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Direito Empresarial

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Direito EMPRESARIAL 
Vitor Manoel Chaves Sampaio 
 
Origem Comércio vem do Latim commutatio mercium → troca de mercadoria 
 
Na Idade ANTIGA e na maior parte da Idade Média NÃO se podia falar na existência de um Direito 
Empresarial mas se falava em Comércio. Assim, em civilizações como a do Egito, Hebreus, Grécia e Roma NÃO existia 
um corpo sistematizado de normas sobre a atividade comercial. 
 
 
 
Professor Menezes https://pt.slideshare.net/luiz-menezes/linha-do-tempo-histria-geral-professor-menezes-54611990 
 
O surgimento do Direito Empresarial, portanto, é um acontecimento histórico que começa a ser 
verificado da metade ↦ para ao final da Idade MÉDIA, período em que o modo de produção feudal ⇣ entrou 
em declínio e passou a ser substituído pelo Mercantilismo - “Renascimento Mercantil”. 
Nessa primeira fase do Direito Empresarial, podemos citar o surgimento de normas e institutos jurídicos 
específicos que até hoje integram esse regime jurídico: 
 Títulos de Crédito 
Letra de Câmbio e Nota Promissória 
 Sociedades 
Podem ser destacadas as comendas medievais, consideradas o embrião das sociedades em Comandita. 
 Contratos 
Algumas espécies pioneiras, como o Contrato de Seguro, por exemplo. 
 Instrumentos de Escrituração 
 Proteção Jurídica de Sinais Distintivos Marcas, por exemplo 
Direito MERCANTIL Fase SUBJETIVA 
 
Consuetudinário 
Descentralização Política 
Corporações de Ofício Estatutos - direito essencialmente de classe 
Jurisdição PRIVADA 
Juízos ou Tribunais Consulares 
Corporativismo Particularismo 
Só se aplicava a quem estava devidamente matriculado nas respectivas associações. 
 Critério SUBJETIVO 
Intensificação do Comércio feiras e navegadores 
 
O marco político foi a fragmentação da Europa em feudos, o que 
constituía um obstáculo ao comércio, pois as fronteiras, desde aquele 
tempo, impediam o desenvolvimento da mercancia. Isso porque a 
referida fragmentação em feudos dividia a autoridade, porquanto 
cada feudo era governado por um senhor feudal, bem como a 
legislação, os costumes, a jurisprudência, a moeda etc. Os mercadores, 
então, passaram a financiar o monarca para unificar os feudos, de 
modo a formar o que hoje se denomina Estado Moderno, e unificar as 
leis e os regulamentos das corporações de ofício. 
 
Direito COMERCIAL Fase OBJETIVA 
 
Formação dos Estados Nacionais Monárquicos 
Legislação ESTATAL Codificada Códigos 
Jurisdição ESTATAL 
Aplicada a TODOS os Cidadãos 
Codificação Napoleônica França 
Código Civil 1803-1804 
CÓDIGO COMERCIAL 1807 - Primeiro 
O Direito Comercial se consolidava como um regime jurídico especial de Direito PRIVADO, regime 
que era autônomo, independente e separado do Direito Civil. 
 
Como fatos históricos temos a Revolução Francesa e o Império Napoleônico 
- o Direito Comercial até então vigente, que visava proteger apenas os 
matriculados nas corporações de ofício, revelava-se demasiadamente 
classista, opondo-se ao ideal de igualdade da Revolução Francesa. 
 
“Teoria dos ATOS DE COMÉRCIO” França 
 Como agora exista um regime jurídico especial ao Direito Comercial, por meio do Código 
Comercial Napoleônico 1807-1808, criou-se a necessidade de estabelecimento de um critério que 
delimitasse a incidência desse regramento próprio. 
Divisão ➗ do Direito Privado 
 Formulou-se, então, a Teoria dos Atos de Comércio, que atribuía a quem praticasse esses atos, 
com habitualidade, a qualidade de comerciante, o que era pressuposto para a aplicação das normas 
do Código Comercial. Assim, o Direito Comercial para a ser aplicável sempre que uma determinada 
relação envolver a prática de um ato de comércio - critério OBJETIVO (o objeto deixou de ser uma 
classe e passou a envolver atos relevantes prescritos na lei). 
 
Historicamente, a prestação de serviços, atividades rurais, profissões 
intelectuais e especulação imobiliária, por exemplo, não foram 
consideradas como atos de comércio, o que a carretava uma disciplina 
não isonômica do mercado - certos agentes eram considerados 
comerciantes, submetendo-se às normas do Código Comercial, enquanto 
outros ficavam excluídos desse regime jurídico. 
 
Direito EMPRESARIAL Fase SUBJETIVA MODERNA 
 
Descodificação base no código civil + leis esparsas 
Código CIVIL ITALIANO - Codice Civile Itália - 1942 
 Tentativa de unificação que se deu de forma meramente Formal do Direito Privado, disciplinando as relações 
civis e empresariais num único diploma legislativo. 
 A proteção do Direito Comercial deixa de recair sobre os atos de comércio e passa a recair sobre a 
Empresa. 
Essa fase possui conteúdo SUBJETIVO, pois a legislação regula a atividade (a empresa), mas incide 
sobre o sujeito (empresário). 
 
“Teoria da EMPRESA” Itália 
 Recai, agora, sobre Empresa/Empresário 
Passa a disciplinar toda e qualquer atividade econômica, desde que organizada para a 
produção ou circulação de bens ou de serviços e exercida com profissionalismo, alcançando, 
assim, uma maior gama de relações jurídicas. 
Supera-se o conceito de mercantilidade para definir as relações sob a disciplina do Direito 
Empresarial e se adota o critério da “empresariabilidade”. 
 
 
🛳 
 
Obs.: No BRASIL, a instalação da corte portuguesa e a abertura dos 
portos ao comércio estrangeiro, decretada pela Carta Régia de 28 de 
janeiro de 1808, marcam o início da história do Direito Comercial. 
A legislação mercantil brasileira era formada, fundamentalmente, 
pela junção da legislação PORTUGUESA, ESPANHOLA e FRANCESA 
(Código Comercial Francês de 1807), e, ainda, complementada pelo 
Direito ROMANO, recepcionado em caso de lacuna da legislação (Lei 
da BOA RAZÃO). 
 
Código COMERCIAL de 1850 
Regulamento nº 737 de 1850 
 
 “Teoria dos ATOS de COMÉRCIO” 
 
Código CIVIL de 2002 
Antes dessa data, contudo, a 
Doutrina e a Jurisprudência já se 
referiam à “Teoria da EMPRESA”, 
de há muito influente. 
 
 
 “Teoria da EMPRESA” 
 
“O Código Comercial de 1850 marcou a história do Direito 
Comercial brasileiro por ter sido o primeiro código próprio do país a 
dispor, em um único documento, sobre o comércio. Acolheu a teoria 
dos atos de comércio, embora não tenha enumerado, em um primeiro 
momento, quais seriam esses atos que só vieram com o Regulamento 737, no mesmo ano. 
Não era necessário o registro para se incluir no conceito de comerciante, 
bastava a realização de atos de comércio. (...) Nesse passo, o Código 
Comercial de 1850 atribuía natureza meramente Declaratória ao registro, 
ainda que, a partir da formalização da matrícula, a lei presumisse o efetivo 
exercício da atividade comercial.” 
Chagas, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. – 6. ed. – 
São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 
 
Obs.: O Código CIVIL de 2002 NÃO revogou totalmente (só parte) o 
Código COMERCIAL de 1850. 
 
Ainda está em vigor na sua parte II, que disciplina o 
Comércio MARÍTIMO 
 
 
Alexandre, Ricardo. Direito administrativo esquematizado. 1. ed. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO COMERCIAL 
PERÍODO PRIMITIVO SUBJETIVO OBJETIVO SUBJETIVO-OBJETIVO 
TEMPO Antiguidade Idade Média Idade Moderna Idade Contemporânea 
CARACTERÍSTICAS 
 
Comércio 
 
Troca 
Com a criação da 
moeda, vieram a 
compra e venda 
 
Comércio 
 
Objetivos: 
Garantir o Oligopólio e 
Assegurar privilégios à 
Burguesia 
 
Os Sujeitos do Direito 
Comercial eram os 
matriculados nas 
Corporações de Ofício 
 
Objeto: 
Definido pela 
qualidade do Sujeito 
que o pratica 
 
Comércio e 
Atividades Afins 
 
Objetivo: 
Proteger a relevante 
atividade comercial, sem 
favorecer uma classe 
 
Sujeitos eram todos 
aqueles que praticavam 
com habitualidade e 
profissionalismo Atos de 
Comércio 
 
Objeto: 
Definido pela natureza do 
Objeto que é prestado 
 
 
Comércio e 
Atividades Afins 
 
Objetivo:Preservação da 
Empresa 
 
Empresa como 
sinônimo de atividade 
econômica organizada 
 
Perfil Subjetivo 
Perfil Objetivo 
Perfil Corporativo 
Fato Jurídico 
 
DOUTRINA Pareceres dos 
Jurisconsultos 
Estatutos das 
Corporações de Ofício 
Teoria dos ATOS de 
COMÉRCIO 
Teoria da EMPRESA 
LEGISLAÇÃO 
 
Código Legal 
instituído por 
Ur-Nammu 
Séculos XXII a XXI a.C. 
Código de 
Hamurabi 
Séculos XX a XIX a.C. 
Corpus Juris 
Civilis 
Século VI d.C. 
 
