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Prévia do material em texto

Universidade São Judas Tadeu 
Curso de Nutrição 
 
 
 
Camila Kikuti dos Santos 
João Vitor Silva da Cruz 
Josefa Suely de Medeiros Souza 
Leticia Celestino de Deus 
Marcelle da Silva Guimarães Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da suplementação de creatina no sistema cognitivo: revisão integrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 
2024 
 
 
Universidade São Judas Tadeu 
Curso de Nutrição 
 
 
 
Camila Kikuti dos Santos 
João Vitor Silva da Cruz 
Josefa Suely de Medeiros Souza 
Leticia Celestino de Deus 
Marcelle da Silva Guimarães Monteiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da suplementação de creatina no sistema cognitivo: revisão integrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profa. Orientadora: Dra. Adriana Machado Saldiba de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo, 
2024 
 
 
Agradecimentos 
 
 Agradecemos a todos que contribuíram para a realização deste TCC. Aos 
amigos e familiares, obrigado pelo apoio e encorajamento constantes. Aos 
professores, somos gratos pela orientação e pelo conhecimento compartilhado. Aos 
colegas de sala, agradecemos a parceria e as trocas de experiências. E, à instituição 
São Judas Tadeu, nosso agradecimento pelo ambiente de aprendizado e pelas 
oportunidades oferecidas. 
 
 
 
 
Esse TCC foi formatado conforme as normas da Revista Nutrição em Pauta 
 
Normas da Revista: 
Deve conter o título em português e inglês e o nome completo sem abreviações 
de cada autor com o respectivo currículo resumido (2 a 3 linhas cada), palavras-chave 
para indexação em português e inglês, resumo em português e inglês de no máximo 
150 palavras, texto com tabelas e gráficos, e as referências. 
O texto deverá conter: introdução, metodologia, resultados, discussão e 
conclusões. As imagens obtidas com “scanner” (figuras e gráficos) deverão ser 
enviadas em formato .tif ou .jpg em resolução de 300 dpi. As tabelas, quadros, figuras 
e gráficos devem ser referidos em números arábicos. 
Pacientes envolvidos em estudos e pesquisas devem ter assinado o 
Consentimento Informado e a pesquisa deve ter a aprovação do conselho de ética em 
pesquisa da instituição à qual os autores pertençam. 
As referências e suas citações no texto devem seguir as normas específicas da 
ABNT, conforme instruções a seguir. 
 
CITAÇÕES NO TEXTO (NBR10520/2002) 
a. sobrenome do autor seguido pelo ano de publicação. Ex.: (WILLETT, 1998) 
ou “Segundo Willett (1998)” 
b. até três autores, citar os três separados por ponto e vírgula. Ex.: (CORDEIRO; 
GALVES; TORQUATO, 2002). 
Mais de três autores, citar o primeiro seguido da expressão “et al.” 
 
REFERÊNCIAS (ABNT NBR-6023/2002) 
a. ordem da lista de referências – alfabética 
b. autoria – até três autores, colocar os três (sobrenome acompanhado das 
iniciais dos nomes) separados por ponto e vírgula (;). Ex.: CORDEIRO, J.M.; GALVES, 
R.S.; TORQUATO, C.M. 
Mais de três autores, colocar somente o primeiro autor seguido de “et al.” 
c. títulos dos periódicos – abreviados segundo Index Medicus e em itálico 
d. Exemplo de referência de artigo científico (para outros tipos de documentos, 
consultar a ABNT): 
 
 
 
 
 
 
POPKIN, B.M. The nutrition and obesity in developing world. J. Nutr., v.131, n.3, 
p.871S-873S, 2001. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da suplementação de creatina no sistema cognitivo: revisão 
integrativa 
 
