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RADIOLOGIA E 
IMAGINOLOGIA 
ODONTOLÓGICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Definir radiografias intrabucais e seus principais exames.
 > Descrever as técnicas periapical bissetriz e do paralelismo.
 > Reconhecer os erros radiográficos mais comuns em técnicas radiográficas 
intrabucais.
Introdução
O exame radiográfico tem um papel muito importante na odontologia. Como ele é 
um método de exame de natureza técnica, o conhecimento a respeito das técnicas 
radiográficas intrabucais e da utilização do equipamento de forma correta capacita o 
cirurgião dentista a realizar adequadamente o exame radiográfico. É necessário en-
tender os vários tipos de exames disponíveis, bem como as indicações para escolher 
a técnica mais adequada a cada caso. O profissional, quando necessita de exames 
radiográficos das estruturas que compõem a cavidade bucal, pode escolher entre 
três distintas técnicas radiográficas intrabucais: periapical, interproximal e oclusal.
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos das técnicas radiográficas intrabu-
cais, os seus tipos de técnicas e suas indicações. Também vai ver como diferenciar 
e compreender melhor as técnicas periapicais da bissetriz e do paralelismo. Além 
disso, vai identificar as causas mais comuns de falhas em técnicas radiográficas 
intrabucais.
Técnicas 
radiográficas 
intrabucais
Marília Morais Martins Borges
Radiografias intrabucais
A radiologia odontológica é uma especialidade da odontologia que tem como 
propósito a aplicação de técnicas por imagem com o intuito de acompanhar, 
diagnosticar e documentar a estrutura bucomaxilofacial e outras estruturas 
anexas (CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA, 2005). Dessa maneira, umas 
das técnicas radiográficas muito utilizadas no cotidiano do cirurgião dentista 
é a intrabucal.
As radiografias intrabucais são técnicas de radiologia que consistem em 
um posicionamento do filme dentro da cavidade oral do paciente para a 
obtenção da radiografia propriamente dita (FENYO-PEREIRA, 2013). Podem 
ser classificadas em três tipos (FENYO-PEREIRA, 2013; WHITE; PHAROAH, 2015):
 � técnica radiográfica intrabucal periapical:
 ■ da bissetriz;
 ■ do paralelismo.
 � técnica radiográfica intrabucal interproximal, ou bitewing;
 � técnica radiográfica intrabucal oclusal.
Os exames de radiografia intrabucais são complementares, mas necessá-
rios para obter um plano de tratamento adequado ao paciente. Com isso temos 
como suporte essas técnicas intrabucais, em que as radiografias periapicais 
devem mostrar todo órgão dentário e o osso alveolar circunjacente. Já a 
técnica radiografia interproximal, ou bitewing, mostra apenas as coroas dos 
molares e pré-molares e a crista alveolar adjacente. A técnica radiográfica 
oclusal é posicionada sobre as superfícies oclusais dos dentes que abrange 
a área da região da maxila e da mandíbula, que é maior do que nas imagens 
periapicais (FENYO-PEREIRA, 2013; WHITE; PHAROAH, 2015).
Para obter uma boa imagem radiográfica, alguns requisitos são necessá-
rios, como o conhecimento do posicionamento da cabeça do paciente. São 
utilizados plano e linhas de referências — o plano sagital mediano, que passa 
pelo centro do corpo (linha média) e divide verticalmente os lados direito 
e esquerdo; a linha de orientação trago-asa do nariz, referente ao plano de 
Camper; e a linha de referência que vai do trago à comissura labial. Devido 
às variações anatômicas dos maxilares para evitar falhas nas radiografias, 
por exemplo, encurtamento, alongamento ou sobreposição; os ângulos de 
incidência do feixe de raio X são divididos em dois: ângulo e ângulo. Os ângulos 
verticais devem se direcionar o feixe de raio X em relação ao plano oclusal; 
os ângulos horizontais direcionam o aparelho de raio X paralelo às faces 
proximais dos dentes (FENYO-PEREIRA, 2013).
