E-book _ Tópico 1_ Morfologia dos Sistemas Neuromuscular, Cardiológico, Respiratório e Digestório

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Sistema Neuromuscular
O encéfalo, juntamente com a medula espinal, trabalha na regulação dos
processos inconscientes e coordena grande parte dos movimentos voluntários. O
encéfalo também é o local da consciência, o que permite a nós, seres humanos, a
capacidade de pensar e aprender.
Encéfalo
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A-Unidade 1
Introdução
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De acordo com Machado (2014), as subdivisões do tubo neural originaram as
principais estruturas do sistema nervoso central. Observemos, a seguir, a divisão
primária, a subdivisão e as estruturas correspondentes no encéfalo adulto.
O prosencéfalo é a divisão primária, e a sua subdivisão é em telencéfalo e
diencéfalo. O telencéfalo refere-se aos hemisférios cerebrais, núcleos da base,
córtex cerebral, bulbos e tratos olfatórios;
o diencéfalo refere-se ao tálamo, epitálamo e hipotálamo;
o mesencéfalo é a divisão primária e a sua subdivisão. Corresponde, no adulto,
aos corpos quadrigêmeos, ou seja, colículos superiores e inferiores;
o rombencéfalo é a divisão primária, e a sua subdivisão é no metencéfalo e
mielencéfalo. O metencéfalo origina, no adulto, os pedúnculos do cérebro,
cerebelo e ponte. O mielencéfalo origina o bulbo.
O encéfalo regula processos inconscientes e coordena parte dos movimentos
voluntários do ser humano, como o caminhar. É, também, o local da consciência, o
que permite a capacidade de pensar e aprender. Observe, na �gura a seguir, a
estrutura do encéfalo.
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Figura 1. Encéfalo. 
Fonte: Netter (1999, p. 92).
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O encéfalo é formado pelas estruturas presentes dentro do crânio, ou seja, pelo
cerebelo, tronco encefálico e cérebro, que são localizados na cavidade craniana.
Uma grande quantidade de neurônios (100 bilhões) e de neuróglia (1 trilhão)
formam o encéfalo. Seu peso é de, aproximadamente, 1,400kg.
Cé r e br o
O cérebro é a maior porção do encéfalo, o qual é formado pelo telencéfalo e
diencéfalo. Ademais, está alojado nas fossas cranianas anterior, média e posterior.
No homem adulto, o cérebro é constituído por dois hemisférios: o direito e o
esquerdo (divididos pela �ssura longitudinal do cérebro). Internamente, os
hemisférios cerebrais são unidos por �bras que formam o fórnice, comissura
anterior e corpo caloso. O diencéfalo é envolvido integralmente pelo cérebro,
tendo em vista o seu extenso desenvolvimento.
Na superfície externa do cérebro, é possível observar as �ssuras e os sulcos que
servem como referência para a subdivisão dos hemisférios cerebrais em regiões
menores, isto é, em lobos e giros. De maneira simpli�cada, os giros são as
protuberâncias do cérebro e os sulcos são fendas que delimitam os giros. Os
hemisférios cerebrais são divididos em cinco lobos: lobo frontal, lobo parietal,
lobo temporal, lobo occipital e lobo insular Os lobos cerebrais são compostos
pelos sulcos. Os lobos frontal e parietal estão separados pelo sulco central. O giro
pré-central está localizado anteriormente ao sulco central. Essa estrutura possui a
área motora primária. Posteriormente ao sulco central, observa-se o giro pós-
central, local onde está o córtex somatossensorial primário (MACHADO, 2014).
Te le n c é fa lo
Os lobos foram nomeados conforme suas localizações nos ossos do crânio, sendo
assim, o lobo frontal está disposto no osso frontal, o lobo temporal relaciona-se ao
osso temporal, o lobo occipital relaciona-se ao osso occipital, e o lobo parietal está
ligado ao osso parietal. Apenas o lobo insular é o único que não se comunica com o
crâneo, pois este situa-se internamente ao sulco lateral.
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Lobo parietal
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O lobo frontal é o maior de todos. Com relação aos giros na vista lateral presentes
no lobo frontal, temos o giro pré-central (entre o sulco central e o sulco pré-
central), onde encontramos a principal área motora do cérebro. Também está
presente o giro frontal superior (superior ao sulco frontal superior, que continua
na face medial do cérebro), o giro frontal médio (entre os sulcos frontal superior e
frontal inferior), que está envolvido na motivação, e o giro frontal inferior (inferior
ao sulco frontal inferior).    
O giro frontal inferior do hemisfério esquerdo também é chamado de giro de
broca, apresentando o centro cortical da palavra falada.
O lobo frontal participa de algumas funções intelectuais, como raciocínio,
planejamento do futuro, pensamento abstrato, comportamento sexual e
agressivo. Além de ser responsável pela seletividade do processo de atenção,
memória, linguagem e coordenação dos movimentos voluntários, bem como fala
expressiva, personalidade e impulso, também é responsável por manter a
interação entre os diversos tipos de estímulos de informações ao mesmo tempo e,
posteriormente, resgatar tais informações, de acordo com as próximas exigências
das ações intelectuais (MIRANDA NETO, 2012).
O lobo temporal do hemisfério dominante está relacionado à interpretação dos
signi�cados complexos das experiências sensoriais e pelo estado da consciência.
