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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL Aluno: Componente Curricular: Métodos de Estudo e Pesquisa II Professor (es): Período: 202302 Turma: Data: N1 ESPECÍFICA MEP 2_03OUT2023.2 RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA PROVA 09410 - CADERNO 001 1ª QUESTÃO Enunciado: Observe a tabela abaixo. Fonte: SANTOS, C.F.P.S. et al. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER EM CONTEXTO DE PANDEMIA DA COVID-19: UMA ANÁLISE DO QUANTITATIVO DE REGISTROS DE OCORRÊNCIAS. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 10(1):508–521, 2023. A partir da leitura da tabela e considerando os valores de média e desvio padrão de registros de violência contra a mulher, por semestre, em Belém-Pará, analise as afirmações abaixo. I. A média da quantidade de registros de violência contra à mulher/dia foi maior no 1º Semestre de 2018 - CIOP, quando comparado com 1º Semestre de 2018 – DEAM. II. O 2º Semestre de 2018 – DEAM apresentou uma menor variabilidade para a média da quantidade de registros/dia quando comparado com o 1º Semestre de 2019 – DEAM. III. Para todo o período do estudo (1º Semestre de 2018 até 1º Semestre de 2020) o CIOP teve uma maior quantidade de registros/dia quando comparado com o DEAM. É correto o que se afirma em 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 1 de 14 Alternativas: (alternativa A) I, II e III. (alternativa B) (CORRETA) I e III. (alternativa C) II e III. (alternativa D) I e II. Resposta comentada: Itens I e III corretos: considerando os valores de médias e desvio padrão quando comparado CIOP e DEAM, não apenas o primeiro semestre, mas todos os valores foram maiores no Centro Integrado de Operações. Quanto ao item II, está errado pois o valor do desvio padrão do 2º Semestre de 2018 – DEAM (dp= 39,8) é maior que o 1º Semestre de 2019 – DEAM (18,5), indicando que o segundo semestre tem maior variabilidade para a média de registros. REFERÊNCIA MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. 2ª QUESTÃO 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 2 de 14 Enunciado: Um estudo experimental buscou investigar a influência da música clássica no comportamento exploratório de ratas em comparação ao som ambiente. A Figura 1 mostra os resultados da comparação entre dois grupos: grupo Clássica (ratas previamente expostas à música clássica por 30 dias); grupo Controle (ratas expostas ao som ambiente). Foi posteriormente avaliado o comportamento dos animais quanto à exploração de objetos. Com relação à Figura 1, afirma-se: I. A mediana do grupo Clássica apresenta valor maior do que o quartil 3 do grupo controle. PORQUE II. O dado de maior valor do grupo controle é o outlier. Analise as asserções acima e assinale a alternativa correta. Alternativas: (alternativa A) As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa da I. (alternativa B) (CORRETA) As asserções I e II são verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa da I. (alternativa C) As asserções I e II são falsas. (alternativa D) A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa. 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 3 de 14 Resposta comentada: A mediana do grupo Clássica é 75; já o quartil 3 do grupo controle é 45. Dessa forma, a asserção I é verdadeira. O dado de maior valor do grupo Controle é aproximadamente 95, ou seja, o valor do outlier. Dessa forma, a asserção II também é verdadeira, entretanto, no gráfico a interpretação do grupo Clássica não depende do valor outlier do grupo controle. Desta forma, a resposta correta é que a que afirma que as asserções I e II são verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa da I. REFERÊNCIAS MOORE, D.; NOTZ, W. I.; FLIGNER, M. A. A estatística básica e sua prática. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521634294. 3ª QUESTÃO Enunciado: Goraieb (2005) avaliou o comportamento da resistência da via aérea nos pacientes portadores de cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonar submetidos a tratamento cirúrgico com auxílio extracorpóreo em sua dissertação apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto para obtenção do título de mestrado em Medicina Interna. A amostra foi composta por trinta e cinco pacientes e seus dados foram sumarizados no gráfico abaixo: Figura 1. Box-plot de Índice de Resistência Pulmonar (IRP), de acordo com os subgrupos de tempo de perfusão. Com base no gráfico acima, é correto afirmar que 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 4 de 14 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) a variação do IRP nos pacientes com tempo de perfusão