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Direito Empresarial I

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Evolução do Direito Empresarial
 1ª Fase (séculos XII a XVI)
Conceito subjetivo de comércio 
O Direito comercial como direito de uma classe: a dos comerciantes. Trata-se de direito criado, dirigido e aplicado pelos profissionais comerciantes. 
Relevância das corporações de ofícios e do Cônsul na criação, formação e aplicação do Direito Comercial. Segundo Fran Martins, nesta fase, se tem um Direito de amparo aos comerciantes.
As corporações de ofícios eram associações de comerciantes de mesmo ramo de atividade comercial dotadas de patrimônio próprio constituído pelas contribuições dos associados e de taxas extraordinárias arrecadas.
Os Cônsules dos comerciantes (cônsules mercatorum) eram os “magistrados” eleitos pelas assembleias dos comerciantes de cada corporação de ofício. Os cônsules dos comerciantes tinham por função defender a honra e a dignidade das corporações de ofício a que pertenciam, bem como, observar e fazer serem cumpridos estatutos, administrar o patrimônio da corporação de ofício a que pertenciam. Além disso, como juízes os cônsules decidiam os conflitos entre os comerciantes associados da corporação.
 O comércio nesta época era, sobretudo, desenvolvido em feiras internacionais. Destacam-se as feiras de: Champagne, Genebra, Paris, Toulouse, Genova, Veneza, dentre outras. Nesta época surge a primeira bolsa de mercadorias: Bolsa de Amsterdã. 
Surgem as companhias de seguro.
Em Portugal surgem as sociedades de capital e indústria (1578).
Na Inglaterra surge a sociedade anônima (1553).
Tomada de Constantinopla (1453). Expulsão da Europa dos turcos-otomanos.
Renascimento comercial. Comércio marítimo pelo Mediterrâneo. Formação dos Estados nacionais. Primazia de Portugal e da Espanha. Caminho das Índias via Atlântico. Descoberta do continente americano. 
Cidades italianas importantes para o desenvolvimento do comércio marítimo: Veneza, Florença, Gênova e Amalfi.
2ª Segunda fase (séculos XVII e XVIII)
Mercantilismo e colonização.
Surgem as primeiras codificações estatais regulando o comércio: Navigation Act, de Cromwell, em 1651, Ordennance sur le Commerce de Mer, em 1681, no reinado de Luís XIV) e de direito terrestre (Ordennance sur le commerce de Terre, de 1673).
Destaque para a Companhia das Índias Ocidentais e Companhia das Índias Orientais. As primeiras grandes sociedades anônimas.
Lei da Boa Razão (1769). Práticas adotadas pelas nações cristãs subsidiando as relações comerciais.
No Brasil o comércio era regulado pelas Ordenações Portuguesas (Ordenações Filipinas vigentes a partir de 1603). Influência do Direito Canônico e do Direito Romano. 
Nesta fase as sociedades comerciais para sua criação em regra dependiam de outorga real para serem constituídas.
3ª Fase (século XIX)
Teoria dos atos de comércio.
Conceito objetivo de comércio.
Código de Comércio de 1807 promulgado por Napoleão. Código Comercial espanhol (1829) e Código Comercial Português (1833).
Afasta a ideia de que o Direito comercial é um direito dos comerciantes. Conceito objetivo de comerciante. Direito dos atos de comércio regulado pelo Estado.
Crítica: falta de rigor científico a diferenciar atos civis e de atos comerciais.
O ato de comércio passa a ser o elemento central da atividade mercantil.
A condição de comerciante deixa de exigir a matrícula em uma corporação de ofício.
Marcos importantes no Brasil para o desenvolvimento do Direito Comercial.
- Vinda de Dom João VI para o Brasil (1808);
- Lei de abertura dos Portos (1808);
- Fundação do Banco do Brasil (12.10.1808);
No Brasil é promulgado por Dom Pedro II o Código Comercial (1850). Ver Art. 4º e 9º do Código Comercial. Art. 19 do Regulamento 737/1850.
