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Introduçã� a� metabolism� Aul� 1 Anabolismo (biossíntese): consome energia, transforma moléculas mais simples em mais complexas. Catabolismo (degradação): libera energia, quebra moléculas mais complexas para formar outras mais simples. Vias metabólicas, em geral, só funcionam através da ação de enzimas. BIOENERGIA : � termodinâmic� d� célul� Existem leis que explicam como a energia funciona no sistema da célula, como ela pega um substrato (alimento) e transforma em energia (ATP)→ isso é o metabolismo. A energia de uma célula é contada em ATP e ela não pode ser armazenada, tem que ser transformada. ATP: ribose + 3 fosfatos (serve de energia, mas não se armazena, o que é armazenado são os substratos). dATP: desoxirribose + 3 fosfatos (usada para a síntese de DNA). 1 lei da termodinâmica: CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Toda energia do universo se conserva. Quando quebramos uma cadeia de carbonos, por exemplo, essa energia precisa ser transferida para outra coisa. Quando transformamos a energia química (do alimento) em energia mecânica (do movimento). 2 lei da termodinâmica: MODIFICAÇÕES OCORREM DE FORMA ESPONTÂNEA PARA UMA FORMA + DISPERSA (calor transfere pro frio) Como ocorreu no Big Bang, onde toda energia de um ponto se dispersou por todo o universo (e continua se dispersando). Quanto maior a entropia menor a energia livre→ entropia = dispersão de energia. Entropia: número de “estados” que um sistema pode assumir. Quando se tem oxigênio em uma reação, ela será uma reação de combustão. Combustão da glicose: reação bioenergética ou termodinamicamente favorável (pq aumenta a entropia e diminui a energia livre). C6H12O6 + 6 O6 → 6 CO2 + 6 H2O 7 moléculas → 12 moléculas Aumenta a entropia Essa reação não aconteceria naturalmente pois precisa de um catalisador para diminuir a energia de ativação para que a glicose, ao se juntar com o oxigênio, vire CO2 e água. Contudo, não existe um catalisador, então se utiliza um fósforo, logo, na natureza ela só ocorre se dermos energia. Mas uma célula não tem energia su�ciente para essa reação, por isso é necessária uma via glicolítica, cte, oxidativa, que possui uma série de enzimas→ reações compartimentalizadas dentro da célula. A celulose de uma árvore que está exposta ao oxigênio, não se transforma e simplesmente desaparece, porque a energia de ativação é muito alta e precisa de uma enzima para que ocorra a reação RESUMO Todos os animais terão carboidratos, lipídeos e proteínas na dieta e tudo que é consumido será oxidado. Sempre que algo se oxida, outra coisa precisa ser reduzida (oxirredução). Na oxidação se liberam prótons e elétrons e as coenzimas são reduzidas. Coenzimas reduzidas (com H+ e e-): NADH, FADH2, NADPH. Coenzimas oxidadas: NAD+, FAD, NADP+. Dependendo do estado onde o organismo vive e sua rotina, a energia será fornecida por diferentes sistemas energéticos. Degradação, síntese e ressíntese de ATP→ Processo constante no corpo, sempre precisa de energia e sempre precisa produzi-la, podendo ser de forma AERÓBIA ou ANAERÓBIA TERMOS IMPORTANTES Período absortivo: período de 2 a 4 horas após uma refeição normal onde há uma elevação nos níveis de concentração de glicose, aminoácidos e ácidos graxos disponíveis para o organismo absorver. Há a liberação de insulina e captura de células insulino-dependentes para as vias metabólicas→HIPERGLICEMIA. Período pós-absortivo (jejum): ocorre quando o organismo não tem mais glicose livre e precisa quebrar as moléculas de glicogênio hepático para fornecer energia para o corpo -> HIPOGLICEMIA. ● Glicólise: quebra de glicose ● Glicogenólise: quebra do glicogênio em glicose ● Glicogênese: formação de glicogênio a partir da glicose ● Gliconeogênese: formação de glicogênio a partir de substratos que não são