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Estudos de Psicologia I Campinas I 29(2) I 173-181 I abril - junho 2012
11111 Artigo elaborado a partir da dissertação de C. ZANON, intitulada “Relações da ruminação e reflexão com o bem-estar subjetivo, facetas do neurocitismo e
sexo”. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2009. Apoio: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
22222 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia. R. Ramiro Barcelos, 2600, Sala 101, Santa
Cecília, 90035-003, Porto Alegre, RS, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: C. ZANON. E-mail: <cristianzanon@yahoo.com.br>.
▼ ▼ ▼ ▼ ▼
Relações entre pensamento ruminativo
e facetas do neuroticismo1
The relationship between ruminative
thought and facets of neuroticism
Cristian ZANON2
Juliane Callegaro BORSA2
Denise Ruschel BANDEIRA2
Claudio Simon HUTZ2
Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar as relações de ruminação com neuroticismo e suas facetas (vulnerabilidade, desajustamento
psicossocial, ansiedade e depressão), no tocante à variavel sexo. Compuseram a amostra 361 estudantes universitários (48,5% do
sexo feminino), com média de idade de 19,9 anos (DP=3,6). Os estudantes foram testados coletivamente em sala de aula. Os
resultados evidenciaram correlações positivas de ruminação com neuroticismo e suas facetas, tanto em homens quanto em
mulheres. Não foram verificadas diferenças significativas entre os sexos em relação a essas correlações. Ademais, homens
apresentaram médias superiores de desajustamento psicossocial e depressão em relação a mulheres. Estas, por sua vez, apresen-
taram médias superiores de ansiedade. Os achados desse estudo são discutidos à luz da literatura da área e sugerem novas
investigações.
Unitermos: Avaliação psicológica. Modelos dos cinco grandes fatores. Neuroticismo. Personalidade. Ruminação. Sexo.
Abstract
The present study was developed to assess the relationship between rumination, neuroticism and its facets (vulnerability, psychosocial
maladjustment, anxiety and depression) and gender. Three hubdred sixty-one undergraduate students (48.5% females) participated in the
study and the mean age was 19.9 (SD=3.6). The students were tested collectively in their classrooms. The results showed positive correlations
between rumination and neuroticism and its facets, and these correlations did not differ statistically between male and female students.
Male students presented higher levels of psychosocial maladjustment and depression than female students. Anxiety levels were however
higher in female students. These findings are subsequently discussed according to literature and further lines of research are suggested.
Uniterms: Psychological assessment. Five factor personality model. Neuroticism. Personality. Rumination. Sex.
A ruminação, ou pensamento ruminativo, tem
sido caracterizada como uma cadeia de pensamentos
repetitivos, de caráter negativo, que se perpetua por
longo tempo (Nolen-Hoeksema, 1991; 2004). Apesar da
ruminação estar presente em todas as pessoas em algum
grau, nem toda ruminação é igualmente disfuncional.
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Estudos de Psicologia I Campinas I 29(2) I 173-181 I abril - junho 2012
A literatura aponta evidências de que a rumi-
nação é prejudicial quando associada a tendências
disfóricas (mau-humor, tristeza e desmotivação) e/ou
associada a traços de personalidade presentes no fator
Neuroticismo (Lyubomirsky & Tkach, 2004). O neuroti-
cismo caracteriza o nível de desajustamento emocional
e a vulnerabilidade para desenvolver stress e ansiedade,
depressão, sentimentos de culpa, baixa autoestima,
tensão, irracionalidade, timidez, tristeza e emotividade
(Costa & McCrae, 2007; Hutz & Nunes, 2001; McCrae &
John, 1992).
No presente artigo, será discutido o conceito de
ruminação ou pensamento ruminativo enquanto com-
portamento disfórico. Do mesmo modo será discutida
a associação entre ruminação com as facetas do fator
Neuroticismo (vulnerabilidade, desajustamento psicos-
social, ansiedade e depressão) e como se dá os padrões
dessa associação entre homens e mulheres.
Segundo Nolen-Hoeksema, Parker e Larson
(1994), a ruminação é uma forma desadaptada e mal-
sucedida de pensar sobre si mesmo. Um aspecto funda-
mental da ruminação é o direcionamento da atenção
sobre as causas e consequências dos sintomas depres-
sivos, conforme percebidos pelo próprio indivíduo. Duas
diferentes teorias, que têm por objetivo explicar o
fenômeno da ruminação, embasam os estudos sobre o
tema. A primeira é a Teoria do Estilo de Resposta (TER)
(Nolen-Hoeksema, 1991; 2004) e a segunda é o Modelo
do Funcionamento Executivo Auto-Regulatório (MFEAR)
(Wells & Mathews, 1996; Matthews & Wells, 2004).
