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TCC Em Nutrição

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE NUTRIÇÃO
MERYENE DA ROCHA BARBOSA 
JULIANA CAVALCANTE DE AZEVEDO LEMOS
LETÍCIA FRAZÃO MOREIRA
ROBERTO FUMIAN SIMAS DE MAGALHÃES
Os Efeitos da Suplementação de Creatina no Desempenho Físico e na Saúde: Uma Revisão Abrangente
Orientadora: Prof. Anete Gonçalves
Rio de Janeiro 
2024
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
 
 
 
 
Os Efeitos da Suplementação de Creatina no Desempenho Físico e na Saúde: Uma Revisão Abrangente
 
 
MERYENE DA ROCHA BARBOSA 
Matrícula 202003080195/ Turma 9006
JULIANA CAVALCANTE DE AZEVEDO LEMOS 
Matrícula 202002503793/ Turma 9006
LETÍCIA FRAZÃO MOREIRA 
Matrícula 202004095242/ Turma 9004
ROBERTO FUMIAN SIMAS DE MAGALHÃES
Matrícula 202004006088 Turma 9006
 
Artigo Científico apresentado ao Curso de Graduação em Nutrição da Universidade Estácio de Sá como parte dos requisitos para aprovação da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, com orientação da Prof Anete Gonçalves.
RIO DE JANEIRO
2024
RESUMO
A suplementação de creatina é uma prática segura com o objetivo primário de adquirir força para treinamento físico aumentando assim a massa muscular. Com tudo, estudos tem apontado um novo olhar para a creatina mais ainda sim com a individualidade de resultados observando, no entanto, os efeitos colaterais que podem ser leves, como dor de estômago e ganho de peso devido à retenção de água. Porém, nada que supere os resultados em benefício a saúde como se pode observar na função cerebral, saúde metabólica, doenças musculares e neuromusculares, saúde cardiovasculares e uma gama de possibilidades para uso desse suplemento.
 
Barbosa, Meryene da Rocha, Lemos, Juliana Cavalcante de Azevedo, Moreira, Letícia Frazão. Os Efeitos da Suplementação de Creatina no Desempenho Físico e na Saúde: Uma Revisão Abrangente. 50 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Nutrição) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro. 2024.
Palavras-chave: Suplementação, Saúde, Nutrição
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 
 
Justificativa 
 A creatina é uma substância natural do organismo humano, formada por aminoácidos, e encontrada em fibras musculares e cérebro e essencial para a vida. Alguns alimentos dos quais são de fonte animal, contém creatina como peixes e carnes, assim como suplementos alimentares que possuem a substância mais concentrada em sua composição. É um recurso ergogênico de uso constante que contribui para o aumento da massa magra, da força e velocidade dos indivíduos, além de retardar a fadiga muscular. (Silva, 2018)
 A suplementação dessa substância, principalmente entre atletas e praticantes de atividade física, tem crescido por causa da sua relação com desempenho físico. Além de também estar sendo observado a suplementação em grupos específicos, como idosos gerando mais qualidade de vida nestes indivíduos, devido seus efeitos positivos contra condições da idade como a sarcopenia. (Brito, 2020)
 A relevância desse estudo é demonstrar, através da literatura disponível, os principais efeitos da suplementação da creatina.
Objetivo geral
Analisar os principais efeitos da suplementação de creatina para o melhor desempenho físico em atletas e indivíduos que praticam atividade física e na saúde e doença nos períodos da vida, desde a infância até a fase idosa.
Objetivos específicos 
· Compreender a Origem, função no corpo, fontes alimentares da creatina, assim como é absorvida, armazenada e utilizada no organismo.
· Analisar estudos dos efeitos da suplementação de creatina no desempenho físico.
· Demonstrar estudos que apresentam os efeitos da creatina nas fases da vida e na saúde
METODOLOGIA
O presente trabalho é um estudo qualitativo, com abordagem descritiva e com procedimento técnico de revisão de literatura.
