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Cleyton Da Silva dias
cleyton.dias.adv@gmail.com
79310680253
HP158516770247501
 
1 
 
Sumário 
1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006 .................................................................... 2 
2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013......................... 26 
3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006 ..................................................... 41 
4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996 ....................... 61 
5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984................................................. 71 
6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003 ............................. 83 
7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995 .............. 93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cleyton Da Silva dias
cleyton.dias.adv@gmail.com
79310680253
HP158516770247501
 
2 
 
1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006 
 
QUESTÃO 01 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
Em cumprimento a mandado de busca e apreensão regularmente expedido 
por juiz competente, agentes da polícia civil localizaram 19 gramas de crack 
no telhado de banheiro externo do imóvel, quantidade que permitiu o 
fracionamento em cem pedras, além de um estilete, duas balanças de 
precisão, mais de R$800,00 em dinheiro em notas trocadas e anotações 
contábeis rústicas. 
Os dois ocupantes do imóvel, que vinham sendo monitorados, foram 
denunciados pela conduta estampada no Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06. 
No curso do processo, a defesa técnica dos imputados requereu a realização 
de perícia de dependência química. 
Diante do quadro narrado, quanto ao exame solicitado, é correto afirmar 
que 
A) deve ser deferido, pois a produção da prova é direito absoluto das 
partes. 
B) deve ser deferido, sob pena de cerceamento de defesa, diante do 
direito à prova da parte. 
C) deve ser deferido, pois o exame constitui prova obrigatória para 
comprovação da materialidade. 
D) deve ser indeferido, diante da discricionariedade judicial e 
desnecessidade da prova. 
E) deve ser indeferido, diante do não cabimento da espécie de prova ao 
fato imputado. 
COMENTÁRIOS 
Vejamos o entendimento do STJ: “a simples declaração do réu de ser dependente 
de drogas não obriga o juiz do processo a determinar a realização do exame 
toxicológico, cabendo ao julgador aferir a real necessidade de sua realização para 
a formação de sua convicção em cada caso concreto, dentro de sua 
discricionariedade regrada. Precedentes desta Corte e do Col. STF.” (Acórdão HC 
25796/RJ – Relator: Min. Jorge Scartezzini). 
GABARITO: letra D 
 
Cleyton Da Silva dias
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3 
 
QUESTÃO 02 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - DPE-TO - Defensor Público Substituto 
José, indivíduo com maus antecedentes, foi preso em flagrante com uma 
munição de arma de fogo de uso restrito, alguns gramas de crack e balança 
de precisão, não tendo sido encontrada arma de fogo em seu poder. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta com base no 
que prevê a legislação acerca de desarmamento e de tóxicos. 
A) Quanto à munição, a conduta é atípica, pois a apreensão de ínfima 
quantidade de droga, aliada à ausência de arma de fogo, configura 
crime impossível. 
B) Aplica-se o princípio da insignificância por inexistência de 
potencialidade lesiva em face da irrelevante quantidade de munição 
apreendida. 
C) A pouca quantidade de droga não justifica a aplicação do princípio da 
insignificância tanto no tráfico quanto para consumo próprio por 
serem crimes de perigo abstrato. 
D) A pequena quantidade de substância entorpecente apreendida é 
preponderante para o enquadramento na forma privilegiada do crime 
de tráfico de drogas. 
E) A apreensão da balança de precisão desconfigura a posse de drogas 
para consumo pessoal e justifica o enquadramento no crime de 
associação para o tráfico. 
COMENTÁRIOS 
STJ - Quando o crime de posse de munição é praticado dentro do contexto do 
delito de tráfico de drogas (art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006), não cabe a 
aplicação do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 
1695811/SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 14/09/2021. 
STF - Não se reconhece a incidência excepcional do princípio da 
insignificância ao crime de posse ou porte ilegal de munição, quando 
acompanhado de outros delitos, tais como o tráfico de drogas. STF. 1ª Turma. HC 
206977 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/12/2021. 
A pouca quantidade de droga não justifica a aplicação do princípio da 
insignificância tanto no tráfico quanto para consumo próprio por serem crimes 
de perigo abstrato. 
GABARITO: letra C 
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4 
 
 
QUESTÃO 03 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia 
Soraia possui doença neurológica para a qual existe indicação terapêutica 
do uso de canabidiol. A fim de controlar os sintomas da doença, ela 
importou medicamentos à base de canabidiol, amparada em decisão 
judicial, embora sem autorização da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (ANVISA). Como os medicamentos são caros, Soraia requereu, 
judicialmente, autorização para plantio de Cannabis sativa e consectária 
extração do óleo necessário ao tratamento. O magistrado, ao se pronunciar, 
negou a liminar pleiteada, sustentando que a autorização para plantio só 
poderia ser concedida pela ANVISA. Irresignada, Soraia viajou ao exterior, 
para a aquisição de algumas poucas sementes de Cannabis, com as quais 
pretendia iniciar o cultivo clandestino para utilização própria. Ao retornar 
ao Brasil, o carro de Soraia foi parado em uma blitz, tendo os policiais 
encontrado as sementes em seu poder. Para se defender, Soraia decidiu 
demonstrar o propósito terapêutico de sua iniciativa, levando os policiais 
espontaneamente à sua casa, onde estavam cópias de prontuários, receitas 
e atestados médicos. Lá os policiais encontraram diversos utensílios 
destinados ao cultivo das plantas psicotrópicas, além de frascos do 
medicamento outrora adquirido mediante decisão judicial autorizativa. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) Soraia praticou comportamento penalmente típico, mas estava 
amparada pelo estado de necessidade. 
B) A manutenção dos utensílios para cultivo de drogas destinadas a 
consumo pessoal é crime autônomo expressamente previsto na Lei n.º 
11.343/2006. 
C) A aquisição dos medicamentos, a importação das sementes e a posse 
dos utensílios mencionados não constituem infrações penais previstas 
na Lei n.º 11.343/2006. 
D) A aquisição dos medicamentos à base de canabidiol foi criminosa, já 
que foi realizada sem autorização da ANVISA. 
E) A importação de sementes de Cannabis sativa constitui crime previsto 
na Lei n.º 11.343/2006, salvo se for autorizada, pois as sementes são 
matéria-prima para a produção de drogas. 
COMENTÁRIOS 
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5 
 
Para resolver essa questão, o candidato deve ter conhecimento do Informativo: 
709 do STJ – Direito Penal 
“Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art. 34 da Lei nº 
11.343/2006, a ação de possuir maquinário e/ou objetos deve ter o especial fim 
de fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, visando ao tráfico. 
Assim, ainda que o crime previsto no art. 34 da Lei nº 11.343/2006 possa subsistir 
de forma autônoma, não é possível que o agente responda pela prática do 
referido delito quando a posse dos instrumentos se configura como ato 
preparatório destinado ao consumo pessoal de entorpecente. 
As condutas previstas no art. 28 da Lei de Drogas recebem tratamento legislativo 
mais brando, razão pela qual não há respaldo legal para punir com maior rigor 
as ações que antecedempoderá representar ao juiz pela concessão de perdão 
judicial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 12.850/13. Art. 4º, § 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, 
o Ministério Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do 
inquérito policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer 
ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda 
que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no 
que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código 
de Processo Penal). 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 52 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia 
Federal 
Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada casa, onde 
encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada 
substância — aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, 
além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado, 
informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no 
domicílio. Durante essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática 
do delito e, posteriormente, colaborou com a identificação dos demais 
membros da organização criminosa. A partir das informações do 
colaborador, foi realizada uma ação controlada. 
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41 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
A ação controlada na investigação da organização criminosa independe de 
prévia autorização judicial e parecer ministerial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A ação controlada independe de prévia autorização judicial e parecer ministerial, 
apenas será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, 
estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público, de acordo com 
o art. 8º, §1º da Lei de organização criminosa (Lei 12.850/2013). 
GABARITO: certo 
 
3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006 
 
QUESTÃO 53 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia 
No dia 16 de janeiro de 2021, por volta das 03:45 h, no interior de uma boate 
situada na Zona Sul do Rio de Janeiro, João ofendeu a integridade física de 
Simone, tendo-lhe desferido um soco no rosto, o que causou lesões 
corporais nela. A vítima e o agressor haviam mantido um relacionamento 
amoroso no passado, cerca de dois anos antes da data da agressão, a qual 
fora motivada por questões ligadas ao término do relacionamento. 
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
A) Houve crime de lesão corporal, sem o reconhecimento da violência 
doméstica, porquanto agressor e vítima já não mais tinham 
envolvimento amoroso. 
B) Caso Simone e João reatem o relacionamento, ocorrerá a extinção da 
punibilidade do crime praticado por ele. 
C) A agressão citada, por ter ocorrido em decorrência do relacionamento 
entre vítima e agressor, apesar de tal vínculo ter cessado, caracteriza 
violência doméstica, conforme hipótese prevista no inciso III do art. 
5.º da Lei n.º 11.340/2006. 
D) O agressor cometeu crime de injúria real. 
E) João cometeu os crimes de lesão corporal e de tentativa de 
feminicídio, em concurso de crimes. 
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COMENTÁRIOS 
Lei Maria da Penha. Art. 5º. Para os efeitos desta Lei, configura violência 
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial: 
 - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as 
esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por 
indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por 
afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de 
orientação sexual. 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 54 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
No que se refere à posição dos tribunais superiores em relação à Lei n.º 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue: 
A posterior reconciliação entre vítima e agressor é fundamento suficiente 
para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo previsto no art. 387, 
inciso IV, do Código de Processo Penal, pois não se pode exigir da vítima 
que tome a iniciativa de cobrar tal valor após o restabelecimento da relação 
afetiva. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da violência doméstica e 
familiar contra a mulher, não é fundamento suficiente para afastar a 
necessidade de fixação do valor mínimo para reparação dos danos causados pela 
infração penal. STJ. 6ª Turma. REsp 1.819.504-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado 
em 10/09/2019 (Info 657). 
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43 
 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 55 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
No que se refere à posição dos tribunais superiores em relação à Lei n.º 
11.340/2006 (Lei Maria da Penha), julgue: 
Aplicam-se as disposições da Lei n.º 11.340/2003 às situações em que o 
agressor seja do sexo feminino, desde que comprovada a coabitação entre 
autor e vítima. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula 600 do STJ - "Para configuração da violência doméstica e familiar prevista 
no artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação 
entre autor e vítima". 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 56 
Prova: UFMT - 2022 - PJC-MT - Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia 
De acordo com a legislação processual penal, se o crime envolver violência 
doméstica e familiar contra mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de 
urgência, será admitida a decretação de prisão 
A) domiciliar. 
B) temporária. 
C) preventiva. 
D) definitiva. 
E) resultante de pronúncia. 
COMENTÁRIOS 
CPP, art. 313. Nos termos do art. 312 , será admitida a decretação da prisão 
preventiva: 
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III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, 
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a 
execução das medidas protetivas de urgência; 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 57 
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe 
Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar 
contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da 
ocorrência adotará, de imediato, as seguintes providências legais, quando 
cabíveis: 
A) escoltar a ofendida para acompanhar a retirada dos pertences do 
agressor do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
B) garantir proteção policial, quando necessário, após comunicação 
realizada pelo Ministério Público ou Poder Judiciário; 
C) fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo 
ou local seguro, quando houver risco de vida; 
D) encaminhar a ofendida para exame de corpo de delito ou prova 
suplementar no Instituto de Criminalística ou em posto de 
atendimento médico; 
E) informar à ofendida os direitos a ela conferidos, os serviços 
disponíveis e as medidas que podem ser adotadas contra o agressor 
junto ao Poder Judiciário. 
COMENTÁRIOS 
Lei Maria da Penha. Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência 
doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
I - garantirproteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao 
Ministério Público e ao Poder Judiciário; 
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico 
Legal; 
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local 
seguro, quando houver risco de vida; 
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus 
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar; 
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V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços 
disponíveis. 
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços 
disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento 
perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de 
anulação de casamento ou de dissolução de união estável. 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 58 
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe 
Ao término do expediente de trabalho, Eros vai a um bar e passa a ingerir 
cerveja e doses de cachaça. Após se embriagar, retorna para sua residência, 
onde encontra Atena, sua companheira, dormindo. Eros acorda Atena com 
tapas, socos e chutes, reclamando que seu jantar não estava na mesa e que, 
enquanto ele não chegasse em casa, ela deveria ficar à disposição para 
atendê-lo. 
Com base no exposto, é correto afirmar que: 
A) a embriaguez deverá servir de fator de qualificação do delito; 
B) Eros responderá de maneira atenuada, diante do estado de 
embriaguez; 
C) a embriaguez deverá servir de fator para exasperar a pena-base; 
D) a embriaguez deverá servir de fator de causa de aumento de pena; 
E) Eros não responderá criminalmente, diante do estado de embriaguez. 
COMENTÁRIOS 
Nos termos da orientação jurisprudencial desta Corte, "A valoração negativa de 
circunstância judicial que acarreta exasperação da pena-base deve estar fundada 
em elementos concretos, não inerentes ao tipo penal" (AgRg no AREsp 
1672105/MS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, QUINTA TURMA, julgado em 
25/08/2020, DJe 01/09/2020) Na hipótese, a prática do delito de lesão corporal 
mediante violência doméstica, por agente sob o efeito de bebidas alcoólicas, 
desborda o tipo penal do art. 129, §9°, do Código Penal, autorizando a 
exasperação da pena-base (STJ, AgRg no AREsp 1871481 / TO, Rel. Min. Olindo 
Menezes (desembargador convocado do TRF 1ª REGIÃO), Sexta Turma, j. 
9/11/2021. 
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GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 59 
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Técnico Policial de Necropsia 
Para os efeitos da Lei Maria da Penha, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que 
lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral 
ou patrimonial: I) no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o 
espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, 
inclusive as esporadicamente agregadas; II) no âmbito da família, 
compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se 
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por 
vontade expressa; III) em qualquer relação íntima de afeto, na qual o 
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente 
de coabitação. 
Nesse contexto, de acordo com a citada lei, as relações pessoais enunciadas 
acima: 
A) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a 
convivência entre o agressor e a vítima seja atual ou pretérita, nesse 
caso pelo menos nos últimos cinco anos; 
B) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a 
convivência entre o agressor e a vítima seja atual, não incidindo essa 
lei específica após o fim do relacionamento; 
C) requerem, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, que a 
convivência entre o agressor e a vítima seja atual ou pretérita, nesse 
caso pelo menos no último ano; 
D) independem de orientação sexual, e a violência doméstica e familiar 
contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
humanos; 
E) dependem de orientação sexual, e a violência doméstica e familiar 
contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos 
fundamentais. 
COMENTÁRIOS 
Lei 11.340/2006. Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica 
e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe 
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cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial: 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem 
de orientação sexual. 
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas 
de violação dos direitos humanos. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 60 
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Auxiliar Policial de Necropsia de 3ª Classe 
A Lei nº 11.340/2006 cria mecanismos para coibir a violência doméstica e 
familiar contra a mulher, dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher e dá outras providências. De acordo 
com a mencionada Lei Maria da Penha, é direito da mulher em situação de 
violência doméstica e familiar o: 
A) pronto atendimento pericial feito pelo policial militar que atender à 
ocorrência, com imediata emissão do auto de exame de corpo de 
delito; 
B) atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado 
por servidores, preferencialmente do sexo feminino, previamente 
capacitados; 
C) decreto do afastamento do agressor do lar, nos casos de violência 
física, a ser feito, em qualquer hipótese, pelo policial militar que 
atender à ocorrência; 
D) encaminhamento à perícia exclusivamente pela autoridade judicial, 
com nomeação de perito e auxiliares do perito pelo juízo criminal; 
E) depoimento assistido por assistentes sociais e psicólogos, que não 
pode ser tomado em sede policial e deve ser realizado apenas em 
juízo. 
COMENTÁRIOS 
A) Errada. O atendimento pericial será especializado, e não feito pelo policial 
militar que atender à ocorrência, bem como o corpo de delito será determinado 
que se proceda pela autoridade policial (delegado de polícia) - não feito de 
imediato pelo policial militar, nos termos do caput do art. 10-A da Lei Maria da 
Penha. 
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C) Errada. Quem decreta o afastamento do agressor do lar, regra geral, é o juiz, 
não o policial que atender à ocorrência. 
D) Errada. Conforme o art. 12 da Lei 11.340/06 é competência da autoridade 
policial determinar o exame de corpo de delito e requisitar exames periciais 
necessários. 
E) Incorreta. O depoimento da ofendida não é tomado apenas em juízo, mas em 
sede policial. 
Sobre a letra B, é o que disciplina o art. 10-A, caput, da Lei 11.340/06: É direito da 
mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e 
pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente 
do sexo feminino - previamente capacitados. (Incluída pela Lei nº 13.505, de 
2017). 
GABARITO: letra B 
 