A TER compreende a ruminação como uma das
diversas formas de reagir a eventos estressores. Enquanto
alguns evitam pensar no assunto, buscam distrações
em outras atividades ou agem efetivamente para resol-
ver seus problemas, outros direcionam sua atenção de
forma passiva sobre seu estado de humor negativo, ou
seja, ruminam. De acordo com a TER, pessoas que rumi-
nam muito (indivíduos ruminadores) prolongam seus
episódios depressivos (Nolen-Hoeksema, 1991, 2004;
Nolen-Hoeksema, Morrow & Fredrickson, 1993) e apre-
sentam baixa capacidade para resolver problemas
(Donaldson & Lam, 2004; Lyubomirsky, Karsi & Zhem,
2003).
Segundo o MFEAR, por sua vez, a ruminação
consiste de pensamentos repetitivos que visam ameni-
zar autodiscrepâncias percebidas em diversos contextos
(Matthews & Wells, 2004). Diante de episódios em que a
condição almejada afasta-se significativamente da con-
dição vivida, sujeitos não ruminativos, ainda que recla-
mem e se lamuriem sobre a situação, buscam a redução
da discrepância através de comportamentos efetivos.
De outro lado, indivíduos ruminadores tendem a focar
a atenção em estratégias que não estão diretamente
ligadas à diminuição das discrepâncias. Um exemplo
disso é relembrar e remontar continuamente os eventos
ansiogênicos relacionados à percepção da discrepância.
Ou seja, os ruminadores parecem utilizar estratégias
ineficazes para reduzir suas discrepâncias, ao invés de
tentar eliminá-las através de ações efetivas e planejadas
(Matthews & Wells, 2004).
Roberts, Gilboa e Gotlib (1998) propuseram que
a ruminação é uma manifestação cognitiva do traço de
personalidade neuroticismo. De acordo com os autores,
sujeitos com altos escores de neuroticismo tendem a
focar sua atenção sobre sentimentos e experiências que
intensificam a vivência de episódios de disforia (tristeza,
desesperança e inferioridade). Evidências da associação
entre ruminação e o fator neuroticismo também são
referidas por outros trabalhos importantes da literatura
internacional (Roberts et al., 1998; Teasdale & Green, 2004;
Trapnell & Campbell, 1999). Além disso, no estudo reali-
zado por Zanon e Teixeira (2006), com uma amostra
brasileira, tais achados também foram encontrados.
Neste contexto, a ruminação pode ser pensada
como um tipo de pensamento estável ao longo da vida,
assim como os traços de personalidade. Estes, por sua
vez, podem ser entendidos como um conjunto de pa-
drões de dimensões afetivas, cognitivas e comporta-
mentais (Silva, Schlottfeldt, Rozenberg, Santos & Lelé,
2007).
As teorias fatoriais de personalidade são ampla-
mente citadas na literatura e referem-se ao conjunto de
características básicas da personalidade, considerando-
-se suas principais propriedades e as relações entre elas
(Pervin & John, 2004). Das teorias fatoriais mais conhe-
cidas, está o Big Five ou Modelo dos Cinco Grandes Fato-
res (CGF), versão moderna da teoria do traço e que repre-
senta um avanço conceitual e empírico no campo da
personalidade, descrevendo cinco dimensões humanas
básicas de forma consistente e replicável (Hutz, Silveira,
Serra, Anton & Wieczorek, 1998).
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O Big Five propõe que a personalidade é consti-
tuída por estruturas unitárias naturais denominadas
traços, agrupadas em cinco grandes dimensões ou fato-
res: extroversão, neuroticismo, abertura, realização e
socialização. Tais fatores foram descobertos a partir da
análise de descritores da personalidade, encontrados
na linguagem natural. Partiu-se da hipótese léxica de
que as características mais importantes dos indivíduos
são nomeadas como termos únicos e específicos em
algumas ou em todas as línguas do mundo (Costa &
McCrae, 2007; Hutz et al., 1998).
