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ARTE E ARQUITETURA INDÍGENA A arte e arquitetura indígena brasileira foram produzidas pelos povos nativos do Brasil, antes e depois da colonização portuguesa, que iniciou-se no século XVI. A primeira referência à arquitetura dos habitantes da terra recém-descoberta pela expedição de Cabral foi encontrada na carta de Caminha: Foram lá e andaram entre eles (...) tinha uma povoação de casas em que haveria nove ou dez, as quais diziam que eram tão compridas (...) de madeira, e coberta de palha; todos ficavam em uma única casa, sem nenhum compartimento. •Casas unitárias. • A forma mais comum são as aldeias formadas por varias construções. As aldeias classificam-se em três tipos básicos: circulares, retangulares e lineares. Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da mandioca e do milho. A forma de vida desses indígenas era dominantemente sedentária. A oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Casas com pouca duração: Se uma casa ficava velha, era queimada e outra de igual formato era construída em seu lugar. Máximo de 2 anos. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. A casa era o espaço preferencial das mulheres. Ali elas exerciam suas atividades domésticas. A praça central, delimitada por quatro casas-grandes, representava a unidade indissolúvel da tribo, e lá eram realizadas as cerimônias tribais. Em seu centro se reuniam os homens para decidir as atividades que seriam realizadas no dia, como a pesca e a caça. ] O número de casas varia de tribo para tribo, porém todas estão dispostas de modo que cerquem a praça. Em meio a ela, está implantada a casa dos homens, na qual são guardados os instrumentos musicais rituais e a indumentária cerimonial. A distribuição de tarefas e o pátio cerimonial é reservado aos homens. As mulheres apenas utilizam quando são convidadas. Aldeia Kayamurá Inversamente, as mulheres circulam pela periferia das aldeias. Casa de planta circular Casa de planta elíptica Casa dos índios Kamayurá, Parque Indígena do Xingu Casa de planta retangular MATERIAIS E DETALHES Geralmente as técnicas e materiais empregados se assemelham entre as tribos. O que difere são as formas aplicadas e a adaptação que a tecnologia sofreu em relação a região climática. A estrutura é sempre construída com peças de madeira roliça. A cobertura é feita de folhas. A fixação das folhas é feita com cipó. As paredes tem fechamento com a mesma palha da cobertura. Aldeia Kamayurá – Parque indígena do Xingu Interior das ocas LIÇÕES DA ARQUITETURA INDÍGENA: Adaptações ao clima da região. Uso de materiais disponíveis no sítio. Arquitetura orgânica e integrada à natureza. Separação do íntimo e da área convívio comum. Estrutura social isenta de disparidades. Abóbadas, configuração espacial através de pátios – centralidade e privacidade. A ARTE INDÍGENA Se destacam na arte da cerâmica, do trançado e de enfeites no corpo. O objeto precisa ser mais perfeito na sua execução do que sua utilidade. Nessa perfeição para além da finalidade é que se encontra a noção indígena de beleza. Representam as diferentes tradições da tribo. Variedades de elementos naturais da região. As cores mais usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho muito vivo do urucum, o negro da tintura do suco do jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas. Através da pintura corporal algumas tribos se organizam.
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