Logo Passei Direto
Buscar

20190604225427_2017 X__TCC_John_Almeida_-_Anlise_de_Riscos_em_Fbricas_de_Artefatos_De_Cimento_do_Municpio_de_Cruz_Das_Almas__Ba (1) (1)

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
 
JOHN HEBERT DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE RISCOS EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO 
DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS - BA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZ DAS ALMAS – BA 
2017 
	
	
JOHN HEBERT DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE RISCOS EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO 
DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS - BA 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas 
da Universidade Federal do Recôncavo da 
Bahia como parte dos requisitos para obtenção 
do título de Bacharel em Ciências Exatas e 
Tecnológicas. 
 
Orientador: Prof. M.Sc. Gilmar Emanoel Silva 
de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRUZ DAS ALMAS – BA 
2017 
	
	
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS 
 
 
 
JOHN HEBERT DA SILVA ALMEIDA 
 
 
 
ANÁLISE DE RISCOS EM FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO 
DO MUNICÍPIO DE CRUZ DAS ALMAS - BA 
 
 
Aprovado em: _____/_____/_____ 
 
 
EXAMINADORES: 
 
 
______________________________________________________________ 
Prof. M.Sc. Gilmar Emanoel Silva de Oliveira (Orientador) 
 
 
______________________________________________________________ 
Prof. M.Sc. Cleidson Carneiro Guimarães 
 
 
______________________________________________________________ 
Prof. Dr. Renê Medeiros de Souza 
 
 
CRUZ DAS ALMAS – BA 
2017 
	
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico aos meus pais, que tanto me apoiaram 
e sempre acreditaram nos meus sonhos. 
	
	
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente, a Deus por sempre ter me amparado e guiado nos momentos da minha jornada 
até hoje. 
Aos meus pais e meu irmão por sempre estarem ao meu lado, me incentivando pela busca ao 
conhecimento, minha independência e meus sonhos. Sempre me apoiando e garantindo que o 
necessário não me falte. Obrigado por todo o suporte. Amo vocês! 
A Elton, Bruna, Tamiles, Manu, Elisa, Felipe, Paulinho, Renata, Julio, Alice, Ruan, Vitor e 
tantos outros que de certa forma, contribuíram para esta minha conquista. Não só nos 
momentos de alegria e descontração, mas nos momentos de preocupação e tristeza, nos 
momentos que pensei que não fosse conseguir. 
À Laryssa, Aline, Alexandre, Brenno, Caio, Marcello e Lucas por terem se tornado a minha 
família no intercâmbio. Sempre cuidando um do outro pra que nunca faltasse afeto e carinho 
durante esse período longe de casa. Mesmo distantes, vocês ainda fazem parte da minha vida. 
Ao meu orientador Gilmar Emanoel por todo o apoio, paciência e palavras de sabedoria. 
Sempre me motivando, mostrando o meu potencial e torcendo pelo meu sucesso pessoal e 
profissional. Sem a sua ajuda, este trabalho não teria sido o mesmo. 
Aos professores que me incentivam cada vez mais em busca do sonho com seus conselhos. 
À minha família que, mesmo distante, sempre torce pelo meu sucesso e minha felicidade. 
O meu carinho e gratidão a todos aqueles que incentivaram e contribuíram nessa minha 
conquista. 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Sonhos determinam o que você quer. Ação 
determina o que você conquista.” 
 
(Aldo Novak) 
	
	
RESUMO 
 
 
Diante da conjuntura econômica atual do Brasil, diversas empresas precisam vencer a 
competitividade a fim de garantir a sobrevivência no mercado, onde uma gama de fatores 
acaba influenciando também os sistemas de trabalho e locais em que as mesmas estão 
inseridas. Sendo assim, este trabalho buscou analisar o panorama geral das condições de 
segurança do trabalho em três fábricas de artefatos de cimento no município de Cruz das 
Almas – BA. A partir de visitas de campo foi possível observar e coletar dados utilizando o 
método de Análise Preliminar de Risco (APR) e o auxílio de checklists, que permitiu 
identificar e analisar riscos relacionados às atividades realizadas pelos trabalhadores, além das 
condições do meio ambiente de trabalho. Foram apresentados resultados de forma individual 
de acordo com cada fábrica por meio de descrição de características, layout, APR e 
representação de mapa de risco. Por fim, os mesmos foram discutidos e exemplificados de 
forma geral de acordo com os tipos de risco encontrados. Dessa forma, percebeu-se que 
muitos deles são comuns às três fábricas, seja por similaridades nos processos de fabricação, 
falta de informações quanto à segurança do trabalho ou hábitos já atrelados às atividades 
realizadas pelos mesmos. Concluiu-se que apesar de determinados riscos estarem ligados ao 
tipo de exercício, muitos podem ser minimizados por meio de medidas preventivas 
estabelecidas em todo o ambiente laboral a fim de manter o bem-estar e a integridade física e 
mental dos trabalhadores. 
 
Palavras-chave: Artefatos de cimento, segurança, risco, acidente, prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
ABSTRACT 
 
Given the current economic situation in Brazil, several companies must overcome 
competitiveness in order to survive in the market, however a range of factors also end up 
influencing the work systems and places where they are inserted. Thus, this work aimed to 
analyze the general panorama of safety conditions of work in three cement products factories 
in the city of Cruz das Almas – BA. Through technical visits, it was possible to observe and 
collect information for analysis using the Preliminary Risk Analysis (PRA) method and the 
support of checklists, which allowed to identify and analyze risks related to activities 
performed by the workers, including to the environmental working conditions. Individual 
results were presented according to each factory through description of their characteristics, 
layout, PRA and risk map representation. Finally, they were discussed and exemplified in 
general according to the types of risk found. In this way, it was noticed that many of them are 
common to the three factories, due to either similarities in manufacturing processes, lack of 
information regarding work safety or habits already linked to the activities carried out by 
them. It was concluded that although certain risks are linked to the type of activities, many of 
them can be minimized through precautionary actions established throughout the work 
environment in order to ensure the well-being and physical and psychological integrity of 
workers. 
 
Keywords: Cement products, risk, safety, accident, prevention. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Exemplos de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) ......................................... 23 
Figura 2: Exemplos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ....................................... 24 
Figura 3: Layout da Fábrica A .................................................................................................. 45 
Figura 4: Mapa de Risco da Fábrica A ..................................................................................... 48 
Figura 5: Layout da Fábrica B .................................................................................................. 50 
Figura 6: Mapa de Risco da Fábrica B ...................................................................................... 53 
Figura 7: Layout da Fábrica C .................................................................................................. 55 
Figura 8: Mapa de Risco da Fábrica C ...................................................................................... 58 
Figura 9: Betoneira ................................................................................................................... 59 
Figura 10: Uso da betoneiraforam organizadas e guardadas para auxílio em outras etapas da pesquisa 
realizadas posteriormente. 
As avaliações dos riscos se deram com auxílio de um modelo de APR, onde, com a 
identificação dos perigos aos quais os trabalhadores estão expostos, pode-se classificar os 
mesmos de forma qualitativa, descrevendo possibilidades e medidas para eliminação dos 
riscos ou redução, no caso de não ser possível eliminá-lo. 
Como outro método de obtenção e análise de dados, foram aplicados checklists 
(modelo disponível no Apêndice A) adaptados de acordo com requisitos que as fábricas 
deveriam cumprir de acordo com as NRs. Os mesmos foram preenchidos juntamente no 
processo de análise dos riscos com a APR, o que permitiu melhor avaliação de situações não 
percebidas diretamente pelo pesquisador. Este método foi escolhido porque, além de ser um 
meio de melhor aferição que os questionários abertos, tem grande aceitação na área de saúde e 
segurança do trabalho, além de ser uma ferramenta simples tanto para quantificar como para 
qualificar o local e as condições dos casos analisados (BRASIL, 2003). 
Após a aplicação dos formulários, os resultados obtidos foram organizados para 
análise qualitativa possibilitando a caracterização, segundo as Normas Regulamentadoras 
vigentes, da real situação das fábricas, verificando-se assim, se as mesmas atendem as 
solicitações mínimas de segurança do trabalho. 
Com base nos dados das etapas anteriores, como os riscos já tinham sido analisados e 
categorizados, as classificações de acordo com o seu tipo e grau de potencialidade (pequeno, 
médio ou grande) para criação do mapa de risco se deram de forma menos complexa. 
4.1 ESTRUTURA DOS RESULTADOS 
 Os resultados dos estudos realizados foram demonstrados em etapas, onde cada uma 
delas foi analisada e posicionada, como no fluxograma abaixo, de forma lógica para que o sua 
avaliação e entendimento sejam facilitados. 
 
 
	
	
43	
 
Descrição das etapas: 
 
1. Informações gerais sobre a fábrica: Cada fábrica foi descrita de forma geral com dados 
sobre jornada diária de trabalho, quantidade de funcionários, tempo de funcionamento no 
mercado, tipos de produtos fabricados e método de comercialização. 
2. Descrição do layout: Foram utilizadas como ferramentas uma trena para medição dos 
espaços físicos, além do software AutoCAD para desenho dos layouts das fábricas. 
3. Descrição dos riscos encontrados: Exibição dos principais riscos encontrados e 
classificados após análise utilizando um modelo de APR. Os mesmos serão apresentados 
em um quadro síntese, adaptado a partir do modelo de Análise Preliminar de Risco, 
agrupando diferentes aspectos: risco, causa, efeito, categoria do risco e medidas 
preventivas. 
4. Mapa de risco: Representação gráfica dos riscos nos layouts das fábrica após 
categorização realizada já realizada com o auxílio da APR, sendo produzidos com o 
apoio do software Microsoft Office Visio. 
Após a realização de análises gerais de cada fábrica, os resultados foram discutidos a 
partir de comparações de dados e exemplificados por meio de recursos fotográficos obtidos 
nas visitas de campo como forma de apoio para melhor entendimento dos riscos descritos, 
trazendo melhor entendimento e conforto para o leitor que não teve acesso às visitas in loco 
nas fábricas. 
Para finalização dos resultados, foram propostas algumas medidas preventivas e 
corretivas para eliminação total do risco ou, ao menos, para tentar minimizá-lo o máximo 
possível. 
 
 
	
1.	Informações	gerais	
sobre	a	fábrica
2.	Descrição	do	
layout
3.	Demonstração	dos	
riscos	encontrados	
através	da	APR
4.	Mapa	de	
risco
	
	
44	
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos com o estudo realizado 
descrevendo as empresas de acordo com a carga horária de trabalho, quantidade de 
funcionário e tempo de mercado, as análises dos riscos ambientais encontrados em cada 
fábrica, além da apresentação dos mapas de risco de cada fábrica avaliada. 
5.1 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA A 
5.1.1 Características da Fábrica A 
O Quadro 06 apresenta um panorama geral quanto às características da fábrica A: 
Quadro 06: Características da Fábrica A 
 
Fábrica 
estudada 
Dias de 
funcionamento 
na semana 
Jornada diária de 
trabalho 
Tempo de 
mercado 
Quantidade de 
funcionários 
Fábrica A Segunda a 
sábado 
Seg. a sex. – 8:30 horas 
Sábado - 4:30 horas 30 anos 5 
 
Fonte: Autor, 2017. 
A fábrica em questão atua na confecção de blocos calhas e com furos, postes, estacas, 
lavanderias, manilhas e pisos. A produção é dividida em três setores onde no setor de 
produção de blocos, canaletas e pias trabalham dois funcionários, no setor de produção de 
postes, estacas, pilares e pisos há dois funcionários colaborando e no setor de produção de 
armaduras para estacas e postes trabalha apenas uma pessoa executa as atividades. 
A produção da argamassa/concreto é feita no próprio setor de fabricação, ou seja, a 
betoneira é utilizada no setor de produção de postes, estacas, pilares e pisos e a 
argamassa/concreto do setor de blocos e lavanderias é produzida manualmente pelos 
trabalhadores desse setor. 
A fábrica tem funcionamento de segunda a sábado, onde operam das 7h às 11:30h e 
13h às 17h de segunda a sexta e 7h às 11:30h aos sábados. As vendas são realizadas em 
atacado e varejo, onde, mesmo quando não há pedidos de compra, a produção continua para 
geração de pequeno estoque. 
	
	
45	
5.1.2 Layout da Fábrica A 
A empresa A conta com o layout apresentado na Figura 3: 
Figura 3: Layout da Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
46	
5.1.3 Apresentação dos riscos da Fábrica A através da APR 
Quadro 07: Análise Preliminar de Risco da Fábrica A 
 
LOCAL/ 
SETOR RISCO CAUSA(S) DANO(S) PROB. GRAV. CR GERENCIAMENTOS 
NECESSÁRIOS 
Produção de 
pisos, estacas, 
postes e pilares 
Ruído Presença de máquina Perda auditiva 3 4 RE Uso de EPIs 
Exposição excessiva à 
radiação solar Raios solares Queimaduras, insolação, 
câncer de pele 4 5 RE 
Uso de protetor solar, 
reforma do posto de 
trabalho 
Poeira em ascensão 
Transporte e manuseio de 
produtos com pequenas 
partículas 
Complicações respiratórias, 
irritação nos olhos 5 2 MO Uso de EPIs 
Contato direto com 
cimento Produto químico Lesões e irritações na pele 5 2 MO Uso de EPIs 
Má postura Execução de atividades de 
maneira incorreta 
Lesões na coluna e/ou 
articulações, tendinite 5 2 MO 
Adequação dos postos de 
trabalho, correção postural 
ao realizar atividades 
Quedas, tropeços Arranjo físico deficiente Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Reforma e nivelamento do 
piso do ambiente 
Quedas, tropeços Obstrução dos locais de 
circulação 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Organização e limpeza das 
vias de circulação 
Voltagem Fiação desprotegida e exposta 
na via de circulação 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 2 5 MO Uso de EPIs, adequações à 
fiação exposta 
Esmagamento de 
membros 
Transporte de materiais 
pesados 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 1 4 TO Uso de EPIs, boas práticas 
ao transportar cargas 
 
Produção de 
blocos, 
canaletas, pias 
 
Poeira em ascensão 
Transporte e manuseio de 
produtos com pequenas 
partículas 
Complicações respiratórias, 
irritação nos olhos 5 2 MO Uso de EPIs 
Contato direto com 
cimento Produto químico Lesões e irritações na pele 5 2 MO Uso de EPIs 
	
	
47	
 
 
 
 
Produção de 
blocos, 
canaletas, pias 
Má postura Execução de atividades de 
maneira incorreta 
Lesões na coluna e/ou 
articulações, tendinite 5 2 MO 
Adequação dos postos de 
trabalho, correção postural 
ao realizar atividades 
Quedas, tropeços Obstrução dos locais de 
circulação 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Organização e limpezadas 
vias de circulação 
Esmagamento de 
membros 
Armazenamento de produtos 
de forma inadequada Lesões, fraturas de membros 2 4 MO Adequação do modo de 
armazenamento 
Esmagamento de 
membros 
Transporte de materiais 
pesados 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 1 4 TO Uso de EPIs, boas práticas 
ao transportar cargas 
Produção de 
armaduras de 
aço para 
fabricação de 
estacas, postes e 
pilares 
Má postura Execução de atividades de 
maneira incorreta 
Lesões na coluna e/ou 
articulações, tendinite 5 2 MO 
Adequação dos postos de 
trabalho, correção postural 
ao realizar atividades 
Quedas, tropeços Obstrução dos locais de 
circulação 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 2 3 TO Organização e limpeza das 
vias de circulação 
Queda de materiais Uso de materiais pesados 
como apoio para suspensão Lesões, fraturas de membros 3 3 MO 
Correção da condição 
insegura adequando o local 
para apoio dos materiais 
Esmagamento de 
membros Uso de martelo Lesões, fraturas de membros 5 3 RE Uso de EPIs, boas práticas 
ao realizar a atividade 
Instalações 
sanitárias e 
outros espaços 
físicos da 
fábrica 
Fungos, vírus, 
bactérias, parasitas 
Instalações sanitárias 
deficientes 
Infecções, inflamações e 
outras doenças 3 3 MO 
Limpeza periódica e 
adaptação dos ambientes 
sanitários 
Mosquitos e 
Protozoários 
Recipientes acumulando água 
de forma inadequada Dengue, Chikungunya, Zika 3 2 TO 
Cobrir os recipientes em 
que água pode ser 
armazenada 
Acidente por picada de 
animais peçonhentos 
Descarte incorreto de resíduos 
dentro dos espaços de trabalho 
Picada de aranhas, cobras, 
escorpiões e outros animais 
peçonhentos 
2 5 MO 
Criação de local para 
disposição dos resíduos, 
realização de limpeza 
periódica 
 
Fonte: Autor, 2017. 
	