Estatutos das 
Corporações de Ofício 
 
Código COMERCIAL 
Francês 
de 1807 
 
 
Código CIVIL Italiano 
de 1942 
 
Alexandre, Ricardo. Direito administrativo esquematizado. 1. ed. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015. 
 
 
CRUZ, André Santa. Direito Empresarial. 2. ed. Salvador - BA: Juspodivm, 2019
Princípios 
 
 
Constituição Federal 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: 
I - Soberania Nacional; 
II - Propriedade Privada; 
III - Função Social da Propriedade; 
IV - Livre Concorrência; 
V - Defesa do Consumidor; 
VI - Defesa do Meio Ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; 
VII - Redução das desigualdades Regionais e Sociais; 
VIII - Busca do pleno Emprego; 
IX - Tratamento Favorecido para as EMPRESAS DE PEQUENO PORTE EPPs constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
 
Princípio da FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA Propriedade Privada + Função Social 
 
 O Interesse PÚBLICO limita o exercício do Direito PRIVADO. 
 Interesses Difusos e Coletivos 
 Responsabilidade Social 
 Preservação da Atividade Empresarial Poder Público 
 Correta utilização dos bens de produção Empresário 
 Princípio da Solidariedade 
 
 Quando se fala em Função Social da empresa faz-se referência 
à atividade empresarial em si, que decorre do uso, pelos empresários, 
dos bens que compõem o estabelecimento empresarial. Como a 
propriedade desses bens está sujeita ao cumprimento de uma função 
social, nos termos da Constituição Federal, o exercício da empresa 
(atividade econômica organizada) também deve cumprir uma função 
social específica. 
 A empresa não deve apenas atender os interesses individuais do 
empresário, mas também aos interesses DIFUSOS e COLETIVOS de 
todos aqueles que são afetados pelo exercício dela (trabalhadores, 
contribuintes, vizinhos, concorrentes, consumidores etc.). 
 Assim, a Função Social da Empresa não protege somente a 
pessoa jurídica contra atos ruinosos de seus sócios (impondo-se como 
poder-dever uma condução dos objetivos sociais compatível com o 
interesse da coletividade), senão também impondo ao Poder Público 
a preservação da atividade empresarial, tão necessária ao 
desenvolvimento econômico. Do mesmo modo, busca assegurar ainda 
a utilização dos bens de produção segundo sua função social, de 
modo que deverá haver, sobe pena de violação a esse princípio, 
RESPONSABILIDADE SOCIAL na atividade empresarial. 
 Não se trata apenas da proteção do empresário, nem 
exclusivamente da sociedade empresária, mas proteção da comunidade e 
do Estado que se beneficiam - no mínimo, indiretamente - com a produção 
de riquezas. Aliás, não apenas o empreendedor, empresário, mas também 
os terceiros que mantenham relações negociais com a empresa, os quais 
detêm direitos e interesses que merecem igual proteção, portanto, ampla 
proteção, característica da função social da empresa. 
 
Obs.: A empresa só atuará conforme o Princípio da Solidariedade 
quando gerar empregos, experimentar resultados positivos (o que 
possibilitará aos empregadores o giro de capital, o circular da riqueza 
e desenvolvimento de novas tecnologias), respeitar o meio ambiente 
e a integridade física e moral do trabalhador, bem assim assegurar 
uma existência digna às pessoas (atuando em busca do bem-estar 
social), ainda que em detrimento de uma maior rentabilidade. 
 
Princípio da LIVRE - INICIATIVA 
 
 Princípio Fundamental 
 Fundamento da República Federativa do Brasil 
 Confere à iniciativa privada o papel de protagonista na produção ou circulação de bens e serviços. 
A livre-iniciativa, expressão da liberdade de exercício de qualquer atividade econômica, encontra 
limites na necessária realização da Função Social. 
 É um princípio plenamente assegurado no Brasil, desde que não haja potencial lesivo na atividade 
nem risco de dano para a sociedade. 
 
Constituição Federal 
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos: (...) 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
. 
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
. 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios. (...) 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, 
independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 
 
Obs.: Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal STF, a 
imposição de restrições, como a exigência de diploma ou de filiação 
compulsória a um órgão regulamentador, só é legítima quando há 
potencial lesivo no exercício de certa atividade, ou seja, quando houver 
a possibilidade de ocorrer algum dano à sociedade. 
 Nesse sentido, o STF dispensou a exigência de diploma 
universitário para o exercício da profissão de Jornalista; afastou a 
obrigatoriedade de os Músicos se filiarem à Ordem dos Músicos para 
poderem exercer a sua atividade; e reconheceu a constitucionalidade 
do Exame de Ordem e da consequente necessidade de filiação 
obrigatória à OAB para o exercício da profissão de Advogado. 
 O Poder Executivo Federal, por sua vez, considerando uma 
violação à livre-iniciativa, vetou a lei que regulamentava a profissão de 
Designer, porque previa que somente os titulares de curso superior ou 
pessoas com experiência mínima de três anos até a data de sua 
publicação poderiam exercer a profissão. 
 
Princípio da LIVRE CONCORRÊNCIA 
 
Estabelece que todos podem livremente concorrer, com lealdade, no mercado, visando à 
produção, à circulação e ao consumo de bens e serviços. 
 
Possui caráter instrumental, assegurando que a fixação dos 
preços das mercadorias e serviços não deve resultar de atos cogentes 
da autoridade administrativa, mas sim do livre jogo das forças na 
disputa de clientela, conforme o oscilar da economia de mercado. 
Esse princípio termina por exigir do Estado uma atitude 
proativa no mercado para coibir excessos por meio de tratamento 
desigual aos desiguais, na medida em que se desigualam, porquanto 
um tratamento uniforme, por exemplo, a empresas de grande e de 
pequeno porte, ocasionará concorrência desleal. 
 
Coibição de práticas de Concorrência Desleal 
 Crime - dano in concreto 
 
Repressão ao Abuso de Poder Econômico 
 Infração contra a ordem econômica - dano in abstratoConstituição Federal 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. (...) 
§4º. A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à 
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 
 
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência está estruturado com 
os seguintes órgãos: 
 
⬝ CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica 
Autarquia Federal com status de Agência Reguladora 
responsável pela prevenção e repressão das infrações contra 
a ordem econômica. 
 
Prevenção 
Controle prévio de atos de concentração empresarial 
 
Repressão 
Investigação e Punição das infrações contra a Ordem 
Econômica 
 
⬝ SEAE - Secretaria de Acompanhamento Econômico 
Órgão do Ministério da Fazenda responsável por exercer a 
advocacia da concorrência. 
 
Legislação sobre o tema: 
 
Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 
Capítulo VI 
Dos Crimes de Concorrência Desleal 
Art. 195. Comete crime de concorrência desleal quem: 
I - publica, por qualquer meio, falsa afirmação, em detrimento de concorrente, com o fim de 
obter vantagem; 
II - presta ou divulga, acerca de concorrente, falsa informação, com o fim de obter vantagem; 
III - emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio ou alheio, clientela de outrem; 
IV - usa expressão ou sinal de propaganda alheios, ou os imita, de modo a criar confusão 
entre os produtos ou estabelecimentos; 
V - usa, indevidamente, nome comercial, título de estabelecimento ou insígnia alheios ou 
vende, expõe ou oferece à venda ou tem em estoque produto com essas referências; 
VI - substitui, pelo seu próprio nome ou razão social, em produto de outrem, o nome ou 
razão social deste, sem o seu consentimento; 
VII - atribui-se, como meio de propaganda, recompensa ou distinção que não obteve; 
VIII - vende ou expõe ou oferece à venda, em recipiente ou invólucro de outrem, produto 
adulterado ou falsificado, ou dele se utiliza para negociar com produto da mesma espécie, 
embora não adulterado ou falsificado, se o fato não constitui crime mais grave; 
IX - dá ou promete dinheiro ou outra utilidade a empregado de concorrente, para que o 
empregado, faltando ao dever do emprego, lhe proporcione vantagem; 
X - recebe dinheiro ou outra utilidade, ou aceita promessa de paga ou recompensa, para, 
faltando ao dever de empregado, proporcionar vantagem a concorrente do empregador; 
XI - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou 
dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços, excluídos 
aqueles que sejam de conhecimento público ou que sejam evidentes para um técnico no 
assunto, a que teve acesso mediante relação contratual ou empregatícia, mesmo após o 
término do contrato; 
XII - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos ou informações a que 
se refere o inciso anterior, obtidos por meios ilícitos ou a que teve acesso mediante fraude; 
XIII - vende, expõe ou oferece à venda produto, declarando ser objeto de patente depositada, 
ou concedida, ou de desenho industrial registrado, que não o seja, ou menciona-o, em 
anúncio ou papel comercial, como depositado ou patenteado, ou registrado, sem o ser; 
XIV - divulga, explora ou utiliza-se, sem autorização, de resultados de testes ou outros dados não 
divulgados, cuja elaboração envolva esforço considerável e que tenham sido apresentados a 
entidades governamentais como condição para aprovar a comercialização de produtos. 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
§1º. Inclui-se nas hipóteses a que se referem os incisos XI e XII o empregador, sócio ou 
administrador da empresa, que incorrer nas tipificações estabelecidas nos mencionados 
dispositivos. 
§2º. O disposto no inciso XIV não se aplica quanto à divulgação por órgão governamental 
competente para autorizar a comercialização de produto, quando necessário para proteger 
o público. 
. 
Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011 
 
Art. 36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa, os atos 
sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam produzir os seguintes 
efeitos, ainda que não sejam alcançados: 
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; 
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
III - aumentar arbitrariamente os lucros; e 
IV - exercer de forma abusiva posição dominante. 
§1º. A conquista de mercado resultante de processo natural fundado na maior eficiência de 
agente econômico em relação a seus competidores não caracteriza o ilícito previsto no 
inciso II do caput deste artigo. 
§2º. Presume-se posição dominante sempre que uma empresa ou grupo de empresas for 
capaz de alterar unilateral ou coordenadamente as condições de mercado ou quando 
controlar 20% (vinte por cento) ou mais do mercado relevante, podendo este percentual 
ser alterado pelo CADE para setores específicos da economia. 
§3º. As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese 
prevista no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: 
I - acordar, combinar, manipular ou ajustar com concorrente, sob qualquer forma: 
a) os preços de bens ou serviços ofertados individualmente; 
b) a produção ou a comercialização de uma quantidade restrita ou limitada de bens ou a 
prestação de um número, volume ou frequência restrita ou limitada de serviços; 
c) a divisão de partes ou segmentos de um mercado atual ou potencial de bens ou serviços, 
mediante, dentre outros, a distribuição de clientes, fornecedores, regiões ou períodos; 
d) preços, condições, vantagens ou abstenção em licitação pública; 
II - promover, obter ou influenciar a adoção de conduta comercial uniforme ou concertada 
entre concorrentes; 
III - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; 
IV - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa 
concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços; 
V - impedir o acesso de concorrente às fontes de insumo, matérias-primas, equipamentos 
ou tecnologia, bem como aos canais de distribuição; 
VI - exigir ou conceder exclusividade para divulgação de publicidade nos meios de comunicação 
de massa; 
VII - utilizar meios enganosos para provocar a oscilação de preços de terceiros; 
VIII - regular mercados de bens ou serviços, estabelecendo acordos para limitar ou controlar 
a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, a produção de bens ou prestação de serviços, ou 
para dificultar investimentos destinados à produção de bens ou serviços ou à sua distribuição; 
IX - impor, no comércio de bens ou serviços, a distribuidores, varejistas e representantes 
preços de revenda, descontos, condições de pagamento, quantidades mínimas ou máximas, 
margem de lucro ou quaisquer outras condições de comercialização relativos a negócios 
destes com terceiros; 
X - discriminar adquirentes ou fornecedores de bens ou serviços por meio da fixação 
diferenciada de preços, ou de condições operacionais de venda ou prestação de serviços; 
XI - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, dentro das condições de pagamento 
normais aos usos e costumes comerciais; 
XII - dificultar ou romper a continuidade ou desenvolvimento de relações comerciais de 
prazo indeterminado em razão de recusa da outra parte em submeter-se a cláusulas e 
condições comerciais injustificáveis ou anticoncorrenciais; 
XIII - destruir, inutilizar ou açambarcar matérias-primas, produtos intermediários ou acabados, 
assim como destruir, inutilizar ou dificultar a operação de equipamentos destinados a produzi-
los, distribuí-los ou transportá-los; 
XIV - açambarcar ou impedir a exploração de direitos de propriedadeindustrial ou intelectual 
ou de tecnologia; 
XV - vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo; 
XVI - reter bens de produção ou de consumo, exceto para garantir a cobertura dos custos de 
produção; 
XVII - cessar parcial ou totalmente as atividades da empresa sem justa causa comprovada; 
XVIII - subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, ou 
subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem; e 
XIX - exercer ou explorar abusivamente direitos de propriedade industrial, intelectual, tecnologia 
ou marca. 
 
Princípio da PRESERVAÇÃO DA EMPRESA 
 
 Continuidade 
 Proteção da Empresa, e não do Empresário! 
 Recuperação e Falência 
 A extinção da empresa deve ser vista como última alternativa. 
 
“A conservação da empresa embasa-se na importância da 
continuidade das atividades de produção de riquezas pela circulação de 
bens ou prestação de serviços como um valor a ser protegido, e 
reconhece os efeitos negativos da extinção de uma atividade empresarial, 
que acarreta prejuízos não só aos investidores, como a toda a sociedade. 
Não se pode esquecer a relevância da empresa para o 
desenvolvimento da sociedade. Quer no campo da geração de 
empregos, quer no campo do desenvolvimento tecnológico, ou ainda 
na área do desenvolvimento econômico do Estado, a empresa 
desempenha papel ímpar. Sobressaem-se os efeitos negativos da 
extinção das atividades empresariais que, mais do que prejudicar 
isoladamente o empresário ou a sociedade empresária, bem como 
seus parceiros negociais direitos (trabalhadores, fornecedores, 
clientes), prejudica a sociedade em geral.” 
 
Chagas, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. – 6. ed. – 
São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 
 
Princípio da BOA-FÉ OBJETIVA 
 
 Dever de Probidade e Cooperação 
 Orienta a interpretação e execução dos contratos empresariais 
 
A BOA-FÉ impõe ao empresário e à sociedade empresária o 
dever de buscar a realização de seus interesses na exploração da 
atividade empresarial cumprindo rigorosamente a lei e adotando 
constante postura proba, leal, conciliatória e colaborativa. Há, por 
assim dizer, legítima expectativa de que os empresários (em sentido 
amplo), entre si e em relação a seus consumidores, construam um 
padrão de conduta a permitir a conclusão dos objetivos dos negócios 
que realizarem cotidianamente. Deverá haver probidade e cooperação 
na fase pré-contratual (da oferta), durante a execução do contrato, 
fase contratual propriamente dita, bem como na fase pós-contratual. 
Tratamento FAVORECIDO das MEs e EPPs 
 
Constituição Federal 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça 
social, observados os seguintes princípios: (...) 
IX - Tratamento Favorecido para as EMPRESAS DE PEQUENO PORTE EPPs constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
. 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
MICROEMPRESAS MEs e às EMPRESAS DE PEQUENO PORTE EPPs, assim definidas em lei, tratamento 
jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações 
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução 
destas por meio de lei. 
. 
Art. 146. Cabe à Lei COMPLEMENTAR: (...) 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: (...) 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um 
Regime ÚNICO de Arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será UNIFICADO e CENTRALIZADO e a distribuição da parcela de 
recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer 
retenção ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes 
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
. 
Lei Complementar 123/2016 * 
 
Art. 1o . Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte 
no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
especialmente no que se refere: 
I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, mediante Regime ÚNICO de Arrecadação, inclusive 
obrigações acessórias; 
SIMPLES NACIONAL Regime Tributário Simplificado 
Art. 12 e seguintes 
II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias; 
Arts. 51 e 55 
III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens 
e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão. 
Arts. 44 e 58 
IV - ao Cadastro Nacional Único de contribuintes a que se refere o inciso IV do parágrafo 
único do art. 146, in fine, da Constituição Federal. 
. 
Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se MICROEMPRESA ou EMPRESAS 
DE PEQUENO PORTE, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de 
responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas 
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da MICROEMPRESA, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior 
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil reais). 
 