4ª fase (atual)
Direito de empresa
Conceito subjetivo moderno de Direito empresarial.
Codice civile de 1942.
Conceito jurídico de comércio de Inglez de Souza citado por Rubens Requião:[1: REQUIÂo, Rubens. Curso de Direito Comercial, vol. 1, São Paulo: Saraiva, 27ed., 2007, p. 5.]
É o complexo de atos de intromissão entre o produtor e o consumidor, que, exercidos habitualmente com fim de lucros, realizam, promovem ou facilitam a circulação dos produtos da natureza e da indústria, para tornar mais fácil e pronta a procura e a oferta.
Código Civil de 2002.
Art. 966 caput.
Elementos do Direito de empresa:
- Estrutura organizada;
- Atividade profissional;
- Patrimônio especificado;
- Finalidade lucrativa;
- Identidade social.
 
O empresário
Pessoa responsável pela organização de uma atividade econômica de produção e circulação de bens e serviços. Em regra, a atividade econômica é desenvolvida por uma pessoa jurídica. O exercício da atividade empresarial é realizado pela empresa. 
Empresa é a atividade e não a pessoa que a explora. Empresa é coisa, não tem personalidade jurídica. O empresário é a própria sociedade empresária. Os sócios ou acionistas são os empreendedores ou investidores. 
A contribuição que o sócio/acionista dá ao capital denomina-se, respectivamente, quota ou ação.
Consequências da falta de registro da sociedade irregular
Consequência 1: Responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações da sociedade. 
Nota: condição para a limitação da responsabilidade é o arquivamento do ato constitutivo da sociedade no órgão próprio.
Sociedade empresária – Junta comercial do estado de atuação da sociedade.
Sociedade simples – Cartório de registro das pessoas jurídicas
Sociedade de advogado – OAB do lugar da sede da sociedade
Consequência 2: falta de legitimidade ativa no pedido de falência de outro empresário e no pedido de autofalência. 
Consequência 3: não pode requerer a recuperação judicial.
Consequência 4: Impossibilidade de requerer CNPJ, inscrição estadual, Inscrição municipal, registro na previdência (CEI) conforme Art. 49 I da Lei 8212/91.
Nota:
Cadastro Específico do INSS - CEI
Deverão efetuar a Matrícula CEI no prazo máximo de até 30 dias do início de sua atividade, junto à Receita Federal do Brasil:
a) o equiparado à empresa isenta de registro no CNPJ;
b) o proprietário do imóvel, o dono da obra ou o incorporador de construção civil, pessoa física ou pessoa jurídica;
c) a empresa construtora, quando contratada para execução de obra por empreitada total;
d) a empresa líder, na contratação de obra de construção civil a ser realizada por consórcio mediante empreitada total de obra de construção civil;
e) o produtor rural contribuinte individual e o segurado especial, quando da comercialização de sua produção diretamente com: Mais informações
1. adquirente domiciliado no exterior (até 11/12/2001, EC no 33/01);
2. consumidor pessoa física, no varejo;
3. adquirente pessoa física, não-produtor rural, para venda no varejo a consumidor pessoa física;
4. outro produtor rural pessoa física;
5. outro segurado especial;
6. empresa adquirente, consumidora, consignatária ou com cooperativa;f) contribuinte individual, quando equiparado a empresa em relação aos segurados que lhe prestem serviços;
f) o consórcio simplificado de produtores rurais; Mais informações
g) o titular de cartório, sendo a matrícula emitida no nome do titular, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ;
h) a pessoa física não-produtor rural que adquire produção rural para venda, no varejo, a consumidor pessoa física, nos termos do inciso II do § 7º do art. 200 do Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.