	
48	
LEGENDA 
T Trivial MO Moderado 
TO Tolerável IN Intolerável 
RE Relevante 
 
5.1.4 Mapa de Risco da Fábrica A 
	
Figura 4: Mapa de Risco da Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017.
LEGENDA 
Tipo de Risco 
 Físicos 
 Químicos 
 Biológicos 
 Ergonômicos 
 Acidentes 
Grau do Risco 
 Pequeno 
 
Médio 
 
Grande 
	
	
49	
5.2 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA B 
5.2.1 Características da Fábrica B 
O Quadro 08 apresenta um panorama geral quanto às características da Fábrica B: 
Quadro 08: Características da Fábrica B 
 
Fábrica 
estudada 
Dias de 
funcionamento 
na semana 
Jornada diária de 
trabalho 
Tempo de 
mercado 
Quantidade de 
funcionários 
Fábrica B Segunda a 
sábado 
Seg. a sex. – 7:30 horas 
Sábado - 4:30 horas 
Mais de 30 
anos 2 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
A fábrica em questão atua na confecção de blocos calhas e com furos, postes, estacas 
de cimento, balaústres, caixas para instalação de ar condicionado e pisos. Não há divisão de 
setores, onde, os dois funcionários trabalham juntos na produção de todos os produtos que a 
fábrica confecciona. Os mesmos, na grande maioria, são preparados no mesmo local (área 
coberta) com troca dos equipamentos de acordo com o tipo de produto a ser fabricado, com 
exceção na fabricação de pisos, pois a betoneira fica fora da área coberta e é utilizada nesse 
processo produtivo. 
A mesma tem funcionamento de segunda a sábado, onde operam das 7:30h às 11:30h 
e 13:30h às 17h de segunda a sexta e 7:30h às 12h aos sábados. As vendas são realizadas tanto 
de forma direta com os consumidores do varejo, quanto para fornecedores. 
 
5.2.2 Layout da Fábrica B 
A empresa B conta com o layout apresentado na Figura 5: 
 
 
 
 
 
	
	
50	
Figura 5: Layout da Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
51	
5.2.3 Apresentação dos riscos da Fábrica B através da APR 
Quadro 09: Análise Preliminar de Risco da Fábrica B 
 
LOCAL/ 
SETOR RISCO CAUSA(S) DANO(S) PROB. GRAV. CR GERENCIAMENTOS 
NECESSÁRIOS 
Produção em 
geral 
Ruído Presença de máquina Perda auditiva 3 4 RE Uso de EPIs 
Voltagem Fiação desprotegida e exposta 
nas vias de circulação 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 3 5 RE Uso de EPIs, adequações à 
fiação exposta 
Exposição à radiação 
solar Raios solares Queimaduras, insolação, 
câncer de pele 1 4 TO 
Uso de protetor solar, 
reforma do posto de 
trabalho 
Incêndio por curto-
circuito 
Um curto-circuito na fiação 
elétrica pode causar incêndio 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 3 5 RE 
Adequações à fiação 
instalada de maneira 
deficiente 
Voltagem 
A betoneira não tem 
dispositivo de partida/parada e 
é ligada/desligada pela tomada 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 2 5 TO Conserto da parte elétrica 
da máquina, uso de EPIs 
Poeira em ascensão 
Transporte e manuseio de 
produtos com pequenas 
partículas 
Complicações respiratórias, 
irritação nos olhos 5 2 MO Uso de EPIs 
Contato direto com 
cimento Produto químico Lesões e irritações na pele 5 2 MO Uso de EPIs 
Má postura Execução de atividades de 
maneira incorreta 
Lesões na coluna e/ou 
articulações, tendinite 5 2 MO 
Adequação dos postos de 
trabalho, correção postural 
ao realizar atividades 
Esmagamento de 
membros 
Transporte de materiais 
pesados 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 1 4 TO Uso de EPIs, boas práticas 
ao transportar cargas 
Quedas, tropeços Obstrução das vias de 
circulação 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 2 3 TO Organização e limpeza das 
vias de circulação 
	
	
52	
Quedas, tropeços Arranjo físico deficiente Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Reforma e nivelamento do 
piso do ambiente 
Queda de materiais Resíduos pesados descartados 
de forma incorreta Lesões, fraturas de membros 2 3 TO 
Correção do local para 
descarte de resíduos 
sólidos 
Instalações 
sanitárias e 
outros espaços 
físicos da 
fábrica 
Fungos, vírus, 
bactérias, parasitas 
Instalações sanitárias 
deficientes 
Infecções, inflamações e 
outras doenças 3 3 MO 
Limpeza periódica e 
adaptação dos ambientes 
sanitários 
Mosquitos e 
Protozoários 
Armazenamento inadequado 
de água Dengue, Chikungunya, Zika 3 2 TO 
Cobrir os recipientes em 
que água pode ser 
armazenada 
Acidente por picada de 
animais peçonhentos 
Descarte incorreto de resíduos 
dentro dos espaços de 
realização de atividades 
Proliferação de aranhas, 
cobras, escorpiões e outros 
animais peçonhentos 
2 5 MO 
Criação de local para 
disposição dos resíduos, 
realização de limpeza 
periódica 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
 
LEGENDA 
T Trivial 
TO Tolerável 
RE Relevante 
MO Moderado 
IN Intolerável 
	
	
53	
5.2.4 Mapa de Risco da Fábrica B 
Figura 6: Mapa de Risco da Fábrica B 
	
	 	
	
	
	
	
	 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
												Fonte: Autor, 2017. 
LEGENDA 
Tipo de Risco 
 Físicos 
 Químicos 
 Biológicos 
 Ergonômicos 
 Acidentes 
Grau do Risco 
 Pequeno 
 
Médio 
 Grande 
	
	
54	
5.3 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA C 
5.3.1 Características da Fábrica C 
O Quadro 10 apresenta um panorama geral quanto às características da fábrica C: 
 
Quadro 10: Características da Fábrica C 
 
Fábrica 
estudada 
Dias de 
funcionamento 
na semana 
Jornada diária de 
trabalho 
Tempo de 
mercado 
Quantidade de 
funcionários 
Fábrica C Segunda a 
sábado 
Seg. a sex. – 8 horas 
Sábado - 4 horas 
Mais de 30 
anos 1 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
A fábrica C atua na confecção de blocos calhas e com furos, postes, estacas de 
cimento, manilhas e pisos. Não há divisão de setores e apenas um funcionário trabalha na 
produção de todos os produtos que a fábrica confecciona. Os produtos são feitos no mesmo 
local com troca dos equipamentos de acordo com o tipo de produto a ser fabricado. As vendas 
são realizadas tanto de forma direta, quanto para fornecedores. 
A mesma tem funcionamento de segunda a sábado, onde operam das 7:30h às 11:30h 
e 13:30h às 17h de segunda a sexta e 7:30h às 12h aossábados. 
	
5.3.2 Layout da Fábrica C 
A empresa C conta com o layout apresentado na Figura 7: 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
55	
Figura 7: Layout da Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017.
	
	
56	
5.3.3 Apresentação dos riscos da Fábrica C através da APR 
Quadro 11: Análise Preliminar de Risco da Fábrica C 
 
LOCAL/ 
SETOR RISCO CAUSA(S) DANO(S) PROB. GRAV. CR GERENCIAMENTOS 
NECESSÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Produção em 
geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quedas, tropeços Arranjo físico deficiente Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Reforma e nivelamento das 
vias de circulação 
Exposição à radiação 
solar Raios solares Queimaduras, insolação, 
câncer de pele 1 4 TO 
Uso de protetor solar, 
reforma do posto de 
trabalho 
Quedas, tropeços Obstrução dos locais de 
circulação 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 2 3 TO Organização e limpeza das 
vias de circulação 
Voltagem Fiação desprotegida em 
diversos locais da fábrica 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 4 5 RE Adequações à fiação 
exposta 
Voltagem Máquina sem proteção da 
parte elétrica 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 4 5 RE Adequações à parte 
elétrica das máquinas 
Contato direto com 
cimento Produto químico Lesões e irritações na pele 5 2 MO Uso de EPIs 
Poeira em ascensão 
Transporte e manuseio de 
produtos com pequenas 
partículas 
Complicações respiratórias, 
irritação nos olhos 5 2 MO Uso de EPIs 
Má postura Execução de atividades de 
maneira incorreta 
Lesões na coluna e/ou 
articulações, tendinite 5 2 MO 
Adequação dos postos de 
trabalho, correção postural 
ao realizar atividades 
Ruído Presença de máquinas Perda auditiva 3 3 MO Uso de EPIs 
Esmagamento de 
membros 
Transporte de materiais 
pesados 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 1 4 TO Uso de EPIs, boas práticas 
ao transportar cargas 
	
	
57	
 
 
 
 
 
 
Produção em 
geral 
Queda de materiais Equipamentos amontoados 
próximo ao local de atividades 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Armazenamento adequado 
dos equipamentos 
Queda de materiais 
Alguns equipamentos são 
armazenados em locais altos 
com alto risco de queda 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Armazenamento adequado 
dos equipamentos 
Risco de desabamento A estrutura física é inadequada 
e deficiente 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais, morte. 1 4 TO 
Reforma e adequação do 
local de realização de 
atividades 
Acidente por picada de 
animais peçonhentos 
Descarte incorreto de resíduos 
dentro dos espaços de 
realização de atividades 
Proliferação de aranhas, 
cobras, escorpiões 2 5 MO 
Criação de local para 
disposição dos resíduos, 
realização de limpeza 
periódica 
Instalações 
sanitárias e 
outros espaços 
físicos da 
fábrica 
Mosquitos e 
Protozoários 
Materiais descartados de 
forma incorreta Dengue, Chikungunya, Zika 3 2 TO 
Cobrir os recipientes em 
que água pode ser 
armazenada 
Voltagem Fiação desprotegida dentro do 
sanitário (ambiente úmido) 
Choque elétrico, queimadura, 
morte 2 5 MO Adequações à fiação 
exposta 
Queda de materiais 
Alguns equipamentos são 
armazenados em locais altos 
com alto risco de queda 
Lesões, fraturas de membros, 
danos patrimoniais 3 3 MO Armazenamento adequado 
dos equipamentos 
Fungos, vírus, 
bactérias, parasitas 
Instalações sanitárias 
deficientes 
Infecções, inflamações e 
outras doenças 3 3 MO 
Limpeza periódica e 
adaptação dos ambientes 
sanitários 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
LEGENDA 
T Trivial MO Moderado 
TO Tolerável IN Intolerável 
RE Relevante 
	
	
58	
5.3.4 Mapa de Risco da Fábrica C 
Figura 8: Mapa de Risco da Fábrica C 
	
	
	 	
	 	
	
	
	
	 	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
					Fonte: Autor, 2017. 
LEGENDA 
Tipo de Risco 
 Físicos 
 Químicos 
 Biológicos 
 Ergonômicos 
 Acidentes 
Grau do Risco 
 Pequeno 
 Médio 
 
Grande 
	
	
59	
5.4 DISCUSSÃO 
Avaliando de forma geral, percebeu-se que os determinados riscos se repetem e são 
comuns a pelo menos duas das fábricas. Alguns porque são inerentes às atividades realizadas, 
outros por falta de informação e/ou rigorosidade quanto à segurança das atividades realizadas 
pelos trabalhadores e adequações do ambiente de trabalho. De qualquer forma, são fatores 
presentes que podem afetar de forma definitiva na vida dos presentes no local. 
Abaixo pode-se elencar os principais riscos encontrados e que são comuns às fábricas 
analisadas: 
a) Ruído: Cada uma das três fábricas conta com no mínimo uma máquina betoneira (Figura 9) 
e percebeu-se que quando a mesma estava em operação, o nível de ruído emitido era de alta 
intensidade. Apesar de não terem sido executadas medições dos níveis por meio de 
equipamento adequado (decibelímetro), pôde-se perceber desconforto por parte das pessoas 
que estavam próximas à máquina. 
Foi observado que nenhum dos trabalhadores expostos ao ruído estava fazendo uso de 
protetor auricular ou abafador de ruídos (Figura 10), apresentando desconformidade com a 
NR 6. Porém, as atividades realizadas com a betoneira acontecem em menor recorrência, logo, 
acredita-se que a quantidade de horas aos quais os trabalhadores ficam expostos ao risco não 
ultrapassa o máximo permitido pela NR 15. 
		
 Figura 9: Betoneira Figura 10: Uso da betoneira sem EPI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017 Fonte: Autor, 2017 
	
	
60	
b) Exposição excessiva à radiação solar: na Fábrica A, os colaboradores do setor de 
fabricação de estacas, postes, pisos e pilares realizam atividades a céu aberto, ficando 
expostos à radiação solar como demonstrado na Figura 11. Dependendo do período de 
exposição, esta prática pode causar insolação nos membros expostos ou até mesmo doenças 
mais graves, como o câncer de pele. Na Fábrica B, apesar da maioria do espaço não contar 
com cobertura, quase todas as atividades realizadas pelos trabalhadores são em área protegida. 
O período que os mesmos ficam fora desta região pode ser considerado de curta duração. Na 
Fábrica C, o espaço conta com espaço a céu aberto, porém, assim como na fábrica B, as 
atividades são realizadas em local protegido (Figura 12). Logo, a Fábrica A apresenta 
desconformidade com a NR 8 e NR 21. 
Figura 11: Espaço não coberto na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
 
Figura 12: Espaço não coberto na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
61	
c) Inalação de poeira: nas três fábricas, os ambientes contam com grande quantidade de poeira 
devido aos materiais utilizados na fabricação dos artefatos de cimento. Os colaboradores 
fazem manejo do cimento e areia sem a utilização dos EPIs adequados para proteção das vias 
respiratórias (Figuras 13 e 14), onde quando esses produtos são inalados, podem causar 
diversas complicações respiratórias, como silicose e pneumoconiose. Estas práticas não 
apresentam conformidade com a NR 6. 
 