acima de 50 minutos foi superior aos pacientes com tempo de perfusão de até 50 minutos. (alternativa B) a mediana do segundo tempo de perfusão, do grupo acima de 50 minutos, foi maior que o primeiro tempo de perfusão, do mesmo grupo. (alternativa C) a mediana do quarto tempo de perfusão, do grupo até 50 minutos, foi menor que o terceiro tempo de perfusão, do mesmo grupo. (alternativa D) os outliers são dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, sendo que estes dados de ambos os grupos de tempo de perfusão são iguais. Resposta comentada: A única alternativa correta é aquela que aponta que a variação do IRP nos pacientes com tempo de perfusão acima de 50 minutos foi superior aos pacientes com tempo de perfusão de até 50 minutos. Os outliers são dados que se diferenciam drasticamente de todos os outros, sendo que estes dados de ambos os grupos de tempo de perfusão são diferentes. a mediana do quarto tempo de perfusão, do grupo até 50 minutos, foi oi igual à do terceiro tempo de perfusão, do mesmo grupo. A mediana do segundo tempo de perfusão, do grupo acima de 50 minutos, foi igual à do primeiro tempo de perfusão, do grupo acima de 50 minutos. REFERÊNCIAS MOORE D, NOTZ WI, FLIGNER MA. A Estatística Básica e sua Prática. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. GORAIEB, Lilian. Comportamento pulmonar nos portadores de cardiopatias congênitas com hiperfluxo pulmonar após tratamento cirúrgico. 2005. 96 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, 2005. 4ª QUESTÃO Enunciado: Um grupo de pesquisadores está investigando uma possível associação entre o uso prolongado de telefones celulares e o desenvolvimento de uma condição de saúde ocular chamada "Cegueira Noturna Digital" em adultos jovens. Eles recrutaram 150 indivíduos diagnosticados com Cegueira Noturna Digital e 150 indivíduos da mesma faixa etária e sexo, mas sem a condição. Os pesquisadores então coletaram informações detalhadas sobre a frequência e duração do uso de telefones celulares de cada grupo e compararam os resultados. A pesquisa acima pode ser identificada como um estudo epidemiológico do tipo 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 5 de 14 Alternativas: (alternativa A) coorte. (alternativa B) (CORRETA) caso-controle. (alternativa C) ecológico. (alternativa D) transversal. Resposta comentada: Neste cenário, os pesquisadores selecionaram indivíduos com a condição de interesse (Cegueira Noturna Digital) e um grupo de controle sem a condição e, em seguida, investigaram retroativamente o histórico de exposição (uso prolongado de telefones celulares) para avaliar a associação entre a exposição e a condição de saúde. Isso é característico de um estudo epidemiológico do tipo caso-controle. REFERÊNCIAS MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2009. 5ª QUESTÃO Enunciado: A compreensão dos diferentes tipos de estudos observacionais é essencial para avaliar e interpretar adequadamente os resultados da pesquisa. Abaixo estão dois exemplos de estudos observacionais conduzidos em diferentes contextos. Texto 1 Um grupo de pesquisadores acompanhou um grande conjunto de indivíduos ao longo de um período de dez anos. Eles registraram informações detalhadas sobre seushábitos alimentares, estilo de vida, histórico médico e fatores ambientais. Ao final do estudo, eles analisaram a ocorrência de doenças cardiovasculares nos participantes e buscaram correlações entre os fatores de risco identificados e o desenvolvimento dessas doenças. Texto 2 Em um hospital, um grupo de pesquisadores examinou os prontuários médicos de pacientes que haviam sido diagnosticados com uma doença pulmonar específica nos últimos cinco anos. Eles coletaram informações sobre os fatores de exposição, como histórico de tabagismo, exposição a poluentes do ar e ocupação, e compararam esses fatores entre os pacientes com a doença e um grupo controle de pacientes saudáveis. Considerando as informações acima, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Identifique o tipo de estudo epidemiológico do Texto 1 e do Texto 2. (0,5 ponto) b) Explique as características principais de cada tipo de estudo (considere como os estudos são conduzidos, quais são os objetivos específicos de cada tipo de estudo e quais informações podem ser obtidas a partir deles). (1,0 ponto) Alternativas: -- 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 6 de 14 Resposta comentada: a) Texto 1: Estudo de Coorte ou de Coorte prospectivo (0,25 ponto). Texto 2: Estudo de Caso-Controle (0,25 ponto). b) Texto 1: Estudo de Coorte (0,5 ponto) O primeiro texto descreve um exemplo de estudo de coorte, um tipo de estudo observacional