a glicose (macronutrientes: lipídios e proteínas). Glicólis� aeróbic� Aul� 2 A glicólise faz a degradação de umamolécula de glicose em 2 piruvatos, o início do processo consome 2 ATP e depois produz 4 ATP, então ao todo a glicólise gera 2 ATP. Além disso, esse processo transforma 2NAD+ (transportador de hidrogênios e elétrons,) em 2NADH, é o NAD que confere à cadeia respiratória produtiva de ATP a energia necessária para que ela funcione. FASE PREPARATÓRIA ETAPA 1: transforma a glicose em glicose-6-fosfato a partir da enzima hexocinase ou glicocinase -> fosfato liga-se ao carbono 6 da glicose (advindo do primeiro ATP que a reação consome). Ela ocorre para a glicose não conseguir sair da célula. ETAPA 2: transforma a glicose-6-fosfato em frutose-6-fosfato a partir da enzima fosfoglicose isomerase, essa reação torna possível as duas próximas reações. ETAPA 3: a nova conformação da molécula que ocorreu na reação anterior permite que mais um fosfato se ligue nessa molécula, a partir da enzima fosfofrutocinase que transforma a frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato. Isso permite que a molécula �que simétrica para a próxima reação acontecer. Essa é a segunda e última etapa que consome ATP. A enzima fosfofrutocinase é a principal enzima que controla a velocidade da glicólise. ETAPA 4: quebra da molécula da glicose com 6 carbonos em duas moléculas com 3 carbonos, essa reação é feita pela enzima aldolase, que formará um di-hidroxicetona fosfato e um gliceraldeído-3-fosfato, que será a molécula a prosseguir na reação. ETAPA 5: o di-hidroxiacetona fosfato será transformado pela enzima triose fosfato isomerase em gliceraldeído-3-fosfato, dessa forma, toda a reação será feita em dobro já que tem 2 gliceraldeídos. FASE DE PAGAMENTO ETAPA 6: o gliceraldeído-3-fosfato é transformado em 1,3-bifosfoglicerato pela enzima gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase. O novo fosfato da molécula é inorgânico, ou seja, estava livre, logo, não vem de ATP. Por ser inorgânico ele não possui energia para se ligar ali na molécula, mas esse acoplamento ocorre pela oxidação do gliceraldeído que transforma NAD+ em NADH (pela presença de água, onde um H vai pra molécula e outro pro NADH) e permite o fósforo se ligar. Ou seja, a oxidação é a energia para essa reação acontecer. (OCORRE EM DOBRO) ● FORMA 2 NADH, UM EM CADA REAÇÃO. ETAPA 7: 1,3-bifosfoglicerato pela enzima fosfoglicerato cinase é transformado em 3-fosfoglicerato, ou seja, nesse momento se perde um fosfato da molécula. Esse fosfato liberado se junta ao ADP para formar ATP. (OCORRE EM DOBRO). ● O fosfato inorgânico não pode ser ligado diretamente ao ADP, por isso a importância da etapa 6, que fornece energia para que o processo de liberação do fosfato ocorra. ETAPA 8: o 3-fosfoglicerato é transformado pela enzima fosfoglicerato mutase, que modi�ca o local de ligação do fosfato na molécula, que agora é 2-fosfoglicerato (OCORRE EM DOBRO) ETAPA 9: o 2-fosfoglicerato perde dois hidrogênios e um oxigênio (H2O) pela ação da enzima enolase e se transforma em fosfoenolpiruvato. (OCORRE EM DOBRO) ● A ETAPA 8 e 9 TORNAM A LIGAÇÃO DO FOSFATO NAMOLÉCULAMUITO INSTÁVEL, O QUE TORNA POSSÍVEL A OCORRÊNCIA DA ÚLTIMA ETAPA. ETAPA 10: o fosfoenolpiruvato, pela ação da piruvato cinase, se transforma em piruvato, sendo que o P que foi liberado irá se ligar a um ADP e, assim, formar um ATP (OCORRE EM DOBRO). Glicólis� anaeróbic�→ lactat� o� CO2 + etano� Tem objetivo de restaurar o estoque de NAD+ para a glicólise em casos de falta de oxigênio. A fermentação lática ocorre em atividades físicas intensas, na falta de O2 no músculo. ● Os piruvatos pegam H+ e e- do NADH e formam 2 lactatos, que mantêm o pH do sangue para evitar cãibras. A fermentação alcoólica ocorre por fungos e leveduras. ● Os piruvatos são quebrados pelas