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TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO Aula 1 A INTEGRAL DEFINIDA A Integral definida Olá, estudante! Nessa aula iniciaremos nossos estudos sobre o cálculo de integrais. Em um primeiro momento, vamos discutir sobre as motivações por trás do desenvolvimento do conceito de integral. Posteriormente, vamos discutir sobre o Método de Riemann e o teorema fundamental do cálculo. Além disso, discutiremos sobre o processo de encontrar primitivas. Fique atento a esse processo, pois ele será fundamental em nossas próximas aulas. Ponto de Partida As integrais definidas desempenham um papel fundamental no campo da análise matemática, representando uma ferramenta poderosa para calcular área de regiões ou volume de determinados sólidos. Este ramo da Matemática, desenvolvido principalmente por Isaac Newton e Gottfried Leibniz no século XVII, revolucionou a maneira como compreendemos e modelamos fenômenos que variam de forma contínua. Vamos começar nossa exploração sobre integrais ao compreender a interpretação geométrica na aplicação da integral de Riemann. Além disso, exploraremos as integrais definidas, o teorema fundamental do cálculo e as antiderivadas, também conhecidas como integrais primitivas. O entendimento desses conceitos fundamentais nas integrais é crucial para resolver problemas em diversas áreas do nosso dia a dia. Para que você compreenda como podemos utilizar esses conceitos, suponha que você esteja estudando sobre o cálculo de integrais e resolveu fazer um comparativo dos resultados encontrados ao calcular uma integral por meio do método de Riemann e utilizando o teorema fundamental do cálculo. A função a ser estudada é no intervalo e, para utilizar o método de Riemann, você decidiu dividir a região abaixo da curva de em 4 retângulos. Qual é o resultado utilizando o método de Riemann e utilizando o Teorema de Cálculo? Como você poderá resolver esse problema? Vamos iniciar nossos estudos? Vamos Começar! Primeiramente, já pensou em como calcular a área abaixo de uma curva? Se essa curva for reta, é fácil, pois basta relacionar com triângulos ou retângulos e fazer as relações adequadas, conforme exemplificado na Figura 1. Figura 1 | Exemplos de figuras com lados que são curvas retas. Fonte: Stewart, Clegg e Watson (2021, p. 342). Entretanto, não é tão fácil encontrar a área de uma região com lados curvos (como na Figura 2). As tradicionais fórmulas de áreas não são úteis para determinar áreas em casos de figuras curvilíneas, sendo assim, são necessárias ferramentas mais elaboradas para chegar ao resultado pretendido. f(x) = x2 [0, 2] f(x) Figura 2 | Região delimitada pela função contínua f(x), pelas retas verticais x = a e x = b e pelo eixo x. Fonte: Stewart, Clegg e Watson (2021, p. 342). O matemático Riemann formulou um método para estimar áreas sob curvas, utilizando retângulos para preencher os espaços. Nessa abordagem, a altura de cada retângulo corresponde ao valor da função em um ponto específico e o comprimento da base pode variar. A soma de Riemann é uma aproximação da área abaixo de uma curva, alcançada ao dividir a região em múltiplos retângulos. Riemann concebeu a ideia de obter a área dividindo-a em retângulos, em que cada retângulo terá comprimento com tamanho , sendo que cada um teria uma altura , cada área seria a multiplicação entre o comprimento e a altura, isto é, . Assim, a área seria, aproximadamente, a soma das áreas desses retângulos, ou seja, , conforme, ilustra a figura 3. Figura 3 | Representação do método de Riemann dividindo a área em retângulos. Fonte: Stewart, Clegg e Watson (2021, p. 345). Pode surgir a dúvida sobre a quantidade de retângulos necessários para subdividir a área abaixo da curva. Para responder a essa indagação, é preciso analisar a Figura 4. Figura 4 | Aproximação da área pelo Método de Riemann com retângulos. Fonte: Stewart, Clegg e Watson (2021, p. 346). S n Δx = b−a n f(xi) Si = Δx ⋅ f(xi) S S = S1 + S2 + ⋯ + Sn Observe que a precisão da estimativa da área aumenta à medida que reduzimos o tamanho da base e, consequentemente, aumentamos o número de retângulos utilizados. Nesse sentido, quanto maior o número de retângulos, mais próxima será a estimativa da área total. Logo, “a área da região que está sob o gráfico de uma função contínua é o limite da soma das áreas dos retângulos aproximantes (STEWART; CLEGG; WATSON, 2021, p. 346), isto, Um ponto importante a ser destacado é que a fim de estimar a área sob o gráfico de , é possível criar somas inferiores ou superiores, conforme ilustra a Figura 5, selecionando pontos amostrais , de modo que represente o valor mínimo (ou máximo) de no i-ésimo subintervalo. Diante disso, podemos dizer que a área é o único número que é menor que todas as somas superiores e maior que todas as somas inferiores. Figura 5 | Somas inferiores e superiores. Fonte: Stewart, Clegg e Watson (2021, p. 347). Até este ponto, exploramos um método para calcular a área sob uma curva e você pode estar se questionando sobre a conexão desse tipo de problema com o estudo das integrais. Eles estão relacionados uma vez que, se temos uma função contínua definida em um intervalo , a integral definida de a é dada por: Se esse limite existir, dizemos que é integrável em (STEWART; CLEGG; WATSON, 2021). Segundo Stewart (2021), o símbolo foi introduzido pelo matemático Leibniz e representa um S alongado uma vez uma integral é um limite de somas. Na notação é denominado de integrando, e são os limites de integração, sendo o limite inferior e o limite superior e por enquanto o símbolo não possui um significado sozinho, ele apenas indica em relação a qual variável estamos realizando o processo de integração, que nesse caso é Por fim, denominamos de integração o processo de determinar integrais. Mas como podemos calcular uma integral? Será necessário resolver o limite da soma de Riemann? Fique tranquilo, não abordaremos diretamente esse limite, pois calcular tal limite frequentemente envolve complexidades. Felizmente, há um teorema que facilita o A S A = lim n→∞ ∑n i=1 f(xi) ⋅ Δx f x * i f(x * i ) f A f [a, b] a b ∫ b a f(x)dx = lim n→∞ ∑n i=1 f(xi) ⋅ Δx f [a, b] ∫ ∫ b a f(x)dx f(x) a b a b dx x. processo, o qual é tão importante que é conhecido como teorema fundamental do cálculo. O teorema fundamental do cálculo estabelece uma relação precisa entre a derivada e a integral. Newton e Leibniz foram os pioneiros na exploração dessa relação, utilizando-a para desenvolver o cálculo como um método matemático sistemático. Em particular, perceberam que o teorema fundamental os habilitava a calcular áreas e integrais com maior facilidade, evitando a necessidade de abordar diretamente o cálculo como limites de somas (STEWART; CLEGG; WATSON, 2021). De acordo com esse teorema; se uma função é contínua no intervalo então: onde é qualquer primitiva de , isto é, uma função tal que . Podemos dizer, então, que uma integral definida pode ser calculada encontrando-se uma primitiva do integrando e, então, subtraindo-se o valor dessa primitiva no limite inferior de integração de seu valor no limite superior de integração. Não se esqueça que uma função só será uma primitiva de se ao derivarmos a função encontramos . Por exemplo, vamos considerar a função sua derivada é . Assim podemos dizer que uma primitiva de é , uma vez que . Vamos agora calcular a integral que segue: Sabemos que a primitiva de é , assim aplicando o teorema fundamental do cálculo, temos que determinar a primitiva calculada em cada um dos limites de integração, isto é, e . Após esse cálculo fazemos a subtração , ou seja, Vamos agora considerar a função . A derivada dessa função é , logo podemos dizer que é uma primitiva da função constante , pois . Diante disso, temos que Siga em Frente... f [a, b] ∫ b a f(x)dx = F(b) − F(a) em que F ' = f. F f(x) F ′ = f F f(x)F f(x) F(x) = 2x3 F ′(x) = 6x2 f(x) = 6x2 F(x) = 2x3 F ′(x) = f(x) ∫ 2 1 6x2 dx 6x2 F(x) = 2x3 F(2) = 2 ⋅ (2)3 = 16 F(1) = 2 ⋅ (1)3 = 2 F(2) − F(1) = 16 − 2 = 14 ∫ 2 1 6x2dx = [2x3] 2 1 = 2 ⋅ (2)3 − 2 ⋅ (1)3 = 16 − 2 = 14 G(x) = 2x G′(x) = 2 2x g(x) = 2 G′(x) = g(x) ∫ 1 0 2dx = [2x]10 = 2 ⋅ 1 − 2 ⋅ 0 = 2 − 0 = 2 Agora que você já viu como