Também, é responsável pelo padrão básico determinado culturalmente, de�nindo
o que representa ser do sexo feminino ou masculino, em uma dada sociedade.
Nesse lobo, também acontece a discriminação integrada dos estímulos sensitivos,
que veio das áreas auditivas secundárias, visuais e somatossensoriais, o que
possibilita o reconhecimento, de forma consciente, das experiências vivenciadas,
além da seleção de quais informações formarão a memória (MARTINI; TIMMONS;
TALLISCH, 2009).
No lobo parietal, está localizado o córtex somatossensorial, região que recebe e
interpreta os impulsos relacionados a algumas sensações, como dor, tato, pressão,
temperatura, propriocepção e paladar. Também está associado ao uso de símbolos
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Lobo frontal
Lobo temporal
Tronco cerebral
Cerebelo
Lobo occipital
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como meio de comunicação e fala receptiva. Participa da con�rmação dos
movimentos já realizados e da decisão de quais movimentos deverão ser
realizados para concluir um objetivo.
O papel do lobo occipital está direcionado para a visão. Neste, encontra-se o
córtex visual e o córtex de associação visual. Ademais, realiza atividades
associadas aos lobos parietal e temporal, no que diz respeito aos movimentos de
seguimento optocinético e �xação dos olhos. Ainda proporciona funções
complexas de reconhecimento, associação visual, revisualização, visão das cores,
tamanho e formato dos objetos, bem como orientação visual.
Por �m, o lobo insular não apenas está associado à percepção e geração de
respostas emocionais, mas também apresenta grandes conexões com quase todas
as regiões do cérebro (devido à sua localização), por meio dos fascículos. Tal fato
justi�ca as relações do lobo insular com a linguagem, funções neurovegetativas e o
córtex motor suplementar.
Os lobos cerebrais são divididos pelos sulcos - lateral, central, parietoccipital,
incisura pré-occipital - e sulco circular da ínsula. O lobo frontal é separado do lobo
parietal pelo sulco central. O lobo frontal é separado do lobo temporal pelo sulco
lateral.
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Figura 2. Lobo Insular. 
Fonte: Netter (1999, p. 94).
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O sulco parietoccipital separa o lobo parietal do lobo occipital e o sulco circular da
ínsula envolve a borda superior da ínsula.
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REFLITA
Danos Neuronais
O sistema nervoso central, formado pelo conjunto de corpos de neurôniose
por tratos que compreendem feixes de axônios, os quais ligam-se aos
núcleos próximos ou distantes da parte central do sistema nervoso, são
responsáveis por transportar os sinais neuronais. Em casos de lesões
isquêmicas e/ou traumáticas nesta região, quais danos poderiam ser
causados para o organismo humano?
Fonte: Moore, Dalley e Agur (2014).
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He m isfé r io s Ce r e br a is
Na maioria da população, o hemisfério esquerdo possui uma relação maior para
controlar a mão direita, linguagem, habilidades numéricas, cientí�cas e o
raciocínio. O hemisfério direito é mais importante para o controle da mão
esquerda, imaginação e sensibilidade artística. São nos lábios do sulco calcarino
que encontramos o centro cortical da visão. Agora, o sulco parieto-occipital é bem
profundo e faz a divisão do lobo occipital do lobo parietal (MACHADO, 2014).
Na região periférica do cérebro, vemos uma substância cinzenta, conhecida,
também, por córtex cerebral. Esta possui essa coloração devido à presença de
corpos de neurônios, �bras amielínicas e neuróglias. Já na região central,
encontramos a substância branca, a qual é formada por �bras mielínicas e
neuróglias.
O córtex cerebral é uma delgada camada, a qual reveste a substância branca.
Ademais, é considerada uma das regiões mais importantes do sistema nervoso,
pois a substância cinzenta é o local de chegada dos impulsos de todas as vias de
sensibilidade que se tornarão consciência e serão interpretados. Do córtex
cerebral partem os impulsos nervosos que geram os movimentos voluntários e a
relação psíquica. Outrossim, este é formado por um conjunto de neurônios e �bras
que estão espalhados de várias formas, formando diversas camadas, dando, ao
córtex cerebral, uma característica complexa e heterogênea.
A substância branca tem a função de passar os impulsos nervosos entre os giros
de um mesmo hemisfério, dos giros de um hemisfério aos giros correspondentes
do hemisfério oposto, bem como entre outras regiões do encéfalo e medula
espinal. As �bras de projeção fazem a ligação do córtex com centros subcorticais,
e as �bras de associação unem regiões corticais localizadas em diferentes áreas do
cérebro.
O corpo amigdalóide, também denominado de amígdala, é o conjunto circular de
substância cinzenta que apresenta, aproximadamente, 2cm de diâmetro. Este está
presente no polo temporal e possui uma leve elevação no teto da extremidade do
corno inferior do ventrículo lateral. Sua função está associada ao medo.
Die n c é fa lo
O diencéfalo é composto pelas seguintes estruturas: tálamo, hipotálamo,
epitálamo e subtálamo. Além disso, este é encoberto pelo telencéfalo, que você
estudou anteriormente, sendo localizado medialmente, e forma, portanto, o
núcleo central do encéfalo. O diencéfalo desenvolveu-se a partir da vesícula
primordial do prosencéfalo. Suas paredes laterais dão origem ao epitálamo (parte
superior), ao tálamo (região central), ao subtálamo e ao hipotálamo (ambos na
região inferior) (DUARTE, 2009).