Figura 13: Realização de atividades com poeira em ascensão - Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 14: Realização de atividades com poeira em ascensão - Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
62	
d) Contato direto com cimento: na Fábrica A, apenas dois dos quatro trabalhadores dos 
setores de produção de estacas e postes e de fabricação de blocos usavam EPIs para impedir 
ou diminuir o contato direto do cimento com a pele. Onde ambos utilizavam calçado fechado 
e calça para proteção dos membros inferiores, porém, apenas um calçava botas adequadas 
para as atividades realizadas (Figura 15). Nas Fábricas B e C, nenhum dos trabalhadoresestavam fazendo uso de EPI no momento das visitas. 
O cimento em contato com a água produz uma reação alcalina que em contato com a 
pele, torna-a seca e enrijecida. Após certo tempo, faz com que apareçam fissuras e rachaduras 
nos locais onde houve o contato. Esses danos podem ser evitados/amenizados com o uso de 
luvas, botas, calças e vestimentas que protegem a região das mãos, braços e membros 
inferiores. Estas práticas não apresentam conformidade com a NR 6. 
Figura 15: Contato direto com cimento – Fábrica A 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 16: Contato direto com cimento – Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
63	
e) Instalações sanitárias deficientes: Nenhuma das fábricas analisadas apresentou instalações 
sanitárias com boa estrutura e em condições de higiene adequadas. Os locais podem conter 
fungos e bactérias que em contato com os colaboradores podem contaminá-los e causar 
infecções, inflamações ou outras doenças. Constatou-se que algumas instalações não possuem 
porta, iluminação, válvula para descarga, lavatório, papel higiênico e recipiente adequado para 
descarte de papel higiênico. Além disso, o piso e as paredes não são revestidos de material 
impermeável e lavável, onde pode-se perceber, a partir das imagens abaixo (Figuras 17, 18 e 
19), que as fábricas não apresentam conformidade com a NR 24. 
 
Figura 17: Instalações sanitárias da Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 18: Instalações sanitárias da Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
64	
Figura 19: Instalações sanitárias da Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
f) Há armazenamento inadequado de água nos ambientes de trabalho, além de recipientes 
descobertos que podem acumular água nos períodos de chuva. Tais situações (vide Figuras 20 
e 21) podem favorecer a proliferação de protozoários nas proximidades, onde, o mosquito 
Aedes aegypti pode transmitir a Dengue, Chikungunya e Zika. 
 
Figura 20: Armazenamento inadequado de água na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 21: Armazenamento inadequado de água na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
65	
g) Foi observado que nenhum dos trabalhadores apresentam boas práticas de ergonomia 
enquanto realizam as atividades diárias. Percebeu-se que não há preocupação quanto à 
posição da coluna ao realizar o transporte de objetos relativamente pesados, realização de 
atividades próximas ao solo, e até mesmo em atividades de altura intermediária, que na 
maioria das vezes acontecem em locais improvisados por falta de postos de trabalho 
adequados. Além disso, os locais de trabalho não contam com espaço para descanso dos 
colaboradores. Caso os mesmos sintam necessidade, precisam sentar-se no chão ou em algum 
equipamento/material. Com isso, percebeu-se que as condições não apresentam conformidade 
com a NR 17. 
 
Figura 22: Postura dos trabalhadores da Fábrica A ao realizar atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 23: Postura dos trabalhadores da Fábrica B ao realizar atividades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
66	
h) Das três fábricas analisadas, apenas a Fábrica C apresenta piso de cimento, o que propicia 
melhor deslocamento dentro das instalações e, além disso, evita o lançamento de mais poeira 
no ambiente de trabalho. Porém, determinadas regiões precisam ser reparadas já que estão 
deterioradas e acabam apresentando certo risco pois estão na principal via de circulação da 
fábrica (portão principal), como ilustrado na Figura 26. 
Já nas Fábricas A e B, as mesmas não contam com piso e nivelamento, onde também 
pode-se encontrar locais com pequenos buracos, saliências e leves depressões. Estas 
condições podem acarretar em acidentes entre os trabalhadores ou outras pessoas que 
transitam pelo local, resultando em algum dano mais grave para o patrimônio, ambiente ou 
pessoas. As imagens abaixo (Figuras 24 e 25) ilustram as condições relatadas e mostram que 
as fábricas não apresentam conformidade com a NR 8. 
Figura 24: Via de circulação na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 25: Via de circulação na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
67	
Figura 26: Via de circulação na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
i) Apesar das vias de circulação obedecerem às condições mínimas da NR 12 (no mínimo 
1,20m de largura) nas Fábricas A e B, em determinados locais, as mesmas apresentam 
resíduos, ferramentas e produtos finais armazenados (Figuras 27 e 28). Na Fábrica C, o 
espaço não conta com as especificações mínimas, e em certos espaços são menores que 1m de 
largura. Além disso, conta com um agravante que é o acúmulo de materiais e ferramentas nas 
adjacências das vias de circulação o que acaba tornando o ambiente caótico (Figura 29). 
Se essas obstruções não forem percebidas por aqueles que transitam no local, isto pode 
causar quedas/tropeços resultando em lesões e danos. Uma melhor definição e organização na 
disposição dos locais adequados para estocagem e armazenamento de materiais, ferramentas e 
produtos poderiam manter o ambiente mais conforme com a NR 12. 
Figura 27: Via de circulação na Fábrica A Figura 28: Via de circulação na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. Fonte: Autor, 2017. 
	
	
68	
Figura 29: Via de circulação na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
j) Eletricidade: Dentre os ambientes analisados, o que apresentou situação menos crítica, foi a 
Fábrica A. O risco de choque elétrico na mesma estava presente somente nas proximidades da 
betoneira, onde o fio condutor que alimenta a máquina, em determinada parte, estava com 
reparo inadequado, permitindo o contato dos transeuntes com a fiação (Figura 30). 
Já as Fábricas B e C, as mesmas apresentaram diversas situações de risco quanto às 
instalações elétricas. Os disjuntores não estavam instalados de maneira correta e ficam 
amarrados em pilares e paredes. Além disso, deparou-se com casos em que não há proteção 
para tomadas (Figura 31) e além de fiação desencapada no solo (Figura 32), facilitando o 
contato com pessoas que transitam pelo local e na geração de incêndios. No geral, nenhuma 
das fábricas apresenta conformidade com a NR 10. 
Figura 30: Riscos com eletricidade na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
69	
Figura 31: Riscos com eletricidade na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
 
Figura 32: Riscos com eletricidade na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
k) Riscos de quedas de materiais: nas três fábricas A e C pode-se encontrar situações em que 
materiais são armazenados de maneira inadequada, tornando-as em condições inseguras. Isso 
deve-se ao fato de, na maioria das vezes, o piso não ser nivelado, provocando inclinação no 
empilhamento dos produtos estocados (Figura 33). Em outros casos, determinados objetos são 
utilizados como apoio para realização das atividades, porém, os mesmos não oferecem 
segurança pois não estão fixados firmemente. Quanto aos materiais guardados de maneira 
inadequada, percebeu-se que certas ferramentas são colocadas de maneira improvisada na 
estrutura do telhado da região de produção, onde os mesmos podem cair com choque ou 
impacto nas proximidades (Figura 34). 
 
	
	
70	
Figura 33: Risco de queda de materiais na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017.Figura 34: Risco de queda de materiais na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
 
 
l) Picada de animais peçonhentos: nas três fábricas há locais onde os resíduos são 
armazenados de maneira que podem favorecer surgimento de animais peçonhentos. Esses 
resíduos são colocados em diversas regiões do ambiente de trabalho indiscriminadamente sem 
preocupação com a limpeza ou remoção periódica. Além disso, certos materiais velhos ou 
pouco usados estão dispostos de modo que facilita a entrada desses animais. Picadas de 
animais peçonhentos podem causar lesões na pele, necrose na região da picada, hemorragia, e 
em certos casos, a morte. 
	
	
71	
Figura 35: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
Figura 36: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
 
 
Figura 37: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Autor, 2017. 
	
	
72	
m) Esmagamento de membros por queda de materiais: o carregamento dos produtos vendidos 
para os veículos de frete são realizados pelos próprios empregados da fábrica, além disso, 
ainda há o transporte interno dos materiais a serem utilizados na produção dos artefatos de 
cimento. Como a maioria dos colaboradores não faz o uso de EPIs, os membros inferiores 
principalmente, ficam propícios ao recebimento de choques e impactos caso ocorra queda do 
material transportado (Figuras 38 e 39). Parte dos materiais comercializados pelas empresas 
são relativamente pesados (Figura 40) e podem causar graves lesões em casos de acidentes. 
 
 
Figura 38: Risco no transporte de carga na Fábrica A 
 
 
 
Figura 39: Risco no transporte de carga na Fábrica B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. Fonte: Autor, 2017. 
 
 
 
Figura 40: Exemplos de produtos comercializados pelas fábricas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Autor, 2017. 
	
	
73	
5.4.1 Sugestões de melhorias 
 
ATIVIDADE/ 
SETOR SUGESTÕES 
Espaços físicos 
• Adaptação das vias de circulação para o mínimo de 1,20m de 
largura; 
• Construção de piso nivelado nas instalações físicas das fábricas; 
• Reorganização e limitação dos locais para despejo de resíduos 
provenientes da produção dos artefatos; 
• Adaptação de espaço para estoque e armazenamento de produtos 
para comercialização; 
• Criação de área coberta para locais onde são realizadas 
atividades a céu aberto; 
• Manter cobertos os locais de captação ou reserva d’água; 
Atividades com 
máquinas e 
equipamentos 
• Uso de EPI adequado ao realizar atividades com máquinas 
(luvas, máscaras, óculos protetores, abafadores ou protetores 
auriculares e entre outros); 
• Conserto/adaptação das máquinas que não apresentam 
dispositivo de acionamento e parada; 
• Organização e adaptação de local para armazenamento correto 
dos equipamentos; 
Instalações sanitárias 
• Instalação de portas com dispositivo de trancamento nos 
sanitários; 
• Instalação de iluminação adequada dentro dos sanitários; 
• Instalação de vaso sanitário com válvula de descarga; 
• Instalação de lavabo e chuveiro para higienização dos 
trabalhadores e transeuntes; 
• Fornecimento de recipiente adequado para descarte de papel; 
• Adaptação de revestimento lavável para paredes e pisos; 
• Higienização periódica do local; 
	
	
74	
Instalações elétricas 
• Organização da disposição dos fios nas instalações físicas das 
fábricas (os mesmos não devem ter livre acesso e contato direto 
com os transeuntes do local); 
• Adaptação de painel elétrico geral para desligamento de redes 
em casos de emergência; 
Ergonomia 
• Boas práticas ergonômicas ao realizar as atividades diárias 
(postura correta ao levantar cargas, abaixar-se ao realizar 
atividades próximas ao solo, evitar esforços repetitivos); 
• Adaptação de ambiente com assento para descanso dos 
trabalhadores; 
• Adaptação da altura e locais de apoio dos postos de trabalho 
(mesas e bancadas para realização de atividades específicas); 
• Atenção com a quantidade de carga transportada (a mesma deve 
ser compatível com as capacidades físicas dos trabalhadores); 
• Realizar pausas para descanso; 
Demais 
atividades/situações 
• Orientar os trabalhadores quanto ao uso dos EPIs adequados de 
acordo com a atividade a ser realizada (máscara, luvas e botas 
para atividades com cimento; máscara para proteção contra 
poeira; calçados fechados e resistentes para a realização 
transporte de cargas e produtos pesados) 
• Atenção ao realizar atividades com martelos e ferramentas 
cortantes; 
• Orientar os trabalhadores quanto ao uso de protetor solar; 
• Disponibilização de EPIs por parte das empresas (para que o 
empregado use os equipamentos corretos para cada atividade, a 
empresa precisa se preocupar com o fornecimento dos mesmos); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
75	
6 CONCLUSÃO 
Com a realização das visitas técnicas às três fábricas de artefatos de cimento 
localizadas na cidade de Cruz das Almas – BA foi possível identificar diversos riscos à 
integridade física, saúde e bem-estar dos trabalhares dos locais. As análises e resultados 
demonstram as diversas situações de risco que podem afetar os colaboradores de forma 
permanente, tendo efeitos, não somente na saúde, mas também em aspectos sociais e 
econômicos pois podem afetar relações familiares e a empregabilidade dos mesmos 
posteriormente. 
Pôde-se constatar que alguns riscos são comuns às empresas analisadas, seja por 
semelhanças nas atividades executadas (linha de produção similar), falta de informações 
quanto a fundamentos em saúde e segurança do trabalho ou à cultura já atrelada ao ambiente 
de trabalho. 
De modo geral, os principais riscos identificados estão relacionados ao espaço e 
instalações físicas das fábricas que são deficientes e não organizados em diversos aspectos. 
Percebeu-se também que determinados riscos são inerentes às atividades realizadas pelos 
trabalhadores e não podem ser eliminados totalmente, porém, os mesmos podem ser 
amenizados com a adoção de boas práticas na realização das atividades e no uso dos 
equipamentos de proteção adequados para cada exercício. 
 Portanto, conclui-se que nenhuma das fábricas de artefatos de cimento analisadas 
estão em conformidade com os fundamentos da saúde e segurança do trabalho estabelecidos 
pelas Normas Regulamentadoras. As mesmas apresentam riscos que, caso não sejam tomadas 
medidas preventivas ou corretivas, podem afetar de forma negativa em aspectos que vão além 
do ambiente dentro das fábricas. Essas medidas prevencionistas visam, não somente a 
integridade física dos trabalhadores e do ambiente, mas também a saúde e o bem-estar dos 
mesmos. 
6.2 PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS 
De acordo com os resultados obtidos, onde as fábricas analisadas se mostraram 
carentes de medidas de prevenção e fundamentos em saúde e segurança do trabalho, percebe-
se a possibilidade de realização de aprofundamento no assunto abordado. Diante da existência 
	
	
76	
de outras fábricas de artefatos de cimento presentes na cidade de Cruz das Almas, outros 
ambientes semelhantes podem ser estudados e assim, podem complementar os resultados 
desta pesquisa. 
Os riscos encontrados estão presentes em atividades e condições relacionadas não 
somente à construção civil. Analisando de forma mais minuciosa, podemos perceber 
problemas relacionados às instalações elétricas, sanitárias, máquinas e equipamentos e assim, 
grupos de pesquisa ou de extensão envolvendo de forma interdisciplinar os cursos de 
Bacharelado em Ciências Exatas e Tecnológicas, Engenharia Civil, Mecânica, Elétrica e 
Sanitária e Ambiental da UFRB poderiamrealizar estudos em cooperação, estreitando laços 
não somente dentro da universidade, mas externa a ela também. 
Além disso, com a busca de apoio em agências de fomento, equipamentos poderiam 
ser adquiridos (decibelímetros, termômetros e outros equipamentos para realização de 
medidas) para obtenção de maior precisão nos dados coletados e portanto, um aprimoramento 
na confiabilidade dos resultados das pesquisas e ações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
	
	
77	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
	
 
ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062: Projeto e 
Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado. Rio de Janeiro, 1985. 
 