funciona o processo de determinar uma integral definida, vamos conhecer algumas de suas propriedades. Tabela 1 | Propriedades de integrais definidas Esteja atento a essas propriedades, pois serão extensivamente empregadas durante nossos estudos sobre integrais. É crucial ressaltar que nem toda integral definida pode ser interpretada como uma área. Na verdade, o problema da área e o método de Riemann desempenharam um papel fundamental na concepção da integral definida, possibilitando sua aplicação na resolução de problemas que envolvem áreas. Nas próximas aulas aprofundaremos ainda mais essa aplicação das integrais definidas. Vamos Exercitar? Agora que você já conhece o método de Riemann e o teorema fundamental do cálculo, vamos retornar a nossa situação inicial. Nessa situação, você deve determinar o resultado da integral da função no intervalo . Primeiro, você deve estimar o resultado utilizando o método de Riemann e, para isso, a área abaixo da curva deverá ser dividida em 4 retângulos. Estudamos que o método de Riemann foi utilizado para estimar área abaixo de uma curva e consiste em dividir a região em retângulos e calcular suas respectivas áreas. Basicamente, os retângulos podem ficar acima da curva, fornecendo uma estimativa superior da área (pois o resultado será maior do que o valor real) ou podem estar abaixo da curva, fornecendo uma estimativa inferior, conforme ilustra a Figura 6. Propriedade Exemplo ∫ a a f(x)dx = 0 ∫ 1 1 2dx = [2x]1 1 = 2 ⋅ 1 − 2 ⋅ 1 = 0 ∫ b a f(x)dx = − ∫ a b f(x) dx ∫ 1 0 3dx = [3x]1 0 = 3 ⋅ 1 − 3 ⋅ 0 = 3 − 0 ∫ 0 1 3dx = [3x]0 1 = 3 ⋅ 0 − 3 ⋅ 1 = 0 − 3 ∫ b a cf(x) dx = c ∫ b a f(x) dx ∫ 2 1 6x2dx = 6 ∫ 2 1 x2dx ∫ b a [f(x) ± g(x) ]dx = ∫ b a f(x) dx ± ∫ 1 0 [x 3 − 4]dx = ∫ 1 0 x3dx − ∫ 1 0 4dx f(x) = x2 [0, 2] f(x) Figura 6 | Soma de Riemann O primeiro passo é determinarmos o tamanho da base de cada retângulo, que será dado por: Agora, precisamos das alturas de cada retângulo. Primeiro vamos considerar os valores de de tal forma que apresente o valor mínimo, conforme ilustra a Figura 7. Figura 7 | Soma inferior Agora, calculamos a área de cada um dos retângulos: Somando as áreas temos que a soma de Riemann inferior é . Para calcularmos a soma superior, vamos considerar os valores de em que a função Δx = b−a n Δx = 2−0 4 = 2 4 = 1 2 x f(x) A1 = 1 2 ⋅ f(0) = 1 2 ⋅ [(0)2] = 1 2 ⋅ 0 = 0 A2 = 1 2 ⋅ f( 1 2 ) = 1 2 ⋅ [( 1 2 ) 2 ] = 1 2 ⋅ [ 1 4 ] = 1 2 ⋅ 1 4 = 1 8 A3 = 1 2 ⋅ f(1) = 1 2 ⋅ [(1)2] = 1 2 ⋅ [1] = 1 2 ⋅ 1 = 1 2 A4 = 1 2 ⋅ f( 3 2 ) = 1 2 ⋅ [( 3 2 ) 2 ] = 1 2 ⋅ [ 9 4 ] = 1 2 ⋅ 9 4 = 9 8 7 4 = 1,75 x assume valor máximo, conforme ilustrado na Figura 8. Figura 8 | Soma superior A área de cada um dos retângulos será dada por: Somando as áreas, temos que a soma de Riemann superior é . Assim, podemos dizer que a integral definida no intervalo está no intervalo . Perceba que a soma de Riemann proporciona uma estimativa do valor da integral. Para obtermos uma estimativa mais precisa, seria necessário subdividir a região abaixo da curva em um número maior de retângulos. Agora vamos determinar o resultado da integral utilizando o teorema fundamental do cálculo. O primeiro passo é determinarmos uma primitiva para a função e para isso temos que encontrar uma função que quando derivarmos teremos como resultado Uma possibilidade seria a função , porém a derivarmos essa função encontramos que difere de . Agora se derivarmos a função obtemos que é exatamente a função , logo uma primitiva da função é . A integral definida será dada por: Observe que o valor que encontramos pertence ao intervalo encontrado utilizando o método de Riemann. À medida que aumentamos a quantidade de retângulos, nos aproximamos ainda mais do resultado de . A Figura 9 mostra a soma de Riemann inferior e superior para 80 retângulos e posteriormente 200 retângulos. A1 = 1 2 ⋅ f( 1 2 ) = 1 2 ⋅ [( 1 2 ) 2 ] = 1 2 ⋅ [ 1 4 ] = 1 2 ⋅ 1 4 = 1 8 A2 = 1 2 ⋅ f(1) = 1 2 ⋅ [(1)2] = 1 2 ⋅ [1] = 1 2 ⋅ 1 = 1 2 A3 = 1 2 ⋅ f( 3 2 ) = 1 2 ⋅ [( 3 2 ) 2 ] = 1 2 ⋅ [ 9 4 ] = 1 2 ⋅ 9 4 = 9 8 A4 = 1 2 ⋅ f(2) = 1 2 ⋅ [(2)2] = 1 2 ⋅ [4] = 1 2 ⋅ 4 = 2 15 4 = 3,75 [0, 2] [1, 75; 3, 75] f(x) = x2 x2. x3 3x2 f(x) x3 3 3x2 3 = x2 f(x) f(x) = x2 F(x) = x3 3 ∫ 2 0 x2dx = [ x3 3 ] 2 0 = (2)3 3 − (0)3 3 = 8 3 ≈ 2,67 2, 67 Figura 9 | Soma de Riemann Saiba Mais Uma abordagem essencial para a aprendizagem em Matemática consiste em praticar a resolução de exercícios, pois isso possibilita a aplicação das diversas propriedades relacionadas aos conceitos discutidos. Sendo assim, ao seguir essa estratégia, sugiro a leitura e a realização de alguns exercícios relevantes relacionados aos tópicos abordados durante a aula. Com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre as integrais definidas leia a seção 5.1 – Os problemas de áreas e distâncias, a seção 5.2 – A integral definida e a seção 5.3 – O teorema fundamental do cálculo do livro Cálculo v.1, de James Stewart, Daniel Clegg e Saleem Watson disponível na sua biblioteca virtual. Ao final de cada seção, há uma série de exercícios, selecione alguns para resolver! Ah, e uma dica, resolva os exercícios ímpares, pois ao final do livro existem as respostas, assim você pode conferir se acertou nos cálculos! O conceito de integrais definidas será importante para você no estudo de outras disciplinas do seu curso, assim, é fundamental que você entenda o seu significado e saiba calculá-las, por isso não deixe de fazer exercícios dessas seções. Bons estudos! Referências Bibliográficas ANTON, H. et al. Cálculo: v.1. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788582602263. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 21 jan. 2024. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555584097/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ LARSON, R. Cálculo aplicado – Curso rápido: Tradução da 9ª ed. norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788522125074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/. Acesso em: 21 jan. 2024. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O.; HAZZAN, S. Cálculo – Funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. E-book. ISBN 9788547201128. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/. Acesso em: 21 jan. 2024. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo. v.1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555584097. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 21 jan. 2024. Aula 2 AS INTEGRAIS IMEDIATAS As Integrais Imediatas Olá, estudante! Esperamos que esteja bem! Anteriormente, começamos os nossos estudos sobre as integrais. Agora, vamos discutir sobre a diferença entre as integrais definidas e as integrais indefinidas, além de discutir sobre como realizar o cálculo dessas integrais. Além disso, aprenderemos algumas técnicas para calcular integrais de funções polinomiais, trigonométricas, exponenciais. Fique atento a essas técnicas, pois elas serão fundamentais na resolução de diferentes problemas! https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/ Ponto de Partida Anteriormente, proporcionamos uma introdução às integrais, abordando o conceito de integral como a área de uma região plana sob uma curva, o método de Riemann e o teoremafundamental do cálculo. Agora, apresentaremos algumas integrais imediatas, ou seja, compreenderemos algumas regras que facilitarão o processo de integração e a aplicação do teorema fundamental do cálculo. Além disso, vamos discutir a diferença entre integrais definidas e indefinidas. Essas regras se revelarão úteis na solução de problemas futuros, simplificando a obtenção de resultados de integrais. Daqui em diante, essas serão as diretrizes que utilizaremos para resolver uma ampla variedade de integrais e enfrentar problemas relacionados a elas. Para que você compreenda como podemos utilizar esses conceitos, suponha que você deseja praticar o cálculo de integrais e selecionou algumas para resolver. Quais técnicas você deve utilizar para resolver essas integrais? Vamos iniciar nossos estudos sobre as integrais imediatas? Vamos Começar! a) ∫( 1 x3 + 1 x + ex + √x3)dx b) ∫ π 0 (sen(x) + cos(x)) dx c) ∫ (u + 4)(2u + 1)du d) ∫ 2 1 ( 1+√x+x x )dx Para iniciarmos nossos estudos, vamos considerar a função que tem