O fator neuroticismo também é conhecido co-
mo desajustamento emocional, fator N ou simples-
mente ‘N’. Esse fator corresponde a um conjunto de
características individuais que predispõem os indivíduos
a vivenciar de forma mais intensa os sentimentos de
aflição, angústia, sofrimento, inadaptação, depressão,
ansiedade, baixa tolerância à frustração, impulsividade,
autocrítica e outros (Costa & McCrae, 2007; DeNeve &
Cooper, 1998; Hutz & Nunes, 2001; McCrae & John, 1992;
Trapnell & Campbell, 1999; Watson & Hubbard, 1996).
Indivíduos com altos escores no fator N geral-
mente são ansiosos e apresentam mudanças frequentes
de humor. Ademais, tendem a sofrer de transtornos psi-
cossomáticos e apresentam reações muito intensas fren-
te aos estímulos. Ao contrário, sujeitos com baixos esco-
res neste fator tendem a responder a estímulos emo-
cionais de maneira controlada, retornando rapidamente
a seu estado normal após uma elevação emocional (Hutz
& Nunes, 2001; McCrae & John, 1992; Silva et al., 2007).
O fator N, avaliado pela Escala Fatorial de Neuro-
ticismo (EFN) (Hutz & Nunes, 2001), é subdividido em
quatro facetas - subcategorias que melhor representam
sua amplitude e seu alcance explicativo. A primeira
faceta chama-se vulnerabilidade e é caracterizada por
traços como insegurança, baixa autoestima, dificuldade
em tomar decisões e medo de abandono. A segunda
faceta é conhecida como desajustamento psicossocial
e representa traços que envolvem comportamentos
sexuais de risco, consumo exagerado de álcool, ne-
cessidade recorrente em chamar atenção. Ansiedade é
a terceira faceta e é composta por traços como irritabi-
lidade, transtornos de sono, comportamento impulsivo,
sintomas de pânico e alterações de humor. Por fim,
depressão é a quarta faceta e caracteriza-se por traços
de humor deprimido, ideação suicida, sentimentos de
desesperança, entre outros (Hutz & Nunes, 2001).
O fator neuroticismo tende a apresentar-se de
diferentes formas em homens e mulheres. Segundo o
estudo realizado por Nunes (2000), observaram-se
diferenças significativas entre homens e mulheres,
sobretudo no que diz respeito às facetas ansiedade e
desajustamento psicossocial. Indivíduos do sexo mas-
culino apresentaram maior índice de desajuste psicos-
social enquanto as mulheres apresentaram maior índice
de ansiedade. Esses achados foram parcialmente cor-
roborados por outros estudos recentes (Serafini, 2008;
Trentini et al., 2009).
Estudos apontam, também, que mulheres ten-
dem a apresentar maior incidência de neuroticismo,
enquanto fator geral, quando comparadas aos homens
(Costa & McCrae, 1992, 2007; Ebert, Loosen & Nurcombe,
2002; Hutz & Nunes, 2001). Em uma análise teórica
realizada por Oliveira (2002), constatou-se que os estudos
que investigam o fator neuroticismo e sua relação com
o sexo apontam as mulheres como aquelas que pos-
suem maior tendência a expressarem traços que caracte-
rizam o fator N. Tal informação é amplamente defendida
pela literatura especializada, a qual indica, ainda, que as
diferenças são significativas e recorrentes em diferentes
culturas (Ebert et al., 2002; Hutz & Nunes, 2001). Contudo,
alguns estudos brasileiros apontam dados contradi-
tórios aos da literatura majoritária sobre o tema (Hutz &
Nunes, 2001; Serafini, 2008).
Conforme a pesquisa realizada por Serafini (2008),
os jovens do sexo masculino apresentaram médias mais
altas nos fatores desajustamento psicossocial e depres-
são. No estudo de validade da EFN (Hutz & Nunes, 2001),
os homens apresentaram maiores médias em desajus-
tamento psicossocial e depressão enquanto as mulheres
apresentaram médias superiores na faceta ansiedade.
Assim, observa-se que a literatura apresenta diferentes
resultados quanto à associação entre o fator neuroti-
cismo e suas facetas e sexo.
O pensamento ruminativo pode ser determi-
nado por diferentes características de personalidade.
Pessoas com altos escores de N tendem a perceber de
forma mais negativa os acontecimentos de sua vida
(Magnus, Diener, Fujita & Pavot, 1993). Devido a isso,
possivelmente, essas pessoas experienciem mais si-
tuações angustiantes, ansiogênicas e discrepantes que
pessoas emocionalmente estáveis (Trapnell & Campbell,
1999).