Effect of creatine supplementation on the cognitive system: integrative review 
 
Camila Kikuti dos Santos – estudante de nutrição da Universidade São Judas Tadeu 
- Butantã 
João Vitor Silva da Cruz – estudante de nutrição da Universidade São Judas Tadeu - 
Butantã 
Josefa Suely de Medeiros Souza – estudante de nutrição da Universidade São 
Judas Tadeu - Butantã 
Leticia Celestino de Deus – estudante de nutrição da Universidade São Judas Tadeu 
- Butantã 
Marcelle da Silva Guimarães Monteiro – estudante da Universidade São Judas 
Tadeu – Butantã 
Adriana Machado Saldiba de Lima - Nutricionista Doutora em Ciências pela 
Faculdade de Medicina da USP, professora do Programa de Pós-Graduação stricto 
sensu em Ciências do Envelhecimento da Universidade São Judas Tadeu 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
 A creatina, um composto natural encontrado no corpo, é fundamental para o 
metabolismo energético muscular e pode beneficiar a recuperação e o ganho de 
massa muscular. O cérebro demanda uma quantidade significativa de energia para 
suas funções, sugerindo que a suplementação de creatina pode trazer benefícios no 
fornecimento de energia durante atividades cognitivas. O objetivo deste trabalho é 
analisar os efeitos da suplementação de creatina na cognição humana. Essa revisão 
integrativa examinou três estudos randomizados com 64 participantes, investigando o 
impacto da creatina na cognição. Os resultados, contudo, não mostraram melhoria 
significativa no desempenho cognitivo. Amostras pequenas, diversidades de métodos 
de avaliação, diferentes protocolos de suplementação foram alguns fatores limitantes, 
destacando a necessidade de estudos mais abrangentes para investigar esses efeitos 
da creatina na função cognitiva. No entanto, nenhum dos estudos demonstrou 
melhora significativa no desempenho cognitivo. Os resultados indicam a importância 
de continuar pesquisando e a necessidade de estudos adicionais. 
 
Palavras-chave: Creatina, Função Cognitiva, Suplementação. 
 
 
Abstract 
 Creatine, a natural compound found in the body, is essential for muscle energy 
metabolism and can benefit recovery and muscle mass gain. The brain requires a 
significant amount of energy for its functions, suggesting that creatine supplementation 
may benefit energy supply during cognitive activities. The aim of this study was to 
analyze the effects of creatine supplementation on human cognition. This integrative 
review examined three randomized studies with 64 participants, investigating the 
impact of creatine on cognition. The results, however, showed no significant 
improvement in cognitive performance. Small sample sizes, diversity of assessment 
methods, different supplementation protocols were some limiting factors, highlighting 
the need for more comprehensive studies to investigate these effects of creatine on 
cognitive function. However, none of the studies showed a significant improvement in 
 
 
 
 
 
 
cognitive performance. The results indicate the importance of further research and the 
need for additional studies. 
 
Keywords: Creatine, Cognitive Function, Supplementation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
A creatina, um composto naturalmente encontrado em alimentos de origem 
animal, tem sido considerada um suplemento nutricional efetivo na otimização do 
desempenho de atividades físicas. Podendo também ser sintetizada no fígado, rins e 
pâncreas, a creatina é estocada no músculo esquelético, onde pode se manter na 
forma livre (40%) ou fosforilada (60%) (MENDES; TIRAPEGUI, 2002). É formada por 
três aminoácidos: glicina, arginina e metionina. Desempenha um papel fundamental 
no metabolismo energético muscular (FARIAS, 2020). Associa-se muito a creatina a 
uma maior capacidade de recuperação e ganho de massa muscular. O cérebro é um 
órgão que consome bastante energia para funcionar adequadamente. Durante 
atividades cognitivas como concentração, raciocínio, memória e tomada de decisões 
há um alto consumo de energia. Estudos (FLANAGAN et al, 2020), sugerem que a 
suplementação de creatina pode ter benefícios para a função cognitiva em indivíduos 
saudáveis, incluindo melhorias. As células musculares e cerebrais usam creatina para 
acessar mais energia quando a demanda é alta. A presente revisão integrativa 
procurou evidencias a partir da análise de três estudos. 
O cérebro tem representatividade de 2% da massa corporal em um ser humano 
e um consumo de 20% da TMB gasta diariamente, o que demanda bastante energia 
e nutrientes para seu funcionamento (MORIARTYet al, 2023). O cérebro tem seu 
desenvolvimento até os 30 anos aproximadamente, onde após isso começa o 
processo atrófico e neurodegenerativo por fatores ambientais, endógenos e genéticos. 
A creatina é um recurso ergogênico de composto nitrogenado derivado de três 
aminoácidos (arginina, glicina e metionina) sintetizado no fígado, no rim e no cérebro. 
A suplementação favorece o conteúdo de fosfocreatina intramuscular e nas reservas 
livres do músculo esquelético, já que naturalmente o corpo produz cerca de 1 a 2g/ 
dia. Boa parte dessa produção é direcionada aos músculos. Alimentos de origem 
animal têm um melhor conteúdo nutricional de creatina em sua composição assim, 
atendendo as demandas diárias (MORIARTY et al, 2023). A suplementação de 
creatina pode beneficiar a cognição, pois as células musculares e cerebrais usam a 
creatina para acessar mais energia quando a demanda é alta (SANDKUHLER et al, 
2023). 
 