como derivada . Assim, podemos dizer que a função é uma primitiva da função , pois Agora, vamos considerar a função cuja derivada é . Observe que a função também é uma primitiva da função . Como isso é possível? Quando queremos determinar uma primitiva de uma função, estamos resolvendo uma integral indefinida, sendo que de maneira geral essa integral será dada por: lido como a integral de em relação a é igual a mais uma constante. Sendo que K é uma constante real qualquer e, ao derivar a primitiva , obtemos . A constante é adicionada ao resultado, pois qualquer constante na função primitiva, ao derivar, será 0. Fique atento, pois a constante só irá aparecer quando estivermos calculando uma integral indefinida, no caso da integral definida, não adicionamos essas constantes, visto que, após determinar a primitiva, temos que aplicar o teorema fundamental do cálculo. Nesse sentido, temos que a primitiva da função é: Para determinar a constante , precisamos de informações adicionais sobre a função primitiva, pois esse pode ser qualquer constante real. Lembrando que a constante só aparece na integral indefinida (aquela que não tem os limites de integração), enquanto na integral definida podemos omitir a constante . É importante fazer uma distinção cuidadosa entre integral definida e indefinida. Uma integral definida é um número, uma vez que calculamos essa integral em um dado intervalo , enquanto uma integral indefinida é uma família de funções, por causa da constante , uma vez que não é calculada em um determinado intervalo. Agora que você já sabe a distinção entre uma integral definida e indefinida, vamos aprender algumas regras para determinar as primitivas de alguns tipos de funções. Sabemos que uma função polinomial é do tipo em que são número reais. Para integrarmos esse tipo de função, temos que aplicar a regra de que a integral de uma constante vezes uma função é a constante vezes a integral da função, isto é, Além dessa regra, devemos utilizar a regra para integrar uma função potência, em que . Segundo essa regra, para integrarmos funções do tipo somamos um ao expoente e dividimos a função pelo novo expoente, ou seja, F(x) = 3x2 F '(x) = 6x 3x2 f(x) = 6x F '(x) = f(x). G(x) = 3x2 + 10 G'(x) = 6x G(x) = 3x2 + 10 f(x) = 6x ∫ f(x)dx = F(x) + K f(x) x F(x) F(x) + K f(x) K f(x) = 6x ∫ 6xdx = 3x2 + K K K K K ∫ b a f(x)dx [a, b] ∫ f(x)dx K f(x) = a0 + a1x + a2x 2 + … + anx n, a0, a1, … , an ∫ cf(x)dx = c ∫ f(x)dx n ≠ −1 xn Você deve estar se perguntando e no caso de que Nesse caso, teremos uma função do tipo e para esse tipo de função a primitiva é a função , ou seja, Um outro caso é quando temos uma função constante do tipo . A integral desse tipo de função é a constante multiplicada pela variável que está sendo integrada, ou seja, No caso de termos funções exponencias do tipo a integral será: Dentre as funções exponenciais, temos , cuja integral é a função , conforme segue: No caso das funções trigonométricas, temos as seguintes integrais: Além dessas regras, lembre-se que a integral de uma soma ou subtração de funções, e a soma ou subtração das integrais dessas funções, isto é, Cuidado com o caso em que há multiplicação ou divisão de funções no integrando, pois não há uma regra que diz que a integral desse tipo de função é a multiplicação ou divisão da integral de cada uma das funções. Para esses tipos de funções ou temos que realizar manipulações matemáticas de tal forma que tenhamos uma soma ou subtração de funções ou aplicar regras mais complexas de integração, mas não se preocupe pois iremos explorar essas técnicas nas nossas próximas aulas. Siga em Frente... Agora que você conhece as regras para calcular integrais de alguns tipos de funções, vamos aplicá-las para resolver algumas integrais indefinidas e definidas. Lembre-se que para calcular uma integral definida, após determinar a primitiva, devemos aplicar o teorema fundamental do cálculo. ∫ xndx = xn+1 n+1 +K n = −1? f(x) = 1 x = x−1 ln (x) ∫ 1 x dx = ln|x| +K f(x) = c ∫ cdx = cx+K f(x) = ax ∫ axdx = ax ln(a) +K f(x) = ex F(x) = e x +K ∫ exdx = ex ln(e) +K = ex 1 +K = ex +K ∫ cos(x)dx = sen(x) +K ∫ sen(x)dx = −cos(x) +K ∫ tg(x)dx = sec2(x) +K ∫ [f(x) ± g(x)]dx = ∫ f(x)dx± ∫ g(x)dx Exemplo 1: Resolva a integral indefinida Para resolvermos essa integral, temos que aplicar as seguintes regras: Logo, Exemplo 2: Resolva a integral definida Nesse caso temos que aplicar o teorema fundamental do cálculo e as regras de integração. Exemplo 3: Resolva a integral indefinida Note que as funções a serem integradas não apresentam semelhança com as funções que examinamos até o momento. Nestes casos, é necessário realizar manipulações matemáticas a fim de obtermos funções semelhantes àquelas cujas integrais já conhecemos. Nesse caso duas propriedades matemáticas podem ser utilizadas, são elas: Utilizaremos essas propriedades para reescrever as funções do integrando e com isso chegaremos a uma função do tipo potência. ∫(3x3 − 4)dx ∫ [f(x) − g(x)]dx = ∫ f(x)dx− ∫ g(x)dx ∫ cdx = cx+K ∫ xndx = xn+1 n+1 +K ∫ cf(x)dx = c ∫ f(x)dx ∫(3x3 − 4)dx = 3 ∫ x3dx− ∫ 4dx = 3 ⋅ x3+1 3+1 − 4x+K = 3x4 4 − 4x+K ∫ 2 1 (ex + 1 x )dx ∫ 2 1 (ex + 1 x )dx = ∫ 2 1 exdx+ ∫ 2 1 1 x dx = [ex]21 + [ln|x|]21 = (e2 − e1) + (ln 2 − ln 1) = e2 − e1 + ln 2 ≈ 5,36 ∫( 1 x2 +√x)dx n√xm = x m n 1 xn = x−n Exemplo 4: Resolva a integral definida. Nesse caso temos que aplicar o teorema fundamental do cálculo e as regras de integração. Observe que estamos integrando as funções em relação a variável , assim a integral da constante será a constante vezes a variável . É fundamental que você esteja atento às regras de integração, pois elas desempenharão um papel crucial na resolução de diversos tipos de problemas matemáticos. Compreender e aplicar essas regras não apenas simplificará o processo de integração, mas também será essencial para enfrentar uma ampla variedade de desafios na análise de funções e na resolução de problemas práticos. Portanto, familiarizar-se e dominar as regras de integração é um passo essencial para o sucesso em estudos mais avançados em cálculo. Vamos Exercitar? Agora que você já conhece as técnicas de integração, vamos retomar nossa situação inicial e resolver as integrais propostas. Antes de aplicarmos as regras de integração, temos que reescrever essas funções de tal forma que elas sejam semelhantes às integrais imediatas. Para isso utilizaremos as propriedades e . ∫( 1 x2 +√x)dx = ∫(1 ⋅ x−2 + x 1 2 )dx = ∫ x−2dx+ ∫ x 1 2 dx = x−2+1 −2+1 + x 1 2 +1 1 2 +1 +K = x−1 −1 + x 3 2 3 2 +K = −x−1 + 2 3 x 3 2 +K = − 1 x + 2 3 √x3 +K ∫ π 2 0 [cos(t) + 2]dt t t ∫ π 2 0 [cos(t) + 2]dt = ∫ π 2 0 cos(t)dt + ∫ π 2 0 2dt = [sen (t)] π 2 0 + [2t] π 2 0 = [sen( π 2 ) − sen(0)] + [2 ⋅ π 2 − 2 ⋅ 0] = 1 − 0 + π − 0= 1 + π ≈ 4,14 a) ∫( 1 x3 + 1 x + ex +√x3)dx n√xm = x m n 1 xn = x−n ∫( 1 x3 + 1 x + ex +√x3)dx = ∫(1 ⋅ x−3 + 1 x + ex + x 3 2 )dx Nesse caso temos que encontrar a primitiva para as funções e posteriormente aplicar o teorema fundamental do cálculo. Antes de integrarmos, temos que realizar a multiplicação das duas funções, uma vez que Logo, Antes de integrarmos essa função, temos que reescrevê-la, uma vez que temos uma divisão de funções. Para reescrever a função, podemos utilizar a propriedade de divisão de potências de mesma base, ou seja, . = ∫ x−3dx+ ∫ 1 x dx+ ∫ exdx+ ∫ x 3 2 dx = x−3+1 −3+1 + ln|x| + ex + x 3 2 +1 3 2 +1 +K = x−2 −2 + ln|x| + ex + x 5 2 5 2 +K = − 1 2x2 + ln|x| + ex + 2 5 √x5 +K b) ∫ π 0 (sen(x) + cos(x)) dx ∫ π 0 (sen(x) + cos(x)) dx = ∫ π 0 sen(x)dx+ ∫ π 0 cos(x)dx = [− cos (x)]π0 + [sen (x)]π0 = [− cos(π) − (− cos(0))] + [sen(π) − sen(0)] = −(−1) + 1 + 0 + 0 = 2 c) ∫(u+ 4)(2u+ 1) du ∫ [f(x) ⋅ g(x)]dx ≠ ∫ f(x) dx ⋅ ∫ g(x) dx ∫(u+ 4)(2u+ 1)du = ∫(2u2 + u+ 8u+ 4)du = ∫(2u2 + 9u+ 4)du = 2 ∫ u2du+ 9 ∫ udu+ ∫ 4du = 2 ⋅ u2+1 2+1 + 9 ⋅ u1+1 1+1 + 4u+K = 2u3 3 + 9u2 2 + 4u+K d) ∫ 2 1 ( 1+√x+x x )dx xn xm = xn−m ∫ 2 1 ( 1+√x+x x )dx = ∫ 2 1 ( 1 x + x 1 2 x + x x)dx = ∫ 2 1 ( 1 x + x 1 2 −1 + x1−1)dx = ∫ 2 1 ( 1 x + x− 1 2 + x0)dx = ∫ 2 1 ( 1 x + x− 1 2 + 1)dx = ∫ 2 1 1/xdx+ ∫ 2 1 x( − 1/2)dx+ ∫ 2 1 1dx Saiba Mais Uma abordagem essencial para a aprendizagem em Matemática consiste em praticar a resolução de exercícios, pois isso possibilita a aplicação das diversas propriedades relacionadas aos conceitos discutidos. Sendo assim, ao seguir essa estratégia, sugiro a leitura e a realização de alguns exercícios relevantes relacionados aos tópicos abordados durante a aula. Com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre as integrais indefinidas e as técnicas de integração leia a seção 5.1 – Primitivas e integrais indefinidas do livro Cálculo Aplicado – Curso rápido do autor Ron Larson disponível na sua biblioteca virtual. Uma outra opção de leitura sobre as integrais indefinidas é a seção 5.2 – A integral indefinida do livro Cálculo: volume 1 de Howard Anton et al. disponível em sua biblioteca virtual. Ao final de cada seção, há uma série de exercícios, selecione alguns para resolver! Ah, e uma dica, resolva os exercícios ímpares, pois ao final do livro existem as respostas, assim você pode conferir se acertou nos cálculos! Bons estudos! Referências Bibliográficas ANTON, H. et al. Cálculo: v.1. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788582602263. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 21 jan. 2024 LARSON, R. Cálculo aplicado – curso rápido: Tradução da 9ª ed. norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788522125074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/. Acesso em: 21 jan. 2024. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O.; HAZZAN, S. Cálculo – Funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. E-book. ISBN 9788547201128. Disponível em: = [ln|x|]21 + [ x− 1 2 +1 − 1 2 +1 ] 2 1 + [x]21 = [ln|x|]21 + [ x 1 2 1 2 ] 2 1 + [x]21 = = [ln|x|]21 + [2√x] 2 1 + [x]21 = ln|2| − ln|1| + 2√2 − 2√1 + 2 − 1 = ln(2) − 0 + 2√2 − 2 + 2 − 1 ln(2) + 2√2 − 1 ≈ 2,52 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788582602263/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/. Acesso em: 21 jan. 2024. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo: v.1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555584097. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 21 jan. 2024. Aula 3 INTEGRAÇÃO POR MUDANÇA DE VARIÁVEL Integração por Mudança de Variável Olá, estudante! Esperamos que esteja bem! Nessa aula vamos explorar uma técnica de integração que permite que encontremos a primitiva de funções em casos em que temos funções do tipo . Assim estudaremos a técnica de mudança de variável ou método da substituição, bem como iremos resolver exemplos de como aplicar essa técnica na resolução de integrais definidas e indefinidas. Ponto de Partida f(g(x)) ⋅ g'(x) https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/ No contexto do cálculo diferencial e integral, observamos que muitas funções primitivas não podem ser determinadas diretamente por meio da aplicação de técnicas de integração mais simples, como a regra da potência para integrais. Em alguns casos, são necessárias manipulações algébricas específicas para obter essas funções. Por exemplo, podemos empregar a regra da cadeia para integrais ou, de maneira mais direta, a regra da mudança de variáveis. A regra da mudança de variáveis, uma técnica fundamental no cálculo integral, oferece uma maneira eficaz de simplificar integrais complexas. Ela envolve a substituição de uma variável por uma expressão diferente, facilitando a manipulação e resolução da integral. Essa estratégia não apenas simplifica cálculos, mas também permite lidar com funções de forma mais conveniente, tornando a avaliação de integrais mais acessível e eficiente em uma variedade de contextos matemáticos. Para que você compreenda como podemos utilizar essa técnica, suponha que você deseja praticar o cálculo de integrais e selecionou algumas para resolver. Como podemos empregar a técnica de mudança de variáveis para resolver essas integrais? Vamos iniciar nossos estudos sobre essa técnica? Vamos Começar! É possível que você tenha notado a complexidade ao lidar com integrais de produto ou divisão de funções, correto? Nesta aula, abordaremos esses desafios, aplicando as técnicas de integração, especialmente a substituição de variáveis ou mudança de variáveis. A ideia central dessa técnica é transformar uma integral relativamente complexa em uma mais simples. Esse objetivo é alcançado ao realizar uma mudança da variável original para uma nova variável , que é uma função de (STEWART; CLEGG; WATSON, 2021). Para entendermos como funciona esse método, considere o teorema que segue. Teorema: seja g uma função diferençável com sua imagem em um intervalo . Suponha que f seja uma função definida em e que seja uma função primitiva de em , então a) ∫ e√x √x dx b) ∫ x2√x − 1dx c) ∫ π 2 0 cos( x 2 )dx d) ∫ 2 0 (2x + 7) 4√(x2 + 7x + 3)5 x u x I I F f I ∫ [f(g(x)) ⋅ (g'(x))]dx = F(g(x)) + K (1) Vamos à demonstração desse teorema. Assumimos a hipótese que . Utilizando a regra da cadeia para diferenciar a primitiva temos: Por hipótese, temos que , logo Assim, temos que é uma primitiva da função , uma vez que a derivada da primitiva é a função a ser integrada. Se fizermos a mudança de variável ou substituição então a equação (1) ficará: Logo, podemos enunciar a regra da mudança de variável como: Se for uma função derivável cuja imagem é um intervalo e for contínua em , então, Lembre-se que se então . Note que a demonstração apresenta o caminho que adotaremos para encontrarmos funções primitivas por meio de uma substituição de variáveis. Descrevemos, a seguir, um passo a passo para aplicação: Passo 1: Identificar e comparar com . Passo 2: Derivar os dois lados dessa equação em relação a . Passo 3: Isolar . Passo 4: Substituir na integral por e pelo resultado encontrado no terceiro passo. Passo 5: Simplificar a função, de forma que restem apenas elementos da variável . Caso após a simplificação você ainda tenha variável , retorne aos passos anteriores e verifique seus cálculos, uma vez que quando a mudança de variável for realizada, vocêdeve ter apenas a variável no integrando. Passo 6: Resolver a integral em relação a . Passo 7: Voltar esse resultado para a variável . A seguir, resolveremos alguns exemplos dessa aplicação: Exemplo 1: Resolva a integral F '(g(x)) = f(g(x)) d dx [F(g(x))] = F '(g(x)) ⋅ g'(x) F '(g(x)) = f(g(x)) d dx [F(g(x))] = f(g(x)) ⋅ g'(x) F(g(x)) f(g(x)) ⋅ g'(x) u = g (x) ∫ [f(g(x)) ⋅ (g'(x))]dx = F(g(x)) +K = F(u) +K = ∫ f(u)du u = g (x) I f I ∫ [f(g(x)) ⋅ (g'(x))]dx = ∫ f(u)du u = g(x) du = g'(x)dx g(x) u x dx g(x) u dx u x u u x Solução Passo 1: devemos identificar a função e comparar com . Nesse caso a função será , assim: Passo 2: Derivamos ambos os membros da equação em relação a variável : Passo 3: isolamos : Passo 4: realizamos as substituições na integral: Passo 5: realizamos as simplificações de tal forma que tenhamos apenas a variável no integrando: Passo 6: integramos em relação a . Para isso você deve utilizar as regras de integração imediatas. No nosso caso, iremos utilizar a regra para integral de uma potência: Passo 7: escrevemos o resultado em termos da variável original : Exemplo 2: Resolva a integral Solução Passo 1: identificar a função : Passo 2: derivar ambos os membros da equação em relação a variável : Passo 3: isolar : ∫[2x(x2 + 4) 20 ] dx g(x) u g(x) g(x) u = x2 + 4 x du = 2xdx dx dx = du 2x ∫[2x(x2 + 4) 20 ] dx = ∫(2x(u)20) du 2x u ∫[2x(x2 + 4) 20 ] dx = ∫(2x(u)20) du 2x = ∫ u20du u ∫[2x(x2 + 4) 20 ] dx = ∫ u20du = u21 21 + K x ∫[2x(x2 + 4) 20 ] dx = ∫ u20du = u21 21 + K = (x2+4) 21 21 + K ∫ (sen2(x) cos (x)) dx g(x) u = sen (x) x du = cos(x)dx dx Passo 4: realizar as substituições na integral: Passo 5: realizar as simplificações de tal forma que tenhamos apenas a variável no integrando: Passo 6: integrar em relação a . Passo 7: escrever o resultado em termos da variável original : Siga em Frente... Pensaremos, agora, na aplicação da regra da substituição para integrais em casos em que temos integrais definidas, ou seja, conhecemos o domínio de integração. Nesse caso, quando comparamos com , precisamos tomar o cuidado de ajustar os intervalos de integração para essa nova função. Assim, se for contínua em um intervalo conhecido e for contínua na imagem de , teremos: Observe que o intervalo de integração precisou ser ajustado em relação à mudança de variável. Vejamos um passo a