QUESTÃO 61 
Prova: FGV - 2021 - PC-RJ - Inspetor de Polícia Civil 
Em relação ao sujeito passivo dos delitos de violência doméstica e familiar 
contra a mulher, é correto afirmar que: 
A) há necessidade de demonstração de vulnerabilidade concreta; 
B) a ausência de demonstração de relação de inferioridade inviabiliza a 
responsabilização criminal; 
C) a hipossuficiência e a vulnerabilidade da mulher em contexto de 
violência doméstica e familiar é presumida; 
D) em caso de subjugação feminina, a aplicação do sistema protetivo 
depende de demonstração específica; 
E) a organização social brasileira não é maisum sistema hierárquico de 
poder baseado no gênero. 
COMENTÁRIOS 
"Esta Corte Superior de Justiça tem entendimento consolidado no sentido de que 
a hipossuficiência e a vulnerabilidade, necessárias à caracterização da violência 
doméstica e familiar contra a mulher, são presumidas pela Lei n.º 11.340/06. 
Precedentes do STJ e do STF." 
GABARITO: letra C 
 
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QUESTÃO 62 
Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I 
A Lei 11.340/06, conhecida por “Lei MARIA DA PENHA”, tem base no art. 
226, § 8º da Constituição Federal, in verbis: “O Estado assegurará assistência 
à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos 
para coibir a violência no âmbito de suas relações”. 
Dos procedimentos que devem ser tomados pela Polícia Civil, abaixo 
elencados, é IMPROCEDENTE: 
A) Devem ser colhidas todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias. 
B) Os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos 
de saúde não serão admitidos como meios de prova, daí a necessidade 
de a vítima ser encaminhada, o mais breve possível, ao IML para 
exame de corpo de delito. 
C) Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a 
representação a termo, se apresentada. 
D) Ouvir o agressor e as testemunhas. 
COMENTÁRIOS 
A- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, II: “Em todos os casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, 
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: (...) II - colher todas 
as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias; 
(...)”. 
C- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, I: “Em todos os casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, 
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: I - ouvir a 
ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se 
apresentada; (...)”. 
D- Correta. É o que dispõe a Lei 11.340/06 em seu art. 12, V: “Em todos os casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência, 
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: (...) V - ouvir o 
agressor e as testemunhas; (...)”. 
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A incorreta é a B, vejamos: 
Os laudos ou prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de saúde 
serão admitidos como meios de prova. Art. 12, § 3º, Lei 11.340/06: "Serão 
admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos 
fornecidos por hospitais e postos de saúde”. 
GABARITO: letra B 
 
QUESTÃO 63 
Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar 
Instrução: A respeito da previsão legal descrita a seguir, responda à questão. 
A Lei nº 11.340/2016 e alterações, conhecida como Lei Maria da Penha, ao 
dispor sobre medida protetiva de urgência, prescreve: 
“Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à 
integridade física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, 
ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, 
domicílio ou local de convivência com a ofendida:” 
Na hipótese relatada na questão anterior, o juiz será comunicado no prazo 
máximo de 
A) 72 (setenta e duas) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência 
ao Ministério Público concomitantemente. 
B) 48 (quarenta e oito) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência 
ao Ministério Público concomitantemente. 
C) 5 (cinco) dias e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a 
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério 
Público concomitantemente. 
D) 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência 
ao Ministério Público concomitantemente. 
E) 10 (dez) dias e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a 
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério 
Público concomitantemente. 
COMENTÁRIOS 
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Cobrança da literalidade da LEI MARIA DA PENHA. 
Nos casos em que foi verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou 
à integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica 
e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do 
lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida. Quando tal afastamento se 
der pelo delegado ou policial, o juiz será comunicado no prazo máximo de 24 
horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida 
aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente., de 
acordo com o art. 12-C, §1º do referido diploma legal. 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à 
integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e 
familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, 
domicílio ou local de convivência com a ofendida: 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado 
no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre 
a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao 
Ministério Público concomitantemente. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 64 
Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar 
Quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado 
disponível no momento da denúncia, a medida protetiva de urgência será 
ordenada 
A) pelo policial. 
B) pelo Prefeito Municipal. 
C) pela Guarda Municipal. 
D) por assistente social. 
E) pelo Prefeito ou Secretário Municipal designado. 
COMENTÁRIOS 
“Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à 
integridade física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e 
familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, 
domicílio ou local de convivência com a ofendida 
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I - pela autoridade judicial; 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; 
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver 
delegado disponível no momento da denúncia. 
§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado 
no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a 
manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao 
Ministério Público concomitantemente. 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 65 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia - Prova 
A autoridade policial instaurou inquérito policial em virtude de crime de 
lesões corporais leves cometidos contra mulher no âmbito familiar. O 
inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário. 
Considerando essa situação hipotética julgue o item seguinte. 
Se o município onde se deu a instauração do inquérito não for sede de 
comarca, o delegado poderá determinar o afastamento do agressor do lar. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Com a inclusão do Art. 12-C, o delegado de polícia passou a ter competência para 
afastar o agressor imediatamente do lar, domicílio ou local de convivência com a 
ofendida, quando o Município não for sede de comarca,sempre que verificada a 
existência de risco atual ou iminente à vida e integridade física da mulher ou de 
seus dependentes. 
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade 
física ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou 
de seus dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio 
ou local de convivência com a ofendida: 
I - pela autoridade judicial; 
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou 
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III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver 
delegado disponível no momento da denúncia. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 66 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Agente de Polícia - Prova 
A autoridade policial instaurou inquérito policial em virtude de crime de 
lesões corporais leves cometidos contra mulher no âmbito familiar. O 
inquérito foi relatado e enviado ao Poder Judiciário. 
Considerando essa situação hipotética julgue o item seguinte. 
Como se trata de crime de menor potencial ofensivo, o delegado de polícia 
deveria ter lavrado termo circunstanciado. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A regra geral é que se lavre termo circunstanciado aos crimes de menor potencial 
ofensivo. Vejamos o conceito das infrações de menor potencial ofensivo. 
As infrações penais de menor potencial ofensivo são as contravenções penais e 
os crimes a que a lei comina pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada 
ou não com multa, nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/95: 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para 
os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
PORÉM, toda regra há a sua exceção. 
A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), que cria mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, prevê, em seu art. 41, que aos crimes 
praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei dos Juizados (Lei nº 
9.099/1995). 
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de 
setembro de 1995. 
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Nesse sentido, o Termo Circunstanciado de Ocorrência, por ser uma previsão da 
Lei n. 9.099/95, não se aplica ao caso de crime de lesões corporais leves 
cometidos contra mulher no âmbito familiar, 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 67 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre Lei nº 11.340/2006, a qual cria os mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, julgue: 
O crime de lesão corporal leve, praticado contra a mulher no âmbito das 
relações domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação penal 
pública condicionada à representação. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula 542 STJ - A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de 
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 68 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre Lei nº 11.340/2006, a qual cria os mecanismos para coibir a violência 
doméstica e familiar contra a mulher, julgue: 
Não é possível a aplicação do princípio da insignificância nos delitos 
praticados com violência ou grave ameaça no âmbito das relações 
domésticas e familiares contra a mulher. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula 589 STJ - É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou 
contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações 
domésticas. 
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GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 69 
Prova: IBADE - 2021 - IAPEN - AC - Advogado 
Conforme a Lei n° 11.340 de 07/08/2006, que cria mecanismos para coibir a 
violência doméstica e familiar contra a mulher, assinale a alternativa 
CORRETA. 
A) Violência patrimonial não é considerada como forma de violência 
doméstica e familiar contra a mulher (Art. 7º) 
B) Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar 
contra a mulher somente ação baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial. Omissão não é considerada (Art. 5º) 
C) Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e 
familiar contra a mulher, a autoridade policial adotará as providências 
legais cabíveis somente após a representação da mesma (Art. 10) 
D) A violência doméstica e familiar contra a mulher não constitui uma 
das formas de violação dos direitos humanos (Art. 6º) 
E) Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação 
sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos 
direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo -lhe 
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, 
preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, 
intelectual e social (Art. 2º) 
COMENTÁRIOS 
A) Errado: a violência patrimonial está prevista no artigo 7º, IV, da lei 11.340/2009 
e segundo o citado artigo é aquela “entendida como qualquer conduta que 
configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, 
instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou 
recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades”. 
B) Errado: Nos termos do artigo 5º da lei 11.340/2006: “configura violência 
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial”. 
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C) Errado: Nos termos do artigo 10º da lei 11.340/2006: “Na hipótese da iminência 
ou da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, a autoridade 
policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, DE IMEDIATO, as 
providências legais cabíveis.” 
D) Errado: Nos termos do artigo 6 da lei 11.340/2006: “Art. 6º A violência 
doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos 
direitos humanos.” 
E) Correto: vejamos o artigo 2º da lei 11.340/2006: 
“Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, 
renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais 
inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e 
facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu 
aperfeiçoamento moral, intelectual e social.” 
GABARITO: letra E 
 
QUESTÃO 70 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei dos Juizados (Lei 
nº 9.099/1995). 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 41 Lei 11.340/2006: "Aos crimes praticados com violência doméstica e 
familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a 
Lei 9.099/95. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 71 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem 
como a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 11.340/2006. Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica 
e familiarcontra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação 
pecuniária, bem como a substituição de pena que implique o pagamento isolado 
de multa. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 72 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de 
que trata essa Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o 
juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do 
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 11.340/2006. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à 
representação da ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à 
representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal 
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 73 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
À ofendida é facultada a opção de propor ação de divórcio e de partilha de 
bens no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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Lei 11.340/2006. Art. 14-A. A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio 
ou de dissolução de união estável no Juizado de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher. 
§ 1º Exclui-se da competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar 
contra a Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 74 
Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto 
Noeli compareceu à delegacia de polícia para registrar boletim de ocorrência 
contra seu companheiro Erson pelo crime de ameaça. Após chegar em casa, 
Noeli ouve pedido de desculpa de seu companheiro e apelos para que 
desista da representação. Considerando o disposto na legislação aplicável, 
quanto à possibilidade de retratação da representação apresentada, Noeli: 
A) não poderá desistir da representação, por tratar-se de ação pública; 
B) poderá se retratar perante a autoridade policial até o oferecimento da 
denúncia; 
C) poderá se retratar perante o juiz, em audiência especial, até o 
recebimento da denúncia; 
D) poderá se retratar perante o juiz ou a autoridade policial até a 
sentença; 
E) não poderá se retratar após o oferecimento da denúncia, ainda que 
na presença do juiz e acompanhada de advogado. 
COMENTÁRIOS 
NO CPP: A retratação é possível ANTES do OFERECIMENTO da denúncia 
NA LEI MARIA DA PENHA: A retratação é possível ANTES do RECEBIMENTO da 
denúncia. 
INFORMATIVO 656 STJ: Se a mulher vítima de crime de ação pública 
condicionada comparece ao cartório da vara e manifesta interesse em se retratar 
da representação, ainda assim o juiz deverá designar audiência para que ela 
confirme essa intenção e seja ouvido o MP, nos termos do art. 16. A Lei Maria da 
Penha autoriza, em seu art. 16, que, se o crime for de ação pública condicionada 
(ex: ameaça), a vítima possa se retratar da representação que havia oferecido, 
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desde que faça isso em audiência especialmente designada, ouvido o MP e seja 
realizada antes do RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. 
“LMP. Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da 
ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação 
perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes 
do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público." 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 75 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de 
Instrução 
No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item 
a seguir. 
A violência doméstica e familiar pode ser caracterizada tanto por ação 
quanto por omissão. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei Maria da Penha: "Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência 
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou OMISSÃO baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano 
moral ou patrimonial:" 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 76 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de 
Instrução 
No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item 
a seguir. 
Se uma mulher comparecer a uma delegacia de polícia relatando ter sofrido 
violência doméstica, para que um inquérito policial possa ser instaurado, 
será necessário que haja o consentimento da vítima, na hipótese de 
aplicação da Lei n.º 9.099/1995. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula 542 do STJ. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante 
de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
Lei Maria da Penha. Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e 
familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a 
Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 77 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de 
Instrução 
No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item 
a seguir. 
A conduta de um namorado que ameaça divulgar fotos de sua namorada 
nua caso ela termine o relacionamento com ele pode ser enquadrada na Lei 
Maria da Penha. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
De acordo com a lei n° 11.340/2006 – lei Maria da Penha - “configura violência 
doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e 
dano moral ou patrimonial em qualquer relação íntima de afeto, na qual o 
agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de 
coabitação" (art. 5°, inc. III). 
"Art. 7° São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
(...) II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause 
dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o 
pleno desenvolvimento ou QUE VISE DEGRADAR OU CONTROLAR SUAS 
AÇÕES, comportamentos, crenças e decisões, mediante AMEAÇA, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, 
perseguição contumaz, insulto, CHANTAGEM, violação de sua intimidade, 
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ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;" 
GABARITO: certo 
 
4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996 
 
QUESTÃO 78 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
A interceptação telefônica, preenchidos os demais requisitos legais, pode ser 
determinada quando o fato investigado isoladamente constituir infração 
penal punida com detenção ou reclusão, não sendo admitida nas hipóteses 
de prisão simples. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O artigo 2º, III, da lei 9.296/96 veda a interceptação telefônica para investigação 
de infração penal punida com pena máxima de detenção, vejamos: 
“Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando 
ocorrer qualquer das seguintes hipóteses: 
(...) 
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com 
pena de detenção." 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 79 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
De acordo com o entendimento do STF, a interceptação telefônica poderá 
ser decretada pelo prazo de 15 dias, podendo ser renovada por uma única 
vez, por igual prazo. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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62 
 
