização portuguesa 
na América, celebrada poucos dias após a chegada e desembarque dos portugueses na 
costa brasileira,imortalizada pela narrativa na Carta de Pero Vaz de Caminha e no óleo 
sobre tela de Victor Meirelles. A ocupação de fato demorou um pouco mais a acontecer, 
dentre as razões para seu início, temos:
30 - (Enem PPL)
31 - (PUCPR)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
52 @dedaaladim
a) o aumento do comércio de especiarias com o Oriente, levando à maior 
necessidade de mercados consumidores.
b) a descoberta de metais preciosos na colônia portuguesa, acelerando 
o interesse da metrópole na exploração de sua colônia.
c) a probabilidade da tomada das terras por corsários ingleses que vinham 
atrás do contrabando de escravos indígenas para outras colônias.
d) a necessidade de tomar posse e defender suas terras para evitar a vinda 
de exploradores sem o conhecimento da coroa portuguesa.
e) a construção das feitorias para armazenar pau-brasil e carregar navios, 
promovendo a migração de um grande contingente de portugueses para 
povoar e cuidar das novas vilas.
Durante o período de domínio holandês no nordeste brasileiro, no século XVII, houve:
a) apoio às iniciativas exploradoras do sertão e descoberta das primeiras 
jazidas de ouro e pedras preciosas na colônia.
b) aumento da presença de protestantes na colônia e perseguição sistemática 
aos judeus e aos católicos.
c) estímulo à vinda de naturalistas e pintores e produção de acervo iconográfico 
e documental sobre a vida na colônia.
d) ampliação dos investimentos na produção açucareira e supressão das formas 
 de trabalho compulsório na colônia.
e) acirramento dos conflitos da colônia com as áreas vizinhas da América 
e união dos reinos de Portugal e da Espanha.
Lendo atentamente os Autos da devassa da Inconfidência Mineira, o que encontramos? 
Os envolvidos são “filhos de Minas”, “naturais de Minas”. A terra era o “País de Minas”, 
percebido como “continente” ou como capitania.
JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira 
(1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.
A identificação exposta no texto destaca uma característica do domínio português 
na América ao apontar para:
a) relevância da atividade intelectual da elite colonial.
b) ineficácia da ação integrativa das ordens religiosas.
c) fragmentação do território submetido ao controle metropolitano.
d) invisibilidade de eventos revolucionários do continente europeu.
e) abrangência do processo de aculturação das sociedades nativas.
32 - (FAMERP 2022)
33 - (Enem PPL)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
53 @dedaaladim
O projeto de ocupação populacional da Colônia foi estabelecido entre 1534 e 1536, com 
a adoção do sistema de capitanias hereditárias, que já havia sido empregado com sucesso 
nas ilhas atlânticas e, além do Brasil, seria estendido à Angola. O objetivo do rei D. João III 
com o sistema de capitanias hereditárias era promover a ocupação territorial, transferindo 
o ônus para particulares. O sistema consistia na concessão pelo rei de extensos domínios 
a particulares, os quais recebiam uma carta de doação real e um foral, no qual estavam 
especificadas suas obrigações. O donatário, nome dado ao particular que recebia a capitania, 
tinha o direito de explorá-la economicamente, administrar a Justiça e, ao mesmo tempo, 
estava obrigado a se sujeitar à autoridade da Coroa, a recolher os tributos e a expandir a 
fé católica, entre outras atribuições. Cabia ao donatário, ainda, a concessão de sesmarias, 
grandes extensões de terras que estão na origem do latifúndio no Brasil. O sistema, 
contudo, começou a apresentar problemas para os donatários. Poucas foram as capitanias 
que efetivamente prosperaram.
https://tinyurl.com/y6q37ysu. Acesso em: 15.10.2019. Adaptado.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, algumas das causas do fracasso do 
sistema descrito no texto.
a) A maior parte dos donatários enfrentou a resistência dos grupos indígenas à ocupação 
de seus territórios tradicionais, os altos custos de manutenção e de desenvolvimento das 
capitanias e/ou a falta de assistência por parte da Coroa portuguesa.
b) Por serem de origem nobre, os donatários não demonstraram as habilidades necessárias 
para administrar adequadamente os recursos econômicos de suas capitanias e gerar 
lucros, forçando a Coroa portuguesa a promulgar a Lei de Terras.
c) A natureza política do sistema de capitanias hereditárias foi questionada pela burguesia 
portuguesa, que recorreu a cortes internacionais para impedir a distribuição da maior 
parte das terras americanas aos membros da nobreza.
d) O declínio do sistema é consequência do fracasso agrícola, causado pela alternância 
de períodos de chuva intensa e secas prolongadas, características do clima de monções 
predominante na maior parte do território americano.
e) O sistema entrou em colapso quando a terceira geração de donatários foi derrotada 
na guerra contra os corsários franceses, que, após a vitória, ocuparam os territórios das 
antigas capitanias hereditárias.
34 - (FATEC 2020)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
54 @dedaaladim
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce 
no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto 
o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está 
relacionada à seguinte atividade:
a) Coleta de drogas do sertão.
b) Extração de metais preciosos.
c) Adoção da pecuária extensiva.
d) Retirada de madeira do litoral.
e) Exploração da lavoura de tabaco.
Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto 
por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais 
aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. 
E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta 
gente não houvesse deentrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo 
dano que daí se podia seguir.
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao 
Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra:
a) a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando 
colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da 
França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América.
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, 
que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas.
d) o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, 
visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América.
e) a manifestação de um conflito entre a recém criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa 
em torno do combate à pirataria francesa.
35 - (Enem 2019)
36 - (FUVEST)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
55 @dedaaladim
Síntese entre erudito e popular Na região mineira, a separação entre cultura popular (as artes 
mecânicas) e erudita (as artes liberais) é marcada pela elite colonial, que tem como exemplo 
os valores europeus, e o grupo popular, formado pela fusão de várias culturas: portugueses 
aventureiros ou degredados, negros e índios. Aleijadinho, unindo as sofisticações da arte 
erudita ao entendimento do artífice popular, consegue fazer essa síntese característica 
deste momento único na história da arte brasileira: o barroco colonial.
MAJORA, C. BrHistória, n. 3, mar. 2007 (adaptado).
No século XVII, a arte brasileira, mais especificamente a de Minas Gerais, apresentava a 
valorização da técnica e um estilo próprio, incluindo a escolha dos materiais. Artistas como 
Aleijadinho e Mestre Ataíde têm suas obras caracterizadas por peculiaridades que são 
identificadas por meio:
a) do emprego de materiais oriundos da Europa e da interpretação realista 
dos objetos representados.
b) do uso de recursos materiais disponíveis no local e da interpretação formal 
com características próprias.
c) da utilização de recursos materiais vindos da Europa e da homogeneização 
e linearidade representacional.
d) da observação e da cópia detalhada do objeto representado e do emprego 
de materiais disponíveis na região.
e) da utilização de materiais disponíveis no Brasil e da interpretação idealizada 
e linear dos objetos representados.
38 - (Enem PPL 2015)
Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia 
das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São 
Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir 
Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena 
Amsterdã.
NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011.
Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem 
o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região:
a) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa.
b) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas.
c) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul.
d) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas.
e) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica.
37 - (Enem PPL 2014)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
56 @dedaaladim
A expulsão da Companhia de Jesus de todos os territórios portugueses, em 1759, foi uma 
das medidas mais polêmicas tomadas por Pombal. Em geral, as justificativas para esse ato 
são a total incompatibilidade entre o controle das práticas pedagógicas adotadas pelos 
jesuítas e o projeto educacional iluminista pombalino. Todavia, é importante assinalar que 
tal expulsão também está relacionada:
a) aos embates entre o Despotismo Esclarecido e as convicções dogmáticas da Igreja, que 
persistiram no governo de Pombal e de D. Maria I.
b) à imposição do catolicismo como religião oficial da colônia, fruto da subordinação da 
coroa portuguesa às decisões do papa.
c) ao controle do comércio de escravos africanos pelos jesuítas na região norte, impedindo 
lucros para a coroa portuguesa.
d) à influência da burguesia huguenote na corte de D. José I, exigindo o direito de educar 
os filhos dos colonos, até então monopólio dos jesuítas.
e) ao interesse em estabelecer o controle sobre as fronteiras da América portuguesa e 
sobre os recursos econômicos produzidos nessas.
A partir de 1750-60, a produção mineradora começou a declinar. Tal mudança, articulada a 
outros elementos, determinou uma revisão da política mercantilista durante a administração 
do Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I.
ALBUQUERQUE, Manuel Maurício de. Pequena História da Formação Social Brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1981, 
p.100. (Adaptado).
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas 
pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e 
que se caracterizavam, entre outras medidas,
a) pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era 
visto como mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas.
b) pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença 
dos jesuítas, vistos como agentes importantes da modernização educacional.
c) pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo 
de diminuir a dependência econômica em relação aos produtos primários.
d) pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com 
o objetivo de formar um mercado consumidor para as indústrias da colônia.