leveduras, liberando 2 CO2, que formam 2 acetaldeídos. Eles capturam H+ e e- do NADH e formam 2 etanol (que inibe bactérias no meio). Descarb�xilaçã� �xidativ� d� piruvat� � Aceti�-CoA PIRUVATO C3H4O3→ ACETIL C2H4O→ LIBERA CO2 No processo de transformação de Piruvato em Acetil-coA tem a presença de 3 enzimas, juntas formando o complexo do piruvato-desidrogenase. Cada uma dessas enzimas tem a sua coenzima: TPP (tiamina pirofosfato) e ácido lipóico; FAD,NAD+ e CoA-SH. ● Para o processo acontecer, o piruvato entra na mitocôndria por um transportador sem gasto de energia até a matriz mitocondrial. TPP e ácido lipóico: oriundas de vitamina B1; FAD: oriunda de vitamina B2; CoA: vitamina B5; NAD+: vitamina B3. ETAPA 1: Inicialmente, o TPP se liga com parte do piruvato e essa ligação libera CO2 e forma o grupamento hidroxietil-TPP. ETAPA 2: Em seguida esse hidroxietil formado se liga a ácido lipóico (que está em sua forma oxidada), fazendo assim a liberação de um H para ela, que desfaz sua ligação dissulfeto. ETAPA 3: Por último, a parte do piruvato que sobrou apenas como um acetil na molécula é transferida para a coenzima A e ácido lipóico �ca em uma forma reduzida, commais 2H+. ETAPA 4: Esse ácido lipoico deve ser reoxidada para participar de mais reações como essa em seguida, portanto, transfere os 2H+ que havia ganhado para o FAD, que �ca FADH2. ETAPA 5: Esse FADH2, posteriormente, transfere seus elétrons para o NAD+, que irá virar NADH+H+, e será utilizado em outros processos para gerar ATP. Metabolism� d� dissacaríde�� Sacarose: glicose + frutose→ sacarase Lactose: glicose + galactose→ lactase ● A hidrólise acontece no intestino delgado, onde seus monossacarídeos serão absorvidos pelos eritrócitos. Frut�s� ● Pode ser fosforilada pela mesma enzima da glicólise, hexocinase, e ser transformada em frutose-6-fosfato→ não é o principal destino desse carboidrato 1: Pode também, sofrer ação da enzima frutoquinase no fígado, sendo fosforilada e produzindo uma frutose-1-fosfato (ocorre gasto de ATP). 2: Em seguida, será quebrada essa molécula ao meio pela enzima aldolase B (gliceraldeído e dihidroxiacetona-fosfato); 3: O gliceraldeído será fosforilado pela enzima triose quinase, no fígado, se tornando um gliceraldeído-3-fosfato (consome ATP→ vira ADP)→ posteriormente vira um Piruvato. 4: A dihidroxiacetona-fosfato será transformada em gliceraldeído-3-fosfato pela enzima triose fosfato isomerase → posteriormente vira um Piruvato. ● A frutose pula 2 fases de regulagem da glicólise, a maior produção de gliceraldeídos-3-P (precursor de lipogênese) favorece a síntese de lipídeos no tecido hepático. Galact�s� Por não ter uso direto na célula, precisa ser convertida em seu epímero para ser utilizada. 1: A galactose será fosforilada em galactose-1-fosfato pela enzima galactoquinase (consome ATP→ vira ADP); 2: Galactose-1-fosfato vira UDP-galactose pela enzima transferase. Ela une a galactose ao UDP e pega o P para unir com a glicose. Galactose-1-fosfato + UDP-glicose→ UDP-galactose + glicose-1-fosfato. ● A enzima UDP-glicose-4-epimerase pode transformar UDP-galactose em UDP-glicose se houver necessidade→ reciclagem. ● A UDP-galactose é utilizada pelo organismo para a biossíntese de galactolipídeos. Glicogênes� Aul� 3 ● Glicogênio é a forma como o organismo estoca glicose e GLICOGÊNESE é a síntese desse glicogênio. As glicoses no glicogênio apresentam ligações alfa 1,4 e possui diversas rami�cações onde as ligações são alfa 1,6. ● Formação de grânulos de glicose no fígado e músculos. Todas as glicoses adicionadas tem que estar em sua forma ativada, que é o UDP-G, ou seja, ligadas a uma uracila. ● A glicogênese ocorre após uma alimentação quando se tem glicoses disponíveis e essas novas glicoses serão adicionadas às rami�cações da molécula de glicogênio. ● A GLICOGENINA é uma proteína