Técnicas radiográficas intrabucais2
A técnica radiográfica intrabucal periapical é indicada para detectar pro-
cessos cariosos, excesso ou falta de materiais restauradores, distinção da 
dentição decídua e permanente, anomalias dentárias, reabsorções radiculares, 
lesões periapicais e outras doenças ósseas (FENYO-PEREIRA, 2013). Já a técnica 
radiográfica intrabucal interproximal, ou bitewing (Figura 1), é muito indicada 
para exames de imagens que tenham como objetivo detectar cáries interproxi-
mais. Em razão do ângulo horizontal do feixe de raios X, essa técnica consegue 
identificar cáries secundárias sob restaurações, bem como o excesso ou a 
falta de material restaurador. Outra indicação da interproximal é nos exames 
radiográficos da crista óssea alveolar, para avaliar a condição do periodonto, 
principalmente a presença de uma reabsorção dental (FENYO-PEREIRA, 2013; 
WHITE; PHAROAH, 2015). E, por fim, a técnica radiográfica intrabucal oclusal 
(Figura 2) é indicada para (FENYO-PEREIRA, 2013):
 � grandes áreas patológicas;
 � dentes não irrompidos;
 � confecção de próteses totais em que é observado se existem dentes 
supranumerários ou alguma raiz residual e corpos estranhos;
 � casos de anomalias maxilares, fissura palatina, toro palatino e man-
dibular; em estudo de fraturas maxilomandibulares;
 � localização de raízes que deslocaram acidentalmente para o seio ma-
xilar durante uma cirurgia dentária;
 � controle do crescimento dos maxilares;
 � identificação de abaulamento ósseo por meio do estudo de imagens 
em áreas patológicas no sentido vestíbulo-lingual.
Figura 1. Técnica interproximal com projeções dos pré-molares.
Fonte: White e Pharoah (2015, p. 119).
Técnicas radiográficas intrabucais 3
Figura 2. Técnica oclusal com projeção superior.
Fonte: White e Pharoah (2015, p. 119).
Técnica periapical da bissetriz e do 
paralelismo
A radiografia periapical é um dos tipos de técnica intrabucal e tem como 
objetivo principal mostrar a forma individual dos dentes e os tecidos em 
torno do ápice. Algumas das indicações clínicas para a técnica periapical 
são (WHAITES, 2003):
 � detectar infecção ou inflamação apical;
 � avaliar o estado periodontal do dente;
 � avaliar após traumatismo do dente e do osso alveolar;
 � visualizar a presença e a posição de dentes não erupcionados;
 � visualizar a morfologia das raízes antes da exodontia;
 � analisar radiograficamente durante o tratamento endodôntico;
 � visualizar o pré e o pós-operatório em cirurgias apicais;
 � avaliar os detalhes de cistos apicais e outras lesões no osso alveolar;
 � avaliar o pós-operatório de implantes.
Para melhor satisfazer os requisitos ideais de posicionamento, a técnica 
periapical foi subdividida em duas: técnica da bissetriz e técnica do parale-
lismo (WHAITES, 2003).
 Na técnica da bissetriz, o receptor é posicionado o mais próximo possível 
da superfície lingual dos dentes, apoiando-se no palato ou no assoalho da 
boca (Figura 3). O plano do receptor e o longo eixo do dente formam um ângulo 
cujo ápice fica no ponto onde o receptor está em contato com o dente, junto 
Técnicas radiográficas intrabucais4
com uma linha imaginária que divide esse ângulo e direciona o raio central 
do feixe em ângulos retos a esse plano bissetor. Isso forma dois triângulos 
com dois ângulos iguais e um lado em comum (a bissetriz imaginária). Conse-
quentemente, quando essas condições são satisfeitas, as imagens projetadas 
no receptor teoricamente têm o mesmo comprimento do objeto projetado. 
Para reproduzir o comprimento de cada raiz de um dente multirradicular com 
precisão, o raio central deve ser angulado diferentemente para cada raiz. 