40 - (UFU 2015)
39 - (MACKENZIE - 2015)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
57 @dedaaladim
Gabarito
1 - e
2 - c
3 - a
4 - e
5 - d
6 - d
7 - d
8 - c
9 - e
10 - b
11 - c
12 - b
13 - c 
14 - b
15 - e
16 - a
17 - b
18 - d
19 - a
20 - d
21 - b
22 - b
23 - a
24 - d
25 - c
26 - c
27 - d
28 - d
29 - b
30 - e
31 - d
32 - c
33 - c
34 - a
35 - b
36 - a
37 - a
38 - b
39 - e
40 - c
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.comselvagens. 
Jean-Baptiste Debret. Litografia em papel. 1834.
Famille d ún Chef Camacan se Preparant pour une fête. 
Jean-Baptiste Debret. 1835.
 
O Brasil 
foi ‘inventado’ a partir 
das dores de suas mulheres, 
e é importante não esquecermos 
esta história para podermos olhar 
de frente para nosso passado 
e aprendermos com ele. O Brasil 
precisa se reconciliar com sua história; 
aceitar que foi ‘construído’ sobre 
um cemitério.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
10 @dedaaladim
Aula 2
EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA 
E ACHAMENTO DO BRASIL
Contexto da expansão marítima:
• Crise do feudalismo.
• Expansão comercial da baixa Idade Média.
• Renascimento e mudança 
da mentalidade europeia.
• Espírito de aventura.
Interesses envolvidos na expansão:
• Rei: fortalecimento do poder real, reforço da 
centralização do Estado, oportunidade de 
criar novas fontes de receita, forma de ocupar 
os nobres e motivo de prestígio.
• Nobreza: obtenção de cargos, títulos, terras.
• Igreja: expansão do cristianismo, 
especialmente no contexto 
da contrarreforma.
• Burguesia: lucro com o 
comércio e exploração em 
busca de rotas alternativas 
de navegação.
• Povo: emigrar, tentar uma 
vida melhor, fugir 
da opressão religiosa.
A CHEGADA AO BRASIL
PROBLEMATIZAÇÃO: “nascimento”, 
“descobrimento” do Brasil. Por que começamos 
nossa História em 1500?
A visão etnocêntrica impediu o europeu de 
compreender as diferenças entre a sua cultura 
e a indígena – houve a imposição de valores aos 
nativos e o desrespeito à ALTERIDADE.
Para o historiador Tzvetan Todorov, Colombo 
não conheceu a América, mas a reconheceu: 
Colombo já sabe antes da viagem o que 
vai encontrar, a experiência não existe para 
investigar, e sim para encontrar uma verdade 
pré-estabelecida.” O que ele “entende” e 
“escuta”, é simplesmente o que interessa a ele.
 Lopo Homem, 1519, 
Atlas Náutico Português 
Bibliothèque Nationale de France
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
11 @dedaaladim
Pero Vaz lendo sua carta. Francisco Aurélio de Figueiredo 
e Melo (1854–1916)
Parece-me gente de tal inocência que, 
se homem os entendesse e eles a nós, seriam 
logo cristãos, porque eles, segundo parece, 
não têm, nem entendem em nenhuma 
crença. E portanto, se os degredados, que 
aqui hão de ficar aprenderem bem a sua 
fala e os entenderem, não duvido que 
eles, segundo a santa intenção de Vossa 
Alteza, se hão de fazer cristãos e crer em 
nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor 
que os traga, porque, certo, esta gente é 
boa e de boa simplicidade. E imprimir-se-á 
ligeiramente neles qualquer cunho, que 
lhes quiserem dar, uma vez que Nosso 
Senhor, que lhes deu bons corpos e bons 
rostos, como a bons homens, por aqui nos 
trouxe, creio que não foi sem causa.
A Primeira Missa no Brasil, quadro de Victor Meirelles (1860)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
12 @dedaaladim
Aula 3
ADMINISTRAÇÃO COLONIAL
Assim que os espanhóis chegaram na América 
(1492), a posse do continente foi contestada 
por Portugal, resultando no Tratado de 
Tordesilhas (1494): o mundo foi dividido 
em dois hemisférios, separados por uma 
linha imaginária. As terras descobertas a 
oeste da linha pertenceriam à Espanha; as 
que se situavam a leste caberiam a Portugal.
A divisão era controversa, pois nunca foi 
possível estabelecer com exatidão por onde 
passava a linha de Tordesilhas. Além disso, 
a França sempre contestou o tratado, dizendo 
que possuía a terra apenas quem a ocupasse. 
No caso do Brasil, Portugal não nos levou tão 
a sério no início pois não encontraram ouro nem 
prata de cara como os espanhóis, então o Brasil 
foi deixado “de lado” por um tempo. A Índia 
e o comércio de especiarias do oriente eram 
a prioridade de Portugal. Mas isso logo ia mudar, 
pois outros países estavam fazendo pirataria 
na costa brasileira, comercializando conosco 
irregularmente e ameaçando a soberania de 
Portugal. A maior ameaça à posse do Brasil 
por Portugal não veio dos espanhóis e sim 
dos franceses e dos holandeses!
 Como o Brasil foi administrado e dominado nos seus primeiros anos de colonização!
MAPA. TRATADO DE TORDESILHAS.
Por que o Brasil vai 
ser colonizado?
FEITORIAS: entrepostos comerciais fortificados 
na região costeira para centralizar e organizar o 
comércio.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
13 @dedaaladim
AS CAPITANIAS 
HEREDITÁRIAS
Portugal dividiu a costa brasileira em 15 
capitanias e as deu aos capitães donatários, 
pessoas ligadas à Coroa que eram burocratas, 
comerciantes, burgueses, pequenos nobres. 
Eles eram administradores, mas não 
proprietários da terra!
Os donatários tinham poder econômico e 
administrativo: eles cuidavam, cobravam 
impostos, fundam vilas, doavam sesmarias, 
formavam milícias para defesa, cuidavam da 
justiça e investiam na capitania, mas quem 
podia vender, dividir ou até mesmo acabar com 
a capitania era apenas o rei.
MAPA: Circum-navegação de Fernão de Magalhães e Juan Sebastián Elcano. Autor: Sémhur.
BEZERRA, Juliana. Capitanias Hereditárias. Toda Matéria, [s.d.].
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
14 @dedaaladim
SESMARIAS
Eram extensões virgens de terra que eram 
dadas aos sesmeiros, que tinham a missão 
de cultivá-las em 5 anos e dar os impostos 
devidos à coroa. E as sesmarias têm dois 
detalhes importantes:
1- muitas vezes a obrigação de cultivar a terra 
não foi cumprida
2- as sesmarias originaram muitos 
LATIFÚNDIOS: grandes extensões de terra 
com um só proprietário. Essa característica 
é relevante, pois até hoje a concentração 
fundiária é um problema no Brasil
Apenas duas capitanias não faliram: São 
Vicente e Pernambuco. As que sobreviveram 
foram justamente as que tinham grande 
produção de açúcar e uma relação menos 
violenta com os indígenas. 
GOVERNO GERAL: uma tentativa de 
centralizar o governo contra indígenas e 
outros países que queriam invadir o Brasil
A capitania escolhida para sediar o governo 
foi a Bahia, a cidade de Salvador é construída 
e se torna nossa primeira capital. 
E, junto com o primeiro governador 
geral, Tomé de Souza, chegaram 
ao Brasil os primeiros JESUÍTAS: 
missionários católicos que vinham ao 
Brasil converter os índios e expandir o 
catolicismo.
Gravura publicada no livro História da Missão dos Padres 
Capuchinos na Ilha do Maranhão e Terras Circunvizinhas, 
de Claude d’Abbeville, 1614. Domínio público
“Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu”, 
por Benedito Calixto (1927)
Antônio Parreiras. Fundação de São Paulo, 
1913, óleo sobre tela
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
15 @dedaaladim
Aula 4
ECONOMIA COLONIAL 
E “CICLO” DO AÇÚCAR
Reprodução fotográfica Pedro Oswaldo Cruz. Engenho Manual que Faz Caldo de Cana, 1822. Jean-Baptiste Debret.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
16 @dedaaladim
ESCAMBO E PAU BRASIL
Nos anos iniciais de colonização, a principal 
atividade econômica foi a extração do pau-
brasil, obtida por meio de troca com os índios. O 
pau brasil era valioso na Europa pela qualidade 
da madeira e porque com a casca da árvore se 
produzia tinta vermelha. Rapidamente os nativos 
perceberam que o escambo era desigual, até 
porque os indígenas encontravam as árvores, 
as derrubaram, cortavam e transportavam, era 
muitacoisa!