Estão dispensados de matrícula no CEI:
I - os serviços de construção civil, tais como os destacados no Anexo VII com a expressão "(SERVIÇO)" ou "(SERVIÇOS)", independentemente da forma de contratação;
II - a construção sem mão-de-obra remunerada e desde que o proprietário do imóvel ou dono da obra seja pessoa física, não possua outro imóvel e a construção seja:
a) residencial e unifamiliar;
b) com área total não superior a 70m2 (setenta metros quadrados);
c) destinada a uso próprio;
d) do tipo econômico ou popular; e
e) executada sem mão-de-obra remunerada;
III - a reforma de pequeno valor, assim conceituada como aquela de responsabilidade de pessoa jurídica,que possui escrituração contábil regular, em que não há alteração de área construída, cujo custo estimado total, incluindo material e mão-de-obra, não ultrapasse o valor de 20 (vinte) vezes o limite máximo do salário-de-contribuição vigente na data de início da obra.
Nota 2: Casos especiais:
- Empresário Rural (Art. 971 e 984 do Código Civil).
- ME e EPP. Art. 179 da Constituição federal e Lei Complementar 123/2006.
Inatividade da empresa
Fonte: Art. 60 da Lei 8.934/94 (Lei dos registros públicos).
Atualização do ato constitutivo arquivado na junta comercial em intervalo inferior a 10 anos.
Consequência da falta de atualização: abertura de processo administrativo tendente à inativação do registro e comunicação às autoridades fiscais.
Formas de dissolução da sociedade
- Judicial. Falência e dissolução judicial.
- Amigável. Distrato.
Dever de escrituração contábil
Art. 1179 e Art. 10, ambos do Código Civil.
O exercício da atividade empresarial requer contabilidade organizada por profissionais habilitados. Leia-se aqui, naturalmente, contadores.
Funções dos registros contábeis:
Função gerencial – controle dos negócios pelos sócios diretores, administradores e representantes legais.
Função documental – Demonstração de resultados para terceiros (investidores, fornecedores, empregados, clientes, instituições financeiras, etc).
Função fiscal – Controle da incidência e do pagamento de tributos.
Tipos de livros:
- Contábeis.
- memoriais. Exemplos: Livro de registro de empregados (Art. 41 da CLT) e atas das assembleias gerais (art. 100 IV da Lei 6.404/76).
Aula 5
1. Requisitos para o exercício de atividade empresarial
1.1 – capacidade 
1.2 – exercícios de ato de comércio
1.3 – profissão habitual
Ver Art. 972 do Código Civil.
Capacidade
- maior de 18 anos;
- O inciso II do Art. 6º do Código Civil de 1916 estipulava que a mulher casada era relativamente incapaz.
Veja:
Art. 6. São incapazes, relativamente a certos atos (art. 147, n. 1), ou à maneira de os exercer:
I. Os maiores de dezesseis e menores de vinte e um anos (arts. 154 a 156).
II. As mulheres casadas, enquanto subsistir a sociedade conjugal.
III. Os pródigos.
IV. Os silvícolas.
Parágrafo único. Os silvícolas ficarão sujeitos ao regime tutelar, estabelecido em leis e regulamentos especiais, e que cessará à medida de sua adaptação. (Vide Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 1919).
A mulher casada dependia da autorização marital para o exercício do comércio por se entender que o exercício pela mulher casada era potencialmente arriscado por comprometer o patrimônio familiar. Aqui deve se levar em conta que a mulher antigamente não tinha em regra acesso a uma educação formal. Ademais, a vida social da mulher não costumava ser muito rica de experiências. A mulher, em regra, era um ser do lar.
O Estatuto da mulher casada (Lei 4,121/62) neste ponto foi um marco evolutivo (involutivo para alguns) ao estabelecer a possibilidade de a mulher casada exercer atividade laborativa sem o consentimento do marido, o direito de ela requerer a guarda dos filhos em caso de separação e o direito ao exercício compartilhado com o marido do pátrio poder.
As conquistas femininas restaram sedimentadas nos artigos 1.511, 1565 e 1642 do Código Civil.
Nota: Está em tramitação no Congresso Nacional o Estatuto das Famílias 
Destaco que o Art. 17 estabelece a cogestão familiar. 
Art. 17. A gestão dos interesses comuns da entidade familiar incumbe aos integrantes civilmente capazes, de comum acordo, tendo sempre em conta o interesse de todos os que a compõem.