 
 
 
 
 
 A fadiga mental está relacionada ao decréscimo do conteúdo de creatina 
cerebral e a suplementação se faz necessária para aumento de conteúdo cerebral e 
sistêmico (GORDJJ-NEJAD et al, 2024). Alguns testes foram realizados para 
apontarem o efeito da creatina no sistema cognitivo, um deles é o teste Stroop que 
trabalha o tempo de reação para resolução de determinada tarefa trabalhando o 
sistema de atenção e alerta. Além desse teste, foi realizado o teste de Flanker que 
busca medir quanta interferência será gerada na dissolução de informações visuais 
buscando a melhora no tempo de reação nas tentativas respondidas corretamente 
(SAMADI et al, 2022). Ainda não se tem resultados conclusivos sobre o tema. 
O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos da suplementação de creatina na 
cognição humana. 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos 
O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa realizada na Universidade 
São Judas Tadeu, em São Paulo, visando trazer melhor análise do tema proposto. A 
pergunta norteadora deste estudo é: a suplementação de creatina em adultos 
saudáveis melhora a função cognitiva? Para isso, adotamos a estratégia de pesquisa 
PICO: 
P (População): Adultos saudáveis; 
I (Intervenção): Creatina; 
C (Controle): Suplementação de creatina; 
O (Outcome): Função cognitiva. 
Para coleta de dados foi realizada uma análise e levantamento de conteúdo das 
publicações encontradas no banco de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), 
Pubmed e Scientific Electronic Library Online (Scielo). A estratégia utilizada foi uma 
pesquisa booleana com os descritores: adulto, creatina e cognição, combinado com o 
operador AND onde não foi encontrado nenhum artigo. A pesquisa foi refeita utilizando 
os descritores em inglês: adult, creatine e cognition combinado com o operador AND, 
sendo encontrados 32 artigos no banco de dados da BVS, 86 artigos no Pubmed e 
nenhum artigo no banco de dados da Scielo, totalizando 118 artigos. Como critérios 
de exclusão, foram utilizados os termos animais, neonatal, gestantes, idoso, 
Alzheimer, Parkinson, HIV, permanecendo 6 artigos. Foram excluídos artigos em 
duplicidade, totalizando 3 artigos. 
Para seleção dos documentos foram incluídos apenas artigos originais, do tipo 
ensaio clínico randomizado (ECR), realizados em humanos adultos, publicado nos 
últimos 5 anos. O fluxograma a seguir, ilustra este processo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1. Fluxograma dos artigos selecionados. 
Descritores: creatine 
AND adult AND 
cognition 
BVS: 32, Pubmed: 86 
Total = 118 
 
Total =Tot 
Critérios de exclusão: 
animais, neonatal, gestantes, 
idosos, Alzheimer, Parkinson, 
HIV. 
Total = 6 
Arquivos 
duplicados 
Total = 3 
Artigos 
elegíveis 
TOTAL = 3 
ID
E
N
T
IF
IC
A
Ç
Ã
O
 
T
R
IA
G
E
M
 
E
L
E
G
IB
IL
ID
A
D
E
 
 
 
 
 
 
 