Como aconteceu em toda 
a América Latina, o Brasil 
viria a ser uma colônia 
cujo sentido básico seria 
o de fornecer ao comércio 
europeu gêneros 
alimentícios ou minérios 
de grande importância.”
As colônias tinham 
basicamente a função 
de garantir lucro às 
metrópoles.
Desde o início de nossa história, a economia 
brasileira é muito ligada ao LATIFÚNDIO, grandes 
terras com um único proprietário. O latifúndio era 
conveniente porque, com grandes extensões de 
terra sendo cultivadas, gera-se muitos excedentes 
para exportar para a Metrópole e para o comércio, 
enquanto os pequenos proprietários tendem a 
produzir para o consumo próprio.
PLANTATION: forma de monocultura (cultivo 
de uma única espécie) feita por mão de obra 
escravizada que era muito interessante para a 
metrópole, afinal era uma produção em larga escala 
de um elemento EXPORTÁVEL. Logo, o plantation 
tem quatro elementos principais: latifúndio, 
monocultura, escravismo e exportação. 
Vale lembrar que a Europa passava pelo 
Mercantilismo, onde acreditava-se que os 
Estados deveriam reunir a maior quantidade 
possível de metais preciosos. Eles também 
eram adeptos ao EXCLUSIVO COLONIAL: 
basicamente, era tentar impedir ao máximo 
relações comerciais da colônia com outros países 
que não a Metrópole. Então proibiam o Brasil 
de comprar produtos de países que não fossem 
Portugal e de exportar suas mercadorias para 
outros países. 
Mas, não apenas havia muito contrabando 
como a própria coroa portuguesa teve que abrir 
exceções dentro da exclusividade colonial, 
especialmente para seus parceiros coloniais.
Boris Fausto
Engenho de açúcar, Nordeste brasileiro, 
1816. GOMES, Laurentino. 
Defrichement d´une forêt. Johann 
Moritz Rugendas, 1827.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
17 @dedaaladim
Comme les Indiens coupent et traitent le Sucre (Como os índios cortam e tratam 
a cana-de-açúcar). Pieter van Der Aa. 1729, sobre desenho de Theodore de Bry.
CICLO DO AÇÚCAR
“CICLO”? Nós usamos a 
palavra “ciclo” do açúcar para 
facilitar o entendimento, mas os 
historiadores não usam mais essa 
palavra, pois dá a ideia de início, 
meio e fim, o que certamente não 
foi o caso do açúcar ou de outros 
produtos, como o café. O avanço 
da exploração do ouro no século 
XVIII, por exemplo, não significou 
o fim da economia açucareira. 
É mais adequado falar a palavra 
conjuntura, ou seja, fases melhores 
ou piores.
AÇÚCAR
O açúcar era uma especiaria difícil de conseguir, 
caro e um ítem de altíssimo luxo! Não é nativo 
do Brasil, mas se estabeleceu super bem no 
nosso terreno e clima. 
Aqui no Brasil não existiam refinarias de açúcar, 
produzia-se o chamado açúcar barreado, que 
pode virar tanto açúcar refinado (branquinho 
que vemos no mercado) quanto mascavo. 
Os grandes centros açucareiros na Colônia 
foram Pernambuco e Bahia, por causa de fatores 
climáticos, geográficos, políticos e econômicos. 
As duas capitanias tinham solos de qualidade, 
bom regime de chuvas e tinham facilidade para 
escoar a produção, tornando Salvador e Recife 
portos importantes.
O ENGENHO
Os engenhos eram centros de produção 
açucareira comandados pelo senhor de engenho, 
que morava na Casa Grande. O engenho 
abrangia todo o processo desde o plantio da 
cana até a feitura do açúcar e as senzalas, onde 
viviam os escravizados.
Os senhores de engenho se tornaram uma elite 
temida e respeitada, com riqueza e poder, mas 
sem títulos hereditários de nobreza como na 
Europa. Mas, o engenho era um empreendimento 
com riscos, com variação econômica e que 
dependia de um grande investimento, podendo 
resultar em um grande lucro ou grande falência. 
Dessa forma, os engenhos foram muito mais 
permanentes que os seus senhores; muitos 
engenhos mantiveram seus nomes por séculos, 
mas trocaram de dono várias vezes. 
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
18 @dedaaladim
ESCRAVIDÃO
Ao falar de economia, é inevitável falar 
de escravidão, afinal o Brasil era um país 
ESCRAVISTA e nossa economia era altamente 
dependente dela. Inicialmente houve a 
escravidão indígena, e a transição dela para 
a escravidão africana foi lenta e variou muito 
de acordo com o local! Então, mesmo com a 
escravidão africana crescendo e a indígena 
sendo proibida, as duas existiram durante a 
maior parte da nossa história.
- Os nativos tinham uma cultura completamente 
INCOMPATÍVEL com a dos europeus e seu 
modo de trabalho, o que originou o mito do 
“índio preguiçoso”, já que eles não viviam sob 
a ótica de acumular riquezas 
- Muitas etnias indígenas tinham divisão de 
gênero para o trabalho, e muitos homens se 
recusaram a trabalhar com a agricultura
- O genocídio indígena gerou uma diminuição 
massiva da população
- A escravidão africana era defendida pela 
Igreja e por falsas justificativas científicas
- Especialização: muitos dos povos africanos 
eram especializados em mineração, plantio, 
cuidado com gado, comércio, etc. 
- a Coroa lucrava com o comércio internacional 
de escravos
- Os indígenas eram “protegidos” pela lei, 
enquanto os africanos não eram sequer 
considerados pessoas, mas objetos. Levar em 
conta que os mesmos jesuítas que eram contra 
a escravidão indígena realizavam violência 
cultural contra os nativos. Padre Manuel da 
Nóbrega, por exemplo, dizia que “índios são 
cães em se comerem e matarem, e são porcos 
nos vícios e na maneira de se tratarem”.
Por que a escravidão 
indígena foi substituída 
pela africana?
O jantar. Passatempos depois do jantar. Jean-Baptiste Debret.
Cerca de 1830.
Navio negreiro de Johann Moritz Rugendas,1830.
O jantar. Passatempos depois do jantar. Jean-Baptiste Debret.
Cerca de 1830.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
19 @dedaaladim
Aula 5
INVASÕES ESTRANGEIRAS 
E REVOLTAS COLONIAIS
INVASÕES FRANCESAS
A maior ameaça à posse do Brasil por Portugal 
não veio dos espanhóis e sim dos franceses. 
A França não reconhecia os tratados de partilha 
do mundo, acreditando que só era dono de uma 
terra quem a ocupasse de fato. 
A França chegou a ocupar o Brasil e fazer 
verdadeiros reinados franceses aqui: a França 
Antártica e Equinocial
FRANÇA ANTÁRTICA: foi feita uma colônia 
francesa na Guanabara, Rio de Janeiro. Eles 
conseguiram se estabelecer aqui se aliando aos 
indígenas Tamoios, que gostavam dos franceses 
porque eles não os escravizaram nem roubavam 
suas terras, apenas comercializavam pau brasil, 
então os Tamoios preferiam os franceses aos 
portugueses. Para combatê-los, Portugal se 
uniu aos Temiminós, inimigos dos Tamoios. Os 
franceses foram expulsos do Rio de Janeiro e os 
tamoios foram massacrados, e foi um conflito 
tanto entre Portugal e França quanto entre 
Tamoios e Temiminós. 
De lá, os franceses foram para o Maranhão e 
construíram o Forte de São Luís (padroeiro da 
França e nome do rei). O local onde era o forte 
de São Luís foi derrubado e hoje é o palácio dos 
leões. Eles fundaram no Maranhão a FRANÇA 
EQUINOCIAL, mas lá também houve falta de 
recursos e disputas internas (especialmente 
tretas religiosas em relação ao protestantismo), 
e eles foram derrotados em 1615.
AS INVASÕES HOLANDESAS
As invasões holandesas que ocorreram no século 
XVII foram o maior conflito político-militar 
da Colônia. Os holandeses ficaram aqui por 
mais de 20 anos e chegaram a dominar quase 
toda a costa brasileira. Mostrando a dimensão 
da luta pelo controle do açúcar e tráfico de 
escravizados. Esses conflitos exigiram não só 
esforços de Portugal, mas da população local, 
e mostraram o poder da colônia de fazer ações 
autônomas.
Por que os holandeses vieram parar aqui? 
O que estava acontecendo?
Licensed to Loriane Bulhak- bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
20 @dedaaladim
Mapa do Brasil Holandês de 1630-1654 sobreposto a um mapa atual do Brasil.
UNIÃO IBÉRICA: O trono português passou para 
a coroa espanhola depois de uma crise sucessória. 
Basicamente, dois reis de Portugal morreram 
sem herdeiros e o rei da Espanha clamou o trono 
por ser parente de um deles. Assim começou a 
União Ibérica, que duraria 60 anos (1580-1640). 