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Sua atuação ocorre por meio do sistema nervoso autônomo, pois coordena as
atividades de vida vegetativa, como a fome, o sono, a temperatura e a sede, além
da motricidade, comportamento emocional e sensibilidade. O tálamo possui um
formato oval, com 4 cm de comprimento, sendo composto, principalmente, por
massas de substância cinzenta organizadas em núcleos, os quais são pontos de
transmissão dos impulsos sensitivos que chegam de outras regiões do SNC ao
córtex cerebral (MIRANDA NETO, 2012).
Já o hipotálamo é considerado uma estrutura muito pequena, com ,
ocupando uma posição anterior no diencéfalo, ao longo das paredes do III
ventrículo, estando inferior ao sulco hipotalâmico e ao tálamo, bem como superior
à hipó�se. O III ventrículo divide as duas partes do hipotálamo. Formado por um
grupo de núcleos de substância cinzenta e tratos de �bras, possui muitas ligações
com regiões do sistema nervoso. Por isso, podemos dizer que quase todas as
vísceras do nosso corpo dependem do hipotálamo para alguns aspectos de
controle.
Ao longo do hipotálamo, está o fórnix ou fórnice, um sistema variado de �bras de
fácil visualização. O fórnice divide o hipotálamo em área medial, que está entre ele
e a parede do III ventrículo, com abundante quantidade de substância cinzenta,
onde estão os seus principais núcleos. Em área lateral, lateralmente ao fórnice,
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Figura 4. Cérebro. 
Fonte: stockshoppe / 123RF.
1cm
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com uma quantidade menor de corpos de neurônios e uma concentração de �bras
no sentido longitudinal. A área lateral é atravessada por um feixe prosencefálico
medial, que é composto por �bras que conectam a área septal à formação reticular
do mesencéfalo (MACHADO, 2014).
O hipotálamo possui diversas funções, como: regular a homeostase; controlar a
divisão do sistema nervoso autônomo e funções viscerais, regulando o sistema
nervoso parassimpático; participar do sistema límbico, estando envolvido nas
emoções e respostas de raiva; regular o apetite, pois representa o centro de
saciedade do encéfalo; regular a temperatura e a sede; regular a lactação,
produzindo ocitocina; regular a resposta ao stress; regular a função
cardiorrespiratória; produzir dopamina, que inibe a secreção de prolactina;
produzir β-endor�nas; controlar a liberação de hormônios da adeno-hipó�se;
produzir vasopressina; e controlar o ritmo circadiano, por in�uência da glândula
pineal. O subtálamo é uma pequena estrutura localizada na face posterior do
diencéfalo na região de passagem para o mesencéfalo. Acima do subtálamo,
encontra-se o tálamo. Seu limite lateral é feito pela cápsula interna e o limite
medial é feito pelo hipotálamo. As constituições subtalâmicas só podem ser vistas
em secções do diencéfalo, pelo simples fato de estas não se associarem à sua parte
externa ou às paredes do III ventrículo (DANGELO; FATTINI, 2012).
O epitálamo possui estruturas não endócrinas e endócrinas. A glândula pineal é a
porção endócrina que mais tem destaque. Os núcleos da habênula (localizados no
trígono da habênula), a comissura das habênulas, a comissura posterior e as
estrias medulares formam a parte não endócrina do epitálamo. Essas estruturas
não endócrinas (menos da comissura posterior) estão vinculadas ao sistema
límbico, controlando, portanto, o comportamento emocional.
Ce r e be lo
O cerebelo encontra-se na fossa craniana posterior, atrás da ponte e do bulbo, e o
tentório do cerebelo isola o cerebelo do lobo occipital. O cerebelo junta-se
bilateralmente ao tronco encefálico por meio de três pedúnculos cerebelares, que
possuem todas as �bras nervosas aferentes e eferentes, as quais possuem relação
com ele (MACHADO, 2014).
Aproximadamente metade dos neurônios do SNC está localizada no cerebelo. Por
essa razão, a estrutura recebeu o nome de cerebelo, que signi�ca, em latim,
pequeno cérebro. O cerebelo compõe uma parte considerável do circuito que une
as áreas sensoriais às áreas motoras do encéfalo, além de suas funções na
coordenação dos movimentos. Ademais, proporciona ajustes durante os
movimentos que servem de base para a precisão e exatidão, além de possuir
grande participação no aprendizado motor e na modi�cação re�exa (MACHADO,
2014).
O cerebelo é composto por dois hemisférios localizados lateralmente, ligados
entre si pelo verme cerebelar na linha mediana. Sua porção superior apresenta
uma característica plana. As bordas entre o verme e ambos os hemisférios são
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sinalizados por dobras na �ssura transversa. Suas funções estão compostas em
diversas viasaferentes e eferentes que se ligam ao cérebro. A via córtico ponto
cerebelar é uma via aferente longa e importante do cerebelo, pois esta inicia no
córtex motor, córtex pré-motor e córtex somatossensorial. As vias aferentes que
integram o cerebelo aos impulsos vindos dos núcleos da base têm sua importância,
já que informam sobre a tensão muscular e articular, que são geradas pelos
receptores de estiramento, bem como sobre a visão e equilíbrio.