que �ca no “centro” do glicogênio e a partir dela se ligarão as glicoses. É um ativador, já que forma o glicogênio ativado. ETAPA 1: Glicose é fosforilada em Glicose-6-fosfato pela glicoquinase no fígado ou hexoquinase no músculo (gasta ATP). ETAPA 2: nessa reação entra a enzima fosfoglicomutase faz a transferência do fosfato do C6 para o C1, formando a Glicose-1-fosfato. Isso ocorre pela presença do a.a serina presente na enzima, que transfere um fosfato para o C1 e recebe o fosfato do C6. ETAPA 3: a enzima UDP-glicose pirofosforilase pega a glicose e passa para o UTP, que libera um PPi (um P da glicose e um do UTP), formando a UDP-glicose. ● UTP é semelhante ao ATP mas com a Uracila no lugar da Adenina, sendo também uma moeda energética que pode ser usada em determinados casos → Uridina difosfato. ETAPA 4: �nalmente, aquela UDP-glicose será acrescentada à molécula de glicogênio, liberando o UDP. A� ramificaçõe� d� glicogêni� São feitas pelas enzimas de rami�cação do glicogênio. Com pelo menos 11 glicoses na cadeia (alfa 1,4), de 6 a 7 são transferidas para formar uma nova rami�cação (alfa 1,6). A glicogenin� É uma proteína que catalisa o início da cadeia. Ela contém um a.a tirosina, que se liga à glicose que estava ligada ao UDP. Esse aminoácido será responsável por adicionar as 7 primeiras glicoses à cadeia do glicogênio e as próximas serão colocadas pela enzima glicogênio sintase. Transpo�tadore� d� glic�s� Por ser altamente hidrofílica, a glicose precisa de moléculas que auxiliem ela no transporte pela membrana celular. Esses transportadores são as proteínas→ GLUTs e SGTL. GLUT→ Gluc�s� transpo�te�. GLUT 1: hemácias e maioria dos tecidos→transporta glicose e galactose (pouca glicose); GLUT 2: intestino delgado, pâncreas, rins e fígado → transporta glicose, frutose e galactose; GLUT 3: presente nos neurônios, placenta e testículos→ transporta glicose; GLUT 4: tecido adiposo e músculos→ transporta glicose (depende de insulina); GLUT 5: presente no intestino delgado, testículos, fígado e rins→ transporta frutose. SGLT→ Sodiu� dependen� gluc�s� cotran� ● Absorve a glicose na luz intestinal e leva para o sangue. ● Transporte simporte, quando duas substâncias são transportadas na mesma direção. A ATPase age como uma bomba de sódio e potássio (manda Na+ para fora e traz K+ para dentro do enterócito). O SGLT age como um regulador e tenta manter as concentrações normais dentro da célula e carrega Na+ ou uma proteína de membrana GLUT1 junto com glicose para o interior dela, contra o gradiente negativo que se formou pela ação da ATPase. ● Entra 2K+ e sai 3Na+→ com gasto de energia. Glicogenólis� É a quebra do glicogênio em momentos de jejum e atividade física intensa, permitindo ao fígado e aos músculos fornecerem glicose para o sangue e evitar hipoglicemia. O estímulo das células alfa do pâncreas liberam glucagon, que estimula a enzima glicogênio fosforilase. ● Esse processo consiste em fazer uma quebra do glicogênio para a liberação das glicoses das extremidades não redutoras da molécula. ● A grande quantidade de rami�cações permite que o glicogênio esteja sempre pronto para perder glicoses na glicogenólise ou ganhar glicoses na glicogênese→ ACELERA AS DUAS REAÇÕES. PROCESSO SEM GASTO DE ENERGIA (ATP) Extremidade não redutora é aquela disponível para ser ligada a uma nova glicose; Extremidade redutora é aquele ligado à glicogenina, que não poderá se ligar a novas glicoses; Glicogênio-fosforilase é a enzima responsável por tirar glicoses da molécula. Essa enzima une um Pi (fosfato inorgânico) ao C1 da glicose, assim, rompendo a ligação alfa-1,4 e formando umamolécula de glicose-1-fosfato. A glicogênio fosforilase atua até restarem 4 glicoses na rami�cação (não consegue tirar glicoses das rami�cações). Essas glicoses são transferidas então pela transferase para o cerne