Muitas mudanças ocorreram na administração 
de Portugal, mas um detalhe que diz respeito 
ao Brasil é que a Holanda era parceira comercial 
de Portugal, mas grande inimiga da Espanha. A 
Holanda criou a Companhia das índias Orientais 
e a Companhia das Índias Ocidentais para 
explorar economicamente territórios que eram 
de Portugal e da Espanha. Seus alvos principais 
eram a ocupação das zonas de produção 
açucareira na América portuguesa e o controle 
do suprimento de escravos. 
As invasões começaram com a ocupação de 
Salvador, em 1624. Os holandeses levaram 
pouco mais de 24 horas para dominar a cidade, 
mas não conseguiram sair de seus limites 
e se renderam um ano depois. Eles ainda 
conquistaram Pernambuco, Ceará, Paraíba e 
uma parte do Maranhão.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
21 @dedaaladim
No início, eles eram mais violentos e saqueavam 
igrejas, destruíam estátuas e santos (afinal, 
os holandeses eram protestantes e contra 
o catolicismo). Mas, quando estabeleceram 
controle sobre quase todo o litoral, perceberam 
que não conseguiriam governar sem o apoio 
da população. Permitiram liberdade religiosa, 
deram empréstimos aos senhores locais, 
permitiram aos judeus exilados em Amsterdam 
se mudassem para Pernambuco – grande parte 
dessas coisas ocorreu durante o governo do 
holandês MAURÍCIO DE NASSAU.
REVOLTAS COLONIAIS
REVOLTA DOS BECKMAN 
(1684 – MARANHÃO)
• Contexto: Maranhão passando por crise 
econômica desde a expulsão dos holandeses 
e sem condições de comprar mão de obra 
escrava africana, além da forte ação dos 
jesuítas (especialmente o Padre Antônio 
Vieira) que dificultavam a captura de indígenas 
para serem escravizados
• a Coroa instituiu a Companhia do Comércio do 
Maranhão (1682), que teria o monopólio de 
todo o comércio do Maranhão por um período 
de vinte anos com a obrigação de introduzir dez 
mil escravos africanos por preços tabelados.
• Sem conseguir cumprir adequadamente os 
compromissos, a operação da Companhia 
agravou a crise econômica e fez crescer o 
descontentamento: sob a liderança dos irmãos 
Manuel e Tomás Beckman, um grupo dissolve 
a Companhia e expulsa vários jesuítas
• Portugal reprimiu violentamente o conflito 
e os líderes foram condenados à morte.
Depois de Nassau sair do Brasil e depois do 
fim da União Ibérica, Portugal tentou negociar 
a devolução das terras do Brasil, mas falhou. 
Na época, os preços do açúcar estavam caindo 
e os senhores de engenho estavam muito 
endividados com a Cia das índias ocidentais, 
então Portugal decidiu atacar os holandeses.
TEM INÍCIO A INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA, 
que expulsou os holandeses do Brasil.
Manuel Beckman: um dos líderes da revolta
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
22 @dedaaladim
GUERRA DOS MASCATES 
(1710 – PERNAMBUCO)
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)
• Contexto: crise econômica por causa da baixa 
do açúcar no mercado internacional e da 
concorrência do açúcar produzido nas Antilhas.
• Sem capital para saldar suas dívidas com 
a Cia das Índias, os senhores de engenho 
de Olinda começaram a pegar empréstimos 
com comerciantes portugueses (mascates) 
que moravam em um simples povoado 
chamado Recife.
• Uma rivalidade cresce entre recifenses e 
olindeses. Sabendo de sua importância, os 
mascates pediram ao rei de Portugal que o 
povoado de Recife fosse elevado à vila, e os 
senhores de Olinda se revoltaram.
• A Coroa reprime o movimento. Depois de 
muita luta, Recife foi equiparada a Olinda e se 
tornou a capital de Pernambuco.
Um mascate e seu escravo, de Henry Chamberlain, 
óleo sobre tela..1822
Foi o único movimento separatista do período 
colonial que ultrapassou a fase conspiratória e 
de fato aconteceu, e Pernambuco chegou a ser 
independente!
Causas imediatas:
• Presença grande de portugueses na 
liderança do governo e na administração 
pública: a população queria que os próprios 
pernambucanos administrassem a província.
• Criação de novos impostos pelo rei Dom João 
VI, que revoltaram a população não só pelo seu 
valor mas pela sua finalidade. Havia imposto, 
por exemplo, para manter a iluminação pública 
do Rio de Janeiro, enquanto Recife mal tinha 
uma iluminação pública de qualidade.
• Uma grande seca atingiu a região em 1816, 
aumentando a fome e a miséria e ocasionando 
uma queda na produção do açúcar e do 
algodão, produtos que eram a base da 
economia de Pernambuco e que já estavam 
em declínio.
• Influências das ideias liberais e iluministas.
• A pressão da Inglaterra vinha dificultando 
o tráfico de escravos, que se tornavam cada 
vez mais caros e eram vitais para a economia 
pernambucana.
O movimento queria a Independência de 
Pernambuco sob um regime republicano.
A Revolução Pernambucana iniciou-se em 
março de 1817, com a morte de um militar que 
estava cumprindo as ordens do governador 
local de prender suspeitos de conspiração. A 
revolta espalhou-se por Recife e a cidade foi 
tomada pelos revolucionários. Após a conquista 
de Pernambuco, os revolucionários instalaram 
um Governo Provisório.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
23 @dedaaladim
Esse Governo Provisório aprovou uma série de medidas que foram colocadas em vigor: foi 
proclamada a República na Capitania de Pernambuco, decretada a liberdade de imprensa e 
credo, instituído o princípio dos três poderes e aumento do soldo dos soldados. Os líderes só 
não chegavam em acordo sobre a manutenção da escravidão, e Portugal acabou retomando Recife 
pouco mais de um mês depois. Vários líderes foram executados e muitas pessoas presas. 
Bênção das bandeiras da Revolução de 1817, 
óleo sobre tela de Antônio Parreiras.
Bênção da Bandeira, 
óleo sobre tela 
de José Cláudio (2007).
Execução de líderes da Revolução Pernambucana. 
‘Óleo sobre tela de Antônio Parreiras, século XX.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
24 @dedaaladim
Aula 6
BANDEIRANTISMO
Na América portuguesa, desde o 
século XVI os colonos foram os 
maiores adversários dos Jesuítas, 
porque eles preferiam escravos 
indígenas (que eram mais baratos 
que os africanos). Mas, eram os 
chamados mamelucos os maiores 
oponentes dos indígenas. 
Os mamelucos eram geralmente 
filhos de portugueses com índias. 
Homens que dominavam muito bem 
a língua geral, conheciam as matas, 
sabiam como enfrentar animais 
ferozes e por isso eram contratados 
para caçar indígenas. Muitas vezes 
negociavam com chefes de Aldeia 
a troca de prisioneiros por armas e 
cavalos, outras vezes capturavam 
nativos nas aldeias ou nos próprios 
aldeamentos dirigidos pelos 
Jesuítas. 
Ciclo da caça ao índio, quadro de Henrique 
Bernardelli, José Rosael/Hélio Nobre/Museu 
Paulista da USP.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
25 @dedaaladim
Esses mamelucos faziam expedições chamadas 
de bandeiras. Alguns historiadores diferenciam 
as bandeiras (expedições de iniciativas 
particulares) das entradas (patrocinadas pelacoroa ou pelos governadores), mas esses dois 
tipos de expedição tinham muitas vezes os 
mesmos membros e objetivos: procurar riquezas 
no interior do continente, capturar escravos 
fugidos e indígenas para serem escravizados. 
Os participantes dessas expedições eram 
chamados de Bandeirantes, e suas excursões 
aumentaram o domínio português, passando 
até mesmo da linha do Tratado de Tordesilhas. 
Foram os bandeirantes que encontraram ouro 
em Minas Gerais!
Oscar Pereira da Silva. Combate de milicianos de Mogi das Cruzes com botocudos, óleo sobre tela, 100x150cm, 
1920 (Acervo do Museu Paulista da USP, São Paulo).
“Os Bandeirantes” (óleo sobre tela de Henrique Bernardelli)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
26 @dedaaladim
O bandeirante mais famoso foi Domingos Jorge 
Velho, conhecido pela sua violência e por ter 
matado Zumbi dos Palmares.
Tão importante quanto entender os bandeirantes 
é entender suas REPRESENTAÇÕES: É indiscutível 
que eles foram importantes, expandiram as 
fronteiras, fizeram descobertas e tinham uma 
organização social menos hierárquica (mas não 
havia democracia racial!), mas a imagem dos 
bandeirantes foi IDEALIZADA e HEROICIZADA.
Pintura de Benedito Calixto, 1903.
Monumento às Bandeiras, no Parque 
do Ibirapuera, em São Paulo, Brasil.