que envolve o acompanhamento de um grupo de indivíduos ao longo do tempo para avaliar a relação entre exposições específicas e o desenvolvimento de resultados de interesse, como doenças. A principal característica do estudo de coorte é o acompanhamento longitudinal dos participantes, permitindo a identificação de relações de causa e efeito ao longo do tempo. Adicionalmente, esses estudos podem ser prospectivos, onde os indivíduos são acompanhados a partir do momento em que ainda não têm a condição de interesse, como no caso do estudo apresentado no texto 1, ou retrospectivos, onde os indivíduos são selecionados com base em sua condição atual e seu histórico passado é avaliado retrospectivamente. Texto 2: Estudo de Caso-Controle (0,5 ponto) O segundo texto ilustra um exemplo de estudo de caso-controle, um tipo de estudo observacional que compara um grupo de indivíduos com uma doença específica (casos) a um grupo sem a doença (controles), buscando identificar associações entre fatores de exposição e a ocorrência da doença. O estudo de caso-controle é caracterizado por sua abordagem retrospectiva, em que os pesquisadores coletam informações sobre exposições passadas em relação aos casos e aos controles. REFERÊNCIAS MEDRONHO, R. A. (Ed.). Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. ROTHMAN, Kenneth J. Epidemiology: An Introduction. Oxford University Press, 2012. VICTORA, Cesar G. Epidemiologia: Princípios e Métodos. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. ISBN: 978-8582713851. 6ª QUESTÃO 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 7 de 14 Enunciado: Sabe-se que uma variável pode assumir valores diferentes para indivíduos diferentes. Dessa forma, analise o trecho abaixo: No site do Census Bureau, podem-se ver, em detalhes, os dados coletados pela Pesquisa da Comunidade Americana, embora, naturalmente, as identidades das pessoas e das unidades residenciais sejam protegidas. Se escolhermos o arquivo de dados sobre pessoas, os indivíduos são as pessoas que buscaram serviços assistênciais em hospitais. Mais de 100 variáveis foram registradas para cada indivíduo. Traduzindo as abreviaturas do Census Bureau, as variáveis são as seguintes: NOSERIAL: Um número identificador da unidade residencial. PESO: Peso, em libras. IDADE: Idade, em anos e meses. TEMPO DE VIAGEM: Tempo no trajeto para o trabalho, em minutos. ESCOLARIDADE: Grau mais elevado de escolarização. As categorias são designadas por números. Por exemplo, 9 = graduado no Ensino Médio, 10 = algum estudo de terceiro grau, mas sem diploma, e 13 = grau de bacharel. SEXO: Sexo, designado por 1 = masculino e 2 = feminino. RENDA: Salário e renda no último ano, em dólares. Considerando as variáveis apresentadas leia as afirmações: I. Além do número de série da residência, há seis variáveis. Escolaridade e sexo são variáveis quantitativas ordinais. II. As variáveis peso, idade, tempo de viagem e renda, são quantitativas contínuas e seus valores têm unidades. III. Uma variável quantitativa assume valores numéricos com os quais faz sentido efetuarem-se operações aritméticas, tais como cálculo de médias. Elas são classificadas em nominais e ordinais. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) II e III. (alternativa B) I e II. (alternativa C) (CORRETA) II, apenas. (alternativa D) III, apenas. 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 8 de 14 Resposta comentada: Considerando as variáveis apresentadas leia as afirmações: I - Além do número de série da residência, há seis variáveis. Escolaridade e sexo são variáveis quantitativas ordinais. (Errado, pois, os valores para essas variáveis são registrados como números, mas estes são apenas rótulos para as categorias e não têm unidades de medida. São variáveis qualitativas, escolaridade qualitativa ordinal e sexo qualitativa nominal (p. 13). II - As variáveis peso em libras, idade em anos, tempo de viagem em minutos e renda em dólares, são quantitativas e seus valores têm unidades (Verdadeiro, p. 13) III - Uma variável quantitativa assume valores numéricos com os quais faz sentido efetuarem-se operações aritméticas, tais como cálculo de médias. Elas são classificadas em nominais e ordinais. (Errado, são classificadas como discretas ou contínuas). (MOORE, pgs. 12 e 240 e VIEIRA, p. 2). REFERÊNCIAS MOORE, David S.; NOTZ, William I.; FLINGER, Michael A. A Estatística Básica e sua Prática. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521634294/. VIEIRA, Sônia. Introdução à Bioestatística. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158566/. 