 
AYRES, Dennis de Oliveira; CORRÊA, José Aldo Peixoto. Manual de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 258 p. 
 
 
BARREIROS, Dorival. Gestão da segurança e saúde no trabalho: estudo de um modelo 
sistêmico para as organizações do setor mineral. 2002. 317 f. Tese (Doutorado em Engenharia 
de Minas e Petróleo) - Escola Politécnica da USP, São Paulo, 2002. 
 
 
BENITE, Anderson Glauco. Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho para 
empresas construtoras. 2004. 221 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Mestrado em 
Engenharia de Construção Civil e Urbana, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. 
 
 
BITENCOURT, Celso Lima et al. MAPA DE RISCOS E SUA IMPORTÂNCIA: COMO 
APLICÁ-LO A UMA GRÁFICA. In: Encontro Nacional de Engenharia de Produção, 19, 
Rio de Janeiro, 1999. Anais. Rio de Janeiro: ABEPRO. 11 p. Disponível em: 
 . Acesso em: 20 de fevereiro 
de 2017. 
 
 
BONAFÉ, Gabriel et al. Artefatos de cimento racionalizam processos construtivos: as 
peças proporcionam agilidade à obra e homogeneidade ao produto final. [S.l: s.n.], 2015. 
Disponível em: . Acesso em: 5 de setembro de 2017 
 
 
BOSI, Noemia. ACIDENTE DE TRABALHO. Universo Jurídico. Nova Venécia, v. 1, n. 1, 
p. 91-98, janeiro/junho - 2007. Semestral. Disponível em: 
. 
Acesso em: 25 de novembro de 2016. 
 
 
BRASIL. Presidência da República. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os 
planos de benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: 
. Acesso em: 25 de novembro de 
2016.	
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 1 – Disposições Gerais. 1978. Disponível em: 
. Acesso em: 20 de novembro 
de 2016. 
 
	
	
78	
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e Medicina do Trabalho. 1978. Disponível em: 
. Acesso em: 20 de novembro 
de 2016. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 
1978. Disponível em: . Acesso 
em: 20 de novembro de 2016. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho. NR 17 – Ergonomia. 1978. Disponível em: 
. Acesso em: 20 de 
novembro de 2016. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Comissão Interinstitucional de Prevenção aos 
Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais. Programa de Avaliação das Condições de 
Trabalho da Indústria da Construção Civil. 2003. Disponível em: 
. Acessado em: 5 de agosto de 2017. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria n. 3.214, de 08 de junho de 1978. 
Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da Consolidação das 
Leis de Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. Disponível em: 
. Acesso em: 25 de novembro de 2016. 
 
 
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria SIT n. 76, de 21 de novembro de 
2008. Altera o Quadro I da Norma Regulamentadora n. 4. Disponível em: 
. Acesso em: 25 de 
agosto de 2017.	
 
 
CAMARGO, Wellington. Gestão da Segurança do Trabalho. Curitiba: E-tec/mec, 2011. 
146 p. Disponível em: . Acesso em: 23 de feveveiro de 2017. 
 
 
COCHARERO, Renato. Ferramentas para Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho no 
Canteiro de Obras. 2007. 109 f. Monografia (Especialização) - Curso de Mba em 
Tecnologia e Gestão na Produção de Edifícios, Escola Politécnica da Universidade de São 
Paulo, São Paulo, 2007. 
 
 
	
	
79	
COSTA, Carlos Eduardo Rodrigues. Análise de Fatores de Riscos dos Trabalhadores da 
Indústria de Beneficiamento da Pesca: Natal/RN. 2010. 44 f. Tese (Doutorado) - Curso de 
Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Potiguar, Natal, 2010. 
 
 
COSTA, Daiane. Acidentes com trabalhadores crescem 43% em 10 anos. 2016. 
Disponível em: . Acesso em: 26 de novembro de 2016. 
 
 
COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia Aplicada ao Trabalho – Manual da Máquina 
Humana – Volume I. Minas Gerais: Ergo Editora Ltda, 1995. 
 
 
DE CICCO, Francesco; FANTAZINNI, Mário Luiz. Gerencia de Riscos: A identificação e 
análise de riscos III. Revista Proteção. Caderno gerência de risco n. 4, Novo Hamburgo, n. 
30, 1994. 
 
 
FARIA, M.T. Gerência de riscos. Apostila do curso de Especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho. UTFPR, Curitiba, 2011. 
 
 
FIBRIA. Comportamento Seguro: Manual do Observador. 2013. Disponível em: . 
Acesso em: 10 de dezembro de 2016. 
 
 
FRANÇA, S. L. B; TOZE, M. A; QUELHAS, O. L. G.. A gestão de pessoas como 
contribuição à implantação da gestão de riscos. O caso da indústria da construção civil. 
Revista Produção Online, v. 8, n. 4, dez. 2008. 
 
 
GELFEI, Luiz Felipe. Segurança do Trabalho passa pela conscientização. Maringá, 
CREA-PR, 28 de novembro de 2012. Depoimento proferido a Fernanda Bertola. Disponível 
em: . Acesso em: 17 de novembro de 2016. 
 
 
GERÊNCIA DE SAÚDE E PREVENÇÃO. Manual de Elaboração de Mapa de 
Riscos. Goiânia: Segplan, 2012. 16 p. Disponível em: 
. Acesso em: 20 de fevereiro de 2017. 
 
 
HOKERBERG, Yara Hahr Marques et al. O processo de construção de mapas de risco em um 
hospital público. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 503-513, jan. 
2006. Disponível em: . Acesso em: 
25 de novembro de 2016. 
 
 
	
	
80	
IIDA, Itiro. Ergonomia: Projeto e Produção. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2005. 
630 p. 
 
 
INSPER. O que é um estudo de caso?. Disponível em: 
. Acesso em: 10 de dezembro de 2016. 
 
 
KRONEMBERGER, Pedro Roberto Monken. O Novo Programa de Comportamento 
Seguro da Votorantim Metais Zinco de Juiz de Fora. 2010. 59 f. TCC (Graduação) - Curso 
de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2010. 
 
 
LOPES, Alexander Neves et al. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO EQUILIBRADO 
COMO INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR E DE TODA 
A COLETIVIDADE. Direito em Foco, Amparo, v. 6, n. 6, p.130-144, 2015. Disponível em: 
. Acesso em: 12 de novembro de 2016. 
 
 
MATTOS,Ubirajara A. O.; MÁSCULO, Francisco S. (orgs.) - Higiene e Segurança do 
Trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier/Abepro, 2011. 
 
 
MEDEIROS, João Bosco; TOMASI, Carolina. Comunicação Científica: Normas Técnicas 
para Redação Científica. São Paulo: Editora Atlas, 2008. 260 p. 
 
 
MENDES, Márcio Roberto Azevedo. Prevenção de Acidentes nos Trabalhos em 
Altura. 2013. 61 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia 
da UFJF, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013. 
 
 
MILANI, Cleovir José et al. Processo produtivo de elementos pré-moldados de concreto 
armado: Detecção de manifestações patológicas. Revista Risco: Revista de pesquisa em 
Arquitetura e Urbanismo, São Carlos, v. 15, n. 1, p.82-91, jan. 2012. Disponível em: 
. Acesso em: 29 de 
junho de 2017. 
 
 
MORAIS, Daniel Simoni Rodrigues de. Segurança do Trabalho e a Preocupação com a 
Integridade Física do Trabalhador. 2015. 46 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia 
Civil, Centro Universitário do Vale do Ipojuca, Caruaru, 2015. 
 
 
MORAES, Monica Maria Lauzid – O direito à saúde e segurança no meio ambiente do 
trabalho: proteção, fiscalização e efetividade normativa – São Paulo – LTr, 2002. 
 
 
	
	
81	
MOTTER, Leandro; SANTOS, Natana Mara dos. EFICÁCIA DOS TREINAMENTOS DE 
SEGURANÇA DO TRABALHO EM UMA INDÚSTRIA DE PRÉ-FABRICADOS DE 
CONCRETO. Revista Científica Tecnológica, Chapecó, v. 2, n. 1, p.191-203, mar. 2015. 
Disponível em: . Acesso 
em: 29 de junho de 2017. 
 
 
OIT. Doenças profissionais são principais causas de mortes no trabalho. 2013. Disponível 
em: . Acesso em: 20 de novembro de 2016. 
 
 
OSTROVSKI, Tiago Luís Ferreira. Análise de Riscos em uma Fábrica de Artefatos de 
Cimento. 2014. 60 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia de Segurança do 
Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014. 
 
 
PACHECO FIORILLO, Celso Antonio. Curso de Direito ambiental brasileiro. São Paulo: 
Saraiva, 2009, p. 21. 
 
 
PEREIRA, Karla Cristina Duarte. Aplicação da Ferramenta APR em Atividades da 
Construção Civil. 2015. 71 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia de 
Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015. 
 
 
PONZETTO, Gilberto. Mapa de Riscos Ambientais: Manual Prático. São Paulo, Editora 
LTR, Novembro de 2002. 
 
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário Estatístico da Previdência Social 2013. 22. ed. Brasília: 
Assessoria de Comunicação Social, 2015. 899 p. Disponível em: 
. 
Acesso em: 20 de novembro de 2016. 
 
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Anuário Estatístico da Previdência Social 2015. 24. ed. Brasília: 
Assessoria de Comunicação da Previdência, 2016. 918 p. Disponível em: 
. 
Acesso em: 20 de novembro de 2016. 
 
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. Comunicação de Acidente de Trabalho. 2013. Disponível em: 
. Acesso em: 28 de agosto de 2017. 
 
 
QUEIROZ, Juliana Americano da Costa. Riscos Ocupacionais a que Estão Expostos os 
Profissionais de Enfermagem em uma Unidade de Terapia Intesiva. 2010. 64 f. 
	
	
82	
Monografia (Especialização) - Curso de Curso de Pós- Graduação “Lato Sensu” de 
Especialização de Enfermagem do Trabalho, Universidade Castelo Branco, Salvador, 2010. 
 
 
REIS, Lucas Vinícius et al. Aplicação da Ferramenta QFD na Indústria de Artefatos de 
Cimento. Perspectivas Online: Exatas e Engenharia, Campos dos Goytacazes, v. 7, n. 17, 
p.1-11, maio 2017. Quadrimestral. Disponível em: 
. Acesso em: 26 de agosto de 2017. 
 
 
SANTOS, Josemar dos. Introdução à Engenharia de Segurança – Mapa de Risco. Centro 
Universitário Fundação Santo André FAENG, Versão 1.0.8.8, Santo André; São Paulo, 2008. 
Disponível em: 
. Acesso 
em: 20 de fevereiro de 2017. 
 
 
SANTOS, Samara dos. Análise dos Fatores de Riscos e o uso de EPI’s no Seguimento de 
Pescados do Município de Laguna - SC. 2013. 57 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarão, 
2015. 
 
 
SANTOS, Zelãene dos. NR-9 - Riscos Ambientais (Atual: Programa de Controle Médico 
de Saúde Ambientais – PPRA). 2014. Instituto Federal da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. 
 
 
SCHROPFER, Carlos Eduardo Kohl. Avaliação das Condições de Atendimento a Normas 
de Segurança de uma empresa Metal-mecânica. 2013. 90 f. Monografia (Especialização) - 
Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do 
Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2013. 
 
 
SESI. Dicas de Prevenção de Acidentes e Doenças no Trabalho: SESI – SEBRAE Saúde e 
Segurança no Trabalho. Brasília: SESI-DN, 2006. Disponível em: 
. Acesso em: 16 de novembro de 2016. 
 
 
SIASS. Projeto de Saúde e Segurança do Servidor. Goiânia: Ufg, 2013. 15 p. Disponível 
em: . Acesso em: 26 de 
agosto de 2017. 
 
 
SILVA, Diogo Cortês. Um sistema de gestão da segurança do trabalho alinhado à 
produtividade e à integridade dos colaboradores. 2006. 48 f. TCC (Graduação) - Curso de 
Engenharia de Produção, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2006. 
	
	
83	
SILVA, F. P.; MENDONÇA, T. M. Segurança do trabalho: um estudo em uma empresa 
da construção civil na cidade de Maceió. In: Simpósio de Excelência em Gestão e 
Tecnologia, 9º. Maceió. Anais... Associação Educacional Dom Bosco, AEDB, 2012. 
Disponível em: . Acesso em: 29 
de junho de 2017. 
 
 
SOUZA, Osvaldo Costa de. Responsabilidade civil na relação trabalhista. Revista 
Relações Trabalhistas Atualidades, São Paulo: RTA, n. 129, p. 13, jul./ago. 1998. 
 
 
TAKEDA, Fabiano. Configuração Ergonômica do Trabalho em Produção Contínua: O 
Caso de Ambiente de Cortes em Abatedouro de Frangos. 2010. 172 f. Dissertação 
(Mestrado) - Curso de Engenharia de Produção, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 
Ponta Grossa, 2010. 
 
 
TAVARES, José da Cunha. Noções de prevenção e controle de perdas em segurança do 
trabalho. 8. ed. São Paulo: Senac, 2012. 165 p. 
 
 
VIANA, Érika Cabral de Araujo. Riscos Ocupacionais em Atividades Desenvolvidas em 
Psiculturas em Tanques-rede. 2013. 67 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 
2013. 
 
 
VOTORANTIM METAIS. Relatório de Sustentabilidade Votorantim Metais 2014. São 
Paulo: Stilgraf, 2015. 128 p. Disponível em: . Acesso em: 26 de novembro de 2016. 
 
 
WELTER, Lara Borges. Sistema de Gestão Segurança e Saúde do trabalhador: proposta 
modelo para aplicação na construção civil. 2014. 63 f. Monografia (Especialização) - Curso 
de Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do 
Rio Grande do Sul, Ijuí, 2014. 
 
 
YAMAKAMI, Wyser José. Introdução à Engenharia de Segurança no Trabalho. Ilha 
Solteira: Unesp, 2013. 154 p. 
 
 
ZAGO, Marcelo. Análise da Aplicação da NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em 
Espaços Confinados em Silos de Grãos. 2014. 65 f. Monografia (Especialização) - Curso de 
Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade TecnológicaFederal do Paraná, Curitiba, 
2014. Disponível em: 
. Acesso em: 14 de novembro de 2016. 
 
	
	
84	
ZOCCHIO, Álvaro. Prática da Prevenção de Acidentes: ABC da Segurança do Trabalho. 
7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
85	
APÊNDICE A – Checklist para Inspeção de Segurança 
 
CHECKLIST PARA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
 
FÁBRICA / LOCAL: ________________________________________________ DATA: ____/____/____ 
 
 
01. Área Geral de Trabalho/Instalações Sim Não 
1 – A área conta com espaço e layout adequados para realização segura da tarefa. 
2 – As superfícies de trabalho estão secas ou então são antiderrapantes. 
3 – A iluminação é adequada às tarefas que são executadas. 
4 – Não se percebem odores estranhos ou contaminantes aéreos visíveis (poeiras, fumaça, névoas, 
vapores) na área de trabalho. 
 
5 – O mobiliário do posto de trabalho é adequado ao funcionário (conforto/altura). 
6 – Pisos, paredes e teto estão em boas condições. 
 