passo para resolução: Passo 1: identificar e comparar com . Passo 2: ajustar os intervalos de integração de forma que se então . Passo 3: derivar os dois lados dessa equação em relação a . Passo 4: isolar . Passo 5: substituir na integral por e pelo resultado encontrado no quarto passo, como também os novos intervalos de integração encontrados no segundo passo. Passo 6: simplificar a função, de forma que restem apenas elementos da variável . Caso após a simplificação você ainda tenha variável , retorne aos passos anteriores e verifique seus cálculos, uma vez que quando a mudança de variável for realizada, você deve ter apenas a variável no integrando. Passo 7: resolver a integral em relação a . dx = du cos(x) ∫ (sen2(x) cos (x)) dx = ∫ u2 cos(x) du cos(x) u ∫ (sen2(x) cos (x)) dx = ∫ u2 cos(x) du cos(x) = ∫ u2du u ∫ (sen2(x) cos (x)) dx = ∫ u2du = u3 3 + K x ∫ (sen2(x) cos (x)) dx = ∫ u2du = u3 3 + K = sen3(x) 3 + K g(x) u g'(x) [a, b] f(x) u = g(x) ∫ b a [f(g(x)) ⋅ (g '(x))]dx = ∫ g(b) g(a) f(u)du g(x) u x ∈ [a, b] u ∈ [g(a), g(b)] x dx g(x) u dx u x u u Perceba que, nesse caso, não precisamos retornar para a variável original, pois, como conhecemos os intervalos de integração, o resultado será numérico. Vejamos alguns exemplos de como resolver uma integral definida utilizando o método da mudança de variável. Exemplo 3: resolva a integral Solução Passo 1: identificar e comparar com : Passo 2: ajustar os intervalos de integração: Quando então Quando então Passo 3: derivar os dois lados em relação a Passo 4: isolar . Passo 5: realizar as substituições Passo 6: simplificar a função Passo 7: resolver a integral em relação a . Exemplo 4: resolva a integral Solução ∫ 4 0 √3x + 4dx g(x) u u = 3x + 4 x = 0 u = 3(0) + 4 = 4 x = 4 u = 3(4) + 4 = 16 x : du = 3dx dx dx = du 3 ∫ 4 0 √3x + 4dx = ∫ 16 4 √u du 3 ∫ 4 0 √3x + 4dx = ∫ 16 4 √u du 3 = 1 3 ∫ 16 4 u 1 2 du u ∫ 4 0 √3x + 4dx = ∫ 16 4 √u du 3 = 1 3 ∫ 16 4 u 1 2 du = 1 3 [ u 3 2 3 2 ] 16 4 = 1 3 ⋅ 2 3 [√u3] 16 4 = 2 9 [ √(16)3 − √(4)3] = 2 9 [64 − 8] = 2 9 ⋅ 56 = 112 9 ∫ 2 1 2x (3−5x2) 3 dx Passo 1: identificar e comparar com : Passo 2: ajustar os intervalos de integração: Quando então Quando então Passo 3: derivar os dois lados dessa equação em relação a : Passo 4: isolar : Passo 5: realizar as substituições Passo 6: simplificar a função Passo 7: resolver a integral em relação a . O desafio primordial ao empregar a regra da substituição reside em identificar uma substituição apropriada. Deve-se tentar selecionar u como uma função dentro da integral, cuja diferencial também esteja presente (exceto por um fator constante), conforme demonstrado no Exemplo 1. Caso isso não seja viável, é aconselhável optar por como uma parte mais intricada do integrando, possivelmente a função interna em uma função composta. Encontrar a substituição adequada nem sempre é simples, assim é comum cometer equívocos na escolha inicial; caso a primeira tentativa não seja eficaz, é aconselhável explorar outras opções. Vamos Exercitar? Agora que você já conhece o método da mudança de variável e como empregá-lo na resolução de integrais indefinidas e definidas, vamos retomar a nossa situação inicial. g(x) u u = 3 − 5x2 x = 1 u = 3 − 5(1)2 = −2 x = 2 u = 3 − 5(2)2 = −17 x du = −10xdx dx dx = − du 10x ∫ 2 1 2x (3−5x2)3 dx = ∫ −17 −2 2x (u)3 (− du 10x ) ∫ 2 1 2x (3−5x2) 3 dx = ∫ −17 −2 2x (u)3 (− du 10x ) = ∫ −17 −2 1 (u)3 (− du 5 ) = − 1 5 ∫ −17 −2 u−3du u ∫ 2 1 2x (3−5x2) 3 dx = ∫ −17 −2 2x (u) 3 (− du 10x ) = ∫ −17 −2 1 (u) 3 (− du 5 ) = − 1 5 ∫ −17 −2 u−3du = − 1 5 [ u−2 −2 ] −17 −2 = − 1 5 ⋅ − 1 2 [u −2] −17 −2 = 1 10 [ 1 u2 ] −17 −2 = 1 10 [ 1 (−17) 2 − 1 (−2) 2 ] = 1 10 [ 1 289 − 1 4 ] = 1 10 ⋅ − 285 1156 = − 57 2312 u u Nessa situação, você deve resolver uma série de integrais empregando o método estudado. Observe que a função do integrando é uma função composta, além disso, temos a possibilidade de termos a derivada da função g(x). Para isso vamos verificar a substituição Derivando essa substituição, temos: Ou seja, Realizando as substituições e posteriormente resolvendo a integral teremos: O método de substituição é relativamente direto quando o integrando possui uma composição facilmente identificável e o restante é um múltiplo constante de . Caso essa condição não seja satisfeita, o método ainda pode ser aplicado, mas pode demandar mais cálculos, como é o caso desse exemplo. A substituição a ser utilizada será , logo . No momento de realizarmos a substituição na integral, perceba que teríamos algo do tipo , e isso não pode acontecer. Assim, antes de integramos temos que reescrever em função de . Para isso utilizamos a igualdade : Considerando esse valor para , realizamos as substituições e manipulações matemáticas na integral: a) ∫ e√x √x dx u = √x ou u = x 1 2 du = dx du = 1 2 x − 1 2 dx du = 1 2√x dx dx = 2√xdu ∫ e√x √x dx = ∫ eu √x ⋅ 2√xdu = ∫ 2eudu = 2eu +K = 2e√x +K b) ∫ x2√x− 1dx f(g(x)) g'(x) u = x− 1 du = dx x2√u x u u = x− 1 u = x− 1 x = u+ 1 x2 = (u+ 1)2 = u2 + 2u+ 1 ∫ x2√x− 1dx = ∫(u2 + 2u+ 1)√udu = ∫(u2 + 2u+ 1)u 1 2 du = = ∫ (u2 ⋅ u 1 2 + 2u ⋅ u 1 2 + 1 ⋅ u 1 2 ) du = ∫ (u 5 2 + 2u 3 2 + u 1 2 ) du Observe que a função é uma função composta. Nesse caso, vamos realizar a mudança: Ou seja Como temos uma integral definida, temos que realizar a mudança dos limitesde integração, logo quando temos que e quando temos . Realizando as substituições necessárias: Vamos realizar a seguinte substituição: Ou seja, Não podemos nos esquecer de realizar a mudança nos limites de integração, assim quando temos e quando temos . Agora podemos resolver a integral: = u 7 2 7 2 + 2 u 5 2 5 2 + u 3 2 3 2 +K = 2 7 √u7 + 4 5 √u5 + 2 3 √u3 +K = 2 7 √(x− 1)7 + 4 5 √(x− 1)5 + 2 3 √(x− 1)3 +K c) ∫ π 2 0 cos( x 2 )dx u = x 2 du = 1 2 dx dx = 2du x = 0 u = 0 2 = 0 x = π 2 u = π 2 2 = π 4 ∫ π 2 0 cos( x 2 )dx = ∫ π 4 0 2 cos(u)du = 2 ∫ π 4 0 cos(u)du = 2[sen(u)] π 4 0 = 2[sen( π 4 ) − sen(0)] = 2 ⋅ √2 2 − 2 ⋅ 0 = √2 d) ∫ 2 0 (2x+ 7) 4√(x2 + 7x+ 3)5 u = x2 + 7x+ 3 du = (2x+ 7)dx dx = du (2x+7) x = 0 u = (0)2 + 7(0) + 3 = 3 x = 2 u = (2)2 + 7(2) + 3 = 21 ∫ 2 0 (2x+ 7) 4√(x2 + 7x+ 3)5 = ∫ 21 3 (2x+ 7) 4√u5 du (2x+7) = ∫ 21 3 4√u5du = ∫ 21 3 u 5 4 du = [ u 9 4 9 4 ] 21 3 = 4 9 [ 4√u9] 21 3 Saiba Mais Uma abordagem essencial para a aprendizagem em matemática consiste em praticar a resolução de exercícios, pois isso possibilita a aplicação das diversas propriedades relacionadas aos conceitos discutidos. Sendo assim, ao seguir essa estratégia, sugiro a leitura e a realização de alguns exercícios relevantes relacionados aos tópicos abordados durante a aula. Com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre o método de integração da mudança de variável leia a seção 5.5 – A regra da Substituição do livro do livro Cálculo: v.1 de James Stewart, Daniel Clegg e Saleem Watson disponível na sua biblioteca virtual. Ao final da seção há uma série de exercícios, selecione alguns para resolver! Ah, e uma dica, resolva os exercícios ímpares, pois ao final do livro existem as respostas, assim você pode conferir se acertou nos cálculos! Bons estudos! Referências Bibliográficas ANTON, H. et al. Cálculo: v.1. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788582602263. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 21 jan. 2024. LARSON, R. Cálculo aplicado – Curso rápido: Tradução da 9ª ed. norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788522125074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/. Acesso em: 21 jan. 2024. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O.; HAZZAN, S. Cálculo – Funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. E-book. ISBN 9788547201128. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/. Acesso em: 21 jan. 2024. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo: v.1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555584097. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 21 jan. 2024. 