MICROEMPRESA ≤ a R$ 360.000,00 
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE R$ 360.000,00 a R$ 4.800.000,00 
 
Código Civil 
Art. 966. Considera-se Empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. NÃO se considera empresário quem exerce profissão intelectual, 
de natureza científica, literária ou artística, AINDA COM o concurso de auxiliares 
ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
(...) 
§4º. Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei 
Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum 
efeito legal, a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no 
exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia 
de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei 
Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II 
do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10 % (dez por cento) do capital de outra 
empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outrapessoa jurídica com fins 
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput 
deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de COOPERATIVAS✗, salvo as de CONSUMO; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa 
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de 
corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de 
pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
XI - cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço, 
relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade. 
. 
Art. 51. As microempresas e as empresas de pequeno porte são DISPENSADAS: 
I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências; 
II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro; 
III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem; 
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e 
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas. 
. 
Art. 52. O disposto no art. 51 desta Lei Complementar NÃO dispensa as microempresas e 
as empresas de pequeno porte dos seguintes procedimentos: 
I - anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS; 
II - arquivamento dos documentos comprobatórios de cumprimento das obrigações 
trabalhistas e previdenciárias, enquanto não prescreverem essas obrigações; 
III - apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e 
Informações à Previdência Social - GFIP; 
IV - apresentação das Relações Anuais de Empregados e da Relação Anual de Informações 
Sociais - RAIS e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED. 
. 
Art. 53. (REVOGADO) 
Art. 54. É facultado ao empregador de MICROEMPRESA ou de EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que 
conheçam dos fatos, AINDA QUE não possuam vínculo trabalhista ou societário. 
. 
Art. 55. A fiscalização, no que se refere aos aspectos trabalhistas, metrológico, sanitário, 
ambiental, de segurança, de relações de consumo e de uso e ocupação do solo das 
MICROEMPRESAS e das EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, deverá ser PRIORITAriamente 
ORIENTADORA quando a atividade ou situação, por sua natureza, comportar grau de risco 
compatível com esse procedimento. 
§1o. Será observado o critério de DUPLA 2x visita para lavratura de autos de infração, salvo 
quando for constatada infração por falta de registro de empregado ou anotação da 
Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS, ou, ainda, na ocorrência de reincidência, 
fraude, resistência ou embaraço à fiscalização. 
. 
Lei nº 8.666/93 
 
Art. 5o-A. As normas de Licitações e Contratos DEVEM PRIVILEGIAR o tratamento diferenciado 
e favorecido às MICROEMPRESAS e EMPRESAS DE PEQUENO PORTE na forma da lei.
Empresário Lato Sensu 
 
 
Código Civil 
 
Art. 966. Considera-se Empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. NÃO se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, AINDA COM o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo 
se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
Empresa é uma atividade fenômeno econômico que compreende 
os chamados fatores de produção: natureza, capital, trabalho e tecnologia), 
e Empresário é quem exerce essa atividade de modo profissional. 
Empresa é uma ATIVIDADE econômica (realizada com intuito 
de lucro) organizada (realizada com articulação dos diversos fatores 
de produção: capital, mão de obra, insumos e tecnologia), voltada para 
a produção ou circulação de bens ou serviços. 
Empresário é quem exerce empresa (isto é, quem exerce uma 
atividade econômica organizada) e o faz de modo PROFISSIONAL, ou 
seja, com habitualidade (o exercício da atividade econômica de forma 
esporádica não caracteriza ninguém como empresário) e pessoalidade 
(assumindo os riscos do negócio). 
 
Empresa Atividade econômica organizada 
Empresário Pessoa Física ou Jurídica que exerce Empresa profissionalmente 
 
 Elementos 4 Caracterizadores do empresário 
 
· Profissionalismo 
 É a atividade exercida reiteradamente/habitualmente e em nome próprio 
 
Obs.: A prática de atos isolados, como por exemplo a venda de um 
automóvel, por um advogado, NÃO constitui atividade empresarial. 
 
Obs.: Sócio ou Acionista NÃO são sinônimos de Empresário, pois NÃO 
praticam atividade em nome próprio. 
 
Obs.: A Habitualidade NÃO deve ser tomada em sentido Absoluto - 
Um estabelecimento hoteleiro pode ficar fechado boa parte do ano, 
abrindo apenas na temporada própria. Nesse caso, o que caracteriza a 
habitualidade é o fato de que a atividade ali exercida ocorra em 
períodos regulares de tempo, dentro dos quais ocorra um suficiente 
grau de estabilidade. 
 
· Finalidade Econômica 
 TODA Atividade Empresarial deve visar o LUCRO $$$ animus lucrandi 
· Atividade Empresarial 
Atividade empresarial é toda aquela que visar a produção ou circulação de bens ou de serviços. 
 
Produção Bens 
 ou ou 
 Circulação Serviços 
 
Obs.: O Jurista Italiano Alberto Asquini conceituou o termo Empresa 
como POLIÉDRICO, ou seja, comportando vários significados: 
 
a) Perfil Subjetivo 
A Empresa é entendida como sinônimo de Sociedade 
Empresária Lei 8934/94 - Lei de Registro de Empresas. É uma Pessoa, Física 
ou Jurídica, ou seja, o Empresário; 
 
b) Perfil Objetivo ou Patrimonial 
A Empresa pode ser entendida como sinônimo de 
Estabelecimento Empresarial - Conjunto de Bens art. 1142 CC; 
 
c) Perfil FUNCIONAL* 
Empresa é sinônimo de Atividade Empresarial (Produção 
ou Circulação de Bens ou Serviços); e 
 
d) Perfil Corporativo 
Empresa seria um núcleo social (comunidade laboral) 
organizada em função de um fim econômico comum. 
 
· Organização 
 A atividade é considerada organizada quando reunir 4 elementos: 
 
 * Mão de Obra Trabalho 💪👷 
 * Capital 💲 
 * Tecnologia 🔬📡💻 
 * Insumos Natureza 🌱 
 
Obs.: O Registro na Junta Comercial é OBRIGATÓRIO art. 967 do CC, mas 
NÃO é elemento caracterizador do Empresário. 
 É Empresário quem pratica Atividade Empresarial art. 966 do CC - 
natureza meramente DECLARATÓRIA (ou seja, não é o registro que 
caracteriza alguém como empresário, e sim o efetivo exercício de 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços). 
 
 Exceção 
No caso de atividade RURAL, no entanto, a inscrição na Junta 
Comercial possui natureza CONSTITUTIVA! 
Art. 967. É OBRIGATÓRIA a inscrição do empresário no Registro 
Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, ANTES← do 
início de sua atividade. 
 
Assim, se alguém exerce empresa sem o prévio registro na Junta 
Comercial, isso não significa que ele não é empresário, mas apenas que 
está IRREGULAR. 
No entanto, o Empresário SEM inscrição ficará privado de obter 
os privilégios que a legislação concede para o empresário inscrito, como, 
por exemplo - não possui direito à RECUPERAÇÃO Judicial art. 48 da Lei 11.101/05 
- exige que o empresário esteja exercendo atividade empresarial regularmente por mais de 2 anos para que possa 
requerer a Recuperação Judicial; não possui direito de LIMITAÇÃO à RESPONSABILIDADE 
dos sócios; não possui Direito de proteção ao NOME; etc. 
 ≠ Art. 45 do CC, que trata das 
Pessoas Jurídicas de Direito Privado 
Art. 45. Começa a existêncialegal das pessoas jurídicas de direito privado com 
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no 
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
 
Obs.: O Empresário RURAL e o PEQUENO Empresário possuem art. 970 CC 
Tratamento FAVORECIDO quanto à Inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
 
Art. 970. A lei assegurará tratamento FAVORECIDO, DIFERENCIADO e SIMPLIFICADO 
ao Empresário RURAL e ao PEQUENO Empresário, quanto à Inscrição e aos efeitos daí 
decorrentes. 
 
Obs.: O ato constitutivo do empresário ou da sociedade empresária 
deverá ser apresentado a arquivamento na Junta Comercial, dentro de 
30 dias contados de sua assinatura, a cuja data RETROAGIRÃO os 
efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá 
eficácia a partir do despacho que o conceder art. 36 da Lei 8934. 
 
 NÃO são Atividades Empresariais: 
 
✗ Atividades Intelectuais de natureza Científica, Artística ou Literária, AINDA QUE haja 
Colaboradores, 
 Salvo se o exercício da profissão for um ELEMENTO de Empresa art. 966, p.u., do CC. 
 