MONTEIRO, John Manuel. Negros da Terra: índios e 
bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1994. p. 13. (Adaptado).
Grupo de pessoas ateou fogo à estátua 
de Borba Gato, na Zona Sul de SP . 
Foto: Reprodução/ TV Globo
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
27 @dedaaladim
Aula 7
CICLO DO OURO 
E INCONFIDÊNCIAS
Diferente do açúcar, podemos usar a palavra 
“ciclo” com o ouro, pois ele teve início, auge, 
declínio e fim!
Quando chegaram ao Brasil, os europeus 
procuravam ouro e prata, mas os bandeirantes 
só foram encontrar esse tipo de riqueza quase 
200 anos depois, em 1693, o que foi muito 
conveniente, pois Portugal passava por vários 
problemas econômicos.
PROBLEMAS ECONÔMICOS DE PORTUGAL:
• Guerra com Espanha (fim da União Ibérica).
• Conflitos com a Holanda em que teve 
que pagar indenizações.
• Concorrência com o açúcar da América Central.
• Dependência econômica com a Inglaterra.
Mineradores, 1835. Johann Moritz Rugendas. Litografia.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
28 @dedaaladim
O ouro da colônia passava a representar em 
Portugal uma nova esperança de trabalho e 
enriquecimento, e muitas pessoas começaram 
a deixar o país. O fluxo emigratório deixando 
Portugal era tão grande que, em 1720, dom 
João V criou uma lei para controlar a situação. 
De 300 mil habitantes estimados em 1690, a 
colônia passara a cerca de 3 MILHÕES no final 
do século XVIII. 
GUERRA DOS EMBOABAS (1707-09): os 
bandeirantes paulistas descobriram o ouro e 
solicitaram o monopólio da sua exploração, 
mas não foram atendidos. Eles chamavam os 
portugueses de “emboabas” (estrangeiros) e 
houve conflito armado entre eles por dois anos. 
Mesmo os paulistas perdendo, pouco tempo 
depois foram formalmente perdoados pois a 
coroa sabia que só eles conseguiam encontrar 
as jazidas minerais. 
RESULTADOS DA GUERRA
• Separação de SP e RJ e criação de MG.
• Elevação da Vila de São Paulo à cidade.
• Criação de vários órgãos para melhorar 
a arrecadação de impostos e diminuir a 
pirataria, que acontecia muito no início.
Pintura representando a Guerra dos Emboabas. 
Autor desconhecido, século XVIII, Bahia.
FORMAS DE TAXAÇÃO 
E ADMINISTRAÇÃO AURÍFERA
• Casas de fundição: locais onde as pessoas iam para 
derreter (fundir) o ouro, pois Portugal definiu que 
o ouro só podia sair de Minas em forma de barra, 
e para isso ele precisava ser fundido. Nas casas de 
fundição era cobrado O QUINTO, imposto de 20% 
(um quinto) do ouro que ia para Portugal.
• Capitação (substitui o quinto): ao invés de pagar 
imposto pelo ouro, passa-se a cobrar um imposto 
fixo por escravo usado na extração do ouro. É 
importante lembrar que os escravizados tinham 
expectativa de vida baixíssima e sofriam muito na 
mineração. Há estimativas de que a vida útil de um 
escravo minerador não passava de sete a doze anos, 
e os negros eram mais da metade da população 
em Minas. Muitos escravizados usavam até mesmo 
mordaças para não esconder ouro na boca e tentar 
comprar sua alforria.
• Datas: para diminuir as brigas por terras, os lotes de 
terras minerais passaram a ser divididos por sorteio. 
Quem tivesse mais escravos ganhava mais (mas 
sempre com limites, e quem descobria a jazida podia 
escolher duas datas sem sorteio.
• Derrama: a coroa tinha uma quantidade determinada 
de ouro que precisava arrecadar, mas era uma 
enorme meta que nunca era cumprida, gerando 
uma dívida da província para a metrópole. Quando 
a dívida chegava em certo patamar, a coroa tinha a 
autorização de fazer a taxação compulsória desse 
ouro, tomando a força o que as pessoas tinham! Por 
isso o medo da derrama.
• Fiscalização da estrada real, para evitar o contrabando.
Barra de ouro fundida com marcação de número, 
ano e dados da casa de fundição
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
29 @dedaaladim
Mappa de Villa Rica ; Manoel Ribro. Guim. fez. 1785?
DECLÍNIO DO OURO
O ciclo do ouro teve seu auge entre 1733 e 
1748 e um posterior declínio. As riquezas não 
deixaram de existir, mas a extração do ouro se 
tornou cada vez mais difícil e menos atrativa 
economicamente. A decadência foi visível, 
com várias cidades que eram centros urbanos 
importantes sendo abandonadas, como a antiga 
capital de Minas Gerais (Ouro Preto/Vila Rica) 
que teve sua população reduzida em mais de 50%. 
A província de Minas Gerais não declinou 
como um todo, afinal também havia pecuária 
e produção agrícola. Ela também vai ser 
importante politicamente pelo resto da história 
do Brasil.
SEDIÇÃO DE VILA RICA ou REVOLTA 
DE FELIPE DOS SANTOS (1720)
• Levante em oposição à exigência da fundição 
do ouro pela Coroa portuguesa. 
• A revolta foi liderada por Filipe dos Santos, 
que tentou diminuir o quinto do ouro e 
combater o monopólio de vários produtos que 
eram consumidos na região.
• A rebelião foi reprimida violentamente. 
Filipe foi condenado à morte e as Casas 
de Fundição continuaram.
Julgamento de Filipe dos Santos Óleo de 
Antônio Parreiras. 1720, Vila Rica (atual 
Ouro Preto). Pintura em 1923.
Extrato do mapa de 1766, feito por Cláudio Manuel da 
Costa, mostrando Vila Rica e seus arredores, palco dos 
acontecimentos da Revolta.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
30 @dedaaladim
INCONFIDÊNCIA MINEIRA 
(1789)
Por volta de 1788, começa o boato que haveria 
uma derrama e todos iriam à falência. Os 
homens mais ricos da colônia moravam em Vila 
Rica (hoje Ouro Preto), assim como uma elite 
intelectual, clérigos e militares, e, descontentes, 
que começaram a se reunir para conspirar uma 
independência para o estado de Minas Gerais. 
Eles até mesmo fizeram uma bandeira para 
seu futuro país, e pensavam em uma república 
inspirada no iluminismo com a manutenção da 
escravidão. 
No final das contas, a possibilidade da derrama 
foi desmentida, tirando o principal motivo para 
a revolta, mas o movimento foi TRAÍDO por 
Joaquim Silvério dos Reis, que denunciou a 
inconfidência para ter sua dívida com a coroa 
perdoada. Os rebeldes foram acusados de 
“inconfidência” - falta de fidelidade ao rei. 
Mas, diferente de outros movimentos, a 
inconfidênciamineira foi feita pela elite, e isso 
interferiu no julgamento. As penas de morte 
foram alteradas, mas uma pessoa foi pega de 
exemplo pela coroa: o humilde dentista e militar 
Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como 
Tiradentes. E a pena de morte dele de fato 
serviu como demonstração pública, pois ele 
foi enforcado, seu corpo foi esquartejado, os 
pedaços do corpo foram pendurados ao longo 
da estrada real, e a cabeça dele presa num poste 
no centro de Vila Rica para todos verem. 
A inconfidência aconteceu em 1789, o mesmo 
ano da revolução francesa, já a execução de 
Tiradentes foi dia 21 de abril de 1792. Quase 
um século depois, sua imagem foi recuperada 
pelos militares que proclamaram a república 
como um herói nacional. Afinal, assim como eles, 
Tiradentes era militar e republicano. Ele passa 
a ser amplamente retratado de forma martírica, 
com traços semelhantes aos de Jesus.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, vestido com 
o informe de alferes. Obra de Wasth Rodrigues. 1940
Tiradentes esquartejado. Pedro Américo. 1893
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
31 @dedaaladim
CONJURAÇÃO BAIANA ou 
CONJURAÇÃO DOS ALFAIATES 
(1798)
A Conjuração dos Alfaiates foi um movimento 
organizado na Bahia em 1798, por pessoas de 
classe social oposta à inconfidência mineira: 
mulatos e negros livres ou libertos, ligados às 
profissões urbanas como artesãos, alfaiates 
ou soldados, e alguns escravos. Entre eles 
destacavam-se vários alfaiates, vindo daí o 
nome do movimento. 
A revolta teve grande influência de ideias 
iluministas e de movimentos como a 
independência dos Estados Unidos e do Haiti, 
além da própria inconfidência mineira.
A população baiana estava muito insatisfeita 
desde que Salvador deixou de ser capital do 
Brasil. Com menos atenção e recursos vieram 
dificuldades administrativas, e havia pouco 
alimento e altos impostos para a população, 
causando revolta.