A jurisprudência do STF é no sentido de que a interceptação telefônica poderá 
ser renovada enquanto for necessária para o prosseguimento das 
investigações, nos termos do RHC 88371 
“RHC 88371 
Órgão julgador: Segunda Turma 
Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 14/11/2006 
Publicação: 02/02/2007 
EMENTA: Recurso Ordinário em Habeas Corpus. 1. Crimes previstos nos arts. 12, 
caput, c/c o 18, II, da Lei nº 6.368/1976. 2. Alegações: a) ilegalidade no 
deferimento da autorização da interceptação por 30 dias consecutivos; e b) 
nulidade das provas, contaminadas pela escuta deferida por 30 dias consecutivos. 
3. No caso concreto, a interceptação telefônica foi autorizada pela autoridade 
judiciária, com observância das exigências de fundamentação previstas no artigo 
5º da Lei nº 9.296/1996. Ocorre, porém, que o prazo determinado pela autoridade 
judicial foi superior ao estabelecido nesse dispositivo, a saber: 15 (quinze) dias. 4. 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento 
segundo o qual as interceptações telefônicas podem ser prorrogadas desde 
que devidamente fundamentadas pelo juízo competente quanto à 
necessidade para o prosseguimento das investigações. Precedentes: HC nº 
83.515/RS, Rel. Min. Nelson Jobim, Pleno, maioria, DJ de 04.03.2005; e HC nº 
84.301/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, unanimidade, DJ de 24.03.2006. 
5. Ainda que fosse reconhecida a ilicitude das provas, os elementos colhidos nas 
primeiras interceptações telefônicas realizadas foram válidos e, em conjunto com 
os demais dados colhidos dos autos, foram suficientes para lastrear a persecução 
penal. Na origem, apontaram-se outros elementos que não somente a 
interceptação telefônica havida no período indicado que respaldaram a denúncia, 
a saber: a materialidade delitiva foi associada ao fato da apreensão da substância 
entorpecente; e a apreensão das substâncias e a prisão em flagrante dos 
acusados foram devidamente acompanhadas por testemunhas. 6. Recurso 
desprovido." 
GABARITO: errado 
 
 
 
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QUESTÃO 80 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Deferido o pedido de interceptação telefônica, a autoridade policial 
conduzirá os procedimentos de forma sigilosa, não sendo prevista nessa fase 
a participação do Juízo ou do Ministério Público. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A Autoridade Policial irá conduzir os procedimentos da interceptação telefônica, 
após a autorização judicial, e dará ciência ao Ministério Público, que poderá 
acompanhar a sua realização, artigo 6º, caput, da lei 9.296/96: 
“Art. 6° Deferido o pedido, a autoridade policial conduzirá os procedimentos de 
interceptação, dando ciência ao Ministério Público, que poderá acompanhar a 
sua realização." 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 81 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
De acordo com o STJ, é admissível a utilização da técnica de fundamentação 
per relationem para a prorrogação de interceptação telefônica quando 
mantidos os pressupostos que autorizaram a decretação da medida 
originária. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Jurisp. em Teses 117, STJ: tese nº 2: É admissível a utilização da técnica de 
fundamentação per relationem para a prorrogação de interceptação telefônica 
quando mantidos os pressupostos que autorizaram a decretação da medida 
originária. 
Vejamos julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesse sentido no AgInt no 
REsp 1390751 / PR 
“AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. EVASÃO DE DIVISAS. DECISÃO 
MONOCRÁTICA. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE. CERCEAMENTO 
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DE DEFESA. NÃO OCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA DOMINANTE 
DO STJ. PRORROGAÇÕES DAS INTERCEPTAÇÕES TELEFÔNICAS POR MAIS DE 
UM PERÍODO. POSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO PER RELATIONEM. 
VALIDADE. COMPARTILHAMENTO DE DADOS SIGILOSOS. INSTITUIÇÕES DE 
CONTROLE. POSSIBILIDADE. ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO. REEXAME DE 
PROVAS. FIXAÇÃO DA PENA ABAIXO DO MÍNIMO LEGAL E REDUÇÃO DA MULTA. 
REPARAÇÃO DE DANOS. SENTENÇA PROFERIDA APÓS A VIGÊNCIA DA LEI N. 
11.719/2008. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. Não se caracteriza a alegada ofensa ao princípio da colegialidade diante da 
existência de previsão legal e regimental para que o relator julgue, 
monocraticamente, recurso especial, com esteio em óbices processuais e na 
jurisprudência dominante desta Corte, hipótese ocorrida nos autos. 
2. É firme a jurisprudência desta Corte de que a prorrogação da interceptação 
telefônica não está limitada a apenas um período, mas pode ocorrer por mais 
vezes, bastando que haja a devida fundamentação. 
3. A fundamentação per relationem, devidamente justificada pelo 
Magistrado de primeiro grau diante do caso concreto, constitui medida 
de economia processual e não malfere os princípios do juiz natural e da 
fundamentação das decisões." 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 82 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
As quebras de sigilo tanto de estação de rádio base (ERB) quanto de 
mensagens trocadas por e-mails ou por aplicativos de mensagens não 
dependem de prévia autorização judicial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
CF, Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, 
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
Vejamos decisão do STJ nesse sentido no AgRg no AREsp 1708679: 
“AgRg no AREsp 1708679 
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(ACÓRDÃO) 
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ 
DJe 04/11/2021 
Decisão: 26/10/2021 
PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. QUEBRA DE 
SIGILO DE MENSAGENS (WHATSAPP). AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. 
IMPRESCINDIBILIDADE DA MEDIDA. VERIFICAÇÃO. SÚMULA N. 7 DO STJ. 
JUNTADA EXTEMPORÂNEA DE DOCUMENTOS.AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO 
DE PREJUÍZO CONCRETO. OITIVA DE TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO. NÃO 
IMPUGNAÇÃO... CRIMINAIS. SÚMULA N. 7 DO STJ. ATIPICIDADE DAS 
CONDUTAS. SÚMULA N. 7 DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 
1. O acesso aos dados constantes de aplicativos de mensagens instalados em 
telefones celulares é legítimo mediante prévia autorização judicial e demonstrada 
a imprescindibilidade da medida." 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 83 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista 
A captação ambiental feita por um dos interlocutores não possui qualquer 
validade jurídica caso não tenha sido previamente informada à autoridade 
policial ou ao Ministério Público. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Nos termos do artigo 8º-A, §4º, da lei 9.296/96 a captação ambiental feita por um 
dos interlocutores, sem o prévio conhecimento da Autoridade Policial ou do 
Ministério Público, poderá ser utilizada em matéria de defesa, vejamos o citado 
artigo: 
“Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo 
juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação 
ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
(...) 
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§ 4º A captação ambiental feita por um dos interlocutores sem o prévio 
conhecimento da autoridade policial ou do Ministério Público poderá ser 
utilizada, em matéria de defesa, quando demonstrada a integridade da 
gravação.” 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 84 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista 
A lei permite,em circunstâncias excepcionais, que o requerimento de 
interceptação telefônica seja apresentado verbalmente. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A possibilidade de o pedido de interceptação telefônica ser apresentado, 
excepcionalmente, de forma verbal, está previsto no artigo 4º, §1º, da lei 9.296/96, 
vejamos o dispositivo legal: 
“Art. 4° O pedido de interceptação de comunicação telefônica conterá a 
demonstração de que a sua realização é necessária à apuração de infração penal, 
com indicação dos meios a serem empregados. 
§ 1° Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado 
verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a 
interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a 
termo.” 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 85 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista 
A inutilização de gravação que não interessa à prova da investigação pode 
ser realizada de ofício pela autoridade policial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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A inutilização da gravação que não interessar a prova será feita por decisão 
judicial após requerimento do Ministério Público ou da parte interessada, artigo 
9º, caput, da lei 9.296/96: 
“Art. 9° A gravação que não interessar à prova será inutilizada por decisão judicial, 
durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de 
requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.” 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 86 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista 
A interceptação telefônica poder ser decretada por qualquer juiz, por se 
tratar de providência de urgência. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A interceptação telefônica será autorizada pelo juiz competente da ação principal, 
artigo 1º da lei 9.296/96, vejamos: 
“Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para 
prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o 
disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, 
sob segredo de justiça.” 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 87 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Investigador de Polícia / Papiloscopista 
A interceptação telefônica depende de requerimento da autoridade policial 
ou do representante do Ministério Público, não comportando decretação de 
ofício. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Também poderá ser decretada de ofício, artigo 3º, caput, da lei 9.296/96: 
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“Art. 3° A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada 
pelo juiz, de ofício ou a requerimento: 
I - da autoridade policial, na investigação criminal; 
II - do representante do Ministério Público, na investigação criminal e na instrução 
processual penal.” 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 88 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil 
Ricardo está sendo processado por crime de tráfico de entorpecentes e, 
durante a instrução criminal, descobriu que foi alvo de interceptação 
telefônica. Em conversa reservada com seu advogado, especialista em 
matéria penal, pediu para que fosse esclarecido como o Superior Tribunal 
de Justiça tem se posicionado acerca da complexidade do tema. Nesse 
cenário, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A) Embora não haja previsão na Lei 9.296/96 sobre o procedimento de 
degravação dos diálogos objeto da interceptação telefônica, é 
necessário que as degravações das escutas sejam feitas por peritos 
oficiais. 
B) É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em 
denúncia anônima, desde que corroborada por outros elementos que 
confirmem a necessidade da medida excepcional. 
C) A interceptação telefônica só será deferida quando não houver outros 
meios de prova disponíveis à época na qual a medida invasiva foi 
requerida, sendo ônus da defesa demonstrar violação ao disposto no 
art. 2º, inciso II, da Lei 9.296/96. 
D) É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para 
apuração de delito punido com detenção, se conexo com outro crime 
apenado com reclusão. 
E) Não há necessidade de degravação dos diálogos objeto de 
interceptação telefônica, em sua integralidade, visto que a Lei 
9.296/96 não faz qualquer exigência nesse sentido. 
COMENTÁRIOS 
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Letra A (incorreta) - É desnecessário que as degravações das escutas sejam 
feitas por peritos oficiais, conforme Jurisprudência em Teses do STJ - Edição n° 
117: Interceptação Telefônica – I, item 10: 
10) Em razão da ausência de previsão na Lei n. 9.296/1996, é desnecessário que 
as degravações das escutas sejam feitas por peritos oficiais. 
Letra B (correta) - A assertiva está conforme a Jurisprudência em Teses do STJ - 
Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 4: 
4) É possível a determinação de interceptações telefônicas com base em denúncia 
anônima, desde que corroborada por outros elementos que confirmem a 
necessidade da medida excepcional. 
Letra C (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses 
do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 5: 
5) A interceptação telefônica só será deferida quando não houver outros meios 
de prova disponíveis à época na qual a medida invasiva foi requerida, sendo ônus 
da defesa demonstrar violação ao disposto no art. 2º, inciso II, da Lei n. 9. 
296/1996. 
Letra D (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses 
do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 6: 
6) É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração 
de delito punido com detenção, se conexo com outro crime apenado com 
reclusão. 
Letra E (correta) - A assertiva está em consonância com a Jurisprudência em Teses 
do STJ - Edição n° 117: Interceptação Telefônica – I, item 9: 
9) Não há necessidade de degravação dos diálogos objeto de interceptação 
telefônica, em sua integralidade, visto que a Lei n. 9.296/1996 não faz qualquer 
exigência nesse sentido. 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 89 
Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto 
Tramita no âmbito interno da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Norte 
processo administrativo disciplinar (PAD) que apura eventual falta funcional 
praticada por certo delegado de polícia. Durante a instrução do PAD, foi 
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verificada pela autoridade competente que o conduz a necessidade de 
obtenção de prova emprestada, consistente em interceptação telefônica 
realizada no bojo de processo criminal. De acordo com a jurisprudência dos 
Tribunais Superiores, o compartilhamento de prova pretendido é: 
A) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que é 
inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas; 
B) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a 
interceptação telefônica somente pode ser utilizada para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
C) viável, desde que devidamente autorizada pelo juízo criminal 
competente e respeitados os princípios do contraditório e da ampla 
defesa; 
D) viável, independentemente de prévia autorização pelo juízo criminal, 
porque, uma vez produzida, a prova pertence ao Estado que é uno; 
E) inviável, pois a Constituição da República de 1988 prevê que a 
interceptação telefônica somente pode ser produzida no âmbito de 
investigação e processo criminal ou ação de improbidade 
administrativa. 
COMENTÁRIOS 
“Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada" no processo administrativo 
disciplinar, desde que devidamente autorizadapelo juízo competente e 
respeitados o contraditório e a ampla defesa." 
De acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores é possível o uso de 
interceptações telefônicas em procedimento administrativo como prova 
emprestada de processo penal, vejamos trecho do julgamento do MS 17.534/DF 
do Superior Tribunal de Justiça (STJ): 
“5. É possível o uso de interceptações telefônicas, na forma de provas 
emprestadas, derivadas de processo penal, desde que tenha havido autorização 
judicial para tanto, como na espécie (fl. 511), bem como que tenha sido dada 
oportunidade para o contraditório em relação a elas, como se verifica dos autos 
(fls. 5877-5878). Precedente: MS 16.122/DF, Rel. Ministro Castro Meira, Primeira 
Seção, DJe 24.5.2011." 
GABARITO: letra C 
 
 
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QUESTÃO 90 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2020 - PC-SE - Delegado de Polícia - Curso de 
Instrução 
Acerca dos meios de provas, suas espécies, classificação e valoração, julgue 
o item a seguir. 
Interceptação telefônica produzida regularmente no curso de inquérito 
policial constitui meio de prova nominada, voltada ao convencimento da 
autoridade judiciária sobre determinado fato. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Interceptação telefônica não constitui meio de prova, mas sim meio de obtenção 
de prova, que são os meios utilizados para localizar, encontrar meios de provas. 
Ex. Interceptação telefônica, busca e apreensão e etc. 
GABARITO: errado 
 
5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984 
 
QUESTÃO 91 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
A concessão de prisão domiciliar prevista no Art. 117 da Lei de Execução 
Penal tem como pressuposto 
A) a execução da penal em regime aberto. 
B) a inexistência de estabelecimento no regime semiaberto. 
C) a inexistência de estabelecimento no regime aberto. 
D) o risco de contágio pela Covid-19. 
E) a obtenção de permissão para sair do estabelecimento. 
COMENTÁRIOS 
LEP. Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime 
aberto em residência particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
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III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 92 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
O apenado comete falta disciplinar de natureza grave, devidamente apurada 
em Procedimento Administrativo Disciplinar. Nesse caso, nos termos do Art. 
118, inciso I, da Lei nº 7.210/84, 
A) impõe-se a regressão de regime, uma vez que a lei não concede ao 
juiz discricionariedade. 
B) é facultada ao juiz da execução a imposição de regressão de regime, 
diante de sua discricionariedade. 
C) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que 
submetido o apenado, após avaliação em audiência de justificação. 
D) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que 
submetido o apenado, em razão da função reintegradora do agente à 
sociedade. 
E) é facultada ao juiz da execução a manutenção do regime em que 
submetido o apenado, em razão da necessidade de ressocialização, 
reeducação e reabilitação. 
COMENTÁRIOS 
LEP. Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma 
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, 
quando o condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 93 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
Em relação à concessão de benefícios de execução penal, assinale a 
afirmativa correta. 
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A) O preenchimento de requisitos de ordem objetiva para obtenção de 
benefícios é suficiente. 
B) O preenchimento de requisitos de ordem subjetiva para obtenção de 
benefícios é suficiente. 
C) O comportamento do sentenciado durante a execução só pode ser 
avaliado por comissão técnica específica. 
D) A longa pena a ser cumprida, por si só, é inapta para se aferir o mérito 
do executado. 
E) A gravidade abstrata do crime constitui fundamento idôneo para 
negar o benefício. 
COMENTÁRIOS 
AgRg no HABEAS CORPUS Nº 620883 - SP (2020/0277925-9) STJ 
A gravidade abstrata do crime e a longa pena a cumprir não são aspectos 
relacionados ao comportamento do sentenciado durante a execução penal e não 
justificam o indeferimento dos benefícios do sistema progressivo das penas. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 94 
Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Delegado de Polícia Substituto 
Maria, primária, mãe de uma criança de 6 (seis) anos, que cria sem qualquer 
ajuda, foi condenada à pena de 5 (cinco) anos de reclusão pela prática do 
art. 33, caput, da Lei nº 11.343/06, e à pena de 1 (um) ano de reclusão pela 
prática do art. 180, caput, do Código Penal. Fixado o regime inicialmente 
fechado, encontra-se Maria cumprindo as penas impostas sem qualquer 
intercorrência, apresentando bom comportamento carcerário. Diante deste 
cenário, Maria fará jus a progressão de regime prisional quando cumprir 
A) 40% (quarenta por cento) da pena relativa à condenação pelo tráfico 
de drogas, uma vez que não lhe foram reconhecidos os benefícios do 
§4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e 16% (dezesseis por cento) da pena 
relativa à condenação pelo crime de receptação. 
B) 40% (quarenta por cento) da pena relativa à condenação pelo tráfico 
de drogas, uma vez que não lhe foram reconhecidos os benefícios do 
§4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e 1/6 (um sexto) da pena relativa à 
condenação pelo crime de receptação. 
C) 1/6 (um sexto) do total da pena a ela imposta 
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D) 1/8 (um oitavo) do total da pena a ela imposta. 
COMENTÁRIOS 
É o que dispõe a Lei 7.210/84, em seu art. 112, §3º: "No caso de mulher gestante 
ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os 
requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: I - não ter cometido 
crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime 
contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da 
pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, 
comprovado pelo diretor do estabelecimento; V - não ter integrado organização 
criminosa". 
REGRAS PARA PROGRESSÃO DE REGIME: 
Requisito OBJETIVO: Mínimo para progredir - 8 hipóteses: 
16% - Primário + sem violência; 
20% - Reincidente + sem violência; 
25% - Primário + COM violência; 
30% - Reincidente + COM violência; 
40% - Primário + Hediondo; 
50% - Primário + Hediondo + morte OU comando de organização/constituição 
de milícia; 
60% - Reincidente + Hediondo; 
70% - Reincidente + Hediondo + morte. 
Requisito SUBJETIVO: Bom comportamento atestado pelo diretor do presídio. 
OBS: vedado o livramento condicional no caso de morte (50 e 70%). 
MULHER GESTANTE/MÃE/RESPONSÁVEL POR CRIANÇA OU PCD: 
Requisito OBJETIVO: cumprimento de, no mínimo, 1/8 da pena; 
Requisito SUBJETIVO: crime sem violência / não ter sido contra o filho / primária 
+ bom comportamento / não integrar organização criminosa. 
GABARITO: letra D 
 