4 9 [ 4√(21)9 − 4√(3)9 ] ≈ 414,312 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555584097/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555584097/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/ Aula 4 INTEGRAÇÃO POR PARTES Integração por partes Olá, estudante! Esperamos que esteja bem! Nessa aula, vamos aprender um novo método de integração denominado integração por partes. Esse método é utilizado quando temos um produto de funções no integrando e tem como objetivo transformar esse produto em uma função mais fácil de ser integrada. Assim, vamos discutir como aplicar esse método na resolução de integrais definidas e indefinidas. Ponto de Partida Anteriormente, você estudou que para resolver integrais de determinadas funções temos que empregar técnicas mais avançadas de integração, como a mudança de variável. Não são todos os casos em que podemos aplicar essa técnica, por isso precisamos conhecer outras opções para resolução de problemas. Nessa aula, vamos discutir sobre a integração por partes, que é uma ferramenta valiosa no cálculo integral, oferecendo uma abordagem eficaz para integrar produtos de funções. Ao aplicar o método corretamente, a integral original pode ser transformada em uma forma mais fácil de integrar, muitas vezes simplificando o problema original. A integração por partes é especialmente aplicável quando a integração direta parece complicada e oferece uma alternativa eficiente para abordar integralmente produtos de funções. Essa técnica não apenas amplia a caixa de ferramentas de métodos de integração, mas também destaca a flexibilidade e a versatilidade do cálculo integral, permitindo a resolução de uma gama mais ampla de problemas matemáticos. Para que você compreenda como podemos utilizar essa técnica, suponha que você deseja praticar o cálculo de integrais e selecionou algumas para resolver. Como podemos empregar a técnica da integração por partes para resolver essas integrais? Vamos iniciar nossos estudos sobre essa técnica? Vamos Começar! Podemos dizer que cada regra de derivação possui uma correspondente na integração, a regra da substituição para integração, por exemplo, está relacionada à regra da cadeia para derivação. Já a regra de integração que corresponde à regra do produto na derivação é conhecida como integração por partes (STWEART; CLEGG; WATSON, 2021). De acordo com a regra do produto, se e são funções deriváveis, então temos que: Observe que o produto é uma primitiva da função , logo: Essa equação pode ser reescrita como: que é denominada de fórmula para integração por partes (STWEART; CLEGG; WATSON, 2021). Essa fórmula é comumente denotada por: em que e . Pensando em um passo a passo para a integração por partes, temos: Passo 1: escolher qual parte será chamada de e qual parte será chamada de . Para essa escolha, é interessante que possa ser integrada facilmente, caso contrário, a integração por partes não se justifica. a) ∫ t2etdt b) ∫ x2 cos(2x)dx c) ∫ e 1 y2 ln(y)dy f g [f(x) ⋅ g(x)]' = f(x)g'(x) + f '(x)g(x). f(x) ⋅ g(x) f(x)g'(x) + f '(x)g(x) ∫ [f(x)g'(x) + f '(x)g(x)]dx = f(x)g(x) ∫ f(x)g'(x)dx+ ∫ f '(x)g(x)dx = f(x)g(x) ∫ f(x)g'(x)dx = f(x)g(x) − ∫ f '(x)g(x)dx ∫ udv = uv− ∫ vdu u = f(x) v = g(x) u = f(x) dv = g(x)dx dv Passo 2: definidos e , devemos derivar em relação a e integrar em relação a . A ideia é transformar a integral em uma integral mais simples. Passo 3: por fim, resolver: Note que a parte mais importante da integração por partes é a escolha de quem serão as funções e . Alguns critérios podem ser levantados nesse caso, contudo, não existe uma regra. Na tentativa de facilitar essa escolha, alguns matemáticos costumam aplicar a seguinte estratégia quando o integrando é um produto de duas funções de categorias distintas da lista: 1. Logarítmica, 2. Inversa Trigonométrica, 3. Algébrica, 4. Trigonométrica, 5. Exponencial. Nessa situação, frequentemente, obtemos êxito ao escolher como uma função cuja categoria ocorre antes na lista, e como o restante do integrando. O acrônimo LIATE é útil para lembrar essa ordem. Vale ressaltar que o método não é infalível, mas é suficientemente eficaz para ser considerado útil em diversas situações (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2014). A seguir resolveremos alguns exemplos aplicando essa técnica. Exemplo 1: Resolva a integral Solução Passo 1: escolher as funções que serão e . Como temos uma multiplicação de funções de tipos diferentes, podemos utilizar a ordem dada pelo acrônimo LIATE. Assim, teremos: Passo 2: derivar e integrar u dv u x dv x ∫ udv ∫ vdu ∫ udv = uv − ∫ vdu. u dv u dv ∫ x cos (x)dx u dv u = x dv = cos (x)dx u dv du = 1dx v = ∫ cos(x)dx = sen (x) Passo 3: resolver a integral utilizando a fórmula Logo, teremos: Não se esqueça de acrescentar a constante ao final da resolução da integral indefinida. Exemplo 2: Resolva a integralSolução Passo 1: escolher as funções que serão e , o que nesse caso não temos muitas opções. Assim, teremos: Passo 2: derivar e integrar : Passo 3: resolver a integral utilizando a fórmula Logo, teremos: Se a integral for definida, podemos aplicar normalmente a integral, porém iremos aplicar o teorema fundamental do cálculo. Nesse sentido temos: Ou ainda, ∫ udv = uv− ∫ vdu. ∫ x cos (x)dx = x sen (x) − ∫ sen (x)dx = x sen (x) − (− cos(x)) +K = x sen(x) + cos(x) +K K ∫ ln (x)dx u dv u = ln (x) dv = dx u dv du = 1 x dx v = ∫ 1dx = x ∫ udv = uv − ∫ vdu. ∫ ln (x)dx = x ln (x) − ∫ x ⋅ 1 x dx = x ln (x) − ∫ 1dx = x ln(x) − x + K ∫ b a f(x)g'(x)dx = f(x)g(x)|ba − ∫ b a f '(x)g(x)dx ∫ b a udv = uv|ba − ∫ b a vdu Siga em Frente... Vamos agora resolver alguns exemplos de integrais definidas. Exemplo 3: Resolva a integral Solução Passo 1: escolher as funções que serão e . Utilizando a ordem do LIATE temos: Passo 2: derivar e integrar : Passo 3: resolver a integral utilizando a fórmula Logo, teremos: Como você pode perceber, o principal propósito da integração por partes é a escolha estratégica de e para resultar em uma nova integral mais simples de calcular em comparação à original. Em geral, não existem regras imediatas e precisas para essa escolha; trata-se de uma questão de experiência adquirida por meio de prática. Nesse sentido não deixe de resolver exercícios em que é necessário empregar o método da integração por partes para solucionar as integrais. Vamos Exercitar? Agora que você já conhece o método da integração por partes e como empregá-lo na resolução de integrais indefinidas e definidas, vamos retomar a nossa situação inicial. Nessa situação, você deve resolver uma série de integrais empregando o método estudado. ∫ 1 0 xexdx u dv u = x dv = exdx u dv du = 1dx v = ∫ exdx = ex ∫ b a udv = uv|ba − ∫ b a vdu ∫ 1 0 xexdx = xex|1 0 − ∫ 1 0 exdx = xex| 1 0 − ex| 1 0 = (1 ⋅ e1 − 0 ⋅ e0) − (e1 − e0) = e − 0 − e + 1 = 1 u dv a) ∫ t2etdt O primeiro passo é escolhermos e . Observe que no integrando temos uma multiplicação de uma função algébrica por uma função exponencial, assim, de acordo com o método LIATE, podemos ter e . Agora derivamos e integramos: Resolvendo a integral utilizando a fórmula teremos: A integral que obtivemos, , é mais simples que a integral original, mas ainda não é óbvia. Portanto, usamos a integração por partes mais uma vez, mas agora com e . Logo, Aplicando novamente a fórmula na integral teremos: O primeiro passo é escolher e . No integrando temos uma multiplicação de uma função algébrica por uma função trigonométrica, assim de acordo com o método LIATE podemos ter e . Agora derivamos e integramos : Observe que para resolver essa integral teremos que utilizar o método da mudança de variável em que , assim . Aplicando o método teremos: Resolvendo a integral utilizando a fórmula teremos: u dv u = t2 dv = etdt u dv u = t2 → du = 2tdt dv = etdt → v = ∫ etdt = et ∫ udv = uv− ∫ vdu. ∫ t2etdt = t2et − ∫ et2tdt ∫ et2tdt u = 2t dv = etdt u = 2t → du = 2dt dv = etdt → v = ∫ etdt = et ∫ et2tdt ∫ t2etdt = t2et − ∫ et2tdt = t2et − [2tet − ∫ 2etdt] = t2et − 2tet + 2 ∫ etdt = t2et − 2tet + 2et +K b) ∫ x2 cos(2x)dx u dv u = x2 dv = cos(2x)dx dv u = x2 → du = 2xdx dv = cos(2x)dx → v = ∫ cos(2x)dx u = 2x du = 2dx v = ∫ cos(2x)dx = ∫ cos (u) du 2 = 1 2 ∫ cos (u)du = 1 2 sen(u) = 1 2 sen (2x) ∫ udv = uv− ∫ vdu. A integral que obtivemos, , é mais simples que a integral original, mas ainda não é imediata. Portanto, usamos a integração por partes mais uma vez, mas agora com e . Logo, Para resolver essa integral teremos que utilizar o método da mudança de variável em que , assim . Aplicando o método teremos: Aplicando novamente a fórmula na integral teremos: O primeiro passo é escolher e . No integrando temos uma multiplicação de uma função algébrica por uma função logarítmica, assim de acordo com o método LIATE podemos ter e . Agora derivamos e integramos: Resolvendo a integral utilizando a fórmula teremos: ∫ x2 cos(2x)dx = x2 ⋅ 1 2 sen(2x) − ∫ 1 2 sen(2x)2xdx = x2 ⋅ 1 2 sen(2x) − ∫ x sen(2x)dx ∫ x sen(2x)dx u = x dv = sen(2x)dx u = x → du = 1dx dv = sen(2x)dx → v = ∫ sen(2x)dx u = 2x du = 2dx v = ∫ sen(2x)dx = ∫ sen (u) du 2 = 1 2 ∫ sen (u)du = − 1 2 cos(u) = − 1 2 cos (2x) ∫ x sen(2x)dx ∫ x2 cos(2x)dx = x2 ⋅ 1 2 sen(2x) − ∫ 1 2 sen(2x)2xdx = x2 ⋅ 1 2 sen(2x) − ∫ x sen(2x)dx = 1 2 x 2 sen(2x) − [x ⋅ − 1 2 cos(2x) − ∫ − 1 2 cos(2x)dx] = 1 2 x 2 sen(2x) + 1 2 x cos(2x) − 1 2 ∫ cos(2x)dx = 1 2 x 2 sen(2x) + 1 2 x cos(2x) − 1 2 [ 1 2 sen(2x)] +K = 1 2 x2 sen(2x) + 1 2 x cos(2x) − 1 4 sen(2x) +K c) ∫ e 1 y2 ln(y)dy u dv u = ln (y) dv = y2dy u dv u = ln (y) → du = 1 y dy dv = y2dy → v = ∫ y2dy = y3 3 ∫ b a udv = uv|ba − ∫ b a vdu ∫ e 1 y2 ln(y)dy = ln(y) ⋅ y3 3 e 1 − ∫ e 1 y3 3 ⋅ 1 y dy∣= ln(y) ⋅ y3 3 e 1 − 1 3 ∫ e 1 y2dy∣= ln(y) ⋅ y3 3 e 1 − 1 3 [ y3 3 ] e 1∣= [ln(e) ⋅ e3 3 − ln(1) ⋅ 13 3 ]− 1 3 [ e3 3 − 13 3 ] Saiba Mais Uma abordagem essencial para a aprendizagem em matemática consiste em praticar a resolução de exercícios, pois isso possibilita a aplicação das diversas propriedades relacionadas aos conceitos discutidos. Sendo assim, ao seguir essa estratégia, sugiro a leitura e a realização de alguns exercícios relevantes relacionados aos tópicos abordados durante a aula. Com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos sobre o método de integração da mudança de variável leia a seção 7.1 – Integração por partes do livro Cálculo: v.1 de James Stewart, Daniel Clegg e Saleem Watson disponível na sua biblioteca virtual. Ao final da seção há uma série de exercícios, selecione alguns para resolver! Ah, e uma dica, resolva os exercícios ímpares, pois ao final do livro existem as respostas, assim você pode conferir se acertou nos cálculos! Bons estudos! Referências Bibliográficas ANTON, H. et al. Cálculo: v.1. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788582602263. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 21 jan. 2024. LARSON, R. Cálculo aplicado – Curso rápido: Tradução da 9ª ed. norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788522125074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/. Acesso em: 21 jan. 2024. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O.; HAZZAN, S. Cálculo – Funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. E-book. ISBN 9788547201128. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/. Acesso em: 21 jan. 2024. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo: v.1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555584097. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 21 jan. 2024. = [1 ⋅ e3 3 − 0 ⋅ 1 3 ]− 1 9 e 3 + 1 9 = 1 3 e 3 − 1 9 e 3 + 1 9 = 2 9 e 3 + 1 9 ≈ 4,575 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9786555584097/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/ Encerramento da Unidade TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO Videoaula de Encerramento Olá, estudante! Esperamos que esteja bem! Nessa aula discutiremos sobre os principais aspectos relacionados às integrais definidas e indefinidas. Além disso, vamos explorar as características de dois métodos de integração, a saber: mudança de variável e integração por partes. Esses métodos são fundamentais para a resolução de diferentes tipos de problemas relacionados ao cálculo de área e volume, entre outros. Ponto de Chegada Para desenvolver a competência desta unidade, que é compreender as técnicas de integração a fim de aplicá-las na resoluçãode problemas que envolvem o cálculo de integrais, é necessário que você saiba identificar as características de cada uma das técnicas de integração. Dada uma função contínua em um intervalo dizemos que a integral definida de no intervalo dado é: Ao abordar o cálculo dessa integral, evitaremos lidar diretamente com o limite, uma vez que o cálculo desse limite muitas vezes envolve complexidades e pode ser desafiador. Em vez disso, faremos uso do Teorema Fundamental do Cálculo, uma ferramenta valiosa que estabelece uma relação fundamental entre derivadas e integrais definidas. f [a, b] f ∫ b a f(x)dx = lim n→∞ ∑n i=1 f(xi) ⋅ Δx Esse teorema proporciona uma maneira mais acessível de avaliar integrais definidas ao permitir a conexão direta entre a função a ser integrada e sua primitiva. De acordo com esse teorema, se uma função é contínua no intervalo então: onde é qualquer primitiva de , isto é, uma função tal que . Nessa perspectiva, calcular uma integral definida envolve a busca por uma primitiva da função integrando. Em seguida, realiza-se a subtração do valor dessa primitiva avaliada no limite inferior de integração do seu valor no limite superior de integração. É fundamental destacar a importância do conceito de primitiva, que não se trata de qualquer função, mas, sim, daquela que ao ser derivada resulta na função que está sendo integrada. Entender a natureza da primitiva é crucial para o sucesso na resolução de integrais definidas, pois estabelece a ligação essencial entre a função original e o processo de integração. Não é sempre que nos deparamos com a necessidade de calcular a integral de uma função em um intervalo específico. Quando isso não é o caso, lidamos com o conceito de integral indefinida. Uma integral indefinida refere-se à primitiva de uma função, ou seja, uma função cuja derivada é a função original. Ao contrário da integral definida, que envolve a avaliação em limites de integração específicos, a integral indefinida busca a expressão geral da primitiva da função, proporcionando uma visão mais ampla e abstrata do processo de integração. Uma integral indefinida é da forma: Sendo que K é uma constante real qualquer e, ao derivar a primitiva , obtemos . A constante é adicionada ao resultado, pois qualquer constante na função primitiva, ao derivar, será 0. Fique atento, pois a constante só irá aparecer quando estivermos calculando uma integral indefinida. Ao calcular uma integral indefinida, temos como resultado uma família de funções, enquanto ao calcular uma integral definida, temos um número como resultado. Encontrar a primitiva de uma função envolve a reflexão sobre "qual função, ao ser derivada, nos conduzirá ao resultado desejado", uma tarefa que, reconhecidamente, pode ser desafiadora e trabalhosa. Por esse motivo, é crucial adquirir conhecimento sobre as principais regras de integração imediatas. Na Tabela 1, você terá acesso às principais f [a, b] ∫ b a f(x)dx = F(b) − F(a) em que F ' = f. F f(x) F ' = f ∫ f(x)dx = F(x) + K F(x) + K f(x) K regras e propriedades que facilitam esse processo, tornando a abordagem de integração mais eficiente e acessível. Tabela 1 | Regras de integração A obtenção de primitivas nem sempre é viável apenas por meio das regras de integração imediatas; em algumas situações, torna-se necessário empregar técnicas mais avançadas de integração. Entre as diversas abordagens disponíveis, duas se destacam pelo uso frequente: o método da mudança de variável, também conhecido como método da substituição, e a integração por partes. Essas técnicas oferecem ferramentas adicionais e estratégias fundamentais para lidar com funções mais complexas, expandindo as possibilidades de resolução de problemas integrais. A regra da mudança de variáveis envolve a substituição de uma variável por uma expressão diferente, facilitando a manipulação e o resolução da integral. Podemos utilizar essa técnica quando a função a ser integrada é do tipo . Nesse caso, se então, Não se esqueça que após integrar a função em relação à variável é necessário reescrever o resultado em termos da variável original. No caso de ser uma integral definida, ao aplicar o método da mudança de variável, é necessário realizar a mudança nos limites de integração, uma vez que estamos realizando uma mudança de variável. Assim, se for contínua em um intervalo conhecido e for contínua na imagem de , teremos: ∫ cf(x)dx = c ∫ f(x)dx ∫ cdx = cx + K ∫ xndx = xn+1 n+1 + K, n ≠ −1 ∫ 1 x dx = ln|x| + K ∫ axdx = ax ln(a) + K ∫ exdx = ex + K ∫ cos(x)dx = sen(x) + K ∫ sen(x)dx = − cos(x) + K ∫ tg(x)dx = sec 2(x) + K ∫ [f(x) ± g(x)]dx = ∫ f(x)dx ± ∫ g(x f(g(x)) ⋅ g'(x) u = g(x), ∫ [f(g(x)) ⋅ (g'(x))]dx = ∫ f(u)du u, g'(x) [a, b] f(x) u = g(x) ∫ b a [f(g(x)) ⋅ (g'(x))]dx = ∫ g(b) g(a) f(u)du Já o método de integração por partes pode ser utilizado quando temos um produto de funções no integrando. Para resolver uma integral por esse método, utilizamos a fórmula: Que geralmente é apresentada como: em que e . Quando temos uma integral definida, basta que avaliemos o resultado nos limites de integração, assim a fórmula será: Ou ainda, O principal propósito da integração por partes é a escolha estratégica de e para resultar em uma nova integral mais simples de calcular em comparação à original. Em geral, não existem regras imediatas e precisas para essa escolha; trata-se de uma questão de experiência adquirida por meio de prática. É crucial que você compreenda todas as técnicas de integração abordadas nesta unidade, pois você as aplicará na resolução de diversos problemas ao longo deste curso e em disciplinas subsequentes. O domínio dessas técnicas não apenas fortalecerá sua base em cálculo integral, mas também será fundamental para enfrentar desafios mais avançados em disciplinas correlatas. Este conhecimento não só aprimorará suas habilidades matemáticas, mas também abrirá portas para uma compreensão mais profunda e aplicada em áreas que dependem fortemente do cálculo. É Hora de Praticar! Para contextualizar sua aprendizagem, suponha que você esteja participando de um processo seletivo para ingressar em um programa de iniciação científica. Esse programa tem como objetivo estudar o papel da Matemática no campo profissional. A primeira parte do processo seletivo consiste em uma prova de conhecimentos gerais, que englobam os conceitos relacionados às diferentes disciplinas do seu curso. Com o objetivo de se preparar para essa primeira etapa, você decidiu realizar uma pesquisa sobre quais os conceitos mais recorrentes nas provas anteriores. Como resultado dessa pesquisa, você constatou que conceitos relacionados ao cálculo integral eram recorrentes em todas as provas. Após analisar as provas, você percebeu que eram frequentes questões sobre o cálculo de integrais definidas e indefinidas. A fim de relembrar as regras de integração, você selecionou uma série de exercícios sobre o ∫ f(x)g'(x)dx = f(x)g(x) − ∫ f '(x)g(x)dx ∫ udv = uv − ∫ vdu u = f(x) v = g(x) ∫ b a f(x)g'(x)dx = f(x)g(x)|ba − ∫ b a f '(x)g(x)dx ∫ b a udv = uv| b a − ∫ b a vdu u dv cálculo de integrais. Sua tarefa, então, é resolver esses exercícios, conforme apresentado a seguir. Questão 1: Calcule o valor da integral: Questão 2: Resolva a integral: Questão 3: Calcule o valor da integral definida: Reflita Considerando a ampla variedade de situações em que os conceitos abordados na unidade podem ser aplicados, convidamos à reflexão sobre essas duas questões: Em que situações específicas você consideraria necessário recorrer a técnicas mais avançadas de integração, além das regras imediatas, para abordar integralmente um problema matemático ou aplicado? Como as técnicas de integração, como o método da mudança de variáveis e a integração por partes, podem ser aplicadas de forma eficaz na resolução de problemas práticos em diversas disciplinas? Resolução do estudo de casoPara resolver cada uma dessas questões é importante que você realize uma análise das funções a serem integradas a fim de verificar qual o melhor método de resolução. Solução da Questão 1 Temos que resolver a integral indefinida: Observe que a função do integrando é uma função composta, logo, podemos aplicar o método da mudança de variável. Para isso vamos utilizar a substituição: ∫ 1 (4−5t)4 dt ∫ x2 e−x dx ∫ e 1 (ln (x))2 dx Reflita Quais técnicas de integração serão necessárias na resolução de cada uma dessas questões? ∫ 1 (4−5t)4 dt Derivando essa substituição temos: Realizando as substituições e posteriormente resolvendo a integral, teremos: Solução da Questão 2 Temos que resolver a integral indefinida: Observe que temos um produto de funções de tipos diferentes dentro do integrando, assim, podemos aplicar a integração por partes para resolvê-la. O primeiro passo é escolher e . No integrando temos uma multiplicação de uma função algébrica por uma função exponencial, assim, de acordo com o método LIATE, podemos ter e . Agora derivamos e integramos: Essa integral não pode ser revolvida de forma imediata, uma vez que temos como integrando uma função composta, assim, para resolver essa integral teremos que utilizar o método da mudança de variável em que , assim . Aplicando o método teremos: Resolvendo a integral utilizando a fórmula Teremos u = 4 − 5t du = −5dt dt = − du 5 ∫ 1 (4−5t) 4 dt = ∫ 1 u4 (− du 5 ) = − 1 5 ∫ u−4du = − 1 5 [ u−3 −3 ]+K = − 1 5 ⋅ − 1 3 u −3 +K = 1 15u3 +K = 1 15(4−5t)3 +K ∫ x2 e−x dx u dv u = x2 dv = e−xdx u dv u = x2 → du = 2xdx dv = e−x → v = ∫ e−xdx u = −x du = −dx v = ∫ e−xdx = ∫ eu ⋅ −du = − ∫ eudu = −eu = −e−x ∫ udv = uv− ∫ vdu. ∫ x2 e−x dx = x2 ⋅ −e−x − ∫ −e−x ⋅ 2xdx = −x2e−x + ∫ 2xe−xdx A integral que obtivemos, , é mais simples que a integral original, mas ainda não é imediata. Portanto, usamos a integração por partes mais uma vez, mas agora com e . Logo, Aplicando novamente a fórmula na integral teremos: Solução da Questão 3 Temos que resolver a integral definida: Primeiro vamos reescrever essa integral: Observe que não é possível aplicar o método da mudança de variável, assim, vamos aplicar o método da integração por partes. Como as duas funções são uma delas será e a outra . Assim teremos, A integral da função é resolvida utilizando o método da integração por partes em que e . Resolvendo a integral inicial utilizando a fórmula teremos ∫ 2xe−xdx u = 2x dv = e−xdx u = 2x → du = 2dx dv = e−x → v = ∫ e−xdx = −e−x ∫ 2xe−xdx, ∫ x2 e−x dx = x2 ⋅ −e−x − ∫ −e−x ⋅ 2xdx = −x2e−x + ∫ 2xe−xdx = −x2e−x + [2x ⋅ −e−x − ∫ −e−x ⋅ 2dx] = −x2e−x − 2xe−x + 2 ∫ e−xdx = −x2e−x − 2xe−x + 2[−e−x] +K = −x2e−x − 2xe−x − 2e−x +K ∫ e 1 (ln (x))2dx ∫ e 1 (ln (x))2 dx = ∫ e 1 [ln(x) ⋅ ln(x)]dx ln (x), u dv u = ln(x) → du = 1 x dx dv = ln(x)dx → v = ∫ ln(x)dx = x ln (x) − x ln (x) u = ln (x) dv = 1dx ∫ b a udv = uv| b a − ∫ b a vdu ∫ e 1 (ln(x))2 dx = ∫ e 1 [ln(x) ⋅ ln(x)]dx = [ln(x) ⋅ (x ln(x) − x)]e1 − ∫ e 1 (x ln(x) − x) 1 x dx = [x ln2(x) − x ln(x)] e 1 − ∫ e 1 (ln(x) − 1) dx Dê o play! = [x ln2(x) − x ln(x)] e 1 − ∫ e 1 ln(x)dx + ∫ e 1 1 dx = [x ln2(x) − x ln(x)] e 1 − [x ln(x) − x]e1 + [x]e1 = [(e ln2(e) − e ln(e)) − (1 ln2(1) − 1 ln(1))] − [(e ln(e) − e) − (1 ln(1) − 1)] + (e − 1 = [e ⋅ 1 − e ⋅ 1 − 1 ⋅ 0 + 1 ⋅ 0] − [e ⋅ 1 − e − 1 ⋅ 0 + 1] + e − 1 = e − e − 0 + 0 − e + e + 0 − 1 + e − 1 = e − 2 ≈ 0,72 Assimile Referências ANTON, H. et al. Cálculo: v.1. Porto Alegre: Grupo A, 2014. E-book. ISBN 9788582602263. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/. Acesso em: 21 jan. 2024. LARSON, R. Cálculo aplicado – Curso rápido: Tradução da 9ª ed. norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2016. E-book. ISBN 9788522125074. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/. Acesso em: 21 jan. 2024. MORETTIN, P. A.; BUSSAB, W. O.; HAZZAN, S. Cálculo – funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Editora Saraiva, 2016. E-book. ISBN 9788547201128. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/. Acesso em: 21 jan. 2024. STEWART, J.; CLEGG, D.; WATSON, S. Cálculo. v.1. São Paulo: Cengage Learning Brasil, 2021. E-book. ISBN 9786555584097. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/. Acesso em: 21 jan. 2024. A solução de distintos problemas demanda a aplicação do cálculo de integrais, por isso, é fundamental que você adquira um entendimento sólido das principais regras e técnicas de integração. A Figura 1 serve como uma representação visual dessas regras. Figura 1 | Regras e técnicas de integração https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582602263/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522125074/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547201128/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555584097/