Resultados 
Após uma busca criteriosa, foram selecionados três artigos científicos que 
incluíam testes randomizados. Dois desses artigos investigaram os efeitos da 
suplementação de creatina monohidratada versus placebo, enquanto o terceiro 
avaliou os efeitos da beta-alanina, isoladamente e combinada com creatina e 
placebo. Nos estudos foram realizados testes cognitivos em dois deles, enquanto no 
terceiro, foram realizados testes físicos e cognitivos. No total, 64 indivíduos 
participaram dos testes, sendo 41 homens e 23 mulheres. Determinamos A1 para o 
estudo de MORIARTY et al, A2 para CUTSEM et al e A3 para SAMADI et al. 
O primeiro estudo A1 foi publicado pela revista Brain Sciences no ano de 2023. 
Trata-se de um tipo de estudo quantitativo e qualitativo. O objetivo era determinar se 
a suplementação de creatina poderia influenciar o desenvolvimento cognitivo de 
jovens adultos. Participaram 30 pessoas, sendo 19 mulheres e 11 homens, foram 
divididos em três grupos de 10 pessoas cada. Um grupo recebeu 10g/dia de creatina, 
outro recebeu 20g/dia de creatina, e o terceiro grupo recebeu 10g/dia de placebo, 
durante um período de 6 semanas. O segundo estudo A2 foi publicado pela revista 
Medicine & Science in Sports & Exercise em 2019. Refere-se a um estudo quantitativo 
e qualitativo. O objetivo foi determinar se a suplementação de Creatina melhora o 
desempenho de força e da função cognitiva. Participaram 14 indivíduos, sendo 10 
homens e 4 mulheres. Foi utilizado 20g/dia de creatina durante 7 dias e 20g/dia de 
placebo, por mais 7 dias. No terceiro estudo A3, publicado em 2022 pela revista 
International Journal of Environmental research and Public Health, o objetivo foi 
verificar se a creatina, combinada com a beta-alanina, melhora o desempenho físico 
e cognitivo. 20 homens foram divididos em dois grupos de 10. Os participantes 
ingeriram 6,4g/dia de beta-alanina durante 4 semanas. Na última semana, um grupo 
recebeu adicionalmente 0,3g/kg de creatina por dia, enquanto o outro grupo recebeu 
0,3g/kg de placebo (farinha de arroz) por dia. 
Os métodos de avaliação foram diferentes em cada estudo. No primeiro estudo 
A1, foram aplicados testes para avaliar memória episódica, teste de ordenação de 
cartões de mudança dimensional, além da avaliação do VO2 máximo e frequência 
 
 
 
 
 