Estudo qualitativo visa trazer ao leitor uma base de dados a partir da compreensão dos resultados de maneira que não consigam ser mensurados por valores numéricos, mas sim: 
“compreender sobre o universo simbólico e particular das experiências, comportamentos, emoções e sentimentos vividos, ou ainda, compreender sobre o funcionamento organizacional, os movimentos sociais, os fenômenos culturais e as interações entre as pessoas, seus grupos sociais e as instituições.” (Medeiros, 2012 p.224)
Segundo Oliveira (2011) “o uso da descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenômeno como também suas essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências.”
 A abordagem descritiva tem, de acordo com Gil (1999), como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. Esse tipo de estudo relaciona conceitos sem que haja interferência do autor fazendo a análise, o registro e a interpretação dos fatos.
Porém é importante salientar que para Triviños (1987, p. 110) estudos descritivos necessitam de “uma delimitação de técnicas, métodos, modelos e teorias que orientarão a coleta e interpretação dos dados. A população e a amostra devem ser claramente delimitadas, da mesma maneira, os objetivos do estudo, os termos e as variáveis, as hipóteses, as questões de pesquisa etc”.
A revisão de literatura utiliza, principalmente, da participação de diversos autores, objetificando explicar sobre o tema estudado. Esse tipo de procedimento técnico tem como vantagem o fato de permitir ao estudo uma cobertura muito mais ampla do tema debatido.
 De acordo com prof. Max esse tipo de revisão “compõe-se da evolução do tema e ideias de diferentes autores sobre o assunto, ou seja, retrata o estágio da investigação do problema a partir da bibliografia disponível.” Importante dizer que literatura é todo o material científico que é escrito sobre um tema: livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, registros históricos, relatórios governamentais, teses e dissertações (GIL, 2017). 
A busca dos estudos apresentados foi feita através das bases de dados Google Acadêmico, Scielo, e PubMed, utilizando as palavras chaves: creatina, suplementação alimentar, saúde, desempenho físico. Foram selecionados artigos científicos e livros publicados na íntegra nos últimos 20 anos, nos idiomas português e inglês. Posteriormente será desenvolvida a discussão do estudo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
1.1 Sobre a creatina
 O uso de substâncias para complementar a alimentação fornecendo nutrientes, substâncias bioativas, enzimas ou probióticos tem sido usado por atletas e pessoas de todas as idades. A creatina é uma substância que tem sido estudada como complemento alimentar ao longo desses últimos anos. De acordo com Melvin H. Williams 
“A creatina (ácido acético metil guanidina), uma amina nitrogenada é um constituinte encontrado naturalmente nos alimentos. Embora não seja um nutriente essencial devido ao fato de as necessidades corporais poderem ser atendidas pela síntese endógena, a creatina está intimamente envolvida no metabolismo humano.” (Williams, 2000, p. 13) 
 Passamos a entender a importância dessa amina nitrogenada a partir do entendimento de que esta tem um papel importante no fornecimento de Adenosina Trifosfato (ATP), que é a nossa fonte de energia. O ATP pode ser armazenado nos músculos em forma de fosfocreatina, sendo que esta molécula regula o metabolismo energético, o buffer de ácido láctico, regula função cerebral dentre outras. Porém, sua importância na produção de energia e regulação metabólica fazem da creatina um importante componente para o perfeito funcionamento do corpo humano. E sendo a creatina fosfato capaz de agir como deposito de energia regulando a concentração de ATP, estudos relatam que fosfocreatina protege contra prejuízos isquêmicos, e diminui a perda de nucleotídeos através da estabilização da membrana celular. (Forbes, Scott C et al, 2021) 
 A creatina é um nutriente de origem animal sintetizada pelo fígado no pâncreas através de três aminoácidos, glicina, arginina e metionina que são produzidas pelo organismo.Uma vez os aminoácidos dentro da célula ela é convertida em fosfocreatina e usada como reserva energética principalmente nas células da musculatura esquelética. Essa substância é adquirida de forma nutricional, ou seja, alimentos de fonte animal como peixes e carne bovina.
