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Resumo n.º 02 – Aula 21/08/2024
PROCESSO COLETIVO COMO ESPÉCIE DE PROCESSO DE INTERESSE PÚBLICO: 
No âmbito dos litígios individuais, o processo é um veículo para ajustar disputas ente partes privadas a respeitos de direitos privados. Já os processos coletivos servem para o litígio de interesse público.
Isto é, tais demandas coletivas vão além de interesses meramente individuais, referindo-se à preservação da harmonia e à realização dos objetivos constitucionais da sociedade. Representam, portanto, interesses de uma parcela da comunidade constitucionalmente reconhecida, tais como consumidores, o meio ambiente, o patrimônio artístico, crianças e adolescentes, etc.
Obs.: E os “direitos das minorias” – não são minorias quantitativas, até porque não existem interesses minoritários. O que existe são direitos “marginalizados”, não possuindo voz.
O interesse público vai além do caráter público do processo civil, no sentido de pacificação social. Trata-se, em verdade, do interesse público primário, mediante ações cíveis de controle e realização das políticas públicas.
Fala-se no “litígio estratégico”, que não tem as ações coletivas como instrumento único, pois a ideia é articular para enfrentamento de um problema de violação grave a direitos humanos, englobando o uso de instrumentos administrativos, políticos e judiciais (Ex.: compromissos de ajuste de conduta). O resultado de um litígio estratégico não está na sentença ou acórdão... é a mobilização pré-processual que cria condições para a ação judicia e as mudanças institucionais que decorrem ao longo desse processo.
Interesse público primário x Interesse público secundário
O interesse público é primário é aquele que deverá nortear os órgãos do Poder Público (executivo, legislativo e judiciário). Assim, o interesse coletivo primário (ou simplesmente interesse público), é o complexo de interesses coletivos prevalente na sociedade.
O interesse secundário é composto pelos interesses que a Administração poderia ter como qualquer sujeito de direito (interesses subjetivos, patrimoniais.
Ex.: Remuneração do servidor (primário – adequada; secundário – menor possível)
Ex.: Vaga em escola – qual é o interesse coletivo? A obtenção de vaga ou a construção de mais escolas?
MICROSSISTEMA PROCESSUAL COLETIVO 
Com o aumento da complexidade das relações jurídica, passa-se por um processo de modificação nos ordenamentos jurídicos dos Estados modernos, caracterizado pela ruptura de um modelo jurídico centrado em códigos. A partir disso, tem-se a recodificação e a edição de leis especiais.
Neste contexto, existe um microssistema processual para a tutela coletiva.
Diferentemente do Código de 1973, o CPC 2015 se mostra um sistema aberto, flexível, o qual dialoga com a CF e outros sistemas processuais, fazendo menção expressa às ações coletivas:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias;
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais;
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais;
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso;
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais;
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se referem o art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985 , e o art. 82 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 , para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva.
E no incidente de resolução de demandas repetitivas:
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .
§ 1º Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
§ 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
O CDC (lei 8078/90), ao alterar a lei 7347/85 (LACP), atuou como verdadeiro agente unificador e harmonizador, empregando e adequando à sistemática processual vigente do CPC e da LACP, para defesa de direitos difusos, coletivos e individuais, criando um microssistema processual para as ações coletivas.
Dessa forma, no que for compatível, seja para a ação popular, a ação civil pública, a ação de improbidade administrativa e mesmo o mandado de segurança coletivo, aplica-se o título III do CDC.
Art. 117/CDC. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
"Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor".
Existem vários instrumentos processuais disponíveis à tutela dos direitos coletivos. O problema deve ser visto sob duas perspectivas: a) das demandas que podem ser propostas e , b) dos procedimentos que podem ser adotados.
O art. 83 do CDC consagra o princípio da atipicidade da demanda coletiva, permitindo que sejam propostas toda as espécies de ações (condenatórias, meramente declaratórias e constitutivas), pouco importando a classificação que se adote.
O rol da LACP, que previa ações específicas conforme a tutela pretendida foi ampliado.
Há um procedimento padrão que é previsto de forma integrada pela LACP e CDC. Seria o “procedimento comum” da tutela coletiva.
Além disso existe o procedimento especial do mandado de segurança coletivo (aplicação da lei 12.016/2009, com ressalva de necessidade de observação do regramento da coisa julgada coletiva); existe o rito da ação popular (lei 4717/1965) e as ações previstas no cdc para proteção dos direitos individuais homogêneos (art. 91-100/CDC), como também o mandado de injunção coletivo (lei 13.300/2016) e a ação de improbidade administrativa (lei 8429/1992), dentre outros.
v. lei anticorrupção – v. estatuto da pessoa com deficiência
Interesses Metaindividuais:
Art. 17º CPC – Interesse é a necessidade-utilidade + adequação da via eleita.
Art. 18º CPC – cuida da legitimação ordinária (somente o próprio interessado pode demandar)
Ex.: Mas quem teria interesse em um Meio Ambiente saudável? Todos nós.
Ocorre que esse interesse não consegue ser fracionado entre os interessados, justamente porque eu não sei quem são. Portanto, como superar aludido obstáculo, tendo em vista os dispositivos legais acima elencados?
É neste contexto que em 1985 surge a Lei da Ação Civil Pública (Lei 7347/85)
Os interesses metaindividuais possuem as seguintes modalidades:
a) interesses difusos;
b) interesses coletivos;
c) interesses individuais homogêneos.Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
Interesse difuso (características):
a) dispersão dos interessados – é a impossibilidade de identificação dos interessados. Não consigo determinar o quanto do interesse cabe a cada um.
Ex.: publicidade enganosa, segurança e saúde frente a bem ou serviço perigoso, etc.
b) Circunstância fática – é um “fato da vida”. Independe de manifestação de vontade. Ex. vazamento radioativo.
c) Indivisibilidade – No aspecto quantitativo significa a impossibilidade de dividir. No aspecto qualitativo, se ofender o interesse de um, estarei ofendendo o direito de todos.
Interesse coletivo (sentido estrito):
a) interesses identificáveis – não há dispersão.
b) relação jurídica comum – a união decorre dessa relação jurídica base. São próprios de categorias, grupos e classes.
c) Indivisibilidade – o que pertence a um pertence a todos.
Ex.: AUMENTO ABUSIVO DE MENSALIDADE DE PLANO DE SAÚDE
Interesse individual homogêneo: 
Tem natureza jurídica de interesse individual. Nesta espécie de interesse não se encontra presente a consequência característica da indivisibilidade. São interesses divisíveis. Eu consigo saber o que cabe a cada um.
Encontram-se reunidos por essa categoria de interesses os integrantes determinados ou determináveis de grupo, categoria ou classe de pessoas que compartilham prejuízos divisíveis, oriundos das mesmas circunstâncias de fato. O maior interesse foi a economia processual, possibilitando que esses interesses sejam analisados em bloco, possibilitando melhor acesso ao judiciário.
Caracteres:
a) divisibilidade
b) os interessados são facilmente identificáveis
c) união fática.
O ponto comum entre os interesses coletivos e os interesses individuais homogêneos é que ambos reúnem grupo, categoria ou classe de pessoas. Já em relação aos direitos difusos, o ponto comum dos interesses individuais homogêneos decorre de ambos se originarem de circunstâncias de fato comuns.
Exemplo: compra de veículo que em um determinado lote teve defeito de fabricação. 
Resumo n.
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Aula 
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PROCESSO COLETIVO COMO ESPÉCIE DE PROCESSO DE INTERESSE PÚBLICO: 
 