 
cardíaca. No segundo estudo A2, foram utilizados os testes de Stroop e teste de 
Flanker. Por fim, no terceiro estudo A3, foi aplicado um teste de processamento 
matemático (teste de Serial Sevens). 
 Os estudos variaram em duração: o primeiro estudo A1 teve uma extensão de 6 
semanas, enquanto o segundo estudo A2 foi realizado ao longo de 2 semanas, e o 
terceiro estudo A3 se estendeu por 4 semanas. 
 Como resultado, no estudo A1 não houve diferenças entre os grupos para 
qualquer medida de base. Não houve alterações na massa corporal e no sistema 
cognitivo. No artigo A2, a suplementação com creatina melhorou o desempenho físico 
(resistência de força) e cognitivo prolongado (precisão de Stroop); as deficiências 
induzidas pela fadiga mental no desempenho psicomotor e cognitivo (Flanker) 
específico do esporte curto não foram modificadas pela suplementação com creatina; 
e as melhorias físicas e cognitivas induzidas pela creatina não foram percebidas. No 
A3, nos testes físicos a creatina combinada com a beta-alanina fez mudanças 
significativas no desempenho dos participantes. Na função cognitiva, teve uma 
melhora pequena na velocidade de processamento. 
 Entretanto, não houve evidência de melhora significativa no desempenho 
cognitivo. Além disso, é importante notar que as amostras utilizadas em cada estudo 
foram relativamente pequenas, indicando a necessidade de uma intervenção mais 
ampla e abrangente para investigar os efeitos dessas substâncias de forma mais 
robusta. 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro 1. Descrição dos dados dos artigos selecionados para esta revisão integrativa. 
ARTIGO TÍTULO AUTORESANO REVISTA 
TIPO DE 
ESTUDO 
OBJETIVO PARTICIPANTES INSTRUMENTOS RESULTADOS CONCLUSÕES LIMITAÇÕES 
A1 
Dose-
Resposta 
da 
Suplement
ação de 
Creatina 
na Função 
Cognitiva 
em Jovens 
Adultos 
Saudáveis 
Terence 
Moriarty, 
Kelsey 
Bourbeau, 
Katie Dorman, 
Lance Runyon, 
Noah Glaser, 
Jenna Brandt, 
Mallory 
Hoodjer, Scott 
C. Forbes, 
Darren G 
Candow. 
2023 Brain 
Sciences 
Quantitativ
o e 
qualitativo 
Determinar 
se a 
suplementaç
ão de 
Creatina 
poderia 
influenciar o 
desenvolvim
ento 
cognitivo de 
jovens 
adultos 
30 pessoas, sendo 
19 mulheres e 11 
homens, com 
idade de 19 a 33 
anos 
Os participantes 
foram distribuídos 
em 3 grupos, 
aleatoriamente, 
para receber 
suplementação 
com Creatina 
(CR10:10 g/dia ou 
CR20:20 g/dia) ou 
um placebo 
(PLA:10 g/dia) 
durante 6 
semanas. Os 
participantes 
completaram uma 
bateria de testes 
cognitivos 
(velocidade de 
processamento, 
memória episódica 
e atenção). 
Não houve 
diferenças entre 
os grupos para 
qualquer medida 
de base. Não 
houve alterações 
na massa 
corporal. Não 
houve alteração 
no sistema 
cognitivo. 
Não houve 
melhora no 
desempenho 
cognitivo. 
Amostra e 
intervenção 
pequena. 
A2 
Pode a 
creatina 
combater 
a 
diminuição 
das 
capacidad
es 
visuomotor
as 
associada 
Jeroen Van 
Cutsem, Bart 
Roelands, Bert 
Pluym, Bruno 
Tassignon, Jo 
Verschueren, 
Kevin de 
Pauw, Romain 
Meeusen 
2019 
Medicine 
& 
Science 
in Sports 
& 
Exercise 
Quantitativ
o e 
qualitativo 
Determinar 
se a 
suplementaç
ão de 
Creatina 
melhora o 
desempenho 
de força e da 
função 
cognitiva 
14 pessoas, sendo 
10 homens e 4 
mulheres 
Realizaram uma 
tarefa de fadiga 
mental de 90 
minutos em 
diferentes 
condições: 7 dias 
de suplementação 
com 20g de 
creatina e 7 dias 
com placebo, com 
intervalo de 5 
semanas entre 
A 
suplementação 
com creatina 
melhorou o 
desempenho 
físico (resistência 
de força) e 
cognitivo 
prolongado 
(precisão de 
Stroop); as 
deficiências 
A 
suplementação 
com creatina 
melhorou o 
desempenho 
cognitivo 
prolongado 
(precisão de 
Stroop), porém 
não combateu a 
fadiga mental 
(teste de 
Amostra 
pequena. 
Investigação 
superficial. 
 
 
 
 
 
 
à fadiga 
mental? 
eles. Foram 
utilizados tarefa de 
Stroop e teste de 
Flanker. 
induzidas pela 
fadiga mental no 
desempenho 
psicomotor e 
cognitivo 
(Flanker) 
específico do 
esporte curto 
não foram 
contrariadas pela 
suplementação 
com creatina; e 
as melhorias 
físicas e 
cognitivas 
induzidas pela 
creatina não são 
explicadas por 
diferenças nos 
parâmetros 
perceptivos e/ou 
fisiológicos 
medidos. 
Flanker). 
Necessita uma 
investigação 
mais profunda 
sobre o assunto. 
A3 
Efeitos de 
quatro 
semanas 
de 
suplement
ação de 
beta-
alanina 
combinada 
com uma 
semana de 
carga de 
creatina no 
desempen
ho físico e 
Mohammad 
Samadi, Ali 
Askarian, 
Hossein 
Shirvani, 
Alireza 
Shamsoddini, 
Abolfazl 
Shakibaee, 
Scott C. 
Forbes, 
Mojtaba 
Kaviani. 
2022 
Internacio
nal 
Journal of 
Environm
ental 
research 
and 
Public 
Health 
Quantitativ
o e 
qualitativo 
Verificar se a 
creatina 
combinada 
com a beta-
alanina 
melhora o 
desempenho 
físico e 
cognitivo dos 
militares 
 
