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Cooperativismo e Associativismo Rural Prof. André Cayô Cavalcanti Eng. Agrônomo – UFVJM Doutor em Zootecnia – UFMG Pós – Doutor em Manejo de Pastagens – UFES http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=LzQH44phkF4z6M&tbnid=p2Lt65nHPGfuKM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.cpt.com.br/cursos-administracaorural/artigos/cooperativas-trabalhadores-rurais-esforco-cada-resulta-progresso-todos&ei=mWq1U9aYB8yFqgaMrYKwBA&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNHZyZ8MbhrvnGpTaKbzvm3vC7h6Qg&ust=1404484575855772 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=VhS3j_n210zOIM&tbnid=U75p1gJfZF1daM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.sdr.rs.gov.br/conteudo.php?cod_conteudo=2201&cod_menu=2&ei=vGq1U9AgiKCoBob2gagM&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNHZyZ8MbhrvnGpTaKbzvm3vC7h6Qg&ust=1404484575855772 ORGRANIZAÇÃO RURAL “A Organização Rural deve ser uma das formas de reduzir a extrema atomização dos produtores rurais, particularmente os pequenos e médios, fato que leva-os, a sua cada vez maior marginalização” POR QUE ORGANIZAR ? . . . • Garantir a participação na solução dos problemas; • Reconhecer suas potencialidades; • Compartilhar com o Estado a busca dessas soluções; • Conquistar mercados; • Empreender em conjunto; • Para a ATER, amplia o atendimento . POR QUE ORGANIZAR ? • Descobrir meios de produção; • Introduzir tecnologias adequadas e disponíveis; • Unir-se aos vizinhos para encarar sua situação; • Empreender em conjunto; • Se tornar competitivo POR QUE ORGANIZAR ? • Baixar custos • Conquistar mercados • Acessar as políticas públicas • Enfrentar desafios – luta pela terra, reivindicação de crédito e assistência técnica para a produção, melhoria da infra-estrutura (estradas, eletrificação), garantia dos serviços sociais básicos (educação e saúde), dentre outros. TIPOS DE ORGANIZAÇÕES • Grupos Informais • Grupos Formais – Associações e Centrais de Associações – Cooperativas, Centrais de Cooperativas e Redes Cooperativas – Sindicatos – Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural – CMDR – Consórcios – Colônia de Pescadores – Condomínios Rurais Associativismo O que é associativismo? O QUE É ASSOCIATIVISMO? O Associativismo é uma forma de organização que tem como finalidade conseguir benefícios comuns para seus associados por meio de ações coletivas. Um tipo de organização associativa, podendo ser formada por um grupo de duas ou mais pessoas que se organizam para defender seus interesses comuns, sem fins lucrativos e com personalidade jurídica (Instituto Ecológica, 2007). O associativismo é fruto da luta pela sobrevivência e pela melhoria das condições de vida nas comunidades, todo o patrimônio de uma associação é constituído pelos associados ou membros. ASSOCIATIVISMO NO MEIO RURAL O associativismo se constitui em alternativas necessárias que viabilizem as atividades econômicas, possibilitando aos trabalhadores e pequenos proprietários um caminho efetivo para participar do mercado em melhores condições de concorrência. A união dos pequenos produtores em associações torna possível: 1. a aquisição de insumos e equipamentos com menores preços e melhores prazos de pagamento; 2. uso coletivo de tratores, colheitadeiras, caminhões para transporte, etc.; 3. Grupos de trabalho – troca de mão de obra por hora trabalhada CARACTERÍSTICAS DO ASSOCIATIVISMO União de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas com objetivos comuns; O patrimônio é constituído pela contribuição dos associados, através de doações, fundos e reservas. Não possui capital social; Seus fins podem ser alterados pelos associados em assembleia, tendo cada um direito ao voto; São entidades de direito privado e não público, podendo realizar operações financeiras e bancárias, porém as sobras de operações financeiras devem ser aplicadas na associação; Os dirigentes não recebem remuneração; Os dirigentes podem representar a Associação em ações coletivas de seu interesse; Possui um sistema de escrituração contábil simplificada. PRINCÍPIOS DO ASSOCIATIVISMO 1. Princípio da Adesão Voluntária e Livre As associações são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas dispostas a aceitar as responsabilidades de sócio, sem discriminação social, racial, política, religiosa e de gênero. 2. Princípio da Gestão Democrática pelos Sócios As associações são organizações democráticas, controladas por seus sócios, que participam ativamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões, sendo os gestores eleitos pela maioria para atender a necessidade de todos. PRINCÍPIOS DO ASSOCIATIVISMO 3. Princípio da Participação Econômica dos Sócios Os sócios contribuem de forma justa e controlam democraticamente as suas associações através de deliberação em assembleia geral. 