Tr o n c o En c e fá l ic o
O tronco encefálico é essencial para a vida do homem, pois está presente nos
centros que ajudam a manter o organismo, como o centro respiratório e o centro
vasomotor, que mantém a atividade re�exa da respiração e regula o tônus da
parede dos vasos sanguíneos, respectivamente. Este possui, basicamente, três
funções, recebe informação sensorial das regiões cranianas e comanda a
musculatura da cabeça. As raízes motoras e sensitivas dos nervos cranianos
entram e saem do tronco encefálico. Parecido com a medula espinal, o tronco
encefálico serve como caminho para a passagem de informação, já que os tratos
ascendentes sensoriais e descendentes motores o percorrem. Os núcleos do
tronco encefálico auxiliam nas funções motoras e sensitivas especí�cas.
Localizado na fossa craniana posterior, com sua face anterior em cima do clivo, o
tronco encefálico possui diversos corpos de neurônios intrínsecos. Alguns de seus
prolongamentos assemelham-se aos grupos celulares da medula espinal. Observe
o tronco encefálico a seguir.
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O tronco encefálico é formado por uma rede complexa de neurônios, a qual é
ampliada por todo o seu comprimento e prolonga-se inferiormente com sua
correspondente espinal. Os neurônios da formação reticular recebem e integram
estímulos que chegam do córtex, do hipotálamo, do tálamo, do cerebelo e da
medula espinal. A formação reticular do tronco encefálico opera nos mecanismos
de ativação do córtex, na regulação do sono, no processo de atenção e na
integração de re�exos (MACHADO, 2014).
Me se n c é fa lo
O mesencéfalo vai da ponte até à parte inferior do diencéfalo. Ademais, apresenta
dois pedúnculos do cérebro, compostos por �bras motoras que unem o córtex
cerebral à ponte e medula espinal, além de possuir �bras sensitivas que ligam a
medula espinal ao tálamo. Tais pedúnculos formam o principal vínculo dos tratos
com as regiões superior e inferior do encéfalo e medula (MIRANDA NETO, 2012).
O mesencéfalo une a ponte e o cerebelo ao telencéfalo e compreende a maior
parte do tronco encefálico, medindo 2 cm de comprimento. Lateralmente a ele,
observam-se os giros para-hipocampais. Ademais, está dividido, na porção
anterior, em pedúnculos cerebrais direito e esquerdo, e, na porção posterior, em
teto. O teto do mesencéfalo está disposto atrás de seu aqueduto, sendo formado
pela área pré-tetal e pelos pares de colículos superior e inferior.
O mesencéfalo apresenta dois pares de projeções na superfície posterior,
denominados colículos e superior. Os colículos estão localizados abaixo da
comissura posterior e da glândula pineal, e superior e anterior ao véu da medula
superior do bulbo.
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Toda a extensão do mesencéfalo é constituída por um grande núcleo de substância
negra, o qual contém as principais ligações com os núcleos da base, que exerce
in�uência em pessoas com o mal de Parkinson. A substância negra está
posicionada entre o pilar do cérebro anterior e lateralmente às �bras dos
lemniscos ascendentes posterior e medial. A substância negra possui uma parte
compacta localizada posteriormente, e uma parte reticular localizada
anteriormente. A parte compacta é composta por neurônios extremamente
pigmentados, organizados irregularmente, que penetram em partes na região
subjacente reticular. Com o avançar da idade, essa pigmentação aumenta. Tais
neurônios produzem a dopamina, como neurotransmissor, que se dirige,
praticamente, para o corpo estriado dos núcleos da base (DUARTE, 2009).
Po n te
A ponte está localizada anteriormente ao cerebelo e superiormente ao bulbo. Esta
é formada por núcleos e �bras brancas dispersas. A ponte faz a ligação entre a
medula espinal e o bulbo com o encéfalo, possuindo núcleos que ajudam a
controlar a respiração.
A região posterior da ponte forma parte do chão do IV ventrículo. As células
nervosas do núcleo da ponte enviam informações do córtex cerebral ao cerebelo,
auxiliando na regulação de movimentos especializados.
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Figura 6. Mesencéfalo. 
Fonte: Martini, Timmons e Tallitsch (2009, p. 127).
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Bulbo
O bulbo prolonga-se um pouco acima do primeiro nervo cervical (C1) até o sulco
bulbo pontino, medindo, praticamente, 3cm de comprimento, com 2cm de
diâmetro, em sua parte mais ampla. A porção ventral do ventral discrimina-se da
parte basilar do osso occipital e do ápice de dentro da segunda vértebra cervical
pelas meninges e ligamentos occipito-axiais. A porção dorsal do bulbo está
localizada inferiormente e compreende a incisura da linha mediana existente
entre os hemisférios do cerebelo. As faces posterior e anterior do bulbo contém
um sulco mediano longitudinal e uma �ssura, que são contínuos com seus
equivalentes espinais. Ântero-superiormente à �ssura mediana anterior termina
no sulco bulbo pontino, em uma pequena depressão, chamada forame cego da
medula oblonga (MACHADO, 2014).