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Essa tendência a interpretar os eventos de vida
de forma mais obscura pode gerar mais preocupação,
ansiedade e stress (Roelofs, Huibers, Peeters & Arntz, 2008).
Dessa perspectiva, homens e mulheres com altos esco-
res no fator N - especificamente, na faceta desajusta-
mento emocional - podem apresentar uma predispo-
sição à ruminação (Roberts et al., 1998). Em outras pala-
vras, ao invés de utilizarem estratégias eficazes para
solucionar seus impasses, estes sujeitos provavelmente
identificam novos problemas constantemente nas suas
rotinas e ruminam sobre eles (Watson & Hubbard, 1996.
Os efeitos da ruminação podem ser igualmente
prejudiciais para ambos os sexos. Contudo, segundo
Nolen-Hoeksema (2004), mulheres tendem a fazer maior
uso dessa estratégia mal-adaptada quando comparadas
aos homens. Alguns estudos foram realizados para
compreender essa disparidade. Como resultado, veri-
ficou-se que mulheres ruminam mais que homens e
que os níveis de ruminação são preditores de sintomas
depressivos futuros (Broderick & Korterland, 2002; Jose &
Bronw, 2008; Nolen-Hoeksema & Jackson, 2001; Thayer,
Rossy, Ruiz-Padial & Jonhsen, 2003).
Ainda no que se refere à relação entre ruminação
e a variável sexo, a literatura aponta evidências de que
já aos 12 anos de idade, meninas apresentam níveis su-
periores de ruminação quando comparadas aos meni-
nos (Jose & Bronw, 2008). Essa diferença precoce pode
ser resultado de maiores preocupações, por parte das
mulheres, com questões sobre as quais não se pode
exercer muito controle, como aparência física, segu-
rança pessoal e relações interpessoais. Broderick e
Korteland (2003) sugeriram que mulheres atentam mais
para suas emoções e sentimentos. Os autores também
constataram que a ruminação é um modelo de compor-
tamento aprendido precocemente, já no meio familiar,
como uma forma de reagir a situações emocionalmente
impactantes. Segundo esses autores, uma hipótese é
de que as meninas tendem a ruminar sobre questões
específicas, enquanto os meninos tendem a adotar
outras estratégias como distração ou enfrentamento
direto.
O impacto de eventos estressores (preconceitos,
abusos físicos e emocionais, por exemplo), poderiam
ser responsável por maiores níveis de angústia, ansieda-
de e stress na vida de mulheres, uma vez que estas são
mais expostas a tais eventos do que homens (Nolen-
-Hoeksema & Jackson, 2001). Neste caso, o mecanismo
ruminativo poderia ser desenvolvido precocemente e
permaneceria ao longo da adolescência e idade adulta,
servindo como estratégia predominante para lidar com
situações estressoras ao longo da vida. Com base nos
estudos acima citados, é plausível supor que a rumi-
nação pode tornar-se crônica pela falta de maneiras
mais adequadas para lidar com as frustrações cotidianas.
A importância desta pesquisa justifica-se pela
escassez de investigações sobre ruminação no Brasil e,
por isso, optou-se por um estudo de caráter exploratório
e correlacional. Considera-se o pensamento ruminativo
como um indicador de comportamento disfórico rela-
cionado acaracterísticas de personalidade. Assim, con-
forme o exposto, torna-se relevante verificar se a relação
entre pensamento ruminativo e neuroticismo também
é encontrada no contexto brasileiro.
O presente estudo teve os seguintes objetivos:
a) avaliar as propriedades psicométricas dos instru-
mentos utilizados; b) avaliar as relações de cada faceta
do neuroticismo na variância do pensamento rumina-
tivo em homens e mulheres e; c) avaliar as diferenças
entre sexo masculino e feminino em relação ao compor-
tamento ruminativo, fator neuroticismo e suas facetas
(vulnerabilidade, desajustamento psicossocial, ansieda-
de e depressão).
Método
Participantes
Compuseram a amostra deste estudo 361 estu-
dantes universitários (48,5% mulheres e 51,5% homens),
com idades entre 16 e 55 anos (M=19,9 anos; DP=3,6),
dos cursos de Física, Engenharia Elétrica, Engenharia
Florestal, Enfermagem, Farmácia e Odontologia, ofere-
cidos por uma instituição de ensino da cidade de Porto
Alegre, Rio Grande do Sul. Todos os participantes foram
escolhidos por conveniência e a participação dos alunos
foi voluntária. Os dados dos participantes foram obti-
dos de um banco de dados oriundo do estudo de dis-
sertação de mestrado do primeiro autor, publicado em
2009 (Zanon, 2009).