4. Princípio da Autonomia de Independência As associações podem entrar em acordo operacional com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, devem fazê-lo de forma a preservar seu controle democrático pelos sócios e manter sua autonomia. PRINCÍPIOS DO ASSOCIATIVISMO 5. Princípio da Educação, Formação e Informação. As associações devem proporcionar educação e formação. Os dirigentes eleitos devem contribuir efetivamente para o seu desenvolvimento da comunidade. Eles deverão informar o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação. 6. Princípio da Interação As associações atendem a seus sócios mais efetivamente e fortalecem o movimento associativista trabalhando juntas, através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais. 7. Interesse pela Comunidade As associações trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, municípios, regiões, estados e país através de políticas aprovadas por seus membros. FORMAÇÃO DE UMA ASSOCIAÇÃO 1° passo: Reunião As pessoas interessadas em constituir uma associação devem decidir qual vai ser a missão dela (os objetivos). Depois disso, vão decidir quais atividades desenvolver para alcançar esse(s) objetivo(s). Além disso, podem escolher uma comissão para tratar das providências necessárias à criação da associação, com a indicação do coordenador dos trabalhos. 2° passo: Elaboração da proposta de Estatuto Social (Regimento Interno) O Estatuto Social é o documento que vai permitir formalizar a criação da associação. Nele constam os objetivos da associação, as regras para escolha de seus dirigentes, o tempo estipulado para o mandato, as funções dos diferentes órgãos administrativos, as punições aos desvios de conduta, as formas de julgamento, entre outras diretrizes essenciais ao bom funcionamento da associação. 3° passo: Assembleia geral de constituição da associação. Esta é a etapa na qual a Assembleia Geral vai: • ler e aprovar a proposta de Estatuto Social • ler e aprovar a proposta de Regimento Interno • eleger a Diretoria, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal (facultativo) 4° passo: Registrar o Estatuto Os estatutos sociais de associações são registrados no Cartório de Registros Civis de Pessoas Jurídicas. Para efetuar o registro é necessária a assinatura de um advogado. 5° passo: Legalizar a Associação Tendo cumprido todos os passos anteriores, é já possível fazer a Escritura Pública Para fazer esta Escritura será necessária a seguinte documentação: – obter inscrição na Receita Federal - CNPJ; – obter inscrição na Receita Estadual - Inscrição Estadual (se for o caso); – obter inscrição no INSS; – registrar na prefeitura municipal, Alvará de Licença e Funcionamento; Os fundadores da associação devem marcar uma reunião informal com o objetivo de definirem os seguintes aspectos: • Objeto Social • Nome da Associação • Escolher a Sede • Outros Aspectos Para que se constitui o associativismo ? ✓viabilização das atividades econômicas.✓Melhor produção e comercialização de bens. ✓Garante melhor desempenho para competir no mercado. ✓Capacidade de comprar insumos e equipamentos com menores preços e melhores prazos de pagamento. Objetivos -Desenvolver um projeto coletivo de trabalho; -Defender os interesses dos associados; -Produzir e comercializar de forma cooperada -Reunir esforços para reivindicar melhorias em sua atividade e comunidade; -Melhorar a qualidade de vida e participar do desenvolvimento de sua região Quais são os direitos e deveres dos membros da associação? Quais são os direitos e deveres dos membros da associação? Direitos • Votar e ser votado • Participar de todas as operações da associação • Examinar livros e documentos • Convocar a assembléia caso seja necessário • Pedir esclarecimentos ao Conselho de Administração • Opinar e defender suas idéias Deveres • Operar com a associação • Participar das assembléias da associação • Acatar a decisão da maioria • Votar nas eleições • Cumprir seus compromissos com a associação • Manter-se informado a respeito da associação • Denunciar falhas Quais são as vantagens de criar uma associação? Diferenças de associativismo e cooperativismo. • Associação não se registra na junta comercial, e sim registrada em cartório. • Processos mais simples. • Não paga imposto de renda. • Não há a necessidade de contador. Sindicatos Qual a função dos Sindicatos: • A única função dos sindicatos, é a de "representar os interesses dos trabalhadores" sob determinada jurisdição, visando o