Quem quiser estudar melhor o tema vai o link: http://s.conjur.com.br/dl/projeto-cria-estatuto-familias.pdf
Incapacidade
Caso dos menores empresários
O menor pode ser sócio quotista mas não pode ser sócio-gerente de sociedade.
Ver Instrução Normativa DNRC nº 46/96
Condições para o menor ser sócio:
I – Capital social integralizado;
II – não ter o menor poder de gerência.
Exercício de atividade empresarial. Caso dos interditados
Pródigos e loucos de todo os gêneros.
Art. 1.782 Código Civil.
Incompatibilidades para o exercício empresarial.
Ver Art. 972 Código Civil. Quem pode ser empresário?
Quem não pode por incompatibilidade? Servidores públicos.
Ver: 
- Código Penal, Art. 47 II.
- Constituição Federal Art. 54 II a.
- Magistrados: LC 35/78, Art. 36 I.
- Lei 8.112/90, Art. 117 X.
- Falido Lei 11.101/2005, Arts. 102 e 186.
Exercício de atividade empresarial no Brasil por estrangeiro. Possibilidade. Necessidade de visto permanente. Necessidade de requerimento de CPF por estrangeiro.
Vide: http://www.dnrc.gov.br/Servicos_dnrc/Empresario/inscricao.htm
http://www.jucerja.rj.gov.br/pdf/Manual_do_Contador_versao_1.0_12.pdf
http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/ins/2011/in11832011.htm
Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011
Art. 20. Impede a inscrição no CNPJ:
I - representante da entidade ou seu preposto, sem inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja cancelada ou nula;
II - integrante do QSA da entidade:
a) no caso de pessoa jurídica: sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula;
b) no caso de pessoa física: sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja cancelada ou nula;
III - no caso de clubes ou fundos de investimento constituídos no Brasil, administradora sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula, ou representante da administradora no CNPJ sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja cancelada ou nula;
IV - no caso de estabelecimento filial, estabelecimento matriz da entidade sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula; ou
V - não atendimento das demais condições restritivas estabelecidas em convênio com a RFB.
1- Prepostos
1.1 – auxiliares dependentes internos
1.1.1 – Gerente
Arts. 1.172-1.176 do Código Civil
Tipos de gerente: gerente-geral, gerente de sucursal, gerente de filial, gerente de agência.
Gerente é o preposto dependente ligado ao proponente (pessoa jurídica) por contrato de trabalho e, por ser representante na prática de certos atos , integra a administração, exteriorizando com sua gestão, a vontade da sociedade.
Gerente empregado não é sócio-gerente. 
Poderes do gerente:
- Poder de gestão dos negócios ordinários da sociedade. 
- Poder de representação do preposto em juízo Art. 1.1176 do Código Civil. Arts. 1.176 do Código Civil e Arts. 843 §1º e 86 da CLT.
- Limitação dos poderes do gerente. Art. 1.1174 do Código Civil.
- Responsabilidade do gerente. Art. 1.175 do Código Civil.
 
1.1.2 – Contabilista
Arts. 1.177-1.178 do Código Civil
1.2. – auxiliares dependentes externos
Especializados na promoção de vendas, tais como, pracistas e vendedores viajantes. Estes colocam propostas e extraem pedidos para serem cumpridos pelo empresário. Segundo a lei 3.207/57, os pracistas e os vendedores viajantes são considerados como empregados dos empresários. Isto significa que para o exercício de suas profissões deverão ser nomeados por escrito. Art. 1.1178 p.u. do Código Civil.
1.3 – Auxiliares independentes
1.3.1 – Representante comercial autônomo ou agente comercial
Trata-se de pessoa natural ou jurídica que pelo contrato de representação comercial se obriga, mediante retribuição, a realizar, com exclusividade ou não-exclusividade, certos negócios, em zona determinada, com caráter de habitualidade, em favor e por conta de empresário (representado) sem subordinação hierárquica (Código Civil, Art. 710, primeira parte; Lei 4.886/65 c/ alterações da lei 8.420/92, art. 1º.