20 homens, com 
idades de 19 a 25 
anos. 
Os participantes 
foram distribuídos 
aleatoriamente em 
dois grupos (n = 10 
por grupo). Ambos 
os grupos foram 
instruídos a ingerir 
6,4 g de BA por dia 
(beta-alanina, pnc, 
8 cápsulas, 800 
mg cada) durante 
quatro semanas. 
Na última semana, 
a Cr (creatina 
mono-hidratada, 
Nos testes 
físicos, a 
creatina 
combinada com 
a beta-alanina 
fez mudanças 
significativas no 
desempenho dos 
militares. Na 
função cognitiva, 
teve uma 
melhora na 
velocidade de 
processamento. 
São necessários 
futuros grandes 
ensaios 
aleatórios 
controlados para 
confirmar estes 
resultados e 
avaliar outros 
domínios 
cognitivos. 
Poucos 
estudos 
controlados. 
 
 
 
 
 
 
cognitivo 
em 
Militares 
pnc, 0,3 g/kg por 
dia) foi adicionada 
à estratégia de 
suplementação do 
grupo BA + Cr, e o 
outro grupo (BA 
+PL) consumiu um 
placebo 
isovolumétrico 
isocalórico (iguais 
gramas de farinha 
de arroz). Após a 
ingestão dos 
suplementos foram 
realizados teste de 
corrida anaeróbia. 
 
 
Discussão 
 Cada estudo envolveu um número pequeno de participantes. No estudo de A1 
participaram 30 pessoas, em A2 foram 14 pessoas, e no estudo de A3 participaram 
20 pessoas, totalizando nos três estudos 64 pessoas, limitando o poder estatístico de 
amostra da população no geral. 
 Os protocolos utilizados nos estudos foram semelhantes, com algumas 
pequenas diferenças. Enquanto no estudo de A1 os grupos foram suplementados 
10g/dia a 20g/dia por 6 semanas, A2 suplementou 20g/dia por 1 semana e 20g/dia de 
placebo na segunda semana. No estudo de A3 foram 0,3g/kg (considerando que a 
média de peso corporal dos indivíduos foi de 70kg, totalizando 21g/dia) de creatina, 
por 4 semanas. A duração da suplementação de creatina variou em 6, 4 e 1 semana 
 Pode-se aumentar de 10% a 40% as reservas de creatina no músculo. Esse 
ganho ocorre no protocolo de saturação, que abrange 5 a 7 dias de alto consumo 
diário (cerca de 20 gramas de suplemento ao dia), correspondendo a uma fazer de 
saturação ou de carga. Depois disso, inicia-se a fase de manutenção, com 
administração de 3 a 5 gramas ao dia (WENDLING, 2018). Para aumentar o 
crescimento da massa muscular pode ser utilizado o protocolo de saturação. Nos 
presentes estudos foram utilizados de 10 a 20g de creatina por dia, em um período 
que variou entre 1 e 6 semanas, superando em termos de quantidade e tempo o 
protocolo de saturação. Isso não seria um empecilho para o estudo, dado que as 
quantidades foram semelhantes, e mesmo com a variação de tempo entre os estudos, 
percebe-se que tiveram um alto consumo de creatina diário. 
Um ponto importante foi a diversidade nos métodos utilizados em cada estudo. 
Em A1 aplicaram testes para avaliar memória episódica, teste de ordenação de 
cartões de mudança dimensional, além da avalição do VO2 máximo e frequência 
cardíaca. Em A2 optaram por testes de Stroop e de Flanker. O teste de Stroop é um 
teste psicológico baseado em cores. Ele mede a atenção, as funções executivas e o 
controle inibitório de comportamento. O teste de Flanker é usado para avaliar a 
capacidade de concentração e controle mental. Durante o teste, são apresentados 
aos participantes algumas setas (flankers). Estes são instruídos a responder à direção 
e incongruência, onde as setas circundantes apontam as direções opostas à seta 
central. O tempo de reação e a precisão das respostas são avaliadas. Em A3 
 