A metade inferior do bulbo possui uma extensão do canal central da medula
espinal, a qual vai saindo aos poucos, mais posteriormente, até chegar ao lúmen do
IV ventrículo. Tal fato faz com que o bulbo se divida em uma parte fechada, que
possui o canal central, e uma parte aberta, que possui a metade inferior do IV
ventrículo. A pirâmide é constituída por �bras nervosas do córtex cerebral, que
vão em direção à medula espinal. Esta transmite impulsos relacionados à
motricidade voluntária. Na formação reticular do bulbo, encontramos o centro do
vômito, o centro vasomotor e o centro respiratório (MIRANDA NETO, 2012).
Me du la Esp in a l
De todo o SNC, a medula espinal é considerada a parte mais simples para estudar.
É uma massa de cilindro de tecido nervoso, localizada no interior do canal
vertebral, mas não o preenche por completo. Quando a coluna vertebral é
�exionada, a medula sobe um pouco. Em um homem adulto, seu comprimento
varia de 40 a 45 cm, porém, na mulher, o seu tamanho é ligeiramente menor.
Ademais, ocupa os dois terços superiores do canal vertebral e pesa 30 gramas.
No limite superior da medula, encontra-se o bulbo, próximo à altura do forame
magno. No adulto, o limite inferior está localizado próximo à segunda vértebra
lombar. A porção �nal da medula espinal é estreita e em forma cone, denominada
de cone medular. Em sua porção terminal, forma um delgado �lamento meníngeo,
denominado �lamento terminal. O �lamento terminal é composto por tecido
conjuntivo, que se estende até o dorso da primeira vértebra do cóccix. A espessura
da medula é ligeiramente maior que um lápis, na maior parte de seu comprimento.
A medula possui dois papéis importantes: envia os impulsos nervosos para o
encéfalo, bem como do encéfalo, e traduz, de forma limitada, as informações
sensitivas, gerando ações re�exas estereotipada, os re�exos espinais que não
recebem intervenção dos centros superiores do encéfalo. Por isso, a medula
espinal é muito mais do que um mero transmissor passivo de impulsos nervosos.
Havendo necessidade, esta assume funções no lugar do encéfalo, por meio dos
atos re�exos (MARTINI; TIMMONS; TALLISCH, 2009).
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A proteção medular é dada pelas vértebras, seusligamentos e músculos. A medula
espinal �ca suspensa no saco dural pelo ligamento denticulado de ambos os lados.
Tais ligamentos são expansões laterais da porção lateral da pia-máter.
A superfície medular contém diversos sulcos que a atravessam por completo, no
sentido longitudinal. Temos o sulco mediano posterior (encontrado na superfície
posterior da medula), a �ssura mediana anterior (formada na superfície ventral da
medula), o sulco lateral anterior, e o sulco lateral posterior (ambos se conectam
com as raízes anteriores e posteriores dos nervos espinais). Na região cervical,
existe o sulco intermédio posterior, localizado entre o mediano posterior e o
lateral posterior, que avança no septo intermédio posterior, dentro do funículo
posterior.
A �ssura mediana anterior, o sulco mediano posterior e um septo praticamente
dividem a medula em parte direita e esquerda, porém esta mantém-se unida por
uma faixa comissural de tecido nervoso, a qual possui um canal central. Ao �nal da
medula, o grupo de raízes nervosas da região lombar e sacral é chamado cauda
equina, devido à sua semelhança com um rabo de cavalo.
A medula espinhal recebe �bras nervosas aferentes primárias dos receptores
distribuídos nas estruturas somáticas e viscerais. Dela partem �bras nervosas
eferentes para os músculos esqueléticos. Os corpos dos neurônios pré-
ganglionares estão na medula espinhal e são responsáveis pela inervação
simpática do miocárdio e músculos lisos, das glândulas e pela inervação
parassimpática dos músculos lisos do �nal do intestino grosso, dos órgãos pélvicos
e do tecido erétil da genitália externa. Na substância branca na medula, as �bras
nervosas juntam-se em tratos (feixes principais), de acordo com a direção que os
impulsos nervosos são enviados e com os tipos de sinais que são transmitidos e
respondidos (como temperatura e dor). Certos tratos unem-se e repassam a
informação entre alguns pares locais de nervos espinais, sem mandar �bras para o
encéfalo. A substância cinzenta é organizada em colunas (MACHADO, 2014).
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O SNC é centro de processamento de informações do ser humano. Por sua
existência, somos capazes de pensar, agir, chorar, sorrir, sentir, movimentar e
calcular. São estruturas complexas, que formam esse sistema que, juntamente com
o periférico, formam uma rede de conexões importantes para a vida humana.
Sistema Nervoso Periférico (SNP)
O SNP é uma subdivisão do SN, que é composto por nervos cranianos e
periféricos, terminações nervosas e gânglios. Observaremos que o SNP se conecta
com o corpo todo, por meio de sua composição nervosa, sendo a parte do SN que
se encontra fora do SNC. Os nervos são formados por feixes de �bras nervosas
envolvidas pelo tecido conjuntivo. Estes são responsáveis por fazer a união do
SNC aos órgãos periféricos e por transmitir os impulsos nervosos.
Os nervos, juntamente aos gânglios e terminações nervosas, representam as
estruturas do SNP. O SNC recebe os estímulos originados nos receptores por meio
dos nervos. Estes captam as informações do ambiente que cerca o organismo.