Os objetivos da conjuração baiana eram:
• Abolição da Escravatura.
• Proclamação da República.
• Diminuição dos Impostos.
• Abertura dos Portos (especialmente 
para comercializar com a França).
• Fim do Preconceito.
• Aumento Salarial.
A Coroa descobriu que algo estava por vir 
quando alguns membros distribuíram panfletos 
pela cidade falando sobre liberdade e avisando 
que um novo tempo estava chegando. A coroa 
agiu com uma violência brutal, e mataram tanta 
gente que a cidade foi atacada por urubus que 
vieram atrás dos corpos em decomposição no 
calor de Salvador. 
IMPORTANTE: perceba a diferença com a qual 
a Coroa lidou com dois movimentos separatistas 
na mesma época por conta de quem eram os 
rebeldes. Quando a elite fez a inconfidência 
mineira houve misericórdia, mas quando as 
pessoas simples fizeram a conjuração baiana 
houve massacre.
Enforcamento, em novembro de 
1799, dos conjurados Lucas Dantas, 
Manuel faustino, João de Deus e 
Luís Gonzaga, no Largo da Piedade 
(Ilustração de Rodval Matias)
Os quatro líderes da Conjuração Baiana condenados 
à morte em 1799. (Imagem: Revista Caros Amigos)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
33 @dedaaladim
[O rei D. João III] ordenou que se povoasse esta província, repartindo as terras por pessoas que se lhe 
ofereceram para as povoarem e conquistarem à custa de sua fazenda, e dando acada um 50 léguas por 
costa com todo o seu sertão [...]; são sismeiros das suas terras, e as repartem pelos moradores como 
querem, todavia movendo-se depois alguma dúvida sobre as datas, não são eles os juízes delas, senão 
o provedor da fazenda, nem os que as recebem de sesmaria têm obrigação de pagar mais que dízimo a 
Deus dos frutos que colhem [...]. 
(Frei Vicente do Salvador. História do Brasil (1500-1627). In: www.dominiopublico.gov.br.)
O excerto, do século XVII, caracteriza a:
a) definição de rigoroso sistema tributário voltado aos interesses da Coroa portuguesa.
b) autorização para a instalação de sesmarias destinadas exclusivamente 
ao cultivo de algodão e tabaco.
c) constituição de um regime fundiário apoiado na pequena propriedade rural.
d) atribuição de poder político, econômico e jurídico aos senhores de engenho.
e) criação das capitanias hereditárias e a atribuição de direitos aos donatários.
Texto I
Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”,ou 
“gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, masas 
referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos“negro 
da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.
SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de umpovo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem 
Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). SãoPaulo: Senac, 2000 (adaptado).
Texto II
Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus.
Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o 
outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões 
terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás 
e os astecas.
SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.
1 - (UNESP 2022)
2 - (Enem 2016)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
34 @dedaaladim
De ponta a ponta, é tudo praia-palma, muito chã e muito formosa. Pelo sertão nos pareceu, 
vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com 
arvoredos, que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, 
nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de 
muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar 
esta gente.
Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: 
Contexto, 2001.
A carta de Pero Vaz de Caminha permite entender o projeto colonizador para a nova terra. 
Nesse trecho, o relato enfatiza o seguinte objetivo:
a) Valorizar a catequese a ser realizada sobre os povos nativos.
b) Descrever a cultura local para enaltecer a prosperidade portuguesa.
c) Transmitir o conhecimento dos indígenas sobre o potencial econômico existente.
d) Realçar a pobreza dos habitantes nativos para demarcar a superioridade europeia.
e) Criticar o modo de vida dos povos autóctones para evidenciar a ausência de trabalho.
Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, 
durante o período analisado, são reveladoras da:
a) concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.
b) percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.
c) compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.
d) transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval.
e) visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.
2 - (Enem 2013)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
35 @dedaaladim
Observe as imagens abaixo:
Considerando seu conhecimento sobre os dois movimentos a que se referem as imagens, 
é CORRETO afirmar que:
a) A composição social dos dois movimentos era diferente e, por isso, os dois defendiam 
o fim da desigualdade de classe e raça.
b) Os líderes dos dois movimentos se mantinham afastados do povo, evitando a 
participação dos pobres, escravose sendo contrários à escravidão.
c) Os negros e ex-escravos mantinham-se na liderança dos dois movimentos, 
defendendo o fim do pacto colonial e a independência do Brasil.
d) A presença dos negros nos dois movimentos foi decisiva para o projeto de resistência 
social e luta armada contra Portugal e a burguesia brasileira.
e) A diferença social entre os dois movimentos foi fundamental para os dois projetos, que 
se distinguiam, sobretudo, no que se refere à defesa do fim da escravidão.
4 - (UFJF 2020)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
36 @dedaaladim
De 1500 a 1530, os portugueses não desenvolveram um grande projeto de colonização para a 
sua colônia na América (Brasil). Nesse período, ocorreram as expedições de reconhecimento 
e as expedições guarda-costas. A economia, nesse período,
a) deteve-se ao cultivo de café na região do Vale do rio Paraíba.
b) limitou-se ao cultivo de cana-de-açúcar no nordeste com o trabalho escravo.
c) dedicou-se à extração de metais preciosos, sobretudo prata, nas Gerais.
d) baseou-se na extração do pau-brasil através do escambo com os nativos.
Nem existia Brasil no começo dessa história. Existiam o Peru e o México, no contexto pré-
colombiano, mas Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, Canadá, não. No que seria o Brasil, 
havia gente no Norte, no Rio, depois no Sul, mas toda essa gente tinha pouca relação entre 
si até meados do século XVIII. E há aí a questão da navegação marítima, torna-se importante 
aprender bem história marítima, que é ligada à geografia. [...] Essa compreensão me deu muita 
liberdade para ver as relações que Rio, Pernambuco e Bahia tinham com Luanda. Depois a 
Bahia tem muito mais relação com o antigo Daomé, hoje Benin, na Costa da Mina. Isso 
formava um todo, muito mais do que 
o Brasil ou a América portuguesa. 
[...] Nunca os missionários entraram 
na briga para saber se o africano 
havia sido ilegalmente escravizado 
ou não, mas a escravidão indígena foi 
embargada pelos missionários desde 
o começo, e isso também é um pouco 
interesse dos negreiros, ou seja, que 
a escravidão africana predomine. [...] 
A escravização tem dois processos: o 
primeiro é a despersonalização, e o 
segundo é a dessocialização.
5 - (G1 - IFSUL)
6 - (Unesp)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
37 @dedaaladim
O texto estabelece a formação do Brasil a partir da navegação marítima, o que implica 
reconhecer a importância:
 a) da imposição de uma lógica global de comércio e da dissolução das fronteiras entre os 
territórios colonizados na América.
b) do domínio colonial de Portugal sobre o litoral africano e da intermediação espanhola 
no tráfico escravagista.
c) do controle das rotas marítimas por navegadores italianos e da conformação do 
conceito geográfico de Ocidente.
d) da constituição do espaço geográfico do Atlântico Sul e da relação estabelecida entre 
os continentes americano e africano.
e) do surgimento do tráfico de africanos escravizados e das relações comerciais do Brasil 
com a América espanhola.
A resistência dos negros à escravidão já se manifestava na própria África. Em Angola, por 
exemplo, milhares de negros reuniram-se em acampamentos fortificados denominados 
kilombos, de onde partiam, armados, para tentar destruir as tribos que forneciam escravos 
para os europeus.
FARIA, R.; MIRANDA, M.; CAMPOS, H. Estudos de História, 1. São Paulo: FTD, 2009, p. 286.
Na História dos Negros no Brasil, além da permanente “resistência surda” através de 
assassinatos de senhores, fugas, suicídios e infanticídios, houve ativa e expressiva 
participação política de líderes e revoltosos negros em movimentos, como a:
a) revolta de Beckman no Maranhão, no século XVII e a guerra dos Emboabas, na região 
das Minas, no século XVIII.
b) guerra dos Mascates em Pernambuco e a revolta de Felipe dos Santos em Vila Rica, 
ambas no século XVIII.
c) Inconfidência Mineira, no século XVIII, e a Revolução Pernambucana, no século XIX.
d) Conjuração Baiana, no século XVIII, e a Revolta dos Malês na Bahia, no século XIX.
e) Guerra dos Farrapos, no sul do Brasil, e a Revolta “Sabinada” na Bahia, ambas no 
século XIX.
7 - (UFSM)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
38 @dedaaladim
Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos 
para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, 
algodão, e em seguida café, para o comércio europeu.
Caio Prado Jr. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 29.
Sobre o sentido da colonização do Brasil, é correto afirmar:
a) Permitiu o desenvolvimento de um extenso parque industrial.
b) Caracterizou-se pela forte presença da mão de obra assalariada.
c) Esteve voltado, principalmente, para o mercado externo.
d) Baseou-se na produção de manufaturas têxteis ou alimentares.
e) Garantiu a expansão da pequena propriedade agrícola.