 
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QUESTÃO 95 
Provas: FGV - 2021 - PC-RJ - Perito Criminal - Engenharia Civil 
Sobre o uso de algemas, é correto afirmar que: 
A) é possível o uso de algema de calcanhar, acompanhada ou não das 
algemas de pulso, para evitar o risco de fuga do réu; 
B) não é possível seu uso no réu durante a Sessão Plenária do Júri, em 
razão do risco de influência dos jurados; 
C) a opinião de policiais responsáveis pela escoltasobre a garantia da 
segurança dos presentes é irrelevante; 
D) a necessidade de preservar a integridade física dos próprios policiais 
não pode ser invocada como fundamento válido; 
E) não é possível seu uso no réu durante a realização da oitiva na 
audiência de custódia. 
COMENTÁRIOS 
A súmula vinculante nº 11 do Supremo Tribunal Federal orienta a respeito do uso 
de algemas: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do 
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de 
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado". 
Sobre a utilização de algemas em audiência de custódia, vejamos interessante 
julgado: 
“PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM HABEAS CORPUS. FEMINICÍDIO. PRISÃO EM 
FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. SUPERVENIÊNCIA DE SENTENÇA DE 
PRONÚNCIA QUE NÃO AGREGA FUNDAMENTOS AO DECRETO PRISIONAL. 
AUSÊNCIA DE PREJUDICIALIDADE. EXCLUDENTE DE ILICITUDE. LEGÍTIMA 
DEFESA. ANÁLISE FÁTICO-PROBATÓRIA. INADMISSIBILIDADE NA VIA ELEITA. 
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. IMPOSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO 
IDÔNEA. PERICULOSIDADE CONCRETA. MODUS OPERANDI E MOTIVAÇÃO DO 
DELITO. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. 
IRRELEVÂNCIA. INSUFICIÊNCIA DA APLICAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR 
ALTERNATIVA. VIOLAÇÃO DA SÚMULA VINCULANTE N. 11 DO SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL – STF. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. USO DE ALGEMAS 
DURANTE A PRISÃO EM FLAGRANTE JUSTIFICADO. ALEGAÇÃO SUPERADA. 
AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. RECURSO CONHECIDO EM PARTE E, 
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NESTA EXTENSÃO, DESPROVIDO. (...) Nos termos do que dispõe o Enunciado 11 
da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal – STF, o uso de algemas 
constitui medida que somente deve ser empregada em casos excepcionais, que 
devem ser justificados. No caso dos autos, não há falar em nulidade na prisão em 
flagrante, uma vez que, conforme se verifica dos autos, na audiência de custódia, 
a Magistrada justificou satisfatoriamente a necessidade do uso de algemas no 
momento da prisão em flagrante do recorrente, ressaltando que os policiais 
militares depararam-se com “situação extrema, com vítima fatal". (...). (STJ. RHC 
91.748/SP, Rel. Ministro Joel Ilan Paciornik, Julgado em 07/06/2018. DJe 
20/06/2018). 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 96 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil 
Godofredo foi condenado pela prática de crime de estupro de vulnerável, 
em decisão já transitada em julgado. Durante o cumprimento de sua pena, 
em regular revista das celas determinada pela Administração Penitenciária, 
foi encontrado em sua posse aparelho telefônico que permitia a 
comunicação com o ambiente externo e/ou com outros presos, o que 
configura falta grave. O Superior Tribunal de Justiça tem se posicionado 
várias vezes sobre o tema “falta grave durante a execução penal”. A respeito 
da posição do STJ, assinale a afirmativa INCORRETA. 
A) A utilização de tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente não 
configura falta disciplinar de natureza grave, por ausência de previsão 
legal na LEP. 
B) É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de 
falta grave praticada pelo apenado em autoria coletiva, não se 
admitindo a sanção coletiva a todos os participantes indistintamente. 
C) O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da 
execução penal justifica a exigência de exame criminológico para fins 
de progressão de regime. 
D) A desobediência aos agentes penitenciários configura falta de 
natureza grave, a teor da combinação entre os art. 50, VI, e art. 39, II 
e V, da Lei de Execuções Penais. 
E) A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do 
requisito subjetivo necessário para a concessão de benefícios da 
execução penal. 
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COMENTÁRIOS 
A) A utilização de tornozeleira eletrônica sem bateria suficiente configura 
falta disciplinar de natureza grave, nos termos dos art. 50, VI, e art. 39, V, da 
LEP. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. 
B) É necessária a individualização da conduta para reconhecimento de falta grave 
praticada pelo apenado em autoria coletiva, não se admitindo a sanção coletiva 
a todos os participantes indistintamente”. É o entendimento do STJ, tratado em 
sua jurisprudência em teses n. 146. 
C) O cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução 
penal justifica a exigência de exame criminológico para fins de progressão de 
regime”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. 
D) A desobediência aos agentes penitenciários configura falta de natureza grave, 
a teor da combinação entre os art. 50, VI, e art. 39, II e V, da Lei de Execuções 
Penais”. É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. 
E) “A falta grave pode ser utilizada a fim de verificar o cumprimento do requisito 
subjetivo necessário para a concessão de benefícios da execução penal”. É o 
entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 146. 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 97 
Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto 
Enquanto cumpria pena em regime semiaberto, identificou-se que Gabriel 
tinha uma faca escondida embaixo de sua cama. Após observância de todas 
as formalidades legais, foi confirmada a conduta de Gabriel, sendo a 
informação encaminhada para o Poder Judiciário. Considerando apenas as 
informações expostas, a conduta de Gabriel: 
A) não configura falta grave por ausência de previsão legal; 
B) configura falta grave e permite a regressão de regime e perda da 
integralidade dos dias remidos; 
C) configura falta grave, permitindo a regressão de regime, mas não a 
perda de qualquer dia remido a partir do trabalho; 
D) permite o reconhecimento de falta grave e, consequentemente, a 
regressão de regime e a perda de parte dos dias remidos; 
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E) não permite consequências em relação à progressão ou aos dias 
remidos, mas tão só a aplicação de regime disciplinar diferenciado. 
COMENTÁRIOS 
A conduta descrita no enunciado da questão configura falta de natureza grave 
(escondia faca embaixo de sua cama), expressamente prevista no inciso III, do 
artigo 50, da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal - LEP), que assim dispõe: 
"Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: 
(...) 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade 
física de outrem; (...)". 
Nesse sentido, ao se constatar que se trata de falta grave, impõe-se a regressão 
do regime e perda de parte dos dias remidos, nos termos do artigo 118 e do 
artigo 127, da Lei nº 7.210/1984, que assim dispõem: 
"Art. 118 - a execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma 
regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, 
quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena 
em execução, torne incabível o regime (artigo 111). (...)" 
"Art. 127 - em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do 
tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir 
da data da infração disciplinar." 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 98 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 
7.210/1984). 
O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderãoexceder a 
trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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LEP. Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos não poderão 
exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime disciplinar diferenciado. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 99 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 
7.210/1984). 
A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do 
faltoso pelo prazo de até quinze dias. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O prazo máximo não é de quinze dias, mas sim de dez dias, como se verifica no 
artigo 60 da Lei de Execução penal, que estabelece: “A autoridade administrativa 
poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias. A 
inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e 
da averiguação do fato, dependerá de despacho do juiz competente". 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 100 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 
7.210/1984). 
Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de 
berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive 
amamentá-los, no mínimo, até dois anos de idade. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O prazo mínimo de amamentação é de 6 (seis) meses e não 2 (dois) anos, como 
se observa no § 2º do artigo 83 da Lei de Execução Penal, que estabelece: “Os 
estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde 
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as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, 
até 6 (seis) meses de idade". 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 101 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Julgue considerando as disposições da Lei de Execução Penal (Lei nº 
7.210/1984). 
Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de trinta dias, o réu não 
comparecer injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão ficará 
sem efeito e será executada imediatamente a pena. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O prazo do edital é de 20 (vinte) dias e não de 30 (trinta) dias, como se constata 
do artigo 161 da Lei de Execução Penal, que estabelece: “Se, intimado 
pessoalmente ou por edital com prazo de 20 (vinte) dias, o réu não comparecer 
injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão ficará sem efeito e será 
executada imediatamente a pena". 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 102 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de 
Execução Penal. 
O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de 
liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de 
cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito 
objetivo terá como base a pena remanescente. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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Lei de Execução Penal (nº 7.210/84). Art. 112, § 6º. O cometimento de falta 
grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para 
a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o 
reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 103 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de 
Execução Penal. 
O regime disciplinar diferenciado não será aplicado aos presos provisórios, 
mas para os condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto 
risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 52, § 1º da LEP. O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos 
presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 104 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de 
Execução Penal. 
A ausência de vigilância direta impede a utilização de equipamento de 
monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da 
execução. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 122, § 1º da LEP. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de 
equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim 
determinar o juiz da execução. 
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GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 105 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
Considerando as recentes alterações legislativas, julgue o sobre a Lei de 
Execução Penal. 
A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, 
quando o preso tiver cumprido ao menos vinte por cento da pena, se o 
apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa 
ou grave ameaça. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O equívoco da assertiva está na porcentagem de cumprimento de pena 
apontada, uma vez que, havendo primariedade e ausência de violência e grave 
ameaça na prática delitiva, o preso deverá cumprir 16% da pena para progredir, 
e não 20%, como infere a assertiva. 
 
Art. 112 da LEP. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada 
pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime 
tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; 
GABARITO: errado 
 
 
 
 
 
 
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6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003 
 
 
QUESTÃO 106 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
Determinada guarnição policial militar recebeu a notícia de que, durante a 
realização de festa em uma casa em bairro residencial, o vizinho, insatisfeito 
com o barulho, teria entrado em calorosa discussão, sendo visto com arma 
de fogo em sua cintura, no jardim da sua residência. Os militares procederam 
ao local e, mencionando o motivo do acionamento, pediram para fazer uma 
busca na residência, o que foi autorizado de forma consciente pelo seu único 
morador. Os policiais imediatamente encontraram uma pistola .380, 
devidamente municiada, na gaveta de móvel na sala de estar. 
Indagado sobre a propriedade da arma e sobre o fato de estar circulando 
com a pistola na cintura em seu jardim, o morador admitiu ter se enervado 
com a festa do vizinho, apresentando, na sequência, um certificado de 
registro de arma de fogo, vencido há dois anos, bem como o registro de 
atirador desportivo. 
Diante da situação, tendo como provada a manutenção da arma de fogo no 
interior da residência, bem como a circulação armada no jardim do imóvel, 
é correto afirmar que o sujeito 
A) deve responder por porte de arma de fogo. 
B) deve responder por posse de arma de fogo. 
C) deve responder por porte e posse de arma de fogo, em concurso 
material. 
D) deve responder por porte e posse de arma de fogo, em concurso 
formal. 
E) deve ter a arma de fogo apreendida, com aplicação de multa, sem 
responder por crime. 
COMENTÁRIOS 
A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez realizado o registro da arma, o 
vencimento da autorização NÃO CARACTERIZA ILÍCITO PENAL, mas mera 
irregularidade administrativa que autorizao próprio consumo pessoal do entorpecente.” 
STJ. 6ª Turma. RHC 135617-PR, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/09/2021 (Info 
709). 
É atípica a conduta de importar pequena quantidade de sementes de 
maconha. 
STJ. 3ª Seção. EREsp 1624564-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/10/2020 
(Info 683). 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 04 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime de tráfico ilícito 
de entorpecentes não exige o reconhecimento da traficância pelo acusado, 
bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso próprio. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula 630 STJ: A incidência da atenuante da confissão espontânea no crime 
de tráfico ilícito de entorpecentes exige o reconhecimento da traficância pelo 
acusado, não bastando a mera admissão da posse ou propriedade para uso 
próprio. 
GABARITO: errado 
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6 
 
 
QUESTÃO 05 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
Não se admite a substituição das penas privativas de liberdade por 
restritivas de direitos nas condenações por tráfico de drogas. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O plenário do STF declarou inconstitucional a vedação à substituição da PPL por 
PRD prevista no art. 33, §4º da Lei 11.343/2006. Posteriormente, o SF suspendeu 
a eficácia da parte do dispositivo que dizia “vedada a conversão em pena restritiva 
de direitos”. (HC 97256, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno, julgado 
em 01/09/2010) 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 06 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
A importação de pequena quantidade de sementes da planta conhecida 
como maconha é atípica. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Informativo 915-STF: Atipicidade da importação de pequena quantidade de 
sementes de maconha. STF. 2ª Turma. HC 144161/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 11/9/2018 (Info 915). 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 07 
Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada 
Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais 
Superiores, julgue o item: 
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7 
 