Figura 1 - Estruturas moleculares da creatina, fosfocreatina e creatinina
 Fonte: Tirapegui et. al, 2002
Tabela 1 - Concentrações de creatina em alimentos considerados fonte (adaptado)
	Alimento
	Concentração de creatina (g/kg)
	Arenque
	6,5 – 10,0
	Carne suína
	5,0
	Carne bovina
	4,5
	Salmão
	4,5
	Atum
	4,0
	Bacalhau
	4,0
 Fonte: Tirapegui et. al, 2002
 Quando ingerida de forma oral, sua ingestão ocorre de forma intacta no lúmen intestinal e passa para corrente sanguínea. Essa creatina plasmática é distribuída para outros tecidos como coração, musculatura lisa, testículos e cérebro, mas como é visto em alguns estudos sua reserva maior está nos músculos esqueléticos. (Willians, 2000)
Em uma dieta normal há de 1- 2g/dia de creatina, porém a maneira mais eficaz de aumentar os estoques musculares de creatina é a ingestão de 5 g de monohidrato de creatina (ou aproximadamente 0,3 g/kg de peso corporal) quatro vezes ao dia durante 5–7 dias. Esse tipo de creatina foi a forma de creatina mais extensivamente estudada e clinicamente eficaz para uso em suplementos nutricionais (Kreider et. Al, 2017)
1.2 Creatina no desempenho físico 
 Nos últimos anos tem sido estudado o uso da creatina como suplemento alimentar nas várias fases da vida, podendo aumentar a disponibilidade de energia celular e apoiar a saúde geral, a boa forma e o bem-estar ao longo da vida. 
 Entre atletas os estudos têm sido bem relevantes principalmente para força e desempenho físico, como é visto em uma revisão sistemática e meta análise dos efeitos da creatina em performance atlética e jogadores de futebol, apresentando resultados em que a creatina não apresentou efeitos benéficos em testes de desempenho aeróbico, porém efeitos benéficos em testes de desempenho anaeróbico. Isso porque a creatina gera um efeito de força e não explosão. Como um jogador de futebol precisa para correr. Já em uma um esporte que requer força, o desempenho anaeróbico é 100% aproveitado. 
 De acordo com essa justificativa, inúmeros estudos têm demonstrado que a suplementação de creatina é capaz de otimizar o desempenho esportivo e retardar o início da sensação de fadiga em exercícios de alta intensidade e curta duração. Porém, em indivíduos não treinados, notasse que esse mesmo desempenho não é satisfatório chegando à conclusão de que consumir creatina sem um objetivo específico, de nada fará o efeito que ela garante. (Mielgo-Ayuso, Juan et al, 2019)
De acordo com um estudo da Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva, que buscou verificar a eficácia e a segurança da suplementação da creatina no esporte, essa substância tem sido recomendada principalmente como uma ajuda ergogênica para atletas de potência/força, para ajudá-los a otimizar as adaptações de treinamento ou atletas que precisam correr intermitentemente e se recuperar durante a competição, como no futebol, basquete e outros. (Kreider et. Al, 2017)
 Segundo, um pesquisador da Pennsylvannia State University estimou-se que 80% dos atletas participantes dos Jogos Olímpicos de Atlanta, realizados em 1996, utilizaram a creatina com a finalidade ergogênica, sua justificativa para esse consumo de creatina tem sido a evidência de que a disponibilidade desse composto seja uma das principais limitações para a ação muscular durante atividades de curta duração e alta intensidade, pois a sua depleção resulta na incapacidade de se ressintetizar ATP nas quantidades necessárias. A creatina é capaz de otimizar a execução esportiva e retardar o início da sensação de fadiga em exercícios de alta intensidade e curta duração. Entretanto, tais estudos vêm sendo realizados com indivíduos não treinados ou moderadamente treinados. (Tirapegui et. al, 2002)
 Conforme, a atividade neuromuscular reduzida e capacidade tampão melhorada a creatina pode afetar a ação da atividade, aumentando a recaptação de cálcio no retículo sarcoplasmático, melhorando dessa forma o ciclo de pontes cruzadas miofibrilares e o desenvolvimento de força. Ademais, a creatina também atua como um tampão intracelular, uma vez que a hidrólise da PCr consome um íon hidrogênio. Tal como, ao avaliar as respostas do lactato sanguíneo a um teste de ciclagem incremental (30 W aumenta a cada 3 min), a suplementação de creatina atenuou o lactato sanguíneo no final de cada estágio. Foi hipotetizado que este efeito se devia a uma combinação de uma dependência reduzida da glicólise anaeróbica (devido a uma maior dependência do sistema fosfagénio) e através de um aumento na capacidade tampão. Segundo os autores do estudo, estas alterações podem indicar que a suplementação de creatina pode ser benéfica para atletas que realizam múltiplos impulsos durante uma corrida ou durante um sprint final. (J Int Soc Sports Nutr)
*falar mais no desempenho fisico 
1.3 O uso de suplementação da creatina na infância e adolescência
 Atividade física é e sempre será bem-vinda em todas as fases da vida de um ser humano por vários fatores e prevenir doenças na vida adulta, é um grande incentivo para essa prática. Porém, quando se fala em suplementação para esse devido fim, encontramos barreiras que devem ser levadas em consideração se tratando de crianças e adolescentes.