da molécula (desrami�cando ela) e a fosforilase continua. ● A ligação alfa-1,6 é hidrolisada e as moléculas são transferidas para a extremidade mais próxima. Glic�s�-1-f�sfat�→ Glic�s�-6-f�sfat� A enzima fosfoglicomutase que faz essa conversão. Em seu a.a serina tem um P, que é transferido para o C6 da glicose e pega o P do C1 da glicose. Glic�s�-6-f�sfat�→ Glic�s� pur� Essa reação é feita pela enzima glicose-6-fosfatase, que remove o P e libera glicose no sangue. O músculo não faz essa quebra em glicose pura pois não precisa transportar a glicose para fora da célula, diferentemente do fígado que transporta glicose para o sangue. Essa é uma vantagem evolutiva que faz com que o músculo tenha uma reserva energética própria. ● Pelo GLUT2 a glicose seráliberada do fígado para a corrente sanguínea. Vi� d� pent�se�-f�sfat� Aul� 4 ● Ocorre no citosol. ● A glicose pode seguir na glicólise ou na via oxidativa das pentoses. ● A Via das pentoses ocorre no período absortivo, nunca em hipoglicemia. Fas� �xidativ�: ETAPA 1: A glicose-6-fosfato será oxidada pela enzima glicose-6-fosfato desidrogenase em 6-fosfoglicono-lactona. Nesse momento o NADP+ é reduzido a NADPH. MG2+ é um cofator que entra na enzima desidrogenase e a ativa. ETAPA 2: a enzima lactonase hidrolisa a 6-fosfoglicono-lactona em 6-fosfogliconato→ é um açúcar ácido. Nesse momento umH2O libera umH +. ETAPA 3: pela ação da enzima 6-fosfogliconato-desidrogenase, a carboxila será removida e os prótons vão passar ao NADP+ que será reduzido a NADPH e agora teremos uma molécula de ribulose-5-fosfato. Essa fase também libera um CO2. ETAPA 4: agora a enzima fosfopentose-isomerase muda a ligação dupla do oxigênio de lugar, dando origem ao aldeído ribose-5-fosfato→ reação reversível. Essa é a molécula ativada de ribose que vai fazer parte dos ácidos nucleicos. ● Se houvesse ação de epimerase ao invés de isomerase, teria formação de xilulose-5-P. ● Essa fase ocorre quando a célula não precisa de ribose para formar outros produtos, como os nucleotídeos. Fas� nã� �xidativ�: ETAPA 1: a ribulose-5-fosfato pode ser modi�cada por uma epimerase em xilulose-5-fosfato. A xilulose doa 2 carbonos para a ribose-5-fosfato que vira sedoheptulose-7-fosfato, e vira um gliceraldeído-3-fosfato, isso ocorre pela ação da enzima transacetolase. ETAPA 2: a enzima transaldolase pega 3 carbonos da sedoheptulose-7-fosfato e “devolve” para o gliceraldeído, formando respectivamente, uma frutose-6-fosfato e uma eritrose-4-fosfato. ETAPA 3: pega-se mais uma xilulose-5-fosfato que doa 2C para a eritrose que vira uma frutose-6-fosfato e pela enzima transcetolase vira um gliceraldeído-3-fosfato. A TRANSCETOLASE PRECISA DA COENZIMA TPP ● São reações reversíveis que ocorrem pela movimentação de carbono e tem objetivo de formar gliceraldeído-3-P ou frutose-6-P para que possam entrar na via glicolítica ou retornar à fase oxidativa e formar mais NADPH. Regulaçã� dest� vi� Quando o corpo tem excesso de NADPH, ele age como um regulador alostérico da primeira enzima da via, inibindo a via e direcionando toda a glicose-6-fosfato para a glicólise. Quando a concentração cai, a glicose volta a participar da produção de NADPH na via. Radicai� livre� Combatidos pelo NADPH e são associados ao câncer e envelhecimento: ● O2: peróxido ● OH: hidroxila ● H2O2: peróxido de hidrogênio São moléculas com 1 elétron desemparelhado que roubam elétrons, podendo atacar o DNA, lipídios, etc. Associaçã� d� produçã� d� NADPH a� sistem� d� produçã� REDOX ● O NADPH age como um metal de sacrifício e oxida ao invés das proteínas, evitando que elas sejam desativadas pelo ataque de radicais livres. Esse mecanismo ocorre por ação de enzimas ou vitaminas. Enzimas: A proteína glutationa (redutora) possui 2 cisteínas em sua forma ativa (reduzida). Ela doa elétrons para os radicais livres e �ca