Conceito: 
Colaborador externo independente que tem a função de colocar, conforme instruções recebidas, no mercado, os produtos do empresário representado, recolhendo ou agenciando propostas, recebendo comissão expressa em porcentual sobre o valor das mercadorias vendidas ou faturadas. Registro do representante comercial. Necessidade. Conselho Federal de Representantes comerciais e Registro Regional de representantescomerciais. Exemplos: Em SP, o CORCESP; no RJ, o CORE-RJ.
1.3.2 – Agente distribuidor (Código Civil Art. 770, segunda parte; Arts. 713-715, Art. 721; lei 6.729/79 com alterações da lei 8.132/90).
Conceito:
É aquele que compra o produto do fabricante para posterior revenda, no mercado consumidor agindo por conta própria, assume a obrigação de vender com exclusividade e por conta própria, mediante retribuição, mercadorias de certos fabricante, em zona determinada. O empresário é o vendedor; o distribuidor é o revendedor. O fabricante oferecendo vantagens compromete-se a vender, continuamente, seus produtos ao distribuidor, para revenda em zona determinada.
Zona de distribuição (Art. 714 Código Civil).
Direito de indenização (Art. 715 Código Civil).
1.3.2 – Corretor (Código Civil Arts. 722 a 729).
Atividade de intermediação. Procura articular interesse das partes levando-as a um acordo útil. 
E o opcionista?
Opcionista não é profissão regulamentada. Opcionista é função. Normalmente a comissão do opcionista é de 1% do valor da venda ou 20% da comissão do corretor.
Processo nº 2004.001.11828 de Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Decima Oitava Camara Civel, 31 de Agosto de 2004 
Magistrado Responsável: Des. Cassia Medeiros 
Ator: Patrimovel Consultoria Imobiliaria Ltda 
Demandado: Reynaldo Sartori Ribeiro 
Tipo de Recurso: Apelacao Civel 
Número de processo de origem: 2002.209.007949-9 
Resumo
Corretagem. Contrato verbal. Intermediação entre a proprietária/incorporadora e a corretora de imóveis para a venda das unidades de empreendimento imobiliário. Recusa por parte da corretora de pagamento da comissão ao opcionista. Ação de cobrança da comissão de corretagem proposta pelo opcionista em face da empresa corretora para a qual teria levado a noticia de um grande empreendimento imobiliário. Sentença que acolheu parcialmente o pedido, para condenar a ré a pagar ao autor a importância pedida na inicial, de R$ 108.072,00, a titulo de comissão, mas afastou a pretensão ao recebimento de indenização por dano moral. Não obstante a existência de imprecisões e contradições na petição inicial, não merece acolhida a preliminar de inépcia da mesma, ate' porque o fato não impediu que a exercesse plenamente a sua defesa. Quanto `a preliminar de falta de interesse processual em relação aos apartamentos que não teriam sido construídos, a matéria diz respeito ao mérito e com ele será apreciada. Nulidade da sentença não caracterizada, posto que, apesar de não ter sido expressamente abordada a confissão do réu, nem analisado documento apresentado pela ré na contestação, matéria que foi suscitada em embargos de declaração, a sentença não padece de falta de fundamentação e atende aos requisitos do artigo 458 do CPC. Ademais, o julgador não esta' obrigado a examinar todas as questões suscitadas pelas partes, desde que uma delas seja suficiente para o julgamento da lide. Não obstante a norma do artigo 401 do Código de Processo Civil, o entendimento jurisprudencial atualmente dominante e' no sentido de se admitir a prova exclusivamente testemunhal na corretagem. Prova testemunhal que leva à convicção de que foi o apelado quem realmente levou a apelante a noticia do negocio, fazendo os primeiros contatos entre esta ultima e a incorporadora do empreendimento. Provada a intermediação, o percentual da comissão não pode exceder o que foi admitido pelo próprio autor em seu depoimento pessoal, ate' porque corresponde ao que vigora normalmente para esse tipo de negocio. Desprovimento do agravo retido, rejeição da preliminar de nulidade da sentença, e provimento parcial do recurso para fixar a comissão devida pela apelante ao apelado em 0,50% sobre 2,85% do valor total do empreendimento, a ser apurado em liquidação. Vencido, em parte, o Des. Jorge Luiz Habib. 
http://br.vlex.com/vid/-40800662
1.3.3 – Despachante aduaneiro
Dec. 642/92, art. 1º. Registro de despachante aduaneiro. RFB. 
