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Fichamento 01
Título: O Sistema Econômico e Monetário sob o Padrão-Ouro; o Sistema Econômico e
Monetário de Bretton Woods
Data: 13/08/2024
Objetivos da aula 01 :
● Estudar a economia política internacional (EPI) e suas interações entre mercados e
Estados.
● Compreender o surgimento, a consolidação e o declínio do Padrão-Ouro.
● Analisar o sistema de Bretton Woods no contexto pós-Segunda Guerra Mundial.
Introdução à Economia Política Internacional (EPI):
● A EPI estuda como mercados e Estados interagem na distribuição de poder e
riqueza.
● Política e economia estão interconectadas e ambas influenciam-se mutuamente.
● O campo da EPI é interdisciplinar, utilizando economia, ciência política, sociologia e
história para entender a economia global.
● Cohen (2014) destaca a relação dinâmica entre economia e política e sua influência
nas relações internacionais.
● Distinção entre EPI e Economia Política Comparada (EPC):
● EPI enfatiza as relações internacionais e as conexões entre unidades nacionais,
enquanto EPC se concentra nas políticas internas e instituições de Estados
individuais.
● A singularidade da EPI reside no seu foco nas interações entre Estados e mercados
globais.
Origens da EPI da aula 01 :
● A EPI possui raízes antigas, mas só se institucionalizou como campo acadêmico
formal nos anos 1960.
● Suas bases intelectuais remontam ao Iluminismo e à economia política clássica, que
discutia o relacionamento entre o Estado e a economia.
Antecedentes do Padrão-Ouro:
● O Padrão-Ouro foi um sistema monetário em que o valor das moedas era baseado
na quantidade de ouro ou metal contido nelas.
● Esse sistema foi sustentado pela autoridade dos grandes impérios, como o Romano,
que garantiu a legitimidade das moedas.
● Após a queda desses impérios, os Estados modernos tiveram dificuldades
em criar um sistema monetário estável, o que só foi resolvido com o
estabelecimento do Padrão-Ouro.
Resumo da aula 01
● A aula introduz a economia política internacional (EPI) como um campo de estudo
que examina a interação entre Estados e mercados na determinação de poder e
riqueza. A EPI destaca a inseparabilidade entre economia e política, e como ambas
influenciam as relações internacionais. Esse campo é interdisciplinar, utilizando
elementos da economia, política, sociologia e história para entender melhor a
economia global.
● Cohen (2014) explora a diferença entre EPI e Economia Política Comparada (EPC),
enfatizando que a EPI foca nas relações entre Estados em nível internacional,
enquanto a EPC se concentra em políticas nacionais. A EPI, embora seja uma área
antiga de investigação, só se tornou um campo acadêmico formal nos anos 1960,
com raízes que remontam ao Iluminismo e à economia política clássica.
● O sistema monetário do Padrão-Ouro, estabelecido após a queda dos grandes
impérios, fixou o valor das moedas com base no ouro e foi um marco para estabilizar
as relações monetárias entre Estados. Este sistema vigorou até ser substituído pelo
sistema de Bretton Woods após a Segunda Guerra Mundial.
Fichamento da Aula 02
(27/08/2024)
Objetivos da Aula 02:
● Compreender o abandono do padrão-ouro como sistema regrador da economia
política mundial na década de 1930.
● Analisar o surgimento, evolução e colapso do sistema econômico de Bretton Woods,
além de refletir sobre seu impacto e legados institucionais.
● Examinar o "não-sistema de taxas flexíveis" em vigor após o colapso de Bretton
Woods.
1. Antecedentes do Sistema Bretton Woods
● Período de Crises (1919-1939):
● A Grande Depressão de 1929 levou a uma década de agitação social e crises
econômicas nos países democráticos e fascistas.
● Com o fim da Segunda Guerra Mundial, havia temores de que os problemas da
década de 1930 retornassem, como desemprego e conflitos sociais.
● Era necessário criar novas formas de organização econômica para evitar o retorno
da depressão ou da guerra (CARVALHO, 2004, p. 53).
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A CRISE DOS 30 ANOS 
Padrão-Ouro:
● Sistema anterior ao Bretton Woods, o padrão-ouro exigia que países com déficits
comerciais reduzissem sua renda para equilibrar as importações, enquanto países
com superávit não precisavam aumentar a renda para absorver mais exportações.
Isso causava um ajuste assimétrico prejudicando os países deficitários (CARVALHO,
2004, p. 55).
● Após o abandono do padrão-ouro na década de 1930, surgiram as desvalorizações
competitivas, nas quais países desvalorizavam suas moedas para impulsionar
exportações, agravando a instabilidade econômica global (CARVALHO, 2004, p. 56).
2. O Sistema de Bretton Woods
● Criação e Premissas:
● A Conferência de Bretton Woods em 1944 tinha como objetivo criar uma ordem
econômica global estável, resultando na cooperação entre EUA e Inglaterra.
● O sistema de Bretton Woods se baseava em taxas de câmbio fixas para evitar
desvalorizações competitivas e estabelecia a conversibilidade das moedas para
transações comerciais (GILPIN, 2002, p. 153).
Principais Personagens:
❖ Harry Dexter White (EUA): Criador do plano americano que resultou na criação do
FMI e do Banco Mundial.
❖ John Maynard Keynes (Inglaterra): Propôs a criação de uma Câmara de
Compensações Internacionais, com uma moeda internacional, mas seu plano foi
derrotado pelos EUA.
3. Resultados e Legados de Bretton Woods
● Criação do FMI e do BIRD:
● Acordos de Bretton Woods seguiram de perto a proposta americana, resultando na
criação do FMI para supervisionar o sistema monetário e proporcionar empréstimos
a países em dificuldade.
● O Banco Mundial (BIRD) foi criado para financiar a reconstrução das economias
europeias no pós-guerra (CARVALHO, 2004, p. 60).
Estabilidade Econômica da aula 02:
● A preocupação imediata pós-guerra era a possibilidade de uma nova depressão,
mas em 1947 a ameaça mudou para a inflação devido à rápida recuperação
econômica.
● A liquidez internacional passou a depender do balanço de pagamentos dos EUA,
com o dólar americano sendo a principal moeda de reserva, garantindo estabilidade
ao sistema (GILPIN, 2002, p. 155).
4. Colapso do Sistema de Bretton Woods
● Hegemonia do Dólar e Colapso:
● A partir de 1958, o sistema funcionou com o dólar como moeda de reserva,
garantido pelo compromisso dos EUA de convertê-lo em ouro a uma taxa fixa de
US$ 35 por onça.
● No entanto, o crescente déficit dos EUA minou a confiança no sistema, levando ao
seu colapso em 1971, quando o presidente Nixon suspendeu a conversibilidade do
dólar em ouro.
5. Impacto Pós-Bretton Woods
● Não-sistema de Taxas Flexíveis:
● Com o colapso de Bretton Woods, os países adotaram taxas de câmbio flutuantes.
Isso resultou em maior instabilidade, mas também maior flexibilidade para ajustar
desequilíbrios comerciais.
● Desde então, o sistema monetário internacional passou a operar com base nas
flutuações do mercado, sem um sistema global fixo para regular as taxas de câmbio.
Conclusão da aula 02
A aula destaca o papel fundamental do sistema de Bretton Woods na estabilização da
economia global no pós-guerra, além de discutir o seu colapso e o legado do dólar como
moeda central. O colapso de Bretton Woods marcou o início de um novo regime monetário
global, baseado em taxas de câmbio flutuantes e na hegemonia dos EUA na economia
mundial.
A conferencia de Bretton Woods
Objetivo: a conferencia buscava formas de estabilizar a economias dos países após a
grande crise pós segunda guerra mundial. Visto isso foram criadas algumas instituições
para realizar este papel social.
• FMI: O FMI ajuda os países a estabilizar suas economias e fornece assistência financeira
em crises.
• BIRD: O foco dele é financiar o desenvolvimento econômico, especialmente em países
mais pobres. Com intuito de reconstrução e desenvolvimento. Foi estabelecido que o dólar
seria parâmetro de cambio para as outras moedas com a finalidade de estabilizar as taxas
de cambio e impulsionar o comércio internacional livre. Isso trazia certa confiança para o
comércio internacional por motivos de; investidores e compradores poderem prever custos
de formamais precisa.
Fichamento da Aula 03
Evolução do Consenso de Washington e o Papel das Instituições Financeiras
Internacionais
Objetivos da Aula da aula 03
● Analisar a evolução do Consenso de Washington como paradigma de política
econômica entre 1950 e 2000.
● Compreender o papel das Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) na
implementação das condicionalidades do Consenso.
● Introduzir as novas tendências financeiras e de governança econômica.
O que restou de Bretton Woods?
● Nova ordem monetária: O sistema de taxas de câmbio fixas colapsou devido à
pressão entre políticas nacionais e normas internacionais. A mudança para taxas
flexíveis, oficializada após a Conferência da Jamaica, visava resolver esse
desequilíbrio, permitindo que ajustes fossem feitos por meio de variações no
mercado cambial, sem necessidade de intervenções estatais diretas.
● Interdependência econômica: Apesar das taxas flexíveis, economias continuaram
interligadas, e as políticas internas de um país impactam diretamente outras
economias, gerando um "dilema do prisioneiro". O declínio da liderança econômica
dos EUA também agravou essa situação.
O FMI como Agência de Desenvolvimento no Pós-1970
● Inicialmente, o FMI não considerava aspectos estruturais nos empréstimos
concedidos, mas, a partir dos anos 1970, o Fundo começou a exigir
condicionalidades estruturais, reformando não apenas políticas macroeconômicas,
mas também estruturas institucionais dos países tomadores de empréstimo.
● A atuação do FMI passou a refletir uma ideologia específica, promovendo uma visão
ideal de economia, com forte componente neoliberal. Seu papel evoluiu de um
monitor da estabilidade financeira para um criador de estratégias de
desenvolvimento, embora sem a qualificação necessária para essa nova função.
O Consenso de Washington
● Definição e Trajetória: O Consenso de Washington consolidou-se como paradigma
de política econômica, especialmente nas décadas de 1980 e 1990. Ele não apenas
propunha instrumentos e metas econômicas, mas também impunha
condicionalidades aos países em desenvolvimento, através de instituições como o
FMI e o Banco Mundial.
● Pressões Normativas e Coercitivas: As IFIs difundiram esse paradigma de forma
coercitiva, oferecendo recursos apenas aos países que seguissem suas
recomendações. Essas organizações, predominantemente compostas por
economistas, legitimaram suas práticas com base em conhecimento acadêmico,
promovendo reformas de mercado em países em desenvolvimento.
Críticas ao Consenso de Washington
● Isomorfismo Coercitivo: O Consenso de Washington representou uma forma de
"isomorfismo coercitivo", no qual os países em desenvolvimento foram compelidos a
adotar políticas econômicas liberais, mesmo quando contrárias a seus interesses
locais.
● Impacto no Desenvolvimento Econômico: O Consenso moldou o pensamento
econômico global, especialmente em países em desenvolvimento, propondo um
modelo de mercado livre e desregulamentação como caminho para o
desenvolvimento, o que, em muitos casos, exacerbou desigualdades e crises
econômicas.
Conclusões da aula 03
● Impacto Duradouro de Bretton Woods: A estrutura financeira criada em Bretton
Woods (FMI e Banco Mundial) mudou profundamente desde sua criação, perdendo
relevância para os países desenvolvidos e se tornando alvo de críticas severas em
sua atuação nos países em desenvolvimento.
● Futuro Incerto: O FMI e o Banco Mundial são os últimos remanescentes da
conferência de Bretton Woods. As crises monetárias atuais refletem a fraqueza do
sistema, sem uma liderança global forte para criar uma nova ordem econômica
internacional.
Fichamento – Aula 04:
● O Consenso de Washington e Financiamento das OI's
● O Plano Baker (1985-1988)
● O Plano Baker propôs que os países em desenvolvimento realizassem reformas
estruturais para evitar inadimplência e se abrir ao mercado.
● A ideia era utilizar empréstimos do Banco Mundial e bancos regionais para promover
reformas, como privatizações, liberalização de mercados e atração de investimentos
estrangeiros.
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Plano Baker 2 anos 
● O FMI já aplicava reformas de estabilização monetária e fiscal, mas o Plano Baker
introduziu uma nova dimensão de reformas econômicas estruturais e liberais.
● O Consenso de Washington
● O Consenso de Washington emergiu nos anos 1980 como diretriz para reformas
econômicas em países em desenvolvimento, especialmente com apoio do FMI e do
Banco Mundial.
● Defendia políticas de liberalização de mercados, privatizações e
desregulamentação.
● Era influenciado pelos interesses dos EUA, com o objetivo de gerir crises de dívida
nos países do Terceiro Mundo.
● As condicionalidades do Consenso de Washington eram aplicadas principalmente
em países com graves crises econômicas, como na América Latina, África e Europa
Oriental.
Críticas ao Consenso de Washington
● O modelo era padronizado e não considerava as realidades locais dos países
devedores, o que gerou ineficácia em muitas economias.
● Apesar de países seguirem as condicionalidades do Consenso, isso não os impediu
de enfrentar crises econômicas, como visto no México, Argentina e Rússia nos anos
1990.
● O enfraquecimento do Consenso de Washington ocorreu por conta da crescente
desconfiança na abordagem padronizada e nas políticas liberais promovidas pelas
instituições financeiras internacionais (IFIs).
Financiamento das Organizações Internacionais (OI's)
❖ 1. Mudanças no Financiamento das OI's no Século XX:
❖ Estados ganharam mais controle sobre suas contribuições, podendo direcioná-las
para objetivos específicos ("earmarked").
❖ Atores privados, como fundações e corporações, passaram a contribuir
financeiramente, aumentando sua influência.
2. Modelo de Governança "Múltiplos Principais":
❖ A introdução de contribuições direcionadas (earmarked) criou um modelo de
governança bilateral, em que doadores individuais controlam como suas
contribuições são usadas.
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O Consenso de Washigton teve problema que não considerou a realidade econômica de países devedores, gerando ineficácia.
❖ Isso enfraquece a autoridade coletiva das OI's e permite que doadores influenciem
diretamente suas prioridades.
3. Atores Privados no Financiamento das OI's:
❖ Com o aumento das contribuições privadas, a governança tradicional das OI's foi
fragmentada.
❖ Atores privados, como corporações e fundações, passaram a exercer influência
sobre as prioridades e agendas das OI's, especialmente em áreas como a saúde
global.
Conclusões sobre o Consenso de Washington
● O Consenso de Washington representou a hegemonia de políticas neoliberais nos
anos 1980 e 1990, mas seu declínio nos anos 2000 deu espaço para abordagens
mais diversificadas.
● As falhas do Consenso levaram a um reconhecimento da necessidade de políticas
mais adequadas às realidades locais.
● O regime sucessor é caracterizado por modelos econômicos mais flexíveis, com
foco no desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Conclusões sobre o Financiamento das OI's
❖ O aumento das contribuições direcionadas e a participação de atores privados
transformaram a governança das OI's, enfraquecendo o multilateralismo.
❖ Desde os anos 2000, atores privados têm influenciado cada vez mais o
financiamento e as prioridades das OI's, contribuindo para a fragmentação da
governança global.
❖ Essas tendências sugerem um futuro de maior influência privada e fragmentação no
processo decisório das OI's.
Fichamento da Aula 05
Objetivos da aula da aula 05
● Compreender o modelo teórico das variedades de capitalismo.
● 2. Interpretar dinâmicas do EPI (Economia Política Internacional) nos Estados que
adotam o sistema capitalista.
● 3. Discutir o capitalismo financeirizado, o aumento da financeirização desde o final
do século XX, e as crises sistêmicas resultantes desse modelo econômico.
Variedades de Capitalismo
1. Hall & Soskice (2001):
● Proposta de um quadro teórico para entender as semelhanças e diferenças
institucionais entre economias de mercado desenvolvidas.
● Rejeitam a ideia de que todasas economias estão convergindo para um único
modelo de capitalismo. Defendem que diferentes arranjos institucionais resultam em
diferentes tipos de capitalismo.
2. LMEs (Economias Liberais de Mercado):
● Exemplos: EUA e Reino Unido.
● Empresas coordenam suas atividades principalmente através de mercados
competitivos e hierarquias internas, com menor intervenção estatal.
● Relações econômicas mediadas pelo mercado, focando em contratos formais e alta
competição.
● Educação voltada para habilidades gerais, facilitando a mobilidade laboral.
● Governança corporativa focada em ganhos de curto prazo e valorização de ações,
com ênfase em fusões e aquisições.
3. CMEs (Economias Coordenadas de Mercado):
● Exemplos: Alemanha e Japão.
● Empresas coordenam suas atividades através de relações não mercadológicas
(cooperação estreita entre empresas, trabalhadores e fornecedores).
● Foco na inovação incremental, sendo eficazes em setores de engenharia mecânica
e fabricação de produtos duráveis.
4. Papel das Instituições:
● Instituições ajudam a resolver problemas de coordenação em cinco esferas
principais, criando complementaridades institucionais que reforçam a eficácia do
sistema econômico.
● Complementaridades institucionais tornam as economias mais resistentes a choques
externos e desafios a mudanças radicais.
Capitalismo Dirigido pelas Finanças
❖ 1. Financeirização:
● Fenômeno que transformou profundamente a economia mundial, substituindo
sistemas tradicionais por uma lógica orientada para o mercado e maximização do
valor acionário.
● Aumentou o papel dos mercados financeiros, gerando lucros sem a necessidade de
investimentos produtivos.
❖ 2. Crises Sistêmicas:
● O capitalismo financeirizado é historicamente instável e suscetível a crises,
principalmente nas economias periféricas.
● A crise de 2008 (subprime) foi uma crise sistêmica que teve origem no centro do
sistema financeiro global, expondo vulnerabilidades profundas da
desregulamentação financeira.
❖ 3. Redistribuição de Renda:
● A financeirização resultou na concentração de riqueza, favorecendo investidores e
intermediadores financeiros.
● A securitização permitiu a especulação e a criação de capital fictício, contribuindo
para a fragilidade do sistema financeiro.
4. Impactos da Financeirização:
● Mudou radicalmente a forma de acumulação de riqueza e o crescimento econômico
global, favorecendo a especulação em detrimento do investimento produtivo.
Conclusão da aula 5
● A financeirização exacerbou a instabilidade do sistema capitalista, gerando crises
mais frequentes e profundas, especialmente em economias desenvolvidas.
● As diferentes variedades de capitalismo (LMEs e CMEs) mostram que há múltiplas
formas de organização econômica, cada uma com suas próprias vantagens e
desafios.
Fichamento da Aula 06
(24/09/2024)
Principais Enunciados da Teoria Econômica de Karl Marx
1. Materialismo Histórico:
● A história da sociedade é marcada pelas lutas de classes. As relações de produção
definem a estrutura social e a consciência humana.
2. Mais-valia:
● Central na crítica de Marx ao capitalismo, refere-se à diferença entre o valor
produzido pelo trabalho do trabalhador e o salário pago a ele. A mais-valia é a base
do lucro capitalista.
3. Acumulação de Capital:
● O capital se acumula explorando os trabalhadores e reinvestindo os lucros,
concentrando riqueza e poder.
4. Alienação:
● No capitalismo, os trabalhadores são alienados do produto do seu trabalho, do
processo de produção, da sua essência humana e dos outros seres humanos. Isso
resulta da divisão do trabalho e da propriedade privada.
5. Crises do Capitalismo:
● O capitalismo está sujeito a crises cíclicas (superprodução e subconsumo),
que eventualmente levariam ao seu colapso.
6. Ditadura do Proletariado:
● Após a queda do capitalismo, Marx prevê um governo dos trabalhadores que
eliminará a propriedade privada e estabelecerá uma sociedade sem classes.
Principais Enunciados da Teoria Econômica de Rosa Luxemburgo
1. Teoria da Acumulação:
● A acumulação de capital requer expansão dos mercados. Luxemburgo acreditava
que o capitalismo não sobreviveria com o mercado interno, sendo necessário
explorar mercados externos, o que levaria a crises.
2. Imperialismo:
● O imperialismo é uma consequência da expansão capitalista. A busca por novos
mercados e recursos resultava em conflitos e guerras, além de intensificar a
exploração dos povos colonizados.
3. Revolução e Luta de Classes:
● A luta de classes é o motor da história, e a revolução deveria ser um processo
espontâneo, liderado pelas massas.
4. Crítica ao Reformismo:
● Luxemburgo criticava o reformismo dentro da social-democracia, defendendo que
apenas uma revolução poderia transformar a sociedade de forma significativa.
5. Democracia Socialista:
● Defendia uma forma de socialismo com democracia ativa dos trabalhadores, onde a
liberdade e justiça social estariam interligadas.
6. Autonomia do Proletariado:
● Os trabalhadores deveriam ter autonomia nas suas ações e organizações, rejeitando
o controle centralizado.
Conceitos Preliminares da Obra Marxista
1. Mais-valia:
● Valor excedente produzido pelo trabalhador, apropriado pelo capitalista como lucro.
A diferença entre o valor produzido e o salário é a base do capitalismo.
2. Acumulação Primitiva de Capital:
● Processo histórico que antecede o capitalismo. O capital se origina da exploração e
expropriação, criando uma divisão entre os proprietários dos meios de produção e
os trabalhadores.
Acumulação Primitiva de Capital - Karl Marx (2017)
1. Definição:
● A acumulação primitiva marca a separação do trabalhador de seus meios de
produção, formando as bases do capitalismo. O dinheiro e a mercadoria não eram
inicialmente capital, mas foram transformados através do processo histórico de
divórcio entre trabalhadores e os meios de produção.
2. Métodos da Acumulação Primitiva:
● Expropriação das terras comunais, transformação da propriedade feudal em privada,
e violência contra os expropriados.
3. Leis Sangrentas e Controle sobre o Proletariado:
● A expulsão dos trabalhadores da terra criou um proletariado fora da lei, controlado
através de leis punitivas que disciplinavam os trabalhadores e forçavam a adaptação
ao trabalho assalariado.
4. Classe de Operários Assalariados:
● Surgiu no final do século XIV. No século XVI, a desvalorização da moeda e aumento
dos preços pioraram a situação dos trabalhadores, resultando em queda real dos
salários, apesar do aumento nominal.
RESUMOS BIBLIOGRAFICOS
1. GILPIN, Robert. A Economia Política das Relações Internacionais (p. 152–173)
Gilpin aborda as dinâmicas do sistema econômico internacional e como a política influencia
a economia global, especialmente nos Estados Unidos. Ele discute o papel do governo na
economia americana, onde a autoridade é dividida entre o Executivo, Legislativo e
Judiciário, e menciona o conflito contínuo entre os setores público e privado. Uma das
grandes questões do texto é como as políticas econômicas internas impactam a economia
internacional e como o sistema político americano impede o desenvolvimento de uma
estratégia econômica nacional coerente.
Principais tópicos abordados
● Divisão da autoridade econômica nos EUA.
● Conflito entre os setores público e privado na política econômica.
● Políticas macro e microeconômicas, como o papel da Reserva Federal (Fed).
● Análise do modelo neoclássico aplicado à economia americana.
● Críticas ao liberalismo econômico e ao papel reduzido do governo na regulação da
economia.
● Análise: Gilpin aponta que o sistema político dos EUA, que permite uma grande
liberdade para o setor privado, limita a capacidade do governo de criar uma política
econômica coesa. Ele também discute como a política de industrialização
anglo-saxônica difere de outras economias, o que reforça a complexidade de
implementar políticas públicas de maneira eficiente.
2. BABB, Sarah. The Washington Consensus as Transnational Policy Paradigm (2013)
Sarah Babbexplora o desenvolvimento e a evolução do Consenso de Washington, um
conjunto de políticas neoliberais recomendadas por instituições como o FMI e o Banco
Mundial para países em desenvolvimento durante as décadas de 1980 e 1990. Essas
políticas foram inicialmente criadas para estabilizar e liberalizar economias em crise, mas o
texto discute como essas ideias foram desafiadas devido à ineficácia em gerar crescimento
sustentável.
Principais tópicos abordados:
Origem e disseminação do Consenso de Washington.
As reformas neoliberais, incluindo a liberalização do mercado e as políticas de austeridade.
O declínio do consenso e as críticas a suas políticas, especialmente por seu impacto
negativo em países em desenvolvimento.
Possíveis modelos alternativos ao Consenso de Washington.
Análise: Babb fornece uma visão crítica do Consenso de Washington, argumentando que a
padronização das políticas neoliberais não considerou adequadamente as diferenças
estruturais e sociais dos países aos quais foram aplicadas. O texto sugere que o fracasso
dessas políticas gerou uma busca por novos paradigmas de desenvolvimento que vão além
do modelo neoliberal.
3. GRAHAM, Erin R. Follow the Money: How Trends in Financing Are Changing Governance
at International Organizations (2017)
Graham investiga como as mudanças nas fontes de financiamento estão transformando a
governança das organizações internacionais. Com o aumento da dependência de doadores
externos, as organizações internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, enfrentam uma
alteração em suas prioridades e capacidade de ação.
Principais tópicos abordados:
As mudanças nas tendências de financiamento de organizações internacionais.
Como o financiamento afeta a governança e a independência das organizações.
O papel de atores externos e doadores na definição das prioridades políticas dessas
organizações.
Análise: Graham destaca uma tendência preocupante: à medida que organizações
internacionais dependem mais de financiamento externo, elas tornam-se mais suscetíveis
às agendas dos doadores, o que pode comprometer sua independência e eficácia. O texto é
uma crítica à crescente financeirização da governança global e sugere a necessidade de
um financiamento mais diversificado e equilibrado.
4. HALL, Paul A., SOSKICE, David. Introduction in Varieties of Capitalism: The Institutional
Foundations of Comparative Advantage (2001)
Hall e Soskice introduzem a ideia das "Variedades de Capitalismo", distinguindo entre
economias de mercado coordenadas (EMCs) e economias de mercado liberais (EMLs).
Eles argumentam que as diferenças institucionais entre esses dois tipos de economias
criam vantagens comparativas específicas.
Principais tópicos abordados:
Diferenciação entre economias de mercado coordenadas e liberais.
Como as instituições moldam as interações entre governo, empresas e trabalhadores.
O papel das instituições na criação de vantagens comparativas.
Análise: Os autores fornecem uma base teórica sólida para entender como diferentes
sistemas capitalistas funcionam, destacando a importância das instituições na definição da
economia. A distinção entre EMCs e EMLs ajuda a explicar como diferentes países adotam
políticas econômicas que refletem suas estruturas institucionais.
5. GUTTMANN, Robert. Uma Introdução ao Capitalismo Dirigido pelas Finanças (2008)
Guttmann analisa a ascensão do capitalismo financeiro, onde o setor financeiro domina as
atividades econômicas. Ele explora a financeirização, o crescimento da dívida e o aumento
da especulação financeira como características centrais do capitalismo contemporâneo.
Principais tópicos abordados:
Financeirização da economia global.
Crescimento da dívida pública e privada.
Crises financeiras e instabilidade econômica.
Análise: Guttmann argumenta que o capitalismo dirigido pelas finanças exacerba a
instabilidade econômica e a desigualdade, pois o foco na acumulação de riqueza financeira
prejudica o investimento produtivo e o crescimento sustentável. O texto oferece uma crítica
ao papel desproporcional que o setor financeiro desempenha nas economias modernas.
6. MARX, Karl. A Assim Chamada Acumulação Primitiva
Marx descreve o processo histórico da acumulação primitiva como o ponto de partida para o
capitalismo. Ele explica como a expropriação dos meios de produção dos trabalhadores
levou à formação de uma classe trabalhadora desprovida de seus meios de subsistência,
forçando-a a vender sua força de trabalho.
Principais tópicos abordados:
Expropriação de terras e recursos.
Formação da classe trabalhadora.
Impacto da acumulação primitiva no desenvolvimento do capitalismo.
Análise: Marx vê a acumulação primitiva como um processo violento e essencial para a
criação do capitalismo, onde as desigualdades estruturais entre capitalistas e trabalhadores
são cimentadas. O conceito é crucial para entender a dinâmica de exploração e alienação
que caracterizam o sistema capitalista.
7. MARX, Karl. O Capital: Crítica da Economia Política
Nesta obra monumental, Marx analisa o funcionamento do capitalismo, com foco no
conceito de valor-trabalho, mais-valia e a acumulação de capital. Ele critica o sistema
capitalista por sua tendência a explorar os trabalhadores e gerar crises cíclicas.
Principais tópicos abordados:
Teoria do valor-trabalho e mais-valia.
Crítica ao capitalismo e suas crises recorrentes.
Acumulação de capital e sua relação com a exploração dos trabalhadores.
Análise: "O Capital" é uma crítica fundamental ao capitalismo, onde Marx revela as
contradições internas do sistema, especialmente a exploração inerente à relação entre
capitalistas e trabalhadores. Ele argumenta que essas contradições inevitavelmente levarão
a crises econômicas e, eventualmente, à queda do capitalismo.
8. LUXEMBURGO, Rosa. A Acumulação do Capital (Capítulos 26, 27, 31 e 32)
Luxemburg complementa a análise de Marx, argumentando que o capitalismo depende da
expansão para sobreviver, o que leva ao imperialismo. Ela vê o imperialismo como uma
resposta à necessidade do capital de encontrar novos mercados para continuar sua
acumulação.
Principais tópicos abordados:
Expansão imperialista como resultado da acumulação de capital.
Necessidade do capitalismo de novos mercados externos.
Crítica ao imperialismo como uma consequência inevitável do capitalismo.
Análise: Luxemburg fornece uma visão mais global das dinâmicas capitalistas, mostrando
como o imperialismo e a colonização são essenciais para a sobrevivência do sistema
capitalista. Ela vê o imperialismo não apenas como uma política externa, mas como uma
necessidade estrutural do capitalismo.
Aula 1 – O Sistema Econômico e Monetário sob o
Padrão-Ouro
1. COHEN, Benjamin J. – Uma introdução avançada à economia política
internacional (2014, Introdução, pp. 1-14)
Resumo
A introdução do livro de Benjamin J. Cohen oferece uma visão abrangente da Economia
Política Internacional (EPI) , destacando sua relevância para entender as interações
econômicas e políticas no cenário global. Cohen apresenta os principais conceitos, teorias e
a evolução histórica do EPI, enfocando como regimes monetários, como o Padrão-Ouro,
influenciando as relações internacionais.
Fichamento
● Definição de EPI : Estudo das interações entre economia e política em nível
internacional.
● Importância da EPI : Compreender como políticas econômicas confrontam relações
entre Estados e vice-versa.
● Principais Conceitos :
○ Regimes Monetários : Sistemas que regem as relações internacionais (ex.:
Padrão-Ouro).
○ Globalização Econômica : Expansão das interações econômicas
globalmente.
● Teorias Principais :
○ Realismo Econômico : Foco no poder dos Estados e interesses nacionais.
○ Liberalismo Econômico : Ênfase na cooperação e instituições
internacionais.
○ Teoria Marxista : Análise das relações de classe e exploração econômica.
● História da EPI : Desenvolvimento desde o século XIX até o presente, com foco nas
transformações dos sistemas matemáticos.
Revisão
Este capítulo introdutório estabeleceas bases para entender o EPI, ressaltando sua
interdisciplinaridade e importância para analisar questões como comércio internacional,
finanças globais e políticas econômicas. A compreensão das diferentes teorias permite uma
análise crítica das dinâmicas internacionais e das políticas impostas pelos Estados,
especialmente no contexto de regimes financeiros históricos como o Padrão-Ouro.
2. DE CECCO, Marcello – 'Gold Standard' (1987, The New Palgrave: A
Dictionary of Economics, pp. 1-14)
Resumo
Marcello de Cecco explora o Padrão-Ouro , detalhando seu funcionamento, vantagens e
vantagens. O Padrão-Ouro foi o sistema de negociação dominante entre o final do século
XIX e o início do século XX, onde as moedas nacionais eram lastreadas por uma
quantidade fixa de ouro. De Cecco analisa como este sistema promoveu estabilidade
monetária, mas também evidenciou sua tensão durante crises econômicas.
Fichamento
● Padrão-Ouro : Sistema onde a unidade monetária é definida por uma quantidade
fixa de ouro.
● Funcionamento :
○ Conversibilidade : Os bancos centrais garantem a conversão de moeda em
ouro para uma taxa fixa.
○ Estabilidade de Preços : Vínculo com o ouro ajudava a controlar a inflação.
● Vantagens :
○ Confiança Internacional : Facilita negociações e investimentos
internacionais pela previsibilidade cambial.
○ Disciplina Fiscal : Limita a emissão de moeda, prevenindo déficits fiscais
excessivos.
● Desvantagens :
○ Rigidez Monetária : Respostas difíceis a choques econômicos e crises
financeiras.
○ Desigualdades Econômicas : Beneficia países exportadores de ouro e
prejudica importadores.
● História e Queda :
○ Era de Ouro (século XIX) : Expansão do comércio e industrialização.
○ Crise de 1929 e Pós-Segunda Guerra Mundial : Contribuiu para a
desintegração do sistema.
● Legado :
○ Influência nas Políticas Monetárias : Debate sobre fixação de moedas e
estabilidade econômica.
Revisão
O Padrão-Ouro foi crucial para a estabilidade econômica global no final do século XIX e
início do XX, proporcionando confiança nas transações internacionais. No entanto, a sua
tensão limitou a capacidade dos Estados de responder a crises, como a Grande Depressão.
De Cecco oferece uma análise equilibrada, destacando tanto os benefícios quanto as
limitações do Padrão-Ouro, essenciais para entender os desafios dos regimes financeiros
definidos e a transição para sistemas mais flexíveis.
3. COHEN, Benjamin J. – Economia Política Internacional: Uma História
Intelectual (2008)
Resumo
Neste livro, Benjamin J. Cohen traçou a evolução da Economia Política Internacional
(EPI) como disciplina acadêmica. Ele explora as principais correntes teóricas e debates que
moldaram o campo, desde o século XIX até o início do século XXI. Cohen destaca como as
ideias sobre economia global e política se desenvolvem, incluindo as contribuições de
diferentes escolas de pensamento e os desafios enfrentados pela EPI.
Fichamento
● Origens do EPI :
○ Mercantilismo : Enfoque no acúmulo de metais preciosos e poder estatal.
○ Fisiocracia e Liberalismo Clássico : Valorização da agricultura e do livre
comércio.
● Desenvolvimento no Século XX :
○ Teoria da Dependência : Relações entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos.
○ Neoliberalismo : Desregulamentação e mercado livre.
○ Teorias Críticas : Pós-colonialismo e feminismo na EPI.
● Principais Debates :
○ Interação Estado-Mercado : Papel do Estado na regulação econômica.
○ Globalização : Impactos da integração global na economia e política.
○ Instituições Internacionais : Influência de organizações como FMI e Banco
Mundial.
● Contribuições das Escolas de Pensamento :
○ Realismo vs. Liberalismo : Cooperação internacional versus busca por
poder.
○ Marxismo : Foco nas relações de classe e exploração econômica.
● Desafios Contemporâneos :
○ Crises Financeiras Globais : Impactos na ordem econômica internacional.
○ Sustentabilidade e Economia Verde : Novas abordagens diante das
questões ambientais.
Revisão
Cohen oferece uma análise detalhada da trajetória do EPI, destacando como diferentes
teorias e escolas de pensamento desenvolvidas para a compreensão das dinâmicas
econômicas e políticas globais. A obra é fundamental para identificar as raízes históricas
dos debates atuais na EPI e compreender a adaptação da disciplina frente às
transformações do sistema internacional, incluindo a transição após o Padrão-Ouro.
4. GILPIN, Robert – Economia Política Global: Compreendendo a Ordem
Econômica Internacional (2001, Capítulo 2, pp. 25-45)
Resumo
No capítulo 2, Robert Gilpin discute os principais atores e forças que moldam a economia
política global . Ele analisa o papel dos Estados, das instituições financeiras internacionais
e das consequências das políticas econômicas globais. Gilpin explora como as interações
entre esses atores que influenciam a ordem econômica internacional, destacando as
dinâmicas de poder, os interesses nacionais e a interdependência econômica.
Fichamento
● Atores Principais :
○ Estados-Nação : Definição de políticas econômicas e monetárias.
○ Instituições Financeiras Internacionais : FMI, Banco Mundial e sua
influência.
○ Corporações Multinacionais : Impacto nas políticas econômicas globais.
○ Organizações Não-Governamentais (ONGs) : Influência em questões
econômicas e sociais.
● Forças que moldam a economia global :
○ Globalização : Integração econômica, tecnológica e cultural.
○ Interdependência Econômica : Dependência mútua entre países para
comércio e investimentos.
○ Poder Econômico : Distribuição de poder entre Estados e atores não
estatais.
● Políticas Econômicas Globais :
○ Liberalização do Comércio : Redução de barreiras tarifárias e
não-tarifárias.
○ Desregulamentação : Menor intervenção estatal na economia.
○ Políticas de Austeridade : Medidas para equilibrar orçamentos nacionais.
● Consequências das Políticas Globais :
○ Desigualdade Econômica : Aumento das disparidades entre países e
dentro deles.
○ Crises Financeiras : Propagação de crises econômicas pela interconexão
global.
○ Soberania Econômica : Limitação da autonomia dos Estados em definir
políticas internas.
● Teorias e Modelos :
○ Realismo : Estados como atores principais, buscando poder e segurança.
○ Liberalismo : Cooperação e instituições internacionais facilitando a ordem
econômica.
○ Teoria da Dependência : Relações de dependência entre centros e
periferias econômicas.
Revisão
O capítulo de Gilpin é essencial para compreender como diferentes atores e forças
interagem para moldar a ordem econômica internacional. Uma análise das políticas
econômicas globais e suas consequências fornece insights sobre os desafios atuais, como
desigualdade e crises financeiras. Compreender o papel das instituições e a dinâmica de
poder é crucial para avaliar as estratégias e respostas dos Estados e de outros atores no
contexto global.
Considerações Finais para a Aula 1
Compreensão dos Conceitos Fundamentais
● Padrão-Ouro : Entende seu funcionamento, vantagens e vantagens.
● Economia Política Internacional : Definição, teorias e evolução histórica.
Análise das Teorias e Abordagens
● Realismo, Liberalismo, Marxismo : Suas contribuições e limitações para a EPI.
● Teorias Críticas e Contemporâneas : Impacto das novas abordagens na
compreensão da economia global.
Interação entre Atores e Instituições
● Estados, Instituições Financeiras, Corporações : Como interação e influência na
ordem econômica.
● Globalização e Interdependência : Efeitos nas políticas econômicas e na
soberania dos Estados.
Consequências das Políticas Econômicas
● Estabilidade vs. Flexibilidade : Impacto dos regimes financeiros na economia
global.
● Desigualdade e Crises : Como as políticas e a interdependência econômica
importantes para essas características.
Aplicação do Conhecimento Histórico
● Evolução do Padrão-Ouro : Lições aprendidas e como influenciaram os sistemas
financeiros posteriores.
● Desenvolvimento da EPI : Como as teorias evoluíram em resposta às mudanças
econômicas e políticas.
Dicas de Estudo● Revise os Conceitos-Chave : Assegure-se de entender os principais termos e
teorias.
● Relacionar Teorias com Eventos Históricos : Por exemplo, como o Padrão-Ouro
influenciou a estabilidade econômica e como sua queda afetou o sistema monetário
global.
● Estudar Exemplos Práticos : Analisar como diferentes países reagiram ao
Padrão-Ouro e quais políticas adotaram durante e após sua vigência.
● Comparar Diferentes Abordagens Teóricas : Entenda como realistas, liberais e
marxistas interpretam o impacto do Padrão-Ouro na economia política internacional.
A ascensão e queda das grandes potências
The Rise and Fall of the Great Powers Objetivo: tratar da análise da ascensão e queda de
grandes potencias. Motivo dessa oscilação: as grandes potencias que não estabeleciam
equilíbrio entre investimentos militares e crescimento econômicos, tendiam a decair. Nações
que traziam inovações tecnológicas tendiam a ser mais prosperas nesses pontos, enquanto
algumas práticas como expansão territorial mediante o colonialismo, sem a manutenção
devida, decaiam.
The Old IPE and the New
Objetivo: analisar a velha IPE e nova IPE. Análise: a antiga IPE estava mais voltada pra
uma macroeconomia visando questões de poder e soberania entre os países e a relação de
segurança territorial e econômica dentro desses relacionamentos. Já dentro da new IPE
essa abordagem examina como políticas internas, estruturas sociais, e agentes econômicos
(tanto macro quanto micro) afetam a política externa e as relações econômicas. Enfatiza a
importância das instituições internacionais e da governança global na promoção da
cooperação e na resolução de problemas comuns.
Resumos dos Fichamentos
Fichamento 01 - O Sistema Econômico e Monetário sob o Padrão-Ouro; o
Sistema Econômico e Monetário de Bretton Woods
A primeira aula introduz a Economia Política Internacional (EPI) como um campo
de estudo que analisa a interação entre Estados e mercados e sua influência nas
relações internacionais. A EPI se destaca por ser interdisciplinar e, embora possua
raízes antigas, formalizou-se apenas na década de 1960. O Padrão-Ouro, que
definiu o valor monetário em função do ouro, surgiu após a queda dos impérios e
proporcionou estabilidade monetária internacional antes de ser substituído pelo
sistema de Bretton Woods após a Segunda Guerra Mundial, que buscava evitar
desvalorizações e promover a cooperatividade entre Estados.
Fichamento 02 - O Sistema de Bretton Woods
A segunda aula explora a transição do Padrão-Ouro para Bretton Woods, que
surgiu como resposta à Grande Depressão e à instabilidade econômica dos anos
1930. A Conferência de Bretton Woods, em 1944, estabeleceu uma nova ordem
econômica, com o FMI e o Banco Mundial criando um sistema de taxas de
câmbio fixas para promover a estabilidade. O sistema, porém, colapsou em 1971
devido a problemas financeiros dos EUA e consequentemente deu origem a taxas
de câmbio flexíveis, resultando emmaior instabilidade econômica global.
Fichamento 03 - Evolução do Consenso de Washington e o Papel das
Instituições Financeiras Internacionais
A aula analisa a evolução do Consenso de Washington como um paradigma para
políticas econômicas predominantes entre 1950 e 2000 e o papel das Instituições
Financeiras Internacionais (IFIs) em sua implementação. Após a queda de Bretton
Woods, os países tornaram-se mais interdependentes. O FMI, que inicialmente
focava em estabilidade monetária, passou a implementar condicionalidades
estruturais. O Consenso, embora promovesse reformas de mercado, enfrentou
críticas pela sua abordagem padronizada que desconsiderava as particularidades
locais, levando a crises em vários países.
Fichamento 04 - O Consenso de Washington e Financiamento das OI's
Na quarta aula, o foco é no Plano Baker e sua relação com o Consenso de
Washington, que pediu reformas estruturais em países em desenvolvimento para
evitar crises de dívida. O modelo implicava a liberalização econômica imposta por
instituições financeiras, mas resultou em críticas por não considerar condições
locais. A aula também aborda mudanças no financiamento das Organizações
Internacionais, onde estados e atores privados passaram a influenciar
diretamente as prioridades, resultando em uma fragmentação da governança.
Fichamento 05 - Variedades de Capitalismo
A quinta aula discute o conceito de Variedades de Capitalismo, destacando as
diferenças institucionais entre economias de mercado. As economias liberais de
mercado (LMEs) apresentam alta competitividade com pouco envolvimento do
Estado, enquanto as economias coordenadas (CMEs) enfatizam a cooperação
entre empresas e trabalhadores. A crescente financeirização, que prioriza a
maximização do valor acionário, e suas consequências, como crises sistêmicas e
concentração de riqueza, também são abordadas.
Fichamento 06 - Teoria Econômica de Karl Marx e Rosa Luxemburgo
A última aula resume os principais conceitos da teoria econômica de Karl Marx e
Rosa Luxemburgo. Marx argumenta que a luta de classes e a exploração do
trabalhador são centrais para o capitalismo, propondo a ideia de ditadura do
proletariado após seu colapso. Luxemburgo, por sua vez, foca na necessidade de
mercados externos para a acumulação capitalista e critica a abordagem
reformista, defendendo que a revolução deve ser um processo espontâneo.
Ambos oferecem uma visão crítica sobre a natureza e as contradições do sistema
capitalista.
Esses resumos proporcionam uma visão geral dos temas abordados em cada
fichamento, facilitando um estudo mais direcionado para a prova.

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