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Figura 7. Medula Espinal. 
Fonte: Netter (1999, p. 89).
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Também é por meio dos nervos e por alguns casos de hormônios que viajam pela
corrente sanguínea que o SNC envia estímulos aos efetores (músculo liso, estriado
esquelético e estriado cardíaco, glândulas e adipócitos).
Ne r vo s
Os nervos são cordões esbranquiçados, os quais conectam-se ao SNC, formados
por �bras nervosas (axônios). Ademais, apresentam uma organização interna
de�nida por envoltórios de tecido conjuntivo. Cada �bra nervosa é revestida pela
bainha de mielina e/ou neurilema, sobre a qual ocorre o revestimento denominado
endoneuro. Várias �bras, cada uma com seu respectivo endoneuro, estão
agrupadas em feixes nervosos, que, por sua vez, recebem o envoltório
denominado perineuro. Por �m, para formar o nervo, todos os feixes são
revestidos pelo epineuro (MACHADO, 2014).
Os revestimentos conjuntivos sustentam e protegem as �bras nervosas. Graças a
esses revestimentos, os nervos são resistentes e elásticos. Por meio do perineuro
e do epineuro, passam vasos sanguíneos e linfáticos que vascularizam o nervo.
Uma compreensão prolongada do nervo pode levar ao bloqueio da circulação
sanguínea (isquemia), o que pode lesar as �bras nervosas. É interessante notar
que os nervos são vascularizados, mas não são inervados. Isso quer dizer que,
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quando estimulamos diretamente o nervo, ou quando este é lesado, o indivíduo
terá a sensação de que o estímulo ou a lesão ocorreu na região de inervação, como
em uma área de pele que pode estar muito longe do local onde estimula-se
diretamente o nervo (MIRANDA NETO, 2012).
Os nervos podem ser classi�cados, funcionalmente, como sensitivo, motor e
misto. Apesar de estarem em continuidade anatômica e funcional com o SNC, são
considerados partes do SNP, por projetarem-se para fora do canal vertebral ou da
caixa craniana. Os nervos cranianos conectam-se diretamente ao encéfalo e
nervos espinais conectam-se diretamente à medula espinal.
O nervo sensitivo conduz impulsos nervosos da periferia para o SNC por meio de
suas �bras. O nervo motor conduz impulsos do SNC para a periferia por meio de
suas �bras. É misto quando se apresentam �bras que conduzem impulsos nos dois
sentidos. No corpo humano, são encontrados 12 pares de nervos cranianos (fazem
conexão com o encéfalo) e 31 pares de nervos espinais (fazem conexão com a
medula espinal) (MACHADO, 2014).
O SNP é formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. Por meio dessas
estruturas, o SNC recebe os estímulos dos receptores, que captam as informações
referentes ao próprio corpo e informações sobre o ambiente que cerca o
organismo (exteroceptores). Também, é por meio dos nervos e, em alguns casos,
de hormônios que viajam pela corrente sanguínea, que o SNC envia estímulos
efetores (músculos, glândulas e adipócitos). De forma geral, é por meio do SNP
que informações como dor, movimentos e re�exos são transmitidas ao SNC, para
serem interpretadas.
Divisão Funcional do Sistema Nervoso
O sistema nervoso autônomo, que pode ser denominado sistema neurovegetativo
ou, também, sistema nervoso visceral, está relacionado ao controle da vida
vegetativa. Este controla a circulação do sangue, a respiração, a temperatura e a
digestão. Quem nunca passou por momentos de tensão, nervosismo, raiva e
medo? Nosso organismo reage de forma diferente nesses momentos. O sistema
nervoso simpático, principalmente, é o responsável por deixar-nos alertas e com
sentimento de fuga, quando isso acontece.
An a to m ia Fun c io n a l do Sis te m a Ne r vo so
O SNC é classi�cado, do ponto de vista funcional, em somático (SNS) e visceral
(SNV). As vias eferentes e aferentes do SNC são responsáveis pela comunicação
com o organismo. O sistema nervoso autônomo (SNA) é formado pelo SNV
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eferente, que é dividido em simpático e parassimpático (MACHADO, 2014). A
seguir, estudaremos cada subdivisão de forma mais detalhada.
Sistema Nervoso Somático ou Voluntário
É o sistema de vida de relação, que viabiliza a interação do homem com o meio
ambiente e apresenta vias sensitivas e motoras. As vias motoras são eferentes e
conduzem os impulsos originados das áreas motoras do córtex até à placa motora,
que transmitem à musculatura esquelética e são responsáveis pelo tônus e
postura (MACHADO, 2014).
A via piramidal é a principal via motora. Suas �bras cruzam para o lado oposto na
porção inferior do bulbo. Por esse motivo, o estímulogerado em um dos lados do
hemisfério cerebral produz movimentos no lado oposto do corpo. As vias
sensitivas (aferentes) levam estímulos detectados pelas terminações nervosas e
pelos receptores periféricos até às áreas especí�cas do cérebro, nas quais são
decodi�cadas, modi�cadas, integradas e produzem uma resposta (MOORE;
DALLEY; AGUR, 2014).
Sistema Nervoso Visceral ou Involuntário
Controla a atividade de órgãos viscerais e sistemas, a �m de manter a homeostase.
O sistema nervoso visceral apresenta vias eferentes e aferentes. As vias aferentes
levam os impulsos produzidos nas vísceras, que são captados pelos
visceroceptores e carregados às áreas especí�cas do diencéfalo e do telencéfalo,
regulando as funções viscerais. As vias eferentes chegam às glândulas, músculo
cardíaco e músculo liso. As principais áreas receptoras são:
hipotálamo: que controla a resposta parassimpática e simpática;
sistema límbico: controla o comportamento emocional.
Observe, na �gura a seguir, as estruturas que fazem parte do sistema límbico.
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O SNV eferente constitui o sistema nervoso autônomo (SNA), que se classi�ca em
sistema nervoso simpático (SNSp) e parassimpático (SNPs), de acordo com
critérios anatômicos, farmacológicos e �siológicos (MACHADO, 2014).
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Figura 9. Sistema Límbico.     
Fonte: Joshua Abbas / 123RF.
SAIBA MAIS
Correlação entre a disfunção autonômica com as patologias
A disfunção autonômica está relacionada a diversas patologias. A avaliação
da atividade do SNA, pelo uso de diferentes técnicas de medida, tem
permitido estimar a contribuição desse sistema nas respostas alteradas
associadas à doença cardiovascular. Além disso, a hiperatividade do sistema
simpático pode contribuir para com o desenvolvimento da hipertensão, do
diabetes mellitus e da insu�ciência cardíaca. Para saber mais, acesse o link:
https://bit.ly/3bjVAgr. Acesso em: 20 mar. 2020.
https://bit.ly/3bjVAgr
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Vias Aferentes e Eferentes
As vias sensitivas (aferentes) do sistema nervoso somático levam estímulos
detectados pelos receptores periféricos e pelas terminações nervosas às áreas
distintas do cérebro, onde são decodi�cadas, modi�cadas, integradas e produzem
uma resposta. A via espino-talâmica é a principal via sensitiva, a qual está
relacionada às dores localizadas e à superfície corporal (MACHADO, 2014).
As grandes vias aferentes são cadeias neuronais, que unem os receptores ao
córtex. As vias inconscientes (viscerais) são formadas por dois neurônios, e as vias
conscientes (somáticas) são formadas por três neurônios.
Terminações nervosas – vias eferentes
As terminações nervosas motoras via eferentes, também conhecidas como
junções neuroefetuadoras, são menos variadas que as sensitivas. Assemelham-se
às sinapses entre os neurônios. Suas terminações podem ser somáticas e viscerais.
As primeiras terminam no músculo esquelético e as segundas nas glândulas, no
músculo liso ou no músculo cardíaco. As placas motoras conectam as �bras
nervosas eferentes somáticas às �bras musculares esqueléticas. Na placa motora,
a terminação axônica produz �nos ramos, com pequenas dilatações na placa
motora. Essas estruturas são chamadas de botões sinápticos, que liberam
neurotransmissores, como a acetilcolina. Observe a �gura da junção
neuromuscular.
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Nas terminações nervosas viscerais de mamíferos, são liberados mediadores
químicos, como a acetilcolina ou a noradrenalina. As �bras nervosas eferentes
somáticas são denominadas colinérgicas, e as viscerais são colinérgicas ou
adrenérgicas (MACHADO, 2014).
Os neurotransmissores são biossinalizantes químicos produzidos pelos neurônios,
que possuem a função de enviar informações às células. Os neurotransmissores
podem estimular a continuidade do impulso ou produzir reação �nal no músculo
ou órgão alvo (MACHADO, 2014).
Siste m a Ne r vo so Autô n o m o
A porção periférica do SNA é composta, principalmente, por neurônios pós e pré-
ganglionares. No tronco encefálico e na medula, são encontrados os corpos dos
neurônios pré-ganglionares. Estes agrupam-se e dão origem a alguns nervos
cranianos, como exemplo, o nervo vago.
A �bra pré-ganglionar é formada pelo axônio do neurônio pré-ganglionar, que está
envolvido pela bainha de neurilema e bainha de mielina. A �bra pré-ganglionar
está situada antes de um gânglio que, em sua porção �nal, faz sinapse com o
neurônio pós-ganglionar. Os corpos dos neurônios pós-ganglionares �cam
localizados nos gânglios do sistema nervoso autônomo. As �bras pós-ganglionares
�nalizam nas vísceras que estão em contato com glândulas, músculos cardíacos ou
lisos (MACHADO, 2014).
Diferenças entre Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático
Observe, a seguir, as diferenças entre o sistema nervoso simpático e o
parassimpático.
Diferenças anatômicas
De acordo com Moore, Dalley e Agur (2014), a posição dos neurônios pré-
ganglionares, no SNSp, é localizada na medula torácica lombar e, no
parassimpático, no tronco encefálico.
Posição dos neurônios pós-ganglionares: no SNSp, são localizados longe das
vísceras e próximos da coluna vertebral e, no parassimpático, localizam-se
próximos das vísceras ou dentro delas.
Tamanho das �bras pré e pós-ganglionares: no SNSp, a �bra pré-ganglionar é curta
e a pós-ganglionar é longa. Já no sistema nervoso parassimpático, temos o
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Figura 10. Junção Neuromuscular – Acetilcolina Liberada. 