oxidada (inativa) e formando pontes dissulfeto→ ação da enzima glutationa peroxidase. ● Para reduzi-la novamente, o NADPH doa prótons para a enzima glutationa redutase reativá-la. Vitaminas: Quando o corpo tem vitamina E em excesso (lipossolúvel), criam radicais livres, pois ela vira tocoferil. Com o auxílio da sobra de vitamina C que ingerimos, ela se torna tocoferol novamente. ● A vitamina C desse processo se torna um radical livre liberado pela urina (hidrossolúvel). ● Importância de tomar vitamina E junto com a C. Gliconeogênes�, Cicl� d� Cor� � Corp�� cetônic�� Aul� 5 Ocorre no período pós absortivo, sendo comandado pelo hormônio GLUCAGON, para alimentar órgãos insulino-dependentes (cérebro, hemácias e retina). ● Degradação de triacilgliceróis também ocorre na fase de jejum: - Cetogênese → os ácidos graxos formam o corpo cetônico que alimenta músculos e tecidos periféricos. Na gliconeogênese os aminoácidos, lactato e glicerol são usados pelo fígado para produzir glicose e alimentar o cérebro. Os demais tecidos são nutridos por ácidos graxos (em jejum prolongado) → corpos cetônicos produzidos no fígado. Enzimas da gliconeogênese fazem reação inversa à original (irreversíveis), sendo elas: ● glicose-6-fosfatase; ● frutose-1,6-bifosfatase; ● piruvato-carboxilase; ● fosfoenol-piruvato carboxilase. Substratos: ● a.a ● lactato ● glicerol. Aminoácid�� ● Parte das reações ocorre no citosol e parte na mitocôndria dos hepatócitos. ● Proteólise ocorre no músculo, onde os a.a são transformados em Alanina, que é o único a.a que entra no fígado para ser metabolizado. ETAPA 1: Alanina reage com alfa cetoglutarato e vira piruvato + glutamina (citosol). ETAPA 2: Piruvato entra na mitocôndria, onde ele reage com a enzima piruvato carboxilase que o transforma em oxaloacetato (tem gasto de ATP). ETAPA 3: Oxaloacetato volta ao citosol e a enzima fosfoenolpiruvato-carboxicinase insere um fosfato (GTP -> GDP) e retira um CO2 virando um fosfoenolpiruvato. ● Passa por reações reversíveis até virar frutose-1,6-bifosfato (que é irreversível). ETAPA 4: A frutose-1,6-bifosfatase tira o fosfato do C1 e ela vira uma frutose-6-fosfato (depois será convertida em glicose-6-fosfato). ETAPA 5: A glicose 6 fosfatase transforma essa molécula em glicose pura. Glicero� ● Ocorre no citosol dos hepatócitos. ETAPA 1: do fígado, o glicerol é fosforilado pela enzima glicerol quinase e vira glicerol-3-fosfato (tem gasto de ATP). ETAPA 2: em seguida, a enzima glicerol-3-fosfato desidrogenase retira um próton (oxida) dessa molécula, que vira uma dihidroxiacetona-fosfato. Esse próton será transferido para um NAD+ que vira um NADH. ETAPA 3: essa molécula sempre estará em equilíbrio com seu isômero, o gliceraldeído-3-fosfato e assim consegue passar pelos mesmos processos que passavam na glicólise (reverso) para produzir glicose. Cicl� d� Cor� É uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. O lactato não se acumula no músculo, ele vai para o fígado e auxilia na via de gliconeogênese. Não é ele que causa dor/cãibra, é o acúmulo de CO2 que causa. ● Lactato será convertido em piruvato e consegue passar pelos processos reversos da glicólise para virar glicose. Corp�� cetônic�� ● Período pós absortivo; ● Quem comanda é glucagon; ● Forma glicose→ vai pro SNC; ● Tecidos insulino-independentes não estão "enxergando" a glicose, que vai toda para o SNC, então esses outros tecidos vão se alimentar de corpos cetônicos; 1: Tecido adiposo sofre ação da lipase (ativada pelo glucagon), quebra o triacilglicerol e libera glicerol (para a gliconeogênese) e os ácidos graxos vão ao fígado→ são transformados em corpos cetônicos; 2: Serão transportados para os tecidos periféricos/músculos e os alimentam em jejum; ● Em jejum extremo, o cérebro também passa a se alimentar de corpo cetônico como tentativa de sobrevivência.