Ou seja, a exploração de suas respectivas profissões intelectuais adquire 
uma forma empresarial. 
( 
Art. 966. (...) 
Parágrafo único. NÃO se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, AINDA COM o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
199. A inscrição do empresário ou 
sociedade empresária é requisito 
delineador de sua REGULARIDADE, 
e NÃO de sua Caracterização. 
III Jornada de Direito Civil do CJF 
ex.: dois médicos👤👤 que montam um consultório - atividade NÃO Empresarial 
- Sociedade SIMPLES - Registro no Cartório de Registro de PESSOA JURÍDICA 
(e NÃO na Junta Comercial). 
 
Obs.: Hospital 🏥 é considerado uma Atividade Empresarial, haja vista 
que o exercício da profissão dos médicos (atividade intelectual) se 
configura num mero Elemento da Empresa. 
 
Obs.: As atividades Intelectuais NÃO são Empresariais - por exemplo 
um consultório médico. No entanto, quando a atividade intelectual for 
oferecida juntamente com outros serviços (estes empresariais) 
prevalecerá a tutela do Direito Empresarial. A atividade-FIM há de ser 
empresarial para que haja a absorção da atividade intelectual, pois, se 
a atividade intelectual for área fim, não haverá tal absorção. 
 
Jornadas de Direito Civil 
 
54. É caracterizador do elemento empresa a declaração da atividade-fim, assim 
como a prática de atos empresarias. 
 
195. A expressão “elemento de empresa” demanda interpretação econômica, 
devendo ser analisada sob a égide da absorção da atividade intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, como um dos fatores da organização empresarial. 
 
✗ Atividade RURAL, 
 Salvo se o indivíduo se inscrever na JUNTA COMERCIAL arts. 971 e 984 do CC. 
 
Obs.: No caso da Atividade RURAL, a inscrição em Junta Comercial 
possui natureza CONSTITUTIVA (ou seja, o registro é condição 
indispensável para sua caracterização como empresário e consequente 
submissão ao regime jurídico empresarial), sendo FACULTATIVA! 
 
Art. 971 do CC. O empresário, cuja atividade RURAL constitua sua principal 
profissão, PODE Faculdade, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e 
seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis 
da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará EQUIPARADO ≅, para 
todos os efeitos, ao Empresário sujeito a registro. 
 
 Assim, se aquele que exerce atividade econômica rural não se 
registrar na Junta Comercial, não ficará irregular, mas também não 
será considerado empresário para os efeitos legais (e, desse modo, 
não se submeterá, por exemplo, ao regime jurídico da Lei 11.101/05, 
que trata da Falência e da Recuperação Judicial e Extrajudicial). 
 
Obs.: Essa regra também vale para a SOCIEDADE que tenha por objeto 
social a exploração de atividade econômica rural: 
 
 
Art. 984. A SOCIEDADE que tenha por objeto social a exploração de atividade 
econômica rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos 
tipos de Sociedade Empresária, PODE Faculdade, com as formalidades do art. 968, 
requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, 
caso em que, depois de inscrita, ficará EQUIPARADA ≅, para todos os efeitos, à 
Sociedade Empresária. 
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles 
tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas 
que regem a transformação. 
 
 
 Registro na Junta Comercial 
Empresários em Geral 
OBRIGAÇÃO 
Natureza meramente DECLARATÓRIA 
Atividade Econômica RURAL 
 Inclusive Sociedades ✓ 
FACULDADE 
Natureza CONSTITUTIVA 
 
✗ Sociedade SIMPLES 
 
A Sociedade Simples é uma espécie societária que abriga as atividades 
Intelectuais. 
 
✗ Cooperativa art. 1093 do CC 
 
A Cooperativa, por força de LEI, NÃO é considerada atividade empresarial, 
embora os seus atos constitutivos devam ser registrados na JUNTA 
COMERCIAL art. 32 da Lei 8934/94. 
 
✗ Entidades que NÃO visam Lucro 
 
 Fundações, Associações, Partidos Políticos, Organizações Religiosas... 
 
 Espécies de Empresários Lato Sensu 
 
a) Empresário propriamente dito - art. 972 e ss do CC 
 
Pessoa FÍSICA ≠ Sócio 
É a Pessoa FÍSICA que exercerá uma atividade econômica organizada e em nome próprio. 
O empresário responderá com TODO o seu patrimônio pelas dívidas que vier a 
contrair, sejam estas dívidas de natureza empresarial ou não. 
 Caso venha a ter sua falência decretada, o juízo concursal arrecadará TODO 
o seu patrimônio para compor a chamada Massa Falida OBJETIVA. 
 
 RESPONSABILIDADE 
 
 Empresário INDIVIDUAL Pessoa FÍSICA  
NÃO Separação Patrimonial 
DIRETA e I LIMITADA 
Inclusive seus bens pessoais 
 
 Pessoa JURÍDICA EIRELI ou Sociedade Empresária 
Personalidade e Patrimônio PRÓPRIOS Separação Patrimonial 
SUBSIDIÁRIA e LIMITADA 
AINDA QUE os bens não sejam suficientes 
para o pagamento das dívidas 
 
 
Atenção! 
 
Algumas sociedades empresárias, a despeito de assegurarem a 
Responsabilidade SUBSIDIÁRIA ✓ aos seus sócios art. 1.024 do CC, NÃO asseguram 
a prerrogativa extra da LIMITAÇÃO de Responsabilidade ✗. 
É o que ocorre, por exemplo, com todos os sócios de uma 
Sociedade em NOME COLETIVO art. 1.039 do CC e com sócios ComanditaDOS 
de uma Sociedade em COMANDITA SIMPLES art. 1.045 do CC. 
 
Regras que disciplinam a atividade de Empresário: 
· Para ser empresário, a pessoa deve estar em pleno gozo da CAPACIDADE CIVIL, 
NÃO podendo haver impedimento legal art. 972 
 
Capacidade Civil 
 A capacidade de Fato é aquela que permite o exercício PESSOAL 
dos atos da vida civil. 
 A Proteção do Incapaz difere se a incapacidade for absoluta ou 
relativa. Sendo ABSOLUTA, o incapaz é REPRESENTADO, ou seja, sua 
vontade é substituída pela do representante - se o incapaz praticar o 
ato, este é NULO art. 166, I, do CC; já os RELATIVAMENTE incapazes são 
ASSISTIDOS, auxiliados, ou seja, praticam o ato junto com seus 
representantes - caso não haja a assistência, o negócio jurídico é 
ANULÁVEL art. 171, I, do CC. 
 
 São três os representantes legais: 
a) Pais, quanto aos filhos menores; 
b) Tutor, quando o menor não possuir pai e mãe ou estes 
perderam o poder familiar; e 
c) Curador, que representa ou assiste aquele que tem doença ou 
vícios. 
 
Código Civil 
Art. 3o. São ABSOLUTAMENTE incapazes de exercer pessoalmente 
os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
Art. 4o. São incapazes, RELATIVAMENTE a certos atos ou à maneira 
de os exercer: 
I - os maiores de 16 e menores de 18 anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
ex.: Pessoa emComa, pessoa com doença degenerativa. 
IV - os pródigos. 
Pródigo é aquele que gasta colocando em risco sua subsistência e a 
de sua família. 
 
Obs.: O Incapaz NUNCA pode INICIAR atividade como Empresário (NEM 
mesmo por meio da Representação - visando a proteção ao patrimônio 
do menor, já que os bens do empresário respondem pelas dívidas que 
vier a contrair), mas poderá, entretanto, dar CONTINUIDADE a atividade 
Empresarial mediante AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 🤵 art. 974! 
 
Obs.: O art. 972 do CC se encontra em antagonismo com o Estatuto do 
Incapaz, pois aquele artigo é uma norma que visa proteger aqueles que não 
possuem discernimento mental completo dos riscos da atividade 
empresarial norma protetiva. O Estatuto do Incapaz, que preceitua a inexistência 
de incapacidade por discernimento mental incompleto, NÃO poderá afastar 
a incidência do art. 972. Logo, a pessoa que NÃO possui discernimento 
mental completo NÃO poderá iniciar atividade como Empresário. 
Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em 
pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos. 
 
 Assim, a pessoa que queria exercer atividade econômica na 
qualidade de Empresário Individual precisa preencher dois requisitos: 
 
Capacidade Civil 
+ 
Ausência de Impedimento Legal 
 
 Capacidade Qualificada! 
 Atenção! 
O analfabeto pode SIM registrar-se como Empresário, já que 
ele NÃO é considerado incapaz nem possui impedimento legal. 
 