02. Vias de circulação: Sim Não 
7 – Os corredores são mantidos livres de refugos e desimpedidos para o uso. 
8 – Buracos, obstruções ou depressões encontram-se cobertos, demarcados, ou protegidos por qualquer 
outra forma, de modo a evitar que representem risco à segurança. 
 
9 – Saídas de emergência estão claramente demarcadas desimpedidas e iluminadas. 
 
03. Equipamentos de Proteção Individual: Sim Não 
10 – Existem EPIs disponíveis para cada tipo de tarefa. 
11 – Os empregados estão usando corretamente os EPIs e estes são apropriados a tarefa. 
12 – Os EPIs que estão sendo usados apresentam-se limpos e em boas condições. 
 
04. Equipamentos de Combate a Incêndio: Sim Não 
13 – Todos os equipamentos de combate a incêndio estão devidamente identificados. 
14 – Todos os extintores encontram-se dentro de seu prazo de validade (carga/teste hidrostático) 
15 – Os equipamentos de combate a incêndio (hidrantes/extintores) encontram-se desobstruídos. 
16 – Existem extintores descarregados no setor. 
 
05. Produtos Químicos: Sim Não 
17 – Utilização na área de trabalho de forma adequada e em recipientes apropriados. 
18 – Embalagens de produtos químicos estão rotuladas com o nome do material e com advertências 
referentes aos riscos imediatos que representam. 
 
19 – Os cilindros de gases comprimidos estão adequadamente fixados para evitar que caiam durante o 
uso ou armazenagem. 
 
 
06. Equipamentos, Máquinas e Ferramentas: Sim Não 
20 – Existe espaço adequado para a armazenagem de ferramentas e outros equipamentos. 
21 – As ferramentas estão em bom estado e são inspecionadas antes do uso. 
22 – As ferramentas e equipamentos danificados são retirados de serviço. 
23 – As ferramentas são transportadas adequadamente. 
	
	
86	
24 – Há espaço adequado em torno das máquinas para permitir operação e movimentação segura de 
materiais e pessoal. 
 
25 – Todos os equipamentos fixos estão presos no piso de modo a impedir que se desloquem durante o 
uso. 
 
26 – Todas as fontes de energia possuem sistema sinalizado e adequado para bloqueio. 
27 – As máquinas possuem dispositivo de desligamento de emergência. 
28 – O posto de operação da máquina/equipamento oferece ampla visão para o operador. 
 
 07. Instalações Elétricas: Sim Não 
29 – Existem fiações expostas no setor. 
30 – Não se usa cabos/fiação elétrica temporária em instalações permanentes. 
31 – Os cabos/fios de extensão temporária não oferecem risco de tropeços na área de trabalho. 
32 – Todas as máquinas/equipamentos estão devidamente aterrados. 
33 – Os fios elétricos e cabos estão protegidos por eletrodutos, conduletes, etc. 
34 – Os circuitos elétricos estão identificados em seus painéis para orientar os reparos e operação. 
 
08. Arranjo físico: Sim Não 
35 - A área está arrumada, limpa, organizada e livre de refugos. 
36 - Não se encontra acúmulo de sujeira, poeira ou outros materiais. 
37 - Não há risco de escorregões, tropeços ou riscos de queda na área de trabalho. 
38 - Existem recipientes apropriados para cada tipo de resíduo gerado na área e são utilizados 
corretamente. 
 
39 - Os recipientes são esvaziados todos os dias ou sempre que necessário. 
 
09. Equipamentos para Transporte: Sim Não 
40 - Carrinhos manuais estão em boas condições de uso. 
41 - Os equipamentos para transporte de materiais, possuem identificação da capacidade máxima de 
carga. 
 
 
Fonte: Adaptado de Marcelo Gênesi.sem EPI ....................................................................................... 59 
Figura 11: Espaço não coberto na Fábrica A ............................................................................ 60 
Figura 12: Espaço não coberto na Fábrica C ............................................................................ 60 
Figura 13: Realização de atividades com poeira em ascensão - Fábrica A .............................. 61 
Figura 14: Realização de atividades com poeira em ascensão - Fábrica B .............................. 61 
Figura 15: Contato direto com cimento – Fábrica A ................................................................ 62 
Figura 16: Contato direto com cimento – Fábrica B ................................................................. 62 
Figura 17: Instalações sanitárias da Fábrica A ......................................................................... 63 
Figura 18: Instalações sanitárias da Fábrica B .......................................................................... 63 
Figura 19: Instalações sanitárias da Fábrica C .......................................................................... 64 
Figura 20: Armazenamento inadequado de água na Fábrica A ................................................ 64 
Figura 21: Armazenamento inadequado de água na Fábrica B ................................................ 64 
Figura 22: Postura dos trabalhadores da Fábrica A ao realizar atividades ............................... 65 
Figura 23: Postura dos trabalhadores da Fábrica B ao realizar atividades ............................... 65 
Figura 24: Via de circulação na Fábrica A ............................................................................... 66 
Figura 25: Via de circulação na Fábrica B ................................................................................ 66 
Figura 26: Via de circulação na Fábrica C ................................................................................ 67 
Figura 27: Via de circulação na Fábrica A ............................................................................... 67 
Figura 28: Via de circulação na Fábrica B ................................................................................ 67 
Figura 29: Via de circulação na Fábrica C ................................................................................ 68 
Figura 30: Riscos com eletricidade na Fábrica A ..................................................................... 68 
Figura 31: Riscos com eletricidade na Fábrica B ..................................................................... 69 
Figura 32: Riscos com eletricidade na Fábrica C ..................................................................... 69 
	
	
Figura 33: Risco de queda de materiais na Fábrica A .............................................................. 70 
Figura 34: Risco de queda de materiais na Fábrica C ............................................................... 70 
Figura 35: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica A .............. 71 
Figura 36: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica B .............. 71 
Figura 37: Locais que favorecem surgimento de animais peçonhentos na Fábrica C .............. 71 
Figura 38: Risco no transporte de carga na Fábrica A .............................................................. 72 
Figura 39: Risco no transporte de carga na Fábrica B .............................................................. 72 
Figura 40: Exemplos de produtos comercializados pelas fábricas ........................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 01: Probabilidade de ocorrência de acidentes ou danos ............................................... 37 
Quadro 02: Nível de Gravidade de acidentes que possam ocorrer ........................................... 37 
Quadro 03: Classificação a partir da Gravidade e Probabilidade ............................................. 38 
Quadro 04: Índice de risco e gerenciamento de ações a serem tomadas .................................. 38 
Quadro 05: Descrição dos tipos de riscos ................................................................................. 40 
Quadro 06: Características da Fábrica A .................................................................................. 44 
Quadro 07: Análise Preliminar de Risco da Fábrica A ............................................................. 46 
Quadro 08: Características da Fábrica B .................................................................................. 49 
Quadro 09: Análise Preliminar de Risco da Fábrica B ............................................................. 51 
Quadro 10: Características da Fábrica C .................................................................................. 54 
Quadro 11: Análise Preliminar de Risco da Fábrica C ............................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABREVIATURAS 
 
ATIV. Atividade 
CR Categoria do Risco 
GRAV. Gravidade 
nº Número 
PROB. Probabilidade 
Seg. Segunda-feira 
Sex. Sexta-feira 
 
SIGLAS 
 
APR Análise Preliminar de Risco 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AEPS Anuário Estatístico da Previdência Social 
CA Certificado de Aprovação 
CAI Certificado de Aprovação de Instalações 
CAT Comunicação de Acidente de Trabalho 
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
CLT Consolidação das Leis do Trabalho 
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
CR Categoria do Risco 
CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
MTE Ministério do Trabalho e Emprego 
NBR Norma Brasileira 
NR Norma Regulamentadora 
OIT Organização Internacional do Trabalho 
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
SESI Serviço Social da Indústria 
	
	
SESMT Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
SGSST Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho 
SIASS Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor 
SIT Secretaria de Inspeção do Trabalho 
SST Segurança e Saúde do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 15 
2 OBJETIVOS ......................................................................................................................... 17 
2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 17 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 17 
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 18 
3.1 FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO ............................................................. 18 
3.2 AMBIENTE DE TRABALHO ....................................................................................... 19 
3.3 ACIDENTE DE TRABALHO ....................................................................................... 19 
3.4 SEGURANÇA DO TRABALHO .................................................................................. 21 
3.5 PREVENÇÃO DE ACIDENTES ................................................................................... 22 
3.4.1 Normas Regulamentadoras ...................................................................................... 25 
3.4.2 Classificações dos Riscos ........................................................................................27 
3.5 SISTEMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ........................................................ 31 
3.5.1 Conceito ................................................................................................................... 31 
3.5.2 Estrutura ................................................................................................................... 32 
3.5.3 Índices de Acidentes de Trabalho e Custos ............................................................. 32 
3.5.4 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ....................................................... 34 
3.5.5 Gestão dos Riscos .................................................................................................... 34 
3.5.5.1 Análise Preliminar de Risco (APR) .................................................................. 35 
3.5.5.2 Mapa de Risco ................................................................................................... 39 
4 METODOLOGIA ................................................................................................................ 41 
4.1 ESTRUTURA DOS RESULTADOS ............................................................................. 42 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 44 
5.1 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA A ..................................................................... 44 
5.1.1 Características da Fábrica A .................................................................................... 44 
5.1.2 Layout da Fábrica A ................................................................................................. 45 
5.1.3 Apresentação dos riscos da Fábrica A através da APR ........................................... 46 
5.1.4 Mapa de Risco da Fábrica A .................................................................................... 48 
5.2 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA B ...................................................................... 49 
5.2.1 Características da Fábrica B ..................................................................................... 49 
	
	
5.2.2 Layout da Fábrica B ................................................................................................. 49 
5.2.3 Apresentação dos riscos da Fábrica B através da APR ............................................ 51 
5.2.4 Mapa de Risco da Fábrica B .................................................................................... 53 
5.3 AVALIAÇÃO GERAL DA FÁBRICA C ...................................................................... 54 
5.3.1 Características da Fábrica C ..................................................................................... 54 
5.3.2 Layout da Fábrica C ................................................................................................. 54 
5.3.3 Apresentação dos riscos da Fábrica C através da APR ............................................ 56 
5.3.4 Mapa de Risco da Fábrica C .................................................................................... 58 
5.4 DISCUSSÃO .................................................................................................................. 59 
5.4.1 Sugestões de melhorias ............................................................................................ 73 
6 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 75 
6.2 PERSPECTIVAS PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................... 75 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 77 
APÊNDICE A – Checklist para Inspeção de Segurança ..................................................... 85 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
15	
1 INTRODUÇÃO 
	
Com a evolução do setor imobiliário, dos programas governamentais de moradias, 
além do surgimento de obras de infraestrutura decorrentes das demandas para a Copa do 
Mundo e Jogos Olímpicos, o setor da construção civil teve grande fortalecimento no Brasil, 
principalmente entre os anos 2007 e 2013. Como parte da cadeia da construção civil, o ramo 
de fabricação de artefatos de cimento experimentou a mesma ascensão e consolidou-se no 
mercado faturando aproximadamente R$ 4,2 bilhões nesse período (OSTROVSKI, 2014). 
Atualmente, o Brasil está inserido num momento econômico no qual propicia uma 
desaceleração do consumo, acarretando em uma retração da indústria. Para sobrevivência 
dessas empresas, o desenvolvimento de produtos focados nos requisitos dos clientes tem se 
tornado de suma importância, visto que a vantagem competitiva é obtida pelo competidor que, 
com maior precisão, satisfaz seus clientes (REIS et al., 2017). 
As estratégias que visam aumentar a competitividade da empresa estão ligadas de 
forma inerente ao trabalhador e ao ambiente, pois estes são os bens e capital que as empresas 
necessitam para se desenvolverem. Nesta gama de fatores que influenciam o sistema humano-
máquina-ambiente, se estabelece a necessidade do estudo da adaptação confortável e 
produtiva entre as condições de trabalho, o ser humano e a integridade ambiental (TAKEDA, 
2010). 
Eventos relacionados a acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e más condições 
ambientais podem ser decisivos para a competitividade da empresa, influenciando, até mesmo, 
na sua sobrevivência no mercado. Isto se torna evidente pelo fato de que as instituições deste 
ramo são, predominantemente, de micro e pequeno porte (OSTROVSKI, 2014). 
Quanto ao aspecto humano, percebeu-se que a falta de informação e consciência dos 
riscos envolvidos nas etapas do trabalho faz com que muitos trabalhadores e empregadores 
não tomem as devidas precauções para se evitar acidentes ou doenças ocupacionais. Segundo 
Yamakami (2013), são muitos os acidentes que levam a morte ou deixam sequelas que 
impossibilitam ou dificultam o retorno do homem ao trabalho, tendo como consequência a 
desestruturação do ambiente familiar, onde tais perdas repercutem por tempo indeterminado. 
	
	
16	
É bastante comum a negligência, em algumas organizações, quanto a assuntos de 
segurança ocupacional, justificada, na maioria das vezes, pela escassez de recursos e pela 
mentalidade de que empresas com quadro reduzido de funcionários estão dispensadas das 
práticas de prevenção (OSTROVSKI, 2014). Apesar das empresas desse seguimento serem, 
majoritariamente, de pequeno e médio porte, as mesmas influenciam em aspectos econômicos 
e sociais dos locais em que estão inseridas. 
Considerando a importância das condições de conforto, saúde e segurança de 
trabalhadores dessas empresas, este trabalho buscou, através de pesquisa exploratória de 
campo e estudo de caso, avaliar as condições de trabalho e do ambiente em fábricas de 
artefatos de cimento presentes na cidade de Cruz das Almas - Bahia. 
Este estudo está dividido em 6 capítulos. Na presente seção inicial, introduz-se o tema 
escolhido para estudo e no capítulo 2 são demonstrados os objetivos geral e específicos. No 
capítulo 3, apresenta-se a fundamentação teórica em que os estudos foram embasados e no 
capítulo 4 estão explicitados a metodologia utilizada para o seguimento da pesquisa. No 
capítulo 5 estão disponíveis os resultados obtidos, discussões e recomendações acerca das 
avaliações efetuadas in loco. E por fim, conclui-se o trabalho no capítulo 6. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
17	
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
• Identificar e analisar os riscos aos quais trabalhadores estão expostos em fábricas de 
artefatos de cimento localizadas na cidade de Cruz das Almas - BA. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
• Identificar riscos ambientais presentes nos locais de trabalho; 
• Identificar riscos, inerentes ou não, relacionados às atividades executadas pelos 
trabalhadores das fábricas; 
• Desenvolver mapas derisco de acordo com as análises realizadas em cada fábrica; 
• Propor medidas preventivas visando minimizar os riscos identificados e evitar 
acidentes de trabalho; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
	
18	
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
3.1 FÁBRICAS DE ARTEFATOS DE CIMENTO 
Para Bonafé et al. (2015), qualquer material que utilize cimento como aglomerante 
pode ser caracterizado como um artefato de cimento. De forma geral, isso pode ser referido a 
peças pré-moldadas ou produtos decorativos para acabamento de obras. 
De acordo com a NBR 9062 (ABNT, 2006), os elementos pré-moldados podem ser 
definidos como peças executadas industrialmente, mesmo em instalações temporárias em 
canteiros de obra, ou em instalações permanentes de empresa destinada para este fim que 
atende aos requisitos mínimos de mão-de-obra qualificada. 
Com a forte concorrência, as empresas que atuam na construção civil acabam criando 
estratégias para se manter cada vez mais competitivas, de modo que a redução de custos de 
produção, menor desperdício, tempos de execução, otimização da mão de obra são fatores que 
devem ser ponderados. O uso de metodologias que propiciem a industrialização da construção 
civil se torna uma alternativa interessante, como é o caso da aplicação de elementos pré-
moldados (MILANI et al., 2012). 
Nas indústrias de fabricação de artefatos de cimento, as atividades desenvolvidas 
envolvem risco de grau 4 numa escala que varia de 1 (mínimo) a 4 (máximo), de acordo com 
o Quadro I da NR 4 que relaciona Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 
com um correspondente grau de risco (BRASIL, 2008). 
E diante de um mundo globalizado é importante que as organizações voltem sua 
atenção não apenas para o desenvolvimento da produção e comercialização de seus produtos e 
serviços, mas principalmente para seus trabalhadores de forma que esses não sejam 
caracterizados como meros recursos produtivos. As empresas devem atuar de forma 
consciente e responsável no mercado, enxergando os impactos que as suas atividades geram 
na saúde e segurança de seus trabalhadores, no mercado consumidor, e no meio ambiente 
(SILVA e MENDONÇA, 2012). 
	