Outra limitação dessa técnica é que a crista alveolar muitas vezes projeta-se 
mais coronariamente do que sua posição verdadeira, distorcendo, assim, a 
altura aparente do osso alveolar em torno do dente (WHITE; PHAROAH, 2015).
Figura 3. Técnica da bissetriz.
Fonte: White e Pharoah (2015, p. 95).
Na técnica da bissetriz. diferente do paralelismo, é necessário um posicio-
namento correto da cabeça do paciente, das angulações vertical e horizontal 
e das áreas de incidências dos raios X. Então, a direção do feixe de raios X 
central perpendicularao plano bissetor formado entre o longo eixo do filme 
com o longo eixo do dente funciona para estruturas planas; no entanto, 
para os dentes que são multirradiculares, vamos ter distorções. Com isso, a 
angulação vertical que excede terá um encurtamento da imagem, enquanto 
uma angulação vertical insuficiente apresentará uma imagem alongada. Para 
auxiliar, veja a direção das angulações apresentadas na Figura 4, quando o 
plano oclusal estiver orientado em paralelo com chão (WHITE; PHAROAH, 2015).
Técnicas radiográficas intrabucais 5
Figura 4. Angulação pela técnica da bissetriz. Angulação positiva (+), o tubo localizador é 
posicionado para baixo. Angulação negativa (−), é posicionado para cima.
Fonte: White e Pharoah (2015, p. 96).
Na técnica do paralelismo, o receptor de imagem é colocado em um po-
sicionador e mantido na boca paralelamente ao longo eixo do dente a ser 
radiografado, posicionado o mais afastado da face lingual dos dentes. Em 
seguida, o cabeçote de raios X é posicionado perpendicular (verticalmente e 
horizontalmente) ao dente e ao receptor de imagem. E, com o emprego do po-
sicionador, tem-se uma posição fixa do receptor de imagem e do cabeçote. Por 
utilizar posicionadores, a técnica do paralelismo não necessita que o paciente 
fique com cabeça rígida, nem que as angulações verticais e horizontais e as 
áreas de incidências sejam predeterminadas (FENYO-PEREIRA, 2013; WHAITES, 
2003). No caso apresentado na Figura 5, foi direcionado o raio central através 
do ponto de contato dos incisivos centrais e perpendicularmente ao plano 
do filme e das raízes dos dentes; com isso teremos, pelo exemplo, a imagem 
radiográfica do incisivo central superior.
Técnicas radiográficas intrabucais6
Figura 5. Técnica do paralelismo.
Fonte: White e Pharoah (2015, p. 98–99).
A
B
Comparativo das técnicas da bissetriz e do 
paralelismo
Tanto a técnicas da bissetriz como a do paralelismo são muito utilizadas, cada 
qual de acordo com seu objetivo no tratamento do paciente. Podemos notar, 
entre elas, algumas vantagens e desvantagens, apresentadas no Quadro 1.
Técnicas radiográficas intrabucais 7
Quadro 1. Características da técnica da bissetriz
Vantagens Desvantagens 
A posição do receptor de imagem na 
região bucal do paciente é menos 
desconfortante em comparação à 
técnica do paralelismo.
A angulação vertical equivocada do 
cabeçote terá como resultado um 
alongamento ou encurtamento da 
imagem.
O posicionamento é simples e rápido. Imagens distorcidas.
Se as angulações forem posicionadas 
de forma correta, temos uma imagem 
dental que exibirá seu comprimento 
real, desse modo, é mais adequada 
para grande parte das finalidades de 
diagnóstico.
Existe a sobreposição de imagens; 
por exemplo, o processo zigomático 
se sobrepõe às raízes dos molares 
superiores.
Não mostra com precisão os níveis de 
osso periodontal.
Há necessidade de experiência com 
a técnica, pois os ângulos verticais e 
horizontais devem ser considerados 
para cada paciente.
Não é admissível ter imagens 
reproduzíveis.
Uma angulação horizontal incorreta 
do cabeçote terá como resultado uma 
superposição das coroas e das raízes.
Há dificuldade de reconhecer as 
cáries interproximais por essa 
técnica, pois as coroas dos dentes 
mostram-se, em sua maioria, 
distorcidas.