 
No âmbito dos litígios individuais, o processo é um veículo para ajustar disputas ente 
partes privadas a respeitos de direitos privados. Já os processos coletivos servem 
par
a 
o 
litígio 
de interesse público.
 
 
Isto é, tais demandas coletivas vão além de interesses meramente individuais, 
referindo
-
se à preservação da harmonia e à realização dos objetivos constitucionais 
da sociedade. Representam, portanto, interesses de uma pa
rcela da comunidade 
constitucionalmente reconhecida, tais como consumidores, o meio ambiente, o 
patrimônio artístico, crianças e adolescentes, etc.
 
 
Obs.: 
E os 
“direitos das minorias” 
–
 
não são minorias quantitativas, até porque não 
existem interesses minor
itários. O que existe são direitos 
“
marginalizados
”
, não 
possuindo voz.
 
 
O interesse público vai al
ém do caráter público do processo civil, no sentido de 
pacificação social. Trata
-
se, em verdade, do interesse público primário, mediante 
ações cíveis de contro
le e realização das políticas públicas.
 
 
Fala
-
se no “
litígio estratégico
”, que não tem as ações coletivas como instrumento 
único, pois a ideia é articular para enfrentamento de um problema de violação grave 
a direitos humanos, englobando o uso de instrumen
tos administrativos, políticos e 
judiciais (Ex.: 
compromissos de ajuste de conduta). O resultado de um litígio 
estratégico não está na sentença ou acórdão... é a mobilização pré
-
processual que 
cria condições para a ação judicia e as mudanças institucionais
 
que decorrem ao 
longo desse processo.
 
 
Interesse público primário x Interesse público secundário
 
 
O interesse público é primário é aquele que deverá nortear os órgãos do Poder 
Público (executivo, legislativo e judiciário). Assim, o interesse coletivo prim
ário (ou 
simplesmente interesse público), é o complexo de interesses coletivos prevalente na 
sociedade.
 
 
O interesse secundário é composto pelos interesses que a Administraç
ão
 
poderia ter 
como qualquer sujeito de direito (interesses subjetivos
, patrimoniais
.
 
 
Ex.: Remuneração do servidor (primário 
–
 
adequada; secundário 
–
 
menor possível)
 
Resumo n.º 02 – Aula 21/08/2024 
 
PROCESSO COLETIVO COMO ESPÉCIE DE PROCESSO DE INTERESSE PÚBLICO: 
 
No âmbito dos litígios individuais, o processo é um veículo para ajustar disputas ente 
partes privadas a respeitos de direitos privados. Já os processos coletivos servem 
para o litígio de interesse público. 
 
Isto é, tais demandas coletivas vão além de interesses meramente individuais, 
referindo-se à preservação da harmonia e à realização dos objetivos constitucionais 
da sociedade. Representam, portanto, interesses de uma parcela da comunidade 
constitucionalmente reconhecida, tais como consumidores, o meio ambiente, o 
patrimônio artístico, crianças e adolescentes, etc. 
 
Obs.: E os “direitos das minorias” – não são minorias quantitativas, até porque não 
existem interesses minoritários. O que existe são direitos “marginalizados”, não 
possuindo voz. 
 
O interesse público vai além do caráter público do processo civil, no sentido de 
pacificação social. Trata-se, em verdade, do interesse público primário, mediante 
ações cíveis de controle e realização das políticas públicas. 
 
Fala-se no “litígio estratégico”, que não tem as ações coletivas como instrumento 
único, pois a ideia é articular para enfrentamento de um problema de violação grave 
a direitos humanos, englobando o uso de instrumentos administrativos, políticos e 
judiciais (Ex.: compromissos de ajuste de conduta). O resultado de um litígio 
estratégico não está na sentença ou acórdão... é a mobilização pré-processual que 
cria condições para a ação judicia e as mudanças institucionais que decorrem ao 
longo desse processo. 
 
Interesse público primário x Interesse público secundário 
 
O interesse público é primário é aquele que deverá nortear os órgãos do Poder 
Público (executivo, legislativo e judiciário). Assim, o interesse coletivo primário (ou 
simplesmente interesse público), é o complexo de interesses coletivos prevalente na 
sociedade. 
 
O interesse secundário é composto pelos interesses que a Administração poderia ter 
como qualquer sujeito de direito (interesses subjetivos, patrimoniais. 
 
Ex.: Remuneração do servidor (primário – adequada; secundário – menor possível)

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