 Com as redes sociais e disseminação tecnológica, é muito fácil e comum ver canais apresentando suplementos diversos e fazendo com que o uso elas sejam cada vez maior e indiscriminado. A busca de resultados rápidos e o corpo desejado, tem levado a essa categoria o uso de suplementos e alimentos em excesso cada vez mais sedo e sem orientações nutricionais. E se falando em creatina, A Academia Americana de Medicina Desportiva (ACSM 2000), vai contra a utilização desse suplemento por crianças e adolescentes até 18 anos, já que existem relatos médicos de problemas músculo-tendinosos e lesões musculares. 
Porém uma posição oficial da International Society Of Sports Nutrition (ISSN) de 2017 diz que:
 “A suplementação de creatina monohidratada em crianças e atletas adolescentes é aceitável e pode fornecer uma alternativa nutricional com um perfil de segurança favorável aos medicamentos anabólicos androgênicos potencialmente perigosos. Entretanto, recomendamos que a suplementação de creatina seja considerada apenas para atletas mais jovens que: a.) estejam envolvidos em treinamento supervisionado sério/competitivo; b.) estão consumindo uma dieta balanceada e que melhora o desempenho; c.) tenham conhecimento sobre o uso apropriado de creatina; e d.) não excedam as dosagens recomendadas.” (Kreider et. Al, p.12 2017)
 Com isso, devemos orientar os responsáveis sobre limite de cada criança e adolescente. Uma alimentação balanceada e saudável já proporciona o crescimento e desenvolvimento adequado e proporcional a cada indivíduo e somente em casos muito específicos, médicos e nutricionistas poderão indicar e suplementar com creatina. *qual a referência certinho?
Artigo de Revisão - Ano 2014 - Volume 4 - 3 Supl.1 - https://doi.org/10.25060/residpediatr
1.4 O uso de suplementação da creatina na saúde da mulher
 A creatina é fundamental quando pensamos em seu uso no circuito da creatina quinase, utilizado na regulação do metabolismo do fosfato de alta energia e na manutenção da renovação energética celular. Os benefícios que essa substância tras para a saúde da mulher em comparação a saúde do homem tem sido amplamente estudada. (Ellery et. Al, 2016)
 A prevenção da sarcopenia pode ser feita com o ganho de massa muscular, a manutenção da massa óssea que previne a osteoporose, além de benefícios no declínio cognitivos típico da menopausa.
Nessa fase da vida o recomendado é a cretina monoidratada por ter uma boa absorção do organismo e é preciso adequar a dosagem. Que pode começar baixa e aumentar gradativamente.Por fim, tomar creatina pode ajudar principalmente na manutenção da massa muscular e na potencialização da energia e isso pode ser particularmente benéfico para mulheres na menopausa. (Richard B. Kreider, Jeffrey R. Stout - 2022)
Um estudo também apontou uma boa relação da creatina com mulheres grávidas. o feto depende da transferência placentária de creatina materna até o final da gravidez além de que há mudanças significativas na síntese e excreção de creatina à medida que a gravidez avança. A suplementação materna de creatina se torna importante para a saúde da criança e da mãe. (Dickinson H, et al, 2014)
1.5 O uso de suplementação da creatina em idosos 
 Vimos até aqui que a creatina é um composto produzido naturalmente pelo nosso corpo e que também pode ser encontrado em alimentos como carnes vermelhas e peixe. Mas quando falamos de idosos há suas limitações. A creatina assim como na saúde da mulher, pode ser uma estratégia assertiva para esse grupo de pessoas. 