 
 
 
 
 
utilizaram um teste de processamento matemático (teste de Serial Sevens). É um teste 
em que a pessoa faz a contagem regressiva de cem por sete. Também é utilizado 
para avaliar a cognição. Essa variação nos métodos de avaliação dificulta a 
comparação dos resultados entre os estudos e pode influenciar na interpretação dos 
dados. 
Na revisão de SANDKUHLER et al, encontramos que a suplementação de 
creatina fez efeitos na função cognitiva de adultos mais velhos. Em jovens adultos 
também não houve evidências de melhora. Os níveis de creatina podem reduzir com 
o avanço da idade. Isso ocorre com os níveis de creatina muscular associado a fatores 
como escolhas alimentares e sedentarismo. Da mesma forma, a creatina no cérebro 
pode diminuir por causa do envelhecimento ou pela redução da atividade cerebral. 
Também foi encontrado em PROKOPIDIS et al, resultados mostrando que as 
medidas de memória após a suplementação de creatina, em comparação com 
placebo, foram melhoradas. Esses benefícios foram mais robustos em adultosmais 
velhos (66–76 anos). 
Como limitações esse estudo envolveu um número pequeno de participantes, 
totalizando 64 pessoas nos três estudos, o que diminui o poder estatístico da amostra 
em relação à população geral. Embora os protocolos utilizados tenham sido 
semelhantes, houve algumas pequenas diferenças entre eles. A escassez de estudos 
sobre o tema dificulta a busca por informações e uma comparação mais aprofundada 
sobre a função da creatina no desenvolvimento cognitivo. 
 É importante ressaltar que em nenhum dos estudos houve evidência de melhora 
no desempenho cognitivo em decorrência da suplementação de creatina para adultos 
saudáveis. Indicam uma necessidade de desenvolver estudos com metodologias de 
avaliação padronizadas para garantir a comparação dos resultados, e aumentar o 
tamanho das amostras para dar poder estatístico aos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão 
 A creatina desempenha um papel fundamental no metabolismo energético 
muscular, e sua associação com uma maior capacidade de recuperação e ganho de 
massa muscular é bem documentada. Essa substância é formada pelos aminoácidos 
glicina, arginina e metionina, e é naturalmente presente no corpo humano. É 
interessante notar como o cérebro demanda energia durante atividades cognitivas, e 
é compreensível que a suplementação de creatina tenha sido considerada para 
melhorar a função cognitiva. No entanto, os resultados da revisão integrativa sugerem 
que, até o momento, não há evidências conclusivas que comprovem um efeito positivo 
da creatina sobre o desempenho cognitivo em indivíduos saudáveis. 
 Essa constatação destaca a importância de continuar pesquisando para 
entender melhor os possíveis benefícios da creatina para a função cerebral. As 
limitações como escassez de estudo, tempo de pesquisa limitado e tamanho reduzido 
das amostras, pode limitar o poder estatístico e a capacidade de generalização dos 
resultados para a população em geral. Com um número maior de participantes, os 
estudos poderiam fornecer resultados mais confiáveis. Esse é um aspecto importante 
a ser considerado ao interpretar os resultados dessas investigações. É importante 
destacar que nenhum dos estudos até agora encontrou evidências de melhora no 
desempenho cognitivo de adultos saudáveis devido à suplementação de creatina. Isso 
aponta para a necessidade de desenvolver estudos com metodologias de avaliação 
padronizadas para garantir comparações precisas e aumentar o tamanho das 
amostras para obter poder estatístico suficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
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