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Tema: Impacto da Atividade Física na Coordenação Motora em Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) Introdução Este trabalho explora a eficácia da atividade física na melhora da coordenação motora em crianças com TEA, baseado em uma revisão sistemática e meta-análise recente. A pesquisa sobre o impacto da fisioterapia e outras intervenções físicas é crucial para auxiliar profissionais de saúde a desenvolverem práticas mais eficazes e inclusivas. Metodologia de Busca A busca inicial foi realizada nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando as palavras-chave "systematic review," "physical therapy," "autism," e "motor coordination". Essa combinação visou encontrar revisões sistemáticas que investigassem o efeito de intervenções de atividade física em indivíduos com TEA, com um foco particular na coordenação motora e habilidades motoras gerais. Metodologia do Artigo Selecionado O artigo selecionado, uma revisão sistemática com meta-análise publicada na International Journal of Environmental Research and Public Health (2022), incluiu cinco estudos clínicos randomizados e foi realizado com um alto rigor metodológico. Foram consultadas várias bases de dados para garantir a abrangência, como MEDLINE, SciELO, PEDro e CINAHL. A qualidade metodológica foi avaliada com a escala de Jadad, e o risco de viés foi analisado pela ferramenta da Cochrane. A meta-análise foi realizada com o software RevMan, e a ferramenta GRADE foi usada para verificar a qualidade das evidências. Os autores contemplaram de forma eficaz os critérios essenciais de uma revisão sistemática ao incluir uma análise detalhada do risco de viés e da qualidade dos estudos. Apesar de pequenas limitações, como o pequeno número de estudos incluídos, os métodos são bem delineados e oferecem uma base sólida para interpretar os achados. Síntese das Evidências A meta-análise concluiu que, estatisticamente, a atividade física não mostrou melhorias significativas na coordenação motora das crianças com TEA em comparação com os grupos de controle (p = 0,12). No entanto, os autores destacaram que a atividade física ainda pode oferecer benefícios em outras áreas de desenvolvimento, especialmente na socialização e na promoção da independência e do bem-estar geral. Aplicação das Evidências na Prática Clínica Na prática clínica, esses resultados indicam que, embora o impacto direto da atividade física na coordenação motora possa ser limitado, é importante considerar os benefícios indiretos para o desenvolvimento de crianças com TEA. A implementação de atividades físicas adaptadas e estruturadas pode promover uma maior socialização, desenvolver habilidades motoras globais e apoiar o bem-estar emocional. Como fisioterapeuta, é possível adotar uma abordagem multidisciplinar que incorpore atividades físicas, adaptando-as às necessidades de cada criança. Por exemplo, atividades de equilíbrio e coordenação leve podem ser introduzidas gradualmente, priorizando o desenvolvimento de habilidades motoras gerais e proporcionando um ambiente inclusivo e estimulante. Referencia. https://doi.org/10.3390/ijerph192114081