Temos encurtamento das raízes 
vestibulares dos pré-molares e 
molares na região do maxilar.
Fonte: Adaptado de Whaites (2003).
Técnicas radiográficas intrabucais8
Quadro 2. Características da técnica do paralelismo
Vantagens Desvantagens 
As imagens são mais precisas com 
mínima ampliação.
A técnica não pode ser realizada com 
o emprego do cilindro localizador 
curto; deve ter uma pequena 
distância do ponto focal à pele 
do paciente devido à ampliação 
resultante.
A projeção do processo zigomático 
aparece acima do ápice dos molares.
Profissionais sem experiência têm 
mais dificuldade em colocar os 
posicionadores corretamente no 
interior da boca.
Os níveis ósseos periodontais 
apresentam-se bem registrados.
A técnica é dificultada, algumas 
vezes, em razão da anatomia da 
boca do paciente; como exemplo, um 
palato muito raso e plano.
Existe um pequeno encurtamento ou 
alongamento dos tecidos periapicais.
Podem aparecer os ápices dos dentes 
muito próximos à borda da imagem.
Para a detecção de cáries 
interproximais, nessa técnica as 
coroas dentais estão bem nítidas.
Em relação ao material dos 
posicionadores, é necessário que 
sejam autoclaváveis ou descartáveis.
Já são determinadas as angulações 
horizontais e verticais do cabeçote 
de raios X, caso o anel localizador do 
feixe esteja em sua posição correta.
A posição do receptor de imagem na 
cavidade oral normalmente é muito 
desconfortável para o paciente, 
especialmente na região dos dentes 
posteriores, sobretudo dos terceiros 
molares inferiores, o que pode levar à 
náusea do paciente.
É possível a reprodução das 
radiografias.
As posições relativas do receptor 
de imagem, dos dentes e do feixe 
de raios X são sempre mantidas, 
em relação à posição da cabeça do 
paciente.
Fonte: Adaptado de Whaites (2003).
Técnicas radiográficas intrabucais 9
A técnica da bissetriz é mais utilizada do que a do paralelismo em razão 
de os aparelhos de raios X utilizados na odontologia já estarem calibrados 
e montados para aquela técnica, bem como por não precisarem de suportes 
para manter o filme em posição.
Agora, quando, o objetivo da imagem radiográfica estiver interligado ao 
estudo de alterações das estruturas periapicais e periodontais ou à necessi-
dade de se saber o tamanho real das estruturas dos dentes, a melhor técnica 
recomendada é a do paralelismo (ALVARES; TAVANO, 2011).
É possível que o profissional tenha dificuldade ao posicionar o re-
ceptor de imagem na cavidade bucal. Quando for preciso registrar 
toda extensão do terceiro molar inferior, uma das soluções é utilizar posicio-
nadores especialmente desenhados ou adaptados. Outro problema frequente 
são náuseas de alguns pacientes, casos em que se deve posicionar o receptor 
de imagem horizontalmente na boca para que não toque no palato e utilizar a 
técnica da bissetriz.
Técnica interproximal ou bitewing
A técnica radiográfica interproximal, ou bitewing (asa de mordida), idealizada 
por Howard Rapper em 1925, permite um bom paralelismo entre dente e filme 
e, por ter um menor ângulo de incidência dos feixes de raios X, contribui para 
obter imagens mais nítidas. Assim, temos a facilidade de utilizar a técnica 
interproximal para o estudo de cáries e cristas alveolares, principalmente 
dos dentes posteriores (ALVARES; TAVANO, 2011).
Além disso, esse exame complementar permite que sejam descobertas 
precocemente lesões interproximais, por ser uma técnica fácil e econômica, 
muito utilizada no cotidiano do cirurgião dentista. E, como já dito, a radiografia 
interproximal, além de ser muito utilizada para detectar cáries proximais, 
oclusais e reincidentes, é também muito usada para verificar a relação cárie-
-câmara pulpar, restabelecer os pontos de contato, estudar as cristas alveolares 
e verificar a presença de cálculos interproximais (ALVARES; TAVANO, 2011).