Atribuições: praticar os seguintes atos: preparo, entrada e acompanhamento da tramitação de docs. Que tenham objeto o despacho aduaneiro.
1.3.4 – Leiloeiro
Nomeado pela Junta comercial. Dec. 21.981/1932, art. 1º, 3º, 10 a 22, Lei 4.021/61. Remuneração: 5% pelo comitente.
1.3.5 – Trapicheiro
Registro na junta comercial. Executa o seu trabalho nos armazéns gerais (De. Nº 1.101/1903), recebendo mercadorias importadas e para exportação armazenando-as e colocando-as à disposição de seus proprietários.
1 - Contratos comerciais
- Contratos comerciais com garantia real
Direitos reais são os direitos subjetivos de ter como seus objetos materiais ou coisas incorpóreas relacionadas no Art. 1.225 do código Civil. Para maior aprofundamento em direitos reais sugiro a leitura do texto encaminhado no arquivo anexo de Diana Gomes Cavalhinho.
Código Civil
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
– Penhor
Conceito: Art. 1.431 Código Civil
Arts. 1.431- 1.472 Código Civil.
– Anticrese 
Art.s. 1.506 – 1.510 Código Civil
– Fiança
Art. 818 – 839 do Código Civil, Lei 8.009/90.	
Conceito: Art. 818
Benefício de ordem: Arts. 827-828.
Dívida de jogo: Art. 814
Aceitação: At. 825.
– Hipoteca
Art. 1.474 – 1.505 Código Civil
Credor quirografário: é o credor que não possui direito real de garantia. Os créditos quirografários estão representados por títulos advindos das relações obrigacionais. Ex: notas promissórias, cheques, duplicatas, etc.
Credor pignoratício: é o credor que possui direito real de garantia sobre bem móvel (Art. 1.433 Código Civil).
Credor anticrético: é credor que possui direito real de garantia exercitável sobre rendas. Direito exercitável sobre os frutos da coisa pertencente ao devedor.
Credor hipotecário: é o credor que possui direito real de garantia sobre bem imóvel.
 
Tipos de credor
a) Legal: é o que decorre da lei, como os pais, tutores e curadores.
 
b) Judicial: é o nomeado pelo juiz, como o inventariante, síndico da falência, administrador da empresa penhorada, etc.
 
c) Convencional: é o estipulado pelo credor. O representante convencional é a figura do adjectus solutionis causa, com o objetivo de facilitar a execução do pagamento às partes, podendo ser revogado pelo credor. Quando, porém as cláusulas do contrato são em favor do próprio adjectus, o negócio é uma estipulação em favor de terceiro, sendo irrevogável pelo credor e não se extinguindo com a morte do mesmo, como no seguro de vida.
Tipos de fiança:
Convencional: Típica de contrato de fiança. Decorre da vontade das partes.
Judicial: É imposta pelo juiz. Também chamada de caução.
Legal: É aquela autorizada pela lei. Ex: a Lei 10.522/2002 estipula que nos parcelamentos de valor superior a R$ 100.000,00 de créditos inscritos em dívida ativa da União o devedor deve oferecer garantia. Dentre as garantias possíveis de oferecimento neste caso está a fiança bancária.
Aval 
É a garantia do pagamento de título de crédito de natureza pessoal dado por terceiro. O aval difere da fiança posto que na fiança o fiador é garantidor subsidiário. Já o avalista é coobrigado, em obrigação solidária, e o pagamento da obrigação pode ser imputado diretamente, sem que o seja diretamente ao avalizado. 
Art. 1.617 Código Civil.

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