Instrumentos
Para o presente estudo, foram utilizados os
seguintes instrumentos:
177177177177177
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Questionário de Ruminação e Reflexão (QRR)
(Trapnell & Campbell, 1999; adaptado para o português
por Zanon & Teixeira, 2006): Composto por duas escalas
de 12 itens cada uma, foi criado para avaliar o quanto
indivíduos engajam em pensamentos ruminativos e
reflexivos. Alguns exemplos de itens de ruminação são:
“Eu passo um bom tempo lembrando momentos constran-
gedores ou frustrantes pelos quais passei.”; “Muito depois
de uma discordância ou discussão ter acabado, meus
pensamentos continuam voltados para o que aconteceu.”
e “Eu sempre pareço estar remoendo, em minha mente,
coisas recentes que disse ou fiz”. Evidências (Zanon &
Teixeira, 2006; Zanon & Hutz, 2009) apontam que o QRR
apresenta validade de construto e índices de consis-
tência interna satisfatórios para o uso do instrumento em
universitários brasileiros ( =0,87 para ambas as escalas).
Escala Fatorial de Neuroticismo (EFN) (Hutz &
Nunes, 2001): Instrumento autoadministrável, baseado
no modelo dos Cinco Grandes Fatores, que permite uma
avaliação rápida e objetiva de uma dimensão da perso-
nalidade humana denominada neuroticismo. A escala
é composta por 82 itens divididos em quatro subescalas:
vulnerabilidade, desajustamento psicossocial, ansieda-
de e depressão. Além disso, o instrumento fornece um
escore total para o fator neuroticismo, o qual é obtido a
partir da soma dos escores padronizados das referidas
facetas. Os itens da EFN foram construídos na forma de
frases que descrevem atitudes, crenças e sentimentos
dos participantes. Exemplos de itens: “Gosto de envolvi-
mentos sexuais incomuns” e “Não tenho nenhum objetivo
a buscar na vida”. A EFN apresentou índices de consis-
tência interna adequados - alfa de Cronbach - em relação
a todas as facetas (Tabela 1).
Procedimentos
Os participantes responderam, coletivamente,
aos questionários em suas salas de aula. No primeiro
momento, foi realizado um rapport de apresentação da
pesquisa e dos procedimentos éticos, explicitando o
caráter voluntário e não obrigatório bem como a garan-
tia de anonimato das informações. Os estudantes que
concordaram em fazer parte do estudo assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Logo após, foi solicitado aos participantes que
lessem atentamente os instrumentos e respondessem
aos itens de acordo com suas opiniões. A coleta de da-
dos foi realizada em uma única sessão para cada turma
de estudantes, com duração de aproximadamente 45
minutos.
As questões éticas foram asseguradas, de acordo
com a Resolução n° 196/96 do Brasil (1996), tendo todos
os procedimentos atendido às recomendações do Co-
mitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS). O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Psicologia
da UFRGS, protocolo nº 2007/055 em 11 de fevereiro de
2008.
Resultados
Inicialmente, foram analisadas as características
psicométricas dos instrumentos aplicados. Como pode
ser verificado na Tabela 1, o QRR e a EFN apresentaram
índices de consistência interna satisfatórios (alfas de
Cronbach >0,81) e semelhantes aos estudos originais.
Esses dados apontam que os instrumentos mantiveram
seus níveis de fidedignidade e podem ser utilizados
adequadamente neste estudo.
Posteriormente, foram analisadas diferenças de
sexo em relação às variáveis estudadas (Testes t de
Student) e grau de relação entre elas através de correla-
ções de Pearson. Na Tabela 2, as variáveis ruminação,
neuroticismo e vulnerabilidade não diferiram significa-
039,40
068,70
028,90
077,00
046,60
249,68
09,70
22,70
17,70
25,60
23,32
82,72
Tabela 1. Consistência interna das escalas. Porto Alegre (RS).