	
19	
3.2 AMBIENTE DE TRABALHO 
A proteção e a preservação do meio ambiente do trabalho são fatores essenciais para a 
realização de um trabalho com dignidade, onde o trabalhador não pode ser considerado como 
mera máquina para execução de serviços sofrendo prejuízos à sua integridade física, 
psicológica e moral (MORAES, 2012). 
De acordo com Fiorillo (2006), ambiente de trabalho: 
é o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, remuneradas ou 
não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes 
que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente 
da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, 
celetistas, servidores públicos, autônomos, etc). 
 
O ambiente de trabalho é composto por um conjunto de fatores que fogem ao controle, 
seja pelos níveis permitidos ou pelos processos que desencadeia, tornando o ambiente de 
trabalho suscetível ao desenvolvimento das chamadas patologias do trabalho que podem ser 
citadas como acidentes do trabalho, doenças profissionais ou doenças do trabalho (SANTOS, 
2013). 
O conceito de Meio Ambiente do Trabalho não abrange apenas o local onde o 
trabalhador desenvolve suas atividades, mas também todas as condições a que ele se submete 
para que determinada atividade se torne possível. Logo, a definição de meio ambiente do 
trabalho também deve levar em consideração a jornada de trabalho, horas extras, horário intra 
e entre jornadas, bem como o salário ou remuneração. Tudo isso visando a satisfação da parte 
hipossuficiente da relação, o trabalhador (LOPES et al., 2015). 
3.3 ACIDENTE DE TRABALHO 
Para Souza (1998), acidente de trabalho deve ser entendido como: 
não só como aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa, 
provocando lesão corporal, perturbação funcional ou doença que cause a morte ou 
perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade de trabalho, mas 
também como variada gama de doenças profissionais. 
 
Segundo o Artigo 19 da Lei n° 8.213 (BRASIL, 1991), acidente do trabalho é: 
 
	
	
20	
o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador 
doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte 
ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
O Artigo 21 (BRASIL, 1991) da mesma Lei ainda acrescenta que pode ser definido 
como acidente de trabalho: 
 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja 
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua 
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua 
recuperação; 
 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro 
de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada 
ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro 
de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força 
maior; 
 
Para que o acidente, ou a doença, seja considerado como acidente do trabalho é 
imprescindível que seja caracterizado tecnicamente pela perícia médica do Instituto Nacional 
do Seguro Social (INSS), que fará o reconhecimento técnico do nexo casual entre o acidente e 
a lesão, a doença e o trabalho, e a causa mortis e o acidente. Na conclusão da perícia médica, 
o médico perito pode decidir pelo encaminhamento do segurado para retornar ao trabalho ou 
emitir um parecer sobre o afastamento (ZAGO, 2014). 
Além das explanações feitas anteriormente para definir o termo acidente de trabalho, 
também faz-se necessário o conhecimento de outros termos ligados ao mesmo. Estes 
conceitos básicos precisam ser conhecidos para uma melhor contextualização sobre o assunto, 
onde os mesmos podem ser descritos como (WELTER, 2014): 
a) Risco: combinação da probabilidade e das consequências de ocorrer um evento 
não desejado que pode se transformar em dano à saúde, integridade das pessoas, 
materiais e ambiente do trabalho. Assim, o termo “risco” deve ser entendido como 
sendo um adjetivo que caracteriza os perigos, ou seja, um perigo pode ter um risco 
alto ou baixo.	
b) Segurança: o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos. 
	
	
21	
c) Saúde: estado de bem estar físico, mental e social, e não meramente a ausência de 
doenças ou enfermidades. 
d) Segurança e Saúde no Trabalho: é o estado de estar livre de riscos inaceitáveis de 
danos nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar físico, mental e social 
dos trabalhadores. 
e) Não-conformidade: é não-atendimento a um requisito legal, norma técnica, 
diretriz ou procedimento interno da organização, ou seja, qualquer desvio em 
relação às normas de trabalho, práticas, procedimentos, regulamentos, 
desempenho do sistema de gestão, etc., que podem direta ou indiretamente levar a 
lesões ou doenças, danos à propriedade, prejuízo ao ambiente de trabalho, ou à 
combinação desses. 
f) Correção: é a ação tomada para eliminar uma não-conformidade definida para 
transformar uma situação não-conforme em conforme. 
3.4 SEGURANÇA DO TRABALHO 
A Segurança do Trabalho pode ser definida como a ciência que, através de 
metodologias e técnicas apropriadas, estuda as possíveis causas de acidentes do trabalho, 
tendo como objetivo a prevenção de sua ocorrência, cujo papel é auxiliar o empregador, 
visando a preservação da integridade físicae mental dos trabalhadores e a continuidade do 
processo produtivo (VOTORANTIM METAIS, 2005 apud SILVA, 2006). 
Este é um tema que vem sendo discutido pelo mundo, e apesar de ser abordado em 
escalas diferentes em cada lugar, deve ser um dos assuntos centrais na rotina de diversas 
empresas, seja ela de pequeno, médio ou grande porte, pois tem como objetivo a preocupação 
com o bem estar do funcionário e de sua família (MORAIS, 2015). 
Morais (2015) ainda afirma que os acidentes são causados pelos atos inseguros ou 
pelas condições inadequadas de trabalho. Os atos inseguros são denominados por ações 
indevidas ou inadequadas cometidas pelos colaboradores, podendo resultar em acidentes, 
enquanto que as condições inadequadas são aquelas presentes no ambiente de trabalho que 
podem vir a causar um acidente, podendo estar ligada de forma direta ou indireta ao 
trabalhador, ou seja, é uma situação em que o ambiente pode proporcionar riscos de acidentes 
do trabalho, ao meio ambiente e equipamentos durante a realização das atividades. 
	
	
22	
Para exemplificar algumas ações consideradas “atos inseguros”, tem-se (MENDES, 
2013): 
• Não uso de EPI; 
• Trabalho sob a influência de álcool ou outras drogas; 
• Operação de equipamentos sem autorização; 
• Realização de manutenção de equipamentos em operação; 
• Utilização de equipamento defeituoso; 
• Utilização de equipamentos de maneira incorreta; 
• Operação em velocidade inadequada; 
• Extração dos dispositivos de segurança; 
• Transporte de maneira incorreta; 
• Levantamento de objetos de forma incorreta; 
• Adoção de uma posição inadequada para o trabalho; 
 
Como exemplos de “condições inseguras”, tem-se (MENDES, 2013): 
 
• Equipamentos de proteção inadequados ou insuficientes; 
• Proteções e barreiras impróprias; 
• Perigos de explosão e incêndio; 
• Ferramentas, equipamentos ou materiais imperfeitos; 
• Espaço restrito ou congestionado; 
• Desordem; 
• Condições ambientais perigosas: gases, poeira, fumaça, vapores; 
• Radiações; 
• Temperaturas extremas; 
• Ruídos excessivos; 
• Iluminação excessiva ou inadequada. 
3.5 PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
A prevenção dos acidentes deve ser realizada por meio de medidas gerais de 
comportamento, eliminação de condições inseguras e treinamento dos empregados, onde o 
uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) deve ser obrigatório, havendo 
	
	
23	
fiscalização em todas as atividades, oferecimento de treinamento quanto ao seu uso correto. 
As tarefas devem ser previamente avaliadas, os riscos e os padrões de trabalho identificados e 
todos devem ser responsáveis pela segurança e prevenção dos acidentes (SILVA, 2006). 
A utilização dos EPIs é de extrema importância na prevenção dos acidentes, pois 
muitas vezes, as medidas de controle relativas ao ambiente não são suficientes para eliminar 
os riscos. O uso e o cuidado com o equipamento de segurança faz parte do trabalho de cada 
um, sendo que existe sempre um EPI apropriado à tarefa que será realizada (VOTORANTIM 
METAIS, 2005 apud SILVA, 2006). 
Além disso, junto com os equipamentos de proteção individual, atuam os 
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) na prevenção dos acidentes. Os mesmos são 
equipamentos que neutralizam o risco na fonte. Quando instalada, por exemplo, uma proteção 
acústica, está havendo uma atuação sobre o ambiente de trabalho, sendo esta medida chamada 
de proteção coletiva, pois protege o conjunto de trabalhadores (SILVA, 2006). 
Nas Figuras 1 e 2 estão ilustrados alguns exemplos de Equipamentos de Proteção 
Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva: 
 
Figura 1: Exemplos de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Blog da Engenharia, 2014. 
 
 
 
 
 
	
	
24	
Figura 2: Exemplos de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Aguado Máquinas & Ferramentas, 2017. 
Porém, por mais que uma empresa faça investimentos na aquisição dos EPIs, se os 
empregados não estiverem dispostos a mudarem seus hábitos no dia a dia de trabalho, os 
resultados continuarão sendo os mesmos. Munir os colaboradores com equipamentos de 
proteção individual, como uniformes, óculos, máscaras e luvas é indispensável para dar 
segurança durante a execução das atividades laborais, mas cada indivíduo também precisa 
contribuir efetivamente para o bem individual e da própria equipe (MORAIS, 2015). 
De acordo com Gelfei (2012), engenheiro de Segurança do Trabalho e inspetor do 
CREA-Paraná, a falta de conscientização dos trabalhadores e da sociedade é o grande 
problema. Para ele, não basta o engenheiro analisar os riscos e transmiti-los ao técnico de 
Segurança do Trabalho que supervisionará a obra. Ele afirma que “os funcionários precisam 
entender que a segurança depende de sua própria conduta, enquanto os técnicos atuam como 
auxiliadores na orientação da segurança”, explica. Segundo o engenheiro, exigir condições 
seguras de trabalho é obrigação de todos, desde trabalhadores em cargos mais baixos aos de 
gerência, além da sociedade. 
O manual Comportamento Seguro (FIBRIA, 2013) ainda afirma que: 
A eliminação dos comportamentos de risco sem modificar os valores da organização 
pode ser muito difícil. Quando existem práticas de risco, não basta apenas modificá-
las. Se os valores não se alteram, a modificação da prática não traz benefícios a 
longo prazo. Uma fábrica pode desejar ser líder em segurança, entretanto se um 
grupo de funcionários não der o mesmo valor à segurança, ele não vê razões para 
mudar o que está sendo feito, mesmo que isso envolva algum risco de acidente. [...] 
O empregado sabe que para trabalhar no esmeril deve-se usar protetor facial. Mas se 
	
	
25	
está acostumado a não usar o protetor facial e, por diversas vezes, já viu seus 
colegas também trabalharem no esmeril sem usar o protetor facial, mesmo 
reconhecendo o risco, irá escolher trabalhar sem a proteção facial. 
 
A implementação de um projeto de conscientização para gestores e trabalhadores faz-
se necessário pois traz melhorias na qualidade de vida dos envolvidos, qualidade e 
produtividade no trabalho além da redução de custos com benefícios, despesas médicas e 
hospitalares e substituição de pessoal (MORAIS, 2015). 
Itiro Iida (2002) afirma que, o acompanhamento da segurança pode ser feito por meio 
de inspeções periódicas aos principais postos de trabalho, sendo disponíveis questionários ou 
checklists para fazer essas verificações. Se houver um acidente, deve ser preparado um 
relatório minucioso, descrevendo o tipo de acidente, a lesão causada e as condições do local 
onde ocorreu o acidente, verificando, principalmente, se houve algum desvio, em relação às 
condições normais de operação. 
3.4.1 Normas Regulamentadoras 
A Norma Regulamentadora tem como objetivo servir de balizamento e de parâmetro 
técnico às pessoas ou empresas que devem atender aos ditames legais e que, também, devem 
observar o pactuado nas convenções e nos Acordos Coletivos de Trabalho de cada categoria e 
nas Convenções coletivas sobre Prevenção de Acidentes (SCHROPFER, 2013). 
Segundo a NR 1 (BRASIL, 1978), as Normas Regulamentadoras são de observância 
obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta 
e indireta, incluindo-se órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados 
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As mesmas regulamentam e fornecem 
orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança do 
trabalho. 
Nem todas as normas são pertinentes a todos os setores da economia, devendo ser 
utilizadas as correspondentes com as avaliações realizadas. Algumas podem ser brevemente 
descritas como (SCHROPFER, 2013): 
	
	
26	
• NR 01 – Disposições Gerais: As empresas privadas e públicas que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) deverão 
cumpriras normas regulamentadoras relativas à segurança e à medicina do trabalho. 
• NR 02 – Inspeção Prévia: Estabelece que todo estabelecimento novo deverá 
solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho 
e Emprego (MTE), que emitirá o Certificado de Aprovação de Instalações (CAI). 
• NR 03 – Embargo ou Interdição: A Delegacia Regional do Trabalho poderá 
interditar e/ou embargar o estabelecimento, as máquinas, o setor de serviços, se eles 
demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador. 
• NR 04 – Serviços Especializados em Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT): 
Estabelece a obrigatoriedade de manter um SESMT vinculado à gradação do risco 
de atividade e ao número de empregados. 
• NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): Estabelece a 
obrigatoriedade de organizar e manter CIPA composta por representantes do 
empregador e dos empregados, com o objetivo de verificar condições de risco e 
participar das soluções para controle das mesmas. 
• NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI): As empresas são obrigadas a 
fornecer gratuitamente aos seus empregados equipamentos de proteção individual 
(EPI), destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo 
equipamento deve ter o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho 
e Emprego. 
• NR 08 – Edificações: Estabelece os requisitos técnicos que devem ser observados 
nas edificações para garantir a segurança e o conforto dos que nelas trabalham. 
• NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): Dispõe sobre a 
elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
visando a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores. 
• NR 10 – Instalações e Serviços de Eletricidade: Estabelece as condições mínimas 
exigíveis para garantir a segurança dos empregados, usuários e terceiros que 
trabalham em instalações elétricas. 
• NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais: 
Estabelece normas de segurança para o transporte, manuseio, movimentação e 
armazenagem de materiais. 
	