seu bem estar. SR-Patronal 1)Assessória Jurídica 2) Contratos 3) Declaração de ITR -Imposto Territorial Rural 4) Declaração do ADA -Ato Declaratório Ambiental 5) Emissão de CCIR 6) Cursos SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) 7) Preenchimento de formulário junta Receita Federal 8) Preenchimento de formulário para Declaração de Aptidão ao Pronaf 9) Cotação de Adubo 10) Recibos 11) Convênios SENAR STR -Assessoria Médica -Convênios -Assessoria Jurídica e Trabalhista Rural -Assessoria Contábil -Capacitações Além das associações, as cooperativas também são forma de associativismo. Diferença entre Associações e Cooperativas As associações são organizações que tem por finalidade a promoção de assistência social, educacional, cultural, etc. e as cooperativas têm finalidade essencialmente econômica. COOPERATIVA • “É uma associação autônoma de pessoas, unidas voluntariamente para atender suas necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais, através de uma empresa coletiva e democraticamente controlada”. SCHMIDT, Derli & PERIUS, Virgílio(2003). Uma COOPERATIVA: é formada pela associação voluntária de no mínimo 20 pessoas unidas em torno de objetivos comuns de caráter econômico. é uma empresa de propriedade e controle coletivo organizando a produção e comercialização de bens e serviços produzidos, dividindo benefícios materiais e sociais advindos das atividades e gerando renda e oportunidades de trabalho entre os cooperados. VALORES DO COOPERATIVISMO • Ajuda mútua; • Responsabilidade própria; • Democracia; • Igualdade; • Eqüidade; • Solidariedade Tradição dos pioneiros de ROCHDALE: • Valores ÉTICOS: • Honestidade; • Sinceridade; • Responsabilidade Social; • Preocupação com os outros Princípios do Cooperativismo: Diretrizes pelas quais as cooperativas colocam em prática seus valores: • Estes princípios foram definidos no processo de criação da primeira cooperativa, a dos tecelões do bairro de Rochdale, em Manchester, na Inglaterra em 1844. • Ao longo dos anos seus cinco (05) princípios foram sendo atualizados, mas mantidos na sua essência. • A última revisão dos princípios do cooperativismo clássico ocorreu na assembleia do centenário da Aliança Cooperativa Internacional – ACI, realizada em Manchester na Inglaterra em 1995. • Nesta assembleia foram revistos e revisados os conceitos, os valores e os princípios, e foi acrescido de mais um ponto: interesse pela comunidade. Princípios Clássicos • Adesão voluntária e livre; • Gestão democrática pelos seus membros; • Participação econômica dos membros por cotas de capital; • Autonomia e independência; • Educação, formação e informação; • Intercooperação; • Interesse pela comunidade. I – Adesão Livre e voluntária • Organização voluntária; • Aberta a todas as pessoas; • Pessoas aptas a utilizar os seus serviços; • Assumir suas responsabilidades como membros; • Sem discriminação; • Para tanto, a pessoa deve conhecer e decidir se tem condições de cumprir os acordos estabelecidos pela maioria. II – Gestão Democrática pelos seus Membros • Organizações democráticas; • Controladas pelos seus membros; • Os membros participam ativamente na formulação das políticas e nas tomadas de decisões; • Nas cooperativas de primeiro grau os membros têm igual direito de voto – 1 membro = 1 voto; • Nas cooperativas de grau superior são também organizadas de forma igualmente democrática. III – Participação Econômica dos Membros • Todos participam igualmente da formação do capital da cooperativa; • O capital é controlado democraticamente; • Se nas operações realizadas as receitas forem maiores do que as despesas, geram sobras. Essas sobras são dividas proporcionalmente entre os sócios, conforme as operações por ele efetuadas; • Parte de toda sobra poderá ser destinada a investimentos na própria cooperativa ou para outras aplicações, desde que autorizadas pela Assembléia Geral. IV – Autonomia e Independência • Cooperativas são organizações autônomas; • São organizações de ajuda mútua; • Controlada por seus membros. • Se firmarem acordos com organizações governamentais e não governamentais ou recorrerem a capital externo devem fazê-lo de modo a assegurar o controle democrático pelos seus membros. V – Educação, Formação e Informação • Objetiva a destinar ações e recursos para formar seus associados e funcionários; • Capacitar associados e funcionários para as práticas cooperativista e para as técnicas e ferramentas a serem utilizadas no processo produtivo e comercial; • Veicular informações ao público sobre as vantagens da cooperação organizada; • Estimular o ensino do cooperativismo aos jovens e líderes de opinião. VI - Intercooperação • Fortalecimento do cooperativismo através do intercâmbio de informações, produtos e serviços como forma de viabilizar essa prática como atividade econômica; • A consolidação do sistema cooperativo está no trabalho conjunto e na integração das estruturas locais, regionais, nacionais e internacionais. VII – Interesse pela Comunidade • O sistema cooperativo trabalha no sentido de promover o bem estar e o desenvolvimento sustentável das suas comunidades; • Através do desenvolvimento de programas sócio- culturais e políticas aprovadas por seus membros. INSTITUIÇÕES COOPERATIVAS DIMENSÕES: I - EMPRESARIAL: consiste na gestão baseada na busca da eficiência dos seus objetivos; II – SOCIAL: fundamenta-se na visão doutrinária que busca a harmonia entre o econômico e o social. Nesta dimensão os princípios e valores do cooperativismo estão presentes nas operações empresariais proporcionando uma fisionomia peculiar e diferente a estas empresas. Art.21 – As sociedades cooperativas podem se classificar nas seguintes categorias: I – Cooperativas de produção agrícola; II – Cooperativas de produção industrial; III – Cooperativas de trabalho (profissional ou de classe); IV – Cooperativas de beneficiamento de produtos; V – Cooperativas de compras em comum; VI – Cooperativas de vendas em comum; VII – Cooperativas de consumo; VIII – Cooperativas de abastecimento; IX – Cooperativas de crédito; X – Cooperativas de seguros; XI – Cooperativas de construção de casas populares; XII – Cooperativas editoras e de cultura intelectual; XIII – Cooperativas escolares; XIV – Cooperativas mistas; XV – Cooperativas centrais; XVI – Cooperativas decooperativas (federações). Parágrafo único. A classificação supra não exclui a possibilidade de se constituírem cooperativas de outra modalidade não incluída na enumeração, as quais serão consideradas de categoria indeterminada e assemelhadas àquela que oferecer mais aproximada analogia. Ramos das atividades cooperativas segundo a OCB – Organização das Cooperativas do Brasil • AGROPECUÁRIO: composto pelas cooperativas de produtores rurais ou agropastoris e de pesca, cujos meios de produção pertençam ao cooperante. • CONSUMO: composto pelas cooperativas dedicadas à compra em comum de artigos de consumo para seus cooperantes. • CRÉDITO: composto pelas cooperativas destinadas a promover a poupança e financiar necessidades ou empreendimentos dos seus cooperantes. • EDUCACIONAL: composto por cooperativas de professores, cooperativas de alunos de escola agrícola, cooperativas de pais de alunos e cooperativas de atividades afins. • ESPECIAL: composto pelas cooperativas constituídas por pessoas que precisam ser tuteladas. • HABITACIONAL: composto pelas cooperativas destinadas à construção, à manutenção e à administração de conjuntos habitacionais para seu quadro social. • INFRA-ESTRUTURA: composto pelas cooperativas cuja finalidade é atender direta e prioritariamente o próprio quadro social com serviços de infra-estrutura. • MINERAL: composto pelas cooperativas com a finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. • PRODUÇÃO: composto pelas cooperativas dedicadas à produção de um ou mais tipos de bens e mercadorias, sendo os meios de produção propriedade coletiva, através da pessoa jurídica, e não propriedade individual do cooperante. • SAÚDE: composto pelas cooperativas que se dedicam à preservação e à recuperação da saúde humana. • TRABALHO: composto pelas cooperativas de trabalhadores de qualquer categoria profissional, para prestar serviços como autônomos, organizados num empreendimento próprio. • TRABALHO E LAZER: composto pelas cooperativas que desenvolvem atividades na área do turismo e lazer. • OUTRO: composto pelas cooperativas que não se enquadrarem nos ramos acima definidos. Classificação segundo a natureza das atividades das cooperativas e/ou segundo a natureza das atividades dos associados De produtores de cana-de-açúcar De carnes De aves De carne bovina De carne suína De carne de ovelha De grãos De cevada De trigo De soja De café De arroz De cacau De milho De feijão De bananeiros De produtores de leite Vitivinícolas De lãs Mistas De reflorestamento De produtores de mel De fruticultores De hortigranjeiros COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS HISTÓRICO DO COOPERATIVISMO O cooperativismo como conhecemos hoje, tem suas origens na Revolução Industrial ocorrida na Inglaterra do século 18. Na época em que a mão-de-obra perdeu grande poder de troca. Os baixos salários e a longa jornada de trabalho trouxeram muitas dificuldades socioeconômicas para a população. Neste período 28 operários, após um ano de trabalho, acumularam um capital de 28 libras e conseguiram abrir as portas de um pequeno armazém cooperativo, em 21 de dezembro de 1844, no bairro de Rochdale-Manchester (Inglaterra). HISTÓRICO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL 1610 – primeiras reduções jesuítas. 