Na execução da técnica interproximal, o posicionador vai depender do 
tamanho do receptor de imagem, que normalmente é um filme radiográfico 
de 31 × 41 mm. Em seguida, o paciente apoia a cabeça e mantém o plano 
oclusal na horizontal, o posicionador coloca o lingual próximo aos dentes 
posteriores que serão radiografados, e o paciente morde a placa de mordida, 
enquanto o cabeçote de raios X é alinhado cuidadosamente na direção do 
Técnicas radiográficas intrabucais10
anel localizador para obtenção das angulações horizontais e verticais ideais. 
Finalmente, tem-se a exposição aos raios X (WHAITES, 2003).
Os erros mais comuns nas técnicas 
radiográficas intrabucais
Por meio de um estudo de erros radiográficos cometidos por estudantes, 
Carvalho et al. (2009) identificaram que a quantidade de radiografias com 
erros de técnica radiográficafoi de 82,74%. Os erros com maior incidência 
foram de ângulo horizontal, seguidos dos erros de filmes radiográficos com 
manchas amareladas. Isso mostra a importância de aprender adequadamente 
as técnicas radiográficas intrabucais para evitar que o paciente seja submetido 
a uma nova exposição ao raio X e que o cirurgião dentista tenha mais gasto 
de tempo, por estar refazendo o trabalho.
Nesta seção, você verá quais são os erros mais frequentes das técnicas 
radiográficas intrabucais para evitar falhas durante as tomadas radiográ-
ficas ou no processamento do filme. Obter imagens radiográficas nítidas é 
essencial para uma boa interpretação radiográfica e para, como resultado, 
um adequado diagnóstico clínico. Podemos incluir nos erros mais comuns de 
técnica intrabucal os seguintes (WHAITES, 2003).
 � Erro de não posicionar o receptor de imagem para capturar toda 
área de interesse; por exemplo, ápices e tecidos periapicais não são 
visualizados.
 � Erro em não orientar de forma correta o receptor de imagem, colocando 
de forma invertida (padrão “escamas de peixe”).
 � Erro em não posicionar corretamente o receptor de imagem, levando 
uma curvatura e, assim, causando uma distorção.
 � Erro em não alinhar adequadamente o cabeçote de raios X no plano 
horizontal, ocasionando:
 ■ posicionamento muito anterior ou posterior (cone cut — meia-lua);
 ■ superposição e distorção geométrica;
 ■ superposição.
 � Erro em não alinhar corretamente o cabeçote de raios X no plano 
vertical, ocasionando:
 ■ posicionamento muito superior ou inferior (cone cut — meia-lua);
 ■ encurtamento e distorção geométrica da imagem;
 ■ alongamento e distorção geométrica da imagem.
Técnicas radiográficas intrabucais 11
 � Erro de não instruir o paciente a permanecer estático durante a ex-
posição, resultando em borramento da imagem como consequência 
do movimento.
 � Erro de não verificar o tempo correto de exposição, resultando em 
imagem muito escura ou muito clara.
 � Erro de não pedir ao paciente para retirar aparelhos removíveis, 
piercing, óculos e outros objetos radiopacos que ocasionam corpos 
estranhos na radiografia.
 � Erro de não prestar atenção na dupla exposição do filme radiográfico.
Muitos dos erros podem ser evitados se, na execução da técnica da radio-
gráfica intrabucal, o profissional checar o posicionamento do aparelho para 
cada técnica e ter plena atenção no momento de expor o paciente à radiação X.
No Quadro 3 são apresentadas informações sobre critérios de qualidade 
para imagens obtidas por filme radiográfico, uma classificação que se divide 
em: excelente, aceitável para diagnóstico e inaceitável.
Quadro 3. Critérios de classificação de qualidade subjetiva para imagens 
obtidas por filme radiográfico publicadas no Guidance Notes for Dental 
Practitioners on the Safe Use of X-ray Equipment de 2001
Classificação Qualidade Base
1 Excelente Sem erros na preparação 
do paciente, exposição, 
posicionamento, processamento ou 
manuseio do filme.