A condenação do indivíduo pela prática dos crimes dispostos no Art. 33, 
caput, e 35, caput, da Lei nº 11.343/2006 (tráfico de drogas e associação para 
o tráfico de drogas) afasta, por si só, a aplicação da causa de redução de 
pena disposta no Art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Nos delitos definidos 
no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto 
a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos , desde 
que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às 
atividades criminosas nem integre organização criminosa). 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É inaplicável a causa especial de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33 
da Lei n.° 11.343/2006 na hipótese em que o réu tenha sido condenado, na 
mesma ocasião, por tráfico e pela associação de que trata o art. 35 do mesmo 
diploma legal. A aplicação da referida causa de diminuição de pena pressupõe 
que o agente não se dedique às atividades criminosas. Desse modo, verifica-se 
que a redução é logicamente incompatível com a habitualidade e permanência 
exigidas para a configuração do delito de associação (art. 35), cujo 
reconhecimento evidencia a conduta do agente voltada para o crime e 
envolvimento permanente com o tráfico. STJ. REsp 1.199.671-MG-2013 (Info 517). 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 08 
Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada 
Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais 
Superiores, julgue o item: 
As ações penais em curso do réu podem ser utilizadas, por si só, para afastar 
a incidência da causa de redução de pena disposta no Art. 33, § 4º, da Lei nº 
11.343/2006 (Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas 
poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em 
penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre 
organização criminosa). 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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8 
 
Não se pode negar a aplicação da causa de diminuição pelo tráfico privilegiado, 
prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, com fundamento no fato de o réu 
responder a inquéritos policiais ou processos criminais em andamento, mesmo 
que estejam em fase recursal, sob pena de violação ao art. 5º, LIV (princípio da 
presunção de não culpabilidade). Não cabe afastar a causa de diminuição prevista 
no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas) com base em condenações 
não alcançadas pela preclusão maior (coisa julgada). STF. HC 166385/MG -2020 
(Info 973). 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 09 
Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de Direito Substituto - Adaptada 
Com base na Lei nº 11.343/2006 e na jurisprudência atualizada dos Tribunais 
Superiores, julgue o item: 
A prática do tráfico de drogas nas imediações de estabelecimentos 
estudantis atrai a causa de aumento de pena disposta no Art. 40, inciso III, 
da Lei nº 11.343/2006 (a infração tiver sido cometida nas dependências ou 
imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de 
sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem 
espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento 
de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou 
policiais ou em transportes públicos), independentemente de o agente 
almejar vender os entorpecentes aos estudantes da instituição, bastando 
que ele tenha conhecimento da existência da escola no local. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A prática do delito de tráfico de drogas nas proximidades de estabelecimentos 
de ensino (art. 40, III, da Lei 11.343/06) enseja a aplicação da majorante, sendo 
desnecessária a prova de que o ilícito visava atingir os frequentadores desse local. 
STJ. AgRg no REsp 1558551/MG-2017 
GABARITO: certo 
 
 
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9 
 
QUESTÃO 10 
Prova: UFMT - 2022 - PJC-MT - Escrivão de Polícia e Investigador de Polícia 
Por meio de alterações promovidas na legislação penal pátria, foi inserida a 
figura do “agente policial disfarçado”, com a finalidade de, após diligências 
preliminares que atestem a presença de elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente, concretizar a situação flagrancial 
correspondente aos seguintes crimes: 
A) Comércio ilegal de arma de fogo; Financiamento de tráfico de drogas; 
Associação para tráfico de drogas. 
B) Porte ilegal de arma de fogo; Tráfico internacional de arma de fogo; 
Associação para tráfico de drogas. 
C) Comércio ilegal de arma de fogo; Tráfico internacional de arma de 
fogo; Delito de tráfico de drogas. 
D) Porte ilegal de arma de fogo; Financiamento de tráfico de drogas; 
Delito de tráfico de drogas. 
E) Comércio ilegal de arma de fogo; Associação para tráfico de drogas; 
Delito de tráfico de drogas. 
COMENTÁRIOS 
Comércio ilegal de arma de fogo; 
Lei 10.826/03: "Artigo 17 — (...) exercício de atividade comercial ou industrial, 
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
(...)§2º. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório 
ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou 
regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos 
probatórios razoáveisa apreensão do artefato e aplicação de 
multa (APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, Corte Especial, DJe de 
29/10/2015). 
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Tal entendimento, todavia, é restrito ao delito de posse ilegal de arma de fogo 
de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/2003), não se aplicando ao crime de 
porte ilegal de arma de fogo (art. 14), muito menos ao delito de porte ilegal de 
arma de fogo de uso restrito (art. 16), cujas elementares são diversas e a 
reprovabilidade mais intensa. 
STJ. 6ª Turma. AgRg no AREsp 885281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, 
julgado em 28/04/2020 (Info 671). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Caracteriza ilícito penal o porte ilegal de arma 
de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003) ou de arma de fogo de uso restrito (art. 16 
da Lei 10.826/2003) com registro de cautela vencido. Buscador Dizer o Direito, 
Manaus. Disponível em: 
. Acesso em: 08/04/2022 
GABARITO: letra E 
 
QUESTÃO 107 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
No dia 22 de fevereiro de 2022, José foi abordado por guarnição policial 
militar, enquanto conduzia veículo automotor em via pública, em blitz 
regularmente realizada. No interior da mala do veículo foram encontradas 
vinte e cinco munições de fuzil calibre 7.65, de marcas variadas. 
Conduzido à unidade de polícia judiciária, durante a lavratura do seu auto 
de prisão em flagrante, confessou estar trabalhando para Carlos e Eduardo, 
tendo pleno conhecimento do material que transportava, mas que a 
contratação e o destino final teriam sido determinados pelos dois. 
Analisando a hipótese, sobre o crime de porte de arma de fogo, na 
modalidade transportar, é correto afirmar que 
A) não admite coautoria ou participação. 
B) admite participação por instigação, mas não coautoria. 
C) admite participação por induzimento, mas não coautoria. 
D) admite participação material, mas não coautoria. 
E) admite coautoria ou participação. 
COMENTÁRIOS 
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O crime de porte de arma de fogo, seja de uso permitido ou restrito, na 
modalidade transportar, admite participação. (STJ, Info. 721, 13/12/2021). 
GABARITO: letra E 
 
QUESTÃO 108 
Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar 
Nos termos da Lei nº 10.826/2003, conhecida como Estatuto do 
Desarmamento, aquele que deixar de observar as cautelas necessárias para 
impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa com deficiência mental 
se apodere de arma de fogo, que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade, incorre no seguinte crime: 
A) Omissão de cautela. 
B) Posse irregular de arma de fogo. 
C) Porte ilegal de arma de fogo. 
D) Negligência qualificada. 
E) Omissão negligente. 
COMENTÁRIOS 
A conduta narrada se amolda ao tipo penal "omissão de cautela", previsto no 
art. 13 da Lei 10.826/03: "Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir 
que menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se 
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. 
GABARITO: letra A 
 
QUESTÃO 109 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 
10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, 
julgue: 
O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso 
permitido é crime de perigo concreto, e o bem jurídico tutelado é a 
incolumidade física. 
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86 
 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
De acordo com a jurisprudência do STJ, o crime de posse ilegal de arma de fogo, 
tipificado no artigo 12 da Lei nº 10.826/2003, é de perigo abstrato. Em outras 
palavras, significa que o perigo consistente no ato de portar arma de fogo é 
presumido pelo tipo penal, dispensando, portanto, a verificação da lesividade 
concreta da conduta. Ademais, O STF já entendeu ser constitucional a tipificação 
de condutas abstratas, desde que excepcionais. 
Jurisp. em Teses 102, STJ: tese nº O crime de posse irregular de arma de fogo, 
acessório ou munição de uso permitido (art. 12 da Lei n. 10.826/2003) é de perigo 
abstrato, prescindindo de demonstração de efetiva situação de perigo, porquanto 
o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física e sim a segurança pública 
e a paz social. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 110 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 
10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, 
julgue: 
A abolitio criminis temporária, prevista nos artigos 5º, § 3º, e 30, durante a 
sua vigência temporal, abrangeu todos os crimes previstos na Lei nº 
10.826/2003. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O STJ vem firmando o entendimento de que o comércio ilegal de arma de fogo 
nunca foi um delito abrangido pela abolitio criminis temporária. 
Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 6) O delito de comércio ilegal de arma de 
fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 17, caput e parágrafo único, da Lei 
de Armas, nunca foi abrangido pela abolitio criminis temporária prevista nos arts. 
5º, § 3º, e 30 da Lei de Armas ou nos diplomas legais que prorrogaram os prazos 
previstos nos referidos dispositivos. 
GABARITO: errado 
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QUESTÃO 111 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 
10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, 
julgue: 
A atipicidade de conduta do agente que detém posse de arma de fogo sem 
autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar deve 
ser reconhecida quando a total ineficácia dessa arma for demonstrada por 
laudo pericial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
"DIREITO PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA DE PORTE ILEGAL DE ARMA DE 
FOGO INEFICAZ. 
Demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da arma de fogo e das munições 
apreendidas, deve ser reconhecida a atipicidade da conduta do agente que 
detinha a posse do referido artefato e das aludidas munições de uso proibido, 
sem autorização e em desacordo com a determinação legal/regulamentar. 
Inicialmente, convém destacar que a Terceira Seção do STJ pacificou 
entendimento no sentido de que o tipo penal de posse ou porte ilegal de arma 
de fogo é delito de mera conduta ou de perigo abstrato, sendo irrelevante a 
demonstração de seu efetivo caráter ofensivo e, assim, desnecessária a realização 
de laudo pericial para atestar a potencialidade lesiva da arma de fogo ou da 
munição apreendida (EREsp 1.005.300-RS, DJe 19/12/2013). Contudo, se tiver 
sido realizado laudo técnico na arma de fogo e este tiver apontado a total 
ineficácia do artefato, descartando, por completo, a sua potencialidade lesiva e, 
ainda, consignado que as munições apreendidas estavam percutidas e 
deflagradas, a aplicação da jurisprudência supramencionada deve ser afastada. 
Isso porque, nos termos do que foi proferido no AgRg no HC 149.191-RS (Sexta 
Turma, DJe 17/5/2010), arma, para ser arma, há de ser eficaz; caso contrário, de 
arma não se cuida. Em outras palavras, uma arma desmuniciada em conjunto com 
munição torna-se apta a realizar disparos; entretanto, uma arma ineficaz, 
danificada, quebrada, em contato com munição, não poderá produzir disparos, 
não passando, portanto, de um mero pedaço de metal. Registre-se que a 
particularidade da ineficácia da arma (e das munições) não se confunde, à toda 
evidência, com o caso de armasem munição. A par disso, verifica-se que, à luz 
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do Direito Penal do fato e da culpa, iluminado pelo princípio da ofensividade, não 
há afetação do bem jurídico denominado incolumidade pública que, segundo a 
doutrina, compreende o complexo de bens e interesses relativos à vida, à 
integridade corpórea e à saúde de todos e de cada um dos indivíduos que 
compõem a sociedade. Nessa ordem de ideias, a Quinta Turma do STJ (AgRg no 
AREsp 397.473-DF, DJe 25/08/2014), ao enfrentar situação fática similar - porte 
de arma de fogo periciada e totalmente ineficiente - asseverou que o objeto 
apreendido não se enquadrava no conceito técnico de arma de fogo, razão pela 
qual considerou descaracterizado o crime de porte ilegal de arma de fogo. De 
modo semelhante, embora pacífico que a incidência da causa de aumento de 
pena pelo uso de arma de fogo no delito de roubo dispensa a sua apreensão e 
perícia, as Turmas de Direito Penal do STJ consolidaram entendimento no sentido 
de que, caso atestada a ineficácia e inaptidão da arma, torna-se incabível a 
aplicação da majorante prevista no art. 157, § 2º, I, do CP. Desse modo, conclui-
se que arma de fogo pressupõe artefato destinado e capaz de ferir ou matar, de 
maneira que deve ser reconhecida a atipicidade da conduta de possuir munições 
deflagradas e percutidas, bem como arma de fogo inapta a disparar, ante a 
ausência de potencialidade lesiva, tratando-se de crime impossível pela ineficácia 
absoluta do meio. (STJ; REsp 1.451.397-MG; Sexta Turma Rel. Min. Maria Thereza 
de Assis Moura; julgado em 15/9/2015, DJe 1º/10/2015)". 
No mais, temos que: 
Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 3) Demonstrada por laudo pericial a inaptidão 
da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma 
de fogo, diante da ausência de afetação do bem jurídico incolumidade pública, 
tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 112 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 
10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, 
julgue: 
A comprovação da lesividade da conduta é indispensável para a 
caracterização típica do crime de “disparar arma de fogo ou acionar munição 
em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a 
ela”. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Entende-se que o delito de disparo de arma de fogo é de perigo abstrato, o que 
dispensa a demonstração da lesividade da conduta. 
Jurisp. em Teses 102, STJ: tese nº 4) O crime de disparo de arma de fogo (art. 
15 da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência 
de dano à segurança pública e prescinde, para sua caracterização, de 
comprovação da lesividade ao bem jurídico tutelado. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 113 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os crimes previstos no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 
10.826/2003), e considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, 
julgue: 
A comprovação da internacionalidade da ação é dispensável para a 
configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou 
munição, bastando que se comprove a procedência estrangeira do artefato. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Jurisp. em Teses 108, STJ: tese nº 9) Para a configuração do tráfico internacional 
de arma de fogo, acessório ou munição não basta apenas a procedência 
estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a internacionalidade 
da ação. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 114 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
Referente ao Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a 
alternativa correta 
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A) O Sistema Nacional de Armas (Sinarm), instituído no Ministério da 
Defesa, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o 
território nacional. 
B) A Polícia Militar expedirá autorização de compra de arma de fogo, 
após atendidos os requisitos estabelecidos, em nome do requerente e 
para a arma indicada, sendo essa autorização intransferível. 
C) A aquisição de munição somente poderá ser feita no calibre 
correspondente à arma registrada e na quantidade estabelecida no 
regulamento dessa Lei. 
D) Ao Exército compete cadastrar os armeiros em atividade no País, bem 
como conceder licença para exercer a atividade. 
E) A autorização para o porte de arma de fogo, de uso permitido em 
todo o território nacional, é de competência do Sinarm e somente será 
concedida após autorização da Polícia Federal. 
COMENTÁRIOS 
A) Errada. Nos termos do 1º da Lei nº 10.826/2003, o Sistema Nacional de Armas 
(Sinarm) tem circunscrição em todo o território nacional, mas ele é instituído no 
Ministério da Justiça e não no Ministério da Defesa, conforme asseverado. 
B) Errada. É o Sinarm, e não a Polícia Militar, que expedirá autorização de compra 
de arma de fogo, após atendidos os requisitos legais estabelecidos, em nome do 
requerente e para a arma indicada, sendo intransferível esta autorização, 
consoante estabelece o § 1º do artigo 4º da Lei nº 10.826/2003. 
C) Correta. É o que preceitua o § 2º do artigo 4º da Lei 10.826/2003. 
D) Errada. É ao Sinarm que compete cadastrar os armeiros em atividade no País, 
bem como conceder licença para exercer a atividade, consoante inteligência do 
o artigo 2º, inciso VIII, da Lei nº 10.826/2003 
E) Errada. Inteligência do artigo 10 da Lei nº 10.826/2003: “A autorização para o 
porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é de 
competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do 
Sinarm". 
GABARITO: letra C 
 
 
 
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QUESTÃO 115 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil 
O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos 
os requisitos estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, 
sendo intransferível essa autorização. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
“Estatuto do Desarmamento. Art. 4º - Para adquirir arma de fogo de uso 
permitido o interessado deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender 
aos seguintes requisitos: 
(...) 
§ 1º - O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos 
os requisitos anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma 
indicada, sendo intransferível esta autorização. (...)". 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 116 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia 
Federal 
Com relação aos crimes previstos em legislação especial, julgue o item a 
seguir. 
 