Chegança 
Sou Pataxó, 
Sou Xavante e Carriri, 
Ianomâmi, sou Tupi 
Guarani, sou Carajá. 
Sou Pancaruru, 
Carijó, Tupinajé, 
Sou Potiguar, sou Caeté, 
Ful-ni-ô, Tupinambá. 
Eu atraquei num porto muito seguro, 
Céu azul, paz e ar puro... 
Botei as pernas pro ar. 
Logo sonhei que estava no paraíso, 
Onde nem era preciso dormir para sonhar. 
8 - (FUVEST 2022)
9 - (ENEM PPL)
Mas de repente me acordei com 
a surpresa: 
Uma esquadra portuguesa veio na praia 
atracar. 
Da grande-nau, 
Um branco de barba escura, 
Vestindo uma armadura me apontou 
pra me pegar. 
E assustado dei um pulo da rede, 
Pressenti a fome, a sede, 
Eu pensei: “vão me acabar”. 
Levantei-me de Borduna já na mão. 
Aí, senti no coração, 
O Brasil vai começar.
NÓBREGA. A.; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o 
mundo, 1998.
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
39 @dedaaladim
A letra da canção apresenta um tema recorrente na história da colonização brasileira, as 
relações de poder entre portugueses e povos nativos, e representa uma crítica à ideia 
presente no chamado mito:
a) da democracia racial, originado das relações cordiais estabelecidas entre portugueses e 
nativos no período anterior ao início da colonização brasileira.
b) da cordialidade brasileira, advinda da forma como os povos nativos se associaram 
economicamente aos portugueses, participando dos negócios coloniais açucareiros.
c) do brasileiro receptivo, oriundo da facilidade com que os nativos brasileiros aceitaram 
as regras impostas pelo colonizador, o que garantiu o sucesso da colonização.
d) da natural miscigenação, resultante da forma como a metrópole incentivou a união 
entre colonos, ex escravas e nativas para acelerar o povoamento.
e) do encontro, que identifica a colonização portuguesa como pacífica em função das 
relações de troca estabelecidas nos primeiros contatos entre portugueses e nativos.
Tão bem há muito pau-brasil nestas Capitanias de que os mesmos moradores alcançam 
grande proveito: o qual pau se mostra claro ser produzido da quentura do Sol, e criado 
com a influência de seus raios, porque não se acha senão debaixo da tórrida Zona, e assim 
quando mais perto está da linha Equinocial, tanto é mais fino e de melhor tinta; e esta é a 
causa porque o não há na Capitania de São Vicente nem daí para o Sul.
GÂNDAVO, P. M. Tratado da Terra do Brasil: História da Província Santa Cruz. Belo Horizonte: ltatiaia, 1980 (adaptado).
O registro efetuado pelo cronista nesse texto harmoniza-se com a seguinte iniciativa do 
período inicial da colonização portuguesa:
a) Introdução da lavoura monocultora para efetivar a ocupação do territórioamericano.
b) Implantação de feitorias litorâneas para garantir a extração de recursos naturais.
c) Regulamentação do direito de posse para enfrentar os interesses espanhóis.
d) Substituição da escravidão indígena para apoiar a rede do comércio europeu.
e) Restrição da atividade missionária para sufocar a penetração protestante.
10 - (ENEM PPL 2021)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
40 @dedaaladim
Observe o afresco de Cândido Portinari, pintado em 1938 para compor o mural 
do Ministério da Educação no Rio de Janeiro sobre os ciclos econômicos do Brasil.
Colheita de Cana. Candido Portinari, 1938.
No Brasil colonial, um fator essencial para a organização da atividade econômica 
representada no afresco foi:
a) a divisão dos engenhos de açúcar em datas, que eram lotes de terra de tamanhos 
variáveis, distribuídos de acordo com o número de escravos e de trabalhadores livres 
de cada senhor de engenho.
b) a instituição do regime de porto único, em que se reservou ao porto de Recife o 
privilégio exclusivo de exportar o açúcar para a metrópole e importar produtos 
manufaturados da Europa.
c) a participação financeira dos holandeses, já que a produção de açúcar exigia grande 
número de escravos, instalações de alto custo e mão de obra especializada.
d) a implantação do estanco, que consistia em um monopólio do cultivo da cana e da 
produção do açúcar, autorizado pelo rei de Portugal.
e) a criação do colonato, regime de trabalho em que o empregado do engenho era pago, 
em parte, por tarefa executada e, em parte, pela colheita anual.
11 - (FMJ 2020)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
41 @dedaaladim
Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para 
essa cidade vários ciganos – homens, mulheres e crianças – devido ao seu escandaloso 
procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios destinados a esse 
porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê 
que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita língua a 
seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça.
TEIXEIRA, R. C. História dos ciganos no Brasil. Recife: Núcleo de Estudos Ciganos, 2008.
A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, 
apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em:
a) converter grupos infiéis à religião oficial.
b) suprimir formas divergentes de interação social.
c) evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
d) reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
e) controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.
“Derrama” e “Capitação” eram denominações de
a) naus portuguesas comandadas por Cristóvão Jacques durante a Segunda Expedição 
Guarda-costas enviada ao litoral brasileiro em 1516.
b) sistemas de trabalho impostos aos indígenas, no Brasil, similares aos sistemas 
conhecidos como Encomienda e Mita praticados nas colônias hispânicas.
c) tributos aplicados pela coroa portuguesa sobre a atividade mineradora realizada 
no Brasil durante o período colonial.
d) crimes cometidos contra a coroa portuguesa que resultavam, respectivamente, 
na perda total dos bens ou na execução do condenado.
12 - (ENEM)
13 - (UECE 2022)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
42 @dedaaladim
Em Minas Gerais, Pernambuco e outras partes do Brasil, as pessoas de origem mista, e até 
pessoas brancas casadas com elas, eram excluídas do governo municipal, das irmandades 
leigas, do clero, de certos comércios e profissões. A eleição de um certo homem para a 
Câmara de Cachoeira, na Bahia, foi contestada em 1748 porque “ele era um homem cuja 
qualidade de sangue ainda era desconhecida”, e isso a despeito do fato de que tinha diploma 
universitário.
SCHWARTZ, S. Gente da terra braziliense da nação. lii: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta:a experiência brasileira 
(1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).
Depreende-se do texto que a configuração política da América portuguesa setecentista 
era marcada pelo(a):
a) soberania da Igreja na solução de conflitos.
b) restrição da participação nas instituições locais.
c) investimento em educação nos núcleos urbanos.
d) crescimento da liberalidade na distribuição de alforrias.
e) interdição de associações no mundo dos negócios.
Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do século XIV, o tráfico lusitano se 
desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, 
o negócio se apresenta como uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda 
escravista de outras regiões europeias. Por fim, os africanos são usados para consolidar a 
produção ultramarina.
ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).
A atividade econômica destacada no texto é um dos elementos do processo que levou o 
reino português a:
a) utilizar o clero jesuíta para garantir a manutenção da emancipação indígena.
b) dinamizar o setor fabril para absorver os lucros dos investimentos senhoriais.
c) aceitar a tutela papal para reivindicar a exclusividade das rotas transoceânicas.
d) fortalecer os estabelecimentos bancários para financiar a expansão 
da exploração mineradora.
e) implementar a agromanufatura açucareira para viabilizar a continuidade 
da empreitada colonial.
14 - (ENEM PPL)
15 - (ENEM PPL 2020)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
43 @dedaaladim
Alguns escravos morreram em consequência da violência essencial à sua captura na África, 
muitos outros nas jornadas entre os lugares que habitavam no interior e os portos dos 
oceanos Atlântico e Índico, ou enquanto aguardavam o embarque, muito mais ainda no 
mar, outros nos mercados de escravos brasileiros, e mais ainda durante o processo de 
ajustamento físico e mental ao sistema escravista no Brasil.
CONRAD, R. E. Tumbeiros: o tráfico de escravos para o Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1985.
As formas de violência relacionadas ao tráfico negreiro no Brasil colonial destacadas no 
texto derivam da:
a) intensificação do expansionismo ultramarino.
b) exploração das atividades indígenas.
c) supressão da catequese jesuítica.
d) extinção dos contratos comerciais.
e) contração da economia ibérica.
O trecho acima da canção Notícias do Brasil, de Milton Nascimento e Fernando Brandt, 
composta em 1981, reivindica a valorização da natureza, da paisagem e da cultura do 
interior do Brasil. Sobre o processo de desbravamento e exploração do interior do Brasil no 
período colonial, assinale a alternativa incorreta:
a) A busca pelas chamadas “drogas do sertão” estimulou a exploração da região amazônica.
b) A produção de gado no interior não representou uma atividade econômica importante no 
período colonial.
c) A descoberta das Minas Gerais nas décadas de 1680 e 1690 promoveu a ocupação mais 
sistemática do interior do centro-sul.
d) Os bandeirantes paulistas desbravavam o interior em busca de indígenas que seriam 
comercializados como escravos.