Obs.: O legislador poderá permitir que o Incapaz CONTINUE com o exercício 
individual da atividade Empresarial por meio de um Representante em duas 
situações art. 974 do CC: 
 
Incapacidade SUPERVENIENTE 
ou 
Morte✝ do Empresário que deixa Herdeiros ou Sucessores INcapazes 
 
Para que isso seja possível haverá a necessidade do preenchimento 
de três requisitos: 
1º O Representante deverá solicitar uma AUTORIZAÇÃO Judicial 🤵; 
Registrada na Junta Comercial 
Essa Autorização poderá ser REVOGADA pelo próprio Juiz! 
2º O Juiz irá avaliar os riscos da atividade para o Incapaz (verificar 
o passivo trabalhista e tributário) e a conveniência da 
Continuidade art. 974. §1º; 
3º Se o Juiz autorizar, ele deverá SEPARAR os BENS que o Incapaz 
NÃO irá utilizar para o exercício da Atividade Empresarial - 
estes Bens deverão constar da Autorização, que deverá ser 
Registrada na Junta Comercial art. 974, §2º. 
 
Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou 
devidamente assistido, CONTINUAR a empresa antes exercida por 
ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. 
§1o - Nos casos deste artigo, precederá AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 🤵, 
após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem 
como da conveniência em continuá-la, podendo a Autorização 
ser REVOGADA pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes 
legais do menor ou do interdito, SEM prejuízo dos Direitos Adquiridos 
por terceiros. 
§2o. NÃO ficam sujeitos ao resultado da empresa os Bens que o 
incapaz JÁ possuía, ao tempo da sucessão ou da interdição, 
DESDE QUE estranhos ao acervo daquela, devendo tais fatos 
constar do alvará que conceder a autorização. 
§3o. O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas 
Comerciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais 
de sociedade que envolva Sócio INcapaz, desde que atendidos, 
de forma conjunta, os seguintes pressupostos: 
I - o Sócio Incapaz NÃO pode exercer a Administração da Sociedade; 
II - o Capital Social deve ser TOTALMENTE integralizado; 
III - o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais. 
 
Atenção! 
Pelo §3º verifica-se a possibilidade de o INcapaz ser SÓCIO✓ 
em uma sociedade empresária, pois o sócio não é empresário. 
 
Empresário INDIVIDUAL 
INcapaz 
Apenas SÓ para CONTIUAR atividade empresarial 
Incapacidade Superveniente 
ou 
Sucessão causa mortis 
Necessidade de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 🤵 
SÓCIO INcapaz 
Pode CONSTITUIR Sociedade ou INGRESSAR em 
Sociedade já existente 
QUALQUER Situação 
NÃO necessita de AUTORIZAÇÃO JUDICIAL 🤵 
 
Obs.: Se o Representante Legal for pessoa legalmente impedida ex.: Juiz 
de Direito, o REPRESENTANTE deverá escolher um¹ ou mais+ Gerentes para 
exercer a atividade da qual estava impedida. 
 
O Juiz apenas nomeia o Gerente escolhido pelo Representante 
(se o Gerente causar danos para o Representado/Incapaz, o 
Representante que escolheu mal o Gerente terá o dever de 
indenizar o Incapaz (Culpa “In Eligendo”) art. 975. 
 
Art. 975. Se o representante ou assistente do incapaz for pessoa que, 
por disposição de lei, não puder exercer atividade de empresário, 
nomeará, com a aprovação do juiz 🤵, um¹ ou mais+ Gerentes. 
§1o. Do mesmo modo será nomeado gerente em todos os casos 
em que o juiz entender ser conveniente. 
§2o. A aprovação do Juiz NÃO exime o Representante ou Assistente 
do menor ou do interdito da Responsabilidade pelos atos dos 
Gerentes nomeados. 
 
Obs.: Os impedimentos legais podem ser de duas naturezas: 
 Em razão do Cargo 
Juiz de Direito, Ministério Público, Servidor Público Federal, 
Militar, Parlamentares... 
 Em razão de Sentença 
Os Falidos, enquanto não reabilitados 
 
 Atenção! 
As obrigações contraídas por um empresário impedido 
NÃO são nulas, ou seja, terão plena VALIDADE✓ em relação 
a terceiros de boa-fé que com ele contratem. 
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer 
atividade própria de empresário, se a exercer, 
RESPONDERÁ ✓ pelas obrigações contraídas. 
 
 Atenção! 
Existe a possibilidade de esses “impedidos” se associem 
aos empreendimentos como acionistas, sócios cotistas, 
investidores, sem poderes de administração ou gerência. 
ex.: 
Lei 8.112/90 
Art. 117. Ao servidor é proibido: (...) 
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto 
na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
 
Constituição Federal 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: (...) 
II - desde a posse: 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que 
goze de favor decorrente de contrato com Pessoa Jurídica de 
Direito PÚBLICO, ou nela exercer função remunerada $; 
 
Obs.: O art. 978 do CC permite que o Empresário Individual, Pessoa 
Física, Casado, sob QUALQUER regime matrimonial, possa alienar 
imóveis do patrimônio dos cônjuges, DESDE QUE este imóvel esteja 
sendo utilizado para o EXERCÍCIO da Atividade Empresarial, SEM a 
necessidade do CONSENTIMENTO do Cônjuge. 
Esta regra visa implementar o Tráfico Mercantil Celeridade 
 
Art. 978. O Empresário Casado pode, SEM necessidade de Outorga 
Conjugal, QUALQUER que seja o Regime de Bens, alienar os Imóveis🏘 
que integrem o patrimônio da Empresa 🏭 ou gravá-los de Ônus Real. 
 
 “O empresário individual casado é o destinatário da norma 
do art. 978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar 
ou gravar de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, 
DESDE QUE exista prévia AVERBAÇÃO de AUTORIZAÇÃO CONJUGAL 
à conferência do imóvel ao patrimônio empresarial no Cartório de 
Registro de Imóveis, com a consequente averbação do ato à margem 
de sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis.” Enunciado 
58 da Jornada de Direito Comercial do CJF 
 
Art. 977. Faculta-se aos Cônjuges contratar SOCIEDADE, entre SI ou 
com TERCEIROS, DESDE QUE NÃO tenham casado no Regime da 
Comunhão UNIVERSAL de Bens, ou no da Separação OBRIGATÓRIA. 
Art. 979. Além de no Registro Civil, serão arquivados e averbados, 
no REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS, os pactos e 
declarações antenupciais do empresário, o título de doação, 
herança, ou legado, de bens clausulados de incomunicabilidade 
ou inalienabilidade. 
 
Art. 980. A Sentença que decretar ou homologar a Separação 
Judicial do empresário e o Ato de REConciliação NÃO podem ser 
opostos a Terceiros, antes de Arquivadose Averbados no Registro 
Público de Empresas Mercantis. 
 
Jornada de Direito Comercial da Justiça Federal. 
6. O empresário individual regularmente inscrito é o destinatário da 
norma do art. 978 do Código Civil, que permite alienar ou gravar de 
ônus real o imóvel incorporado à empresa, DESDE QUE exista, se for o 
caso, prévio registro de autorização conjugal no Cartório de Imóveis, 
devendo tais requisitos constar do instrumento de alienação ou de 
instituição do ônus real, com a consequente averbação do ato à 
margem de sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis. 
58. O empresário individual casado é o destinatário da norma do art. 
978 do CCB e não depende da outorga conjugal para alienar ou gravar 
de ônus real o imóvel utilizado no exercício da empresa, DESDE QUE 
exista prévia averbação de autorização conjugal à conferência do 
imóvel ao patrimônio empresarial no cartório de registro de imóveis, 
com a consequente averbação do ato à margem de sua inscrição no 
registro público de empresas mercantis. 
 
Obs.: O fato de o empresário individual possuir CNPJ Cadastro Nacional das 
Pessoas Jurídicas NÃO significa que ele é uma Pessoa Jurídica. Trata-se 
apenas de um Cadastro Fiscal, que equipara o empresário individual a 
pessoas jurídicas para fins TRIBUTÁRIOS (as Pessoas Jurídicas de 
Direito Privado estão listadas no art. 44 do Código Civil, e nesse rol não 
se encontra o empresário individual). 
 
Atenção! 
O Empresário INDIVIDUAL atua sob a forma de Pessoa FÍSICA 
(mesmo com CNPJ), e NÃO Pessoa JURÍDICA. 
 
Preposto 
 
Art. 1.169. O Preposto NÃO pode, SEM Autorização ESCRITA✍, 
fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de 
responder PESSOALMENTE pelos atos do substituto e pelas 
obrigações por ele contraídas. 
Art. 1.170. O Preposto, salvo Autorização EXPRESSA, NÃO pode 
negociar por conta própria ou de terceiro, NEM participar, 
embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que 
lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de 
serem retidos pelo preponente os lucros da operação. 
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do 
preponente, por qualquer dos Prepostos encarregados de sua 
escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os 
mesmos efeitos como se o fossem por aquele. 
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os Prepostos são 
PESSOALMENTE responsáveis, perante os Preponentes, pelos 
atos CULPOSOS; e, perante Terceiros, SOLIDARIAMENTE com o 
Preponente, pelos atos DOLOSOS. 
 
