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Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 1 Sumário 1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006 .................................................................... 2 2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013......................... 26 3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006 ..................................................... 41 4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996 ....................... 61 5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984................................................. 71 6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003 ............................. 83 7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995 .............. 93 Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 2 1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006 QUESTÃO 01 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 Em cumprimento a mandado de busca e apreensão regularmente expedido por juiz competente, agentes da polícia civil localizaram 19 gramas de crack no telhado de banheiro externo do imóvel, quantidade que permitiu o fracionamento em cem pedras, além de um estilete, duas balanças de precisão, mais de R$800,00 em dinheiro em notas trocadas e anotações contábeis rústicas. Os dois ocupantes do imóvel, que vinham sendo monitorados, foram denunciados pela conduta estampada no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. No curso do processo, a defesa técnica dos imputados requereu a realização de perícia de dependência química. Diante do quadro narrado, quanto ao exame solicitado, é correto afirmar que A) deve ser deferido, pois a produção da prova é direito absoluto das partes. B) deve ser deferido, sob pena de cerceamento de defesa, diante do direito à prova da parte. C) deve ser deferido, pois o exame constitui prova obrigatória para comprovação da materialidade. D) deve ser indeferido, diante da discricionariedade judicial e desnecessidade da prova. E) deve ser indeferido, diante do não cabimento da espécie de prova ao fato imputado. COMENTÁRIOS Vejamos o entendimento do STJ: “a simples declaração do réu de ser dependente de drogas não obriga o juiz do processo a determinar a realização do exame toxicológico, cabendo ao julgador aferir a real necessidade de sua realização para a formação de sua convicção em cada caso concreto, dentro de sua discricionariedade regrada. Precedentes desta Corte e do Col. STF.” (Acórdão HC 25796/RJ – Relator: Min. Jorge Scartezzini). GABARITO: letra D Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 3 QUESTÃO 02 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - DPE-TO - Defensor Público Substituto José, indivíduo com maus antecedentes, foi preso em flagrante com uma munição de arma de fogo de uso restrito, alguns gramas de crack e balança de precisão, não tendo sido encontrada arma de fogo em seu poder. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no que prevê a legislação acerca de desarmamento e de tóxicos. A) Quanto à munição, a conduta é atípica, pois a apreensão de ínfima quantidade de droga, aliada à ausência de arma de fogo, configura crime impossível. B) Aplica-se o princípio da insignificância por inexistência de potencialidade lesiva em face da irrelevante quantidade de munição apreendida. C) A pouca quantidade de droga não justifica a aplicação do princípio da insignificância tanto no tráfico quanto para consumo próprio por serem crimes de perigo abstrato. D) A pequena quantidade de substância entorpecente apreendida é preponderante para o enquadramento na forma privilegiada do crime de tráfico de drogas. E) A apreensão da balança de precisão desconfigura a posse de drogas para consumo pessoal e justifica o enquadramento no crime de associação para o tráfico. COMENTÁRIOS STJ - Quando o crime de posse de munição é praticado dentro do contexto do delito de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006), não cabe a aplicação do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1695811/SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021. STF - Não se reconhece a incidência excepcional do princípio da insignificância ao crime de posse ou porte ilegal de munição, quando acompanhado de outros delitos, tais como o tráfico de drogas. STF. 1ª Turma. HC 206977 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2021. A pouca quantidade de droga não justifica a aplicação do princípio da insignificância tanto no tráfico quanto para consumo próprio por serem crimes de perigo abstrato. GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 4 QUESTÃO 03 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia Soraia possui doença neurológica para a qual existe indicação terapêutica do uso de canabidiol. A fim de controlar os sintomas da doença, ela importou medicamentos à base de canabidiol, amparada em decisão judicial, embora sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Como os medicamentos são caros, Soraia requereu, judicialmente, autorização para plantio de Cannabis sativa e consectária extração do óleo necessário ao tratamento. O magistrado, ao se pronunciar, negou a liminar pleiteada, sustentando que a autorização para plantio só poderia ser concedida pela ANVISA. Irresignada, Soraia viajou ao exterior, para a aquisição de algumas poucas sementes de Cannabis, com as quais pretendia iniciar o cultivo clandestino para utilização própria. Ao retornar ao Brasil, o carro de Soraia foi parado em uma blitz, tendo os policiais encontrado as sementes em seu poder. Para se defender, Soraia decidiu demonstrar o propósito terapêutico de sua iniciativa, levando os policiais espontaneamente à sua casa, onde estavam cópias de prontuários, receitas e atestados médicos. Lá os policiais encontraram diversos utensílios destinados ao cultivo das plantas psicotrópicas, além de frascos do medicamento outrora adquirido mediante decisão judicial autorizativa. A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Soraia praticou comportamento penalmente típico, mas estava amparada pelo estado de necessidade. B) A manutenção dos utensílios para cultivo de drogas destinadas a consumo pessoal é crime autônomo expressamente previsto na Lei n.º 11.343/2006. C) A aquisição dos medicamentos, a importação das sementes e a posse dos utensílios mencionados não constituem infrações penais previstas na Lei n.º 11.343/2006. D) A aquisição dos medicamentos à base de canabidiol foi criminosa, já que foi realizada sem autorização da ANVISA. E) A importação de sementes de Cannabis sativa constitui crime previsto na Lei n.º 11.343/2006, salvo se for autorizada, pois as sementes são matéria-prima para a produção de drogas. COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 5 Para resolver essa questão, o candidato deve ter conhecimento do Informativo: 709 do STJ – Direito Penal “Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art. 34 da Lei nº 11.343/2006, a ação de possuir maquinário e/ou objetos deve ter o especial fim de fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, visando ao tráfico. Assim, ainda que o crime previsto no art. 34 da Lei nº 11.343/2006 possa subsistir de forma autônoma, não é possível que o agente responda pela prática do referido delito quando a posse dos instrumentos se configura como ato preparatório destinado ao consumo pessoal de entorpecente. As condutas previstas no art. 28 da Lei de Drogas recebem tratamento legislativo mais brando, razão pela qual não há respaldo legal para punir com maior rigor as ações que antecedempoderá representar ao juiz pela concessão de perdão judicial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 12.850/13. Art. 4º, § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal). GABARITO: certo QUESTÃO 52 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada casa, onde encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada substância — aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado, informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no domicílio. Durante essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática do delito e, posteriormente, colaborou com a identificação dos demais membros da organização criminosa. A partir das informações do colaborador, foi realizada uma ação controlada. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 41 A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. A ação controlada na investigação da organização criminosa independe de prévia autorização judicial e parecer ministerial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A ação controlada independe de prévia autorização judicial e parecer ministerial, apenas será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público, de acordo com o art. 8º, §1º da Lei de organização criminosa (Lei 12.850/2013). GABARITO: certo 3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006 QUESTÃO 53 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia No dia 16 de janeiro de 2021, por volta das 03:45 h, no interior de uma boate situada na Zona Sul do Rio de Janeiro, João ofendeu a integridade física de Simone, tendo-lhe desferido um soco no rosto, o que causou lesões corporais nela. A vítima e o agressor haviam mantido um relacionamento amoroso no passado, cerca de dois anos antes da data da agressão, a qual fora motivada por questões ligadas ao término do relacionamento. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Houve crime de lesão corporal, sem o reconhecimento da violência doméstica, porquanto agressor e vítima já não mais tinham envolvimento amoroso. B) Caso Simone e João reatem o relacionamento, ocorrerá a extinção da punibilidade do crime praticado por ele. C) A agressão citada, por ter ocorrido em decorrência do relacionamento entre vítima e agressor, apesar de tal vínculo ter cessado, caracteriza violência doméstica, conforme hipótese prevista no inciso III do art. 5.º da Lei n.º 11.340/2006. D) O agressor cometeu crime de injúria real. E) João cometeu os crimes de lesão corporal e de tentativa de feminicídio, em concurso de crimes. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 42 COMENTÁRIOS Lei Maria da Penha. Art. 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. GABARITO: letra C QUESTÃO 54 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil No que se refere à posição dos tribunais superiores em relação à Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue: A posterior reconciliação entre vítima e agressor é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, pois não se pode exigir da vítima que tome a iniciativa de cobrar tal valor após o restabelecimento da relação afetiva. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, não é fundamento suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração penal. STJ. 6ª Turma. REsp 1.819.504-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 10/09/2019 (Info 657). Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 43 GABARITO: errado QUESTÃO 55 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil No que se refere à posição dos tribunais superiores em relação à Lei n.º 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue: Aplicam-se as disposições da Lei n.º 11.340/2003 às situações em que o agressor seja do sexo feminino, desde que comprovada a coabitação entre autor e vítima. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula 600 do STJ - "Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima". GABARITO: errado QUESTÃO 56 Prova: UFMT - 2022 - PJC-MT - Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia De acordo com a legislação processual penal, se o crime envolver violência doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência, será admitida a decretação de prisão A) domiciliar. B) temporária. C) preventiva. D) definitiva. E) resultante de pronúncia. COMENTÁRIOS CPP, art. 313. Nos termos do art. 312 , será admitida a decretação da prisão preventiva: Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 44 III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; GABARITO: letra C QUESTÃO 57 Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as seguintes providências legais, quando cabíveis: A) escoltar a ofendida para acompanhar a retirada dos pertences do agressor do local da ocorrência ou do domicílio familiar; B) garantir proteção policial, quando necessário, após comunicação realizada pelo Ministério Público ou Poder Judiciário; C) fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; D) encaminhar a ofendida para exame de corpo de delito ou prova suplementar no Instituto de Criminalística ou em posto de atendimento médico; E) informar à ofendida os direitos a ela conferidos, os serviços disponíveis e as medidas que podem ser adotadas contra o agressor junto ao Poder Judiciário. COMENTÁRIOS Lei Maria da Penha. Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: I - garantirproteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário; II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal; III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida; IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 45 V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis. V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união estável. GABARITO: letra C QUESTÃO 58 Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe Ao término do expediente de trabalho, Eros vai a um bar e passa a ingerir cerveja e doses de cachaça. Após se embriagar, retorna para sua residência, onde encontra Atena, sua companheira, dormindo. Eros acorda Atena com tapas, socos e chutes, reclamando que seu jantar não estava na mesa e que, enquanto ele não chegasse em casa, ela deveria ficar à disposição para atendê-lo. Com base no exposto, é correto afirmar que: A) a embriaguez deverá servir de fator de qualificação do delito; B) Eros responderá de maneira atenuada, diante do estado de embriaguez; C) a embriaguez deverá servir de fator para exasperar a pena-base; D) a embriaguez deverá servir de fator de causa de aumento de pena; E) Eros não responderá criminalmente, diante do estado de embriaguez. COMENTÁRIOS Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte, "A valoração negativa de circunstância judicial que acarreta exasperação da pena-base deve estar fundada em elementos concretos, não inerentes ao tipo penal" (AgRg no AREsp 1672105/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 25/08/2020, DJe 01/09/2020) Na hipótese, a prática do delito de lesão corporal mediante violência doméstica, por agente sob o efeito de bebidas alcoólicas, desborda o tipo penal do art. 129, §9°, do Código Penal, autorizando a exasperação da pena-base (STJ, AgRg no AREsp 1871481 / TO, Rel. Min. Olindo Menezes (desembargador convocado do TRF 1ª REGIÃO), Sexta Turma, j. 9/11/2021. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 46 GABARITO: letra C QUESTÃO 59 Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial de Necropsia Para os efeitos da Lei Maria da Penha, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: I) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; II) no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; III) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Nesse contexto, de acordo com a citada lei, as relações pessoais enunciadas acima: A) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a convivência entre o agressor e a vítima seja atual ou pretérita, nesse caso pelo menos nos últimos cinco anos; B) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a convivência entre o agressor e a vítima seja atual, não incidindo essa lei específica após o fim do relacionamento; C) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a convivência entre o agressor e a vítima seja atual ou pretérita, nesse caso pelo menos no último ano; D) independem de orientação sexual, e a violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos; E) dependem de orientação sexual, e a violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos fundamentais. COMENTÁRIOS Lei 11.340/2006. Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 47 cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos. GABARITO: letra D QUESTÃO 60 Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Auxiliar Policial de Necropsia de 3ª Classe A Lei nº 11.340/2006 cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e dá outras providências. De acordo com a mencionada Lei Maria da Penha, é direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o: A) pronto atendimento pericial feito pelo policial militar que atender à ocorrência, com imediata emissão do auto de exame de corpo de delito; B) atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores, preferencialmente do sexo feminino, previamente capacitados; C) decreto do afastamento do agressor do lar, nos casos de violência física, a ser feito, em qualquer hipótese, pelo policial militar que atender à ocorrência; D) encaminhamento à perícia exclusivamente pela autoridade judicial, com nomeação de perito e auxiliares do perito pelo juízo criminal; E) depoimento assistido por assistentes sociais e psicólogos, que não pode ser tomado em sede policial e deve ser realizado apenas em juízo. COMENTÁRIOS A) Errada. O atendimento pericial será especializado, e não feito pelo policial militar que atender à ocorrência, bem como o corpo de delito será determinado que se proceda pela autoridade policial (delegado de polícia) - não feito de imediato pelo policial militar, nos termos do caput do art. 10-A da Lei Maria da Penha. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 48 C) Errada. Quem decreta o afastamento do agressor do lar, regra geral, é o juiz, não o policial que atender à ocorrência. D) Errada. Conforme o art. 12 da Lei 11.340/06 é competência da autoridade policial determinar o exame de corpo de delito e requisitar exames periciais necessários. E) Incorreta. O depoimento da ofendida não é tomado apenas em juízo, mas em sede policial. Sobre a letra B, é o que disciplina o art. 10-A, caput, da Lei 11.340/06: É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados. (Incluída pela Lei nº 13.505, de 2017). GABARITO: letra B QUESTÃO 61 Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil Em relação ao sujeito passivo dos delitos de violência doméstica e familiar contra a mulher, é correto afirmar que: A) há necessidade de demonstração de vulnerabilidade concreta; B) a ausência de demonstração de relação de inferioridade inviabiliza a responsabilização criminal; C) a hipossuficiência e a vulnerabilidade da mulher em contexto de violência doméstica e familiar é presumida; D) em caso de subjugação feminina, a aplicação do sistema protetivo depende de demonstração específica; E) a organização social brasileira não é maisum sistema hierárquico de poder baseado no gênero. COMENTÁRIOS "Esta Corte Superior de Justiça tem entendimento consolidado no sentido de que a hipossuficiência e a vulnerabilidade, necessárias à caracterização da violência doméstica e familiar contra a mulher, são presumidas pela Lei n.º 11.340/06. Precedentes do STJ e do STF." GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 49 QUESTÃO 62 Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I A Lei 11.340/06, conhecida por “Lei MARIA DA PENHA”, tem base no art. 226, § 8º da Constituição Federal, in verbis: “O Estado assegurará assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”. Dos procedimentos que devem ser tomados pela Polícia Civil, abaixo elencados, é IMPROCEDENTE: A) Devem ser colhidas todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias. B) Os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde não serão admitidos como meios de prova, daí a necessidade de a vítima ser encaminhada, o mais breve possível, ao IML para exame de corpo de delito. C) Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada. D) Ouvir o agressor e as testemunhas. COMENTÁRIOS A- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, II: “Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: (...) II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; (...)”. C- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, I: “Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada; (...)”. D- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, V: “Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: (...) V - ouvir o agressor e as testemunhas; (...)”. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 50 A incorreta é a B, vejamos: Os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde serão admitidos como meios de prova. Art. 12, § 3º, Lei 11.340/06: "Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde”. GABARITO: letra B QUESTÃO 63 Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar Instrução: A respeito da previsão legal descrita a seguir, responda à questão. A Lei nº 11.340/2016 e alterações, conhecida como Lei Maria da Penha, ao dispor sobre medida protetiva de urgência, prescreve: “Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:” Na hipótese relatada na questão anterior, o juiz será comunicado no prazo máximo de A) 72 (setenta e duas) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. B) 48 (quarenta e oito) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. C) 5 (cinco) dias e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. D) 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. E) 10 (dez) dias e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 51 Cobrança da literalidade da LEI MARIA DA PENHA. Nos casos em que foi verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. Quando tal afastamento se der pelo delegado ou policial, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente., de acordo com o art. 12-C, §1º do referido diploma legal. Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. GABARITO: letra D QUESTÃO 64 Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar Quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia, a medida protetiva de urgência será ordenada A) pelo policial. B) pelo Prefeito Municipal. C) pela Guarda Municipal. D) por assistente social. E) pelo Prefeito ou Secretário Municipal designado. COMENTÁRIOS “Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 52 I - pela autoridade judicial; II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia. § 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente. GABARITO: letra A QUESTÃO 65 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia - Prova A autoridade policial instaurou inquérito policial em virtude de crime de lesões corporais leves cometidos contra mulher no âmbito familiar. O inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário. Considerando essa situação hipotética julgue o item seguinte. Se o município onde se deu a instauração do inquérito não for sede de comarca, o delegado poderá determinar o afastamento do agressor do lar. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Com a inclusão do Art. 12-C, o delegado de polícia passou a ter competência para afastar o agressor imediatamente do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando o Município não for sede de comarca,sempre que verificada a existência de risco atual ou iminente à vida e integridade física da mulher ou de seus dependentes. Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: I - pela autoridade judicial; II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 53 III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no momento da denúncia. GABARITO: certo QUESTÃO 66 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia - Prova A autoridade policial instaurou inquérito policial em virtude de crime de lesões corporais leves cometidos contra mulher no âmbito familiar. O inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário. Considerando essa situação hipotética julgue o item seguinte. Como se trata de crime de menor potencial ofensivo, o delegado de polícia deveria ter lavrado termo circunstanciado. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A regra geral é que se lavre termo circunstanciado aos crimes de menor potencial ofensivo. Vejamos o conceito das infrações de menor potencial ofensivo. As infrações penais de menor potencial ofensivo são as contravenções penais e os crimes a que a lei comina pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa, nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/95: Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. PORÉM, toda regra há a sua exceção. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevê, em seu art. 41, que aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei dos Juizados (Lei nº 9.099/1995). Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 54 Nesse sentido, o Termo Circunstanciado de Ocorrência, por ser uma previsão da Lei n. 9.099/95, não se aplica ao caso de crime de lesões corporais leves cometidos contra mulher no âmbito familiar, GABARITO: errado QUESTÃO 67 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre Lei nº 11.340/2006, a qual cria os mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, julgue: O crime de lesão corporal leve, praticado contra a mulher no âmbito das relações domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação penal pública condicionada à representação. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula 542 STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. GABARITO: errado QUESTÃO 68 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre Lei nº 11.340/2006, a qual cria os mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, julgue: Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos delitos praticados com violência ou grave ameaça no âmbito das relações domésticas e familiares contra a mulher. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula 589 STJ - É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 55 GABARITO: certo QUESTÃO 69 Prova: IBADE - 2021 - IAPEN - AC - Advogado Conforme a Lei n° 11.340 de 07/08/2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, assinale a alternativa CORRETA. A) Violência patrimonial não é considerada como forma de violência doméstica e familiar contra a mulher (Art. 7º) B) Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher somente ação baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Omissão não é considerada (Art. 5º) C) Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial adotará as providências legais cabíveis somente após a representação da mesma (Art. 10) D) A violência doméstica e familiar contra a mulher não constitui uma das formas de violação dos direitos humanos (Art. 6º) E) Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo -lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social (Art. 2º) COMENTÁRIOS A) Errado: a violência patrimonial está prevista no artigo 7º, IV, da lei 11.340/2009 e segundo o citado artigo é aquela “entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades”. B) Errado: Nos termos do artigo 5º da lei 11.340/2006: “configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 56 C) Errado: Nos termos do artigo 10º da lei 11.340/2006: “Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, DE IMEDIATO, as providências legais cabíveis.” D) Errado: Nos termos do artigo 6 da lei 11.340/2006: “Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.” E) Correto: vejamos o artigo 2º da lei 11.340/2006: “Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.” GABARITO: letra E QUESTÃO 70 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei dos Juizados (Lei nº 9.099/1995). [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 41 Lei 11.340/2006: "Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099/95. GABARITO: certo QUESTÃO 71 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 57 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 11.340/2006. Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiarcontra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. GABARITO: certo QUESTÃO 72 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata essa Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 11.340/2006. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. GABARITO: certo QUESTÃO 73 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil À ofendida é facultada a opção de propor ação de divórcio e de partilha de bens no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 58 Lei 11.340/2006. Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. § 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens. GABARITO: errado QUESTÃO 74 Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto Noeli compareceu à delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência contra seu companheiro Erson pelo crime de ameaça. Após chegar em casa, Noeli ouve pedido de desculpa de seu companheiro e apelos para que desista da representação. Considerando o disposto na legislação aplicável, quanto à possibilidade de retratação da representação apresentada, Noeli: A) não poderá desistir da representação, por tratar-se de ação pública; B) poderá se retratar perante a autoridade policial até o oferecimento da denúncia; C) poderá se retratar perante o juiz, em audiência especial, até o recebimento da denúncia; D) poderá se retratar perante o juiz ou a autoridade policial até a sentença; E) não poderá se retratar após o oferecimento da denúncia, ainda que na presença do juiz e acompanhada de advogado. COMENTÁRIOS NO CPP: A retratação é possível ANTES do OFERECIMENTO da denúncia NA LEI MARIA DA PENHA: A retratação é possível ANTES do RECEBIMENTO da denúncia. INFORMATIVO 656 STJ: Se a mulher vítima de crime de ação pública condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta interesse em se retratar da representação, ainda assim o juiz deverá designar audiência para que ela confirme essa intenção e seja ouvido o MP, nos termos do art. 16. A Lei Maria da Penha autoriza, em seu art. 16, que, se o crime for de ação pública condicionada (ex: ameaça), a vítima possa se retratar da representação que havia oferecido, Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 59 desde que faça isso em audiência especialmente designada, ouvido o MP e seja realizada antes do RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. “LMP. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público." GABARITO: letra C QUESTÃO 75 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item a seguir. A violência doméstica e familiar pode ser caracterizada tanto por ação quanto por omissão. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei Maria da Penha: "Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou OMISSÃO baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:" GABARITO: certo QUESTÃO 76 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item a seguir. Se uma mulher comparecer a uma delegacia de polícia relatando ter sofrido violência doméstica, para que um inquérito policial possa ser instaurado, será necessário que haja o consentimento da vítima, na hipótese de aplicação da Lei n.º 9.099/1995. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 60 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula 542 do STJ. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. Lei Maria da Penha. Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. GABARITO: errado QUESTÃO 77 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item a seguir. A conduta de um namorado que ameaça divulgar fotos de sua namorada nua caso ela termine o relacionamento com ele pode ser enquadrada na Lei Maria da Penha. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS De acordo com a lei n° 11.340/2006 – lei Maria da Penha - “configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação" (art. 5°, inc. III). "Art. 7° São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: (...) II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou QUE VISE DEGRADAR OU CONTROLAR SUAS AÇÕES, comportamentos, crenças e decisões, mediante AMEAÇA, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, CHANTAGEM, violação de sua intimidade, Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 61 ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;" GABARITO: certo 4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996 QUESTÃO 78 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia A interceptação telefônica, preenchidos os demais requisitos legais, pode ser determinada quando o fato investigado isoladamente constituir infração penal punida com detenção ou reclusão, não sendo admitida nas hipóteses de prisão simples. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O artigo 2º, III, da lei 9.296/96 veda a interceptação telefônica para investigação de infração penal punida com pena máxima de detenção, vejamos: “Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: (...) III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção." GABARITO: errado QUESTÃO 79 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia De acordo com o entendimento do STF, a interceptação telefônica poderá ser decretada pelo prazo de 15 dias, podendo ser renovada por uma única vez, por igual prazo. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253HP158516770247501 62 A jurisprudência do STF é no sentido de que a interceptação telefônica poderá ser renovada enquanto for necessária para o prosseguimento das investigações, nos termos do RHC 88371 “RHC 88371 Órgão julgador: Segunda Turma Relator(a): Min. GILMAR MENDES Julgamento: 14/11/2006 Publicação: 02/02/2007 EMENTA: Recurso Ordinário em Habeas Corpus. 1. Crimes previstos nos arts. 12, caput, c/c o 18, II, da Lei nº 6.368/1976. 2. Alegações: a) ilegalidade no deferimento da autorização da interceptação por 30 dias consecutivos; e b) nulidade das provas, contaminadas pela escuta deferida por 30 dias consecutivos. 3. No caso concreto, a interceptação telefônica foi autorizada pela autoridade judiciária, com observância das exigências de fundamentação previstas no artigo 5º da Lei nº 9.296/1996. Ocorre, porém, que o prazo determinado pela autoridade judicial foi superior ao estabelecido nesse dispositivo, a saber: 15 (quinze) dias. 4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento segundo o qual as interceptações telefônicas podem ser prorrogadas desde que devidamente fundamentadas pelo juízo competente quanto à necessidade para o prosseguimento das investigações. Precedentes: HC nº 83.515/RS, Rel. Min. Nelson Jobim, Pleno, maioria, DJ de 04.03.2005; e HC nº 84.301/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, unanimidade, DJ de 24.03.2006. 5. Ainda que fosse reconhecida a ilicitude das provas, os elementos colhidos nas primeiras interceptações telefônicas realizadas foram válidos e, em conjunto com os demais dados colhidos dos autos, foram suficientes para lastrear a persecução penal. Na origem, apontaram-se outros elementos que não somente a interceptação telefônica havida no período indicado que respaldaram a denúncia, a saber: a materialidade delitiva foi associada ao fato da apreensão da substância entorpecente; e a apreensão das substâncias e a prisão em flagrante dos acusados foram devidamente acompanhadas por testemunhas. 6. Recurso desprovido." GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 63 QUESTÃO 80 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Deferido o pedido de interceptação telefônica, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de forma sigilosa, não sendo prevista nessa fase a participação do Juízo ou do Ministério Público. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A Autoridade Policial irá conduzir os procedimentos da interceptação telefônica, após a autorização judicial, e dará ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização, artigo 6º, caput, da lei 9.296/96: “Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a sua realização." GABARITO: errado QUESTÃO 81 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia De acordo com o STJ, é admissível a utilização da técnica de fundamentação per relationem para a prorrogação de interceptação telefônica quando mantidos os pressupostos que autorizaram a decretação da medida originária. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Jurisp. em Teses 117, STJ: tese nº 2: É admissível a utilização da técnica de fundamentação per relationem para a prorrogação de interceptação telefônica quando mantidos os pressupostos que autorizaram a decretação da medida originária. Vejamos julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesse sentido no AgInt no REsp 1390751 / PR “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. EVASÃO DE DIVISAS. DECISÃO MONOCRÁTICA. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. CERCEAMENTO Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 64 DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE DO STJ. PRORROGAÇÕES DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS POR MAIS DE UM PERÍODO. POSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM. VALIDADE. COMPARTILHAMENTO DE DADOS SIGILOSOS. INSTITUIÇÕES DE CONTROLE. POSSIBILIDADE. ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO. REEXAME DE PROVAS. FIXAÇÃO DA PENA ABAIXO DO MÍNIMO LEGAL E REDUÇÃO DA MULTA. REPARAÇÃO DE DANOS. SENTENÇA PROFERIDA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N. 11.719/2008. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. Não se caracteriza a alegada ofensa ao princípio da colegialidade diante da existência de previsão legal e regimental para que o relator julgue, monocraticamente, recurso especial, com esteio em óbices processuais e na jurisprudência dominante desta Corte, hipótese ocorrida nos autos. 2. É firme a jurisprudência desta Corte de que a prorrogação da interceptação telefônica não está limitada a apenas um período, mas pode ocorrer por mais vezes, bastando que haja a devida fundamentação. 3. A fundamentação per relationem, devidamente justificada pelo Magistrado de primeiro grau diante do caso concreto, constitui medida de economia processual e não malfere os princípios do juiz natural e da fundamentação das decisões." GABARITO: certo QUESTÃO 82 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia As quebras de sigilo tanto de estação de rádio base (ERB) quanto de mensagens trocadas por e-mails ou por aplicativos de mensagens não dependem de prévia autorização judicial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS CF, Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; Vejamos decisão do STJ nesse sentido no AgRg no AREsp 1708679: “AgRg no AREsp 1708679 Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 65 (ACÓRDÃO) Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ DJe 04/11/2021 Decisão: 26/10/2021 PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. QUEBRA DE SIGILO DE MENSAGENS (WHATSAPP). AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. IMPRESCINDIBILIDADE DA MEDIDA. VERIFICAÇÃO. SÚMULA N. 7 DO STJ. JUNTADA EXTEMPORÂNEA DE DOCUMENTOS.AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO CONCRETO. OITIVA DE TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO. NÃO IMPUGNAÇÃO... CRIMINAIS. SÚMULA N. 7 DO STJ. ATIPICIDADE DAS CONDUTAS. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O acesso aos dados constantes de aplicativos de mensagens instalados em telefones celulares é legítimo mediante prévia autorização judicial e demonstrada a imprescindibilidade da medida." GABARITO: errado QUESTÃO 83 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista A captação ambiental feita por um dos interlocutores não possui qualquer validade jurídica caso não tenha sido previamente informada à autoridade policial ou ao Ministério Público. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Nos termos do artigo 8º-A, §4º, da lei 9.296/96 a captação ambiental feita por um dos interlocutores, sem o prévio conhecimento da Autoridade Policial ou do Ministério Público, poderá ser utilizada em matéria de defesa, vejamos o citado artigo: “Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (...) Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 66 § 4º A captação ambiental feita por um dos interlocutores sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do Ministério Público poderá ser utilizada, em matéria de defesa, quando demonstrada a integridade da gravação.” GABARITO: errado QUESTÃO 84 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista A lei permite,em circunstâncias excepcionais, que o requerimento de interceptação telefônica seja apresentado verbalmente. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A possibilidade de o pedido de interceptação telefônica ser apresentado, excepcionalmente, de forma verbal, está previsto no artigo 4º, §1º, da lei 9.296/96, vejamos o dispositivo legal: “Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a demonstração de que a sua realização é necessária à apuração de infração penal, com indicação dos meios a serem empregados. § 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo.” GABARITO: certo QUESTÃO 85 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista A inutilização de gravação que não interessa à prova da investigação pode ser realizada de ofício pela autoridade policial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 67 A inutilização da gravação que não interessar a prova será feita por decisão judicial após requerimento do Ministério Público ou da parte interessada, artigo 9º, caput, da lei 9.296/96: “Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.” GABARITO: errado QUESTÃO 86 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista A interceptação telefônica poder ser decretada por qualquer juiz, por se tratar de providência de urgência. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A interceptação telefônica será autorizada pelo juiz competente da ação principal, artigo 1º da lei 9.296/96, vejamos: “Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça.” GABARITO: errado QUESTÃO 87 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista A interceptação telefônica depende de requerimento da autoridade policial ou do representante do Ministério Público, não comportando decretação de ofício. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Também poderá ser decretada de ofício, artigo 3º, caput, da lei 9.296/96: Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 68 “Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, de ofício ou a requerimento: I - da autoridade policial, na investigação criminal; II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução processual penal.” GABARITO: errado QUESTÃO 88 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil Ricardo está sendo processado por crime de tráfico de entorpecentes e, durante a instrução criminal, descobriu que foi alvo de interceptação telefônica. Em conversa reservada com seu advogado, especialista em matéria penal, pediu para que fosse esclarecido como o Superior Tribunal de Justiça tem se posicionado acerca da complexidade do tema. Nesse cenário, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Embora não haja previsão na Lei 9.296/96 sobre o procedimento de degravação dos diálogos objeto da interceptação telefônica, é necessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais. B) É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional. C) A interceptação telefônica só será deferida quando não houver outros meios de prova disponíveis à época na qual a medida invasiva foi requerida, sendo ônus da defesa demonstrar violação ao disposto no art. 2º, inciso II, da Lei 9.296/96. D) É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração de delito punido com detenção, se conexo com outro crime apenado com reclusão. E) Não há necessidade de degravação dos diálogos objeto de interceptação telefônica, em sua integralidade, visto que a Lei 9.296/96 não faz qualquer exigência nesse sentido. COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 69 Letra A (incorreta) - É desnecessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais, conforme Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 10: 10) Em razão da ausência de previsão na Lei n. 9.296/1996, é desnecessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais. Letra B (correta) - A assertiva está conforme a Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 4: 4) É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a necessidade da medida excepcional. Letra C (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 5: 5) A interceptação telefônica só será deferida quando não houver outros meios de prova disponíveis à época na qual a medida invasiva foi requerida, sendo ônus da defesa demonstrar violação ao disposto no art. 2º, inciso II, da Lei n. 9. 296/1996. Letra D (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 6: 6) É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração de delito punido com detenção, se conexo com outro crime apenado com reclusão. Letra E (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 9: 9) Não há necessidade de degravação dos diálogos objeto de interceptação telefônica, em sua integralidade, visto que a Lei n. 9.296/1996 não faz qualquer exigência nesse sentido. GABARITO: letra A QUESTÃO 89 Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto Tramita no âmbito interno da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte processo administrativo disciplinar (PAD) que apura eventual falta funcional praticada por certo delegado de polícia. Durante a instrução do PAD, foi Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 70 verificada pela autoridade competente que o conduz a necessidade de obtenção de prova emprestada, consistente em interceptação telefônica realizada no bojo de processo criminal. De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, o compartilhamento de prova pretendido é: A) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas; B) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a interceptação telefônica somente pode ser utilizada para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; C) viável, desde que devidamente autorizada pelo juízo criminal competente e respeitados os princípios do contraditório e da ampla defesa; D) viável, independentemente de prévia autorização pelo juízo criminal, porque, uma vez produzida, a prova pertence ao Estado que é uno; E) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a interceptação telefônica somente pode ser produzida no âmbito de investigação e processo criminal ou ação de improbidade administrativa. COMENTÁRIOS “Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada" no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizadapelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa." De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores é possível o uso de interceptações telefônicas em procedimento administrativo como prova emprestada de processo penal, vejamos trecho do julgamento do MS 17.534/DF do Superior Tribunal de Justiça (STJ): “5. É possível o uso de interceptações telefônicas, na forma de provas emprestadas, derivadas de processo penal, desde que tenha havido autorização judicial para tanto, como na espécie (fl. 511), bem como que tenha sido dada oportunidade para o contraditório em relação a elas, como se verifica dos autos (fls. 5877-5878). Precedente: MS 16.122/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira Seção, DJe 24.5.2011." GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 71 QUESTÃO 90 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de Instrução Acerca dos meios de provas, suas espécies, classificação e valoração, julgue o item a seguir. Interceptação telefônica produzida regularmente no curso de inquérito policial constitui meio de prova nominada, voltada ao convencimento da autoridade judiciária sobre determinado fato. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Interceptação telefônica não constitui meio de prova, mas sim meio de obtenção de prova, que são os meios utilizados para localizar, encontrar meios de provas. Ex. Interceptação telefônica, busca e apreensão e etc. GABARITO: errado 5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984 QUESTÃO 91 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 A concessão de prisão domiciliar prevista no Art. 117 da Lei de Execução Penal tem como pressuposto A) a execução da penal em regime aberto. B) a inexistência de estabelecimento no regime semiaberto. C) a inexistência de estabelecimento no regime aberto. D) o risco de contágio pela Covid-19. E) a obtenção de permissão para sair do estabelecimento. COMENTÁRIOS LEP. Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 anos; II - condenado acometido de doença grave; Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 72 III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. GABARITO: letra A QUESTÃO 92 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 O apenado comete falta disciplinar de natureza grave, devidamente apurada em Procedimento Administrativo Disciplinar. Nesse caso, nos termos do Art. 118, inciso I, da Lei nº 7.210/84, A) impõe-se a regressão de regime, uma vez que a lei não concede ao juiz discricionariedade. B) é facultada ao juiz da execução a imposição de regressão de regime, diante de sua discricionariedade. C) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que submetido o apenado, após avaliação em audiência de justificação. D) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que submetido o apenado, em razão da função reintegradora do agente à sociedade. E) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que submetido o apenado, em razão da necessidade de ressocialização, reeducação e reabilitação. COMENTÁRIOS LEP. Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; GABARITO: letra A QUESTÃO 93 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 Em relação à concessão de benefícios de execução penal, assinale a afirmativa correta. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 73 A) O preenchimento de requisitos de ordem objetiva para obtenção de benefícios é suficiente. B) O preenchimento de requisitos de ordem subjetiva para obtenção de benefícios é suficiente. C) O comportamento do sentenciado durante a execução só pode ser avaliado por comissão técnica específica. D) A longa pena a ser cumprida, por si só, é inapta para se aferir o mérito do executado. E) A gravidade abstrata do crime constitui fundamento idôneo para negar o benefício. COMENTÁRIOS AgRg no HABEAS CORPUS Nº 620883 - SP (2020/0277925-9) STJ A gravidade abstrata do crime e a longa pena a cumprir não são aspectos relacionados ao comportamento do sentenciado durante a execução penal e não justificam o indeferimento dos benefícios do sistema progressivo das penas. GABARITO: letra D QUESTÃO 94 Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Delegado de Polícia Substituto Maria, primária, mãe de uma criança de 6 (seis) anos, que cria sem qualquer ajuda, foi condenada à pena de 5 (cinco) anos de reclusão pela prática do art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, e à pena de 1 (um) ano de reclusão pela prática do art. 180, caput, do Código Penal. Fixado o regime inicialmente fechado, encontra-se Maria cumprindo as penas impostas sem qualquer intercorrência, apresentando bom comportamento carcerário. Diante deste cenário, Maria fará jus a progressão de regime prisional quando cumprir A) 40% (quarenta por cento) da pena relativa à condenação pelo tráfico de drogas, uma vez que não lhe foram reconhecidos os benefícios do §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e 16% (dezesseis por cento) da pena relativa à condenação pelo crime de receptação. B) 40% (quarenta por cento) da pena relativa à condenação pelo tráfico de drogas, uma vez que não lhe foram reconhecidos os benefícios do §4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e 1/6 (um sexto) da pena relativa à condenação pelo crime de receptação. C) 1/6 (um sexto) do total da pena a ela imposta Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 74 D) 1/8 (um oitavo) do total da pena a ela imposta. COMENTÁRIOS É o que dispõe a Lei 7.210/84, em seu art. 112, §3º: "No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; V - não ter integrado organização criminosa". REGRAS PARA PROGRESSÃO DE REGIME: Requisito OBJETIVO: Mínimo para progredir - 8 hipóteses: 16% - Primário + sem violência; 20% - Reincidente + sem violência; 25% - Primário + COM violência; 30% - Reincidente + COM violência; 40% - Primário + Hediondo; 50% - Primário + Hediondo + morte OU comando de organização/constituição de milícia; 60% - Reincidente + Hediondo; 70% - Reincidente + Hediondo + morte. Requisito SUBJETIVO: Bom comportamento atestado pelo diretor do presídio. OBS: vedado o livramento condicional no caso de morte (50 e 70%). MULHER GESTANTE/MÃE/RESPONSÁVEL POR CRIANÇA OU PCD: Requisito OBJETIVO: cumprimento de, no mínimo, 1/8 da pena; Requisito SUBJETIVO: crime sem violência / não ter sido contra o filho / primária + bom comportamento / não integrar organização criminosa. GABARITO: letra D Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 75 QUESTÃO 95 Provas: FGV - 2021 - PC-RJ - Perito Criminal - Engenharia Civil Sobre o uso de algemas, é correto afirmar que: A) é possível o uso de algema de calcanhar, acompanhada ou não das algemas de pulso, para evitar o risco de fuga do réu; B) não é possível seu uso no réu durante a Sessão Plenária do Júri, em razão do risco de influência dos jurados; C) a opinião de policiais responsáveis pela escoltasobre a garantia da segurança dos presentes é irrelevante; D) a necessidade de preservar a integridade física dos próprios policiais não pode ser invocada como fundamento válido; E) não é possível seu uso no réu durante a realização da oitiva na audiência de custódia. COMENTÁRIOS A súmula vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal orienta a respeito do uso de algemas: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado". Sobre a utilização de algemas em audiência de custódia, vejamos interessante julgado: “PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. FEMINICÍDIO. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA DE PRONÚNCIA QUE NÃO AGREGA FUNDAMENTOS AO DECRETO PRISIONAL. AUSÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. LEGÍTIMA DEFESA. ANÁLISE FÁTICO-PROBATÓRIA. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. IMPOSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. PERICULOSIDADE CONCRETA. MODUS OPERANDI E MOTIVAÇÃO DO DELITO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. INSUFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR ALTERNATIVA. VIOLAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE N. 11 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. USO DE ALGEMAS DURANTE A PRISÃO EM FLAGRANTE JUSTIFICADO. ALEGAÇÃO SUPERADA. AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 76 NESTA EXTENSÃO, DESPROVIDO. (...) Nos termos do que dispõe o Enunciado 11 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal – STF, o uso de algemas constitui medida que somente deve ser empregada em casos excepcionais, que devem ser justificados. No caso dos autos, não há falar em nulidade na prisão em flagrante, uma vez que, conforme se verifica dos autos, na audiência de custódia, a Magistrada justificou satisfatoriamente a necessidade do uso de algemas no momento da prisão em flagrante do recorrente, ressaltando que os policiais militares depararam-se com “situação extrema, com vítima fatal". (...). (STJ. RHC 91.748/SP, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Julgado em 07/06/2018. DJe 20/06/2018). GABARITO: letra A QUESTÃO 96 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil Godofredo foi condenado pela prática de crime de estupro de vulnerável, em decisão já transitada em julgado. Durante o cumprimento de sua pena, em regular revista das celas determinada pela Administração Penitenciária, foi encontrado em sua posse aparelho telefônico que permitia a comunicação com o ambiente externo e/ou com outros presos, o que configura falta grave. O Superior Tribunal de Justiça tem se posicionado várias vezes sobre o tema “falta grave durante a execução penal”. A respeito da posição do STJ, assinale a afirmativa INCORRETA. A) A utilização de tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente não configura falta disciplinar de natureza grave, por ausência de previsão legal na LEP. B) É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de falta grave praticada pelo apenado em autoria coletiva, não se admitindo a sanção coletiva a todos os participantes indistintamente. C) O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exigência de exame criminológico para fins de progressão de regime. D) A desobediência aos agentes penitenciários configura falta de natureza grave, a teor da combinação entre os art. 50, VI, e art. 39, II e V, da Lei de Execuções Penais. E) A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do requisito subjetivo necessário para a concessão de benefícios da execução penal. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 77 COMENTÁRIOS A) A utilização de tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente configura falta disciplinar de natureza grave, nos termos dos art. 50, VI, e art. 39, V, da LEP. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. B) É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de falta grave praticada pelo apenado em autoria coletiva, não se admitindo a sanção coletiva a todos os participantes indistintamente”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. C) O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exigência de exame criminológico para fins de progressão de regime”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. D) A desobediência aos agentes penitenciários configura falta de natureza grave, a teor da combinação entre os art. 50, VI, e art. 39, II e V, da Lei de Execuções Penais”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. E) “A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do requisito subjetivo necessário para a concessão de benefícios da execução penal”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. GABARITO: letra A QUESTÃO 97 Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto Enquanto cumpria pena em regime semiaberto, identificou-se que Gabriel tinha uma faca escondida embaixo de sua cama. Após observância de todas as formalidades legais, foi confirmada a conduta de Gabriel, sendo a informação encaminhada para o Poder Judiciário. Considerando apenas as informações expostas, a conduta de Gabriel: A) não configura falta grave por ausência de previsão legal; B) configura falta grave e permite a regressão de regime e perda da integralidade dos dias remidos; C) configura falta grave, permitindo a regressão de regime, mas não a perda de qualquer dia remido a partir do trabalho; D) permite o reconhecimento de falta grave e, consequentemente, a regressão de regime e a perda de parte dos dias remidos; Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 78 E) não permite consequências em relação à progressão ou aos dias remidos, mas tão só a aplicação de regime disciplinar diferenciado. COMENTÁRIOS A conduta descrita no enunciado da questão configura falta de natureza grave (escondia faca embaixo de sua cama), expressamente prevista no inciso III, do artigo 50, da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal - LEP), que assim dispõe: "Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: (...) III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; (...)". Nesse sentido, ao se constatar que se trata de falta grave, impõe-se a regressão do regime e perda de parte dos dias remidos, nos termos do artigo 118 e do artigo 127, da Lei nº 7.210/1984, que assim dispõem: "Art. 118 - a execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). (...)" "Art. 127 - em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar." GABARITO: letra D QUESTÃO 98 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderãoexceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 79 LEP. Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. GABARITO: certo QUESTÃO 99 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até quinze dias. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O prazo máximo não é de quinze dias, mas sim de dez dias, como se verifica no artigo 60 da Lei de Execução penal, que estabelece: “A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente". GABARITO: errado QUESTÃO 100 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até dois anos de idade. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O prazo mínimo de amamentação é de 6 (seis) meses e não 2 (dois) anos, como se observa no § 2º do artigo 83 da Lei de Execução Penal, que estabelece: “Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 80 as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade". GABARITO: errado QUESTÃO 101 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984). Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de trinta dias, o réu não comparecer injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada imediatamente a pena. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O prazo do edital é de 20 (vinte) dias e não de 30 (trinta) dias, como se constata do artigo 161 da Lei de Execução Penal, que estabelece: “Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 (vinte) dias, o réu não comparecer injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será executada imediatamente a pena". GABARITO: errado QUESTÃO 102 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de Execução Penal. O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 81 Lei de Execução Penal (nº 7.210/84). Art. 112, § 6º. O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. GABARITO: certo QUESTÃO 103 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de Execução Penal. O regime disciplinar diferenciado não será aplicado aos presos provisórios, mas para os condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 52, § 1º da LEP. O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros. GABARITO: errado QUESTÃO 104 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de Execução Penal. A ausência de vigilância direta impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 122, § 1º da LEP. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 82 GABARITO: errado QUESTÃO 105 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de Execução Penal. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos vinte por cento da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O equívoco da assertiva está na porcentagem de cumprimento de pena apontada, uma vez que, havendo primariedade e ausência de violência e grave ameaça na prática delitiva, o preso deverá cumprir 16% da pena para progredir, e não 20%, como infere a assertiva. Art. 112 da LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 83 6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003 QUESTÃO 106 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 Determinada guarnição policial militar recebeu a notícia de que, durante a realização de festa em uma casa em bairro residencial, o vizinho, insatisfeito com o barulho, teria entrado em calorosa discussão, sendo visto com arma de fogo em sua cintura, no jardim da sua residência. Os militares procederam ao local e, mencionando o motivo do acionamento, pediram para fazer uma busca na residência, o que foi autorizado de forma consciente pelo seu único morador. Os policiais imediatamente encontraram uma pistola .380, devidamente municiada, na gaveta de móvel na sala de estar. Indagado sobre a propriedade da arma e sobre o fato de estar circulando com a pistola na cintura em seu jardim, o morador admitiu ter se enervado com a festa do vizinho, apresentando, na sequência, um certificado de registro de arma de fogo, vencido há dois anos, bem como o registro de atirador desportivo. Diante da situação, tendo como provada a manutenção da arma de fogo no interior da residência, bem como a circulação armada no jardim do imóvel, é correto afirmar que o sujeito A) deve responder por porte de arma de fogo. B) deve responder por posse de arma de fogo. C) deve responder por porte e posse de arma de fogo, em concurso material. D) deve responder por porte e posse de arma de fogo, em concurso formal. E) deve ter a arma de fogo apreendida, com aplicação de multa, sem responder por crime. COMENTÁRIOS A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez realizado o registro da arma, o vencimento da autorização NÃO CARACTERIZA ILÍCITO PENAL, mas mera irregularidade administrativa que autorizao próprio consumo pessoal do entorpecente.” STJ. 6ª Turma. RHC 135617-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/09/2021 (Info 709). É atípica a conduta de importar pequena quantidade de sementes de maconha. STJ. 3ª Seção. EREsp 1624564-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020 (Info 683). GABARITO: letra C QUESTÃO 04 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes não exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula 630 STJ: A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 6 QUESTÃO 05 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil Não se admite a substituição das penas privativas de liberdade por restritivas de direitos nas condenações por tráfico de drogas. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O plenário do STF declarou inconstitucional a vedação à substituição da PPL por PRD prevista no art. 33, §4º da Lei 11.343/2006. Posteriormente, o SF suspendeu a eficácia da parte do dispositivo que dizia “vedada a conversão em pena restritiva de direitos”. (HC 97256, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado em 01/09/2010) GABARITO: errado QUESTÃO 06 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil A importação de pequena quantidade de sementes da planta conhecida como maconha é atípica. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Informativo 915-STF: Atipicidade da importação de pequena quantidade de sementes de maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/9/2018 (Info 915). GABARITO: certo QUESTÃO 07 Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores, julgue o item: Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 7 A condenação do indivíduo pela prática dos crimes dispostos no Art. 33, caput, e 35, caput, da Lei nº 11.343/2006 (tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas) afasta, por si só, a aplicação da causa de redução de pena disposta no Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa). [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É inaplicável a causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 da Lei n.° 11.343/2006 na hipótese em que o réu tenha sido condenado, na mesma ocasião, por tráfico e pela associação de que trata o art. 35 do mesmo diploma legal. A aplicação da referida causa de diminuição de pena pressupõe que o agente não se dedique às atividades criminosas. Desse modo, verifica-se que a redução é logicamente incompatível com a habitualidade e permanência exigidas para a configuração do delito de associação (art. 35), cujo reconhecimento evidencia a conduta do agente voltada para o crime e envolvimento permanente com o tráfico. STJ. REsp 1.199.671-MG-2013 (Info 517). GABARITO: certo QUESTÃO 08 Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores, julgue o item: As ações penais em curso do réu podem ser utilizadas, por si só, para afastar a incidência da causa de redução de pena disposta no Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa). [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 8 Não se pode negar a aplicação da causa de diminuição pelo tráfico privilegiado, prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, com fundamento no fato de o réu responder a inquéritos policiais ou processos criminais em andamento, mesmo que estejam em fase recursal, sob pena de violação ao art. 5º, LIV (princípio da presunção de não culpabilidade). Não cabe afastar a causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) com base em condenações não alcançadas pela preclusão maior (coisa julgada). STF. HC 166385/MG -2020 (Info 973). GABARITO: errado QUESTÃO 09 Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores, julgue o item: A prática do tráfico de drogas nas imediações de estabelecimentos estudantis atrai a causa de aumento de pena disposta no Art. 40, inciso III, da Lei nº 11.343/2006 (a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos), independentemente de o agente almejar vender os entorpecentes aos estudantes da instituição, bastando que ele tenha conhecimento da existência da escola no local. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A prática do delito de tráfico de drogas nas proximidades de estabelecimentos de ensino (art. 40, III, da Lei 11.343/06) enseja a aplicação da majorante, sendo desnecessária a prova de que o ilícito visava atingir os frequentadores desse local. STJ. AgRg no REsp 1558551/MG-2017 GABARITO: certo Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 9 QUESTÃO 10 Prova: UFMT - 2022 - PJC-MT - Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia Por meio de alterações promovidas na legislação penal pátria, foi inserida a figura do “agente policial disfarçado”, com a finalidade de, após diligências preliminares que atestem a presença de elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente, concretizar a situação flagrancial correspondente aos seguintes crimes: A) Comércio ilegal de arma de fogo; Financiamento de tráfico de drogas; Associação para tráfico de drogas. B) Porte ilegal de arma de fogo; Tráfico internacional de arma de fogo; Associação para tráfico de drogas. C) Comércio ilegal de arma de fogo; Tráfico internacional de arma de fogo; Delito de tráfico de drogas. D) Porte ilegal de arma de fogo; Financiamento de tráfico de drogas; Delito de tráfico de drogas. E) Comércio ilegal de arma de fogo; Associação para tráfico de drogas; Delito de tráfico de drogas. COMENTÁRIOS Comércio ilegal de arma de fogo; Lei 10.826/03: "Artigo 17 — (...) exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: (...)§2º. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveisa apreensão do artefato e aplicação de multa (APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe de 29/10/2015). Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 84 Tal entendimento, todavia, é restrito ao delito de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/2003), não se aplicando ao crime de porte ilegal de arma de fogo (art. 14), muito menos ao delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16), cujas elementares são diversas e a reprovabilidade mais intensa. STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 885281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 28/04/2020 (Info 671). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Caracteriza ilícito penal o porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003) ou de arma de fogo de uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/2003) com registro de cautela vencido. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 08/04/2022 GABARITO: letra E QUESTÃO 107 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 No dia 22 de fevereiro de 2022, José foi abordado por guarnição policial militar, enquanto conduzia veículo automotor em via pública, em blitz regularmente realizada. No interior da mala do veículo foram encontradas vinte e cinco munições de fuzil calibre 7.65, de marcas variadas. Conduzido à unidade de polícia judiciária, durante a lavratura do seu auto de prisão em flagrante, confessou estar trabalhando para Carlos e Eduardo, tendo pleno conhecimento do material que transportava, mas que a contratação e o destino final teriam sido determinados pelos dois. Analisando a hipótese, sobre o crime de porte de arma de fogo, na modalidade transportar, é correto afirmar que A) não admite coautoria ou participação. B) admite participação por instigação, mas não coautoria. C) admite participação por induzimento, mas não coautoria. D) admite participação material, mas não coautoria. E) admite coautoria ou participação. COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 85 O crime de porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, na modalidade transportar, admite participação. (STJ, Info. 721, 13/12/2021). GABARITO: letra E QUESTÃO 108 Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar Nos termos da Lei nº 10.826/2003, conhecida como Estatuto do Desarmamento, aquele que deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa com deficiência mental se apodere de arma de fogo, que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade, incorre no seguinte crime: A) Omissão de cautela. B) Posse irregular de arma de fogo. C) Porte ilegal de arma de fogo. D) Negligência qualificada. E) Omissão negligente. COMENTÁRIOS A conduta narrada se amolda ao tipo penal "omissão de cautela", previsto no art. 13 da Lei 10.826/03: "Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. GABARITO: letra A QUESTÃO 109 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, julgue: O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido é crime de perigo concreto, e o bem jurídico tutelado é a incolumidade física. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 86 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS De acordo com a jurisprudência do STJ, o crime de posse ilegal de arma de fogo, tipificado no artigo 12 da Lei nº 10.826/2003, é de perigo abstrato. Em outras palavras, significa que o perigo consistente no ato de portar arma de fogo é presumido pelo tipo penal, dispensando, portanto, a verificação da lesividade concreta da conduta. Ademais, O STF já entendeu ser constitucional a tipificação de condutas abstratas, desde que excepcionais. Jurisp. em Teses 102, STJ: tese nº O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 12 da Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato, prescindindo de demonstração de efetiva situação de perigo, porquanto o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física e sim a segurança pública e a paz social. GABARITO: errado QUESTÃO 110 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, julgue: A abolitio criminis temporária, prevista nos artigos 5º, § 3º, e 30, durante a sua vigência temporal, abrangeu todos os crimes previstos na Lei nº 10.826/2003. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O STJ vem firmando o entendimento de que o comércio ilegal de arma de fogo nunca foi um delito abrangido pela abolitio criminis temporária. Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 6) O delito de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 17, caput e parágrafo único, da Lei de Armas, nunca foi abrangido pela abolitio criminis temporária prevista nos arts. 5º, § 3º, e 30 da Lei de Armas ou nos diplomas legais que prorrogaram os prazos previstos nos referidos dispositivos. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 87 QUESTÃO 111 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, julgue: A atipicidade de conduta do agente que detém posse de arma de fogo sem autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar deve ser reconhecida quando a total ineficácia dessa arma for demonstrada por laudo pericial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS "DIREITO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO INEFICAZ. Demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, sem autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar. Inicialmente, convém destacar que a Terceira Seção do STJ pacificou entendimento no sentido de que o tipo penal de posse ou porte ilegal de arma de fogo é delito de mera conduta ou de perigo abstrato, sendo irrelevante a demonstração de seu efetivo caráter ofensivo e, assim, desnecessária a realização de laudo pericial para atestar a potencialidade lesiva da arma de fogo ou da munição apreendida (EREsp 1.005.300-RS, DJe 19/12/2013). Contudo, se tiver sido realizado laudo técnico na arma de fogo e este tiver apontado a total ineficácia do artefato, descartando, por completo, a sua potencialidade lesiva e, ainda, consignado que as munições apreendidas estavam percutidas e deflagradas, a aplicação da jurisprudência supramencionada deve ser afastada. Isso porque, nos termos do que foi proferido no AgRg no HC 149.191-RS (Sexta Turma, DJe 17/5/2010), arma, para ser arma, há de ser eficaz; caso contrário, de arma não se cuida. Em outras palavras, uma arma desmuniciada em conjunto com munição torna-se apta a realizar disparos; entretanto, uma arma ineficaz, danificada, quebrada, em contato com munição, não poderá produzir disparos, não passando, portanto, de um mero pedaço de metal. Registre-se que a particularidade da ineficácia da arma (e das munições) não se confunde, à toda evidência, com o caso de armasem munição. A par disso, verifica-se que, à luz Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 88 do Direito Penal do fato e da culpa, iluminado pelo princípio da ofensividade, não há afetação do bem jurídico denominado incolumidade pública que, segundo a doutrina, compreende o complexo de bens e interesses relativos à vida, à integridade corpórea e à saúde de todos e de cada um dos indivíduos que compõem a sociedade. Nessa ordem de ideias, a Quinta Turma do STJ (AgRg no AREsp 397.473-DF, DJe 25/08/2014), ao enfrentar situação fática similar - porte de arma de fogo periciada e totalmente ineficiente - asseverou que o objeto apreendido não se enquadrava no conceito técnico de arma de fogo, razão pela qual considerou descaracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo. De modo semelhante, embora pacífico que a incidência da causa de aumento de pena pelo uso de arma de fogo no delito de roubo dispensa a sua apreensão e perícia, as Turmas de Direito Penal do STJ consolidaram entendimento no sentido de que, caso atestada a ineficácia e inaptidão da arma, torna-se incabível a aplicação da majorante prevista no art. 157, § 2º, I, do CP. Desse modo, conclui- se que arma de fogo pressupõe artefato destinado e capaz de ferir ou matar, de maneira que deve ser reconhecida a atipicidade da conduta de possuir munições deflagradas e percutidas, bem como arma de fogo inapta a disparar, ante a ausência de potencialidade lesiva, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio. (STJ; REsp 1.451.397-MG; Sexta Turma Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura; julgado em 15/9/2015, DJe 1º/10/2015)". No mais, temos que: Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 3) Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio. GABARITO: certo QUESTÃO 112 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, julgue: A comprovação da lesividade da conduta é indispensável para a caracterização típica do crime de “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela”. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 89 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Entende-se que o delito de disparo de arma de fogo é de perigo abstrato, o que dispensa a demonstração da lesividade da conduta. Jurisp. em Teses 102, STJ: tese nº 4) O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e prescinde, para sua caracterização, de comprovação da lesividade ao bem jurídico tutelado. GABARITO: errado QUESTÃO 113 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, julgue: A comprovação da internacionalidade da ação é dispensável para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, bastando que se comprove a procedência estrangeira do artefato. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 9) Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a internacionalidade da ação. GABARITO: errado QUESTÃO 114 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil Referente ao Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa correta Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 90 A) O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), instituído no Ministério da Defesa, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional. B) A Polícia Militar expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os requisitos estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo essa autorização intransferível. C) A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no regulamento dessa Lei. D) Ao Exército compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade. E) A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em todo o território nacional, é de competência do Sinarm e somente será concedida após autorização da Polícia Federal. COMENTÁRIOS A) Errada. Nos termos do 1º da Lei nº 10.826/2003, o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) tem circunscrição em todo o território nacional, mas ele é instituído no Ministério da Justiça e não no Ministério da Defesa, conforme asseverado. B) Errada. É o Sinarm, e não a Polícia Militar, que expedirá autorização de compra de arma de fogo, após atendidos os requisitos legais estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização, consoante estabelece o § 1º do artigo 4º da Lei nº 10.826/2003. C) Correta. É o que preceitua o § 2º do artigo 4º da Lei 10.826/2003. D) Errada. É ao Sinarm que compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para exercer a atividade, consoante inteligência do o artigo 2º, inciso VIII, da Lei nº 10.826/2003 E) Errada. Inteligência do artigo 10 da Lei nº 10.826/2003: “A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do Sinarm". GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 91 QUESTÃO 115 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível essa autorização. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS “Estatuto do Desarmamento. Art. 4º - Para adquirir arma de fogo de uso permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes requisitos: (...) § 1º - O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização. (...)". GABARITO: certo QUESTÃO 116 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o item a seguir. É conduta atípica o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido com registro de cautela vencido. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS INFORMATIVO 671 DO STJ: A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez realizado o registro da arma, o vencimento da autorização não caracteriza ilícito penal, mas mera irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do artefato e aplicação de multa (APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe de 29/10/2015). Tal entendimento, todavia, é restrito ao delito Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 92 de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/2003), não se aplicando ao crime de porte ilegal de arma de fogo (art. 14), muito menos ao delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16), cujas elementares são diversas e a reprovabilidade mais intensa. STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp885.281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 28/04/2020 (Info 671). GABARITO: errado QUESTÃO 117 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. Conduzir arma de fogo, no exercício de atividade comercial, sem autorização, configura comércio ilegal de arma de fogo. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Comércio ilegal de arma de fogo Art 17 Lei 10.826/03. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. GABARITO: certo Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 93 7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995 QUESTÃO 118 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil Considerando o sistema de juizados especiais criminais, previsto na Lei n.° 9.099/1995, e a jurisprudência do STJ e STF sobre a matéria, julgue: A sentença que homologa a transação penal faz coisa julgada material, e o descumprimento do acordo deve ser resolvido por meio de execução na esfera cível. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula Vinculante nº 35: A homologação da transação penal prevista no artigo 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. GABARITO: errado QUESTÃO 119 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil Considerando o sistema de juizados especiais criminais, previsto na Lei n.° 9.099/1995, e a jurisprudência do STJ e STF sobre a matéria, julgue: Tratando-se de crime de ação penal privada ou pública condicionada à representação, a realização de composição civil dos danos entre autor e vítima gera a extinção da punibilidade. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei n.º 9.099/95: Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 94 Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. GABARITO: certo QUESTÃO 120 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil Durante a pandemia, A, B e C foram encaminhados ao juizado especial criminal por terem praticado, respectivamente: omissão de notificação de doença (art. 269 CP, pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa); fornecimento de remédio em desacordo com receita médica (art. 280 CP, pena de detenção, de um a três anos, ou multa), e charlatanismo (art. 283 CP, pena de detenção, de três meses a um ano, e multa). Nesse caso, A) são cabíveis transação penal e suspensão condicional do processo para A, B e C. B) é cabível transação penal somente para C. C) é cabível transação penal para A, B e C. D) é cabível suspensão condicional do processo apenas para C. E) é cabível suspensão condicional do processo para A, B e C. COMENTÁRIOS Fica ligado nesse esquema pra não esquecer mais: Suspensão condicional do processo: →Crimes em que a pena mínima for igual ou inferior a 1 ano, abrangidos ou não pela lei 9.099, →O ministério público ao oferecer a denúncia poderá propor a suspenção condicional do processo por 2 a 4 anos. Transação penal: →Apenas para infrações de menor potencial ofensivo; Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 95 →Crimes com pena máxima não superior a 2 anos, cumulado ou não com multa. GABARITO: letra E QUESTÃO 121 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos da Lei nº 9.099/95, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 61, da lei 9099/95: Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. GABARITO: certo QUESTÃO 122 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia De acordo com a Lei nº 9.099/95, a competência do Juizado será determinada pelo lugar onde se consumar a infração penal. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 63, da lei 9099/95: A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal. O JECRIM adota a teoria da atividade (lugar em que foi praticada a infração). GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 96 QUESTÃO 123 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia O Supremo Tribunal Federal entende que a pessoa detida pelo crime previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006 (posse de drogas para consumo pessoal) deve ser encaminhada imediatamente ao juiz e não à autoridade policial, e o próprio magistrado deve lavrar o termo circunstanciado e requisitar os exames e as perícias necessárias. Somente se não houver disponibilidade do juízo competente, deve o autor ser encaminhado à autoridade policial, que então adotará tais providências. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Considerando-se que o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, mas sim uma mera peça informativa com descrição detalhada do fato e as declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, deve-se reconhecer que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) não ofende os §§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na imparcialidade do julgador. As normas dos §§ 2º e 3º do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do ambiente policial quando possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. STF. Plenário. ADI 3807, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 29/06/2020 (Info 986 – clipping). GABARITO: certo QUESTÃO 124 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia Para o Superior Tribunal de Justiça, no caso de concurso de crimes, a pena considerada para fins de fixação da competência dos Juizados Especiais Criminais será o resultado da soma, no caso de concurso material, ou a exasperação, na hipótese de concurso formal ou crime continuado, das penas máximas cominadas aos delitos. Assim, se desse somatório resultar uma pena superior a 2 (dois) anos, fica afastada a competência do Juizado. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 97 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS PROCESSUAL PENAL E PENAL. RECLAMAÇÃO CONTRA ACÓRDÃO PROLATADO POR TURMA RECURSAL ESTADUAL. RESOLUÇÃO N. 12/2009 - STJ. CONCURSO MATERIAL DE INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. SOMA DAS PENAS SUPERIOR A DOIS ANOS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM 2. Pacificou-se a jurisprudência desta Corte no sentido de que, no concurso de infrações de menor potencial ofensivo, a pena considerada para fins de fixação da competência do Juizado Especial Criminal será o resultado dasoma, no caso de concurso material, ou da exasperação, na hipótese de concurso formal ou crime continuado, das penas máximas cominadas aos delitos. Se desse somatório resultar um apenamento superior a 02 (dois) anos, fica afastada a competência do Juizado Especial. Precedentes. (STJ - Rcl: 27315 SP 2015/0233142-0, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, Data de Julgamento: 09/12/2015, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 15/12/2015) GABARITO: certo QUESTÃO 125 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia Dispõe a lei que a composição dos danos civis será reduzida a escrito e, quando homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 9099/95. Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. GABARITO: certo Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 98 QUESTÃO 126 Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar De acordo com as disposições gerais acerca dos Juizados Especiais Criminais (Lei nº 9.099/1995), assinale a assertiva correta. A) Os juízes leigos não atuarão nos Juizados Especiais Criminais, apenas nos Cíveis. B) Os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa, são considerados de menor potencial ofensivo. C) O Juizado Especial Criminal tem competência para julgar infrações penais de menor potencial ofensivo, excluídas as contravenções penais. D) O processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, a aplicação de pena privativa de liberdade. E) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, complexidade, formalidade, economia processual e celeridade. COMENTÁRIOS A) Art. 7, Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. C) Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. D) Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade E) Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. GABARITO: letra B Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 99 QUESTÃO 127 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - Em relação ao processo penal e ao disposto na Lei n.º 9.099/1995, julgue o item subsequente. A aplicação de pena restritiva de direitos ou multa em proposta de transação penal importa reincidência pelo prazo de cinco anos. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Transação Penal: Art. 76, 9.099/95. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta. § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos. GABARITO: errado QUESTÃO 128 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - Em relação ao processo penal e ao disposto na Lei n.º 9.099/1995, julgue o item subsequente. Caso o autor do fato que tenha aceitado a proposta de transação penal prevista na Lei n.º 9.099/1995 descumpra as condições, os autos deverão ser conclusos ao juiz para sentença definitiva. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Súmula Vinculante 35: A homologação da transação penal prevista no art. 76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 100 continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou requisição de inquérito policial. GABARITO: errado QUESTÃO 129 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia Joacir foi preso em flagrante pela prática de determinado crime. A pena prevista para tal crime é um a quatro anos de reclusão. Ele negou a autoria do crime e acusou a vítima de ter forjado a situação de flagrância. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Conclui-se das informações que Joacir praticou crime de menor potencial ofensivo, de modo que cabe ao delegado lavrar termo circunstanciado e encaminhá-lo ao juizado especial criminal. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Nos termos do artigo 61 da lei 9.099/95 consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo , para os efeitos da lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos , cumulada o não com pena de multa. O procedimento que deverá ser adotado pela Autoridade Policial, quando do conhecimento da prática de infração penal de menor potencial ofensivo, está previsto no artigo 69 da lei 9.099/95: “Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários. A parte final da questão está correta! Ocorre que no caso hipotético a pena para o crime cometido é de 4 (quatro) anos de reclusão, ou seja, não se enquadra no conceito de infração penal de menor potencial ofensivo e por consequência não se aplica o procedimento previsto no artigo 69 da lei 9.099/95. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 101 QUESTÃO 130 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia M.D. recebe uma mensagem via celular com os seguintes dizeres: “Se você chegar perto da minha neta novamente, eu vou acabar com sua raça. Esse é o último aviso”. A remetente teria sido J.S., sua vizinha. Após o ocorrido, M.D. procura auxílio na Delegacia de Polícia competente, relatando o ocorrido. Diante do exposto, a providência a ser adotada na delegacia é: A) Elaboração de Termo Circunstanciado com posterior remessa ao Juizado Especial Criminal. B) Orientação a M.D. a comparecer previamente em um cartório para lavrar uma ata notarial, pois não se pode instaurar inquérito policial sem que haja provas concretas do suposto crime. C) Lavratura de Boletim de Ocorrência para dar início ao inquérito policial. D) Aconselhamento a M.D. para protocolar uma queixa por meio de um advogado, visto que a autoridade policial não pode agir no âmbito da ação penal privada. E) Instauração de imediato inquérito policial, dada a possibilidade de prisão em flagrante de J.S. COMENTÁRIOS Configurou-se, no caso, o crime deameaça: “Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.” Como a pena máxima é inferior a 02 anos, trata-se de crime de menor potencial ofensivo, sujeito ao Juizado Especial Criminal. A Lei nº 9.099/95, no seus arts. 61 e 69, estabelece: "Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa." "A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários." Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 102 GABARITO: letra A Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006 2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013 3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006 4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996 5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984 6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003 7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995de conduta criminal preexistente. Tráfico internacional de arma de fogo; Artigo 18 — (...) entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 10 Delito de tráfico de drogas. Lei 11.343/06: "Artigo 33 — (...) a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: §1º. Nas mesmas penas incorre quem:(...)IV — vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente". GABARITO: letra C QUESTÃO 11 Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I - Adaptada A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão “substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. Diante disso, é julgue: A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos na Lei 11.343/06 será comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente, quando da conclusão do Inquérito Policial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Na realidade, será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente, e não quando da conclusão do inquérito policial. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 11 Art. 61, Lei 11.343/06: "A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente”. GABARITO: errado QUESTÃO 12 Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I – Adaptada A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão “substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. Diante disso, é julgue: A infiltração por agentes de polícia em tarefas de investigação depende, exclusivamente, de autorização judicial, mediante representação da Autoridade Policial, titular do Inquérito Policial, independentemente do Ministério Público ser ouvido ou não. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, será realizada mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público. Art. 53, Lei 11.343/06: "Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios: I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, constituída pelos órgãos especializados pertinentes; (...)”. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 12 QUESTÃO 13 Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I – Adaptada A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão “substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. Diante disso, é julgue: O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação criminal e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação terá sua pena reduzida. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o que estabelece a Lei 11.343/06 em seu art. 41: “O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços”. GABARITO: certo QUESTÃO 14 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista É punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa a conduta de importar, exportar, remeter, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, fornecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo ou guardar, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 13 É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 33, caput e §1º, I: “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; (...)”. GABARITO: certo QUESTÃO 15 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 41: “O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços”. GABARITO: certo QUESTÃO 16 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP15851677024750114 ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar- se de acordo com esse entendimento. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 45, caput: “É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”. GABARITO: certo QUESTÃO 17 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista Na apuração dos crimes previstos na Lei 11.343/06, o inquérito policial será concluído no prazo de 10 (dez) dias, independentemente do indiciado encontrar-se solto ou preso. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. Art. 51, caput, Lei 11.343/06: “O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto”. GABARITO: errado QUESTÃO 18 Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita, por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 15 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 50-A: “A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando- se amostra necessária à realização do laudo definitivo”. GABARITO: certo QUESTÃO 19 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a seguir. Nesse caso, a pena é de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de cinco meses, se o usuário for primário, ou de dez meses, em caso de reincidência. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Conforme dispõe a Lei de Drogas, Lei 11.343/2006, vejamos: Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. § 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. § 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. GABARITO: certo Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 16 QUESTÃO 20 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena quantidade de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a seguir. Aplica-se a esse indivíduo pena privativa de liberdade, desde que evidenciado o descumprimento reiterado das penas que substituem a prisão, ouvidos o Ministério Público e o defensor público. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Art. 28 da Lei 11.343/06. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Inexiste pena de prisão para a infração penal de porte de drogas para consumo pessoal, ainda que o agente descumpra qualquer medida imposta, seja reincidente, responda a vários processos do art. 28 da Lei de Drogas, considerando que houve a DESPENALIZAÇÃO dessa conduta. Mesmo que as referidas penas não sejam cumpridas, não há possibilidade de aplicação de pena privativa de liberdade. GABARITO: errado QUESTÃO 21 Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar A Lei nº 11.346/2006, na sua redação atualizada, prevê que veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros bens apreendidos nas ações de repressão aos crimes relacionados com o tráfico ilícito de drogas, mediante autorização judicial, sem prejuízo de outras providências, poderão ser usados por órgãos Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 17 A) do Poder Judiciário. B) de polícia judiciária, militar e rodoviária. C) do Ministério Público. D) do Sistema Único de Saúde. E) do Poder Legislativo. COMENTÁRIOS A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Lei 11.343/06 (Lei de drogas) dispõe sobre utilização de bens apreendidos em ações de repressão. É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seus arts. 61 e 62. Art. 61: "A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo competente". Art. 62: "Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia avaliação dos respectivos bens". GABARITO: letra B QUESTÃO 22 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre os tipos penais previstos na Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, assinale a alternativa correta. A) A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio não depende da elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida. B) Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas é indispensável que haja a apreensão de drogas na posse direta do agente. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 18 C) A conduta de posse de droga para consumo próprio foi descriminalizada pela referida lei, tendo havido, portanto, abolitio criminis. D) O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada não é crime equiparado a hediondo. E) Prescrevem em 4 anos a imposição e a execução das penas referentes à conduta de posse de droga para consumo próprio. COMENTÁRIOS Alternativa A. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 12: A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28 da Lei n. 11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida. Alternativa B. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 27: Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente. Alternativa C. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 6: A conduta de porte de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lein. 11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não descriminalizada, não havendo, portanto, abolitio criminis. Alternativa D. Correta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 21: O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é crime equiparado a hediondo. Alternativa E. Incorreta. Art. 30, L. 11.343/06. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. GABARITO: letra D QUESTÃO 23 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil - Adaptada A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 19 A inobservância do art. 55 da Lei 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados os prejuízos suportados pela defesa. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “2) A inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da denúncia após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa quando forem demonstrados os prejuízos suportados pela defesa”. GABARITO: certo QUESTÃO 24 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. É prescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento prisional. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O STJ entende ser imprescindível a confecção do laudo toxicológico. Fica de olho na jurisprudência em teses n. 131: “11) É imprescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e a natureza da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento prisional”. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 20 QUESTÃO 25 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não tem o condão de anular o referido exame. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “4) A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera irregularidade que não tem o condão de anular o referido exame”. GABARITO: certo QUESTÃO 26 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações anteriores pelo delito do art. 28 da Lei 11.343/2006 configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “7) As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram reincidência, mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 21 anteriores pelo delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 configurem reincidência, uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. GABARITO: certo QUESTÃO 27 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil Marcelo importou substância entorpecente, classificada como droga e, portanto, proscrita pela lei penal brasileira e seus complementos normativos. Nessa hipótese, é correto afirmar que a responsabilidade penal de Marcelo será pelo delito de A) tráfico de drogas, apenas. B) contrabando, apenas, porque importou mercadoria proibida. C) contrabando, em concurso formal com delito de tráfico de drogas. D) contrabando, tráfico de drogas e associação para o tráfico, em concurso formal de delitos. E) tráfico de drogas e delito de contrabando, mas responderá apenas pelo primeiro, pois o segundo ficará absorvido por aquele. COMENTÁRIOS Em decorrência do princípio da especialidade, lei especial prevalece sobre lei geral. Logo, aplica-se a lei 11.343/06. É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 33: “Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa". GABARITO: letra A Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 22 QUESTÃO 28 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil O dependente químico severo, comprovado por laudo pericial, que, para poder comprar substância entorpecente a fim de satisfazer seu vício, pratica conduta descrita em tipo penal de furto, poderá arguir em sua defesa excludente de A) ilicitude pela inexigibilidade de conduta diversa. B) tipicidade pela ausência de dolo. C) culpabilidade pela coação moral irresistível. D) culpabilidade pela inimputabilidade. E) ilicitude pelo estado de necessidade. COMENTÁRIOS Segundo Cleber Masson (2016), a embriaguez crônica ou patológica, ou alcoolismo crônico “cuida-se da embriaguez que compromete total ou parcialmente a imputabilidade penal, e caracteriza-se pela desproporcional intensidade ou duração dos efeitos inerentes à intoxicação alcoólica. (...) a embriaguez patológica é equiparada às doenças mentais. Logo, aplica-se o art. 26, caput e seu parágrafo único, do Código Penal”. Portanto, se o agente era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de acordo com esse entendimento, ele é considerado inimputável, podendo-se arguir, assim, a excludente de culpabilidade pela inimputabilidade. MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1. 10ª ed. São Paulo: Forense. 2016, p. 524. GABARITO: letra D QUESTÃO 29 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal Determinado cidadão norte-americano em férias em Brasília cometeu o crime de homicídio ao fugir da cenade crime de tráfico ilícito de entorpecentes, supostamente por ele praticado. Após o crime, ele fugiu para o hotel onde se encontrava hospedado desde que chegou ao Brasil. Cinco minutos após ter adentrado em seu quarto, a polícia invadiu o local e conseguiu prendê-lo. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 23 Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, a partir da situação hipotética precedente. O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é considerado imprescritível, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Uma vez que se configura em crime equiparado a hediondo, é insuscetível de anistia, de graça, de indulto e de fiança, nos termos do artigo 5º, inciso XLIII, da Constituição da República, e do artigo 2º da Lei nº 8.072/1990. O tráfico de drogas, porém, não é imprescritível, uma vez que as hipóteses de imprescritibilidade estão previstas na Constituição da República somente no artigo 5º, incisos XLII (racismo) e XLIV (ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático). Cabe ressaltar que o STF, em 2022, equiparou a injúria racial ao racismo, dando a ela caráter imprescritível também. GABARITO: errado QUESTÃO 30 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de porte de drogas para consumo pessoal, será aplicada pelo prazo máximo de seis meses. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS "Lei de Drogas. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. (...)". Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 24 O § 3º, do artigo em referência, por sua vez, dispõe que "as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses". A assertiva fala em 6 meses, portanto, errada. GABARITO: errado QUESTÃO 31 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de Polícia Civil do Distrito Federal Em caso de reincidência no crime de porte de drogas para consumo pessoal, a pena de prestação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo prazo máximo de um ano. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Nos termos exatos do § 4º, do artigo 28, da Lei nº 11.343/2006, "em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses". GABARITO: errado QUESTÃO 32 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal Considerando a posição majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal (STF), julgue o item a seguir, a respeito dos fundamentos constitucionais dos direitos e deveres fundamentais, do Poder Judiciário, da segurança pública e das atribuições constitucionais da Polícia Federal. O confisco e a posterior reversão a fundo especial de bem apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes exigem prova de habitualidade e reiteração do uso do bem para a referida finalidade. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 25 Informativo 856 do STF: É possível o confisco de todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade de se perquirir a habitualidade, reiteração do uso do bem para tal finalidade, a sua modificação para dificultar a descoberta do local do acondicionamento da droga ou qualquer outro requisito além daqueles previstos expressamente no art. 243, parágrafo único, da Constituição Federal (STF. Plenário.RE 638491/PR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/5/2017 - repercussão geral). GABARITO: errado QUESTÃO 33 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. Entre as atividades de prevenção do uso indevido de drogas, está o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido dessas substâncias ilícitas. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei de Drogas. Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas devem observar os seguintes princípios e diretrizes: III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação ao uso indevido de drogas; GABARITO: certo Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 26 2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013 QUESTÃO 34 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 Sobre o acesso do agente delatado aos atos judiciais de homologação dos acordos de colaboração premiada e seus termos, após o recebimento da denúncia, assinale a afirmativa correta. A) Por não constituírem fonte de prova, não estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. B) Por constituírem meio de obtenção de prova e elementos de prova, estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. C) Por não constituírem objeto de prova, não estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. D) Por constituir meio de análise da prova, estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. E) Por não constituírem meio de prova, não estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. COMENTÁRIOS A SV 14 prevê: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa. Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter acesso integral aos termos dos colaboradores para viabilizar, de forma plena e adequada, sua defesa, invocando a SV 14? SIM, desde que estejam presentes os requisitos positivo e negativo. a) Requisito positivo: o acesso deve abranger somente documentos em que o requerente é de fato mencionado como tendo praticado crime (o ato de colaboração deve apontar a responsabilidade criminal do requerente); e b) Requisito negativo: o ato de colaboração não se deve referir a diligência em andamento (devem ser excluídos os atos investigativos e diligências que ainda se encontram em andamento e não foram consubstanciados e relatados no inquérito ou na ação penal em tramitação). Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 27 STF. 2ª Turma. Pet 7494 AgR/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/5/2020 (Info 978). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter acesso integral aos termos dos colaboradores desde que estejam presentes os requisitos positivo e negativo. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 08/04/2022 GABARITO: letra B QUESTÃO 35 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 No que toca ao delito do Art. 2º da Lei 12.850/13, em relação às eventuais infrações praticadas no seu âmbito como forma de materialização dos propósitos escusos que motivaram a reunião estruturada dos agentes, assinale a afirmativa correta. A) Existe separação obrigatória entre o delito de organização criminosae os demais eventualmente praticados no seu contexto, impondo a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos. B) Não existe conexão entre o delito de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, vedada a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias perante o mesmo juízo. C) Existe conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, obrigando a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias no mesmo juízo. D) Não existe conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos. E) Existe conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, obrigando a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias no mesmo juízo, a qualquer tempo. COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 28 “O Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a INEXISTÊNCIA de conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos e atestando a não ocorrência, em tais hipóteses, do vedado bis in idem.” STF. Segunda Turma. Inquérito 3989 DF, Relator Ministro Edson Fachin, Julgado em 11/06/2019. GABARITO: letra D QUESTÃO 36 Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 Tratando-se de colaboração premiada, que contém diversos depoimentos, com distintos fatos e sujeitos delatados, é direito do delatado o acesso A) integral aos elementos de convicção angariados na investigação, desde que não haja diligência em curso. B) integral aos elementos de convicção angariados na investigação, desde que não haja diligência sensível em curso. C) somente aos elementos de convicção que lhe digam respeito e estejam vinculados aos fatos objeto da denúncia. D) somente aos elementos de convicção selecionados pelo magistrado e que não atrapalhem a investigação. E) somente aos elementos de convicção que tenham sido encartados aos autos, ainda que referentes a terceiros. COMENTÁRIOS Informativo 814, STF: "Não há violação da Súmula Vinculante nº 14 quando o juiz não permite que réu colaborador tenha acesso a depoimentos outros colhidos e que não digam respeito aos fatos imputados a ele, colaborador, máxime se o teor de tais depoimentos ainda se encontra sob apuração." GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 29 QUESTÃO 37 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia Segundo o que dispõe a Lei n.º 12.850/2013 (Organização Criminosa) e sua interpretação no Supremo Tribunal Federal: A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação dependerá de representação do delegado de polícia, que deverá descrever indícios seguros da necessidade de obter as informações por meio dessa operação ao juiz competente, que poderá autorizar a medida, de forma circunstanciada, motivada e sigilosa e, tendo em vista a urgência da medida, ouvirá, em seguida à sua decisão, o Ministério Público para o devido acompanhamento. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 12.850. Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites. § 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. GABARITO: errado QUESTÃO 38 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia Segundo o que dispõe a Lei n.º 12.850/2013 (Organização Criminosa) e sua interpretação no Supremo Tribunal Federal: A ação controlada de que trata essa lei consiste em retardar a intervenção policial relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações, não sendo necessária a comunicação prévia da referida ação. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 30 [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Lei 12.850. Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. GABARITO: errado QUESTÃO 39 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia Conforme relatório final de inquérito policial, Mário, policial civil, praticou obstrução de justiça ao embaraçar a investigação de crime praticado por uma organização criminosa. Nessa situação hipotética, Mário A) praticou ilícito puramente administrativo. B) violou uma regra processual, mas não cometeu nenhum crime. C) cometeu crime previsto na Lei n.º 12.850/2013. D) cometeu contravenção penal. E) cometeu crime previsto no Código Penal. COMENTÁRIOS Lei 12.850. Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa: Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas. § 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. GABARITO: letra C Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 31 QUESTÃO 40 Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe Nas hipóteses de investigação criminal que envolvam delação premiada, o sigilo do inquérito policial poderá ser mantido até o(a): A) indiciamento; B) relatório do inquérito policial; C) oferecimento da denúncia; D) recebimento da denúncia; E) sentença. COMENTÁRIOS Lei 12.850. Art. 7º O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar o colaborador e o seu objeto. § 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão mantidos em sigilo até o recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese. GABARITO: letra D QUESTÃO 41 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: A infiltração policial, tendo em vista o seu caráter sigiloso, independe de prévia autorização judicial. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A infiltração policial depende de motivada e sigilosa autorização judicial, nos termos do artigo 10, caput, da lei 12.850/2013: “Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253HP158516770247501 32 inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.” GABARITO: errado QUESTÃO 42 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: O delegado de polícia não pode, nos autos de inquérito policial, requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, como benefício pela colaboração. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A possibilidade de o Delegado de Polícia requerer ou representar pela concessão de perdão judicial ao colaborador está prevista de forma expressa no artigo 4º, §2º, da lei 12.850/2013, vejamos: “Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: (...) § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal).” GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 33 QUESTÃO 43 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: A infiltração de agentes pode ser realizada se houver indícios de qualquer crime punido com pena mínima superior a 2 anos de reclusão. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A infiltração de agente será autorizada quando houver indícios de organização criminosa, ou seja, a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. GABARITO: errado QUESTÃO 44 Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, quando houver necessidade de identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e interesse público. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS “Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de acordo de colaboração demarca o início das negociações e constitui também marco de confidencialidade, configurando violação de sigilo e quebra da confiança e da boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, até o levantamento de sigilo por decisão judicial. Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 34 (...) § 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, quando houver necessidade de identificação ou complementação de seu objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e interesse público.” GABARITO: certo QUESTÃO 45 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil Em 2013, foi a editada a Lei 12.850, que estabeleceu a definição de organizações criminosas, crimes, procedimentos relativos a investigação criminal, meios de prova etc., revogando a antiga lei que tratava do tema – 9.034/95. De acordo com o disposto na lei em vigor sobre o tema, assinale a alternativa que contenha o correto conceito de organização criminosa. A) Considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. B) Considera-se organização criminosa a associação de 5 (cinco) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. C) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos, ou que sejam de caráter transnacional. D) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 35 indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. E) Considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos, ou que sejam de caráter transnacional. COMENTÁRIOS A lei n° 12.850/2013, em seu art. 1°, § 1° conceitua organização criminosa como sendo: a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. GABARITO: letra D QUESTÃO 46 Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil Durante investigação policial realizada para a elucidação de fatos relacionados à prática de crimes promovidos por uma grande organização criminosa, o policial Fábio, que estava acompanhando os delitos praticados por membros de tal organização, foi autorizado pelo Magistrado a retardar a prisão em flagrante em relação a alguns criminosos membros da organização e casos específicos relatados na decisão judicial, a fim de que a medida legal se concretizasse no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. Nesse cenário, a Lei 12.850/13 previu expressamente alguns meios de obtenção de prova, conforme se observa nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. A) captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos B) equipamentos e técnicas modernas de detecção e de repressão, para a realização de vigilância eletrônica e de entregas vigiadas C) acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados D) acesso a informações eleitorais ou comerciaisCleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 36 E) infiltração, por policiais, em atividade de investigação COMENTÁRIOS Vejamos os meios de obtenção de prova previstos no art. 3º, da Lei 12.850/2013, que prevê, em seus incisos, os seguintes meios: “I - colaboração premiada; II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; III - ação controlada; IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11; VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal.” GABARITO: letra B QUESTÃO 47 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), julgue: As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo máximo de setenta e duas horas. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 37 Nesse caso, o prazo máximo para o juiz decidir será de quarenta e oito horas, conforme o §1° do art. 7° da Lei n. 12.850/13. Art. 7º (...). § 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. GABARITO: errado QUESTÃO 48 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), julgue: A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, da função, do emprego ou do mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de cinco anos subsequentes ao cumprimento da pena. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS A perda do cargo, da função, do emprego ou do mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público do funcionário público condenado, com trânsito em julgado, será pelo prazo de 08 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena, nos termos do §6° do art. 1° da Lei n. 12.850/13. Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal a ser aplicado. (...) § 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. GABARITO: errado Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 38 QUESTÃO 49 Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), julgue: O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderão ser suspensos por até um ano, prorrogável por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo- se o respectivo prazo prescricional. [ ] CERTO [ ] ERRADO COMENTÁRIOS O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderão ser suspensos por até 6 (seis) meses, consoante o §3° do art. 4°da Lei n. 12.850/13. Art. 4°. (...) § 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. GABARITO: errado QUESTÃO 50 Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto A fim de obter informações sobre o funcionamento e identificar os demais integrantes de organização estruturalmente ordenada, contendo ao menos cinco membros, que praticava crimes de roubo de carga dentro do Estado do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu infiltrar um agente na referida organização. Diante de indícios que comprovavam as infrações e inexistindo outros meios para produção da referida prova, a realização de tal técnica de investigação por representação do delegado de polícia, prevista na Lei de Crime Organizado: A) será admitida, podendo ser realizada por prazo indeterminado; B) não será admitida, pois o delegado de polícia não possui legitimidade para representação; Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 39 C) será admitida, respondendo o agente infiltrado por eventuais excessos praticados com desvio de finalidade da investigação; D) será admitida, somente podendo o agente infiltrado abandonar a investigação mediante autorização judicial; E) não será admitida, pois a ausência de caráter transnacional da infração afasta a aplicação da Lei de Crime Organizado. COMENTÁRIOS O erro da alternativa "A" é que o prazo é de até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade. O erro da alternativa "B" é que, ao contrário do que assertiva diz, o delegado de polícia tem legitimidade para representação, e ainda nesse sentido, será admitida a infiltração policial. O erro da alternativa "D" é que, de acordo com a literalidade do artigo 14, I, da Lei nº 12.850/13: "são direitos do agente: I - recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada". Além disso, o artigo 12 da mesma lei, no parágrafo 3º, diz que: "Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre risco iminente, a operação será sustada mediante requisição do MP ou pelo Delegado de Polícia, dando-se imediata ciência ao MP e à autoridade judicial.". O erro da alternativa "E" é que, ao contrário do que diz a afirmativa, será sim permitida a infiltração e o caráter transnacional não afasta a Lei 12.850/13. Alternativa “C” está correta e o artigo 13, caput, da lei 12.850/2013 traz de forma expressa a responsabilização do agente quando praticar atos com desvio de finalidade: “Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados. Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa." GABARITO: letra C QUESTÃO 51 Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada casa, onde encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada Cleyton Da Silva dias cleyton.dias.adv@gmail.com 79310680253 HP158516770247501 40 substância — aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado, informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no domicílio. Durante essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática do delito e, posteriormente, colaborou com a identificação dos demais membros da organização criminosa. A partir das informações do colaborador, foi realizada uma ação controlada. A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. Devido à colaboração relevante do preso para a identificação da organização criminosa nos autos do inquérito policial, o delegado, com a manifestação do Ministério Público,