É conduta atípica o porte ilegal de arma de fogo de uso permitido com 
registro de cautela vencido. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
INFORMATIVO 671 DO STJ: A Corte Especial do STJ decidiu que, uma vez 
realizado o registro da arma, o vencimento da autorização não caracteriza ilícito 
penal, mas mera irregularidade administrativa que autoriza a apreensão do 
artefato e aplicação de multa (APn n. 686/AP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 
Corte Especial, DJe de 29/10/2015). Tal entendimento, todavia, é restrito ao delito 
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de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 12 da Lei nº 10.826/2003), 
não se aplicando ao crime de porte ilegal de arma de fogo (art. 14), muito menos 
ao delito de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (art. 16), cujas 
elementares são diversas e a reprovabilidade mais intensa. STJ. 6ª Turma. AgRg 
no AREsp885.281-ES, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 
28/04/2020 (Info 671). 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 117 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal 
A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de 
direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de 
armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
Conduzir arma de fogo, no exercício de atividade comercial, sem 
autorização, configura comércio ilegal de arma de fogo. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Comércio ilegal de arma de fogo 
Art 17 Lei 10.826/03. 
Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, 
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer 
forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial 
ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
GABARITO: certo 
 
 
 
 
 
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7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995 
 
QUESTÃO 118 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
Considerando o sistema de juizados especiais criminais, previsto na Lei n.° 
9.099/1995, e a jurisprudência do STJ e STF sobre a matéria, julgue: 
A sentença que homologa a transação penal faz coisa julgada material, e o 
descumprimento do acordo deve ser resolvido por meio de execução na 
esfera cível. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula Vinculante nº 35: A homologação da transação penal prevista no artigo 
76 da Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas 
cláusulas, retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público 
a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou 
requisição de inquérito policial. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 119 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
Considerando o sistema de juizados especiais criminais, previsto na Lei n.° 
9.099/1995, e a jurisprudência do STJ e STF sobre a matéria, julgue: 
Tratando-se de crime de ação penal privada ou pública condicionada à 
representação, a realização de composição civil dos danos entre autor e 
vítima gera a extinção da punibilidade. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei n.º 9.099/95: 
 
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Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo 
Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo 
civil competente. 
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação 
penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta 
a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 120 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-PB - Delegado de Polícia Civil 
Durante a pandemia, A, B e C foram encaminhados ao juizado especial 
criminal por terem praticado, respectivamente: omissão de notificação de 
doença (art. 269 CP, pena de detenção, de seis meses a dois anos, e multa); 
fornecimento de remédio em desacordo com receita médica (art. 280 CP, 
pena de detenção, de um a três anos, ou multa), e charlatanismo (art. 283 
CP, pena de detenção, de três meses a um ano, e multa). Nesse caso, 
A) são cabíveis transação penal e suspensão condicional do processo 
para A, B e C. 
B) é cabível transação penal somente para C. 
C) é cabível transação penal para A, B e C. 
D) é cabível suspensão condicional do processo apenas para C. 
E) é cabível suspensão condicional do processo para A, B e C. 
COMENTÁRIOS 
Fica ligado nesse esquema pra não esquecer mais: 
Suspensão condicional do processo: 
→Crimes em que a pena mínima for igual ou inferior a 1 ano, abrangidos ou não 
pela lei 9.099, 
→O ministério público ao oferecer a denúncia poderá propor a suspenção 
condicional do processo por 2 a 4 anos. 
Transação penal: 
→Apenas para infrações de menor potencial ofensivo; 
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→Crimes com pena máxima não superior a 2 anos, cumulado ou não com multa. 
GABARITO: letra E 
 
QUESTÃO 121 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia 
Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
da Lei nº 9.099/95, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 61, da lei 9099/95: Consideram-se infrações penais de menor potencial 
ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a 
lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com 
multa. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 122 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia 
De acordo com a Lei nº 9.099/95, a competência do Juizado será 
determinada pelo lugar onde se consumar a infração penal. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 63, da lei 9099/95: A competência do Juizado será determinada pelo lugar 
em que foi praticada a infração penal. 
O JECRIM adota a teoria da atividade (lugar em que foi praticada a infração). 
GABARITO: errado 
 
 
 
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QUESTÃO 123 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia 
O Supremo Tribunal Federal entende que a pessoa detida pelo crime 
previsto no art. 28 da Lei nº 11.343/2006 (posse de drogas para consumo 
pessoal) deve ser encaminhada imediatamente ao juiz e não à autoridade 
policial, e o próprio magistrado deve lavrar o termo circunstanciado e 
requisitar os exames e as perícias necessárias. Somente se não houver 
disponibilidade do juízo competente, deve o autor ser encaminhado à 
autoridade policial, que então adotará tais providências. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Considerando-se que o termo circunstanciado não é procedimento investigativo, 
mas sim uma mera peça informativa com descrição detalhada do fato e as 
declarações do condutor do flagrante e do autor do fato, deve-se reconhecer 
que a possibilidade de sua lavratura pela autoridade judicial (magistrado) 
não ofende os §§ 1º e 4º do art. 144 da Constituição, nem interfere na 
imparcialidade do julgador. 
As normas dos §§ 2º e 3º do art. 48 da Lei nº 11.343/2006 foram editadas em 
benefício do usuário de drogas, visando afastá-lo do ambiente policial quando 
possível e evitar que seja indevidamente detido pela autoridade policial. 
STF. Plenário. ADI 3807, Rel. Cármen Lúcia, julgado em 29/06/2020 (Info 986 – 
clipping). 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 124 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia 
Para o Superior Tribunal de Justiça, no caso de concurso de crimes, a pena 
considerada para fins de fixação da competência dos Juizados Especiais 
Criminais será o resultado da soma, no caso de concurso material, ou a 
exasperação, na hipótese de concurso formal ou crime continuado, das 
penas máximas cominadas aos delitos. Assim, se desse somatório resultar 
uma pena superior a 2 (dois) anos, fica afastada a competência do Juizado. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
PROCESSUAL PENAL E PENAL. RECLAMAÇÃO CONTRA ACÓRDÃO PROLATADO 
POR TURMA RECURSAL ESTADUAL. RESOLUÇÃO N. 12/2009 - STJ. CONCURSO 
MATERIAL DE INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. SOMA DAS PENAS 
SUPERIOR A DOIS ANOS. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM 2. Pacificou-se a 
jurisprudência desta Corte no sentido de que, no concurso de infrações de 
menor potencial ofensivo, a pena considerada para fins de fixação da 
competência do Juizado Especial Criminal será o resultado dasoma, no caso 
de concurso material, ou da exasperação, na hipótese de concurso formal ou 
crime continuado, das penas máximas cominadas aos delitos. Se desse 
somatório resultar um apenamento superior a 02 (dois) anos, fica afastada 
a competência do Juizado Especial. Precedentes. 
(STJ - Rcl: 27315 SP 2015/0233142-0, Relator: Ministro REYNALDO SOARES DA 
FONSECA, Data de Julgamento: 09/12/2015, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de 
Publicação: DJe 15/12/2015) 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 125 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Delegado de Polícia 
Dispõe a lei que a composição dos danos civis será reduzida a escrito e, 
quando homologada pelo juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia 
de título a ser executado no juízo civil competente. Tratando-se de ação 
penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à 
representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de 
queixa ou representação. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 9099/95. Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, 
homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser 
executado no juízo civil competente. Parágrafo único. Tratando-se de ação penal 
de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o 
acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação. 
GABARITO: certo 
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98 
 
 
QUESTÃO 126 
Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar 
De acordo com as disposições gerais acerca dos Juizados Especiais Criminais 
(Lei nº 9.099/1995), assinale a assertiva correta. 
A) Os juízes leigos não atuarão nos Juizados Especiais Criminais, apenas 
nos Cíveis. 
B) Os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) 
anos, cumulada ou não com multa, são considerados de menor 
potencial ofensivo. 
C) O Juizado Especial Criminal tem competência para julgar infrações 
penais de menor potencial ofensivo, excluídas as contravenções 
penais. 
D) O processo perante o Juizado Especial objetiva, sempre que possível, 
a aplicação de pena privativa de liberdade. 
E) O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, complexidade, formalidade, economia processual e 
celeridade. 
COMENTÁRIOS 
A) Art. 7, Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a 
advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas 
funções. 
C) Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os 
efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena 
máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
D) Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da 
oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, 
objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a 
aplicação de pena não privativa de liberdade 
E) Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que 
possível, a conciliação ou a transação. 
GABARITO: letra B 
 
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99 
 
 
QUESTÃO 127 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - 
Em relação ao processo penal e ao disposto na Lei n.º 9.099/1995, julgue o 
item subsequente. 
A aplicação de pena restritiva de direitos ou multa em proposta de transação 
penal importa reincidência pelo prazo de cinco anos. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Transação Penal: Art. 76, 9.099/95. Havendo representação ou tratando-se de 
crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o 
Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de 
direitos ou multas, a ser especificada na proposta. 
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o 
Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em 
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo 
benefício no prazo de cinco anos. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 128 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia - 
Em relação ao processo penal e ao disposto na Lei n.º 9.099/1995, julgue o 
item subsequente. 
Caso o autor do fato que tenha aceitado a proposta de transação penal 
prevista na Lei n.º 9.099/1995 descumpra as condições, os autos deverão ser 
conclusos ao juiz para sentença definitiva. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Súmula Vinculante 35: A homologação da transação penal prevista no art. 76 da 
Lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, 
retoma-se a situação anterior, possibilitando-se ao Ministério Público a 
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100 
 
continuidade da persecução penal mediante oferecimento de denúncia ou 
requisição de inquérito policial. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 129 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-AL - Escrivão de Polícia 
Joacir foi preso em flagrante pela prática de determinado crime. A pena 
prevista para tal crime é um a quatro anos de reclusão. Ele negou a autoria 
do crime e acusou a vítima de ter forjado a situação de flagrância. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. 
Conclui-se das informações que Joacir praticou crime de menor potencial 
ofensivo, de modo que cabe ao delegado lavrar termo circunstanciado e 
encaminhá-lo ao juizado especial criminal. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Nos termos do artigo 61 da lei 9.099/95 consideram-se infrações penais de menor 
potencial ofensivo , para os efeitos da lei, as contravenções penais e os crimes a 
que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos , cumulada o não 
com pena de multa. 
O procedimento que deverá ser adotado pela Autoridade Policial, quando do 
conhecimento da prática de infração penal de menor potencial ofensivo, está 
previsto no artigo 69 da lei 9.099/95: 
“Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará 
termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o 
autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais 
necessários. 
A parte final da questão está correta! Ocorre que no caso hipotético a pena para 
o crime cometido é de 4 (quatro) anos de reclusão, ou seja, não se enquadra 
no conceito de infração penal de menor potencial ofensivo e por 
consequência não se aplica o procedimento previsto no artigo 69 da lei 9.099/95. 
GABARITO: errado 
 
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QUESTÃO 130 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
M.D. recebe uma mensagem via celular com os seguintes dizeres: “Se você 
chegar perto da minha neta novamente, eu vou acabar com sua raça. Esse é 
o último aviso”. A remetente teria sido J.S., sua vizinha. Após o ocorrido, 
M.D. procura auxílio na Delegacia de Polícia competente, relatando o 
ocorrido. Diante do exposto, a providência a ser adotada na delegacia é: 
A) Elaboração de Termo Circunstanciado com posterior remessa ao Juizado 
Especial Criminal. 
B) Orientação a M.D. a comparecer previamente em um cartório para lavrar 
uma ata notarial, pois não se pode instaurar inquérito policial sem que haja 
provas concretas do suposto crime. 
C) Lavratura de Boletim de Ocorrência para dar início ao inquérito policial. 
D) Aconselhamento a M.D. para protocolar uma queixa por meio de um 
advogado, visto que a autoridade policial não pode agir no âmbito da ação 
penal privada. 
E) Instauração de imediato inquérito policial, dada a possibilidade de prisão 
em flagrante de J.S. 
COMENTÁRIOS 
Configurou-se, no caso, o crime deameaça: 
“Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.” 
Como a pena máxima é inferior a 02 anos, trata-se de crime de menor potencial 
ofensivo, sujeito ao Juizado Especial Criminal. A Lei nº 9.099/95, no seus arts. 61 
e 69, estabelece: 
"Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima 
não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa." 
"A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo 
circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato 
e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários." 
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GABARITO: letra A 
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	1 LEI DE DROGAS – LEI Nº 11.343 DE 2006
	2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013
	3 LEI MARIA DA PENHA - LEI Nº 11.340 DE 2006
	4 LEI DA INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA - LEI Nº 9.296 DE 1996
	5 LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI Nº 7.210 DE 1984
	6 ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI Nº 10.826 DE 2003
	7 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS - LEI Nº 9.099 DE 1995de conduta criminal preexistente. 
 
Tráfico internacional de arma de fogo; 
Artigo 18 — (...) entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma 
de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, 
acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da 
autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes 
elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente 
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Delito de tráfico de drogas. 
Lei 11.343/06: "Artigo 33 — (...) a consumo ou fornecer drogas, ainda que 
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: 
 
§1º. Nas mesmas penas incorre quem:(...)IV — vende ou entrega drogas ou 
matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a 
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis 
de conduta criminal preexistente". 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 11 
Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I - Adaptada 
A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao 
contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais 
focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão 
“substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento 
a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. 
Diante disso, é julgue: 
A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios 
de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de 
qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos na Lei 
11.343/06 será comunicada pela autoridade de polícia judiciária responsável 
pela investigação ao juízo competente, quando da conclusão do Inquérito 
Policial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Na realidade, será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia 
judiciária responsável pela investigação ao juízo competente, e não quando da 
conclusão do inquérito policial. 
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11 
 
Art. 61, Lei 11.343/06: "A apreensão de veículos, embarcações, aeronaves e 
quaisquer outros meios de transporte e dos maquinários, utensílios, instrumentos 
e objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes definidos 
nesta Lei será imediatamente comunicada pela autoridade de polícia judiciária 
responsável pela investigação ao juízo competente”. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 12 
Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I – Adaptada 
A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao 
contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais 
focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão 
“substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento 
a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. 
Diante disso, é julgue: 
A infiltração por agentes de polícia em tarefas de investigação depende, 
exclusivamente, de autorização judicial, mediante representação da 
Autoridade Policial, titular do Inquérito Policial, independentemente do 
Ministério Público ser ouvido ou não. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, será realizada 
mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público. 
Art. 53, Lei 11.343/06: "Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos 
crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas de investigação, 
constituída pelos órgãos especializados pertinentes; (...)”. 
GABARITO: errado 
 
 
 