 Idosos precisam e devem praticar atividades física não só para manutenção e prevenção de comorbidades, mas para se manter ativo e independentes nas ações do dia a dia e ter uma boa mobilidade. Com isso, a creatina ajuda no fornecimento de energia rápida durante atividades de curta duração como levantar peso. Essa suplementação também vai atuar na proteção dos ossos, algo que o auxilia em seu equilíbrio evitando quedas. Pois a creatina pode aumentar a densidade dos ossos, prevenindo seu enfraquecimento. E claro, vai trabalhar no crescimento e reparação muscular por conta da sua síntese proteica.
 A suplementação de creatina para idosos é importante devido ao processo de envelhecimento que afeta o sistema muscular e metabólico desse público. Isso se deve, ao fato de pessoas da terceira idade terem a tendencia a consumir menos proteína que é fundamental para a síntese de creatina. E com essa diminuição da creatina o idoso fica propenso a inflamações crônicas. A creatina também tem propriedades antioxidantes e a falta dela deixa o sistema imunológico exposto a radicas livres. E a creatina protege principalmente as células cerebrais que com sua deficiência, deixa o idoso exposto a chances de doenças neurológicas.
 Lembrando que com idosos a administração de creatina deve ser avaliada e feita com cautela. Pois pode existir riscos de desidratação - a creatina puxa água para dentro da célula- e pacientes diabéticos também devem ter atenção, pois a creatina pode aumentar os níveis de insulina. E esses cuidados devem fazer parte da rotina do idoso saldável, também fazendo acompanhamento com exames bioquímicos rotineiramente.
 No geral, a creatina tende muitos benefícios. Cuidados e acompanhamento deverão fazer parte da vida do indivíduo em todos os momentos da vida. (Andrade, 2023) 
2.1 Suplementação de creatina na saúde e na doença
 Na maioria das vezes e pesquisas, vemos a creatina sendo relacionada somente para indivíduos que saudáveis que desejam melhorar seu desempenho nas atividades físicas e sendo relacionado diretamente a força. Porém, estudos mostram que a creatina age diretamente na função metabólica e imunológica do nosso corpo. (Roschel, Hamilton et al., 2021)
No entanto, nas doenças neurológicas, existem estudos benéficos na recuperação no processo de neurodegeneração, envolvendo o déficit bioenergético do sistema nervoso. Isso ocorre porque a creatina quinase atua na manutenção do equilíbrio energético do cérebro e essa enzima junto com a diminuição do metabolismo energetico pode ser a causa de algumas doenças do sistema nervoso central como Alzheimer, Parkinson, Esclerose dentre outras e isso se dá por conta do processo oxidativo e disfunção mitocondrial. (Siqueira et. Al., 2019)
Em um estudo sobre os efeitos neuroprotetores da creatina observou –se que em um modelo de rato transgênico com esclerose lateral amiotrófica a creatina produziu uma extensão da sobrevivência, melhorou o desempenho motor e uma redução na perda de neurônios motores. (Beal, 2011)
Em um estudo exploratório em que objetificava verificar o potencial efeito da creatina contra o câncer, observou-se em dois experimentos que foram realizados, nos quais ratos machos portadores de tumor foram inoculados com 4 × 10(7) células tumorais por via subcutânea e receberam creatina (300 mg/kg de peso corporal/dia) ou placebo, sendo feita a suplementação via intragástrica. O crescimento do tumor foi significativamente reduzido em aproximadamente 30% na suplementação de creatina quando comparado com placebo. Isso ocorreu por a suplementação de creatina ser capaz de retardar o crescimento tumoral sem afetar a taxa de sobrevivência global, provavelmente devido ao restabelecimento do sistema CK-creatina nas células cancerígenas, levando à atenuação da acidose, inflamação e estresse oxidativo. (Campos-Ferraz et. Al, 2016)
 Visto isso, se a suplementação de creatina pode ter um papel na mediação de outros marcadores clínicos nessas populações de pacientes e/ou se pacientes individuais podem responder mais positivamente à suplementação de creatina do que outros, ainda precisa ser determinado. No entanto, esses estudos mostram que a suplementação de creatina tem sido usada para tratar adultos com condições neurodegenerativas e é aparentemente seguro e bem tolerado quando tomado até 30 g/dia durante 5 anos nessas populações. (Kreider et. Al, 2017)
Fake News da creatina e sua eficácia (justificativa)
Muito se fala sobre creatina. Seus benefícios, malefícios. Mas precisamos entender que nem tudo que é falado pode ser tido com verdade ou mesmo mentira.