2 Aceitável para 
diagnóstico
Alguns erros na preparação 
do paciente, na exposição, 
posicionamento, processamento 
ou manuseio do filme, mas que 
não prejudicam o diagnóstico 
radiográfico.
3 Inaceitável Erros na preparação do paciente, 
exposição, posicionamento, 
processamento ou manuseio do 
filme, que tornam a radiografia 
inaceitável para o diagnóstico.
Fonte: Adaptado de Whaites (2003).
Técnicas radiográficas intrabucais12
Em um estudo para avaliar os erros em exames radiográficos intrabu-
cais realizados por acadêmicos de odontologia, foram identificados 
os erros que mais cometeram. Foram analisadas 281 radiografias, das quais 
224 (79,7%) tiveram algum tipo de erro. Quanto aos erros de técnica, a maior 
porcentagem ocorreu por angulagem vertical incorreta em 79 (28,1%) e, dos erros 
de processamento, em 42 (14,9%) por manchamento. Também foi avaliado em 
qual arcada realizou-se a técnica; na arcada superior, a falha mais comum foi 
a angulagem vertical em 58 (41,1%); entretanto, na arcada inferior, o erro mais 
comum foi por cortar partes do dente em 39 (35,5%). Concluiu-se que o erro de 
técnica mais frequente foi a falha na angulagem vertical e de processamento.
Neste capítulo, você estudou as técnicas radiográficas intrabucais, que 
consistem em posicionar o filme dentro da cavidade bucal do paciente para 
obtenção da imagem radiográfica. Foram detalhadas as técnicas radiográfi-
cas intrabucais periapical da bissetriz e do paralelismo, muito utilizadas no 
cotidiano do cirurgião-dentista, de acordo com o tratamento do paciente.
Por fim, foram expostos os principais erros cometidos pelos profissionais 
nas tomadas radiográficas e as possíveis causas, relacionadas, muitas vezes, 
pela incorreta posição do paciente, pela técnica inadequada ou pelo modo de 
processamento dos filmes. Dessa maneira, é de suma importância conhecer 
os erros para evitá-los, e assim contribuir para a diminuição do número de 
exposições desnecessárias do paciente e gasto de tempo dispendido por ter 
que repetir o procedimento.
Referências
ALVARES, L. C.; TAVANO, O. Curso de radiologia em odontologia. 5. ed. São Paulo: Santos, 
2011. 274 p.
CARVALHO, P. L. et al. Erros técnicos nas radiografias intrabucais realizadas por alunos 
de graduação. Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre, v. 57, n. 2, p. 151–155, abr./
jun. 2009.
CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA. Resolução CFO-63, de 08 de abril de 2005. Aprova 
a Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia. Brasíia: 
CFO, 2005. Disponível em: https://transparencia.cfo.org.br/ato-normativo/?id=986. 
Acesso em: 13 fev. 2022.
FENYO-PEREIRA, M. (org.). Radiologia odontológica e imaginologia. 2. ed. São Paulo: 
Santos, 2013. 386 p. (Fundamentos de Odontologia).
WHAITES, E. Princípios de radiologia odontológica. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
444 p.
WHITE, S. C.; PHAROAH, M. J. Radiologia oral: fundamentos e interpretação. 7. ed. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2015. 679 p.
Técnicas radiográficas intrabucais 13
Leituras recomendadas
FIGÚN, M. E.; GARINO, R. R. Anatomia odontológica funcional e aplicada. 2. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2003. 532 p.
FREITAS, A.; ROSA, J. E.; FARIA E SOUZA, I. Radiologia odontológica. 6. ed. São Paulo: 
Artes Médicas, 2004. 833 p.
FREITAS, C. F. Imaginologia. São Paulo: Artes Médicas, 2014. 144 p. (ABENO: Odontologia 
essencial: parte clínica).
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos 
testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da 
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas 
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declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou 
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Técnicas radiográficas intrabucais14

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