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QUESTÃO 13 
Prova: FUMARC - 2021 - PC-MG - Escrivão de Polícia I – Adaptada 
A “Lei ANTIDROGAS” (Lei 11.343/06), de cunho mais preventivo, ao 
contrário das substituídas Leis 6.368/76 e 8.072/90, uma vez que está mais 
focada na “prevenção” das “drogas”, substantivo que substituiu a expressão 
“substâncias entorpecentes”, trouxe um novo conceito sobre o tratamento 
a ser ministrado, pelo Estado, ao “usuário” e ao combate ao “traficante”. 
Diante disso, é julgue: 
O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação 
criminal e o processo criminal na identificação dos demais coautores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, 
no caso de condenação terá sua pena reduzida. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o que estabelece a Lei 11.343/06 em seu art. 41: “O indiciado ou acusado que 
colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total 
ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 
um terço a dois terços”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 14 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista 
É punida com pena de reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento 
de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa a conduta de 
importar, exportar, remeter, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à 
venda, oferecer, fornecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo ou 
guardar, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto 
químico destinado à preparação de drogas. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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13 
 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 33, caput e §1º, I: “Importar, exportar, 
remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter 
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar 
a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) 
a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) 
dias-multa. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, 
fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, 
transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou 
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo 
ou produto químico destinado à preparação de drogas; (...)”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 15 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista 
O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação 
policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou 
partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do crime, 
no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 41: “O indiciado ou acusado que 
colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total 
ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de 
um terço a dois terços”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 16 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista 
É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da 
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ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 45, caput: “É isento de pena o agente 
que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha 
sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 17 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista 
Na apuração dos crimes previstos na Lei 11.343/06, o inquérito policial será 
concluído no prazo de 10 (dez) dias, independentemente do indiciado 
encontrar-se solto ou preso. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado 
estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
Art. 51, caput, Lei 11.343/06: “O inquérito policial será concluído no prazo de 30 
(trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto”. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 18 
Prova: FAPEC - 2021 - PC-MS - Perito Papiloscopista 
A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em 
flagrante será feita, por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, 
contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 50-A: “A destruição das drogas 
apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, 
no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-
se amostra necessária à realização do laudo definitivo”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 19 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia 
Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena quantidade 
de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a 
seguir. 
Nesse caso, a pena é de prestação de serviços à comunidade pelo prazo de 
cinco meses, se o usuário for primário, ou de dez meses, em caso de 
reincidência. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Conforme dispõe a Lei de Drogas, Lei 11.343/2006, vejamos: 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, 
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas 
pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput 
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
GABARITO: certo 
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QUESTÃO 20 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-SE - Escrivão de Polícia 
Acerca das penas aplicáveis a indivíduo flagrado com pequena quantidade 
de cocaína para consumo pessoal, sem autorização legal, julgue o item a 
seguir. 
Aplica-se a esse indivíduo pena privativa de liberdade, desde que 
evidenciado o descumprimento reiterado das penas que substituem a 
prisão, ouvidos o Ministério Público e o defensor público. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Art. 28 da Lei 11.343/06. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar 
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes 
penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
Inexiste pena de prisão para a infração penal de porte de drogas para consumo 
pessoal, ainda que o agente descumpra qualquer medida imposta, seja 
reincidente, responda a vários processos do art. 28 da Lei de Drogas, 
considerando que houve a DESPENALIZAÇÃO dessa conduta. Mesmo que as 
referidas penas não sejam cumpridas, não há possibilidade de aplicação de pena 
privativa de liberdade. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 21 
Prova: PM-MT - 2021 - PM-MT - Sargento da Polícia Militar 
A Lei nº 11.346/2006, na sua redação atualizada, prevê que veículos, 
embarcações, aeronaves e quaisquer outros bens apreendidos nas ações de 
repressão aos crimes relacionados com o tráfico ilícito de drogas, mediante 
autorização judicial, sem prejuízo de outras providências, poderão ser 
usados por órgãos 
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A) do Poder Judiciário. 
B) de polícia judiciária, militar e rodoviária. 
C) do Ministério Público. 
D) do Sistema Único de Saúde. 
E) do Poder Legislativo. 
COMENTÁRIOS 
A questão exige do candidato o conhecimento acerca do que a Lei 11.343/06 (Lei 
de drogas) dispõe sobre utilização de bens apreendidos em ações de repressão. 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seus arts. 61 e 62. Art. 61: "A apreensão de 
veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte e dos 
maquinários, utensílios, instrumentos e objetos de qualquer natureza utilizados 
para a prática dos crimes definidos nesta Lei será imediatamente comunicada 
pela autoridade de polícia judiciária responsável pela investigação ao juízo 
competente". 
Art. 62: "Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de 
que trata o art. 61, os órgãos de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão 
deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo de sua conservação, 
mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia 
avaliação dos respectivos bens". 
GABARITO: letra B 
 
QUESTÃO 22 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre os tipos penais previstos na Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006), e 
considerando a interpretação que lhes é dada pelo STJ, assinale a alternativa 
correta. 
A) A comprovação da materialidade do delito de posse de drogas para 
uso próprio não depende da elaboração de laudo de constatação da 
substância entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da 
substância apreendida. 
B) Para a configuração do crime de associação para o tráfico de drogas 
é indispensável que haja a apreensão de drogas na posse direta do 
agente. 
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C) A conduta de posse de droga para consumo próprio foi 
descriminalizada pela referida lei, tendo havido, portanto, abolitio 
criminis. 
D) O tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada não é crime 
equiparado a hediondo. 
E) Prescrevem em 4 anos a imposição e a execução das penas referentes 
à conduta de posse de droga para consumo próprio. 
COMENTÁRIOS 
Alternativa A. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 12: A comprovação da 
materialidade do delito de posse de drogas para uso próprio (art. 28 da Lei n. 
11.343/2006) exige a elaboração de laudo de constatação da substância 
entorpecente que evidencie a natureza e a quantidade da substância apreendida. 
Alternativa B. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 27: Para a configuração 
do crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei n. 
11.343/2006, é irrelevante apreensão de drogas na posse direta do agente. 
Alternativa C. Incorreta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 6: A conduta de porte 
de substância entorpecente para consumo próprio, prevista no art. 28 da Lein. 
11.343/2006, foi apenas despenalizada pela nova Lei de Drogas, mas não 
descriminalizada, não havendo, portanto, abolitio criminis. 
Alternativa D. Correta. Jurisp. em Teses 131, STJ: tese nº 21: O tráfico ilícito de 
drogas na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006) não é 
crime equiparado a hediondo. 
Alternativa E. Incorreta. Art. 30, L. 11.343/06. Prescrevem em 2 (dois) anos a 
imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, 
o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 23 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil - Adaptada 
A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 
6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a 
retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente 
previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui 
um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. 
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A inobservância do art. 55 da Lei 11.343/2006, que determina o recebimento 
da denúncia após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade 
relativa quando forem demonstrados os prejuízos suportados pela defesa. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “2) A 
inobservância do art. 55 da Lei n. 11.343/2006, que determina o recebimento da 
denúncia após a apresentação da defesa prévia, constitui nulidade relativa 
quando forem demonstrados os prejuízos suportados pela defesa”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 24 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada 
A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 
6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a 
retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente 
previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui 
um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. 
É prescindível a confecção do laudo toxicológico para comprovar a 
materialidade da infração disciplinar e a natureza da substância encontrada 
com o apenado no interior de estabelecimento prisional. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O STJ entende ser imprescindível a confecção do laudo toxicológico. Fica de 
olho na jurisprudência em teses n. 131: “11) É imprescindível a confecção do laudo 
toxicológico para comprovar a materialidade da infração disciplinar e a natureza 
da substância encontrada com o apenado no interior de estabelecimento 
prisional”. 
GABARITO: errado 
 
 
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QUESTÃO 25 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada 
A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 
6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a 
retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente 
previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui 
um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. 
A falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera 
irregularidade que não tem o condão de anular o referido exame. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “4) A 
falta da assinatura do perito criminal no laudo toxicológico é mera 
irregularidade que não tem o condão de anular o referido exame”. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 26 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil – Adaptada 
A Lei 11.343/06 – Lei de Drogas – revogou a antiga Lei de Entorpecentes – 
6.368/76 – e trouxe consigo uma das grandes e polêmicas inovações: a 
retirada da pena de prisão para o crime de uso de drogas, atualmente 
previsto no artigo 28 da Lei 11.343/06. O Superior Tribunal de Justiça possui 
um grande acervo jurisprudencial sobre o tema. Julgue o item. 
As contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram 
reincidência, mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações 
anteriores pelo delito do art. 28 da Lei 11.343/2006 configurem reincidência, 
uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
É o entendimento do STJ, tratado em sua jurisprudência em teses n. 131: “7) As 
contravenções penais, puníveis com pena de prisão simples, não geram 
reincidência, mostrando-se, portanto, desproporcional que condenações 
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anteriores pelo delito do art. 28 da Lei n. 11.343/2006 configurem reincidência, 
uma vez que não são puníveis com pena privativa de liberdade. 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 27 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil 
Marcelo importou substância entorpecente, classificada como droga e, 
portanto, proscrita pela lei penal brasileira e seus complementos 
normativos. 
Nessa hipótese, é correto afirmar que a responsabilidade penal de Marcelo 
será pelo delito de 
A) tráfico de drogas, apenas. 
B) contrabando, apenas, porque importou mercadoria proibida. 
C) contrabando, em concurso formal com delito de tráfico de drogas. 
D) contrabando, tráfico de drogas e associação para o tráfico, em 
concurso formal de delitos. 
E) tráfico de drogas e delito de contrabando, mas responderá apenas 
pelo primeiro, pois o segundo ficará absorvido por aquele. 
COMENTÁRIOS 
Em decorrência do princípio da especialidade, lei especial prevalece sobre lei 
geral. Logo, aplica-se a lei 11.343/06. 
É o que dispõe a Lei 11.343/06 em seu art. 33: “Importar, exportar, remeter, 
preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a 
consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) 
a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) 
dias-multa". 
GABARITO: letra A 
 
 
 
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QUESTÃO 28 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil 
O dependente químico severo, comprovado por laudo pericial, que, para 
poder comprar substância entorpecente a fim de satisfazer seu vício, pratica 
conduta descrita em tipo penal de furto, poderá arguir em sua defesa 
excludente de 
A) ilicitude pela inexigibilidade de conduta diversa. 
B) tipicidade pela ausência de dolo. 
C) culpabilidade pela coação moral irresistível. 
D) culpabilidade pela inimputabilidade. 
E) ilicitude pelo estado de necessidade. 
COMENTÁRIOS 
Segundo Cleber Masson (2016), a embriaguez crônica ou patológica, ou 
alcoolismo crônico “cuida-se da embriaguez que compromete total ou 
parcialmente a imputabilidade penal, e caracteriza-se pela desproporcional 
intensidade ou duração dos efeitos inerentes à intoxicação alcoólica. (...) a 
embriaguez patológica é equiparada às doenças mentais. Logo, aplica-se o art. 
26, caput e seu parágrafo único, do Código Penal”. Portanto, se o agente era 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou determinar-se de 
acordo com esse entendimento, ele é considerado inimputável, podendo-se 
arguir, assim, a excludente de culpabilidade pela inimputabilidade. 
MASSON, Cleber. Direito penal esquematizado – Parte geral – vol.1. 10ª ed. São 
Paulo: Forense. 2016, p. 524. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 29 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de 
Polícia Civil do Distrito Federal 
Determinado cidadão norte-americano em férias em Brasília cometeu o 
crime de homicídio ao fugir da cenade crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes, supostamente por ele praticado. Após o crime, ele fugiu para 
o hotel onde se encontrava hospedado desde que chegou ao Brasil. Cinco 
minutos após ter adentrado em seu quarto, a polícia invadiu o local e 
conseguiu prendê-lo. 
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Considerando a jurisprudência do STF, julgue o item a seguir, a partir da 
situação hipotética precedente. 
O crime de tráfico ilícito de entorpecentes é considerado imprescritível, 
inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Uma vez que se configura em crime equiparado a hediondo, é insuscetível de 
anistia, de graça, de indulto e de fiança, nos termos do artigo 5º, inciso XLIII, da 
Constituição da República, e do artigo 2º da Lei nº 8.072/1990. 
O tráfico de drogas, porém, não é imprescritível, uma vez que as hipóteses de 
imprescritibilidade estão previstas na Constituição da República somente no 
artigo 5º, incisos XLII (racismo) e XLIV (ação de grupos armados, civis ou 
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático). Cabe 
ressaltar que o STF, em 2022, equiparou a injúria racial ao racismo, dando a ela 
caráter imprescritível também. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 30 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de 
Polícia Civil do Distrito Federal 
A pena de prestação de serviços à comunidade, no caso de porte de drogas 
para consumo pessoal, será aplicada pelo prazo máximo de seis meses. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
"Lei de Drogas. Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou 
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes 
penas:I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à 
comunidade; III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso 
educativo. 
(...)". 
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24 
 
O § 3º, do artigo em referência, por sua vez, dispõe que "as penas previstas nos 
incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 
(cinco) meses". 
A assertiva fala em 6 meses, portanto, errada. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 31 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PC-DF - Escrivão de Polícia da Carreira de 
Polícia Civil do Distrito Federal 
Em caso de reincidência no crime de porte de drogas para consumo pessoal, 
a pena de prestação de serviços à comunidade poderá ser aplicada pelo 
prazo máximo de um ano. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Nos termos exatos do § 4º, do artigo 28, da Lei nº 11.343/2006, "em caso de 
reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão 
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses". 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 32 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia 
Federal 
Considerando a posição majoritária e atual do Supremo Tribunal Federal 
(STF), julgue o item a seguir, a respeito dos fundamentos constitucionais dos 
direitos e deveres fundamentais, do Poder Judiciário, da segurança pública 
e das atribuições constitucionais da Polícia Federal. 
O confisco e a posterior reversão a fundo especial de bem apreendido em 
decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes exigem prova de 
habitualidade e reiteração do uso do bem para a referida finalidade. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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Informativo 856 do STF: É possível o confisco de todo e qualquer bem de valor 
econômico apreendido em decorrência do tráfico de drogas, sem a necessidade 
de se perquirir a habitualidade, reiteração do uso do bem para tal finalidade, 
a sua modificação para dificultar a descoberta do local do acondicionamento da 
droga ou qualquer outro requisito além daqueles previstos expressamente no art. 
243, parágrafo único, da Constituição Federal (STF. Plenário.RE 638491/PR, Rel. 
Min. Luiz Fux, julgado em 17/5/2017 - repercussão geral). 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 33 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - PRF - Policial Rodoviário Federal 
A respeito da identificação criminal, do crime de tortura, do abuso de 
direito, da prevenção do uso indevido de drogas, da comercialização de 
armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue. 
Entre as atividades de prevenção do uso indevido de drogas, está o 
fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em relação 
ao uso indevido dessas substâncias ilícitas. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei de Drogas. Art. 19. As atividades de prevenção do uso indevido de drogas 
devem observar os seguintes princípios e diretrizes: 
III - o fortalecimento da autonomia e da responsabilidade individual em 
relação ao uso indevido de drogas; 
GABARITO: certo 
 
 
 
 
 
 
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2 LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – LEI Nº 12.850 DE 2013 
 
QUESTÃO 34 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
Sobre o acesso do agente delatado aos atos judiciais de homologação dos 
acordos de colaboração premiada e seus termos, após o recebimento da 
denúncia, assinale a afirmativa correta. 
A) Por não constituírem fonte de prova, não estão acobertados pelo 
enunciado da Súmula Vinculante 14. 
B) Por constituírem meio de obtenção de prova e elementos de prova, 
estão acobertados pelo enunciado da Súmula Vinculante 14. 
C) Por não constituírem objeto de prova, não estão acobertados pelo 
enunciado da Súmula Vinculante 14. 
D) Por constituir meio de análise da prova, estão acobertados pelo 
enunciado da Súmula Vinculante 14. 
E) Por não constituírem meio de prova, não estão acobertados pelo 
enunciado da Súmula Vinculante 14. 
COMENTÁRIOS 
A SV 14 prevê: É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa. 
Terceiros que tenham sido mencionados pelos colaboradores podem obter 
acesso integral aos termos dos colaboradores para viabilizar, de forma plena e 
adequada, sua defesa, invocando a SV 14? 
SIM, desde que estejam presentes os requisitos positivo e negativo. 
a) Requisito positivo: o acesso deve abranger somente documentos em que o 
requerente é de fato mencionado como tendo praticado crime (o ato de 
colaboração deve apontar a responsabilidade criminal do requerente); e 
b) Requisito negativo: o ato de colaboração não se deve referir a diligência em 
andamento (devem ser excluídos os atos investigativos e diligências que ainda se 
encontram em andamento e não foram consubstanciados e relatados no 
inquérito ou na ação penal em tramitação). 
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STF. 2ª Turma. Pet 7494 AgR/DF, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. 
Gilmar Mendes, julgado em 19/5/2020 (Info 978). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Terceiros que tenham sido mencionados 
pelos colaboradores podem obter acesso integral aos termos dos colaboradores 
desde que estejam presentes os requisitos positivo e negativo. Buscador Dizer o 
Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 08/04/2022 
GABARITO: letra B 
 