16 - (ENEM PPL)
17 - (G1 - CFTRJ 2019)
Notícias do Brasil (Os Pássaros Trazem) (...) 
A novidade é que o Brasil não é só litoral! 
É muito mais, é muito mais que qualquer 
zona sul. 
Tem gente boa espalhada por esse Brasil, 
que vai fazer desse lugar um bom país! 
Uma notícia está chegando lá do interior. 
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão. 
Ficar de frente para o mar, de costas para o Brasil, 
não fazer desse lugar um bom país! 
(Milton Nascimento e Fernando Brant)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.comhttps://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
44 @dedaaladim
Em 1580, o rei de Portugal morreu sem deixar herdeiros diretos e, na disputa pelo trono que 
se seguiu, saiu-se vencedor Filipe II, então rei da Espanha. Com isso, teve início o período 
conhecido como “União Ibérica”, que se estendeu por 60 anos e no qual, dentre outras 
consequências, os inimigos da Espanha passaram a ser, também, de Portugal. A respeito 
desse período, é correto afirmar que:
a) Portugal manteve certa autonomia na gestão de suas colônias, inclusive no tocante às 
relações comerciais que já possuía.
b) a ocupação territorial pelos colonos portugueses foi temporariamente freada, em função 
da ocupação holandesa do Nordeste brasileiro, quando os esforços foram concentrados 
em recuperar a área invadida.
c) durante um certo período os holandeses assumiram o controle do tráfico negreiro no 
Atlântico Sul, mas isso não modificou o fluxo de escravos africanos para o Brasil, pois, 
dada a elevada lucratividade do negócio, seguiram suprindo a demanda por escravos em 
toda a colônia.
d) foram enviados ao Brasil visitadores do Tribunal do Santo Ofício, com a missão de apurar 
o que essas autoridades consideravam “desvios”, como as chamadas práticas judaizantes 
(relacionadas aos costumes da religião judaica).
e) a Insurreição Pernambucana foi marcada por duas vitórias surpreendentes sobre os 
holandeses, nas Batalhas de Guararapes (1648 e 1649). Com a vitória brasileira na 
Segunda Batalha de Guararapes, os batavos deixaram o Brasil.
Associe as revoltas coloniais (coluna A) às suas características essenciais (coluna B).
Coluna A
1. Revolta dos Beckman
2. Guerra dos Emboabas
3. Guerra dos Mascates
4. Revolta de Vila Rica
5. Inconfidência Mineira
18 - (ESPCEX (AMAN) 2022)
19 - (PUCRS)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
45 @dedaaladim
Coluna B
( ) Transcorrido em Pernambuco, entre 1709 e 1710, o movimento caracterizou-se pela 
 oposição entre os comerciantes de Recife contra os senhores de engenho de Olinda, 
 tendo como base a tentativa dos mercadores recifenses em conseguir maior 
 autonomia política e cobrar as dívidas dos produtores de açúcar olindenses.
( ) Deflagrada no Maranhão, em 1684, a revolta teve como base o descontentamento 
 com a proibição da escravidão indígena, decretada pela Coroa Portuguesa, a pedido 
 da Companhia de Jesus, medida que prejudicou a extração das “drogas do sertão” 
 pelos colonos europeus.
( ) Ocorrido em Minas Gerais, em 1720, sob a liderança de Filipe dos Santos, o levante 
 teve como causa a oposição ao sistema de taxação da Coroa Portuguesa, que resolveu 
 estabelecer 4 Casas de Fundição na região mineradora, como forma de cobrar o quinto 
 (imposto de vinte por cento) sobre o ouro.
( ) Sucedido em Minas Gerais, no ano de 1708, o conflito opôs os paulistas 
 (bandeirantes), primeiros aventureiros a descobrir e ocupar a zona da mineração, 
 contra os “forasteiros”, os seja, os grupos que chegaram depois na região, originários 
 do reino ou de outras capitanias.
A numeração correta na coluna B, de cima para baixo, é:
a) 3 – 1 – 4 – 2
b) 1 – 2 – 3 – 5
c) 3 – 4 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 4 – 5
e) 3 – 4 – 5 – 2
Os antigos vicentinos, já chamados “paulistas”, tinham sido os descobridores do ouro nos 
anos finais do século XVII. Mas sua posse nas áreas de mineração entrara em choque 
com os forasteiros. Perdido o quinhão mineiro, os paulistas iam para fora de seu território 
buscar o “remédio de sua vida”. Passaram a dedicar-se com mais afinco ao abastecimento 
da zona mineira, com seus escassos produtos agrícolas, e prioritariamente às tropas 
(comércio de muares que iam buscar no sul) e às monções (comércio fluvial para Cuiabá). 
(Heloísa Liberalli Bellotto. “Razões de Estado: a extinção e os primórdios da restauração da capitania de São Paulo”. In: 
História do estado de São Paulo: a formação da unidade paulista, vol. 1, 2010. Adaptado.)
20 - (FMJ 2021)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
46 @dedaaladim
O excerto refere-se à primeira metade do século XVIII e à:
a) projeção do planalto paulista como principal polo dinâmico da economia colonial.
b) aplicação de capitais industriais nas empresas mineradoras de grande porte.
c) constituição de governos independentes nas cidades mineiras do interior do país.
d) diversificação econômica decorrente da mineração de metais preciosos.
e) desarticulação da economia agroexportadora devido à mineração de ouro.
Ocorridos entre os meados do século XVII até as primeiras décadas do século XVIII, os 
movimentos nativistas apresentam-se como os primeiros sinais de uma crise do sistema 
colonial. Sobre esses movimentos, é correto afirmar que:
a) tinham como principal objetivo a separação política entre colônia e metrópole, com a 
autonomia administrativa e a formação de novas nações livres nas regiões onde ocorriam.
b) em Minas Gerais, com a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Felipe dos Santos, no 
Maranhão, com a Revolta dos Beckman, e em Pernambuco, com a Insurreição Pernambucana 
e a Guerra dos Mascates, aparecem as divergências entre os interesses dos colonos e os da 
metrópole.
c) ocorreram somente em locais que vivenciavam crises econômicas, como o Rio Grande do 
Sul (Farroupilha 1835-1845) e Pernambuco (Revolução Pernambucana de 1817).
d) somente a Confederação do Equador, ocorrida no nordeste brasileiro, pode ser tomada 
como um legítimo movimento nativista, uma vez que não pretendia a separação política em 
relação a Portugal, mas, somente, maior autonomia administrativa.
Leia atentamente o seguinte excerto:
“O papel de herói da Inconfidência Mineira cabe ainda a Tiradentes porque ele foi o 
inconfidente que recebeu a pena maior: a morte na forca, uma vez que o próprio réu, durante a 
devassa, assumiu para si toda a culpa. Sabe-se, no entanto, que sua morte se deve também 
em grande parte à acusação dos demais inconfidentes, bem como a sua condição social: 
pertencente à camada média da sociedade mineira, sem importantes ligações de família, 
sem ilustração nem boas maneiras”.
Cândida Vilares Gancho & Vera Vilhena de Toledo. Inconfidência Mineira. São Paulo, Editora 
Ática, Série Princípios,1991. p.45.
Sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida em Vila Rica no período da mineração aurífera, é 
correto afirmar que:
21 - (UECE)
21 - (UECE)
Licensed to Loriane Bulhak - bulhakloriane@gmail.com
https://www.instagram.com/dedaaladim
https://www.tiktok.com/@dedaaladim
https://www.youtube.com/@deboraaladim
47 @dedaaladim
a) representou o exemplo de revolta popular contra a dominação colonial portuguesa 
no Brasil, uma vez que, oriunda das camadas mais humildes de Minas Gerais, inclusive 
escravos, chegou a contagiar indivíduos pertencentes às mais altas posições sociais.
b) foi uma representação dos interesses de grupos da elite local, intelectuais, religiosos, 
militares e fazendeiros, em livrarem-se do controle e dos impostos cobrados pela coroa 
portuguesa na região, mas não havia consenso em relação à libertação dos escravos.
c) marcou o início do processo de independência do Brasil, baseado na luta armada do povo 
contra as forças leais a Portugal, e em defesa dos ideais liberais e republicanos, como o fim 
da escravidão, direito ao voto universal masculino e governo presidencialista.
d) apesar de bem sucedida, com a proclamação da independência de Minas Gerais, teve 
pouco impacto na história do Brasil, uma vez que seus objetivos extremamente populares 
não foram bem aceitos pelas elites econômicas de outras regiões da colônia.
Na América Portuguesa do século XVI, a política europeia para os indígenas pressupunha 
também a existência de uma política

Mais conteúdos dessa disciplina