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Analogia Final

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Conceito:
A analogia jurídica consiste em aplicar, a um caso não previsto pelo legislador, a norma que rege caso análogo, semelhante; por exemplo, a aplicação de dispositivo referente a empresa jornalística a uma firma dedicada à edição de livros e revistas. A analogia não diz respeito à interpretação jurídica propriamente dita, mas à integração da lei. É um termo que revela desde logo, ideia de proporção, de correspondência, de semelhança. Assim a analogia fornece igualdade de tratamento, pois as situações semelhantes serão disciplinadas da mesma forma.
O propósito da analogia é guardar a vitalidade do direito escrito, impedindo que as relações sociais fiquem desamparadas pela lei. Só se admite a chamada analogia in bonam partem, isto é, aquela que beneficia.
Tanto a analogia como a equidade são maneiras de interpretação, mas acima de tudo formas de integração da lei ao contexto real de uma época. Não nascem normas a partir da equidade e da analogia, somente se aplicam as já existentes através de equidade e analogia.
Aplicação:
Dois requisitos são fundamentais para invocação do processo analógico: primeiro, a disposição legal invocada deve ser suscetível de extensão; segundo, no caso omisso, deve ser verificada perfeita paridade das razões que governam as disposições no caso expresso da lei. Por outro lado, a analogia não se confunde com a chamada interpretação extensiva, que é a técnica de interpretação da lei que estende o alcance desta aos casos que o legislador previu, mas não conseguiu expressar sua inclusão no texto legal: minus dixit quam voluit.
O art. 8º da CLT autoriza o juiz, na falta de expressa disposição legal ou convencional, a utilizar a analogia ou a equidade. 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
Exemplos de sua aplicação:
O trabalho com digitação é muito parecido com o trabalho de datilografia, só que não existe norma específica para os digitadores, podendo ser aplicado o artigo 72 da CLT.
Art. 655 do CCom, o qual determina que, quando sobre contrato de dinheiro a risco, ocorrer caso não previsto no Título "Do Contrato de Dinheiro a Risco ou Câmbio Marítimo", procurar-se-á sua decisão por analogia, quando compatível, no Título "Dos Seguros Marítimos", e vice-versa. 
Outro exemplo de aplicação da analogia é o caso da Lei n° 2.681 de 1912, destinada a regulamentar a responsabilidade das companhias de ferro por danos causados a passageiros e a bagagem, passou a ser aplicada, por analogia, a todas as espécies de transportes terrestres (bonde, metrô, ônibus e até em acidentes ocorridos em elevadores), na falta de legislação específica.

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