Fonte: Nrets~commonswiki / Wikimedia Commons.
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contrário: a �bra pré-ganglionar é longa e a pós-ganglionar é curta.
Diferenças farmacológicas
Os neurotransmissores promovem a ação da �bra nervosa sobre o efetuador
(músculo ou glândula). Os neurotransmissores mais importantes são a
noradrenalina e a acetilcolina. São denominadas de colinérgicas as �bras nervosas
que liberam acetilcolina, e de adrenérgicas as �bras que liberam noradrenalina
(MACHADO, 2014).
Diferenças �siológicas
O sistema simpático possui ação antagônica ao sistema parassimpático em um
determinado órgão. A diferença da ação varia conforme o modo de terminação
das �bras pós-ganglionares desse sistema nervoso autônomo presente dentro do
órgão.
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Outra diferença �siológica que pode ser observada é que o parassimpático tem
ações localizada sem um setor ou órgão do organismo. As ações do simpático
podem ser, também,localizadas, porém tendem a ser difusas, atingindo a vários
órgãos.
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Figura 11. Ações do Sistema Nervoso Simpático. 
Fonte: alila / 123RF.
Figura 12. Ações do Sistema Nervoso Parassimpático. 
Fonte: alila / 123RF.
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Em certas situações de emergência ou de forte conteúdo emocional, todo o
sistema nervoso simpático e a medula da suprarrenal são ativados, produzindo
uma descarga em massa de adrenalina no sangue, com ação em todo o organismo,
que caracteriza uma reação de alarme em que o indivíduo se prepara para lutar e
fugir.
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INDICAÇÃO DE LEITURA
Livro: KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Organização da função motora. In:
KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A. Berne & Levy: Fisiologia. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009, p. 157-199.
Autor: KOEPPEN, B. M.; STANTON, B. A.
Ano: 2009
Editora: Elsevier
ISBN: 978-85-352-3057-4
Sinopse: com a leitura deste capítulo do livro, você aprofundará os seus
conhecimentos sobre os movimentos do corpo humano. Quasetodas as
atividades realizadas no dia a dia estão ligadas aos atos motores de nosso
corpo. Foi visto que o sistema nervoso é o grande responsável em realizar
essas funções. Dessa forma, grande parte do sistema nervoso está ligada à
geração de sinais que comanda a movimentação do corpo. Como grande
parte do sistema nervoso apresenta o controle motor, lesões ou doenças
nesse sistema resultam em anormalidades motoras. Sendo assim, no
capítulo desse livro, será possível conhecer as áreas importantes do sistema
nervoso, responsável por fazer o controle motor, iniciando pela medula,
passando pelo tronco cerebral, córtex cerebral, cerebelo e gânglios da base,
além de aprender sobre os movimentos oculares.
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Considerações Finais
Os eferentes somáticos estão ligados às funções controladas voluntariamente,
como é o caso da contração da musculatura esquelética na locomoção.
O sistema autonômico é responsável pelas funções involuntárias, sendo aquelas
que regulam as necessidades orgânicas diárias, sem controle consciente da mente.
Esse sistema é formado, primariamente, por neurônios viscerais motores
(eferentes), que se inervam na musculatura lisa das vísceras, do sistema vascular,
do músculo cardíaco e das glândulas exócrinas.
Atividade
O cérebro é o principal órgão do corpo humano, pois é responsável por mediar as diversas atividades
desenvolvidas pelo organismo. Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta
sobre o sistema nervoso central.
O cérebro representa a menor porção do encéfalo humano.
O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico.
O cérebro é formado pelos hemisférios frontal, parietal e temporal.
Os hemisférios cerebrais encontram-se unidos pelo cerebelo.
O diencéfalo é formado pela porção mais externa do encéfalo.
Atividade
O cérebro funciona como um computador central, que coordena as atividades de nosso organismo.
Este é responsável pelas atividades motoras, como a fala e memória, pela integração entre os
estímulos sensoriais, dentre muitas outras. O cérebro é dividido em lobos cerebrais, e entre o
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cérebro e o tronco encefálico é encontrado o cerebelo. Assinale a alternativa que associa
corretamente as letras ao nome da estrutura encefálica e sua função.
A letra A representa o lobo parietal, que é responsável pelas sensações, como a dor e o tato, dentre
outras funções.
A letra B representa o lobo occipital, que está relacionado às experiências sensoriais.
A letra E representa o lobo parietal, que está associado às percepções visuais.
A letra D representa o lobo frontal, que é responsável pelo raciocínio, dentre outras funções.
A letra C representa o cerebelo, que une as áreas sensoriais às áreas motoras do encéfalo.
Atividade
O sistema nervoso é formado pelo conjunto de ligações entre os nervos e órgãos do corpo. Este é
dividido em sistema nervoso central e periférico. Sobre o sistema nervoso periférico, assinale a
alternativa correta.
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Fonte: ChalintraBuahom / 123RF.
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O sistema nervoso periférico é formado pelo cérebro e pelo cerebelo.
A composição nervosa externa do sistema nervoso periférico conecta-se com o corpo.
Os nervos são estruturas responsáveis por controlar as informações cognitivas.
Os nervos espinais estão conectados diretamente com o encéfalo.
Os nervos são cordões formados pelo corpo celular e pelos dendritos.
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