Apesar de os empresários preponentes responderem perante 
terceiros pelos atos praticados pelos seus prepostos, podem se voltar 
contra estes, caso tenham agido com culpa. 
 
Art. 1.178. Os Preponentes são responsáveis pelos atos de 
QUAISQUER Prepostos, praticados nos seus estabelecimentos  e 
relativos à atividade da empresa, AINDA QUE não autorizados por 
escrito. 
Parágrafo único. Quando tais atos forem praticados fora do 
estabelecimento, SOMENTE obrigarão o Preponente nos limites 
dos poderes conferidos por escrito✍, cujo instrumento pode ser 
suprido pela certidão ou cópia autêntica do seu teor. 
“Teoria da Aparência” 
 
Gerente 
 
Considera-se Gerente o Preposto PERMANENTE no exercício da 
empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Art. 1.172 
 
Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-
se o Gerente AUTORIZADO a praticar todos os atos necessários 
ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados. 
Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se 
SOLIDÁRIOS os poderes conferidos a dois2 ou mais+ Gerentes. 
 
Art. 1.175. O preponente responde com o gerente pelos atos que 
este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele. 
 
O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas 
obrigações resultantes do exercício da sua função, ou seja, nas ações 
que versem sobre obrigações assumidas em virtude do exercício da 
função gerencial. Art. 1.176 
De maneira geral, os poderes conferidos à Gerência são 
AMPLOS, mas o empresário pode limitá-los. Para que essa limitação 
de poderes do Gerente produza efeitos perante terceiros, deverá o 
empresário: 
 
Registrá-la na Junta Comercial, por meio de averbação 
junto ao ato constitutivo lá arquivado 
ou 
Provar que a limitação de poderes era conhecida 
por aquele que contratou com o Gerente. 
 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI 
 
O Código Civil Art. 970 assegura um tratamento FAVORECIDO, 
DIFERENCIADO e SIMPLIFICADO ao Empresário Rural e ao Pequeno 
Empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes. 
 
Lei Complementar 123/2006 
Art. 18-A. O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI poderá optar pelo recolhimento 
dos impostos e contribuições abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL em valores fixos 
mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma 
prevista neste artigo. 
§1o. Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 
– Código Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido 
receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil 
reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar 
pela sistemática prevista neste artigo. 
§2o. No caso de início de atividades, o limite de que trata o §1º será de R$ 6.750,00 
(seis mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses 
compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, 
consideradas as frações de meses como um mês inteiro. 
 
Portaria 16/2009 do CGSIM Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização 
de Empresas e Negócios 
Art. 2º. Considera-se MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI o empresário a que se 
refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que atenda cumulativamente 
às seguintes condições: 
I - tenha auferido RECEITA BRUTA conforme estabelecido nos §§ 1º ou 2º do art. 
18-A da Lei Complementar nº 123, de 2006; 
II - seja optante pelo SIMPLES NACIONAL; 
III - exerça tão SOMENTE atividades permitidas para o Microempreendedor Individual 
conforme Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional; 
IV - NÃO possua mais+ de um1 estabelecimento; 
V - NÃO participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; 
VI - possua até UM1 EMPREGADO que receba EXCLUSIVAMENTE UM1 SALÁRIO 
MÍNIMO ou o PISO SALARIAL da categoria profissional. 
<, 
Obs.: O DOMICÍLIO EMPRESARIAL (ou local do estabelecimento) PODE✓ 
COINCIDIR com a RESIDÊNCIA do MICROEMPREENDEDOR, salvo se for 
necessária e indispensável a existência de local próprio para o exercício 
da atividade. LC nº 154/2016 
 
b) EIRELI art. 980-A do CC 
 
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada EIRELI será constituída por uma¹ 
ÚNICA Pessoa, titular da TOTALIDADE do Capital Social, devidamente INTEGRALIZADO, 
que NÃO será inferior a ≥ 100 X (cem vezes) o maior SALÁRIO MÍNIMO vigente no País. 
Com a criação da EIRELI, possibilitou-se a constituição de uma Pessoa Jurídica 
(empresa) INDIVIDUAL sem a necessidade de sócios e que assumisse uma responsabilidade 
SUBSIDIÁRIA e LIMITADA pelas obrigações empresariais contraídas. 
 
Antes da lei nº 12.441/2011, a doutrina explicava que a "empresa" não era sujeito 
de direitos sendo apenas uma atividade econômica organizada. O sujeito de 
direitos era o empresário, ou seja, a pessoa que exercia a atividade econômica 
organizada. Com a nova previsão, o legislador transformou a EIRELI em pessoa 
jurídica, ou seja, titular de direitos. A empresa individual é Pessoa Jurídica de 
Direito Privado, prevista no art. 44 do Código Civil. 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: (...) 
VI - as empresas individuaisde responsabilidade limitada EIRELI. 
 
É permitido que o titular da EIRELI seja uma Pessoa Física ou Jurídica! 
 
 Pessoa FÍSICA SÓ UMA ¹ EIRELI 
 Titular ou 
 Pessoa JURÍDICA inclusive uma Sociedade Estrangeira ✓ 
 e pode ser titular de + de uma¹ EIRELI 
 
Atenção! 
O Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração 
(DREI) Instrução Normativa definiu que o INCAPAZ✗ NÃO pode constituir EIRELI, 
mesmo representado ou assistido. 
 
Atenção! 
O Produtor RURAL✓ pode constituir uma EIRELI. 
 
II Jornada de Direito Comercial. 
62. O produtor rural, nas condições mencionadas do 
art. 971 do CCB, pode constituir EIRELI. 
Capital mínimo 
 
A exigência de, no mínimo NÃO será inferior, 100 X (cem vezes) o maior SALÁRIO 
MÍNIMO vigente no País é feita APENAS SÓ no ato de CONSTITUIÇÃO da EIRELI. 
 
Caso o salário mínimo aumente posteriormente, fazendo com que o 
capital integralizado se torne inferior a cem vezes o seu valor, NÃO será 
necessária nenhuma nova providência. 
 
 Jornadas de Direito Comercial do CJF 
4. Uma vez SUBSCRITO e efetivamente INTEGRALIZADO, o CAPITAL 
da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada EIRELI NÃO sofrerá 
nenhuma influência decorrente de ulteriores alterações no Salário 
Mínimo. 
 
Atenção! 
 
O DNRC permite que sejam utilizados para integralização de capital 
DINHEIRO e QUAISQUER bens (móveis 🚗 ou imóveis 🏠), DESDE QUE 
suscetíveis de avaliação em dinheiro. 
 
Código Civil Art. 1.055. (...) 
§2º. É VEDADA contribuição que consista em prestação de serviços. 
 
Imagine que João resolva constituir uma EIRELI. Como forma de 
integralização o capital, decide usar um terreno registrado em seu nome 
(pessoa física). Nota-se que João irá transferir o seu imóvel para a PJ. 
Neste caso, haverá a incidência de ITBI? 
A indagação pode ser respondida com base na CF art. 156, §2º, I, a qual 
afirma que não haverá a incidência de ITBI quando houver transmissão 
de bens para integralizar o capital, salvo se a atividade preponderante 
for compra/venda, locação de bens imóveis. 
 
NOME Empresarial 
 
A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada pode usar tanto FIRMA 
Empresário Individual quando DENOMINAÇÃO SOCIAL Sociedade Empresária, e a expressão 
EIRELI deve constar obrigatoriamente do nome empresarial, ao FINAL dele. 
 
 
Firma 
 ou + EIRELI 
Denominação Social 
 
Art. 980-A. 
§1º. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"EIRELI" APÓS ⃗ a firma ou a denominação social da empresa individual de 
responsabilidade limitada. 
 
 
Natureza Jurídica 
 
Duas correntes (cada TRT adota uma diferente) procuram decifrar a natureza 
jurídica da EIRELI: 
 
1ª corrente: A EIRELI nada mais é do que um Empresário Individual que hoje pode 
limitar a sua responsabilidade, constituindo uma Pessoa Jurídica, 
desde que integralize, no mínimo, 100 Salário Mínimos. 
 Adotando esta corrente, as regras que disciplinam o empresário 
também irão disciplinar o titular da EIRELI. O Fundamento desta 
corrente se baseia na localização topográfica do Dispositivo, que se 
encontra dentre as regras que disciplinam o Empresário Individual. 
Para esta primeira corrente, Pessoa Jurídica NÃO poderá ser titular da 
EIRELI (Rubens Requião/USP/Juntas Comerciais). 
 