7ª QUESTÃO Enunciado: O termo coorte tem origem na área militar, onde correspondia ao agrupamento de 300 a 600 soldados do exército romano. Analogamente, o estudo de coorte consiste no acompanhamento de grupos de pessoas marchando prospectivamente a partir de um determinado momento, sendo expostos a um ou mais fatores de risco. O estudo de coorte compara experiências de grupos expostos e não expostos a um determinado fator. Todos os participantes (expostos e não expostos) de um estudo de coorte devem estar sob risco de desenvolver o desfecho/doença de interesse. Por exemplo, "pacientes histerectomizadas têm risco nulo de desenvolver câncer de útero, portanto, não deveriam ser incluídas em um estudo de coorte cujo desfecho seja câncer neste órgão." Fonte: SUZUMURA, Erica Aranha et al.. Como avaliar criticamente estudos de coorte em terapia intensiva? Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 20, p. 93-98, 2008. Com base o texto acima, caso o pesquisador escolhesse pacientes histerectomizadas, seu estudo estaria sujeito a um viés de 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 9 de 14 Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) seleção. (alternativa B) informação. (alternativa C) aferição. (alternativa D) confusão. Resposta comentada: O viés ao qual o estudo estaria sujeito caso o pesquisador escolhesse pacientes histerectomizadas seria o VIÉS DE SELEÇÃO, que é aquele que ocorre quando a amostra do estudo não é representativa da população. Para um estudo que tem como objetivo avaliar o risco de desenvolver câncer uterino, a amostra precisa incluir pessoas que tenham útero, já que o risco é nulo naquelas que já não têm mais o órgão e isso poderia causar uma distorção nos dados. VIÉS DE CONFUSÃO é uma distorção que modifica uma associação entre uma exposição e um desfecho porque um fator é associado, de modo independente, tanto à exposição e quantoao desfecho. VIÉS DE AFERIÇÃO (ou avaliação) ocorre quando os métodos de medida diferem entre os grupos. VIÉS DE INFORMAÇÃO Resulta de definições inadequadas das variáveis de estudo ou de erros nos procedimentos de coleta de dados, geram erros de classificação dos indivíduos quanto à presença da exposição e/ou do desfecho. FLETCHER, Grant S. Epidemiologia Clínica: Elementos Essenciais. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2021. E-book. 9786558820161. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558820161/. Acesso em: 15 ago. 2023. Erros Aleatórios e Sistemáticos - Bioestatística #6 - https://www.youtube.com/watch? v=I_8CkR2wyrQ&list=PL4FYZV6D01K9HXDmsfoxzb4rYgpAupzPL&index=8&ab_channel=Rog%C3%A9rioAnton 8ª QUESTÃO 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 10 de 14 Enunciado: Uma determinada Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Guanambi/BA, em 31/10/2022, registrou 470 casos de diabetes. Nessa localidade, durante o ano de 2023, foram diagnosticados 60 novos casos dessa doença entre seus habitantes. Neste ano, 8 pessoas, já com diabetes, mudaram-se para esta cidade e 55 pessoas faleceram pela doença. A população estimada de Guanambi era de 100.000 habitantes. Ante o exposto, examine os itens a seguir. I. Em 2023, a Incidência de Diabetes era de 0,06%. II. Em 2022, a prevalência de Diabetes era de 0,47%. III. Em 2023, a prevalência de Diabetes era de 4,8%. É correto apenas o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) II e III. (alternativa B) (CORRETA) I e II. (alternativa C) I, apenas. (alternativa D) III, apenas. Resposta comentada: Com base nos cálculos apresentados abaixo, a única resposta correta é aquela que inclui as afirmações I e II. Incidência em 2023 = [60 (casos novos) ÷100.000] x100= 0,06% Prevalência em 31/12/2022 = [470 (casos totais) ÷ 100.000] x100 = 0,47% Prevalência em 31/12/2023 = (483 ÷ 100.000) x 100 = 0,483% Cálculo para chegar na prevalência de 2023: 470 (2022) + 60 (casos novos) + 8 (imigrantes diabéticos) – 55 (óbitos entre diabéticos) = 483 (casos existentes em 31/12/2023) REFERÊNCIAS LIMA-COSTA, Maria Fernanda; BARRETO, Sandhi Maria. Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e serviços de saúde, v. 12, n. 4, p. 189-201, 2003. MEDRONHO, R. A. (Ed.). Epidemiologia. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2008. TOASSI, Ramona Fernanda Ceriotti; PETRY, Paulo Cauhy. Metodologia Científica aplicada à área da Saúde. 2021. 