Os estudos e pesquisas mostram que o uso da creatina apesar de ter um resultado benéfico para a saúde em todas as fazes da vida, deve ser usada com cautela e orientada por um nutricionista. 
Fatos:
A creatina é usada como fonte de energia para as células musculares para uma melhora na força e com isso melhorar o desempenho nas atividades físicas e tendo como resultado o tônico muscular. 
A creatina é capaz de diminuir a inflamação e danos celulares devido a treinos intensos e reequilíbrio do pH muscular. 
A quem se beneficie da creatina sem saber que além da força para melhorar desempenho físico, também estão se beneficiando da redução do risco de doenças cardíacas. Isso acontece porque a creatina gera níveis mais baixos de homocisteína, que está relacionada a derrames e ataques cardíacos. Sem falar na melhoria da densidade óssea. (Revisão técnica: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE).)
Mitos: A creatina não engorda. O que acontece é o acúmulo de água dentro das células e isso pode ser confundido com inchaço corporal que ocorre fora das células musculares.
A Creatina não causa danos na função renal em indivíduos saudáveis quando administrada a dosagem correta.
A creatina não engorda. Ela não tem relação direta no emagrecimento apesar de indiretamente auxiliar. Mais em relação a ganho de peso, não existe relação por ser um suplemento com baixa valor calórico. (Renata Rebello Mendes e Julio Tirapegui – 2002)
Visto isso, há uma necessidade de análise das diversas referencias da literatura, para desmistificar o que de fato é a cretina e seu uso na saúde, e nas várias fases da vida, assim como no desempenho físico de atletas. 
Benefícios e malefícios da suplementação com creatina | Scientific Electronic Archives (ufr.edu.br)
Referências bibliográficas 
MEDEIROS, Marcelo. Pesquisas de abordagem qualitativa. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 14, n. 2, p. 224-9, 30 jun. 2012. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ree.v14i2.13628. Acesso em: 18 mar. 2024.
GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017.174 p. ISBN 9788522431694.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Atlas, 1998. 175 p. ISBN 9788522402731.
SUPLEMENTOS alimentares.16 out. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/alimentos/suplementos-alimentares. Acesso em: 22 mar. 2024.
GUALANO, Bruno. Suplementação de creatina - Efeitos Ergogênicos, Terapêuticos E Adversos. São Paulo: Manole, 2014. 172 p. ISBN 8520436862. 
ATAÍDES, Kellen Carvalho; FILHO, Manoel Aguiar Neto; SANTOS, Jacqueline da Silva Guimarães dos. Benefícios e malefícios da suplementação com creatina. Scientific Electronic Archives, v. 15, n. 10, p. 24-29, 1 out. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.36560/151020221611. Acesso em: 16 mar. 2024.
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DA SILVA BRITO, Gustavo Henrique. Os efeitos da suplementação de creatina no organismo. 2020. 17 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação — PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS, Goiás, 2020.
Andrade da silva, Rafael. Suplementação de creatina no esporte: mecanismo de ação, recomendações e consequências da sua utilização. 2018. 15 p. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação — FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES, Brasília, 2018.
REBELLO MENDES, Renata; TIRAPEGUI, Julio. Creatina: o suplemento nutricional para a atividade física - Conceitos atuais. ALAN, Caracas , v. 52, n. 2, p. 117-127, jun. 2002 . Disponível em: http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222002000200001&lng=es&nrm=iso. Acesso em: 28 mar. 2024.
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