2ª corrente: A EIRELI é a possibilidade, hoje em dia, da criação da Sociedade 
UNIPessoal Originária no Direito Brasileiro. O titular da EIRELI seguirá 
as regras que disciplinam os Sócios nas Sociedades. 
 O fundamento desta corrente se baseia numa interpretação gramatical 
do dispositivo, que menciona institutos próprios do Direito Societário, 
tais como Sócio, Capital Social, Integralização. De acordo com essa 
corrente, Pessoa Jurídica poderá SIM ser titular da EIRELI Fábio Ulhoa Coelho. 
 
Contudo, segundo o entendimento majoritário da Doutrina, NÃO é um 
Empresário Individual (UNIPessoal) NEM uma Sociedade Empresária - trata-
se de uma NOVA ESPÉCIE Novo ENTE de Pessoa Jurídica de Direito Privado, que 
se junta às outras já existentes (Sociedades, Associações, Fundações, 
Partidos Políticos e Organizações Religiosas). 
 
Jornadas de Direito Comercial do CJF 
3. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI não é uma 
sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do empresário 
e da sociedade empresária. 
 
 Jornadas de Direito Civil 
469. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) não é 
sociedade, mas NOVO ENTE JURÍDICO PERSONIFICADO. 
 
Registro 
 
EIRELI Registro 
 
Atividades EMPRESARIAIS 
 
Junta Comercial 
Atividades CIVIS 
Registro CIVIL de Pessoas Jurídicas - 
RCPJ 
 
V Jornada de Direito Civil do CJF 
470. Os atos constitutivos da EIRELI devem ser arquivados no registro competente, 
para fins de aquisição de personalidade jurídica. A falta de arquivamento ou de 
registro de alterações dos atos constitutivos configura irregularidade superveniente. 
 
TÍTULO I-A 
(Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) 
DA EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA 
 
Art. 980-A. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada será 
constituída por uma ÚNICA Pessoa, titular da TOTALIDADE do Capital Social, 
devidamente INTEGRALIZADO, que NÃO será inferior a ≥ 100 X (cem) vezes o maior 
Salário-Mínimo vigente no País. 
§1º. O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" 
APÓS ⃗ a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
§2º. A Pessoa NATURAL 👤 que constituir Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada SOMENTE poderá figurar em uma¹ ÚNICA Empresa dessa modalidade. 
 
Essa vedação não se aplica quando o titular da EIRELI é uma 
Pessoa JURÍDICA, que pode ser titular de mais+ de uma1 EIRELI! 
 
 Pessoa NATURAL 👤 
 
SOMENTE poderá figurar em 
UMA ¹ ÚNICA Empresa 
 
 Pessoa JURÍDICA PJ 
 
Pode ser titular de 
MAIS + de uma1 EIRELI 
 
 
§3º. A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada também poderá 
resultar✓ da concentração das Quotas de outra modalidade societária num Único 
Sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
§4º - ( VETADO). 
§5º. Poderá ser atribuída✓ à Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada constituída para a Prestação de Serviços de qualquer natureza a 
remuneração decorrente da Cessão de Direitos Patrimoniais de Autor ou de 
imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da Pessoa Jurídica, 
VINCULADOS à atividade profissional. 
§6º. Aplicam-se✓ à Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, no que 
couber, as regras previstas para as Sociedades LIMITADAS LTDA. 
. 
Art. 1.033. Dissolve-se a sociedade quando ocorrer: (...) 
IV - a falta de pluralidade de sócios, não reconstituída no prazo de 180 (cento 
e oitenta) dias; (...) 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV caso o sócio 
remanescente, inclusive na hipótese de concentração de todas as cotas da 
sociedade sob sua titularidade, requeira, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, a transformação do registro da sociedade para empresário individual 
ou para empresa individual de responsabilidade limitada, observado, no que 
couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. 
. 
Art. 1.055. (...) 
§2º. É VEDADA contribuição que consista em prestação de serviços. 
 
c) Sociedade Empresária art. 981 e ss do CC 
 
Sociedade Empresária é a Pessoa JURÍDICA de Direito PRIVADO art. 44, II, do CC, constituída 
sob a forma de SOCIEDADE art. 981 do CC, cujo objeto social é a exploração de uma atividade 
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços art. 982 CC. 
 
Código Civil 
Art. 44. São Pessoas Jurídicas de Direito Privado: (...) 
II - as Sociedades; 
 
Art. 981. Celebram Contrato de Sociedade as pessoas que reciprocamente 
se obrigama contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade 
econômica e a partilha, entre si, dos resultados. 
Parágrafo único. A atividade pode✓ restringir-se à realização de um1 ou mais+ 
negócios determinados. 
 
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se EMPRESÁRIA a Sociedade 
que tem por objeto o exercício de atividade própria de EMPRESÁRIO sujeito a 
REGISTRO art. 967; e, Simples, as demais. 
Parágrafo único. INdependentemente de seu objeto, considera-se EMPRESÁRIA 
a Sociedade por AÇÕES; e, Simples, a Cooperativa. 
 
Obs.: Quando se está diante de uma Sociedade Empresária, é importante 
relembrar que os seus Sócios NÃO são Empresários - o empresário, nesse 
caso, é a própria sociedade, ente ao qual o ordenamento jurídico confere 
personalidade jurídica própria e, consequentemente, capacidade para 
adquirir direitos e contrair obrigações. 
 
 
 
 
 
Empresário INDIVIDUAL EIRELI SOCIEDADE Empresária 
Pessoa FÍSICA Natural Pessoa Jurídica Pessoa Jurídica 
Responsabilidade 
ILIMITADA 
Responsabilidade 
LIMITADA 
A Responsabilidade vai 
depender do tipo 
societário - pode ser 
LIMITADA ou ILIMITADA 
NÃO precisa de 
capital mínimo 
Capital mínimo 
≥ 100 X maior Salário-
Mínimo vigente no País 
NÃO precisa de 
capital mínimo 
 
 
 
 
Lei Complementar 123/2016 
Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se MICROEMPRESA ou EMPRESAS 
DE PEQUENO PORTE, a SOCIEDADE EMPRESÁRIA, a SOCIEDADE SIMPLES, a EMPRESA INDIVIDUAL 
DE RESPONSABILIDADE LIMITADA e o EMPRESÁRIO a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas 
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da MICROEMPRESA, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior 
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de EMPRESAS DE PEQUENO PORTE, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil reais). 
 
A lei NÃO fala em quantidade de estabelecimentos ou outro requisito como 
quantidade de empregados, APENASSÓ se baseia no critério da RECEITA BRUTA 
no ano-calendário! 
Empresário
Pessoa 
Jurídica
Sociedade 
Empresária EIRELI
Pessoa 
Física
Empresário 
Individual
MEI
. 
Art. 18-A. O MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI poderá optar pelo recolhimento dos 
impostos e contribuições abrangidos pelo SIMPLES NACIONAL em valores fixos mensais, 
independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo. 
§1o. Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 
que se enquadre na definição do art. 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código 
Civil, ou o empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercialização 
e prestação de serviços no âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-
calendário anterior, de até R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo 
Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
§2o. No caso de início de atividades, o limite de que trata o §1º será de R$ 6.750,00 (seis 
mil, setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre 
o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de 
meses como um mês inteiro. 
 
“O empresário caracteriza-se como empreendedor que, 
individualmente, predispõe-se a exercer a atividade empresarial. O 
risco de tal escolha se apresentará patente em caso de insucesso do 
empreendimento, hipótese em que o patrimônio particular do 
empreendedor também responderá pelo passivo descoberto da 
atividade empresarial. Em outras palavras, em relação aos credores do 
empreendimento, o empresário não poderá invocar o princípio da 
separação patrimonial. 
Para relativizar referido risco, a Lei nº 12.441/2011 criou a EIRELI 
(Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) em que é possível 
ao empreendedor beneficiar-se do Princípio da Separação Patrimonial, 
ainda que a exercer a atividade individualmente, cumprindo-se os 
requisitos legais, entre os quais a integralização prévia de capital igual 
ou superior a 100 (cem) vezes o Salário Mínimo. Anteriormente, a Lei 
Complementar 128/2008 disciplinou o regime jurídico do MEI 
(Microempreendedor Individual), inovação legislativa que pretendeu 
afastar da informalidade pequenos empreendimentos, facilitando-se o 
cadastramento dos microempreendedores (...). Assim, o empreendedor 
que se predisponha a exercer a atividade empresarial, individualmente, 
poderá fazê-lo como Empresário Individual, como MEI ou por meio de 
uma EIRELI." 
Chagas, Edilson Enedino das. Direito empresarial esquematizado. – 6. ed. – 
São Paulo : Saraiva Educação, 2019. 
 
 
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-as-diferencas-entre-microempresa-pequena-empresa-e-
mei,03f5438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD

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