QUESTÃO 35 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
No que toca ao delito do Art. 2º da Lei 12.850/13, em relação às eventuais 
infrações praticadas no seu âmbito como forma de materialização dos 
propósitos escusos que motivaram a reunião estruturada dos agentes, 
assinale a afirmativa correta. 
A) Existe separação obrigatória entre o delito de organização criminosae os demais eventualmente praticados no seu contexto, impondo a 
tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias 
perante juízos distintos. 
B) Não existe conexão entre o delito de organização criminosa e os 
demais eventualmente praticados no seu contexto, vedada a 
tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias 
perante o mesmo juízo. 
C) Existe conexão necessária entre o delito de organização criminosa e 
os demais eventualmente praticados no seu contexto, obrigando a 
tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias no 
mesmo juízo. 
D) Não existe conexão necessária entre o delito de organização 
criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, 
permitindo a tramitação concomitante das respectivas propostas 
acusatórias perante juízos distintos. 
E) Existe conexão necessária entre o delito de organização criminosa e 
os demais eventualmente praticados no seu contexto, obrigando a 
tramitação concomitante das respectivas propostas acusatórias no 
mesmo juízo, a qualquer tempo. 
COMENTÁRIOS 
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“O Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a INEXISTÊNCIA de 
conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais 
eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação 
concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos e 
atestando a não ocorrência, em tais hipóteses, do vedado bis in idem.” 
STF. Segunda Turma. Inquérito 3989 DF, Relator Ministro Edson Fachin, Julgado 
em 11/06/2019. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 36 
Prova: FGV - 2022 - PC-AM - Delegado de Polícia - Edital nº 01 
Tratando-se de colaboração premiada, que contém diversos depoimentos, 
com distintos fatos e sujeitos delatados, é direito do delatado o acesso 
A) integral aos elementos de convicção angariados na investigação, 
desde que não haja diligência em curso. 
B) integral aos elementos de convicção angariados na investigação, 
desde que não haja diligência sensível em curso. 
C) somente aos elementos de convicção que lhe digam respeito e 
estejam vinculados aos fatos objeto da denúncia. 
D) somente aos elementos de convicção selecionados pelo magistrado e 
que não atrapalhem a investigação. 
E) somente aos elementos de convicção que tenham sido encartados aos 
autos, ainda que referentes a terceiros. 
COMENTÁRIOS 
Informativo 814, STF: "Não há violação da Súmula Vinculante nº 14 quando o 
juiz não permite que réu colaborador tenha acesso a depoimentos outros 
colhidos e que não digam respeito aos fatos imputados a ele, colaborador, 
máxime se o teor de tais depoimentos ainda se encontra sob apuração." 
GABARITO: letra C 
 
 
 
 
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QUESTÃO 37 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia 
Segundo o que dispõe a Lei n.º 12.850/2013 (Organização Criminosa) e sua 
interpretação no Supremo Tribunal Federal: 
A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação dependerá de 
representação do delegado de polícia, que deverá descrever indícios seguros 
da necessidade de obter as informações por meio dessa operação ao juiz 
competente, que poderá autorizar a medida, de forma circunstanciada, 
motivada e sigilosa e, tendo em vista a urgência da medida, ouvirá, em 
seguida à sua decisão, o Ministério Público para o devido acompanhamento. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 12.850. Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, 
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após 
manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de 
inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa 
autorização judicial, que estabelecerá seus limites. 
 
§ 1º Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz 
competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 38 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia 
Segundo o que dispõe a Lei n.º 12.850/2013 (Organização Criminosa) e sua 
interpretação no Supremo Tribunal Federal: 
A ação controlada de que trata essa lei consiste em retardar a intervenção 
policial relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela 
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que 
a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas 
e obtenção de informações, não sendo necessária a comunicação prévia da 
referida ação. 
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[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
Lei 12.850. Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial 
ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela 
vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a 
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e 
obtenção de informações. 
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será 
previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá 
os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 39 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - PC-RJ - Delegado de Polícia 
Conforme relatório final de inquérito policial, Mário, policial civil, praticou 
obstrução de justiça ao embaraçar a investigação de crime praticado por 
uma organização criminosa. 
Nessa situação hipotética, Mário 
A) praticou ilícito puramente administrativo. 
B) violou uma regra processual, mas não cometeu nenhum crime. 
C) cometeu crime previsto na Lei n.º 12.850/2013. 
D) cometeu contravenção penal. 
E) cometeu crime previsto no Código Penal. 
COMENTÁRIOS 
Lei 12.850. Art. 2º Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou 
por interposta pessoa, organização criminosa: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa, sem prejuízo das penas 
correspondentes às demais infrações penais praticadas. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem impede ou, de qualquer forma, embaraça 
a investigação de infração penal que envolva organização criminosa. 
GABARITO: letra C 
 
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QUESTÃO 40 
Prova: FGV - 2022 - PC-RJ - Investigador Policial de 3ª Classe 
Nas hipóteses de investigação criminal que envolvam delação premiada, o 
sigilo do inquérito policial poderá ser mantido até o(a): 
A) indiciamento; 
B) relatório do inquérito policial; 
C) oferecimento da denúncia; 
D) recebimento da denúncia; 
E) sentença. 
COMENTÁRIOS 
Lei 12.850. Art. 7º O pedido de homologação do acordo será sigilosamente 
distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar o 
colaborador e o seu objeto. 
§ 3º O acordo de colaboração premiada e os depoimentos do colaborador serão 
mantidos em sigilo até o recebimento da denúncia ou da queixa-crime, sendo 
vedado ao magistrado decidir por sua publicidade em qualquer hipótese. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 41 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e 
alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: 
A infiltração policial, tendo em vista o seu caráter sigiloso, independe de 
prévia autorização judicial. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A infiltração policial depende de motivada e sigilosa autorização judicial, nos 
termos do artigo 10, caput, da lei 12.850/2013: 
“Art. 10. A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, 
representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após 
manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de 
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inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa 
autorização judicial, que estabelecerá seus limites.” 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 42 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e 
alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: 
O delegado de polícia não pode, nos autos de inquérito policial, requerer ou 
representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, como 
benefício pela colaboração. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A possibilidade de o Delegado de Polícia requerer ou representar pela concessão 
de perdão judicial ao colaborador está prevista de forma expressa no artigo 4º, 
§2º, da lei 12.850/2013, vejamos: 
“Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, 
reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por 
restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente 
com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração 
advenha um ou mais dos seguintes resultados: 
(...) 
§ 2º Considerando a relevância da colaboração prestada, o Ministério 
Público, a qualquer tempo, e o delegado de polícia, nos autos do inquérito 
policial, com a manifestação do Ministério Público, poderão requerer ou 
representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda 
que esse benefício não tenha sido previsto na proposta inicial, aplicando-se, no 
que couber, o art. 28 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código 
de Processo Penal).” 
GABARITO: errado 
 
 
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QUESTÃO 43 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e 
alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: 
A infiltração de agentes pode ser realizada se houver indícios de qualquer 
crime punido com pena mínima superior a 2 anos de reclusão. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A infiltração de agente será autorizada quando houver indícios de organização 
criminosa, ou seja, a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente 
ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com 
objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, 
mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 
4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 44 
Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de Polícia 
Sobre infiltração policial e colaboração premiada (Lei nº 12.850/2013 e 
alterações realizadas pela Lei nº 13.964/2019), julgue: 
O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, 
quando houver necessidade de identificação ou complementação de seu 
objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e 
interesse público. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
“Art. 3º-B. O recebimento da proposta para formalização de acordo de 
colaboração demarca o início das negociações e constitui também marco de 
confidencialidade, configurando violação de sigilo e quebra da confiança e da 
boa-fé a divulgação de tais tratativas iniciais ou de documento que as formalize, 
até o levantamento de sigilo por decisão judicial. 
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(...) 
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser precedido de instrução, 
quando houver necessidade de identificação ou complementação de seu 
objeto, dos fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, utilidade e 
interesse público.” 
GABARITO: certo 
 
QUESTÃO 45 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil 
Em 2013, foi a editada a Lei 12.850, que estabeleceu a definição de 
organizações criminosas, crimes, procedimentos relativos a investigação 
criminal, meios de prova etc., revogando a antiga lei que tratava do tema – 
9.034/95. 
De acordo com o disposto na lei em vigor sobre o tema, assinale a alternativa 
que contenha o correto conceito de organização criminosa. 
A) Considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais 
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de 
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
B) Considera-se organização criminosa a associação de 5 (cinco) ou mais 
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de 
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
C) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou 
mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão 
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos, 
ou que sejam de caráter transnacional. 
D) Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou 
mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão 
de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
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indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
E) Considera-se organização criminosa a associação de 3 (três) ou mais 
pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de 
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou 
indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de 
infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 3 (três) anos, 
ou que sejam de caráter transnacional. 
COMENTÁRIOS 
A lei n° 12.850/2013, em seu art. 1°, § 1° conceitua organização criminosa como 
sendo: a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada 
e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo 
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a 
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) 
anos, ou que sejam de caráter transnacional. 
GABARITO: letra D 
 
QUESTÃO 46 
Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil 
Durante investigação policial realizada para a elucidação de fatos 
relacionados à prática de crimes promovidos por uma grande organização 
criminosa, o policial Fábio, que estava acompanhando os delitos praticados 
por membros de tal organização, foi autorizado pelo Magistrado a retardar 
a prisão em flagrante em relação a alguns criminosos membros da 
organização e casos específicos relatados na decisão judicial, a fim de que a 
medida legal se concretizasse no momento mais eficaz à formação de provas 
e obtenção de informações. Nesse cenário, a Lei 12.850/13 previu 
expressamente alguns meios de obtenção de prova, conforme se observa 
nas alternativas a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 
A) captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos 
B) equipamentos e técnicas modernas de detecção e de repressão, para 
a realização de vigilância eletrônica e de entregas vigiadas 
C) acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados 
cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados 
D) acesso a informações eleitorais ou comerciaisCleyton Da Silva dias
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E) infiltração, por policiais, em atividade de investigação 
COMENTÁRIOS 
Vejamos os meios de obtenção de prova previstos no art. 3º, da Lei 
12.850/2013, que prevê, em seus incisos, os seguintes meios: 
“I - colaboração premiada; 
II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; 
III - ação controlada; 
IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais 
constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais 
ou comerciais; 
V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da 
legislação específica; 
VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação 
específica; 
VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11; 
VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e 
municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da 
instrução criminal.” 
GABARITO: letra B 
 
QUESTÃO 47 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), 
julgue: 
As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente 
ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo máximo de setenta 
e duas horas. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
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Nesse caso, o prazo máximo para o juiz decidir será de quarenta e oito horas, 
conforme o §1° do art. 7° da Lei n. 12.850/13. 
Art. 7º (...). § 1º As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas 
diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 48 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), 
julgue: 
A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a 
perda do cargo, da função, do emprego ou do mandato eletivo e a interdição 
para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de cinco anos 
subsequentes ao cumprimento da pena. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
A perda do cargo, da função, do emprego ou do mandato eletivo e a interdição 
para o exercício de função ou cargo público do funcionário público condenado, 
com trânsito em julgado, será pelo prazo de 08 (oito) anos subsequentes ao 
cumprimento da pena, nos termos do §6° do art. 1° da Lei n. 12.850/13. 
Art. 1º Esta Lei define organização criminosa e dispõe sobre a investigação 
criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o 
procedimento criminal a ser aplicado. 
(...) § 6º A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público 
a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o 
exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes 
ao cumprimento da pena. 
GABARITO: errado 
 
 
 
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QUESTÃO 49 
Prova: INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil 
À luz do disposto na Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), 
julgue: 
O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao 
colaborador, poderão ser suspensos por até um ano, prorrogável por igual 
período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-
se o respectivo prazo prescricional. 
[ ] CERTO [ ] ERRADO 
COMENTÁRIOS 
O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, 
poderão ser suspensos por até 6 (seis) meses, consoante o §3° do art. 4°da Lei n. 
12.850/13. 
Art. 4°. (...) § 3º O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos 
ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por 
igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, 
suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. 
GABARITO: errado 
 
QUESTÃO 50 
Prova: FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto 
A fim de obter informações sobre o funcionamento e identificar os demais 
integrantes de organização estruturalmente ordenada, contendo ao menos 
cinco membros, que praticava crimes de roubo de carga dentro do Estado 
do Rio Grande do Norte, a autoridade policial decidiu infiltrar um agente na 
referida organização. Diante de indícios que comprovavam as infrações e 
inexistindo outros meios para produção da referida prova, a realização de 
tal técnica de investigação por representação do delegado de polícia, 
prevista na Lei de Crime Organizado: 
A) será admitida, podendo ser realizada por prazo indeterminado; 
B) não será admitida, pois o delegado de polícia não possui legitimidade 
para representação; 
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C) será admitida, respondendo o agente infiltrado por eventuais 
excessos praticados com desvio de finalidade da investigação; 
D) será admitida, somente podendo o agente infiltrado abandonar a 
investigação mediante autorização judicial; 
E) não será admitida, pois a ausência de caráter transnacional da 
infração afasta a aplicação da Lei de Crime Organizado. 
COMENTÁRIOS 
O erro da alternativa "A" é que o prazo é de até 6 meses, sem prejuízo de 
eventuais renovações, desde que comprovada sua necessidade. 
O erro da alternativa "B" é que, ao contrário do que assertiva diz, o delegado de 
polícia tem legitimidade para representação, e ainda nesse sentido, será admitida 
a infiltração policial. 
O erro da alternativa "D" é que, de acordo com a literalidade do artigo 14, I, da 
Lei nº 12.850/13: "são direitos do agente: I - recusar ou fazer cessar a atuação 
infiltrada". Além disso, o artigo 12 da mesma lei, no parágrafo 3º, diz que: 
"Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado sofre risco iminente, a 
operação será sustada mediante requisição do MP ou pelo Delegado de Polícia, 
dando-se imediata ciência ao MP e à autoridade judicial.". 
O erro da alternativa "E" é que, ao contrário do que diz a afirmativa, será sim 
permitida a infiltração e o caráter transnacional não afasta a Lei 12.850/13. 
Alternativa “C” está correta e o artigo 13, caput, da lei 12.850/2013 traz de forma 
expressa a responsabilização do agente quando praticar atos com desvio de 
finalidade: 
“Art. 13. O agente que não guardar, em sua atuação, a devida proporcionalidade 
com a finalidade da investigação, responderá pelos excessos praticados. 
Parágrafo único. Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo 
agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa." 
GABARITO: letra C 
 
QUESTÃO 51 
Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia 
Federal 
Após ligação anônima, a polícia realizou busca em determinada casa, onde 
encontrou pessoas preparando pequenos pacotes de determinada 
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substância — aparentemente entorpecente —, os quais foram apreendidos, 
além de armas de fogo de alto calibre. Durante a diligência, o delegado, 
informalmente, realizou entrevistas com as pessoas que estavam no 
domicílio. Durante essas entrevistas, um dos indivíduos confessou a prática 
do delito e, posteriormente, colaborou com a identificação dos demais 
membros da organização criminosa. A partir das informações do 
colaborador, foi realizada uma ação controlada. 
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Devido à colaboração relevante do preso para a identificação da organização 
criminosa nos autos do inquérito policial, o delegado, com a manifestação 
do Ministério Público,

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