9ª QUESTÃO 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 11 de 14 Enunciado: Um estudo epidemiológico foi realizado em uma determinada região durante um ano (2021 a 2022) para analisar o perfil epidemiológico da dengue. Durante esse período, foram registrados os seguintes dados: - Número de novos casos de dengue diagnosticados = 150. - População média da região durante o ano = 31.000 habitantes (levando em conta as flutuações populacionais ao longo do ano) Considerando as informações acima, faça o que se pede nos itens a seguir. a) Identifique e cite as principais características da medida de frequência de doença mais apropriada para descrever os casos de dengue nesse estudo. (0,75 ponto) b) Calcule o valor da medida de frequência (definida no item anterior) para a dengue na referida região durante o ano e apresente o resultado utilizando o número de casos a cada 1.000 habitantes. (0,75 ponto) Alternativas: -- Resposta comentada: a) A medida de frequência de doença mais apropriada para calcular a distribuição dos casos da dengue nesse estudo é a Incidência (0,25 ponto). Isso porque a Taxa de Incidência leva em consideração a população em risco durante o período em questão, o que é crucial para comparar a frequência da doença entre diferentes populações e períodos de tempo, e também é mais indicada para descrever doenças agudas/transmissíveis, uma vez que leva em consideração os casos novos da doença, prevendo então a probabilidade de novos indivíduos apresentarem o agravo (0,5 ponto). Como no caso da dengue as pessoas passam um curto período de tempo doentes, a medida de prevalência não seria tão adequada, já que é mais aplicávelnos casos onde as pessoas passam um maior período de tempo com a doença, como nas doenças crônicas, por exemplo. b) Taxa de Incidência = Número de Novos Casos / População Média em risco de adoecimento) x 1.000 Número de Novos Casos = 150 População Média = 31.000 Taxa de Incidência = (150 / 31.000) x 1.000 = 4,84 casos a cada 1.000 habitantes. Portanto, a incidência da dengue na região durante o ano foi de, aproximadamente 5 (4,8 ou 4,84) casos a cada 1.000 habitantes. Isso significa que, a cada 1.000 habitantes da população, houve cerca de 5 novos casos de dengue durante o período de um ano. (0,75 ponto) REFERÊNCIAS MARTINS, A.D.Á.B. et al. Epidemiologia. Porto Alegre: SAGAH, 2018. 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 10ª QUESTÃO 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 12 de 14 Enunciado: “Há inúmeras passagens na literatura brasileira sobre epidemias, especialmente a febre amarela, a varíola, a gripe espanhola e, mais recentemente HIV-Aids, seja como pano de fundo e contexto, seja quase como um personagem. De Machado de Assis a Caio Fernando de Abreu, passando por João do Rio, Erico Verissimo e Pedro Nava, entre muitos outros, epidemias e pandemias estão presentes nas várias expressões da cultura brasileira e latino-americana. Resultam de experiências que, ao mesmo tempo, são individuais e coletivas, subjetivas e realistas, singulares e universais que têm sido crescentemente escrutinadas por historiadores e historiadoras, especialmente diante da mesma perplexidade produzida pela pandemia de COVID-19” (Rochman; Birn, 2021). Fonte: HOCHMAN, G.; BIRN, A.-E.. Pandemias e epidemias em perspectiva histórica: uma introdução. Topoi (Rio de Janeiro), v. 22, n. 48, p. 577–587, set. 2021. Considerando a abordagem relatada pelos autores e sobre Epidemiologia, avalie as informações a seguir: I. Epidemia é a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso, em determinada área geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa área. II. Endemia é doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. III. Pandemia é epidemia de grandes proporções, atingindo grande número de pessoas em uma grande área geográfica (um ou mais continentes). IV. Endemia é a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso, em determinada área geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa área. É correto o que se afirma em Alternativas: (alternativa A) (CORRETA) III e IV, apenas. (alternativa B) II, III e IV. (alternativa C) I, II e III. (alternativa D) I e III, apenas. 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 13 de 14 Resposta comentada: A única resposta correta está nas afirmativas III e IV, visto que: Endemia: é a ocorrência habitual de uma doença ou de um agente infeccioso, em determinada área geográfica; pode significar, também, a prevalência usual de determinada doença nessa área. Epidemia: é doença geralmente infecciosa, de caráter transitório, que ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. Pandemia: é epidemia de grandes proporções, atingindo grande número de pessoas em uma grande área geográfica (um ou mais continentes). REFERÊNCIA MARTINS, Amanda Á.B. et al. Epidemiologia. Grupo A, 2018. E-book. ISBN 9788595023154. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595023154/. 000094.100016.74e436.94f5f6.926e0f.694abe.66dbc7.a868b Pgina 14 de 14