1847 – inicia-se no Estado do Paraná a Colônia TERESA CRISTINA – Idealizador: Médico Jean Maurice Faivre. 1889 – Surge, em Ouro Preto (MG), a primeira cooperativa de consumo de que se tem registro no Brasil, denominada Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto. 1891 – Limeira/SP – Cooperativa de Empregados da Companhia Telefônica. 1894 – Rio de Janeiro/RJ – Cooperativa Militar de Consumo. 1895 – Pernambuco/PE – Camaragibe: Cooperatiba de consumo. 1902 – Surgiram, no RS, as primeiras cooperativas de crédito, por iniciativa do padre suíço Theodor Amstadt. HISTÓRICO DO COOPERATIVISMO NO BRASIL 1969 – Em 2 de dezembro foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB); 1971 – Foi criada a Lei 5.5764/71 a qual disciplinou a criação de cooperativas, porém restringiu a autonomia dos associados, interferindo na criação, funcionamento e fiscalização do empreendimento cooperativo. A limitação foi superada pela Constituição de 1988, que proibiu a interferência do Estado nas associações, dando início à autogestão do cooperativismo; 1998 – Surgiu o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop); 1995/1996 – PRONAF... Impulsionou a criação de pequenas Cooperativas (crédito, prestação de serviço, produção e comercialização, etc...). 1957 - Em meados da década de 1950, a agricultura brasileira enfrentava grandes desafios (faltavam locais para armazenagem e principalmente incentivos para a produção). Preocupados com esta situação, um grupo de agricultores da região noroeste do Estado do RS passou a discutir meios de enfrentar as dificuldades. Após vários encontros, discussões e reuniões, no dia 20 de julho de 1957, realizou-se a assembléia de fundação da então Cooperativa Tritícola Serrana Ltda – CORTIJUI. 1977 – ocorreu a incorporação das cooperativas Pedritense Agro-Pastoril de Dom Pedrito-RS, pela COTRIJUI; 1979 – Foi criada a Regional da COTRIJUI em Dom Pedrito; EXEMPLO I Reunidas inicialmente em torno de 23 cooperativas, a CCGL se transformou em um curto espaço de tempo, no mais forte empreendimento gaúcho na área dos lácteos, chegando a industrializar 70% do leite produzido no RS. Atualmente, a CCGL tem associadas as principais cooperativas agropecuárias gaúchas, o que representa um universo de 171.000 produtores rurais, em mais de 350 municípios do Rio Grande do Sul. Criada em 1976, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda, surgiu para integrar atividades do agronegócio e gerar diferenciais competitivos aos seus produtores, com foco na sustentabilidade, na produção em escala e na rentabilidade. EXEMPLO II OAC (2019) ANO BASE 2019 OAC (2019) OAC (2019) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=ugayN-hd_WEcDM&tbnid=lhyqeJPfXzvxgM:&ved=0CAUQjRw&url=http://blogdofredericosueth.blogspot.com/2014/01/agricultura-familiar-x-agronegocio.html&ei=9Wi1U5KYFI6QqAb1koH4Cw&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNF9UVjrfUJ81DEubjqRioEt5LRS2Q&ust=1404484029819835 OAC (2019) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=OTnCDnLamqcSSM&tbnid=QIc2giks7yWxDM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.mundoeducacao.com/geografia/agricultura-familiar.htm&ei=-Gm1U5LKMIaSqAa17YC4DQ&bvm=bv.70138588,d.cWc&psig=AFQjCNF9UVjrfUJ81DEubjqRioEt5LRS2Q&ust=1404484029819835 Legislação Decreto n.º 979, de 6 de janeiro de 1903, - criação de sindicatos para a defesa dos profissionais da agricultura e da indústria. No artigo 10, do mencionado decreto, era possibilitada a constituição de caixas de crédito e de cooperativas de produção e de consumo. Em 1907, através do Decreto n.º 1.637, foi dado início ao tratamento legislativo das sociedades cooperativas, sem as efetivas precisões ideológicas e doutrinárias. Estas cooperativas passaram a cercar-se de maior consistência através da promulgação do Decreto n.º 22.239/1932. Decreto-lei n.º 59/1966: Define a Política Nacional de Cooperativismo e modifica as legislações anteriores; Decreto n.º 60.597/1967, - institucionaliza a criação do conselho Nacional de Cooperativismo. A Lei n.º 5.764/71 determina, para a constituição e funcionamento de uma cooperativa, a existência dos seguintes órgãos sociais: (Assembleia Geral dos Associados); (Conselho Fiscal); (Diretoria ou Conselho de Administração). • A Constituição Brasileira de 1988, diz em seu Artigo 5 - item XVIII: "A criação de associações e, na forma da Lei, a de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento".