Prévia do material em texto
Aluna: Adrielly Beatriz de Oliveira Melo N USP: 11814673 Efeito da cocaína na sinalização celular da dopamina. A dopamina é um neurotransmissor que atua no sistema nervoso central. Ela é uma catecolamina simpaticomimética endógena e realiza o controle de funções motoras, estimulação da memória, concentração, regulamentação do humor, estresse e sensação de prazer. Ela é produzida por neurônios dopaminérgicos que se projetam para o núcleo accumbens do cérebro pela via mesolímbica. É sintetizada a partir do aminoácido tirosina, que é transformado em DOPA ao sofrer a ação da enzima tirosina hidroxilase, a DOPA por sua vez, sofre a ação de descarboxilação gerando a dopamina. Logo após, ela é armazenada nas vesículas dos terminais pré-sinápticos sendo liberada na fenda sináptica por exocitose quando houver um estímulo neuronal. Ao ocorrer o estímulo neuronal em consequência da entrada de cálcio, a dopamina é liberada na fenda e pode interagir com seus receptores de membrana D1 (pós-sinápticos), acoplados a proteína Gs (estimulatória) formando o AMPc e a atividade da PKA, ou com os receptores D2 (pré- sinápticos), acoplados a proteína Gi que inibe a formação do AMPc. Além disso, a dopamina pode ser também recaptada para o terminal pré- sináptico pelos transportadores dopaminérgicos (DTA), onde será metabolizada ou armazenada. A cocaína se liga ao DAT bloqueando a recaptação de dopamina para o terminal pré-sináptico, o que aumenta a concentração do neurotransmissor na fenda sináptica, potencializando a transmissão e, assim, aumenta a liberação da dopamina no núcleo accumbens, levando a uma euforia anormal e a uma sensação de prazer e recompensa. O mecanismo celular consiste em: Após a produção de dopamina no neurônio e a sua liberação na fenda sináptica (1), já explicada anteriormente, a dopamina liga-se ao receptor D1 que produz o AMPc e o PKA, este último entra no núcleo celular (2), na qual ocorre fosforilação ativando a proteína CREB que permite a transcrição dependente de RNA-polimerase II de genes (3) originando novas proteínas (4) que promovem o aprendizado associativo ao estímulo e a neuroplasticidade (5). Os opióides endógenos ou exógenos também atuam de forma direta ou indireta contribuindo na liberação de dopamina do núcleo accumbens reforçando a neuroplasticidade e o risco de adicção. Adicção é um comportamento que afeta diretamente as emoções e leva a condição de dependência do indivíduo. As drogas de abuso, como a cocaína, desencadeiam esse efeito uma vez que atuam como reforçadores positivos levando às sensações de euforia, alívio e prazer. Essas sensações aumentam o desejo do indivíduo de consumir a droga novamente podendo gerar um ciclo vicioso de dependência Portanto, concluímos que a presença da dopamina é de extrema importância para a regulação motora do nosso organismo, mas quando em grande quantidade causada pelos efeitos de drogas como a cocaína geram efeitos satisfatórios momentâneos que podem causar dependência. Referências: • SMITH, Fran. Como o cérebro consegue consegue combater os vícios. National Geographic. Disponível em: . Acesso em 23 de jul, 2021. • LEPSCH, Lucília. Toxicidade causada pela cocaína in vitro: participação da via dopaminérgica e do fator de transcrição NF-KB. Disponível em: . Acesso em: 23 de jul, 2021. • MILHOMEM, Lucas. Dopamina, o que é? Definição, função, características e implicações. Conhecimento Científico, 2020. Disponível em: . Acesso em: 23 de jul, 2021. • CÂMARA, Brunno. Como a cocaína age no cérebro. Biomedicina padrão, 2011. Disponível em: . Acesso em: 23 de jul, 2021. • ESTEVINHO, Maria e FORTUNATO, J. Dopamina e Receptores. Revista Portuguesa de Psicossomática, 2003. Disponível em: . Acesso em: 23 de jul, 2021. https://nationalgeographic.pt/ciencia/grandes-reportagens/1555-como-o-cerebro-consegue-combater-os-vicios/amp https://nationalgeographic.pt/ciencia/grandes-reportagens/1555-como-o-cerebro-consegue-combater-os-vicios/amp file:///C:/Users/Adry/Downloads/LuciliaBrochadoLepsch_Doutorado.pdf file:///C:/Users/Adry/Downloads/LuciliaBrochadoLepsch_Doutorado.pdf https://conhecimentocientifico.r7.com/dopamina-2/?amp https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/07/como-cocaina-age-no-cerebro.html?m=1 https://www.biomedicinapadrao.com.br/2011/07/como-cocaina-age-no-cerebro.html?m=1 http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28750103