	
27	
• NR 12 – Máquinas e equipamentos: Estabelece normas de segurança no trabalho 
em máquinas e equipamentos. Regulamente as instalações e áreas de trabalho; 
distâncias mínimas entre as máquinas e os equipamentos; dispositivos de 
acionamento, partida e parada das máquinas e equipamentos. 
• NR 17 – Ergonomia: Estabelece parâmetros para adaptação das condições de 
trabalho as características psicofisiológicas dos trabalhadores. Obriga o empregador 
a realizar a análise ergonômica do trabalho. 
• NR 21 – Trabalho a céu aberto: Dispõe sobre as condições do trabalho a céu aberto. 
Define o tipo de proteção aos trabalhadores que trabalham sem abrigo contra 
intempéries, insolação e condições sanitárias. 
• NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho: Dispõe sobre as 
condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. Todo estabelecimento 
deve atender às determinações desta norma, no tocante à otimização das condições, 
e às instalações sanitárias e de conforto. 
3.4.2 Classificações dos Riscos 
De acordo com Costa (2010), os riscos são comuns e estão presentes em todos os 
ambientes nos quais se desenvolvem atividades humanas. Seja em locais de trabalho ou em 
práticas diárias frequentes, a segurança e a saúde humana podem ser afetadas. Como 
consequências diretas dos riscos presentes no ambiente de trabalho, podem surgir lesões 
imediatas e/ou doenças do trabalho em curto, médio e longo prazo. Ainda segundo o autor, é 
imprescindível saber reconhecer, identificar e avaliar os riscos existentes no local de trabalho. 
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, 
ergonômicos e mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde do trabalhador nos 
ambientes de trabalho, em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de 
exposição ao agente (AYRES E CORREA, 2011). 
De acordo com a Portaria n˚ 3.214 do Ministério do Trabalho (BRASIL, 1978), os 
riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores, presentes ou relacionados ao trabalho, 
podem ser classificados em cinco grupos: 
I. Riscos Físicos 
	
	
28	
De acordo com Santos (2014), os riscos físicos são efeitos que podem ser ocasionados 
por máquinas, equipamentos e condições físicas que de acordo com o ambiente de trabalho 
que podem vir a causar danos à saúde do trabalhador. 
A partir da NR 9 (BRASIL, 1978), pode-se exemplificar e conceituar alguns agentes 
físicos como: 
• Ruído - definido como um som indesejável, produto das atividades diárias da 
comunidade. O som representa as vibrações mecânicas da matéria através do qual 
ocorre o fluxo de energia na forma de ondas sonoras; 
• Vibração - É qualquer movimento que o corpo executa em torno de um ponto 
fixo. Assim como o ruído, pode provocar danos à saúde se houver exposição em 
altos decibéis; 
• Radiação ionizante - São emissões de energia em diversos níveis, desde a faixa do 
visível, passando pelo ultravioleta, raios-X, raios gama, partículas alfa e beta 
capazes de em contato com elétrons de um átomo, retirá-los, provocando a 
ionização dos mesmos; 
• Radiação não ionizante - São classificadas pelo comprimento de onda de 
nanômetros a quilômetros. Conforme a sua freqüência podem ser apenas refletidas 
e absorvidas sem conseqüências, a medida que aumentam fazem contrações 
cardíacas, debilitação do sistema nervoso central e como efeitos agudos causam 
catarata ou até mesmo a morte. Fator determinante é o tempo de exposição. São 
exemplos: raios visíveis, infravermelho, microondas, freqüência de rádio, raios 
laser; 
• Umidade - Faixa de conforto a que corresponde à temperatura de 22 a 26 °C e 
umidade relativa do ar entre 45% e 50%; 
• Variações atmosféricas - exposição a temperaturas e climas variáveis e/ou 
extremados, pressão atmosférica. 
	
	
II. Riscos Químicos 
Os agentes químicos, assim como outros agentes, também são definidos pela NR 9 
(BRASIL, 1978) como substâncias, produtos ou compostos que possam afetar a saúde e 
integridade do colaborador através de absorção pelo organismo através da pele e ingestão ou 
	
	
29	
pela penetração através das vias aéreas respiratórias. Alguns riscos químicos podem ser 
exemplificados como: poeiras, fumos, névoas, gases, vapores e entre outros. 
Os agentes químicos que podem causar doenças profissionais são encontrados nas 
formas gasosa, líquida e sólida e, quando absorvidos pelo nosso organismo, produzem, na 
grande maioria dos casos, reações chamadas de venenosas ou tóxicas. Há três vias básicas de 
penetração dos tóxicos no corpo humano: respiratória, cutânea e digestiva (SANTOS, 2013). 
Os riscos químicos podem ser exemplificados em diferentes formas como (QUEIROZ, 
2010): 
 
a) Contato com soluções químicas: líquidos, aerossóis, gases, poeiras, vapores; 
b) Manipulação de substâncias que podem produzir alguma toxicidade em quem os 
manipula: alvejantes, chumbo, desinfetantes, anestésicos, compostos químicos, 
fotográficos; 
c) Falhas técnicas quanto à concentração e indicação de desinfetantes ou outras 
substâncias. 
 
 
III. Riscos Biológicos 
De acordo com a NR 9 (BRASIL, 1978), os riscos biológicos englobam bactérias, 
fungos, vírus e outros que constam no Quadro 05. Geralmente, esses agentes biológicos são 
visíveis apenas ao microscópio, sendo capazes de resultar em doenças, deteriorações de 
alimentos e mau cheiro. Os mesmos apresentam muita facilidade de reprodução, além de 
contarem com diversos processos de transmissão. 
Santos (2014) completa que os mesmos podem vir a desencadear doenças 
provenientes da contaminação ou do próprio ambiente de trabalho, onde os casos mais 
comuns de manifestação são: 
a) Nos ferimentos podem provocar infecção por tétano; 
b) Hepatite, tuberculose, micoses da pele, entre outras, que podem ser levados por 
funcionárioscontaminados para o ambiente de trabalho; 
c) Diarreias causadas pela falta de asseio e higiene em ambiente de alimentação. 
 
	
	
30	
IV. Riscos Ergonômicos 
A ergonomia é definida pela NR 17 (BRASIL, 1978) como um conjunto de 
parâmetros que podem adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos colaboradores, para que estes possam trabalhar em um ambiente com um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. 
Mattos (2011) compara o rendimento do homem ao de uma máquina, apresentando 
dados relevantes que demonstram a superioridade desta última citada em aspectos como 
potência, capacidade de levantamento de carga e gasto energético. Finaliza comparando o 
homem a uma ferramenta universal, com baixa capacidade para realizar grandes potências, 
mas com grande versatilidade na realização de tarefas. 
Diante desse quadro adverso, existem diversas situações anti-ergonômicas no ajuste da 
carga do trabalho físico e da capacidade do trabalhador, sendo as principais, segundo Couto 
(1995): 
a) Carga do trabalho físico excessivamente pesada para quase todos os trabalhadores. 
b) Peso da carga de trabalho, mesmo não sendo excessivamente pesada, ultrapassa o 
limite de 1/3 da capacidade aeróbica do pessoal (capacidade máxima física de um ser 
humano numa jornada de 8 horas), não existindo pausas suficientes para recuperação. 
c) Número de horas reais de trabalho muito altas, seja na empresa ou na 
complementação de rendimentos fora dela. 
d) Quando um novo trabalhador, com baixa capacidade aeróbica, entra em uma função 
tolerada por trabalhadores com alta capacidade aeróbica, sem prévia verificação 
médica. 
e) Quando há a combinação de uma pesada carga de trabalho com alta temperatura. 
 
 
V. Riscos de Acidentes (Risco Mecânico) 
De acordo com Costa (2010), diversos elementos presentes no ambiente de trabalho 
podem comprometer a integridade física dos trabalhadores em diferentes formas. Porém, 
fazem parte dos riscos de acidentes, os que têm potencial de agredirem os indivíduos por meio 
de alguma ação mecânica. Os mesmos podem ser elencados como: 
	
	
31	
a) O arranjo físico quando inadequado ou deficiente pode ocasionar graves acidentes 
ou desgaste físico excessivo dos trabalhado; 
b) Máquinas sem proteção que aumentam consideravelmente o risco de provocar 
acidentes graves, e muitas vezes letais; 
c) Instalações elétricas naturalmente trazem riscos como curto circuito, choques 
elétricos, dentre outros, que podem ser potencializados em caso de inadequações; 
d) Ferramentas, quando defeituosas ou usadas inadequadamente podem provocar 
acidentes e lesões graves; 
e) Transporte de materiais, peças e equipamentos pode ser um carreador de riscos de 
acidentes graves, muitas vezes até letais; 
f) Edificações com defeitos de construção podem conter vários fatores que contribuam 
para a ocorrência de acidentes, como desníveis, escadas fora de ausência de saídas de 
emergência, mezaninos sem proteção, passagens sem a altura necessária; 
g) Armazenamento e manipulação de inflamáveis, curto circuito e sobrecargas 
elétricas oferecem um perigo eminente de incêndios e explosões; 
h) Armazenamento e transporte de materiais e a eventual obstrução de áreas no 
ambiente de trabalho traz consigo riscos de acidentes, de quedas, de incêndio, 
explosão e outros; 
i) Equipamento de proteção contra incêndios quando instalados de maneira deficiente, 
insuficiente ou até mesmo a instalação de equipamentos defeituosos configuram um 
risco efetivo de incêndios; 
j) Sinalização deficiente, como a não identificação de equipamentos perigosos, não 
delimitação de áreas informações de segurança insuficientes ou inadequadas 
comprometem a saúde ocupacional dos indivíduos. 
3.5 SISTEMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
3.5.1 Conceito 
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2004 apud BENITE, 2004, p. 
31), o objetivo da Segurança e Saúde do Trabalho (SST) é: 
 
promover e manter um elevado grau de bem-estar físico, mental e social dos 
trabalhadores em todas as suas atividades, impedir qualquer dano causado pelas 
	
	
32	
condições de trabalho e proteger contra os riscos da presença de agentes prejudiciais 
à saúde. 
 
Barreiros (2002) define SGSST como um conjunto de iniciativas da organização 
formalizado através de políticas, programas, procedimentos e processos integrados ao negócio 
da organização para auxiliá-la a estar em conformidade com as exigências legais e demais 
partes interessadas e, ao mesmo tempo, dar coerência a sua própria filosofia para conduzir 
suas atividades de forma ética e com responsabilidade social. 
Para Benite (2004, p. 70), um aspecto fundamental para um bom resultado de gestão 
da SST é: 
a aderência entre as ações concretas que são desencadeadas na empresa e a política 
estabelecida, pois, caso contrário, o programa poderá perder a sua credibilidade. 
Com isso, as políticas que não expressam a realidade e objetivos exequíveis podem 
provocar desmotivação dos funcionários. 
 
3.5.2 Estrutura 
As funções, responsabilidades e autoridades do pessoal que administra, executa e 
verifica atividades que têm efeitos sobre os riscos de atividades, instalações e processos da 
organização, devem ser definidas, documentadas e comunicadas para facilitar a gestão de 
Segurança e Saúde do Trabalho (BENITE, 2004). 
Benite (2004) acrescenta que, a responsabilidade final sobre SGSST pertence à alta 
administração. A organização deve designar um membro da alta administração (diretor ou 
membro do comitê executivo, por exemplo) com a responsabilidade de assegurar que o 
Sistema de Gestão de SST seja devidamente implementado e atenda aos requisitos nas 
situações e locais de operação da organização. 
3.5.3 Índices de Acidentes de Trabalho e Custos 
A OIT fez a estimativa que 2,34 milhões de pessoas morrem todo ano no mundo 
devido a acidentes de trabalho e doenças, onde as doenças relacionadas ao trabalho seriam a 
causa de cerca de dois milhões dessas mortes (OIT, 2013). 
	
	
33	
Nesse cenário, o Brasil é o quarto colocado na quantidade de acidentes de trabalho, 
onde segundo dados da última atualização do Anuário Estatístico da Previdência Social 2015, 
no referido ano foram registrados no INSS cerca de 612,5 mil acidentes do trabalho, onde só 
na Bahia, ocorreram 17.599 acidentes, resultando na mesma ocupando o primeiro lugar no 
número de acidentes na região Nordeste (PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2016). Este é um número 
relativamente alto pois dados do anuário referente ao ano de 2013, mostram que 45% dos 
acidentes registrados resultaram em afastamento temporário do trabalho, invalidez ou óbito 
(PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2015). 
Além disso, tem-se como agravante o fato que as estatísticas incluem apenas os 
trabalhadores com carteira assinada, o que equivale a pouco menos de 50% da população 
economicamente ativa no País. Além de metade da população trabalhadora não estar 
contemplada nas estatísticas de Segurança do Trabalho, ainda existe um engessamento na 
cultura com relação à notificação de acidentes de trabalho no País, fazendo com que muitos 
nem sejam registrados ou notificados através da Comunicação de Acidentes de Trabalho 
(VOTORANTIM METAIS, 2015). 
Levando em consideração os prejuízos de um acidente de trabalho, os efeitos são 
inúmeros e extremamente negativos e onerosos. O trabalhador e a família sofrem os maiores 
prejuízos, pois o mesmo acaba ficando impedido de exercer o seu trabalho, o sustento da 
família. Os custos do INSS são muito altos considerando os gastos com benefícios: 
aposentadoria antecipada, auxílio acidente, reabilitação e readaptação do segurado-acidentado 
e gastos com saúde (BOSI, 2006). 
Em pesquisas junto ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Costa (2016) 
constatou que: 
o número de contribuintes em 2014, dado mais recente, era de 54,8 milhões. Nesse 
mesmo ano, a Previdência gastou R$ 9,56 bilhões empagamentos de benefícios por 
acidente de trabalho. Em dezembro de 2014, 861,13 mil pessoas recebiam esse tipo 
de benefício. 
 
Já em relação às empresas, Bosi (2006) acrescenta que as mesmas são prejudicadas 
com a diminuição na produção, gastos com trabalhadores substitutos, e até mesmo pagando 
hora extra, além disso, acabam perdendo credibilidade social, danificando a imagem da 
empresa. 
	
	
34	
3.5.4 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) 
CAT é um registro administrativo que deve ser preenchido toda vez que um 
trabalhador regido pela CLT sofre um acidente de trabalho ou uma doença ocupacional. O seu 
objetivo é notificar o caso ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o qual deverá 
tomar as devidas providências no caso do trabalhador ter que se afastar do trabalho para 
tratamento e recuperação por um período superior a 15 dias consecutivos (COCHARERO, 
2007). 
Há necessidade de notificar a ocorrência de acidentes sejam esses fatais ou não. Essa 
comunicação deve ser feita através de um formulário que a empresa deverá preencher após o 
fato ocorrido com o seu empregado, havendo ou não afastamento do acidentado, em caso de 
ocorrência letal ou não letal. Assim, após a execução dos procedimentos de primeiros 
socorros e assistência ao acidentado, a empresa deverá comunicar o ocorrido à Previdência 
Social em no máximo um dia útil após o ocorrido. Em caso de morte, porém, essa 
comunicação deve ser feita de imediato junto à autoridade policial. Em ambos os casos a pena 
pela irregularidade de não notificar as autoridades competentes é de multa variável entre o 
limite mínimo e o limite do salário de contribuição, podendo ser aumentada sucessivamente 
conforme reincidência (SESI-SEBRAE, 2005). 
O seu preenchimento é imprescindível, não só para garantir o direito do trabalhador ao 
seguro acidentário, mas também para alimentar a base de dados que é utilizada para mapear as 
ocorrências por tipo, motivo, região, atividade econômica, faixa etária, etc (COCHARERO, 
2007). 
Além do preenchimento através de formulário impresso, o INSS disponibiliza 
aplicativo que permite o registro da CAT pela internet. Desse modo, o registro e notificação 
dos acidentes se dão de forma mais rápida e tornam o processo mais acessível pois não exige 
locomoção a longas distâncias, além disso, evita filas em agências do INSS (PREVIDÊNCIA 
SOCIAL, 2016). 
3.5.5 Gestão dos Riscos 
As avaliações de risco constituem num conjunto de procedimentos com o objetivo de 
estimar o potencial de danos à saúde ocasionados pela exposição de indivíduos a agentes 
	
	
35	
ambientais. Tais avaliações servem de subsídio para o controle e a prevenção dessa exposição. 
Nos ambientes de trabalho, esses agentes podem estar relacionados a processos de produção, 
produtos e resíduos (HOKERBERG, 2006). 
As mesmas devem incluir as seguintes etapas: identificação de perigos e de 
trabalhadores potencialmente expostos a riscos resultantes desses perigos, estimativa 
qualitativa e quantitativa do risco, estudo da possibilidade de eliminação do risco, verificação 
da necessidade de tomar novas medidas para prevenir ou reduzir o risco no caso de não ser 
possível eliminá-lo (PONZETTO, 2002). 
Tradicionalmente, as avaliações de risco são realizadas por especialistas, que aplicam 
métodos científicos cada vez mais sofisticados para identificar e mensurar os mesmos de 
forma quantitativa, ou são baseados em instrumentos pré-definidos por comissões de 
segurança ou de qualidade para avaliar os riscos e a conformidade das operações. Porém, 
pode-se utilizar também outros tipos de abordagem onde há um diagnóstico mais rápido 
participativo, que prioriza a identificação dos riscos pelos trabalhadores, implicando na 
discussão coletiva sobre as fontes dos riscos, o ambiente de trabalho e as estratégias 
preventivas para reduzir os riscos identificados (HOKERBERG, 2006). 
3.5.5.1 Análise Preliminar de Risco (APR) 
De acordo com Do Valle (1995 apud BENITE, 2004), a Análise Preliminar de Risco 
teve origem nos programas de segurança criados pelo Departamento de Defesa do Estados 
Unidos como uma ferramenta para identificar os pontos mais vulneráveis de uma instalação e 
de um processo, permitindo a adoção de medidas para prevenir acidentes. 
A APR abrange as principais etapas do ciclo de gerenciamento de riscos. A mesma é 
aplicada e desenvolvida na fase inicial de projeto e de processo, porém, também é muito útil 
quando se faz a revisão geral de segurança em sistemas já em operação, mostrando aspectos 
que poderiam passar despercebidos (FARIA, 2011). 
França, Toze e Quelhas (2008) confirmam que, o objetivo da APR é definir os riscos e 
as medidas preventivas antes da operação de um sistema, levantando as causas e efeitos de 
cada risco, medidas e prevenção ou correção e categorização dos riscos. No entanto, a mesma 
também pode ser uma ótima ferramenta para avaliação geral da segurança em sistemas já 
	
	
36	
operacionais, mostrando fatores que podem não ter sido considerados durante a fase de 
projeto. 
A técnica APR consiste na formação de grupos de trabalho que utilizam um 
formulário específico para analisar cada uma das origens levantadas e identificar quais os 
perigos existentes, em que situações ocorrem, quais os danos podem gerar e realizar uma 
avaliação dos riscos (BENITE, 2004). 
Tavares (2012, p. 77) define a APR como o estudo realizado durante a fase de 
concepção ou desenvolvimento prematuro de um novo sistema, com o objetivo de se 
determinarem os riscos que poderão estar presentes na fase operacional. Segundo o mesmo, a 
APR deve seguir algumas etapas básicas, como: 
a) Revisão de problemas conhecidos; 
b) Revisão de missão (objetivos, procedimentos, funções, atividades, meio ambiente); 
c) Determinação dos principais riscos; 
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes (elaboração da série de riscos); 
e) Revisão dos meios de eliminação ou de controle dos riscos; 
f) Análise dos métodos de restrição de danos; 
g) Determinação dos responsáveis pelas ações preventivas ou corretivas. 
 
Segundo De Cicco e Fantazzini (1994), o desenvolvimento de uma APR necessita dos 
seguintes procedimentos: 
 
a) Definição do grupo que participará da análise; 
b) Subdivisão da instalação em diversos subsistemas; 
c) Definição das fronteiras do sistema e de cada subsistema; 
d) Determinação dos produtos e atividades com possibilidades de gerar acidentes; 
e) Preenchimento das planilhas de APR em reuniões do grupo de análises; 
f) Elaboração do relatório final. 
A aplicação dessa técnica exige a formalização dos dados obtidos para permitir a sua 
utilização em uma situação futura e para que exista um processo de aprendizado em relação 
aos riscos identificados anteriormente (BENITE, 2004). 
	
	
37	
A classificação dos riscos, implícita na APR, permite a priorização das ações 
destinada à prevenção. Os Quadros 01 e 02 contemplam cinco categorias por ordem crescente 
de prioridade, onde a combinação dos mesmos permite a categorização dos riscos de acordo 
com o Quadro 03 (FARIA, 2011): 
Quadro 01: Probabilidade de ocorrência de acidentes ou danos 
 
PROB. OCORRÊNCIA DESCRIÇÃO FREQUÊNCIA 
1 Improvável Baixíssima probabilidade de ocorrer 
o dano Uma vez a cada 2 anos 
2 Possível Baixa probabilidade de ocorrer o 
dano Uma vez a cada um ano 
3 Ocasional Moderada probabilidade de ocorrer 
o dano Uma vez a cada 6 meses 
4 Regular Elevada probabilidade de ocorrer o 
dano Uma vez a cada 3 meses 
5 Certa Elevadíssima probabilidade de 
ocorrer o dano Uma vez por mês 
 
Fonte: Adaptado de FARIA (2011). 
 
 
 
Quadro 02: Nível de Gravidade de acidentes que possam ocorrer 
 
GRAV. EFEITO DESCRIÇÃO AFASTAMENTO 
1 Leve 
Acidentes que não provocam lesões 
corporais que proporcionem dificuldades 
motoras ou perturbação funcional (batidas 
leves, arranhões, choques leves). 
Não há necessidade de 
afastamento. 
2 ModeradoAcidentes com afastamento e lesões que 
provocam dificuldades motoras ou 
perturbação funcional (cortes medianos, 
alergias fortes, torções leves). 
Necessário afastamento, 
entre 01 a 30 dias. 
3 Grande 
Acidentes com afastamentos e lesões 
incapacitantes, sem perdas de substâncias 
ou membros (fraturas, cortes profundos) 
Necessário afastamento, 
entre 31 a 60 dias. 
4 Severo 
Acidentes com afastamentos e lesões 
incapacitantes, com perdas membros (perda 
de parte do dedo, choques de intensidade 
média). 
Necessário afastamento, 
entre 61 a 90 dias. 
	
	
38	
5 Catastrófico Invalidez permanente, incapacitação física 
a longo prazo ou morte. 
Não há possibilidade de 
retorno laboral, 
prejuízos à longevidade. 
 
Fonte: Adaptado de FARIA (2011). 
 
 
 
Quadro 03: Classificação a partir da Gravidade e Probabilidade 
 
 Fonte: Adaptado de FARIA (2011). 
 
 
Para o estabelecimento do Índice de Risco, faz-se a multiplicação entre o nível de 
gravidade e a probabilidade de ocorrência de cada risco. Conforme o Quadro 04, por meio do 
índice é possível estabelecer a Categoria do Risco (CR) e as medidas que deverão ser tomadas 
(FARIA, 2011). 
 
 
Quadro 04: Índice de risco e gerenciamento de ações a serem tomadas 
 
ÍNDICE DE 
RISCO CR NÍVEL DE AÇÕES 
Até 3 Triviais Não necessitam ações especiais, nem preventivas, nem de 
detecção. 
De 4 a 6 Toleráveis 
Não requerem ações imediatas. Poderão ser implementadas 
em ocasião oportuna, em função das disponibilidades de mão 
de obra e recursos financeiros. 
De 8 a 10 Moderados Requer previsão e definição de prazo (curto prazo) e 
responsabilidade para a implementação das ações. 
NÍVEL DE GRAVIDADE 
LEVEMENTE 
PREJUDICIAL PREJUDICIAL EXTREM. 
PREJUDICIAL 
P 
R 
O 
B 
A 
B 
I 
L 
I 
D 
A 
D 
E 
ALTAMENTE 
IMPROVÁVEL Trivial (T) Tolerável (TO) Moderado (MO) 
IMPROVÁVEL Tolerável (TO) Moderado (MO) Relevantes (RE) 
	
	
39	
De 12 a 20 Relevantes 
Exige a implementação imediata das ações (preventivas e de 
detecção) e definição de responsabilidades. O trabalho pode 
ser liberado para execução somente com acompanhamento e 
monitoramento contínuo. A interrupção do trabalho pode 
acontecer quando as condições apresentarem algum 
descontrole. 
Maior que 
20 Intoleráveis 
Os trabalhos não poderão ser iniciados e se estiver em curso, 
deverão ser interrompidos de imediato e somente poderão ser 
reiniciados após implementação de ações de contenção. 
 
Fonte: Adaptado de FARIA (2011). 
3.5.5.2 Mapa de Risco 
Mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos 
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores. O seu objetivo é 
informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização desses riscos e diminuir a 
ocorrência de acidentes do trabalho, objetivo que interessa aos empresários a aos 
trabalhadores (SANTOS, 2008). 
O mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores 
diante dos perigos identificados e graficamente sinalizados. O mesmo deve ser fixado em 
locais acessíveis no ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos os que ali 
atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local, quanto às principais áreas de risco. 
Desse modo, contribui para a eliminação ou controle dos riscos detectados (SANTOS, 2008). 
A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de riscos, 
classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. São utilizadas cores para 
identificar o tipo de risco (SANTOS, 2008), conforme o Quadro 05. A gravidade é 
representada pelo tamanho dos círculos, onde: 
• Círculo Pequeno: indica risco de pequena gravidade; 
• Círculo Médio: indica situações de risco que gera potencial de perigo que pode ser 
controlado; 
• Círculo Grande: alto nível de perigo, apontando risco que pode ter consequências 
drásticas (matar, mutilar, gerar doenças) e que não dispõe de mecanismos para 
redução, neutralização ou controle. 
	
	
40	
Quadro 05: Descrição dos tipos de riscos 
 
GRUPO RISCOS COR DE 
IDENTIFICAÇÃO DESCRIÇÃO 
I Físicos Verde 
Ruído, calor/frio, 
pressões, umidade, 
radiações ionizantes e 
não ionizantes, 
vibrações, etc. 
II Químicos Vermelho 
Poeira, fumos, gases, 
vapores, névoas, 
neblinas, outros produtos 
químicos. 
III Biológicos Marrom 
Fungos, vírus, parasitas, 
bactérias, protozoários, 
insetos. 
IV Ergonômicos Amarelo 
Levantamento manual de 
peso, monotonia, 
repetitividade, ritmo 
excessivo, posturas 
inadequadas de trabalho, 
trabalho em turnos, etc. 
V Acidentes Azul 
Arranjo físico 
inadequado, iluminação 
inadequada, incêndio e 
explosão, máquinas e 
equipamentos sem 
proteção, eletricidade. 
 
Fonte: Adaptado de CAMARGO, 2011. 
Nos casos onde encontram-se diversos riscos de um só tipo num mesmo ponto de uma 
seção, por exemplo, riscos físicos: ruído, vibração e calor, não é preciso colocar um círculo 
para cada um desses agentes. Basta um círculo apenas neste exemplo, com a cor verde, dos 
riscos físicos, desde que os riscos tenham o mesmo grau de nocividade (GERÊNCIA DE 
SAÚDE E PREVENÇÃO, 2012). 
No caso de construção de um novo setor de trabalho ou implantação de um novo 
equipamento em qualquer setor da empresa, novos círculos poderão ser acrescentados ao 
mapa. Portanto, percebe-se que o mapa é dinâmico, pois os círculos mudam de tamanho, no 
caso de alterar-se o grau de nocividade; desaparecem, quando medidas de segurança 
conseguem extinguir o risco ou riscos existentes; ou surgem, quando novos riscos forem 
constatados (BITENCOURT, 1999). 
	
	
41	
4 METODOLOGIA 
Estudo de caso pode ser definido como um instrumento pedagógico que apresenta um 
problema mal estruturado. O mesmo não tem uma solução pré-definida, exigindo empenho do 
pesquisador para identificar o problema, analisar evidências, desenvolver argumentos, avaliar 
e propor soluções. Além disso, pode também ser descrito como um problema que reproduz os 
questionamentos, as incertezas e as possibilidades de um contexto empresarial que exibe a 
necessidade de uma tomada de decisão. O processo para tomar uma decisão, por meio da 
análise e discussão individual e coletiva das informações expostas, acaba promovendo o 
raciocínio crítico e argumentativo dos envolvidos no estudo realizado (INSPER, 2016). 
No fluxograma abaixo tem-se uma proposta de conteúdo e sequência adaptada para 
condução do estudo de caso: 
 
Fonte: Adaptado de MIGUEL el al., 2010. 
Buscando-se atingir os objetivos propostos previamente neste trabalho, foi realizada 
revisão bibliográfica utilizando livros, artigos, normas, monografias, dissertações, teses e 
entre outras fontes relevantes. Para Medeiros e Tomasi (2008), além de auxiliar na definição 
dos objetivos da pesquisa científica, a revisão bibliográfica também contribui nas construções 
teóricas, nas comparações e na validação de resultados de trabalhos de conclusão de curso e 
de artigos científicos. 
Para realização do estudo de caso, foram identificadas cinco empresas de artefatos de 
cimento localizadas na cidade de Cruz das Almas – Bahia. Destas, três foram selecionadas 
para realização de visitas de campo de acordo com a acessibilidade e permissão para 
avaliação in loco dos ambientes. Foram investigados possíveis riscos para os trabalhadores e, 
então, os eventos e dados foram documentados para serem analisados de forma mais 
minuciosa posteriormente. 
Toda visita de campo se deu mediante autorização de algum profissional que estava 
presente e responsável pelas atividades do local no momento. Além disso, foi solicitado 
Definir	uma	
estrutura	
conceitual-teórica
Planejar	o(s)	
caso(s)
Coletar	os	
dados
Analisar	
os	dados
Gerar	
resultados
	
	
42	
permissão para registros fotográficos (fotos e vídeos) das instalações, onde esses registros 
foram obtidos de modo que as identidades da empresa e dos trabalhadores fossem preservadas. 
As mídias obtidas

Mais conteúdos dessa disciplina