1. Ruminação
2. Vulnerabilidade
3. Desajustamento psicológico
4. Ansiedade
5. Depressão
6. Escore global de neuroticismo
Variáveis de Cronbach deste estudo
0,87
0,90
0,92
0,88
0,93
0,96
 de Cronbach original
0,87
0,89
0,82
0,87
0,87
0,94
Média Desvio-Padrão
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tivamente entre os sexos. Homens apresentaram médias
mais elevadas de desajustamento psicossocial e depres-
são que mulheres. Estas por sua vez apresentaram média
mais alta em ansiedade.
As correlações entre as variáveis são apresen-
tadas nas Tabelas 3 e 4. Foram verificadas correlações
positivas e significativas de ruminação com neuroti-
cismo e todas as suas facetas em homens. Em relação a
mulheres, esse padrão se manteve. Contudo, não houve
correlação significativa de ruminação e desajustamento
psicossocial.
Com o intuito de verificar se os coeficientes das
correlações de ruminação com neuroticismo e suas
facetas diferiam entre homens e mulheres, foram reali-
zados os Testes z de Fisher. Os resultados obtidos não
apontaram diferenças significativas entre as correlações
dos dois grupos: ruminação e vulnerabilidade (z=1,92;
p>0,05); ruminação e desajustamento psicossocial
(z=0,35; p>0,05); ruminação e ansiedade (z=1,92; p>0,05);
ruminação e depressão (z=1,22; p>0,05) e ruminação e
neuroticismo (z=1,47; p>0,05).
Discussão
Este estudo corroborou, em uma amostra brasi-
leira, evidências de que a manifestação do fator N está
associada ao comportamento ruminativo. Tais achados
estão de acordo com os achados da literatura interna-
cional (Robert et al.,1998; Teasdale & Green, 2004; Trapnell
& Campbell, 1999) e nacional (Zanon & Teixeira, 2006).
Tabela 2. Diferenças de sexo entre ruminação, neuroticismo e suas facetas. Porto Alegre (RS).
1. Ruminação
2. Vulnerabilidade
3. Desajustamento psicológico
4. Ansiedade
5. Depressão
6. Neuroticismo
Variáveis
039,1
068,6
031,8
073,9
049,7
253,1
09,6
22,6
18,6
25,6
24,3
87,3
Média Desvio-Padrão
Homem
039,7
068,8
025,8
080,2
043,5
246,2
09,8
22,9
16,3
25,4
21,9
77,8
Média Desvio-Padrão
Mulher
t gl p < d
-0,60
-0,05
-2,21
-2,30
-2,53
-0,75
350
347
341
348
351
326
0,55
0,96
0,01
0,02
0,01
0,45
0,10
0,01
0,30
0,20
0,30
0,10
Tabela 3. Correlação entre ruminação com neuroticismo e suas facetas em mulheres. Porto Alegre (RS).
1. Ruminação
2. Vulnerabilidade
3. Desajustamento psicológico
4. Ansiedade
5. Depressão
6. Neuroticismo
Variáveis
-
0,57**
0,14**
0,47**
0,36**
0,48**
(1)
-
0,28**
0,60**
0,58**
0,77**
(2)
-
0,42**
0,67**
0,73**
(3)
-
0,58**
0,82**
(4)
-
0,88**
(5)
** p<0,01.
Tabela 4. Correlação entre ruminação com neuroticismo e suas facetas em homens. Porto Alegre (RS).
1. Ruminação
2. Vulnerabilidade
3. Desajustamento psicológico4. Ansiedade
5. Depressão
6. Neuroticismo
Variáveis
-
0,41**
0,18**
0,29**
0,24**
0,33**
(1)
-
0,47**
0,72**
0,64**
0,83**
(2)
-
0,67**
0,69**
0,82**
(3)
-
0,73**
0,91**
(4)
-
0,89**
(5)
* p<0,05; ** p<0,01.
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De acordo com o MFEAR, a ruminação surge de
uma discrepância entre a situação almejada e a situação
real (Matthew & Wells, 2006). Uma vez que o fator N está
associado ao uso de estratégias de enfrentamento ine-
ficientes (Watson & Hubbard, 1996), a afetos negativos
(DeNeve & Cooper, 1998) e a uma tendência a interpretar
eventos de forma mais negativa (Magnus et al., 1993), é
possível que pessoas com essas características per-
cebam-se como menos capazes, como infortunas ou
distantes das condições consideradas por elas como
ideais. Por essa razão elas ruminam, ou seja, elas pensam
de maneira recorrente e disfórica sobre as razões e justi-
ficativas de estarem vivenciando situações desagradá-
veis frequentemente. Assim, as relações encontradas
entre as facetas do neuroticismo (exceto para desajus-
tamento psicossocial) e ruminação são também justi-
ficáveis.
Em relação à vulnerabilidade, pode-se perceber
que os itens da EFN que compõem essa faceta tratam
de questões relacionadas à dificuldade em tomar deci-
sões, insegurança, medos de críticas e outros (Hutz &
Nunes, 2001). Logo, é plausível que pessoas com essas
características pensem muito (de forma ruminativa)
sobre seus temores, indecisões e dificuldades. As cor-
relações positivas e moderadas encontradas entre essas
variáveis corroboram esta suposição.
As associações verificadas entre ruminação e as
facetas ansiedade e depressão estão de acordo com a
literatura (Trapnell & Campbell, 1999). Alguns traços que
compõem a faceta depressão são sentimentos de deses-
perança e pessimismo frente ao futuro. Já a faceta an-
siedade é constituída por características como irritabili-
dade e alterações de humor (Hutz & Nunes, 2001). Pos-
sivelmente, sujeitos com altos escores em ansiedade e
depressão percebem frequentemente a realidade de
maneira discrepante e ruminam sobre a percepção de
inadequação às condições almejadas. A provável falta
de estratégias eficazes para lidar com as discrepâncias
pode estar associada ao uso da ruminação como um
recurso para pensar sobre a situação. Neste sentido, o
pensamento ruminativo pode ser um fator que inten-
sifica os sintomas da ansiedade e depressão (Roelofs et
al., 2008), pois a lembrança recorrente de eventos desa-
gradáveis pode eliciar mais sentimentos e emoções
negativas.
No entanto, a ruminação parece estar pouco
associada à faceta desajustamento psicossocial. As
pequenas correlações encontradas entre essas variáveis
apontam que pessoas que consomem álcool exagera-
damente, realizam práticas sexuais de risco e que têm
pouca consideração por regras sociais apresentam esco-
res de ruminação que variam de “baixo” a “alto”. Tal
achado, contudo, merece ser melhor elucidado, à luz
de outras possíveis variáveis envolvidas (aspectos
socioeconômicos e culturais), mas não avaliadas nesse
estudo.
Ainda, pode-se verificar no presente estudo que
as correlações entre ruminação e neuroticismo e suas
facetas não diferem entre homens e mulheres. Ou seja,
os dados apontam que os padrões de relações do pen-
samento ruminativo com o fator N e suas facetas não
diferem entre os sexos. Homens apresentaram maiores
índices de depressão quando comparados às mulheres
no que se refere à amostra deste estudo. Tais achados
vão de encontro aos achados da literatura predomi-
nante, a qual apresenta médias de depressão maiores
para indivíduos do sexo feminino. Contudo, este estudo
corrobora um menor número de achados da literatura,
com amostras brasileiras, que verificou maiores médias
de depressão em homens (Hutz & Nunes, 2001; Serafini,
2008).
Considerações Finais
É plausível que a frequência e intensidade com
que os traços de neuroticismo manifestam-se nas pes-
soas predisponham diferentes níveis de ruminação. Uma
vez que pessoas com altos escores de N tendem a
perceber seus eventos de vida de forma mais negativa,
é possível que estes vivam mais eventos estressores e
ruminem mais sobre eles. Neste sentido, a ruminação
pode ser pensada como um mecanismo subjacente
que dá continuidade ao círculo vicioso de interpretar
eventos mais negativamente do que de fato são e expe-
rienciar mais afetos negativos. É importante salientar
que o presente estudo é de caráter correlacional, o que
não permite inferir relações de causalidade entre as
variáveis.
Por fim, observa-se que não há consenso na
literatura acerca da relação entre neuroticismo (e suas
facetas) e a variável sexo. Isso permite supor que outras
variáveis que não foram contempladas neste estudo,
tais como aspectos sociais, culturais e demográficos,
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Estudos de Psicologia I Campinas I 29(2) I 173-181 I abril - junho 2012
merecem ser melhor analisadas em estudos posteriores.
Ademais, são necessárias explicações adicionais (talvez,
para além de uma idiossincrasia da amostra) sobre o
porquê de homens apresentarem média superior de
depressão do que mulheres.
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Recebido em: 4/8/2011
Versão final reapresentada em: 12/9/2011
Aprovado em: 4/11/2011
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